sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

TALASSA, a deusa mãe do mar Egeu, por artur felisberto.

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Figura 1: Esquadra da talassocracia cretense.
Thálatta! Thálatta! ("O Mar! O Mar"!) foi este o grito de alegria quando os vagueantes e fugitivos 10.000 gregos viram o Ponto Euxino (o Mar Negro) de Monte Theches (Θήχης) na Armênia, depois de participarem na marcha falhada de Ciro, o Jovem, contra o Império Persa no ano 401 AC. A montanha estava só a cinco dias de marcha da cidade litoral amigável Trapezus. A história é contada por Xenofonte no seu livro Anabasis. Thálatta (θάλαττα) é a forma ática da mesma palavra. Em Iônico, Doric, Koine, bizantino e o grego Moderno esta é thálassa (θάλασσα). [1]
O povo grego chegou à sua terra por caminhos terrestres e pelo norte. Errara durante tanto tempo pelas estepes da Ásia e da Rússia, caçando ou empurrando diante de si o seu magro gado, que esquecera o nome da extensão marinha, designada por palavras semelhantes em quase todos os povos indo-europeus, seus parentes. A essa planura líquida que o latim e as línguas que desta se derivam chamam mare, iner, etc., as línguas germânicas Meer, See, sea, etc., e as línguas eslavas more, morre, etc., não tinham já os Gregos nome para 1he dar...[2]
Se as coisas antigas tivessem acontecido desta forma romanceada, talhadas à medida da mitologia de povos indo-europeus em movimento: tão desordenadas porque esfomeadas quanto o foram mais tarde as invasões barbaras, (que afinal já eram o que sempre terão sido enquanto os antigos povos de caçadores nómadas se não sedentarizaram!) seria difícil de explicar porque é que estes povos pré-gregos, que também ditos indo-europeus e que se vieram a revelar mais tarde tão engenhosos, desconheciam o mesmo mar que os restantes povos indo-europeus, referidos como exemplo, teriam conhecido. No entanto, nem sequer se reparou que os ingleses teriam que ser qualificados de modo idêntico porque Ger. See, Engl. sea terão muito mais a ver com talassa do que com a raiz *mar-. De facto, parece que o mesmo esquecimento ou ignorância das verdadeiras e grandes dimensões do mar se terá dado com os povos nórdicos que parece que teriam ignorado a diferença entre «lago» e «mar».
Sea - O. E. "sheet of water, sea, lake", from P. Gmc. *saiwaz, of unknown origin. Gmc. languages are unusual in having no firm distinction between "sea" and "lake," either by size or by salt vs. fresh. This may reflect the Baltic geography where the languages are thought to have originated. Goth. saiws means "lake," O. N. cognate sær is "sea," Dan. is usually "lake" but "sea" in phrases. Ger. see is "sea" (fem.) or "lake" (masc.).
A tese da origem báltica das chamadas línguas indo-europeias tem menos de verídico do que a tese da origem da raça caucasiana. No entanto, nestas paragens existiam grandes mares, como é o próprio Báltico tal como teria sido o caso dos povos pré gregos que para terem chegado dos Urais ao mar Egeu teriam que ter visto por perto o Mar Negro e o Cáspio.
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Figura 2: Vénus Marina de pompeia
Quanto a iner, teria mais a ver com Nério do que com Mar, embora a deusa Venérina, esposa de Nério, tenha sido também Moira!
Sumer: A-Ma-Ru = Flood
Mor <= *Ma-Ur < *Ama-Ur > Amaru.
Maru > Mari + Ana > Mariana > Marina.
Maru > Mari > Lat. Mare > Maer > Fr. Mer
Maru > Mari > Lat. Mare > «mar > maré.»
Maur + Ka > Mairha > Maera > Moera > Moira.
Epítetos de Afrodite:
Mari – sea. Marina – ocean.
Maera - destroying fate. Moera - older than time. Moira - strong one
Mare, is, n. [root mar-, gleam, glimmer (cf. hals marmareê, Il. 14, 273); Gr. marmaros; Lat. marmor; Sanscr. mîras, sea; Goth. marei; Angl. - Sax. mere; Germ. Meer. Curtius, however, refers these words to root mar-, die; cf. morior, marceo], the sea, opp. to dry land. => Mŏrĭor , mortŭus, (...) [Sanscr. root mar-, die; Gr. mor- (mro-, bro-), mar; brotos, marainô; cf.: morbus, marceo] , to die (cf.: pereo, intereo, oc-cĭdo, oc-cumbo, obeo, exspiro; class.). [3]
Em português arcaico o nome do mar ainda era feminino como em francês! Porém, esta raiz nem sequer teria nada a ver com «mar» na sua origem mas mais com o glamuroso brilho das ondas prateadas do glauco mar em noites de luar! O «mar» e a «morte» têm etimologias comuns, nas línguas que as manifestam, pela simples razão, do saber comum, que os marinheiros morrem afogados ou são devolvidos mortos ao mar. A Deusa Mãe da Aurora partilhava com a terra fecunda e o mar também fecundo mas profundo as funções de mortífera parideira precisamente porque os povos insulares sabiam que o sol nascia e morria quotidianamente no mar!
«Maria» < Maruia < «Maruja» < Mar-usha < Ma-Urki-ki.
Claro que o conceito poético do brilho marmóreo do mar ao luar não terá sido a principal qualidade que os povos primitivos viram nas águas, nem sempre espelhadas, dos mares agitados e profundos. É obvio que este brilho particularmente sublime em maré de lua cheia é meramente um epifenómeno secundário nas qualidades principais do mar. O mar de “Mar-mar-a” pode ter dado o nome ao mármore sem o ter recebido deste material de construção, predilecto dos clássicos, nem tento pelo seu brilho mas quiçá por ser material muito comerciado por aquelas bandas!
A comparação do nome do mar em várias línguas revela-se interessante na particular unicidade semântica da mitologia que os informa.
Albânia = Detar | ó D / M-a- Ter | < Te(a) | Tar ó Tala | .
Argélia-Dardja = zemm < Djemim < *Shimum < Ki-Mamu???
Bascos = its-aso < ??? > (tal)-asso
Bengali = shAgor < ??? <= Iscur?
China = hai, hoi, <= ??? < *Kaiu / Enki. Yang, gaai
Checos = mor’e < Lat. Mare
Dinamarca = Noruega = hav (ó Pt. rio «Ave») < ? kaw < *Kaiu 
< *Caco.                                                     > aua ó «agua»
Holanda = zee < zele < Zere? ó (Rio) Zêzere? <= Zu < EnZu /Enki?

Estonia = meri; attr. meri, mere-. Laine-tus, Laine < Uraine < Urano.
Finelandia = meri.
Almanha = Meer, See, Ozean
Húngria = óceán, tenger (< Tan-Ker > Tânger), erős 
(ó Eros?) hullám-zás, Soka-ság (proximo do basco its-aso?)

Indonesia = laut < raut < Urat < Urash. Gelomb-ang

< geront-ank lit. velho Enki?

Japonês = watat-sumi, < wat-at | < Kiat-at | sumi < *Shimu

< *Ashmu => humi > umi. Unabara < Anu-| War + Ki

ó port. «barco, varina, varejo»

Latvian = jūra < shaur < Kur.

Malta = bahar < Wakar < War-ki < War + Ki.

Pali = samudda < samu | shamu < *Ashmu | thitha < Kika |.

Polónia = mor-ski < mor- | sik < Kiki => ? See?

Roviana = lamana < lamina < Kur-Min.

Russo = море = more

Sânscrito = samu-dra- < *Shimu-| tar > Tala.

Sérvia = more, valjanje mora, talasi, okean, masa, obilje, mor-ski,

pučina (ó Potinija), po-mor-ski, valovi (< *warauki < *var-oco

ó Tlaloco => Tala), venoštvo, (< wen-ostivo, filho de Vénus,

º Eros dos Húngaros?), morski talas <= Tala.

A Sérvia, enquanto centro da manta de retalho étnico que foi a Jugoslávia parece ter conhecido todo as variantes do nome do mar. A unidade linguística das supostas línguas indo-europeias não passou pelo mar o que ou confirma a tese da origem continental ou a falácia deste mito!

Da análise de todos estes nomes de mar fica-nos a ideia de que os arcaicos deuses sumérios de mar e da aurora estiveram na origem de todos eles.

O nome do «mar», de muito provável origem itálica e por isso espalhado com a latinidade das legiões romanas, impôs-se sobretudo em locais continentais, como era o caso dos eslavos, onde o mar era distante e, por isso, onde os deuses marinhos não eram particularmente conhecidos e venerados!

As variantes com a componente semita *Ashmu, próxima do hebraico Asmudeu, que seria uma corruptela de Tiamat e deve ser de origem suméria, só aparecem a ocidente na Argélia e tiveram sobretudo expressão a oriente da índia o que deixa a suspeita de que a colonização do extremo oriente por comerciantes saídos da foz dos rios da Mesopotâmia se deve ter dado desde os primórdios do neolítico!

Os húngaros parecem ter nomes estranhos para o mar que vão de tenger (< Tan-Ker, lit “a cobra do Kur”), erős hullámzás, neste caso tão estranho como o sérvio venoštvo. Sabendo que na cosmogonia clássica Eros foi o filho primordial da Deusa Mãe podemos intuir que Vénus foi Tiamat, deixando de ser estranho o mito do nascimento marinho de Afrodite:


Swahili = bahari < wakaru ó Sakar.
Suécia = hav < hav < ? Kaw < *Kaiu; Sjö < ???

Tamazight (berber) < Tiamat = Ill, ilel < En-lil ó Nilo.
Turquia = deniz < Then-ish < Tan-ish, lit. «o filho da cobra Tiamat».

Ukrania = море. < more.

Urdo = samandar < saman | < Shamu < *Shimu-| dar < Kar < Kur.

A primeira conclusão a tirar seria a de que o «mar» teria sido, antes de mais, propriedade dos eslavos e dos latinos...ou seja, de povos reconhecidamente continentais, o que seria absurdo! Porém, com um pouco de boa vontade pudemos inferir que o “pecado original” da continentalidade absoluta teria sido partilhado por todos os indo-europeus, excepto pelos latinos? É evidente que o mais provável será pensar que, a haver uma cultura responsável pelo nome do «mar» ela teria que ser um povo muito antigo e também muito ligado ao mar como foi o caso da talassocracia cretense. Assim, o que se estranharia seria que os latinos não tivessem herdado dos cretenses o nome do mar. De facto, é bem possível que o termo latino «mare» tenha surgido em Malta, país arcaico da origem do neolítico que chegou ao Egipto e lhe deu nome de Tamar.[4]


Tamar, lit. Ta-mar = «o mar»

ó Mar-ta > Mal-ta > Malita > Milita!


Ver: VENUS GENITRIX (***), &

         OS DEUSAS DA CORNUCÓPIA (***)

         DEUSAS DO AMOR / MILITA (***)

Ver: DEUSES «MANDA-CHUVA» (***)

Ver: DEUSAS DO AMOR / AFRODITE MORFO (***)

Ver: AFRODITE (***)

Malta, a ilha mãe da civilização insular neolítica deve o seu nome tanto à deusa mãe Milita como ao «mar».

Mareia, (…) = E. Marea in Lower Egypt.

Os gregos, ainda assim partilhavam alguns étimos marítimos herdados do Egipto ou de vizinhos, ou mesmo da antiga Creta minóica que bem podia ter mais do que um nome para a vasta substância fundamental do seu império!

Muraina, hê, (muros) sea-eel or murry, Muraena helena, coupled with echidna as a sea-serpent, mu_rios, numberless, countless, infinite. Muros, ho, a kind of sea-eel,

... Foram obrigados a ir buscar uma palavra às populações que encontravam no solo que ia ser a sua terra: e disseram thalassa. Foi com estas populações, bem mais civilizadas do que eles eram, que aprenderam a construir barcos. Ao princípio cheios de terror diante do elemento pérfido, arriscaram-se, apertados pela «dura pobreza... a fome amarga... e a necessidade do ventre vazio», dizem os velhos poetas, a enfrentar o reino das vagas e dos ventos, a conduzir os barcos carregados de mercadorias por sobre as profundezas abissais. Neste ofício se tornam, não sem trabalho e dano, o mais empreendedor povo marinheiro da antiguidade, destronando os próprios Fenícios. Ora Povo de camponeses, ora povo de marinheiros, tais são os primeiros passos da civilização dos Gregos. --.[5]

De Ta-Mar a Ta-(ma)lassa pode ter ido apenas o pequeno salto que vai da «bacia» com o deus menino e a água do banho deitados ao lago... e do lago ao mar onde nasceu Afrodite, a Deusa Mãe do amor e do mar!

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Figura 3: The Bacchino: Valerio Cioli's satiric portrait of court dwarf Pietro Barbino ("Morgante") as Bacchus in the Boboli Gardens.

Evidentemente que o Bacchino da figura 2 é uma brincadeira renascentista mas seguramente que em torno da relação de Baco com o «bacio» / «penico» e quiçá dos problemas de próstata do cortesão Pietro Barbino que o fariam urinar com a calma duma tartaruga. Na verdade, as fontes onde Baco é representado como um “deus menino” ou *Penico, a urinar para um taça ou pequeno lago, eram frequentes na arquitectura romana e continuaram a ser na dos jardins modernos.

Por outro lado é possível que o lado prazenteiro que o acto de urinar, depois de copiosa bebida, fosse relacionado com Baco que por isso mesmo terá ficado como deus *Penico e do «bacio».

Por outro lado, Dionísio Bassareu seria uma variante do egípcio Bês que seria a forma caricata e divertida com que alguns bacios de bebés seriam enfeitados.

Como a língua lusa guarda rastos etimológicos de quase todas as línguas próximas rapidamente nos salta aos ouvidos o nome com a ressonância mais próxima que é «bacia».

«Bacia» • s. f. recipiente redondo, afunilado, de bordas largas, próprio para lavagens; • salva, bandeja; (…) • bacia fluvial: a planície cortada por um rio e cercada de montanhas; • bacia geológica: o conjunto de camadas que preenchem uma cavidade ou depressão num solo inferior de natureza diferente; • bacia hidrográfica: o conjunto de declives de onde correm os riachos e ribeiros afluentes de um rio.

Quer dizer que morfologicamente o termo «bacia» tem semântica suficiente para ser relacionada com albufeiras ou mar mas obviamente que não é intuitivo relaciona-las com sea, o nome inglês do mar. No entanto a raiz do sifixo –cia, soa como tal.


«Bacia» < «bacio» < Cat. bací < Lat. ba-ccinu (= vaso de noite, para recolher urina).

Como a ortografia portuguesa costuma ser conservadora é pouco provável que o «bacio» tenha derivado do mesmo conceito morfológico do «seio» < Lat. sinu, que deu nome também ao «sino» e à forma angular do «seno»…e mais próximo do mar à «en-sea-da» dos rios que parece que derivam de «en-sea-r» que por sua vez deriva de «seio», o forma morfológica mais intuitiva dos golfos onde acalma o mar e aportam os barcos. Se não existem coincidências para além das homofonias fortuitas há que suspeitar que quando estas se encostam à homossemias é quase seguro que terão étimos comuns. A saber, é muito provável que o nome do mar dos nórdicos derive do nome da enseada dos galegos mas já não é tão seguro que o bacio latino tenha muito a ver com as bacias hidrográficas para além da conotação que a semântica do termo português moderno lhe emprestou uma vez que o «bacio» terá sido ab inicio baccinu, quiçá por ter a forma ridícula dum pequeno Baco idêntico a Dionísio Bassareu ou Bês.

Ver: DIONÍSIO BASSAREU / BÊS (***)

É quase seguro que talassa seria um nome compósito, e por isso de expressão complexa para gente rude e arcaica, que só os cretenses cultos utilizassem de forma completa. A síncope do «l» é tipicamente lusitana pelo que se infere que os ingleses a terão levado da Lusitânia antes nos tempos de Gaidelos.


Talassa > Taassa > «taça»

                            > (Ta) sa > Frisian see > Engl. Sea

< latinização por sinus > *sa-ius > Gotico saiws > Alto Alemão sēo.

Sea = Etymology: Middle English see, from Old English s[AE]; akin to Old High German sēo, Gothic saiws.(?)

Sea = brim; flot, n; geofon, m/n; holm; holm; hwælweg; sæ (![6])

A forma final que os termos germânicos vieram a ter poder ter resultado duma ressonância por analogia com a última sílaba de Talassa mas como a etimologia o comprova estes termos podem ter derivado de termo autónomo.


«Mar» < Lat. mare < Grec. maura < Ama-ura.

Thalassa < Thalatta < Thalamtta < Ta-| Lamita < Ramita

< *Uramet > Ur-Ma-te > Mater > Mar-te.

Ama-ura, era outra variante do nome do mar alto que apelava directamente para uma Deusa Mãe poderosa e violenta que foi Tiamat…e que entre os cretenses seria também Ta-Lamita.

Thalassa tha^, Att. thala^m-tta IG12.57 -- Perseus Digital Library

Aruna-, quase Urânia como continuação da transparência nocturna a terra e o céu parece que era o nome do mar entre os hititas. Aliás o carácter guerreiro da deusa Mãe do Mar parece ter prevalecido na derivação de alguns nome lusos em que, tal como o próprio nome «luso» parecem ter origem directa no conceito arcaico de entidade selvagem e aguerrida. Dito de outro modo, Ta-lux = Talos & talassa.

Tiamat is cognate with the Babylonian tiamtu, tamtu, "the ocean," rendered Thalatth by Berosus in his Chaldean cosmogony. There is here likewise the reference to the waters of wisdom, the divine wisdom and the lower wisdom of manifestation.[7]


Ta-lassa + uria > Ta-la-ush-uria > (ta) luxuria > *Lassyria

                             Ta-la-ush > tal- | lux > Lish > «Liz».

                           Ta-la-isha > Ta- | liça > «Leça».

*Lassyria > Louciri => «lezíria» > lehiria > Levira > «Leiria».

O «Leira» e outras terras de marachão, alagadas e pantanosas de que teria derivado o nome de Leiria teria recebido influências ainda do próprio rio Liz, pela sua relação com um nome genérico dos rios lusitanos que teria sido parecido como o nome do rio Levira.

Louciri – Divindade adorada localmente no centro da lezíria da Lusitânia.

Ver: NEPTUNO / LAGOS E RIOS (***)

De facto, já houve quem tentasse explicar esta singularidade linguística opinando que thálassa (= *ta-laka, lit. “a” cisterna > “a” lagoa > “o” lago»[8]) seria o nome dado ao «mar» por um povo continental que até aí só tinha visto lagos, nas esteira poética do texto acima referido.

«Lago» < raiz lak- [rasgar, Gr. lakos, lakeros, lakkos; Lat. lacer, lacinia, lacuna, lâma, cf. lacerna, daí originalmente qualquer coisa oca, terra rasgada] < rak- < hurak < Ki-ur-aco > Kura-ku > *fur-(aco) (< Lat. forâmen? ) > «buraco».

Embora os puristas ingleses não encontrem esta relação de Ki-ur-aco “rasgão na terra” a verdade é que ela existe também nos termos anglo-saxões «well» e «hole».

Well (n.) "hole dug for water, spring of water," O.E. wielle (W.Saxon), welle (Anglian), from wiellan (see well = to spring, rise, gush," O.E. wiellan (Anglian wællan), causative of weallan "to boil, bubble up" (class VII strong verb; past tense weoll, pp. weallen), from P. Gmc. *wal-, *wel- "roll" (cf. O. S. wallan, O. N. vella, O. Fris. walla, O. H. G. wallan, Ger. wallen, Goth. wulan "to bubble, boil"), from PIE root *wel- "to turn, roll" (see vulva), on notion of "roiling or bubbling water."

Hole (n.) = O. E. hol "orifice, hollow place, cave, perforation," from P. Gmc. *hul (cf. O. S., O. Fris., O. H. G. hol, M. Du. hool, O. N. holr, Ger. hohl "hollow," Goth. us-hulon "to hollow out"), from PIE root *kel- (see cell < from Latin cella ).


Engl. Hole < O. E. hol <= PIE root *kel- < Ker < Kur < Ki-ur > rak-

> Lat. (la)cer                                   > Lat. cella > Engl. Well > Lat. valla

> «vala» ó Lat. valle > «vale».

O interessante destas divagações etimológicas é o facto de elas contraporem um mesmo conceito Ki-ur com conotações aparentemente opostas (V / ^) vale pico que em boa verdade já estava presente no sumério onde o Kur tanto significa montanha quanto caverna subterrânea. Agora fica mais fácil de entender esta aparente dualidade ambivalente decorrente de um conceito mais arcaico com o mero significado de acidente orológico tanto côncavo quanto convexo. Que a «vulva» enquanto «buraco» anatómico do eterno feminino apareça precocemente nestas divagações pelas raízes linguísticas não deve espantar porque o culto mais arcaico das cavernas era precisamente votado à vulva da Deusa Mãe dos montes da Aurora que quotidianamente paria o Sol. Por outro lado parece confirmar-se que o indo-europeu não é senão uma manifestação das emigrações dos povos do mar relacionados com a cultura egeia.

A ideia de que Talassa poderia ser então literalmente A-lagoa parece ser confirmada com a queda do artigo ta tipicamente egeu nos termos lusos para as «leiras e «lezírias». A verdade é que entre «lezírias» e «lagos» tudo é terra de marés, inundações…e mar! Tal retórica só não colhe pela simples razão de que os «grandes lagos» podem de facto ter tanto a mesma aparência como a mesma semântica do «mar» e, com o mesmo critério de terem os proto gregos andado errantes durante tanto tempo pelas estepes da Ásia e da Rússia”, também os eslavos não deveriam ter nome para o mar. A inversa também é verdadeira: qualquer um dos povos indo-europeus referidos teve mais de dois mil anos para a ter aprendido a fenícios, gregos ou latinos. E depois, porque é que thálassa não poderia ter derivado de *thálas-sa < *The-helas-sea, que poderia ser literalmente em inglês antigo uma redundância relativa ao mediterrâneo enquanto “mar dos helenos”?! Claro que uma etimologia deste tipo daria tanto para rir como a que propõe que «cadáver» deriva da contracção duma metáfora latina «ca(ro)-da(to)-ver(mis)»! Ora bem, se esta última proposta é inequivocamente ridícula porque resultaria dum derivacionismo linguístico hiper erudito e charadístico já *The-helas-sea não o será tanto porque, afinal, sendo suposto que tanto o inglês como o grego são línguas indo-europeias bem poderiam ter sido semelhantes na origem de muitas das suas palavras! Porém, o mar inglês não pode ter derivado da expressão virtual *The-helas-sea pela mesma razão pela qual o mar dos gregos também não pode: o mar dos gregos derivou do nome da deusa *Talasha / Thálassa, que seria a deusa Istar dos minóicos no tempo em que o gigante de bronze com o nome Talo vigiava noite e dia as costas da ilha de Creta.

Sendo assim não foi o mar grego que adquiriu um artigo egeu «ta» mas foi o «lago» que aparenta tê-lo perdido seja porque assim suou aos povos que criaram o termo seja, porque como acima se viu, a etimologia o permite já que *Talasha era a deusa mãe terra que poderia ser chamada também de *Ki-ur-aca.

Ver: DAGON II / SALACIA (***)

Tálassa (do grego θάλασσα, Θάλασση ou Θάλαττη "mar") foi, na mitologia grega, uma deusa primordial do mar, filha de Éter e de Hemera. Ela era a personificação feminina do mar Mediterrâneo. Outros nomes: Att. Thalatta, Thalath e Thalamtta.

Com Pontos, ela foi a mãe da ninfa Hália, às vezes também do Gigante Egeon, a personificação do Mar Egeu, dos nove Telquines e de todos os peixes e seres do mar. 

Quando o sêmen de Urano a fecundou, ela teve Dione, a deusa das ninfas. Outra versão coloca Dione como uma das oceânides e essa mesma versão coloca Tálassa como mãe de Afrodite com Urano.

Talaya é uma deusa Canaanita da chuva, do orvalho ou a própria chuva personificadas. Ela é um das três nobres "noivas" e a segunda filha ou um cônjuge de Ba'al, o deus das Tempestades, pelo que também é chamada uma filha da grande Deusa Mãe Athirat. O nome completo desta deusa é Talaya bat Rab, "Filha da Chuva", e as suas irmãs são Aretsaya, deusa da Terra (Arsai, Arsay, Arsy. Ela está relacionada com a acádica Allatum, uma Deusa dos Infernos e cônjuge de Nergal, Deus de Guerra e da Peste), Pidraya (Pidray, Pidrai, Pdry. Ela pode ser o Peraia mencionou por Philo), deusa de Luz e do Raio. A terra de Canaã, intercalada entre as montanhas e a costa, não era um deserto como era o caso das áreas interiores, mas devido à combinação de ar húmido que se evaporava do mar de encontro a montanhas altas próximas, era santificado com chuva regular. No inverno chega a ter fortíssimas tempestades; e no Verão a humidade caiu como orvalho peculiarmente pesado, muito parecido como um bom chuvisco. Talaya é a Deusa deste orvalho de Verão.

Na Epopéia de Ba'al, Ela tem um palácio bonito que desperta o ciúme de Ba'al; quando Ele constrói finalmente o seu próprio, recusa pôr nele qualquer janela porque Ele tem medo que Yam o seu inimigo possa sequestrar Talaya ou Pidraya — por outras palavras, os seus poderes dele para causar tempestades com chuva e raios., Porém, assim que Ele derrote Yam finalmente deixa-se persuadir para construir um palácio com portas e janelas de forma que as sua filhas possam sair e ir pelo mundo fora abençoando-o com a chuva fertilizadora.

Outras ortografias: Talay, Talai, Talliya, Tly.

Obviamente que a grega talassa era a mesma que veio a ser a deusa fenícia e canaanita Talaya.


Talassa < Tal-asha > Tal-aja > Talaya > Talay > Talai > Tly.

                Tal-isha > Talliya > Tália.

Também seria seguro que faria parte dum grupo de tridivas que seriam a filhas aguerridas da Deusa mãe e do deus das tempestades que entre os cretenses seriam sobretudo marítimas e na fenícia já seriam apenas costeiras.

O nome de Aretsaya significa "filha da Terra", e na Epopéia o seu título completo é 'Aretsaya bat Ya'abdar. Ya'abdar "tem vários significados que andam à volta de ideias de "largo", "fluindo", e "campos", e normalmente é interpretado como "Aretsaya, filha de Amplos Fluxos", referindo-se talvez às enchentes decorrentes das tempestades que inundaram e irrigaram campos. Outra interpretação faz do nome dela "a Filha do Largo Mundo" dos infernos. Sendo Adad o senhor dos infernos e natural que o conceito Ya'ab-dar derive vagamente do nome deste. Aparentemente Aretsaya seria mesmo a mais aguerridas das irmãs porque na Lusitânia acabaria como deusa da guerra dos minhotos e galegos.  De resto, contem a raiz do nome do deus da guerra dos gregos, Ares.

Arencia (Ar-En-Tia, Arantia, Arengia) – Deusa guerreira Lusitana, ela representa a vitória dos que lutam pelo seu povo. Ela é a esposa de Arencio, e é representada por uma égua.


                                                      > Aret-usha > Aretusa.

Arsai < Arsy <Arsay < Aret-saya < Haret | Karet | - | Saya

<= Ashasha => Ishat.

O título completo de Pidraya é Pidraya bat'Ar que se traduz por "Flamejante ou Luminosa, filha de Luz ou do lusco-fusco", e também é a Moça da Luz.


Pidrai < Pdry < Pidray < Pidraya < Phi-thar-ya < Ki-Kur-Asha

> | Ki / An | - Kur-kika => Afrodite.

Na verdade, não sabemos como evoluíram estas tridivas com a revisão do panteão olímpico pois se Pidraya poderia ser etimologicamente AfroditeAretsaya e que seria esposa de Ares, que pelos vistos era também Afrodite, quando não era Hefesto / Vulcano. Sabendo-se que o que restaria do grupo de tridivas supremas no panteão olímpico se juntou no julgamento de Paris, Atena e Hera ficam um pouco ausentes nas semelhanças fonéticas com as tridivas cretenses do séquito de Techuva. Porém, funcionalmente Aretsaya poderia ser Hera e Atena ser Talaya, ou vice-versa, o que já não importa nestas considerações porque na verdade pouco transitou do arcaico panteão cretense para o olímpico que maioritariamente recebia influências do panteão Hitita / Hurrita.

O importante é confirmar que o padrão matriarcal prevalente na cultura cretense, tal como nas culturas arcaicas que dela herdaram arcaicas influências como os celtas e os nórdicos, seria o das tridivas.

Porém, os gregos tinham outros étimos para o mar que bem poderia estar relacionados com as raízes virtuais da Hélade!

En la mitología griega Halia (en griego Άλια, «mar») era una ninfa marina hija de Ponto y Talasa y hermana por tanto de los telquines. Crió al dios Poseidón, con quien tuvo una hija, Rodo (epónima de la isla de Rodas, donde habitaba), y seis hijos más. Estos últimos osaron insultar a Afrodita, que en venganza hizo que enloquecieran y violaran a su madre. Al ver a su amada tan ultrajada, Poseidón hundió a los culpables bajo tierra, donde se convirtieron en demonios. Halia decidió acabar con su vida y se arrojó al mar, donde fue deificada con el nombre de Leucótea.


*Hela-> alios > alas <= *Thala > hala- > hali- > -alios!


Enalios also einalios = in, on, of the sea. Halade, Adv. (< hals) = to or into the sea. Hali-êchês = resounding like the sea. Hali-bromos = murmuring like the sea. Hupeiralios Ep. a form of *huperalios =  on the sea.

Ver: IRLANDA


Old English: saē 'sea'

Greek:= thalassa

Dutch: = zee

Latin: = mare

Old High German: = sēo

Irish: = muir

Icelandic: = saer

Lithuanian: = jara.

Danish: =

Hindustani: = samundar

Gothic: = saiws

Old Persian: = drayah

Pois bem, o Gótico saiws deve ser tão antigo como o basco itsaso e como o chinês gaai. Dito de outro modo, a origem do nome do mar dos ingleses e nórdicos pode ser idêntica à dos bascos e chineses por derivada directamente do nome do reprodutor primordial, o senhor dos abismos das águas doces, Abzu / Enki.

Engl. Sea < Middle English see < Old English  < Old High German sēo 
< Gothic saiws < P.Gmc. *sai-waz.
Sumer: A-Ab-Ba = Sea (the) ó Abzu.
Abzu < Apa-Zu < Aka-Shu < *Kaka-ush 
  ó *Kaki-uhs > *Kius > Gothic saiws < Kaius > Gaio ó Egeu.
                                             P.Gmc *saiwaz > Gaia / Gaio > Chin. Gaai 
ó Velho ibérico *Gua.

In Greek mythology, Aegeus, also Aigeus, Aegeas or Aigeas, was an archaic figure in the founding myth of Athens. The "goat-man" who gave his name to the Aegean Sea was, next to Poseidon, the father of Theseus, the founder of Athenian institutions and one of the kings of Athens.

Na mitologia grega, Egeu era filho de Pandion II, pai de Teseu e rei de Atenas. Em algumas versões, ele não é o pai de Teseu, que seria filho de Poseidon.

«Egeu» < Aegeus / Aigeus / Aegeas / Aigeas < A-E-Ge, literalmente “a-(quático) templo de Ge / Gaia, a terra mãe.

Na Suméria o mar era Tiamat, a mãe dos abismos primordiais.

Mummu (One who was born) = Tiamat (Chaos of the Sea).

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TI.GÉME

Tiämat, o mar primordial.

= Ti-

Ama

-at





º Grec. Tetis

= Ti

Ki

-at





º Grec. Talamatta

= Ta

lama

ta

Claro que o «mar» tem sobretudo a ver com o nome da Deusa Mãe, a que os sumérios chamavam Tiamat, a senhora do mar primordial que circundaria o mundo e que se chamaria também Omoroca.

A pessoa que presidiu sobre eles era uma mulher com o nome de Omoroca; o qual significa no idioma caldeu Thalatth (Thalaatha, Eu. Ar.) e Thalassa em grego, o mar; mas que poderia ser interpretado igualmente como Lua. Estando todas as coisas que estão nesta situação, Belus veio e cortou a mulher ao meio: e de um a metade dela formou-se a terra, e da outra metade fez os céus; e ao mesmo tempo destruiu os animais que estavam dentro dela. Ttudo isso (diz ele) era uma descrição alegórica de natureza. Pois, sendo o universo inteiro constituído por humidade e os animais continuamente gerados dela, a deidade acima mencionada tomou a sua própria cabeça com a qual os outros deuses misturaram o sangue que esguichou dela com a terra e assim foram formados os homens. Por isso é que eles são racionais e participam de conhecimento “divino”. - Fragmenta História de Ofchaldæan, Berossus,: De Alexander Polyhistor, Syncel. Chron. 28.- Euseb. Chron. 5. 8.[9]

Se os tradutores ou intérpretes gregos de Berosus relacionaram esta deusa caldeia com a deusa Talassa que deus nome ao mar da talassocracia cretense tal significa o que parece ressoar: que o nome latino do mar deriva do nome da deusa mãe primordial que seria conhecida na Anatólia como *Te-Amaur-oca, ou simplesmente a deusa do Mar. Por sua vês pode inferir-se que o nome grego seria uma variante elíptica deste.


O-mor-oca < | Au < Hau < Kau > Tau > Tea > Te | Ama-ur-usha

= Mãe | Te-ur-usha > Lat. Telus > Tha-la-atha

> Cald. Thalatth > Grec. Thalassa.

Ver: AMORCA (***)

 Se até aqui não tínhamos ainda compreendido porque é que os gregos davam ao mar o estranho nome thálassa (= Att. thalamtta) já podemos começar a entender porquê. Primeiro porque teriam herdado este nome de ressonâncias cretenses dos minóicos.


Thá-la-ssa º Att. Tha-la-mtta < Thala-mit-ta < Tara-Mut-at, lit.

«Tara ou Turan, a filha da mãe (Mut)!» Ou seja,

                        Thala-(mit)a ó Talata < Talasha ó Talassa!

Istar ó Kur-ish > Tar-ish > Tal-ash > Talasha ó thálassa.

                             > Phar- (la)ash > «parracha».

Terra + ash ó Tellus > *tallasha > «tarraxa» <

Cast. tarraja > «tarracho», masculino de *tarraxa???.

Tarracho = • s. m. (prov.) homem atarracado, < metaforismo de achatado sobre a terra (???).

Esta filha do mar primordial, Tiamat, e de Enki só poderia ter sido Istar. Esta deusa terá sido considerada o mar mediterrânico por ser considerada, de certa forma, a grande «parracha» ou vagina do mundo, esposa virtual de *Tarracho, que pode ter sido Bés / Enki. Esta deidade teria sido a deusa Baba, antecessora de Cibele, mãe de Bés, e por isso uma «parreca» ou “Peraia mencionou por Philo”.

Mais impressivo é o ático thalamtta que parece ter ressonâncias fonéticas junto do nome do Atlântico e da Atlântida.

Depois porque nos fica a suspeita de que o mar Egeu teria tido nos tempos da talassocracia cretense o nome de *Tarashisha em homenagem à grande deusa *Ta-lasha ou *Trasha, variante de Kertu e de Estar e mãe de Talo, o vulcão de Santorini que seria o grande farol natural Atlântida proto cretense. O equívoco da mítica Tartessos dos hebreus derivaria duma relação cultural dos povos do corredor sírio com uma esta tradição arcaica herdada pelos fenicios.

Moreover, the term "ships of Tarshish" is rendered by Jewish scholars "sea-ships" (comp. LXX., Isa. ii. 16, p???a ?a?a????). Jerome, too, renders "Tarshish" by "sea" in many instances; and in his commentary on Isaiah (l.c.) he declares that he had been told by his Jewish teachers that the Hebrew word for "sea" was "tarshish. -- Copyright 2002 JewishEncyclopedia.com.


Tarshish (> Tartish <) Kertis, lit. Deusa Ker, ou Kertu a deusa de Creta.

Grec. Talassa < *Tarashisha > Hebr. Tarshish.

De resto, como thálassa era um nome que os gregos reservavam sobretudo para designarem genericamente a «água do mar» e que só usavam este mesmo termo especificamente para nomearem o «Mar Mediterrâneo», estranha-se que o tal povo virtual e continental (da Trácia ou Macedónia) não tivesse inventado um termo semanticamente mais adequado com esta circunstância tal como, *megalassa ou *megaraça!

De qualquer modo Talasha era sem dúvida um nome alternativo para as deusas do mar e da aurora que permitiam que no seu seio líquido infinito se depositasse quotidianamente o corpo solar!

No entanto, é evidente que Talasha pode ter sido *Te-(U)r-asha ou Teresa, literalmente deusa Urraca, filha de Te-ra, a deusa Re, ou Rea, esposa de Crono e filha ou mera variante da deusa primordial Ki / Gea. Na verdade, não seria por mero acaso que água em basco é ura…e a «urina» (Lat. urina < Gr. oûron) água doirada!

Ou seja, a redução ao denominador comum e à expressão mais simples faz de Talassa um mero nome de Talo / Talia, nome guerreiro da deusa mãe Rea.

Ver: GEIA (***)& Ver: TALIA (***) & ATLÂTIDA (***)


Como o Kur era o senhor dos abismos do Oceano que também era o Ponto (< Pha-Antu, lit. nascido de Ki e de An)...

Pontisma, = that which is cast into the sea. Pontonde, Adv. = into the sea.

...o mar era também o império marítimo dos cretenses e pelágicos e daí chamar-se pélago!

Pelagitis, idos, fem. Adj. = of or on the sea. Pelagosde, Adv. = to, into, or towards the sea.

Foi o mar quem deu nome ao comércio protegido por Hermes/Enki, o detentor dos me sumérios, das tábuas as leis do destino e das artes e ofícios! *Thala- é um étimo relacionado com Enki e, por meio deste com as artes e ofícios que permitiram à humanidade o fabrico e comércio marítimo de bens de civilização!

«Tala-bar» = «bar»[10] de *Thala-???. Não sei se na origem os *«talabares» (= ta-lu-bares < lu = «escravo» em sumer.) não terão sido mesmo locais de comércio de escravos tal como os Karhum eram de gado! Seja como for, acabaram por vir a ser locais de comércio de tudo exactamente como os Karum.


Ver: TALABRIGA (***)


Karhum, plural de Karhu < *K(a)ur-ku(a) > Thal-ku > Ki-Talo.

«Tartana» < Ár. tartaneh < *Tala-tan, lit. «a tala-cobra»!

«Tartana» • (< Ár, tartaneh), s. f. barco de forma alongada, com um só mastro e vela latina; • carroção coberto com toldo, mas aberto nos dois topos.

Quer dizer que o termo *Tala ou *Talla foi usado por povos que deviam a sua prosperidade ao comércio marítimo como foram outrora os cretenses minóicos, os fenícios, etruscos, os cartagineses, e como terão sido sempre os povos ribeirinhos de todos os tempos e lugares.

A este respeito há que reparar que Tlaloc, o «manda chuva» dos Azetecas, teve também o epíteto em nauatl de Yacateuctli que se traduz por «deus dos comerciantes», como Enki/Hermes.

Yacatecuh-Tli - "The Long-Nosed God" = "The God of Merchants".

Ora, nem por acaso, sabemos que:

En la época en la que los españoles, capitaneados por Hernán Cortés, comenzaron la conquista, en 1519, el gran mercado de Tlatelolco atraía a unas 60.000 personas diarias. Las mercancías llegaban a manos aztecas gracias a los acuerdos sobre tributos establecidos con los territorios conquistados. Muchas de esas mercancías se exportaban a otras zonas del imperio azteca y a América Central..


Tlatelolco < Tla-tel-orco < Tala-tela-urco ó Telatelo-wrgo

=> Talóbriga!              > tala-tera < *Tala-kura > Talawura => Talavera.


Ø    Taavura > Távora

Ø    Taawira > Tavira.

Perguntar-se-á, que teria a língua nahuatl dos azetecas a ver com uma arcaica língua lusitana? À partida nada mas... de regresso as probabilidades são quase tudo!

Ver: CANIBAL (***) & TLALOC (***) & AZTLAN (***)

In Aztec mythology, Tlazolteotl was the goddess of licentiousness.


Tlazol-teotl < Talashol-(teotel) < Talashoila < Talassa-la, lit. «A mulher dos marinheiros?»

De qualquer modo, o facto de haver suspeitas de os Azetecas terem tido influências mais ou menos directas (por via da sua colonização ibérica?) com os etruscos poderemos aceitar que esta deusa era uma variante de Turan / Istar.






[1] Thálatta! Thálatta! ("The Sea! The Sea!") was the shouting of joy when the roaming 10,000 Greeks saw Euxeinos Pontos (the Black Sea) from Mount Theches (Θήχης) in Armenia, after participating in Cyrus the Younger's failed march against Persian Empire in the year 401 BC. The mountain was only a five-day march away from the friendly coastal city Trapezus. The story is told by Xenophon in his Anabasis. Thálatta (θάλαττα) is the Attic form of the word. In Ionic, Doric, Koine, Byzantine, and Modern Greek it is thálassa (θάλασσα).

[2] CIVILIZAÇÃO GREGA – DA ILÍADA AO PARTENON, André Bonnard.

[3] Charlton T. Lewis, Charles Short, A Latin Dictionary

[4] Tamar da Nazaré, cidade de marinheiros na costa ocidental lusitana, terra de estranha gente e de ainda mais estranhas tradições e origens.

[5] Idem. CIVILIZAÇÃO GREGA – DA ILÍADA AO PARTENON, André Bonnard.

[6] Modern English to Old English Vocabulary

[7] http://www.piney.com/

[8] [root lak, to tear; Gr. lakos, lakeros, lakkos; Lat. lacer, lacinia, lacuna, lâma; cf. lacerna; originally any thing hollow, hence].

[9] The person, who presided over them, was a woman named Omoroca; which in the Chaldæan language is Thalatth (Thalaatha Eu. Ar.) in Greek Thalassa, the sea; but which might equally be interpreted the Moon. All things being in this situation, Belus came, and cut the woman asunder: and of one half of her he formed the earth, and of the other half the heavens; and at the same time destroyed the animals within her ("In the abyss." Bry.— "Which had composed her empire." Fab.—quæ in ipsa erant Eu. Ar.) All this (he says) was an allegorical description of nature. – Fragments Ofchaldæan History, Berossus: From Alexander Polyhistor, Syncel. Chron. 28.—Euseb. Chron. 5. 8


[10] Tal como taberna < Ta-bar-ana!