domingo, 20 de setembro de 2015

FUSIS, A DEUSA DA FÍSICA e dos fusos...horários, por Artur Felisberto.

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Figura 1: As tridivas fiandeiras, Parcas, Moiras, Nornas ou Fadas.
A física é uma ciência da natureza cujo nome tudo deve precisamente à Deusa mãe primordial que obviamente foi deusa fiandeira como as parcas e por isso teve como símbolo o fuso que na física acabou por tutelar os fusos horários...a «fusão» e a con-«fusão» do Caos primordial.
«Fusão» < Lat. fusione < Lat. fuso < Lat. fundo.
Fundo, fundere, fūdī, fūsum.
Fundō = From Proto-Italic *hundō, from Proto-Indo-European *ǵʰew-. The change h- > f- is irregular. Cognates include Ancient Greek χέω ‎(khéō) and Old English ġēotan.
Claro que as referências que aqui se colocam a respeito da etimologia indo-europeia são bons exemplos de até onde podem chegar as fantasias da mitologia científica moderna. É óbvio que como em muitos outros casos latinos estamos perante um verbo irregular de dupla origem que partilha a primeira parte com o verbo fundāre[1]. Assim sendo, com qual dos dois o proto-indo-europeu se relaciona? É que logo a seguir se dizem barbaridades do tipo:
Fundo = From Old Portuguese fundo, fondo, from Latin fundus ‎(“bottom”), from Proto-Indo-European *bʰudʰ-mn.
É evidente que no senso comum primitivo “o que fundia ia ao fundo” pelo que estamos a falar de termos relativos a realidades aparentemente permutáveis razão porque partilharam uma parte da forma. Entretanto o verbo latino fundere resultou da fusão de «fundo» com «fuso»...e começou a confusão! Ora, é precisamente aqui que se estranha que os etimologistas do indo-europeu não se tenham deparado com a Physis grega que até perpassa ao de leva na etimologia proposta pelo Proto-Indo-Europeu *ǵʰew-, a partir do grego χέω e do inglês antigo ġēotan que só um cego não vê que tanto xeo como geo- partilham o étimo grego da geografia e da geologia derivado do nome da deusa Gea...e do deus egípcio Gebo
«Gebo» = También jebo. Nombre burlesco con que se designa a los aldeanos vascos.
«Gebo» (< lat. gibbus) = corcunda, maltrapilho. Ora, Gebo enquanto deus egípcio da terra era cehio de gibosidades que eram os montes e as serras!
Ora, Gea era um dos nomes de Physis, uma das deusas mães primordiais egeias.
A simples proximidade semântica com pouca ou nenhuma similitude fonética não pode ser uma boa base de comparação etimologia sendo este o principal defeito da etimologia indo-europeia.
Pues bien, todas las cosas se hallan en reposo o en movimiento por naturaleza o forzadamente, y allí donde permanecen por naturaleza, allá también se desplazan por naturaleza, y allá donde se desplazan por naturaleza, allí también permanecen por naturaleza; y donde permanecen forzadamente, allá también se desplazan de manera forzada, y donde se desplazan de manera forzada, allí también permanecen forzadamente. Además, si tal o cual traslación es forzada, su contraria es natural. Así, si la tierra se desplaza de manera forzada desde allá lejos hasta aquí, al centro, se desplazará desde aquí hasta allá por naturaleza; y si la tierra venida desde allí permanece aquí sin violencia, también se desplazará hacia aquí por naturaleza. Pues el movimiento por naturaleza es único. - Aristóteles De Caelo.
A falta de atenção da física medieval e moderna a este facto importantíssimo da intuição física clássica dos movimentos forçados e artificiais em relação aos espontâneos e naturais pode ter sido um dos principais responsáveis pelos equívocos da física moderna. Obviamente que há uma grande diferença entre o movimento natural dos graves (e numa primeira aproximação, supostamente dos corpos celestes) e o movimento forçado tipicamente artificial que só os animais de tiro e a escravidão permitiam.
O paradigma do “estado natural” permitiria também entender o movimento dos corpos sujeitos a forças locais de pressão, seja qual fosse o meio ambiente onde essas forças se manifestassem.
[A pressão é] o esforço que as partes contíguas fazem para penetrar umas nas dimensões das outras. [...] A pressão só existe entre partes contíguas até que a pressão seja transmitida às partes mais longínquas de um determinado corpo, quer seja duro, mole ou fluido. (NEWTON, 1974, p. 54).
• (Lat. pressione), s. f. acto ou efeito de apertar ou de comprimir; • (fig.) coacção; • violência; • influência que coage; • força que actua sobre uma superfície; • (Fís.) grandeza física definida pelo quociente entre a força e a área da superfície onde essa força se exerce.
Na verdade o conceito de pressão / compressão de Newton é limitado e limitador porque parece derivado dos processos de trabalho em prensa pré industrial para espremer os sucos e óleos de frutos pisados e portanto o seu uso em física deve-se tanto as analogias como aos conhecimentos mecânicos entretanto adquiridos no aperfeiçoamento destes ofícios.
Pressure (...) from Old French presseure "oppression; torture; anguish; press" (for wine or cheeses), "instrument of torture" (12c.) and directly from Latin pressura "action of pressing," from pressus, past participle of premere "to press", hold fast, cover, crowd, compress," from PIE *per- (4) "to strike."
«Pressão» < Lat. pressione < pressura < pressus < premere
Premō,pre-me-re, pre(me)ssī, pre(mi)ssum;
      < *per + mo-ere < mol-ere < mol-a < moles.
molō ‎(present infinitive molere, perfect active moluī, supine molitum)
«Moledo» = • s. m. pedra grande; • pedregulho; • monte de pedras.
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Figura 2: As rochas que deram nome à praia do «Moledo do Minho».
Mōlēs f ‎(genitive mōlis); third declension, mass (of material), rock, boulder, heap, pile, mole, jetty. = Massa (de material), rocha, penedo, montão, molhe, pontão.
Mallet (n.) = late 14c., from Old French maillet "mallet, small wooden hammer, door-knocker," diminutive of mail, from Latin malleus "a hammer," from PIE *mal-ni-, from root *mel- (1) "soft," with derivatives referring to softened material and tools for grinding (cognates: Hittite mallanzi "they grind;" Armenian malem "I crush, bruise;" Greek malakos "soft," mylos "millstone;" Latin molere "to grind," mola "millstone, mill," milium "millet;" Old English melu "meal, flour;" Albanian miel "meal, flour;" Old Church Slavonic meljo, Lithuanian malu "to grind;" Old Church Slavonic mlatu, Russian molotu "hammer").
Decididamente, a origem latina do conceito de «pressão» deriva da actividade de “passagem do «milho» pelas «mós» do «moinho»” que afinal eram isso mesmo, mós que tanto significam «malhos» e pedras de «amolar» como “montes de pão, depois de malhado”.
A proximidade fonética ente o latino mole e molle permite a ressonância dos contrários e a confusão do «malhete» com a «mola» e do «malho» com a «malha».
Notar que em português o martelo latino malleus determina em português sinónimos começados em «eme» tais como «malho», «mangual», «matraca», maçete», «moca», etc!
Seja como for, verificamos que é depois de se «moer» o milho que se «amasa» o pão que só depois é «mo-ldado» e «mo-delado» de «mo-do» a ficar com a forma redonda da «mó» o que irmana morfologicamente o pão com a mó que o tornou possível.
No que respeita à possibilidade de a forma influenciar o conteúdo e vice-versa há que não perder de vista a dualidade ontológica insuperável da realidade humana que se enreda desde que começou a pensar nas questões da matéria e da forma acabando na dualidade onda partícula.
Transforma-se o amador na cousa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho logo mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada. -- Luís de Camões.
Ora, por outros contextos sabemos que a «forma» latina é cognata da forma grega «morfos» que se enquadra no contexto etimológico da «mole».

Ver: AFRODITE POLIMORFA (***)

Ma até aqui divagamos em voltas dos molhes mas não descortinamos a origem do termo latino moles relativo a rochas que, no entanto logo intuímos que nos reportaria para a deusa mãe pela raiz ma-.
Ora, de repente faz-se luz ao verificarmos que o supino do verbo latino molō é precisamente molitum...confirmando-se assim que o arcaísmo desta forma verbal latina é também um indício de etimologias arcaicas a explorar.
Poderia pensar-se que, sendo o supino pela sua função vaga e indiferente uma forma pré verbal entre o nome e o verbo com a semântica de finalidade que em português se constrói com a preposição «para» e em inglês com a preposição to que tem o mesmo significado e com o qual se constrói o infinitivo, a terminação latina do supino –tum seria uma mera variante do particípio –tus, sobrevivência do sumério tu com a semântica da deusa do parto Nin-tu, e por isso uma forma nominal adjectivada mōlītus, relacionada com o verbo mōlior que nos reporta para o nome moles, ou seja, aparentemente andamos à voltas. De qualquer modo, não deve ser por mero acaso que a meio do caminho tropeçamos em molitus (, a, um) com o significado de “esforçado, despertado, erigido e edificado” como sói acontecer com os «monólitos».
Um monólito é uma estrutura geológica, como uma montanha, por exemplo, constituído por um única e maciça pedra ou rocha, ou um único pedaço de rocha colocado como tal. A palavra deriva do latim monolithus que deriva da palavra grega μονόλιθος (Monólithos), que por sua vez é derivada de μόνος ("um" ou "único") e λίθος ("pedra"), ou seja, significa "pedra única".
O interessante é verificar que por intermédio deste neologismo científico damos conta de que a moles latina tem que ter relação com o litos grego.
Mas então damos conta de que outros termos se levantam pelo meios como pedras no caminho!
«Laje», «lousa», «lancha» (< Cast. = laje) e «leixões» são termos portugueses entre o grego e o latim que correm ao lado das «fragas» e das «rochas».
Laja, lage, lájea, lagem, s. Não me satisfaz nenhuma das explicações até agora apresentadas para a etimologia destas variantes de um mesmo voc.: nem o lausia (sugerido por Schuchardt, em ZrPh., VI, p. 424, seguido pela Academia Espanhola para o cast. laja e por Garcia de Diego, no Diccionario Etimológico Español e Hispánico, Nº 3802), nem o lat. laginum, em vez de lagãnum. Não sei onde encontrar etimologia aceitável para aquela série de palavras, mas dadas as circunstâncias de as fontes habituais do léxico português me falharem neste ponto e de se tratar de designação de «pedra», não custa crer, julgo, em mais um vestígio dos idiomas pré-romanos da Hispânia, tanto mais que, penso, não há vestígios desta forma fora da nossa Península. -- José Pedro Machado, no «Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa».
A característica que define a laje é ser relativamente plana a um tempo que duas das súas dimensións som de magnitude moi superior à outra: umha laje é chá, ampla (larga) e longa, mais fina. De feito, a nossa verba tem cognatos nas línguas célticas insulares, galés llain 'folha de metal' e antigo irlandês laigen 'lança', e verbas com similar orige coma o grego pelagos 'mar', norueguês flag 'mar', flak 'pedaço', antigo nórdico flaga 'estrato, laje' (veja-se a este respeito Prósper 2002, p. 378 e Bua 2007, p. 34), flō 'lugar, estrato', anglo-saxom flōh (stānes) `lousa, laje’. Todas estas verbas provém do tema proto- indo-europeu *plā-k- / *plā-g- 'largo e plano' (IEW: 831-2). A identidade semántica obriga a considerar a forma altomedieval, e autóctone, lagena como procedente dumha forma anterior *plagena, por perda de p no grupo pl-. Este fenómeno só pode ser prévio a romanizaçom, já que o grupo latino pl- evolve regularmente a ch- em verbas patrimoniais (latim, plumbum ˃ gal. chumbo). E tam só nas línguas celtas, entre todas as línguas indo-europeas ocidentais, cai o p em este (e em caisquer outro) contexto. -- [2]
É duvidoso que o conceito da «lage» seja apenas o de lousa e que os antigos tenham sido tão primitivos que confundissem a planura desta com a do mar confundido ambos os termos de significado tão díspar numa altura já evoluída dos vocábulos, pelo que o postulado de *plagena na evolução da «lage» é inútil e despropositado. De qualquer modo confirma-se que o nome de Leixões seria uma variante de origem galega. Por outro lado, estas etimologias passam ao lado das moles latina e dos litos grego, termos com os quais têm necessariamente que ter estado relacionadas ou não seriam todos estes falares indo europeus.
Em conclusão, o adjectivo molitus estaria entre a moles latina e o litos gregos porque seriam variantes do nome da deusa mãe telúrica *Ma-li-tu que imediatamente se identifica como deusa de Malta ou seja Mirita, Milito ou Afrodite Melânia.
Sendo assim a etimologia da «lage» não necessitaria de passar epelas formas complexas dum virtual indo-europeu *plā-k- / *plā-g- porque derivariam de termos mais simples.
                                                                           > Lausha > «lousa».
«Laja, lage, lájea» < Lage-Ana < Urash-i-ana > *lagena > «lagem».
              Tsaciana < *Tesha Ki-Ana > Laciana < lacium > «latina».
Não podemos saber com exactidão como se deram primitivamente as transliterações do latim clássico para os falares locais ibéricos mas seguramente que estas não foram feitas por limitações anatómicas do aparelho glótico dos falantes mas por mero conflito com homofonias dos falares pré-romanos. Quer isto dizer que se pode postular que nos falares asturo-leonês de Laciana esta deusa que teria sido Diana Lúcia mãe dos latinos seria chamada aqui Tsaciana, possivelmente uma variante da deusa da aurora etrusca Tesano por meio de um nome virtual *Tesha Ki-Ana. Portanto as «lages» derivam do nome da deusa mãe suméria Urash de que derivaram directamente as «rochas». Quanto às fragas...
«Fraga» < «fragosa» < Lat. fragosu < ???
> Lat. fragore, barulho de coisa que quebra < Lat. frango.
«Fraga» < Phuraka < *Kur-asha.
Da pouca relação entre a fraga e o fragor se infere que a etimologia proposta só pode estar errada e ser o latim que deriva do fragor que fazem sãs fragas ao galgarem as serranias...e não o contrário.
*Kur-asha era literalmente uma lasca ou filha da Senhora do Monte do Kur a deusa Ninkursag, Ki ou Urash.
Acabamos então por concluir que toda esta etimologia da «mole» decorre do domínio da deusa mãe que era em simultâneo a deusa das rochas e dos cereais particularmente na «forma» de Afrodite Morfo, a deusa das “belas formas”.
Esta actividade produtiva requer uma capacidade intelectual distante do senso comum e vocacionada para a resolução de problemas concretos: a μτις. O sujeito detentor deste misto de inteligência prática e capacidade criativa (astúcia) consegue, pelo recurso a um engenho, obter um desfecho benéfico para si próprio perante uma situação desfavorável.
(...) Em Hesíodo (Th. 146), surge a primeira ocorrência da palavra μηχαν, não com o sentido de «engenho», antes sugerindo a capacidade para os criar.
(…) Já na transição para a Época Clássica, começa a estabelecer-se o sentido técnico do conceito, passando o termo μηχαν a assumir a significação genérica de «engenho» enquanto objecto concreto e factual.
Assim sendo, Afrodite Mechani-tis seria literalmente a deusa da astúcia criativa e que por isso mesmo era Afrodite Morfo ou a Polimorfa da miríade de ofícios (como Istar), e dos poderes dos «mês», sendo também virtualmente a deusa *Mechana, a senhora Macha dos celtas como foi Artemisa, Atena Promachos, deusas jovens e astuciosas esmeradas nas artimanhas da caça de que derivaram nos primórdios da história do estado as tácticas guerreiras e estratégias militares das castas guerreiras ao serviço do poder religioso emergente, possivelmente ainda antes do início do Neolítico.
Mechanitis < *Mechana-i-tis < *Mechanete = Senhorita Mecha
ou Macha.
Evidentemente que *Mechanete teria sido antes Atena do que Afrodite mas o “julgamento de Paris” parece confundir estas deusas numa espécie de tridivas a que falta Hera.
O sentido verdadeiro e oculto deste epíteto *Mechanete teria pouco a ver com a virilidade que o termo «macho» português parece indiciar mas mais com o poder dos «mês», as leis criadoras de Metis que os mitos atribuem ter sido roubadas ao deus Enki por Ísis e por Anat. Na mitologia patriarcal mais recente dos deuses olímpicos Zeus engravida e gera Atena, a deusa da astúcia, depois de ter engolido Metis.
"Because those who use the term mean to say that nature is the first creative power; but if the soul turns out to be the primeval element, and not fire or air, then in the truest sense and beyond other things the soul may be said to exist by nature; and this would be true if you proved that the soul is older than the body, but not otherwise." - Plato's Laws, Book 10(892c)
Dito de outro modo suspeitamos que Afrodite Mechanitis, Melaenis, Morpho seriam o remanescente egeu da mui arcaica deusa mãe *Micas, Murça ou Amorca, Mara ou Maria, a Virgem Negra que teriam tutelado os processos da moagem, amassadura e modelagem manual do pão. Esta mesma divindade seria a deusa Nut / Nyx da noite criadora e Physis a deusa da Natureza.
«Física» < Fysica < Phusis < Ka(u)ki-is > Kausis > «Causa» e Coisa».
                                   Tesis <               > Tetkis.
As Senhoras do Destino de várias tradições - conhecidas como as Parcas gregas, as Moiras romanas, as Nornes nórdicas ou as Rodjenice eslavas - tinham como símbolo mágico o fuso, a roda de fiar, os fios e a tessitura. Elas fiavam, mediam e cortavam o fio da vida, entoando canções que prediziam os destinos dos recém nascidos e apareciam como deusas tríplices ou tríades de deusas idosas, envoltas por mantos com capuz ou vestidas de branco, preto ou com idades diferenciadas pelas cores das suas roupas (branco, vermelho, preto). (...)
A deusa padroeira das fiandeiras existiu em várias tradições como a egípcia (Ísis), alemã (Holle, Perchta), basca (Mari), lituana (Laima), italiana (Befana), eslava (Baba Yaga, Mokosh), japonesa (Amaterassu), grega (Ártemis, Athena), nórdica (Frigga), báltica (Saule, Sunna, Rana Neida), além da Rainha das Fadas de França, Espanha, Irlanda, Inglaterra. (…)
Os círculos sagrados femininos – como a Teia de Thea – têm como objetivo principal a formação e sustentação de uma teia feminina de conexão e de reverência à sacralidade feminina, cujos fios estão sendo tecidos, fortalecidos e renovados permanentemente por todas aquelas mulheres que se dispõem celebrar, honrar e servir à Deusa sob Suas inúmeras faces e manifestações. Esse serviço deve ser feito sem qualquer apego aos resultados e frutos dos seus esforços, assim como também as antigas tecelãs cumpriam apenas a sua tarefa ancestral visando o bem estar das suas comunidades. – http://www.teiadethea.org/
Orphic Hymn 10 to Phusis (trans. Taylor) (Greek hymns C3rd B.C. to 2nd A.D.):
"Phusis, all-parent, ancient and divine,
o much mechanic mother, art is thine;
heavenly, abundant, venerable queen,
in every part of thy dominions seen.
Untamed, all taming, ever splendid light,
all ruling, honoured, and supremely bright.
Immortal, Protogeneia (First-Born), ever still the same,
nocturnal, starry, shining, powerful dame.
Thy feet’s still traces in a circling course,
by thee are turned, with unremitting force. Pure ornament of all the powers divine, finite and infinite alike you shine; to all things common, and in all things known, yet incommunicable and alone.
Without a father of thy wondrous frame, thyself the father whence thy essence came; mingling, all-flourishing, supremely wise, and bond connective of the earth and skies. Leader, life-bearing queen, all various named, and for commanding grace and beauty famed.
Justice, supreme in might, whose general sway the waters of the restless deep obey. Ethereal, earthly, for the pious glad, sweet to the good, but bitter to the bad: all-wise, all-bounteous, provident, divine, a rich increase of nutriment is thine; and to maturity whatever may spring, you to decay and dissolution bring.
Father of all, great nurse, and mother kind, abundant, blessed, all-spermatic mind: mature, impetuous, from whose fertile seeds and plastic hand this changing scene proceeds. All-parent power, in vital impulse seen, eternal, moving, all-sagacious queen. By thee the world, whose parts in rapid flow, like swift descending streams, no respite know, on an eternal hinge, with steady course, is whirled with matchless, unremitting force. Throned on a circling car, thy mighty hand holds and directs the reins of wide command: various thy essence, honoured, and the best, of judgement too, the general end and test. Intrepid, fatal, all-subduing dame, life everlasting, fate (aisa), breathing flame. Immortal providence, the world is thine, and thou art all things, architect divine. O, blessed Goddess, hear they suppliants’ prayer, and make their future life thy constant care; give plenteous seasons and sufficient wealth, and crown our days iwht lasting peace and health."
Na linha desta tradição cultural que perpassou indelével pela cultura popular tempos que referir a história infantil da “Bela Adormecida” onde as “fadas madrinhas” fazem o papel de Parcas fiandeiras e de deusas das rocas e dos «fusos».
Na festa do batismo de tão desejada princesa, foram convidadas doze feiticeiras (na versão de Perrault, são sete fadas...mas poderiam ser deusas) para serem as madrinhas, presenteando a criança com dádivas espirituais como beleza, a inteligência, a bondade, etc. No entanto, uma velha feiticeira do reino que fora negligenciada com o falso pretexto de que o rei tinha apenas doze pratos de ouro, interrompeu o evento como Eris no casamento de Paris e lançou-lhe uma maldição: a morte ao picar do dedo num fuso quando a princesa atingisse a idade adulta.
Cada versão do conto tem um nome diferente desta personagem. Em Sol, Lua e Talia, ela tem o nome de Talia, cuja derivação provém da palavra grega Thaleia, que significa "o florescimento". Perrault, por sua vez, não lhe deu nome. Esta é simplesmente chamada como "a princesa", enquanto Aurora é o nome da filha da princesa.
No idioma original é chamada de Dornröschen, cuja tradução de dorn é espinho e de röschen é florzinha, diminutivo de flor. Algumas versões do conto traduzem o nome da princesa para Rosa do Espinheiro, Flor do Espinheiro ou Rosa de Urze.
No conto de Basile, a princesa Talia cai num sono profundo quando fica com um pedaço de linho encravado debaixo da unha. O rei, que já está casado, quando a descobre no castelo abandonado fica de tal maneira apaixonado que a estupra enquanto dorme. Nove meses depois desta visita Talia acorda, e dá à luz dois infantes, o Sol e a Lua.
Em Perrault, a princesa acorda quando um príncipe a descobre e, apaixonados, casam-se e  tem uma filha chamada Aurora e um filho com o nome Dia. No entanto, o amado sai para caçar deixando a princesa e os seus filhos ao cuidado da sua mãe ciumenta, que até então não sabia da existência do casamento do filho. Esta é descendente de Ogres e as suas tendências canibais provocariam a morte destes três, se não fosse a compaixão de um cozinheiro, que engana a sua majestade com carnes de animais.
Assim sendo o conto da Bele Adormecida é uma variante popular de mitos arcaicos, onde os ogros canibais eram precisamente os gigantes e titãs ou seja os arcaicos deuses cretenses dos sacrifícios humanos neste caso num mito relativo ao nascimento do Sol e da Lua que a mitologia grega resumiu na genealogia de Teia.
Teia, filha de Urano e Gaia, é uma titânide. Desposou Hiperião, seu irmão, e deu à luz as divindades siderais Hélio, o Deus Sol, Selene, a Deusa Lua, e Eos a Deusa Aurora.
«Teia» < *Teja < Te-ia <=> Tela (> Tellus) < Talia < Te-ra.
                Tese < Te-isha < Ki-Ki-ish > Phu-ish > Phusis.
                                                             > Te-Tis.
É evidente que Phusis era equivalente de Gaia e de Telus e Tália. De Tellus anatólica veio o termo grego Telos para a causa final.
Nonnus, Dionysiaca 41. 98 ff: -- "[Aphrodite] newly born from the brine; when the water impregnated from the furrow of Ouranos was delivered of deep sea Aphrodite; when without marriage, the seed plowed the flood with male fertility, and of itself shaped the foam into a daughter, and Phusis (Nature) was the midwife -- coming up with the goddess there was that embroidered strap which ran round her loins like a belt [the cestus of love], set about the queen’s body in a girdle of itself."
Nonnus, Dionysiaca 23. 280 ff (trans. Rouse) (Greek epic C5th A.D.): "[Nonnus represents Okeanos and Tethys (i.e. as Thesis) as the primordial gods of creation, in the manner of Homer and the Orphics:] Tethys! Agemate and bedmate of Okeanos, ancient as the world, nurse of commingled waters, selfborn, loving mother of children."
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Outra deusa aparentada com a deusa Fisis é a deusa Tese, também protágona e primordial como Fanes / Ofião ainda que na aparencia semântica moderna pareçam como a tese e a antítese, ou melhor, a teoria (das teses filosóficas) e a prática (empírica da física).
TESE foi a deusa protogina (deusa primordial) da criação, uma divindade relacionada com a Physis (natureza). Ela ocorre nas teogonia Órficos como a primeira a surgir na criação ao lado do Hydros (as águas primordiais). Às vezes ela é representada como o aspecto andrógino hermafrodita do deus Phanes.
Tese também ocorrer novamente na mitologia sob o disfarce de Metis, a deusa devorada por Zeus, e como Tethys, a grande enfermeira, mãe de todos.
No entanto, na literatura existente, estas duas figuras estão normalmente muito longe do velho deus criador cosmológico, do tipo apresentado na Teogonia de Alcman.
«Fuso» e «parafuso» derivam de Phusis obviamente ainda que possa não ser comum dize-lo.
O linguista Rosário F. Mansur Guérios se refere à expressão latina medieval *pare fusu, "fuso parelho", assemelhado ao fuso de fiar.
Obviamente que Rosário F. Mansur Guérios está a fazer uma etimologia pela via popular. É inegável que o parafuso tem a ver com o fuso da roca de fiar mas isso não significa que o nome tenha aparecido desta forma tão simples.
A origem do parafuso possui algumas versões e uma destas aponta como o inventor, o grego Arquitas de Tarento (ou Archytas de Tarentum) por volta de400 a.C., quando desenvolveu o parafuso para ser utilizado em prensas para a extração de azeite da olivas, bem como, para a produção de vinho.
Outra personalidade que desenvolveu aplicações científicas com o uso do parafuso foi Arquimedes, por volta de 250 a.C. , quando desenvolveu o princípio da rosca e utilizou-o para a construção de dispositivos para a elevação de água na irrigação. Porém, é de amplo conhecimento que os romanos utilizavam, e muito, o princípio de Arquimedes para a extração de minérios em suas minas, bem como, para pivôs em portas.
Segundo os [Problemas] Mecânicos, o círculo comporta em si dois movimentos (1, 848b10-12); ou melhor, a trajectória que um objecto descreve ao deslocar-se por uma circunferência é composta por dois movimentos. Um deles segue na direcção da tangente e o outro na direcção do centro do círculo; o primeiro é «de acordo com a natureza» (κατ φσιν) e o outro é «contra a natureza» (παρ φσιν): «Isto acontece com qualquer raio: desloca-se pelo arco de circunferência, de acordo com a natureza na direcção da tangente e contra a natureza na direcção do centro». (1, 849a14-16.)
Estes movimentos eram descritos por Descartes como conatus a centro e conatus recedendi. Conatus a centro, ou "tendência para o centro", é usado por Descartes como uma teoria da gravidade; conatus recendendi, ou "tendência para fora do centro", que representa as forças centrífugas dos vórtices.
Portanto, o parafuso seria sobretudo um fuso que girava ao contrário do fuso normal.
Aristóteles conhecia da mecânica a realidade das forças com que Descartes iria descrever a gravidade enquanto movimentos celestes circulares em vórtice que Aristóteles bem conhecia ao ponto de simplificadamente os descrever como harmonia das esferas celestes.
O problema será saber em que consistem exactamente os atributos «de acordo com a natureza» e «contra a natureza» – questão discutida já desde os comentadores renascentistas51. O texto não é esclarecedor: além da equivalência «de acordo com a natureza»/tangente e «contra a natureza»/centro, apenas é dito, em termos não muito claros, que o movimento «contra a natureza» consiste numa espécie de «efeito de desvio» (ἐκκρούω) na direcção do centro (1, 849a3-22).
Em primeiro lugar, convém manter algum distanciamento em relação à explicação mais abrangente do sistema físico aristotélico: o movimento (enquanto mutação ou passagem de potência a acto) «de acordo com a natureza» deve-se a uma causa eficiente intrínseca ao próprio ente, ao passo que o «contra a natureza» exige uma causa externa. (...)
No caso da mecânica, por se enquadrar em absoluto na técnica, a distinção entre «de acordo com a natureza» e «contra a natureza» dependerá de outras condições. (...)
Para Aristóteles o movimento centrífugo segundo a tangente era natural como o movimento linear e o centrípeto era forçado e antinatural por ser aquilo que Descartes descrevia como movimento impedido por ser contra o anterior. Por qual motivo o movimento centrípeto e antinatural do círculo passou a ser o do parafuso? Seguramente por analogia com o parafuso hidráulico de Arquimedes que de forma antinatural retirava água do Nilo a contra senso da gravidade.
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No fundo, Aristóteles parece intuir os conceitos de força centrífuga (afastamento do centro) e força centrípeta (atracção pelo centro). Embora não tenha ainda condições teóricas para os formular em conceitos físicos claros, o seu modelo explicativo da mecânica trá-los implícitos enquanto noções indistintas. Ou seja os clássicos só não inventaram a física moderna porque ainda não estavam em condições de o fazer por falta de uma cosmologia que não fosse olímpica e prerrogativa dos sacerdotes e teólogos!


[1] fundo, fundāre, fundāvī, fundātum.
[2] http://frornarea.blogspot.pt/2009/02/leira-laje-e-mais-o-diploma-do-rei-silo.html

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A TEORIA É UM MITO, IV - A CAUSA FINAL DA GRAVITAÇÃO, por Artur Felisberto.

SEGUNDA PARTE (Continuação)

Descartes iniciou antes de Newton a ideia de que a física moderna, enquanto Ciência da Natureza, não poderia subsistir sem uma Química, que estava longe de ser inventada. No entanto, a intuição da matéria celeste já era o que veio a ser o éter e que acabará por ser o vazio quântico ou o éter subatómico, senão for a «matéria escura» ou o que for responsável pela «energia negra».
Após muito observar o Universo próximo e distante, os astrônomos e físicos chegaram à conclusão que a matéria como a conhecemos, formada pelos átomos da tabela periódica, constitui somente 4% do Universo. Ou seja, não sabemos a natureza do que constitui 96% do Universo!
O que conhecemos é o que chamamos de matéria bariônica, feita de prótons e neutrons. O que não conhecemos são a matéria escura, que constitui algo como 23% do Universo e a energia escura, que constitui uns 73%. (...)
Existem algumas hipóteses para tentar explicar a energia escura. Uma delas é que a energia necessária para acelerar o Universo vem do vácuo. De fato, experimentos de laboratório têm demonstrado que o vácuo tem mesmo energia, só que os valores obtidos não são os esperados pela teoria, e ainda há um longo caminho a trilhar até entendermos a natureza da energia escura.
Obviamente que o termo encontrado para definir a matéria em falta corre o risco de ser apelidado de politicamente incorrecto por apelar ao racismo. Para além da ironia, a "matéria escura" poderá ser o lado obscuro do mundo, a sombra do universo e uma das razões pela qual a noite é preta. No entanto, dificilmente a matéria será opaca porque de outro modo o universo seria invisível. Seja como for, o que se pensa sobre a matéria escura ainda é muito especulativo porque o seu estudo anda relacionado com a interpretação do "efeito Doppler" relacionado com a lei de Hubble porque esta se baseia na constância da velocidade da luz. Ora, o mais racional seria pensar que estamos perante meros movimentos aparentes ou seja perante um falso "efeito Doppler" porque a realidade seria outra.
O deslocamento para o vermelho do espectro electromagnético da luz visível significaria não um aumento da velocidade de afastamento dos corpos radiantes por uma mecânica complexa do universo mas seria antes um fenómeno simples das leis naturais conhecidas e decorrente do movimento aparente da luz provocado pela sua fadiga energética quando proveniente de fontes luminosas progressivamente mais distantes o que é muito mais lógico de que postular a existência de uma energia repulsiva. De facto, se estamos à procura de uma causa mecânica para a força da gravidade sustentável pela matéria escura não faria sentido postular uma energia repulsiva fantasmagórica que iria substituir as dificuldades racionais da gravidade. De resto, postular a fadiga da luz não é tanto um sinal de respeito pelas leis inexoráveis da termodinâmica como sobretudo um corolário intuitivo da aplicação do princípio do atrito aos fotões sujeitos ao efeito de desaceleração da matéria escura. Este efeito de travagem no movimento da luz provocado pela matéria escura seria responsável tanto pelos efeitos ópticos da gravidade como pelo aumento de comprimento de onda da luz distante que, ao perder energia, arrefece.
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Figura 4: Características principais das ondas electromagnéticas.
Seja como for, o simples facto de a lei de Hubble poder ter uma interpretação relativista muito mais simples decorre de uma rejeição do absurdo que é a constância no tempo da velocidade dos fotões, crença que coloca as questões cosmológicas mais no campo de mitologia do que da ficção científica. De facto nestes, últimos anos os cientistas deveriam ter começado a desconfiar que tem havido falta de rigor na utilização do postulado einsteiniano da constância da velocidade da luz...no vácuo. Em princípio não há nada de anormal na ideia de uma velocidade constante para um mesmo meio homogéneo coisa que até o som tem. Só que esta ideia pressupõe a existência de um “meio de propagação”; ideia que costuma ser incompatível com a nulidade do vazio. Por outro lado, a descoberta da "matéria negra" deita por terra a constância da velocidade da luz do vácuo como sendo a regra do universo na medida em que a norma passaria a ser a velocidade da luz no meio da "matéria negra" onde pode ficar sujeita a efeitos de atrito e à perda termodinâmica de energia.
Devido a expansão acelerada o raio do horizonte cresce mais lentamente do que a distância própria de galáxias distantes. Fótons emitidos em uma galáxia distante e que viajam em nossa direção, percorrem em um certo intervalo de tempo, uma distância menor do que de quanto aumenta a nossa distância até eles nesse intervalo de tempo. Assim, eles efetivamente afastam-se de nós e nunca chegarão até nós se a expansão continuar a acelerar. Portanto, galáxias que hoje encontram-se dentro do nosso horizonte e de onde recebemos fótons que são detectados com nossos telescópios, não serão mais acessíveis no futuro e deixarão de ser vistas. Além disso, caso se confirmem os resultados atuais, de que uma constante cosmológica realmente domina a expansão, o Universo irá expandir-se para sempre e não ocorrerá um recolapso no futuro. Contudo, deve-se deixar claro que existem outras possibilidades teóricas compatíveis com os dados atuais. Há modelos que sugerem que esta fase de aceleração é passageira, e que no futuro entraremos novamente em uma fase em que a expansão desacelera. Dessa forma a própria possibilidade de um recolapso no futuro não está ainda definitivamente descartada. – A Expansão do Universo, Ioav Waga.
Em vez do vazio absoluto a matéria negra recoloca a questão do éter subatómico como tendo mais direito a existir do que o anestésico chamado «éter», porque a tradição assim o exige.
O esquema conceitual subjacente à frase, “a natureza tem horror ao vácuo”, não era, no contexto da época, absurda como pode parecer nos dias atuais. De certa forma, “essa idéia explicava adequadamente certo número de fenômenos, como por exemplo, a ação das bombas de elevação, a adesão de um pedaço de mármore molhado a outro, a ação de um fole, a impossibilidade de se fazer um “buraco” num líquido como se faz num sólido, e assim por adiante” (CONANT, 1947, p.55).
O «vácuo» relativo é que não pode continuar a ter tal nome porque o vazio é vão e o nada...de pouco ou nada serve e a natureza onde "nada se perde, nada se cria do nada, mas onde tudo se transforma", tem “horror ao vazio” onde até andar, apenas de passagem como a luz tem andado, é perigoso, doentio e solitário demais para ser sensato continuar a deixar que a relatividade geral ande a gerar quimeras e monstruosidades, como os buracos negros e a expansão acelerada do universo e outras singularidade tão míticas e quanto místicas....para os fanáticos do relativismo!
Seja como for, começa a ser evidente que antes das bombas de vácuo era difícil a ciência do vácuo molecular tal como antes da luneta de Galileu era prematuro imaginar o céu como da mesma natureza da terra. Ainda assim, a teoria do "horror ao vácuo" era tão engenhosa quanto a do "estado natural": respondia às questões que as levantavam sem, apesar disso, não dizer nada...exactamente como a tese newtoniana da atracção gravítica! O que está errado na teoria de Aristóteles não é a teoria, que até funciona, mas a linguagem que usa um pressuposto finalista que reporta apetites à natureza que os perdeu por pressuposto racionalista decorrentes dum paternalismo olímpico de “natureza morta” e de um humanismo helenístico onde o homem foi deixado sozinho com o livre arbítrio porque a velha deusa mãe Ananque passou a ser a deusa primordial da inevitabilidade entrelaçada a Cronos, o deus do tempo, equivalente de Enki, no laço dum par de cobras atado ao caduceu desde o início dos tempos e em que ambos, Ana + Enki, a mãe Natureza e o seu filho primogénito, eram as forças cósmicas eternas do Destino e do Tempo.
 Mas se a atracão da gravidade não é um apetite é uma estranha e louca paixão com atracções fatais entre massas. Ora, de facto a natureza abomina o vazio porque tende a preenche-lo assim que pode ou seja, porta-se como se de facto lhe aborrecesse haver locais sem matéria mas é duvidoso que seja capaz de sentir esses sentimentos como é inaceitável que possa sentir atracções físicas por outros corpos que seria capaz de detectar a distâncias infinitas!
No caso de um fole, o ar entra violentamente depois de se diminuir dentro dele a pressão porque as moléculas por um lado são empurradas pela pressão atmosférica e por outro caem no vácuo do fole porque perderam subitamente o apoio desse lado da entrada do ar. O que é que efectivamente gera o movimento de entrada de ar no fole? Obviamente, as duas coisas, porque a pressão só por si não levaria a nada se não houvesse uma descompressão dentro do fole e estas duas coisas resumem-se a uma só: um desequilíbrio de momentos de apoio molecular no espaço gerado pelo vazio dentro do fole.
While it is logical to suppose that all attractive forces ultimately arise from pushes at some level,* the impact theory of gravity is too simplistic to account for all the relevant facts. Like conventional gravity theory, it cannot explain why all the planets orbit the sun in planes which form only small angles to the sun’s equatorial plane, or why all the planets circle the sun in the same direction as the sun’s sense of rotation.
A dificuldade da relatividade em explicar um disco planetário rodando no sentido de rotação solar é igual à dificuldade da gravidade newtoniana (ou outra correntemente aceite) em explicar os anéis dos grandes planetas gasosos e trans-saturnianos, que afinal mais não são do que subsistemas solares que colocam os planetas gasosos no papel de astros proto estrelares.
A teoria gravitacional de Newton é desafiada ainda por vários aspectos de comportamento planetário no nosso sistema solar, como por exemplo os anéis de Saturno e os asteróides, cuja natureza complexa e dinâmica está para além da explicação newtoniana.
Como alguns factos essenciais que a física clássica desconhecia eram a rotação solar e a translação galáctica podemos desde já suspeitar que estas duas realidades cinéticas deveriam fazer parte da mecânica celeste ao ponto de terem que ser incluídas numa teoria da gravidade verdadeiramente universal. Na verdade, a existência de estrelas e planetas deveria já ter chamado à atenção para dois tipos fundamentais de corpos massivos astrais: os que tem luz própria e são radiantes e os que a não têm e funcionam sobretudo como corpos negros, absorvendo mais radiação do que a que emitem. Ora, este efeito de absorção pode ser uma das causas da atracção da gravidade.
Al estar constituida la masa por los filamentos de la globina en forma compacta y rizada, la masa es un gran acumulador de energía de deformación reversible.
Debido a la simetría radial del estado de la materia que constituye la gravedad, la resultante de la fuerza gravitatoria estará orientada hacia la masa responsable del campo gravitatorio.
El impulso de un neutrón debido a este mecanismo del modelo gravitatorio tendrá siempre el mismo componente vectorial unitario; en otras palabras, la dirección de la fuerza gravitatoria es independiente de si el neutrón se mueve hacia el centro del campo gravitatorio, se aleja de él o se encuentra en órbita circular. En el primer caso se producirá una aceleración debida a la gravedad, en el segundo una aceleración gravitatoria negativa y en el tercero una aceleración centrípeta.
No limite, todos os corpos massivos são ambas as coisas razão porque todos estão sujeitos à lei da gravidade mas obviamente que os corpos radiantes luminosos estão longe de ser um bom modelo de "corpo negro".
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A cosmologia de Descartes baseava-se na noção de que cada estrela tinha em torno de si um grande vórtice, que giraria da maneira como faz o nosso sistema solar. Ou seja, o Sol é uma dentre as várias estrelas, e os planetas orbitam à sua volta porque são carregados por uma espécie de redemoinho de matéria. Descartes fez observações de redemoinhos em tonéis de vinho, e pode-se observar que objetos flutuantes giram em torno de si mesmos no mesmo sentido que a rotação do líquido: ora, é exatamente isso que acontece com os planetas do Sistema Solar!
As estrelas, enquanto astros com luz própria funcionariam como geradores de energia radiativa electromagnética capazes de induzirem campos electromagnéticos e ondas de plasma rotativos por sua vez capazes de imprimirem ao meio (vacum) sideral uma energia cinética rotativa do tipo da batedeira eléctrica que arrastaria consigo o «espaço-tempo» ou seja a realidade enquanto meio físico natural e que seria responsável tanto pelo movimento dos planetas como pela existência de discos planetários e ficaria assim explicada a existência dos movimentos de translação dos planetas que não fora a de um movimento inato reportado para a origem do universo bem como ficaria explicada a força propulsora do sistema solar em torno da Via Láctea responsável pela precessão dos equinócios.
30. Todos os planetas são transportados à volta do Sol pelo céu que os contém. Depois de estes raciocínios terem assim acabado com todos os possíveis escrúpulos acerca do movimento da Terra, pensamos que a matéria do céu, onde se encontram os planetas, gira continuamente à volta como um turbilhão, no centro do qual está o Sol, e que as suas partes próximas do Sol se movem mais depressa do que aquelas que estão afastadas até a uma certa distância] e que todos os planetas (no número dos quais daqui em diante colocaremos a Terra) permanecem sempre suspensos entre as mesmas partes desta matéria do céu. Só assim, e sem recorrer a qualquer engendração, explicaremos facilmente os fenómenos que se observam nelas. É o que acontece quando lançamos palhinhas ou outros corpos muito leves nas curvas dos rios em que a água engrossa e faz remoinhos: algumas giram à volta do próprio centro, e com maior velocidade quanto mais próximas estão de centro do remoinho. Finalmente, ainda que estes remoinhos pareçam andar sempre às voltas, nunca descrevem círculos totalmente perfeitos e por vezes alargam-se em comprimento e largura [de modo que suas partes da circunferência que descrevem não distam igualmente do centro]. Assim, é fácil imaginar que o mesmo acontece com os planetas, bastando isso para explicar todos os seus fenómenos. (...)
155. Por que razão os pólos do equador estão mais afastados do que os da elíptica. Também não nos espantaremos que o eixo sobre o qual a Terra gira durante o dia não seja paralelo ao da elíptica no qual perfaz a sua trajectória durante um ano, e que a sua inclinação (que dá origem à diferença entre o Verão e o Inverno) seja superior a 23 graus. É que o movimento anual da Terra na elíptica está principalmente determinado pela trajectória de toda a matéria celeste que gira à volta do Sol, como se deduz do facto de todos os planetas seguirem em conjunto a sua trajectória de acordo com a elíptica. Mas são os espaços do firmamento donde vêm as partes caneladas do primeiro elemento, e que são os mais apropriados a passar pelos poros da Terra, que determinam a situação do eixo sobre o qual diariamente gira, tal como as partes caneladas dão origem à direcção do íman, como explicaremos a seguir. E uma vez que consideramos que todo o espaço em que agora se situa o primeiro céu conteve outrora catorze turbilhões ou mais, nos centros dos quais havia astros que se transformaram em planetas, não podemos supor que os eixos sobre os quais todos estes astros se movem estivessem voltados para o mesmo lado, já que isto não estaria de acordo com as leis da Natureza, como se demonstrou anteriormente. Mas há motivos para pensar que os pólos do turbilhão que tinha a Terra no seu centro estavam voltados para quase todos os espaços do firmamento relativamente àqueles em que os pólos da Terra ainda se encontram, e sobre os quais efectua a sua rotação diária; e são estas partes caneladas provenientes destes lugares que a retêm nesta posição, pois prestam-se mais a entrar nos seus poros do que aquelas que vêm dos outros locais.
A figura do turbilhão na teoria cartesiana está ainda hoje indissoluvelmente associada às teorias do processo de geração do cosmos e também à manutenção e estabilidade dos sistemas planetários ideia que ao que parece já vinha dos pré-socráticos.
O embasamento empírico das teorias dos pré-socráticos é explicitamente indicado por Aristóteles em seu tratado Os Céus: '... a forma da causação supõe que todos eles se baseiam na observação dos líquidos e do ar, nos quais os corpos maiores e mais pesados sempre se movem para o centro do turbilhão. Isto é pensado por todos os que tentam gerar os céus por este meio para explicar por que a Terra se situa no centro.'
A “figura da acção à distância” até para Newton era um engulho difícil de engolir. No entanto, ainda hoje prevalece a aceitação tácita desta ideia absurda transposta para o relativismo einsteiniano na forma de uma “figura de contracção do espaço-tempo” pela massa gravítica. Se já é difícil imaginar a natureza a ter sentimentos atractivos por massas, que farejaria à distância, ainda mais estranho é aceitar que a natureza possa deformar o espaço e o tempo, que são meras categorias formais de entendimento humano. Obviamente que os relativistas estão a materializar o espaço e o tempo que tanto trabalho de formalização deu a Kant. Mas então, deveriam previamente proclamar-se neo-cartesianos ao admitirem que a natureza é feita de “res extensa” e intensa, ou seja, espácio-temporal.
6. Explicação da Gravidade segundo a Filosofia Mecânica:
Por que sentimos que o chumbo é mais pesado do que a cera? Qual a origem da gravidade? Descartes considerava que a Terra gira em torno de seu eixo movido pelo vórtice de matéria celeste. Na superfície da Terra, tal matéria se move mais rapidamente do que os corpos grossos, como se fosse um vento. Sua tendência para sair para fora (em movimento “centrífugo”, assim como a funda mencionada acima) seria maior do que os corpos de matéria terciária, mais lentos. Essa saída da matéria celeste (que se daria inclusive por entre os interstícios dos corpos mais grossos) tende a criar um vácuo em baixo da matéria terciária, de forma que esta tem uma tendência a preencher este (quase) vácuo, descendo verticalmente (a mesma explicação era também dada em termos de diferenças de pressão da matéria celeste). Assim, os corpos caem, devido à rotação da matéria celeste em torno da Terra, para preencher o espaço deixado por essa matéria celeste. A explicação para a órbita da Lua em torno da Terra é a mesma: matéria celeste se afasta da Terra, devido ao movimento do vórtice em torno de nosso planeta, e a Lua é obrigada a preencher o vácuo que se formaria, desviando assim de seu trajeto retilíneo natural. (...)
A verdade é que em apoio deste facto temos os planetas com anéis! No entanto este óbice viria a ser corrigido por Huygens ao postular que este vórtice do éter rodaria esfericamente como a atmosfera!
A teoria da gravitação de Descartes tinha um problema sério, que era o fato de que a tendência centrífuga da matéria celeste de se afastar do centro de rotação, digamos da Terra, se dava apenas no plano perpendicular ao eixo da Terra. Por que então os corpos caem em direção ao centro da Terra, mesmo fora do Equador?
Christiaan Huygens (1629-95) buscou resolver este problema em seu Discurso sobre a Causa do Peso, redigido em 1669 mas só publicado em 1690.i12 Substituiu o vórtice cilíndrico de Descartes por um vórtice esférico, imaginando que as partículas da matéria etérea giram em torno da Terra em todas as direções. A velocidade v dessas partículas obedeceria à relação v 2/r = g, onde r é o raio da Terra e g a aceleração dos corpos em queda livre. Uma pedra que fosse solta no ar seria atingida em sua parte superior por matéria celeste de velocidade maior, e assim, segundo ele, tenderia para o centro da Terra.
Para sustentar sua teoria, Huygens realizou experimentos em uma mesa giratória com um recipiente cilíndrico de água, com seu centro no eixo de rotação da mesa. Pedaços de cera levemente mais pesados do que a água, que se encontravam no fundo do recipiente, tendiam para o centro do recipiente (isto é, para o eixo de rotação) a partir de uma certa velocidade de rotação, já que não conseguiam acompanhar o movimento da água (devido ao atrito com o fundo do recipiente).
A teoria mecânica dos vórtices planetários explicava bem o fato de os planetas se moverem no mesmo plano em torno do Sol, em movimento aparentemente circular, e de suas rotações e revoluções se darem no mesmo sentido. Nas palavras de Huygens (1686): “Os planetas nadam em matéria. Pois, se não o fizessem, o que impediria os planetas de se afastarem, o que os moveria? Kepler quer, erroneamente, que seja o Sol.”
Em torno de cada estrela ou planeta existiria um turbilhão "esférico" onde estas partículas realizariam intensos movimentos de rotação em todos os sentidos ao redor do corpo central. Os planos das trajetórias destas partículas se distribuiriam aleatoriamente, mas passantes pelo centro do corpo. Huyghens afirmava que, se no interior deste turbilhão esférico existissem fragmentos mais pesados de matéria, o movimento do turbilhão provocaria o deslocamento destas partes sólidas em direção ao corpo central. Esta seria, segundo ele, a explicação para a gravidade. (...)
Pode-se observar que a figura do turbilhão aparece em quase todas as teorias cosmológicas elaboradas para descrever o nascimento do universo. Esta idéia, segundo se sabe, provém dos filósofos da Ásia Menor tendo como principais personagens Thales, Anaximandro e Anaxímenes. A maior parte dos filósofos gregos da Antigüidade que propuseram suas teorias cosmogônicas, além dos pré-socráticos da Ásia Menor, pode-se citar Heráclito (540-480 a.C.), Parmênides (c. 540-450 a.C.), Anaxágoras (c. 500-428 a.C.), Leucipo (c. 540-? a.C.)-Demócrito (c. 460-370a.C.) e Empédocles (c. 490-439 a.C.). Porém, nem todos utilizaram os tornados como base empírica de suas teorias.
(...) Finalmente a teoria de Huyghens nos permite compreender um pouco melhor a afirmação de Aristóteles [3]:
'...que os céus se movendo em torno dela a alta velocidade, impede todo movimento da Terra como a água num copo ao qual é dado um movimento circular que mantém esta água no interior do copo.'
Portanto, a crença de que o movimento rotacional de um corpo ou de um sistema de corpos gera uma ação centrípeta, tanto mais intensa quanto maior for a velocidade de rotação, é muito antiga e Huyghens nada mais fez do que tentar encontrar razões que permitem compreender o sentido desta referência da parte de Aristóteles. (...) - Fundo de Apoio à Ciência e Tecnologia do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia do Município de Vitória, ES.
A teoria da gravitação de Newton (1687) foi a primeira a explicar as leis de Kepler, e a evidência experimental a favor de órbitas elípticas levou tanto Huygens quanto Leibniz a tentar formular uma explicação mecânica para elas, em 1690 (até Newton tentou fazer isso, como aparece na Questão 21 de seu livro Opticks). O primeiro efeito da obra de Newton foi então o fortalecimento da teoria mecânica dos vórtices planetários.
De facto, muitos dos problemas da física moderna começaram com equívocos filosóficos e gramaticais. A diferença fundamental na explicação do equilíbrio dos planetas entre Descartes e Newton reside apenas na forma como se valorizavam as componentes do movimento circular.
A vantagem das teorias de Descartes era a de não implicarem “forças à distância”. Porém, implicavam a existência de vórtices do éter que ninguém quis ver até hoje...mas que, apesar de tudo, podem estar por aí nas galáxias fazendo parte da matéria escura e serem a realidade que justifica o movimento helicoidal provocado pela rotação do sol do sistema planetário em torno da galáxia.
A possibilidade de, além do vórtice, que seguramente determina a forma complanar das órbitas planetárias e dos anéis dos planetas gigantes, existir também a força da gravidade nos termos quantitativos newtonianos, e nos termos qualitativos da pressão cósmica do éter fazem a mecânica planetária mais realista precisamente porque a permitem mais complexa tal como ela se revela à escala cósmica.
Mas o mundo dos físicos não diverge muito do mundo comum onde imperam as modas, os cata-ventos...e os paradigmas!
Uma ciência que já estabeleceu os seus paradigmas é considerada uma ciência normal. Como se desenvolve no respeito do seu paradigma unificador, tem um desenvolvimento incremental que tende a limitar-se a resolver, mais ou menos rotineiramente, os problemas que se vão colocando. Como dizia Kuhn, a este nível, as ciências pouco mais fazem do que resolver “puzzles”. De acordo com Kuhn, os grandes progressos de uma ciência só acontecem quando os seus próprios paradigmas são desafiados e substituídos por novos paradigmas. A essas ciências, que rompem com os paradigmas que as regiam, chamou ciências revolucionárias.
As especulações de Descarte eram demasiadas e adiantadas demais para o seu tempo pelo que este acabou traído pelos seus compatriotas franceses porque “a partir de 1720, a nova geração de físicos no Continente Europeu se convenceu da superioridade do programa newtoniano” pela mais fútil das razões.
A polémica entre os newtonianos e os cartesianos, relativa a esse tema, foi também longa e vibrante. A principal crítica dos cartesianos com respeito à teoria de Isaac Newton (1642-1727) referia-se à figura da ação à distância implicada na sua teoria da gravitação. Para os cartesianos era uma idéia inaceitável do comportamento da natureza e, como ensinava Descartes, as ações entre as partes materiais devem, necessariamente, ser por contato direto, impulsivas e nunca atrativas.
Em 1644, o filósofo e matemático francês René du Perron Descartes (1596-1650) publicou o livro intitulado Principia Philosophiae (“Princípios de Filosofia”), no qual formulou sua Teoria dos Vórtices para explicar a gravitação. Para a formulação de sua Teoria da Gravitação, Descartes consideraram que a matéria, embora toda da mesma espécie, fosse constituída dos “elementos gregos” (vide verbetes nesta série) que variavam de tamanhos: as maiores compunham a terra, as médias, o ar, e as menores, o fogo. Todos esses elementos eram agrupados em vórtices, em cujo centro ficavam as partículas de fogo, que eram rápidas. Ainda para Descartes, no centro de cada vórtice formava-se uma estrela. As estrelas, contudo, tinham a tendência a se cobrir com matéria grossa para se constituir em um planeta; se, contudo, este tivesse uma excessiva massa que o fizesse vaguear de um vórtice para o outro, ele tornar-se-ia um cometa. Por fim, nesse modelo cartesiano, os planetas eram capturados e arrastados por vórtices (redemoinhos, turbilhões) de partículas de éter cartesiano (diferente do éter aristotélico), em cujo centro estava o Sol; por sua vez, os satélites planetários eram velhos planetas formados há muito tempo. Segundo esse modelo turbilhonar cartesiano, a Terra seria um elipsóide, alongado no sentido de seu eixo polar. [Colin A. Ronan, História Ilustrada da Ciência 3 (Jorge Zahar Editor, 1987)].
Newton não propôs nenhuma teoria cosmogônica, porém, a ação do turbilhão cartesiano na manutenção da dinâmica planetária confrontava-se diretamente com sua descrição gravitacional. Conseqüentemente isto levou Newton a analisar de perto a existência e funcionalidade dos turbilhões cartesianos. No Livro II, de sua obra Princípios Matemáticos de Filosofia Natural [10], na Seção IX e em função dos teoremas de números. 39, 40 e 41 e escólios, Newton examina o comportamento físico-matemático dos turbilhões.
Num turbilhão infinito, ou mesmo confinado em um vaso cilíndrico, gerado por uma esfera em rotação uniforme no interior de um fluido homogêneo, os tempos de rotação dos pontos do turbilhão variam na razão do quadrado das distâncias destes pontos ao centro do turbilhão. Newton demonstrou que:
1. Se um corpo de mesma densidade que o fluido for arrastado pelo turbilhão, ele percorrerá órbitas circulares e terá período de rotação proporcional ao quadrado de sua distância ao centro do turbilhão;
2. Se um corpo de densidade maior que a do fluido turbilhonar, for arrastado por este, não realizará uma trajetória fechada e sim uma espiral tendendo a se afastar do centro do turbilhão;
3. Se um corpo de densidade menor que a do fluido for arrastado por este, percorrerá uma trajetória em espiral e se dirigindo ao centro do turbilhão;
4. Como os tempos de rotação das órbitas planetárias descobertas por Kepler são proporcionais à raiz cúbica dos quadrados das distâncias médias ao sol, Newton conclui que a ação dos turbilhões cartesianos está em contradição com as leis de Kepler.
O resultado desta análise mostra que os turbilhões cartesianos não se conformam às leis astronômicas: portanto, esta teoria foi rejeitada.
Obviamente que a conclusão de Newton foi precipitada e invejosa!
Aceitando sem muitas dúvidas que os astros têm maior densidade do que o éter estaríamos na segunda hipótese de Newton: o planeta não realizará uma trajetória fechada e sim uma espiral tendendo a se afastar do centro do turbilhão”.
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Figura 5: Uma das características do Universo é que nele está tudo em movimento. [1]
Aparentemente seria por aqui que Newton teria tudo a ganhar contra Descartes, ainda que a ciência pudesse vir a perder...como foi o caso! Mas ainda bem que Newton não optou por esta hipótese porque afinal, descoberto o movimento do sistema solar galáctico as órbitas planetária deixam de ser elipses fixas e fechadas para serem espirais, ou seja, turbilhonares. De facto, Newton poderia ter fechado o problema alegando que uma órbita espiral vai contra a 1ª lei de Kepler onde os planetas “em órbita em torno do Sol descrevem elipses em que o Sol ocupa um dos focos”. Mas supomos que nessa altura ainda havia dúvidas sobre a densidade dos planetas e do éter e portanto os cartesianos poderiam esquivar-se facilmente com evasivas especulativas.
Newton quando achava que tinha razão era impiedoso como um protestante ferido e preferia atirar a matar com experimentos simples e fórmulas matemáticas de arrasar! Foi assim que tentou destruir com a experiencia do balde a ousadia de Leibniz que, como se já não bastara ter-lhe disputado a paternidade do cálculo infinitesimal, ainda tentava roubar-lhe o espaço absoluto da verdade cósmica. Se Newton estivesse mais preocupado em encontrar uma solução para o problema da atracção à distância teria sido mais justo para com Descartes.
O facto de os turbilhões cartesianos terem “período de rotação proporcional ao quadrado de sua distância ao centro do turbilhão” enquanto os “tempos de rotação das órbitas planetárias descobertas por Kepler são proporcionais à raiz cúbica dos quadrados das distâncias médias ao sol” só por si dá que pensar!
Na verdade, a segunda lei de Kepler é um pouco mais subtil!
«Os quadrados dos períodos de translação dos planetas são proporcionais aos cubos dos semi-eixos maiores de suas órbitas».
Afinal esta relação não seria senão a da força centrífuga que Huyghens demonstrou variar na relação directa do quadrado da velocidade e inversa do raio da curvatura.
Mas não iria ser Newton a destruir directamente Descartes ainda que tenha sido ele a forjar os pregos do seu caixão.
Por seu lado, em 1687, o físico e matemático inglês Sir Isaac Newton (1642-1727) publicou o tratado intitulado Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (“Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”), composto de três livros. No Livro I, Newton trata do movimento dos corpos no vácuo, inclusive dos movimentos orbitais elíptico, parabólico e hiperbólico, devido a forças centrais, ocasião em que demonstrou as Leis de Kepler (vide verbete nesta série). Ainda nesse Livro I, e logo em seu começo, há a formulação das famosas três Leis de Newton: 1ª.) Lei da Inércia; 2ª.) Lei da Força (clip_image008); e 3ª.) Lei da Ação e Reação. No Livro III, Newton apresentou a Lei da Gravitação Universal: – A gravidade opera proporcionalmente à quantidade de matéria e propaga sua virtude para todos os lados a distâncias imensas, decrescendo sempre como o inverso do quadrado da distância. Com essa lei, encontrou a ``estrutura do sistema do mundo” e, dentre as proposições demonstradas no Livro III, encontra-se o cálculo da forma da Terra: achatada nos polos e alongada no equador, justamente o oposto do modelo cartesiano.
Na verdade não se entende muito bem como é que, “segundo o modelo turbilhonar cartesiano, a Terra seria um elipsóide, alongado no sentido de seu eixo polar” e foi por isso que Huygens veio a refazer a teoria cartesiana postulando que este vórtice do éter rotaria esfericamente como a atmosfera.
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Figura 6: Afinal nem Descartes nem Newton tinham inteira razão porque mais do que um elipsóide é uma batata.
Como é possível perceber, a imagem se assemelha a uma batata, com formas e relevos irregulares. E o mais interessante é pensar na grande variação do campo gravitacional terrestre, uma superfície dinâmica que se transforma ao longo do tempo.
Mas o grande público que frequenta a feira das vaidades da propaganda científica não queria teorias remendadas porque segundo Thomas Kuhn a ciência é quiçá muito menos do que isso mas, desde que seja revolucionária e sensacionalista o grande público gosta dela assim mesmo que nada entenda disso! Na verdade a terra é achatada nos pólos não apenas por acção da força centrífuga da sua rotação que é máxima no equador e diminui com a latitude, até se anular nos pólos geográficos como pelo "efeito de maré", produzido sobretudo pela Lua e, menos acentuadamente, pelo Sol. Combinado com as duas contribuições acima referidas, está o efeito gravítico. No entanto este em vez de transformar a terra numa bola de rugby transforma-a numa batata.
Assim, havia de ser a trivialidade do achatamento dos pólos que iria provocar a debandada dos compatriotas cartesianos quando duas expedições francesas, patrocinadas pela Real Academia de Ciências da França e subvencionadas por Luís XV, foram realizadas em 1736, uma à Lapónia, próxima do círculo polar árctico, e a outra foi na região equatorial do então vice-reinado do Peru.
Por volta de 1730, Maupertius, (físico newtoniano francês), em uma obra célebre sobre a "figura da Terra", apresentou os métodos astronômicos que poderiam ser usados (e o foram depois) na medida de 1 grau do meridiano terrestre no próximo do polo norte e no equador. Ou seja, medindo-se o comprimento do arco que corresponde ao deslocamento angular de 1 grau em latitude (um deslocamento de cerca 111 km ao longo do meridiano) sobre a superfície da Terra, se poderia decidir quem estava certo, ou Newton ou Descartes.
As medidas realizadas pelas expedições francesas resultaram em que o comprimento do arco de 1 grau do meridiano terrestre é mais de 1 km maior na Lapônia (em 1737) do que em Quito, no atual Equador.
Os cartesianos terão recuado mas não terão ficado inteiramente vencidos e viriam a vingar-se de Newton participando na revolução relativista que iria deitar fora o balde de Newton com éter a sua menina dos olhos, o espaço absoluto!
Em 1919, Sobral, junto com a Ilha do Príncipe em São Tomé e Príncipe, foi o palco de uma importante confirmação da física.20 A Expedição Britânica do Eclipse Solar, liderada por Arthur Stanley Eddington se deslocou para os dois lugares a fim de comprovar (graças ao eclipse solar de 29 de maio de 1919) a distorção que a luz sofre ao chegar no Planeta Terra. (...)
O sucesso oriundo dessas observações causou a aceitação da teoria da relatividade geral pela comunidade científica internacional e fez de Albert Einstein definitivamente uma celebridade mundial. Igualmente, inseriu o referido eclipse e as respectivas localidades de forma espera-se que definitiva nos anais da história da ciência.
Na cidade de Sobral foi erguido um monumento e, posteriormente, um museu, chamado Museu do Eclipse onde estão em exposição a luneta e as fotos originais tiradas na época.
Depois do fracasso da experiência de Michelson-Morley a física clássica iria levar uma estocada de morte às mãos do pioneirismo fotográfico que iria marcar o fim do espaço absoluto e o início da banalidade da imagem e o começo do império do espectáculo e do cinema.
Assim, no conhecimento pré-científico evita-se o falibilismo, ao deixar que a hipótese faça parte da expectativa, o que implica, muitas vezes, o perecimento do sujeito com elas. Pelo contrário, em ciência, a hipótese está colocada fora do sujeito o que permite que seja aquela a morrer por este. A Aprendizagem segundo, Karl Popper e Thomas Kuhn, Nuno Borja Santos.
7. Teoria Cinética da Gravitação: Em 1782, muito tempo depois da queda da filosofia mecânica, George Louis Le Sage, em Genebra, encontrou uma maneira elegante de explicar a lei da gravitação de Newton por meio de princípios mecânicos (ou seja, envolvendo apenas forças de contato). Sua teoria pode ser chamada uma “teoria cinética da gravitação”, inspirada na idéia formulada por Daniel Bernoulli para gases, em 1738. Na verdade, sua teoria é semelhante a uma proposta feita por um matemático suiço, amigo de Newton, Nicolas Fatio de Duillier, em torno de 1693.
A ontologia de Le Sage envolve “corpúsculos ultramundanos”, bastante leves, que bombardeariam todos os corpos pesados de todos os lados. Um corpo perdido no espaço receberia um número de impactos mais ou menos igual de todos os lados, permanecendo assim em um estado inercial. Mas quando dois corpos estão próximos, como a Terra e a Lua, um deles bloquearia parte dos corpúsculos ultramundanos que atingiria o outro, como na formação de uma sombra. Desta forma, os corpos se atrairiam.
Le Sage ajustou seus parâmetros de forma a obter a lei da gravitação de Newton. Para explicar porque corpos mais densos exercem maior força gravitacional, Le Sage teve que adotar a teoria cartesiana da matéria, e supor que um corpo menos denso tem mais espaço vazio em seu interior.
A teoria cinética da gravitação é uma idéia que periodicamente volta à cena, ora defendida por detratores da física “oficial”, ora incorporada em teorias cosmológicas sofisticadas. -- Filosofia Mecânica, Questão: Como explicar a gravidade sem forças à distância?
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Figura 7: La Galaxia NGC 1672. NGC 1672 es una galaxia espiral barrada vista de frente desde nuestra perspectiva, que se encuentra a más de 60 millones de años luz de distancia en la dirección de la constelación austral del Dorado.
Afinal os Cosmos está cheiro de Turbilhões cartesianos na forma de galáxias! 

As forças obscuras que os alimentam não podem ser meras deformações geométricas do espaço tempos como querem fazer crer os relativistas a menos que estejamos a aceitar que o movimento é pura ilusão como pensavam os eleatas e pensam hoje os relativistas seguidores de Einstein.
A realidade é apenas uma ilusão, ainda que muito persistente. (Albert Einstein).
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Figura 8: A estrela LL Orionis (à esquerda na foto) produz um vento mais energético do que o nosso vento solar e provoca um choque espetacular de nuvens de gás na nebulosa de Orion, revela a mais recente foto da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) desta nebulosa difusa, que se encontra a uma distância de 1500 a 1800 anos-luz da Terra. O choque frontal é semelhante à onda provocada pela proa de um barco em movimento sobre a água.
Seja como for, a gravidade existe, é objectiva e desde logo inegável mesmo sem que seja preciso partir a cabeça com a queda de uma maçã! Mas tem que ser explicada por uma teoria que a faça deixar de ser uma fantasia misteriosa actuando à distância infinita e entender como realidade actuante do campo gravitacional ou que seja mais do que uma mera e fantástica variação formal na geometria do espaço-tempo.
De facto, as características que a relatividade geral empresta ao espaço-tempo que entrou pelo vão da porta aberta pelos relativistas foram as roupas do Éter que estes rejeitaram.
Segundo a teoria gravitacional de Le Sage, a queda dos corpos teria como causa a força de pressão dos corpúsculos ultra-mundanos (Essas partículas teriam massa insignificante, grande velocidade (superior à velocidade da luz) e inelasticidade absoluta.): quando um corpo se aproxima de outro corpo com massa, a pressão de irradiação é bloqueada em um dos lados (de ambos os corpos), gerando uma diferença de pressão e a consequente aproximação das duas massas, ou a queda propriamente dita. A pressão proveniente de baixo é barrada proporcionalmente à densidade dos materiais. Massas mais densas ofereceriam uma menor permissividade à penetração de tais partículas. A teoria, portanto, exclui o conceito de força atrativa; pertencendo à categoria das teorias com base na pressão ou explicações cinéticas da gravitação.
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Não deixaria de ser “atractivo” dar conta de que as características postuladas por Le Sage para o gravitões do Éter parecem corresponder às características dos neutrinos. No entanto não parece ser este o parecer dos físicos quânticos...porque estes não querem que assim seja.
Actualmente e independientemente de los modelos tipo Fatio (e Le Sage), la posibilidad de que los neutrinos generen empuje en el marco de la gravedad cuántica fue considerada y descartada por Feynman.
De resto nem será preciso repousar apenas sobre os neutrinos. Basta pensar na quantidade de entidades subatómicas possíveis e imagina-las a preencher o vazio sideral onde corresponderão à mataria escura que pelo simples facto de existirem irá gerar uma “acção presencial” que no geral acaba por dar ao vácuo uma “pressão presencial” igual à força de gravidade.
Vácuo quântico seria o espaço no qual aparentemente não existe nada para um observador qualquer, mas que contém uma quantidade mínima de energia, campos eletromagnéticos e gravitacionais principalmente e partículas virtuais (partículas de força) interagindo entre si. (...) Podemos concluir que não existe um vácuo absoluto, mas um estado mínimo de energia, o estado fundamental, no qual existem pares de partículas virtuais (partículas portadoras de força, como o gráviton, por exemplo, que media a força gravitacional) interagindo entre si. A energia positiva de uma partícula virtual cancela a energia negativa da outra, e vice-versa, ou seja, o que existe é o "Vácuo Quântico". Assim, tudo o que você leu está absolutamente sobre a formula F = KqQ/d².
Seja como for a ideia utópica de encontrar uma teoria única para todas as forças do universo não comporta orgulho muito diverso do antigo antropocentrismo geocêntrico. De qualquer modo é sempre possível postular uma física que se aproxime da visão global do senso comum dos mais esclarecidos dos homens de saber e ciência.
La Teoría de la Equivalencia Global se apoya en el Principio de Conservación Global, en su ecuación fundamental o Ley Gravitacional de Equivalencia y en algunos postulados filosóficos como los siguientes:
La realidad física no depende del observador, solo su percepción y su descripción.
El tiempo es relativo desde el punto de vista subjetivo de la vida, pero este aspecto es irrelevante en el ámbito de la física objetiva o convencional.
Una teoría científica es buena si es útil, pero es mucho mejor si, una vez entendida, además tiene sentido común. -- Mª José T. Molina.
A energia do vácuo ou energia do vazio é uma energia de fundo existente no espaço inclusive na ausência de todo tipo de matéria. A energia do vácuo tem uma origem puramente quântica e é responsável por efeitos físicos observáveis como o efeito Casimir. A energia do vácuo permite a evaporação de um buraco negro através da radiação Hawking. A energia do vácuo teria também importantes consequências cosmológicas estando relacionado com o período inicial de expansão inflacionária e com a aparente aceleração actual da expansão do Universo. Alguns astrofísicos pensam que a energia do vácuo poderia ser responsável pela energia escura do universo (popularizada no termo quintessência) associada com a constante
O Efeito Casimir é causado pelo fato do espaço vazio ter flutuações do vácuo, pares de partículas virtuais - antipartículas virtuais que continuamente se formam do vácuo e tornam ao vácuo um instante depois. O espaço entre as duas placas restringe o alcance dos comprimentos de onda possíveis para estas partículas virtuais e então poucas delas estão presentes dentro desse espaço. Como resultado, há uma menor densidade de energia entre as duas placas do que no espaço aberto; em essência, há menos partículas entre as placas que do outro lado delas, criando uma diferença de pressão que alguns erroneamente chamam "energia negativa" mas que realmente não é senão devida a uma maior pressão fora das placas que entre elas, o que as empurra uma contra a outra.
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O efeio Casimir, previsto em 1948 pelo físico holandês Hendrik Casimir da Phillips, só foi demonstrado em 1997, e constitui evidência de que o vácuo tem uma energia associada. Mesmo que alguns queiram ver neste efeito mera gravidade a nível quântico a verdade é que a sua previsibilidade racional abre caminho para entender de forma mais realista essa mesma gravidade.
A Energia do Vácuo
Como em física clássica a energia é associada ao movimento de uma partícula, veio então com uma certa surpresa a descoberta de Werner Heisenberg, Pascual Jordan e Max Born de 1925, em um dos artigos de fundação da mecânica quântica[1], que mesmo uma caixa de volume V sem nenhum fóton dentro deveria ter uma energia associada, segundo a mecânica quântica, de
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onde o índice zero em E0 subentende que é a energia da ausência de todas as partículas (o vácuo) e a soma é sobre todas as possíveis freqüências clip_image022que podem existir dentro da caixa. Isso é devido ao fato de que se descreve a luz na ausência de qualquer efeito causado por uma partícula carregada como uma oscilação do campo eletromagnético, decomposta em uma soma sobre osciladores harmônicos de freqüência clip_image022[1]. Como em mecânica quântica o oscilador harmônico possui uma energia mínima de clip_image024, segue o resultado da energia mínima do campo eletromagnético. O estado físico que se associa a essa energia mínima é o vácuo.
O significado dessa energia do vácuo ficou durante muitos anos obscuro: não se sabia como dar um resultado finito para essa soma, então tipicamente o tratamento de problemas da luz ou outras partículas era realizado negligenciando a soma, sob a justificativa de que pode-se escolher o zero de energia. Porém, há pelo menos duas circunstâncias conhecidas em que isso não é possível: quando efeitos gravitacionais são incluídos, o que dá origem ao chamado problema da constante cosmológica, ou quando há uma mudança no volume da caixa V que contém o vácuo, que produz o efeito Casimir. (...)
Se nós tivermos uma região de vácuo e permitimos que o volume V dessa região mude, então também mudam as energias permitidas existir dentro desse volume. Não é difícil entender porquê: se um dos lados da caixa tem comprimento L, o comprimento de onda da luz que poderia existir dentro da caixa não pode ser maior que L (só frações de L são permitidos). Se o comprimento da caixa muda para L + δL, então a soma sobre k da energia do vácuo muda e passa a incluir agora os modos de comprimento de onda L + δL. Variar a energia do sistema requer trabalho, então mudar o tamanho da caixa vai exigir a acção de uma força. A força resultante do trabalho que altera a energia do vácuo ao aumentar a distância d de duas placas metálicas de área A foi calculada por Casimir, do centro de pesquisa da Phillips de Eindhoven, em 1948:
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Para duas placas de 1 cm2 de área separadas por uma distância de 1μm, essa força é um milionésimo do peso de 1 grama na superfície da Terra! Certamente pequena, mas não impossível de ser observada. Se nós colocarmos duas placas metálicas na vertical fixas a uma distância d, então será necessário aplicar a força de Casimir para evitar que o vácuo atraia as duas placas.
É difícil aceitar as propostas da mecânica relacional para resolver os equívocos da força gravitacional porque esta postula que a constante de gravitação universal G depende da distribuição de matéria no universo que sendo infinitamente grande é no mínimo difícil de calcular voltando a basear-se num postulado tão arbitrário como a constância da velocidade da luz!
Mataiotes mataioteton ta panta mataiotes
Vaidade (de não ter) vaidade, tudo é vaidade!
Evidentemente que a questão de que tudo é vaidade neste mundo vão, nunca será inteiramente resolvida pelas ciências naturais! No entanto as teorias que se servem do mecanismo intuitivo do movimento por impulso, de próximo em próximo, e que se servem do modelo sistémico da competição pelo território de interacção acabam por não explicarem inteiramente o movimento. Visto de perto, um monte de feno onde esvoaçam pássaros que se atiram contra a gravidade de corpo feito ao vento revela-nos que nos limites das interfaces aparecem súbitas forças em desequilíbrio instável que parecem desafiar todas as forças conhecidas da natureza. A força biológica parece uma das forças que mais se atreve a desafiar a gravidade com que joga e brinca com suprema subtileza acabando sempre por lhe sucumbir na hora da morte térmica inexorável. O jogo das forças na natureza impõe a certeza de que Deus joga aos dados por necessidade! A realidade é sempre o encontro do acaso com a necessidade. À força de ter tentado por todos os meios retirar Deus da Natureza para dela afastar o acaso deixando nela apenas a vil escravatura do determinismo a necessidade remanescente constante de explicar o que focou sempre por explicar em todas as teoria físicas retomam a necessidade da causa final! Se Deus não desse sentido à vida era teria de o encontrar em si mesma. A vida nasce da vida ad infinitum e vida por mais vã que ela seja é um desafio constante ao absurdo da existência. A vida à escala humana não pode ser a única forma de realidade organizada.
As leis fundamentais da biologia e das ciências sociais e humanas têm que decorrer das leis básicas da física e o inverso também tem que ser verdadeiro. O realismo moderno tem que partir deste pressuposto antes de se lançar numa nova aventura totalitária duma «teoria do todo» ignorando a especificidade singular da existência concreta e subjectiva.
O Universo inteiro tem que ter uma supra organização que nos escapa por agora mas aceitá-la não pode estar para além do entendimento. A biologia moderna foi explicada pela bioquímica do carbono e esta pela instabilidade eléctrica dos átomos onde a singularidade subjectivo parece voltar a perder-se sobretudo à medida que os cientistas positivistas teimam em fazer da realidade subatómica um mundo mais determinista do que o Cosmos newtoniano.
No entanto “O imponderável, antes repelido e negado, voltará ao mundo, atendendo ao apelo do homem. - Pietro Ubaldi (A Nova Civilização do Terceiro Milênio).
Obviamente que não sabemos que tipo de subjectividade estará por detrás da física quântica mas a verdade é que a vida nasce da vida que está para além dela e por detrás dela.
O finalismo está ao lado do determinismo e a causa final deve ser encontrada onde menos se espera: no vazio cósmico da matéria escura que é inegavelmente a ultima fronteira da realidade sensível.
A mecânica quântica desvendou para o homem moderno um novo e extraordinário panorama oculto na realidade fenomênica do microcosmo, onde ela se deparou com um irrefutável domínio, a permear toda a nossa realidade: o imponderável. E terminou por redesenhar uma diferenciada cosmovisão, a implantar-se nas paisagens paradigmáticas do novo milênio que se inicia. Velhos pilares da física clássica e os fundamentos da dimensão macrocósmica em que vivemos foram profundamente abalados. O profissional da área de saúde, porém, muitas vezes alheio a essas estonteantes revelações, de modo geral ainda não absorveu o profundo impacto dessa nova visão de mundo. E suas importantes conclusões até então não se estenderam ao campo biológico, onde possivelmente resultarão em significativas mudanças, com consequências até mesmo na prática médica vigente. – Gilson Freire, (Este artigo foi originariamente escrito para integrar um dos capítulos da obra Saúde e Espiritualidade, uma coletânea de trabalhos que associam a espiritualidade à medicina, composto em parceria com o prof. Mauro Ivan Salgado e publicada pela Editora Inede em novembro de 2008.)
Retomando o nosso raciocínio: Radiação Pura ou Energia Pura. Esta seria a substância existente no início do Cosmos…Pura Energia em Movimento, isto é, quantidade de movimento. Sendo:
E = m.c2 <=> m = E/c2
E, por outro lado:
p = m.v <=> m = p/v
Igualando ambas as equações, vem que:
E/c2 = p/v
Considerando que as altas energias deste Universo, preenchido por radiação pura, tornaria essas partículas virtuais altamente energéticas e que a maior parte da sua energia seria encerrada no seu movimento frenético, sibilando constantemente de um lado para outro.
Substituindo na equação v por c, tem-se que:
p = E.c / c2 <=> p = E/c
Mais uma vez, Quantidade de Movimento; que mais não é do que Energia em Movimento. Este era o estado inicial do nosso Universo!
Momento e Energia! As únicas grandezas verdadeiramente fundamentais. – Cláudia Penélope Fournier, A Viagem no Tempo.
Mais do que física a especulação feita na base de leis físicas simplificadas corre o risco de ser pura metafísica mas, ainda assim, a mais aceitável, porque pelo menos é a única que decorre de bases naturais. No entanto, no raciocínio anterior de Cláudia Penélope Fournier nota-se, como frequentemente nos filosóficos, pelo menos duas passagens que merecem o reparo de poderem ser consideradas inadequadas para poderem ser passíveis de generalização ao ponto de constituírem matéria de fé metafísica.
Primeiro, a substituição da velocidade como conceito geral pela velocidade particular da luz como constante absoluta e universal parece abusiva porque hoje já sabemos que esta é a velocidade específica do «fotão» e ainda não está provado que este seja a única forma de «pura energia», se é que isso existe! Depois, o resultado desta substituição abusiva leva a «p = E/c» que é apenas quanto muito o definido inicialmente: quantidade de movimento “relativista”, e não Energia em Movimento” porque E/c não é nada que faça sentido real (como parece ser o caso de toda a “teoria da relatividade” baseada na natureza absoluta da velocidade da luz). Não deixa de ser estranho que para destronar o espaço absoluto a modernidade tenha chamado a luz ao podium da absolutitude!
O Peso depende do sítio onde estamos, isto é, da magnitude local da aceleração causada pela Força da Gravidade. Correcto?! –– Cláudia Penélope Fournier, A Viagem no Tempo.
Acho que não! Um quilo de chumbo na terra medido pela mesma balança romana de equivalência de massas daria o mesmo peso na Lua porque as variações de gravidade afectam simultaneamente todos os objectos de medição! Se usarmos um dinamómetro calibrado na terra então ficaremos espantados pelo facto de o quilograma padrão pesar menos na Lua com um dinamómetro, porque na realidade estamos a medir forças e não a comparar massa. Ou seja, o peso é sempre equivalente à massa mas tem valores diferentes quando referidos à força da gravidade. A falta de precisão da linguagem em física é a maior fonte de equívocos. Em parte, os paradoxos da teoria da relatividade decorrem precisamente de o espaço-tempo ser utilizado na acepção da res extensa cartesiana e não como realidade formal kantiana.
O «espaço-tempo» é o monstro imaginário que ficou no colo dos relativistas que seguiram cegamente Einstein quando este tentou “deitar fora a água do éter cartesiano com a criança teimosa da constância da velocidade da luz”. Para recuperar a criança etérea do desconhecido que dá suporte ao movimento de todos os corpos objectivos podemos aceitar perder o termo grego do éter mas não podemos desistir do conceito nem que seja na forma de «quinta-essência» porque, na realidade, o «espaço-tempo» dos relativistas enquanto meio ambiente do movimento evolutivo do cosmo tem que ter uma substancialidade objectiva equivalente à biosfera gasosa. Não podemos esquecer que foi a física pneumática dos gases perfeitos e a Termodinâmica que forçou o aparecimento da Química que ao entrar no estudo dos elementos radioactivos levou à física Quântica onde a relatividade Einsteiniana nunca consegui entrar. De resto, é divertido dar conta dos desentendidos subentendidos a que os físicos se obrigam quando falam ambas as linguagens.
Com a formação do átomo formou-se também as outras três Forças da Natureza. Portanto, estas nem sempre existiram. Também estas tiveram uma origem!
E isto já vai contra os princípios de muitos físicos, que acreditam numa Física mais Bíblica do que Natural!
Os físicos teóricos assumem que todas as Forças da Física já estavam presentes no início do Universo!
Tal como a Bíblia assume que o ser humano já estava presente desde o início da formação da Terra, que o Homem evoluiu de Adão. Assim os físicos também acreditam que as Forças Fundamentais da Natureza nasceram todas ao mesmo tempo, emergiram todas do Big Bang!
A meu ver, este é um erro crucial…
Apesar de se convencionar que a radiação e os próprios fotões são propriedades inatas do Cosmos, bem com as próprias Forças da Natureza, a verdade é que as forças não emergiram todas em simultâneo em forma de uma Grande Teoria Unificada! –– Cláudia Penélope Fournier, A Viagem no Tempo.
Quem estava lá dentro da história cosmológica para a escrever e confirmar? Ninguém! Quanto muito estaria Deus que achou despiciendo inspirar o evolucionismo a Moisés, revelação que este não iria entender. O evolucionismo a partir do Big Bang é já, todo ele, uma cedência ao criacionismo feita a partir da metáfora da força terrível de uma explosão cósmica!
É difícil continuar a pensar que o mundo é uma criação quando tudo aponta para que a substancia da realidade seja o Ser que obviamente é Deus que se faz criar no poder criativo que a Natureza tem. A haver erro crucial é pensar que a Natureza cria em separado a Necessidade e o Acaso. O princípio da conservação, que desde Desacertes tem prevalecido até hoje, só nos permite suspeitar que na Natureza nada se perde, cria e transforma apenas na condição de a realidade absoluta do movimento pressupuser a constância das leis naturais. Assim, sendo inegável que o evolucionismo é a lógica formal da mudança no tempo temos que aceitar a constância das forças fundamentais que terão que estar presentes na substancia da natureza o que implica que a ter havido uma evolução da matéria do universo esta terá sido na forma e não nas condições do movimento do universo, ou seja, estas não tiveram uma origem no tempo nem foram criadas ao acaso mas sempre estiveram onde estão mas só se manifestam depois de acordo com as condições formais locais (densidade, temperatura, etc.) do Universo.
De resto, as vertigens do relativismo manifestam-se nos paradoxos que ele mesmo patenteia.
Nos primeiros instantes, quando o Universo tinha apenas 10-43s de idade, logo após a explosão do Big Bang, o Espaço e o Tempo ainda estavam a ser criados. As Força da Natureza estavam combinadas numa Força Primordial única, designando-a por Grande Força Unificada. Chama-se a esse período Tempo de Planck, e os seus pormenores não podem ser explicados porque nos falta uma Teoria Quântica da Gravidade (…) e as próprias Forças ainda estavam em formação.Cláudia Penélope Fournier, A Viagem no Tempo.
Se achamos que podemos saber que «o Universo tinha apenas 10-43s de idade» não faz sentido dizer que «o Espaço e o Tempo ainda estavam a ser criados» porque não é possível pensar universo em expansão sem espaço, nem idade sem tempo. Estas pequenas afirmações revelam, como gato escondido com rabo de fora, os equívocos básicos de linguagem do relativismo que sistematicamente tropeça na confusão entre a realidade formal do espaço e do tempo transformados em quantidades da mesma natureza por processo matemáticos aberrantes e a realidade objectiva da história evolutiva da natureza e do meio ambiente.
Postulando a entrada constante desta Energia Escura no nosso Universo, há, evidentemente, uma outra questão que me surge de imediato:
Quantas são as dimensões que nos envolvem?
Três não serão certamente. Pelo menos mais uma há. Se há mais não sei!
A entrada uniforme desta energia escura pelo nosso Universo deve ser postulada através de uma Quinta Dimensão sempre omnipresente e que nos envolve.
Se o nosso Universo está a tornar-se cada vez maior e cada vez mais depressa é porque há algo ‘do lado de lá’ que consegue entrar constantemente através desta quinta dimensão! Esta dimensão escondida seria a porta de entrada desta energia, responsável por expandir o Universo em todos os pontos do espaço uniformemente.
Podemos até dizer que é uma Quinta Essência que entra através de uma quinta dimensão. Uma energia mágica, que sai por uma porta mas que entra por todas!
A não ser que alguém tenha uma ideia melhor, vejo-me na obrigação de introduzir este conceito diferente e exótico, ainda para nós um tanto ou quanto abstracto!
Este manto que nos envolve deve ocultar inúmeros segredos, as ‘bolhas de óleo’ de um hiperespaço! –– Cláudia Penélope Fournier, A Viagem no Tempo.
O universo pode ter infinitas dimensões mas o entendimento humano só se especializou a trabalhar com três “dimensões estáticas”, comprimento, largura e altura, que formam o conceito de «espaço» e que delimitam a geometria dos objectos e a geografia do cosmos. Claro que no universo a «massa inerte» é aparente e tudo é, ou está em movimento, pelo que o «tempo» é indispensável ao entendimento do movimento, ou seja, o tempo enquanto quantidade é também uma “dimensão dinâmica” da realidade sem a qual não haveria acção mas então teremos que considerar que as “dimensões dinâmicas” são apenas duas: o espaço e o tempo, as duas dimensões dinâmicas ou espácio-temporais que nos permitem delimitar a realidade em movimento.
Mas também aqui há que atender a diferença ontológicas fundamentais entre espaço e tempo. Embora ambas as realidades sejam formais enquanto critérios de entendimento racional da realidade, o espaço reposta-se a uma realidade externa ao observador que pode e deve ser substancial, pelo menos no sentido da "res extensa" cartesiana, enquanto o tempo só tem realidade subjetiva na memória do observador. Estas duas diferenças ontológicas drásticas deveriam ser suficiente para nunca as misturar no mesmo plano de observação, ou seja, num mesmo quadro de coordenadas destinadas a descrever o movimento.
No estudo da natureza não podemos postular dimensões arbitrárias por capricho especulativo pessoal que a humanidade não tenha aprendido a formalizar a partir da sua experiência sensível sob penas de estarmos a criar mitos e a postular fantasmas ou, no mínimo, são fantasias literárias que nada têm de científico. Ora, a humanidade sempre separou o espaço e o tempo nos seus critérios de pensamento sobre o movimento o que nada tem a ver com a evolução que a observação da realidade tem tido. A visão do mundo pode mudar mas os critérios com que o mundo muda tem que ter alguma invariância ou o conhecimento seria vão e arbitrário.
Muitas teorias são possíveis para explicar a gravidade o que demonstra que estamos ainda muito longe de entendermos os mistérios insondáveis da Natureza que é como é e não como imaginamos que ela seja.
EM CONCLUSÃO, COMO DEVEMOS ENTENDER A GRAVIDADE?
O problema é que as coisas interagem sem se tocar!
Como dois ímãs "sentem" a presença um do outro e se atraem ou se repelem de acordo com a situação? Como o Sol atrai a Terra?
Nós sabemos que as respostas para essas perguntas são "magnetismo" e "gravidade", mas o que são essas forças?
Em um nível fundamental, a força não é apenas algo que acontece para as partículas. "É uma coisa que é trocada entre duas partículas". Como podemos saber?
Na verdade, a física quântica demonstra a necessidade de uma visão relacional da Física onde as trocas de partículas mediadoras de forças ainda mal estudadas, conhecidas e compreendidas disfarçam mal a natureza profundamente relacional da física natural. As coisas só podem interagir sem se tocarem se tiverem entre si um meio ambiente de interacção que só pode funcionar como tal se for de nível substancial diferente dos corpos em interacção.
Então devemos entender as forças fundamentais como o resultado da pressão da res extensa cósmica cuja natureza, variedade e complexidade ainda não entendemos nem entenderemos nunca inteiramente!
À superfície da terra as coisas caem quando perdem o equilíbrio do seu «estado natural» de inércia de acordo com as respectivas densidades decorrentes dos seus elementos constituintes. Esta queda a cada momento faz-se de acordo com a perpendicular do lugar do corpo suposto em órbita circular num campo de forças gravítico em obediência à lei do menor esforço, que por acaso é centrípeta com a gravidade.
No espaço planetário os planetas caem constantemente em busca do seu «estado natural» que não podendo ser uniforme e rectilíneo toma a forma de órbitas circulares por força do equilíbrio dinâmico do seu movimento próprio e da pressão cósmica que se impõe ao sistema planetário a mesma procura da estratificação por densidades.
Porque é que os corpos se estratificam por densidades? Porque quanto maior é a densidade bariónica de um corpo maior é a sua opacidade ao éter e menor é a sua liberdade de acção e maior a sua tendência para a inércia!
A tendência para o movimento rectilíneo é uma ilusão porque é impossível isolar os corpos de todas as “forças de campo” sem os reduzir a nada porque se trata de forças omnipresentes que acabam por transformar a tendência para o movimento rectilíneo em “movimento impedido” indutor de poderosas forças centrífugas turbilhonares geradoras de vórtices diversos.
Na verdade, uma das leis da física clássica mais discutíveis parece ser esta: “Todos os corpos, independentemente de seu peso ou massa, caem com a mesma aceleração”. Se assim fosse, para que serviriam os pára-quedas e outros processos amortecedores de queda? Na verdade, é até discutível que Galileu alguma vez tenha comprovado esta suposta lei universal.
Em rigor, é discutível que mesmo no vácuo a queda seja independente da densidade do corpo porque, até prova em contrário, o vácuo absoluto não existe e portanto terá sempre alguma pressão intrínseca diferente de zero que, no limite, funcionará como um fluido muitíssimo rarefeito produtor de forças de arrasto que determinam a constância limite da velocidade da luz, a permeabilidade eléctrica, e a pressão cósmica que está por detrás da gravidade. Quer isto dizer que ainda que o vácuo penetre todos os corpos, mesmo os mais densos (mas não tanto os buracos negros onde tudo penetraria mas de onde nada sairia?) comportando-se os corpos leves como verdadeiras chuvadas de protões, acreditamos que o mesmo não ocorrerá quando confrontamos densidades relacionadas com a massa atómica.
O arrasto é feito de forças de fricção (atrito), que agem em direção paralela à superfície do objeto (primariamente pelos seus lados, já que as forças de fricção da frente e de trás se anulam), e de forças de pressão, que atuam em uma direção perpendicular à superfície do objeto (primariamente na frente e atrás, já que as forças de pressão se cancelam nas laterais do objeto). Ao contrário de outras forças resistivas, como o atrito, que é quase independente da velocidade, forças de arrasto dependem da velocidade.
A segunda lei de Newton só faz sentido num campo de forças que desloca a atracão à distância para uma acção local do campo. Esta realidade empírica só pode ser compatível com uma realidade substancial como um éter que esteja para a matéria bariónica como os fluidos para os corpos neles mergulhados segundo o princípio de Arquimedes. Este princípio, por sua vez tem que ser revisto de acordo com a 3ª lei de Newton. Se é evidente que os fluidos geram a impulsão também tem que passar a ser claro que em contrapartida os copos mergulhados nos fluidos exercem sobre estes uma situação de conflito de espaço que os leva a exercer sobre eles uma compressão cuja intensidade varia na razão inversa do quadrado da distância.
De resto, já no tempo de Newton se intuía que a força de atracão era equivalente à componente centrípeta do movimento circular.
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Figura 9: Se para igualar a lei da gravidade de Newton à 3ª lei de Kepler é necessário considerar a força gravítica como sendo a componente centrípeta do movimento circular é porque são uma e mesma coisa.
Só que na vida real esta força é de tracção e não de atracão implicando por isso um meio material que sirva de braço do binário que mantém o movimento circular. Ora, é precisamente este meio material real que falta na teoria da gravidade de Newton e que a teoria da relatividade de Einstein não materializa porque o espaço-tempo é uma mera realidade geométrica e por isso as geodésicas relativistas são fantasmas ineficazes para segurar a poderosa atracção gravítica.
Toda geodésica relativista se puede considerar formada por segmentos de intervalos relativistas infinitesimales. Aquí podemos definir tres tipos de geodésicas en el espacio-tiempo:
1) Geodésicas tipo temporal (timelike).- Aquellas en las que en un intervalo relativístico predomina el componente temporal sobre el componente espacial,
 2) Geodésicas tipo espacial (spacelike).- Aquellas en las que en un intervalo relativístico predomina el componente espacial sobre el componente temporal.
3) Geodésicas tipo luminoso (lightlike).- Aquellas en las que en un intervalo relativístico el componente espacial es igual al componente temporal.
En la Teoría Especial de la Relatividad, dos observadores inicialmente en reposo el uno frente al otro permanecen en reposo manteniendo una separación espacial constante, y entonces dos geodésicas tipo temporal inicialmente paralelas se mantendrán paralelas. El mismo argumento se puede extender hacia las geodésicas tipo espacial y tipo luminoso. Al no cruzarse jamás dichas geodésicas, se concluye que en la Teoría Especial de la Relatividad, la geometría del espacio-tiempo es Euclideana, es decir, plana, es una geometría en donde se cumple el quinto postulado de Euclides que nos afirma que dos rectas paralelas se mantienen paralelas sin cruzarse y sin divergir la una de la otra. Es el tipo de geometría descrita por las transformaciones de Lorentz. Y en contraste, en la Teoría General de la Relatividad, la geometría del espacio-tiempo es curva, es una geometría en donde no se cumple el quinto postulado de Euclides porque es una geometría en donde las rectas paralelas no pueden existir. -- [2]
Evidentemente que o simples facto de o espaço-tempo relativista ser curvo e ter uma geometria estranha onde o 5º postulado de Euclides não se cumpre faz dele uma esquisitice matemática de realidade duvidosa porque se há algum aspecto da cultura que está intimamente ligado à realidade, desde a sua origem na agrimensura egípcia, é a geometria euclidiana que nunca revelou falhas nem nunca foi responsável por nenhum dos vários erros de observação ou de pensamento dos físicos e cientistas de todos os tempos e lugares. Na verdade, quando Einstein considerou desnecessário o éter não fez mais do que atirar-se para os braços das loucuras modernistas do século dezanove.
É esta compressão por conflito de espaço que as massas exercem sobre o vácuo / éter que é responsável pelos gradientes dos campos de forças.
Como todos os corpos bariónicos parecem ser mais densos (serão?) que o éter então estes estão sempre a cair até encontrarem outro que os ampare ad infinitum. Conclusão: o movimento geral do universo é o de queda eterna e a decadência universal obedece às leis da termodinâmica. Como o universo infinito não tem centro em rigor não se pode falar em queda mas em mero movimento de procura de equilíbrio dinâmico, ou seja, da procura do respectivo “estado natural” que garante o mínimo de acção. O sentido do movimento é sempre o de maior estado potencial para o estado estacionário o que significa que a formação de campos de forças se faz de acordo com a natureza e condições das forças de campo e do meio de acção.
Esta evidencia é a mesma que a curvatura relativista que as massas exercem sobre o espaço-tempo à qual se chega com mais realismo e sem necessidade de matemáticas complexas.
Como corolário desta geometria por compressão do espaço meio-ambiente fica-se com dúvidas de que a lei da atracção universal seja inteiramente válida para grandes massas em proximidade que deveriam obedecer às leis da estática das forças contrárias.
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Dito de outro modo, embora as forças envolvidas sejam o previsto na lei da gravidade de Newton a verdade é que os corpos celestes de massa idêntica se manteriam em equilíbrio rodando entre si com uma atracção mútua nula...à espera que um deles emagreça e perca gravidade!
Corpos com massas próximas: até agora analisamos corpos muito grandes atraindo corpos muito pequenos. Porém, quando corpos com massas semelhantes se atraem, quem gira em torno de quem? A verdade é que nenhum gira em torno de nenhum, e sim ambos giram em torno do centro de massa. A força é calculada normalmente pela fórmula já vista. O centro de massa é calculado com um média ponderada de massas, sendo que o centro de massa fica mais perto do corpo de maior massa. Para calcular o centro de massa, lembre-se do módulo anterior, coloque o referencial no centro de massa e lembre-se que o torque resultante tem que ser nulo.
Os corpos com massas diferentes compensam o desequilíbrio estático com o equilíbrio dinâmicos resultantes da força centrífuga dos seus movimentos orbitais. Obviamente que o estado actual do sistema solar em equilíbrio dinâmico vantajoso para o homem é um acontecimento local que tem o aspecto que tem por feliz acaso o que pode ter a aparência de princípio antrópico. O princípio antrópico é uma mera ilusão, resultante de uma sorte típica de principiantes que a humanidade parece ter.
Mas o que é o movimento e a existência senão um sonho e uma ilusão?
No entanto, o simples facto de ser assim não transforma este facto numa probabilidade improvável. As equações de onde probabilísticas entram em colapso quando se concretizam.
Não existe tempo a não ser o agora que está acontecendo por toda a parte mas tem que haver o aqui onde estou e penso e a “res extensa” das coisas espalhadas pelo universo a que só temos acesso nos limites da velocidade da luz, aspecto onde a teoria da relatividade é incontornável. A nossa perspectiva do universo será sempre do aqui e agora para o passado da viagem da luz que nos informa de uma verdade aparente que será sempre atrasada no tempo e no espaço na razão inversa da velocidade da luz sem no entanto deixar de ser a verdade que nos é possível, no único cosmos que nos está disponível.
Como não há movimento sem motor o que alimenta os movimentos próprios do sistema solar é a energia do Sol.
Os planetas gasosos enquanto proto estrelas seriam mais radiantes do que seriam “corpos negros” o que explicaria os seus anéis. Teoricamente também nenhum planeta morto (sem actividade vulcânica ou magmática interna) seria capaz de suportar satélites. No lado oposto da escala astral estariam os planetas e copos ultra massivos, como os supostos buracos negros, que seriam sobretudo absorventes e onde por isso as forças atractivas seriam preponderantes.
Assim, a analogia com a dualidade de cargas eléctricas estaria, a nível gravitacional, entre corpos radiantes geradores de forças “centrífugas” e os corpos negros planetários geradores de forças centrípetas.
O vento solar não será ainda o Éter mas pode ser a força que impede o sistema planetário de entrar em colapso por força da pressão de campo que é a gravidade e a sua realidade tem que ser tomada em conta para o estudo do equilíbrio dinâmico do sistema solar onde desde há muito se sabe que os planetas não giram em torno do sol de forma estacionária mas progredindo em torno da Via Láctea arrastados pelo sol. Neste caso, o Sistema Solar (o Sol, planetas, luas, etc.) viaja ao redor da Galáxia. O Sol e todo o Sistema Solar demoram cerca de 250 milhões de anos a completar uma órbita ao redor da nossa Galáxia, a uma velocidade de 782.000 kms por hora.
Sabe-se que uma porção de ar situada numa região donde existe gradiente de pressão atmosférica será acelerada e ganhará velocidade à medida que se aproximar duma região de baixa pressão atmosférica, resultando então o vento. Assim, tal como os gradientes de pressão horizontal geram o vento seria possível postular que algo parecido ocorreria na queda dos graves. Na verdade, a analogia simplista da gravitação universal dos corpos celestes com a queda dos graves na terra parece tão inverosímil como a anedótica maçã de Newton. No entanto, a tentação de associar a gravitação a um jogo de forças simples muito próximo do fluido atmosférico do meio terrestre, entre Pressão Atmosférica e Impulsão de Arquimedes, pareceria impedir a existência de gravidade nos planetas sem atmosfera, como a Lua, onde já se sabe existir gravidade na precisa proporção da prevista por Newton. Assim sendo, seria a Pressão Cósmica do vacum sideral que tem sido chamado éter o responsável pela gravidade.
Este conceito da Pressão Cósmica tem aliás outras virtualidades como a de permitir postular diferenças localizadas de pressão e temperatura que seriam a causa dos grandes movimentos cósmicos que aos modernos telescópios se revelam mais parecidos com fenómenos atmosféricos do que com a antiga harmonia de relógios suíços das esferas celestes de puro cristal de rocha!
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Figura 10: Image Caption: The microwave sky as seen by Planck. Mottled structure of the CMB, the oldest light in the universe, is displayed in the high-latitude regions of the map. The central band is the plane of our galaxy, the Milky Way. Credit: ESA.
Ainda que inicialmente as chamadas micro ondas de fundo fossem consideradas isomórficas para confirmarem a teoria bíblica do Big-Bang hoje revelam-se cada mais como seria sensato esperar: caóticas como serão as andanças do conteúdo cósmico do Infinito Universo.
Dito de outro modo, para tudo ficar claro e inteligível na Natureza basta colocar todos os corpos em «estado natural» e substituir na teoria da gravidade o termo “atracão à distância” por “aproximação” induzida pela falta de pressão cósmica e entender os campos de força que geram estas aproximações, gravíticas, electromagnéticas e nucleares, como condicionantes do meio natural à respectiva escala de interacção.
Descartes definiu a força como sendo apena quantidade de movimento que é de facto assim que elas são quando de contacto, ou seja, não resultantes de campos de acção.
Mas quando quantificamos esta “força de contacto” como f = mv estamos a particularizar forças que actuam a nível da matéria bariónica mas que poderiam ser generalizadas para a pressão de radiação luminosa e onde a massa seria substituída pela pressão luminosa.
Evidentemente que se a gravidade é ainda difícil de compreender pelos espíritos mais esclarecidos muito mais difícil de entender pelo senso comum é ainda a estranha Física Quântica! Dito de outro modo, se a gravidade clássica ainda tem segredos para esclarecer o electromagnetismo vai ainda a dar os primeiros passos e foi uma insensatez modernista dos desencantados do século XIX meter ambas as realidades nos mesmos espartilhos matemáticos como fizeram os relativistas. É verdade que as leis de Colomb se parecem com os da gravidade seguramente por serem realidades que reflectem forças de campo idênticas mas se Aristóteles cometeu erros tremendos por nada saber dos corpos celestes Einstein cometeu outros tantos por pensar já saber tudo do mundo subatómico quando na verdade continuamos a saber muito pouco ou quase nada.
O movimento uniforme depende da quantidade de movimento acumulado pela massa de um corpo...facto que parece ter sido indiferente para a maioria dos que pensam a física de maneira filosófica. Obviamente que há autores que gostam de fazer jogos de palavras no pressuposto de que ao multiplicarem as definições e os conceitos aumentariam a quantidade de saber pela pura aparência de original sabedoria .
A Física Clássica permite inferir que a inércia é uma propriedade geral da matéria. Desse modo um corpo isolado em movimento tende, por inércia, a continuar em seu estado de movimento. E um corpo isolado em repouso tende, por inércia, a permanecer em seu estado de repouso. Esta explicação clássica é intelectualmente insatisfatória. Na verdade essa explicação lembra bastante o conceito filosófico de Aristóteles sobre o lugar natural ocupado pelos elementos. Por isso este é um outro ponto fraco na teoria Newtoniana.
Uma explicação satisfatória é aquela oriunda do Dinamismo, expressa nos seguintes moldes:
Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso devido a ausência de forças induzidas. E um corpo em movimento tende a continuar indefinidamente em movimento retilíneo e uniforme devido à ação de forças induzidas. Extraia-se a força induzida e verificar-se-á a alteração do movimento. (…)
Dessa forma pode-se enunciar o seguinte teorema do Dinamismo: O impulso comunicado a um móvel, num intervalo de tempo, é igual à variação da força induzida nesse móvel, no mesmo intervalo de tempo. ––  TEORIA MATEMÁTICA E MECÂNICA DO DINAMISMO, Leandro Bertoldo.
Como ficou dito, o facto de a inércia se parecer com o “lugar natural” de Aristóteles é o menor dos males da física clássica. No entanto, Leandro Bertoldo ao introduzir de forma desnecessária o conceito de força induzida, copiado da indução electromotriz, parece querer voltar a dar razão a Aristóteles de que não haveria movimento sem força motora presente de forma próxima e constante. Na verdade, apesar da verborreia desnecessária de definições e conceitos, ora originais ora meramente sinónimos da física clássica, presentes na física «dinâmica» de Leandro Bertoldo, suspeitamos que seja esta “força induzida” a misteriosa quantidade de movimento de Descartes que Newton perdeu e “de balde” procurou no espaço absoluto.
Na verdade, o pêndulo de Newton é uma bela homenagem à física clássica onde se comprova de forma clara, evidente e por experiência contínua a transmissão e conservação do momentum (quantidade de movimento) e da energia cinética. Mas, em rigor, esta demonstração comprova também, que a quantidade de movimento se transmite como se fora uma onda sonora.
De facto, a nível da transmissão da quantidade de movimento bariónico podermos postular que esta obedece à “lei de Hooke” e na sua forma mais simples comportar-se como uma onda sonora deixando a suspeita de que a quantidade de movimento de um corpo dependeria da vibração dos seus átomos que afinal seriam os responsáveis pelos efeitos misteriosos do movimento sobre os corpos que, como o pião, passam de uma vis incita a uma excitação vibrante que lhe permite rodopiar em equilíbrio dinâmico desafiando as leis da gravidade. No pressuposto relacional de Leibniz tal só seria possível se o meio ambiente rodopiasse com o pião muito para além do que o ar poderia fazer a um avião que se suporta por impulsão da hélice dos seus motores. O pião rodopiaria sobretudo por acção do vórtice do éter encarcerado entre os seus átomos posto em movimento pelo desenrolamento brusco do cordel.
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O famoso spin da física quântica é afinal o reconhecimento da importância do vazio no equilíbrio do rodopio do pião!
De resto, na natureza não há nenhum movimento real que não implique o princípio mais universal de todos: o da acção / reacção! Os foguetes sobem porque a expulsão de pólvora desce; os carros a motor avançam porque os “gases de escape” retrogradem. Por isso o impulso tem que ter o apoio do fluxo etério provocado pelo movimento vibratório das moléculas dos corpos em movimento causado por esse mesmo impulso. Como? Há que descobri-lo mas podemos especular que “obrigando” as moléculas a “nadar” velozmente no éter com a força da quantidade de movimento recebida! Na natureza não há jantares de borla, nem viagem grátis, nem energias que não impliquem movimentos de éter por descompressão energética. O impulso não pode ser uma subtil e fugaz excepção. Pode parece-lo e dar jeito à física que assim pareça mas a verdade é que a aceitação da primeira lei de Newton, não apenas como excepção mas como princípio da inércia tem sido a grande responsável pelo estado de desesperada falta de realismo a que a física moderna chegou!
Seja como for, vendo as coisas por estes modos menos clássicos mas mais próximos da realidade objectiva que as novas tecnologias de conhecimento da matéria permitem, passamos a ter um quantum de gravidade que é a unidade fundamental de massa: a vibração de um protão.
Passamos a entender a velocidade da luz como uma condicionante de atrito do meio cósmico, tal como se passa com o som a nível atmosférico. Esta condicionante do atrito cósmico transforma o aumento da energia propulsora da matéria em aumento do peso cinético dos móveis e aumenta a viscosidade do éter limitando a velocidade útil muito abaixo da velocidade da luz de acordo com os formalismos da física relativista.
Como corolário, será afinal o impulso o resultado da contra força sonora dos corpos projectados sobre o éter ficando assim a questão clássica do impulso recolocada no paradigma de Aristóteles? A verdade é que a modernidade é ruidosa precisamente por ser sobre abundante de impulsos dinâmicos que gritam com o esforço que fazem sobre a natureza para a obrigar a servir os desígnios da servidão humana!
E passamos a ter nas múltiplas órbitas e movimentos astrais circulares a componente ondulatória que parece omnipresente na física quântica.
Quanto a uma teoria do todo, preconizada por físicos relativistas que pretenderam acabar com o espaço Absoluto, ela não faz sentido porque a finitude humana não nos permite abarcar tudo no todo da realidade. A física possível será sempre relacional e relativista desde que realista, ou seja, com os pés assentes no chão: respeitante da localidade, o contexto e a perspectiva dos fenómenos.
De facto a ciência estuda objectos que nem sequer sabemos onde começam e acabam, se são meios ou fins, se são partes de coisas ou coisas de partes na medida em que afinal a substancia do ser é una e indivisível. A ciência estuda fenómenos que, para que sejam objectivos, separa e isola da realidade. A ciência super especializada estuda realidades mortas e inertes, pedaços de coisas a que dá uma vida falsa e artificial em laboratório correndo o risco de gerar monstros como Frankenstein ao reconstruir a realidade teórica a partir de pedaços da realidade.
Uma ciência sistémica interdisciplinar estuda a realidade nas suas múltiplas facetas e variantes procurando invariantes e paradigmas comuns que façam e dêem sentido à realidade. Mas já nos damos por satisfeitos de termos deixado a teologia aos deuses do sétimo céu, aproximado a metafísica da astrologia e deixado a física liberta da cosmologia fazendo-a descer à terra onde ela se tem que conformar às restrições do meio ambiente a baixas velocidades.
A física das altas velocidades, que será relativista necessariamente mas não do tipo abstruso einsteiniano, pode ficar para a luz e para os teóricos do futuro que só terão a ganhar na aproximação à rampa de lançamento rumo às estrelas se não perderem a razão prática nem o sentido de realismo que nada prova que não seja universal em toda a Natureza.


[1] https://www.youtube.com/watch?v=caYj1Uvpwxo
[2] http://teoria-de-la-relatividad.blogspot.pt/2009/03/la-ruta-geodesica-ii.html