sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

OS DEUSES DO NOVO MUNDO I - COATLICOA, A DEUSA MÃE DOS AZETECAS por Artur Felisberto.

Figura 1: Coatli-Cue. A mais poderosa, telúrica e expressiva representação da Deusa Mãe das cobras...e de todos os deuses aztecas. Os pés de ave de rapina desta deusa não deixam dúvidas quanto à relação desta deusa com Ereshkigal dos caldeus, e com os mitos das aves de transporte das almas, dos mitos de morte e ressureição solar.
Coatlicue é a Mãe de todos os deuses. Era também a deusa do sacrifício e adorada como a Mãe Terra, da vida e da Morte. Sua representação geralmente é horrível, pintada como uma mulher estranha, com uma saia de serpentes e ostentando um colar de corações de sacrifícios. Há diversas lendas sobre sua origem. Esta deusa, sedenta de sacrifícios, tinha seios flácidos e garras afiadas nos pés e nas mãos.
Coatlicue é uma deusa mãe primordial muito arcaica e, portanto, mera variante ameríndia de Taveret / Mut / Mamu. Seria seguramente a equivalente da deusa mãe das cobras cretenses de que nada se sabe por causa do fim abrupto do império minóico.
Co-a-tlicue- es una divinidad mexica, madre de Huitzilopochtli. Su nombre significa en náhuatl 'La falda de la serpiente' (coatl) serpiente, (i-) posesivo tercera persona y (cueitl) falda.
Côa-tli-coa, literalmente “a cobra em cue-cas ou os cueiros de serpente”, o que parece uma redundância fonética que deve ter resultado duma leitura ritual hipercorrecta em náhuatl do nome da deusa cobra, Coatl! Na verdade, cu-e poderia ser em proto linguagem ibérica a «casa» / cobertura do «cu», já que em sumério e = templo! No entanto, -cue seria uma raiz diminutiva feminizante do nome original da deusa.
Coatli < Côa-tri < Côa-wri > Co-wir-a > «Cobra».
Côa-tli-cue < Côa-tri-coa < Kaua-tri-kuka < Ki-Kur-ish ⬄ Taveret.
                                                                   = Ki Ish-Kur ⬄ Istar > «Estar»
                                                                                                       > Ester.
Esta deusa, que devia «Estar» onde está estava bem, seria terrível com tudo o que acabando mal é porque estava mal ou seja, porque não lhe agradava, como acontecia com todas as mães mediterrânicas, tão cuidadosas quanto ciumentas!
Figura 2: Cihuacóatl (também Chihucóatl ou Ciucóatl) Divindade azteca, metade serpente e metade mulher, La Llorona.
Cihuacóatl fue la primera mujer en dar a luz, considerada por ello protectora de los partos y, en especial, de las mujeres muertas al dar a luz. Ayudó a Quetzalcóatl a construir la presente era de la humanidad moliendo huesos de las eras previas y mezclándolos con sangre. Es madre de Mixcóatl, al que abandonó en una encrucijada de caminos. La tradición dice que regresa frecuentemente para llorar por su hijo perdido, pero en el lugar sólo halla un cuchillo de sacrificios. Regía sobre el Cihuateteo, las mujeres nobles que habían muerto en el parto.
En la leyenda, esta divinidad surge en forma fantasmal para advertir sobre la destrucción del imperio de Moctezuma, tomando después como nombre popular el de La Llorona.
De qualquer modo, o facto de ser possível correlacionar com equações linguísticas plausíveis o nome de Coatlicoa com as principais deusas mediterrânica garante a sua origem ocidental. De resto, os azetecas também tinham as suas variantes deste nome o que garante que até entre os mexica o nome de Coatlicoa sofria modificações por uso e abuso em litanias infinitas!
Cihua-coatl era uma deusa guerreira e também a denominação do cargo mais importante situado logo abaixo do imperador. O Cihuacoatl era o juiz supremo militar e criminal que organizava as expedições militares e nomeava os seus comandantes. Quando o Tlato-ani (imperador) se ausentava de Tenochtitlan, era o Cihuacoatl que o substituía.
Cihuacoatl < Ki-Kua-Coatl = Coatl-Ki-Kua > Coatl-hi-Kue > Coatlicua.
Tlato-Ani < Tele-at-Anu, “filho do altíssimo Sr. (Atlas)”.
              ⬄ Atloani = Atlante.
Chiua(Coat)L < Xiwal Cibel / Quilaz-tli.
Al frente del gobierno estuvo un jefe guerrero que recibió el nombre de tla-catecuhtli o huei-tla-toani, quien debía ser electo por el consejo mexica y que se auxiliaba en sus funciones por una complicada red de jefes militares y administradores; todos ellos fuertemente vinculados a la administración de la religión, actividad de gran importancia para el pueblo mexica.
Tona-cate-cuh-tli fue un dios mexica de la creación y de la fertilidad. Habitaba los cielos superiores. Durante la creación del mundo lo dividió en tierra y océano.
Por outro lado, o facto de o nome do vizir do imperador ter o nome da variante guerreira de Coatlicua deixa a suspeita do papel que esta teria feito no matriarcado minóico. O próprio nome do imperador aponta para o nome do deus “manda chuva” Tona-cate-cuh-tli que seria o macho dominante da deusa mãe.
Suspeita-se que a língua dos minóicos era foneticamente rebuscada, possivelmente na forma propositada de criptolectos de marinheiros e mercadores, do tipo da “Língua do P”, e que acabaram na complexidade dos teónimos aztecas.


Com o início do patriarcado a deusa mãe e o deus filho fundiram-se num deus dual bissexual que teve no Egipto a máxima expressão do que foi a lenta ruminância mítica da transformação desta poderosa deusa das cobras solares numa figura secundária das três Marias da corte de Osíris.
Atum era o nome deste deus no Egipto, relacionado com Ptá e este com Tot, com variantes fonéticas que poderiam ir de Caco a «Cuco», antes de acabarem irreconhecíveis em Neptuno!

Ver: TEZCATLI-POCAS (***) & Ver: ATUM (***)
Ver: QUETZALCOATL (***) & DIONÍSIO II (***)

A relação étmica com Usil etrusco é demasiado óbvia para não ser uma prova evidente de que a mitologia arcaica ocidental foi partilhada pelos ameríndios que em parte terão tido origem ibérica, etrusca e fenícia, senão também egípcia, mauritana e senegalesa.
Huitzil-opochtli terá guardado de Apolo o sufixo –opochtli.
Opo-ch-tli < Aupo-ish-tel = Apo-te-lish = Te Apolish.
Kartu - (Temis = Shausca)
Kartu > Kau-ishaur > Co-ishol > Coyol.
Coyol-xauhqui tem aqui o papel da puritana Artemisa. No entanto na fonética apenas se descortina a hitita Shausca. Como se suspeita que Artemisa seja um nome compósito de Kar-Temis, Coyol seria uma corruptela de Kartu.
Coatlicue, a Terra, mãe do deus Sol, Huitzilopochtli deu à luz em primeiro lugar a Coyolxauhqul, identificada como a Lua, estando associada com um grupo de 400 deidades estrelares, conhecidas com o nome de Huitzauna, que se encontravam sob seu controle. Alguns povos a chamam de Coatli-cue (saia de serpente), outros de Cihua-coatl (mulher serpente) ou Ton-na-tzin (>” Dona-Cinha”, Nossa Mãe).
Também os Huitzauna não eram senão os Anunaki.
Anun-aki = aki-Anun < Kauki-anuna > H(a)u-shi-a(n)una > Hu-itz-auna
< Huitzauna.
The cults of Mary, of Isis in Egypt, of Ashtarte of Phoenicia, of Lakshmi in India, of Cybele in Anatolia, of Tanit in Carthage, or of the Tetlo-Inau by the Atzecs ... all have common aspects, as they remind us that we were all (and still remain) fragile children who need a mother's care, a wish to be liked, protected and comforted.
Teteo Innan = Toci - "Mother of Gods", Aztec conceptualization of the "Earth Mother" - "Heart of the Earth". Spelling may be Teteoh Innan and was also worshipped as "Goddess of the Sweathouse". Other spellings include Tlalli Iyollo and ToCih, "Our Grandmother", and known as Cihua-coatl, patron of women who die in childbirth.
She was associated with the Moon. She Who gave birth to the Sun. Ix-cuina, Toci, Tla-el-quani, Teteo-inian.
Figura 3: Tlal-teu-tli.
Tlalteutli - Aztec Goddess of Creation.
At the beginning of Time, the Universe was made of Her body.
Tlalteutli => Tlacolotl => Tlazolteotl
- The Aztec earth and mother-godddess, and goddess of sex. Tlazolteotl was also called "the eater of filth", and she got this name from the legend that at the end of a man's life she comes to him and he more or less confesses and she cleanses his soul, eating it's filth. She was also the mother of childbirth.
Aztec Mother Goddess resembling the medieval Hecate as Queen of the Witches. Her animals were the snake and the screech owl. Her sabbats were held at crossroads. Her symbol was a broomstick.
Tlazoltéotl era a Nossa Senhora da Purificação, a equivalente aos ritos de purificação pós parto ou pós coital de Vénus e de Hera e de outras deusas gregas.
La confesión se basa en la creencia de que un acto de arrepentimiento actual, de contrición, borra los pecados cometidos, porque prohija una vuelta al origen.
Los antiguos cronistas españoles que visitaron América observaron entre los aztecas una situación parecida ya que un día al año hacían una confesión pública de sus pecados que posteriormente eran comidos por la diosa Tlazoltéotl.
Figura 4: Tlazoltéotl, Códice Laud, pág. 39
Figura 5: Tlazoltéotl descrita en el Códice Borbónico.
Tlazoltéotl (náhuatl: tlazolteot, ‘diosa de la inmundicia’‘ tla, cosa; zolli, inmundicia; teotl, dios’)? Deidad de origen Huasteco, que en la mitología mexica es la diosa de la lujuria y de los amores ilícitos, patrona de la incontinencia, de la lujuria, del adulterio, del sexo, de las pasiones, de la carnalidad y de las transgresiones morales; era la diosa que eliminaba del mundo el pecado y la diosa más relacionada con la sexualidad y con la Luna. En los códices se la representaba en la postura azteca habitual para dar a luz o a veces defecando debido a que los pecados de lujuria se simbolizaban con excrementos. Así como en otros códices aparece sosteniendo "la raíz del diablo", planta usada para hacer más fuertes los efectos del pulque (...) y disminuir los dolores del parto.
Tlazolteotl, chez les Toltèques, était la mère de la terre. Cette déesse représente les régions profondes de notre être qui nous font peur par leurs forces et leur absurdité ou étrangeté.
Muito possivelmente a relação de Tlazoltéotl com a porcaria é de interpretação posterior por mera conotação de semelhança com o termo náhuatl zolli...ou por derivação secundária daquele por mera conotação negativa de intérprete cristianizado. A verdade é que Zol pode ter sido uma deturpação azeteca do nome de Kar / Ker ainda presente no nome de Macarena.
Tla-zol-téotl < Tala- | Shaul < Kar < Ker | teo-tel.
Os nomes azetecas podem ser decompostos segundo sílabas significantes e é espantoso como estes nomes ressoam como grego arcaico! Te, teo, to, parecem variantes genérico do nome de Deus dos Egeus que o Teteo seria uma (espécie de) variante gaga. Por outro lado, Tocih é seguramente o nome de Te(a)-Ki, ou Tite, ou Tetis, o nome da Deusa Mãe Terra.
Tochi < Tau | < Tua < Tia < Tea < Teha < Kika| - | Xi ⬄ Ki|.
Tetlo-Inau < Tetlau Inão < Te Talo-Innan
Tetitla = Teti-Tela < Teti-atla = «Altíssima Teti» ou ainda, *Teti-Talo
= Tetis-Telus, a Deusa Mãe primordial na sua vertente telúrica e pedregosa!
                                                                    Ixcuina < Ish-Kiana.
                   Tla-el-quani < | T(a)l-el < Talila < | *Talla-Kiana.
                      Tlal-(teutli) < T(a)l-el < Talila < *Talla < Talle ⬄ Tella.
Coatlicua = Cihua-coatl < Ishca-Coa-Tella.
Toci < ToCih < *Tau-Ki ⬄ Teteoh ⬄ Tétis.
Teteo < Teteoh < Teteaush Tétis.
Tlalli Iyollo < Tla-(i)lli | Ijollo < Ishauro ⬄ Istar.
               Teti-Tla > Te(os) Tytela > Tutela.

Ver: TALÁBRIGA (***) & TALOS (***) & TUTELA & TETILA (***)

A verdade é que o aspecto de Medusa desta deusa Azeteca não deixa dúvidas sobre a sua relação com as deusas das cobras cretenses e logo com a deusa reptilina das águas primordiais que foi Tiamat na caldeia e Tétis entre os gregos. Depois, temos também a singularidade de a grande Deusa Mãe da terra dos Azetecas ter como todas as deusas mães do mar Egeu muitos e vaiados nomes de que se destaca a singularidade estranhíssima (e praticamente impossível no plano das meras coincidências) de ter sido Inana, ou seja quase Inana, a grande deusa mãe dos sumérios.
Figura 6: Tlālti-c(i)pactli (la Tierra) representada por Cipactli, imagen basada en el Códice Borgia.
Por outro lado, a toponímia ameríndia está cheia de nomes com fonética deste tipo:
Tla-copan < Tala-Copan, lit. “cidade do deus Copan, possivelmente Anpu, deus do Ka, a vida ou o princípio vital, como o Ba era a alma”.
Tla-tel-olco < Tala-tel-| orco < Urka.
Tla-xcala < Tala-ish-Kala, “cidade de Kali?”
Tol-tecas < Taul-tecas, lit. “os que habitam em cidades (Tolos ou Tulas)?”
Tula > Tolan, lit. “grande Taula ou grande cidade”!
Na mitologia ocidental o lado tenebroso da deusa mãe Natureza parece ter sido sublimado na cultura helénica ao ponto de ter ficado apenas na reminiscência da Medusa. Na cultura suméria era Tiamat, a geradora de monstros, e na cultura egípcia ficou residual na figura sinistra da deusa Amenti devoradora das almas dos mortos no tribunal de Osíris e na monstruosa cobra Apepi devoradora do sol. Na cultura Azteca ela nunca se separou inteiramente dos atributos arcaicos da Deusa mãe Natureza. Ainda assim aparece o esboço do que vira a ser no Egipto a deusa Amenti. No entanto, a semelhança mais tenebrosa da Deusa Mãe da terra dos Azetecas deve ser procurada na hindu Kali.

Ver: KALI (***)

En la mitología azteca, Cipactli era una voraz, primitiva y monstruosa criatura marina, mitad cocodrilo y mitad pez. Estaba siempre hambrienta y en cada junta que unía sus 18 cuerpos había una boca adornándola. (…) Con el cuerpo de Cipactli los dioses crearon la Tierra. Así cuando se vieron en la necesidad de dar forma al mundo, un espacio, un suelo, se decidió que Cipatli se partiría por la mitad: una mitad sobre la otra, obteniendo cielo y tierra.
Tlāl-ti-cpactli = Tlāl-ti + Cipactli.
Tetitla < Tlāl-ti = Ti Tlāl = Te(a) | Te-Lala = Te(a) Lala => Tellus.
Cipactli < Ki-Phaki-tel = Tel Ki-Kaki, altíssima Ki Caca.
A partir desta equação ficamos a entender os dois eles da deusa romana Tellus que assim parece derivar de Telalus reportando-nos para a deusa dos infernos sume´ria que era Lala, deusa que veio a ser dos Lares.
Por outro lado, tudo aponta para que a mitologia azteca fosse de origem hitita seguramente para ali levada depois da crise mundial da época dos povos do mar e também depois da queda do império hitita com a destruição de Hatussa, simbolizada na destruição de Tróia, onde até as ruínas da grande pirâmide desta cidade têm semelhanças com a de Chichen Itza.

Ver: PARECENÇAS TRANSATLÂNTICAS (***)

TETITLA
Figura 7: Deus ou Deusa de Tetitla...ou Tlaloc.
Su nombre (Tetitla) significa "Lugar de Piedras", y es otro de los numerosos conjuntos habitacionales con los que contó la ciudad de Teotihuacan ubicados alrededor de su centro ceremonial.
É duvidoso que na cidade dos deuses que foi Teotihuacan o nome deste lugar derivasse de uma banalidade como «lugar pedregoso», nome que assim ficaria a ser supostamente posterior à sua ruína. Neste caso teriam sido os colonos espanhóis a dar-lhe o nome. A terem sido os indígenas a revelar aos espanhóis o nome deste lugar o mais provável é que este tenha sido o nome original porque teria sido conhecido esta deusa de Tetitla nos tempos áureos!
Como Tetitla não consta do panteão conhecido dos azetecas é possível que já nem os indignas se lembrassem do seu significado e acabaram por fazer uma tradução literal adaptada às circunstâncias.
No entanto, não faz sentido que um bairro habitacional ao redor do centro cerimonial de Teoti-huacan fosse literalmente um lugar pedregoso. Assim o mais provável é que este bairro derivasse o seu nome de um epíteto da deusa representada na figura que aí foi encontrada e que à falta de melhor identificamos como deusa mãe de Tetitla porque a relação pedregosa do nome desta divindade poderia derivar precisamente do seu carácter telúrico.
Esta entidade poderá nada ter a ver com o nome de “Tetitla”, ou seja não ser o verdadeiro rosto de uma entidade divina que estamos a pressupor como tendo sido Tetitla e que a ter existido nos repostaria para uma relação com a deusa romana Tutela por via seguramente etrusca. Tudo isto porque entidade idêntica que vamos encontrar em Tepantitla é quase seguramente uma representação de Tlaloc.
Teoti-huacan = Teoti (> Lat. Totus ≡ “todos os deuses” )-
| huacan (lares) < Phu-ha-gan (⬄ «fogões») < Caco-Kian |.
Assim, Teotihuacan seria literalmente a cidade dos muitos fogos ou «fogão» (= grande lareira) dos deuses, o mesmo que deuzinhos ou deusotes, ou seja, todos os deuses, filho da “Deusa Mãe”. Dito de outro modo, Teotiuacan era a grande cidade das pirâmides cujos templos eram “casas ou «fogos» eternos” dedicados a todos os deuses!

Ver: –TALA/TALLA E A SEMÂNTICA DE TALABRIGA
(***) & TALASSA (***)

Tetitla = Teti-tela < Teti-atla = «Altíssima Teti» ou ainda, *Teti-Tela = Teti-Telus, a Deusa Mãe primordial na sua vertente telúrica e pedregosa!
O nome «tala» teria ainda a mesma conotação com a pedra que encontramos em talla- e Talos. De resto, Tititl, «o deus azeteca dos dias curtos», bem poderia ser um parédro de Tetitla, cujo nome mais seria Coatlicua.
Figura 8: Mural do complexo de Tepantitla que tem sido identificada como uma das manifestações da grande deusa de Teotihuacán...mas que pode afinal ser Tlaloc.
En la representación del compuesto de Tepantitla, la gran diosa aparece con vegetación que crece de la cabeza, tal vez un árbol del mundo  o flores alucinógenas de Gloria de la Mañana. Las arañas y mariposas aparecen en las gotas de la vegetación y el agua de sus ramas y fluyen por las manos de la Gran Diosa. El agua también parece ser que fluye desde su parte inferior del cuerpo. Fueron estas muchas representaciones de agua que llevaron a Caso a declarar que se trataba de una representación del dios de la lluvia, Tláloc.
Seja como for, o aparecimento de uma representação de Tlaloc no local de Tetitla não invalida que este último nome não possa ter sido alternativo para a deusa mãe dos azetecas e que seria naturalmente também mãe de Tlaloc.

domingo, 20 de dezembro de 2015

TEGEA, a mãe, irmã e esposa de *TEGÃO, por Artur Felisberto.


Figura 1: Gaia entrega Eritónio a Atena na presença do pai Hefesto. Ao lado aparece um dragão que tanto pode ser o primeiro rei mítico de Atenas como o próprio Dagon, figurando então aqui como esposo de Gaia. (Desenho trabalhado ciberneticamente a partir da obra “Elite des monuments ceramographiques” de Charles Lenormant and Jean de Witte).
Tegea é uma cidade antiga no sudeste de Arcadia, no território da actual Tegea mencionado na Ilíada, provavelmente já ocupada durante o período micênico.
Apesar de nada o dizer Te-Geia toma o seu nome da deusa Gea e não da Atena Álea que ali teve majestoso templo. A importância do local resulta da sua localização central no Peloponeso.
In ancient times, the people of Tegea said that Cydon, Archedius, and Gortys, the surviving sons of their king Tegeates, migrated voluntarily to Crete, and that the cities Kydonia, Gortyna, and Catreus, were named after them. Yet the Cretans were denying this; instead they tried to portray these three characters as the offspring of the local heroes Minos and Rhadamantus.
Este pequeno retalho da lenda arcaica grega demonstra bem a dependência cultural que existia outrora entre o Peloponeso e a cultura cretense e a tendência que os povos para rescreverem a história de revés de acordo com a sua subjectividade auto bajuladora. Os nomes das cidades cretenses Cidonia, Gortina, e Catreus são indubitavelmente cretenses: Cidónia como cidade dos titãs minóicos, Gortina como cidade Ker-tina e embora o nome Catreus ressoe a micénico não parece ter fundado nenhuma cidade cretense por nunca ter existido em Creta cidade com tal nome que tanto pode ter sido Katri como Kadhros. Pelo contrário, Catreus pode derivar do nome da localidade de Katri que como Kadhros poderia derivar de uma raiz que deu origem ao termo Κατήρ-ης = equipado e mobilado...com «catres»...o que estaria longe de significar o que se supõe para o nome de Catreus como sendo aquilo que “se escoa para baixo”...no pressuposto de ser termo dependente da preposição grega cata- formadora de uma «ca-terva» de termos em «cata-dupa»! Obviamente que Katri deriva sabe-se lá porque voltas de Ka-Ter, que seria tipicamente cretense.
Quanto a Atena Álea é quase seguro que este termo seria uma corruptela cretense do nome da micénica Atena Areja que teria acabado com o nome parecido com o de Ares, o deus da guerra, por mera semelhança.
Areia, the warlike. A surname of Athena, under which she was worshipped at Athens. Her statue, together with those of Ares, Aphrodite, and Enyo, stood in the temple of Ares at Athens. (Paus. i. 8. § 4.) Her worship under this name was instituted by Orestes after he had been acquitted by the Areiopagus of the murder of his mother. (i. 28. § 5.) It was Athena Areia who gave her casting vote in cases where the Areiopagites were equally divided. (Aeschyl. Eum. 753.) From these circumstances, it has been inferred, that the name Areia ought not to be derived from Ares, but from ara, a prayer, or from areô or areskô, to propitiate or atone for.
En la mitología griega, Aleo (del griego Ἀλεός) fue rey de Arcadia, epónimo de Alea, y fundador del culto a Atenea Alea. (...). Su hija Auge fue violada por Heracles, que así engendró en ella a Télefo. Los hijos de Aleo, Anfidamas y Cefeo, así como su nieto Anceo, fueron argonautas. Anceo fue muerto por el Jabalí de Calidón. (...)
Aleo sucedió a su padre como rey de Tegea en Arcadia, y cuando Épito murió, Aleo se convirtió en rey de toda Arcadia, haciendo de Tegea su capital.  Se le considera fundador epónimo de la ciudad de Alea. De Aleo proviene también el epíteto Atenea Alea, a cuyo templo en Tegea se atribuye su construcción.
Ora, a verdade é que Atena Areia que seria literalmente uma das keres, ou seja, uma filha da deusa mãe das cobras cretenses e protectora das «corujas».
Atena | Areia < Areja < Harisha < Kur-isha < *Kurija> «coruja»|.

Figura 2: O deus (Te) Chu segurando a abóbada celeste que era Nut...e segurando os pés ao lado de Gebo, deus que tinha o mesmo papel que tinha Te-Geia no Egeu.
Quanto a Tegeia teria supostamente um parédro, ou seja, como Gaia foi esposa de *Gaio, Tegeia deve ter por esposo o Tejo...ou algum deus parecido pomo poderia ter sido *Te-Gewo, o deus das gibosidades da terra e que era Gebo no Egipto.
Este deus virtual *Te-Gewo faz pensar em Teshub, o deus jupiteriano dos hititas que possivelmente estaria mais próximo de Dagon do que se suspeitaria. Na verdade, no mesmo Egipto, Shu era o deus que cobria a Terra suportando a abóbada celeste que era Nut e que virtualmente em língua egeia seria *Te-Shu.
Tego, también en latín, es teja, pero abarca lo que es cubrir, envolver, ocultar, defender, amparar, y la familia de la palabra proteger: protector, protectorado, protección, protegido. Todas significan poner tejas para resguardo y seguridad. Otro vocablo asociado a la raíz tego es tegumento, el tejido que cubre algunas partes de las plantas y de los animales.
Tego, tegere, texi, tectum. = cobrir, revestir, proteger, abrigar. = Acompanhar, caminhar ao lado de.
É mais do que evidente que o conceito de telhado enquanto realidade que serve para “cobrir, proteger e abrigar pessoas” decorre de uma necessidade universal que já vem da época cavernícula e que colhia perfeitamente significado na mitologia de *Te-Shu, razão porque não espanta que venha a aparecer na língua grego o termo Τέγος, com o significado de «telhado».
Latin tēctum ‎(“roof”), from tegō ‎(“I cover”), cognate with Ancient Greek τέγος ‎(tégos, “roof; any covered room of a house”).
Mas os conceitos eruditos comuns andam também repletos de meias verdades que por vezes ajudam a explicar a confusão das línguas. Diz-se que “a palavra arquiteto vem do grego arkhitektôn que significa "o construtor principal" (arqui = principal / tectôn-ica = construtor) ou "mestre-de-obras"” quando arquitectónica é já um adjectivo composto a partir de tecton, termo que na Grécia Clássica era simplesmente tέκτων, o carpinteiro ou marceneiro...o que é perfeitamente compreensível porque muito, mas mesmo muito tempo antes dos grandes monumentos clássicos em pedra os templos eram feitos em madeira e durante muito tempo os telhados dependeram do madeiramento e de bons acabamentos (tεύχω) de carpintaria (tεκτονία). Se outros termos em grego aparentados com estes como τεκνόω = fornecido...de prol, crianças; tέκος = a criança; tίκτω = trazer ao mundo, engendrar, foram causa ou efeito destas etimologias já não importa aqui esclarecer.
No entanto, o termo grego tεγκτός com o significado de algo capaz de “ser amaciada na água” nos parece reportar para a natureza anfíbia de Dagon.
Seja como for, o provincianismo Tegão parece reter a reminiscência de Dagon, deus que deve ter demorado longos anos nas costas Ibéricas.

Figura 3: Tegão de recepção de uva ou azeitona, num lagar.
O tegão começou nos depósitos de recepção de cereal nos moinhos como tremonha a “caixa em forma de tronco de pirâmide quadrangular onde se deita o cereal que vai cair no adelhão que o conduz ao centro da mó” e que de facto tem a forma de um telhado invertido. O aborrecido destas etimologias é que só nos guardam a reminiscência e não a verdadeira origem etimológica. De facto Tegão parece vir de «teiga» e este de «taleiga» que deriva do árabe talíqa, «saco»...como se por estas bandas das ibérias não houvera já a tradição do culto às deusas mães telúricas das Talábrigas Lusitanas. Obviamente que os termos berberes influenciaram os termos árabes e todos foram influenciados pelos arcaicos falares mediterrânicos de que todos os povos históricos já perderam o rasto. Mesmo assim não deixa de ser estranho que um Tego fosse um padre gordo e anafado como seria uma das representações arcaicas de Dagon a deduzir pelo culto das deusas mães calipígias de Malta de que derivaram as deusas Vénus Calipigias, das belas nalgas!
Quer isto dizer que se Tegão não era em lusitano um parédro Teja ou *Teiga equivalente lusitano de Tegeia poderia ter sido. De qualquer modo estamos nos termos dos deuses da gigantomaquia onde reinavam os Titãs que Tegão era seguramente enquanto equivalente do Atlas.
«Tecto» < Lat. tectu < Tekito < Te-Ki-Tu
> Te-Ki-Anu > «tegão» > Titã > Tifon > Dagon.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

SETÚBAL & SESIMBRA TERRAS FENÍCIAS DO DEUS SETE, por Artur Felisberto.


(Continuação de: SANTARÉM, CIDADE DOS TOUROS E CENTAUROS)

Fosse como fora, Saturno é seguramente o deus Sabaot dos judeus, senhor do Sábado e manifestação do deus Set que os Egípcios consideravam semita. A variante setiana do gnosticismo cristão referia-se a Cristo como sendo Sete, o terceiro filho de Adão e Eva, como o único revelador do conhecimento, o que parece vir lançar confusão na tradição da metalurgia que na tradição judaica é devida a Tubal Caim descendente dos filhos com a marca de Caim da sabedoria e relacionado com a cidade de Setúbal...quando deveria ter sido de Sete, relacionado com a cidade de Santarém.
Gênesis IV, 22. Zillah também teve um filho, Tubal-Caim, fabricante de todo instrumento cortante de cobre e de ferro; e a irmã de Tubal-Caim foi Naamah.
(...) se acharam em uma formosa baía, por onde se lança no grande Oceano Ocidental um Rio, maior em proveitos de pescarias e navegações, que em quantidade de águas. Vendo Túbal o bom sítio da terra, e os que consigo trazia enfadados de navegação tão larga, determinou fazer naquele lugar seu assento (...) e uma povoação (...) ordenada com as brandas Leis, e pouco maliciosos costumes daquele novo mundo (...) Aqui viveu Túbal alguns anos (...) e dele se deu nome à nova povoação, que fundara, chamando-lhe Setúbala (...) esta povoação é o que no tempo de agora, com mui pequena corrupção do primeiro nome, chamamos Setubal, assaz conhecida no Reino de Portugal, e muitos fora dele. in Frei Bernardo de Brito, Monarquia Lusitana, Parte I, Lisboa, 1973, fls. V-7.
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Figura 1: Arqueologia industrial das salgadeiras de Cetóbriga expostas em Setúbal.
Mas pouco importam as insuficiências e ignorâncias judaicas perante tradição mais antigas hoje em dia sobejamente recuperadas.
Sethlans è una divinità etrusca del fuoco, protettore dei fabbri. Raffigurato con martello, tenaglie e bipenne, il suo aspetto è molto simile a quello del dio greco Efesto e del romano Vulcano.
Sethlans < Sethulanus < Saturanus > Saturno.
Tubal Caim = Ca(im) Tubal < *Ka-tuwar-(im) < *Shathuwaino
< Saturnino  < Saturno.
É devida a Frei Bernardo de Brito a mais conhecida lenda sobre a origem do nome de Setúbal. Lenda poética que atribui a origem da cidade ao facto de Túbal, neto de Noé, ter aportado acidentalmente a esta "formosa baía" e dela se ter prendido de encantos. Menos poéticas, porém mais plausíveis, são as hipóteses de que a origem da cidade tenha sido a povoação celta de Cetóbriga, que se erguia na margem esquerda do Sado ou a herança do nome do rio Xetubre. Incontornável é o facto de Setúbal se situar junto do local onde floresceu Cetóbriga. E até à conquista de Alcácer do Sal, em 1217, Setúbal não é referida. Após a conquista de Alcácer, Setúbal ganha importância nomeadamente com a sua doação à Ordem de Santiago por D. Sancho II, em 1237. -- Texto de António Lopes de Textos de apoio consultados da autoria de José Hermano Saraiva e de José Custódio Vieira da Silva.
Jorge de Alarcão na sua “Nova História de Portugal: vol. I: Portugal: das origens à romanização” confirma que Cetóbriga se situava onde agora é Setúbal pelo que é por aqui que temos que partir nas buscas da etimologia de Setúbal.
Cetobriga. Foy huma Cidade do Gentilismo, em cujas ruinas se fundou a Villa de Setubal. Fr. Fernando de Brito, (2), seguindo a Florião do Campo, e a outros, diz, que fora fundada, e povoada por Tubal o anno 145 depois do dilúvio, e lhe chamara Cethubala, ou Cetum-Tubalis, que quer dizer ajuntamento de Tubal, de cujo nome com pouca mudança se deduzio Setubal. Porém André de Resende, (3) e Diogo de Paiva dizem, que não pode ser; antes o Paiva com tenacidade a constitue em Andaluzia. O que temos por mais provável he o que diz o famoso Resende, que houve duas povoações deste nome: a antiga, onde agora está o sítio chamado Troya, que naquele tempo se dizia Cetobriga, e significava Cidade de muito, e grande peixe; porque Briga na língua dos antigos Lusitanos queria dizer Cidade, ou fortaleza, e Cete peixes grandes. Desta opinião he Gaspar Barreiros, (4) o qual afirma, que no seu tempo havia no sitio desta Troya vestígios de umas salgadeiras, em que seccavao o peixe, porque se fazia aqui uma grande pescaria dele, e que debaixo da água se mostravam ainda ruinas de edifícios, cousa, que também testifica Resende.
Extincta fibnalmente a antiga Setubal, ou Cetobriga na geral destruição de Hespanha, se passarão alguns moradores dos que restarão para defronte, e principiarão a povoar nova colónia naquele sítio, intitulando-a da mesma forma Cetobriga. Correndo depois o tempo, se veyo a chamar Cetobala, e dahi Cetubala, e hoje Setubal. Desta opinião he Luiz Nunes, (5) Christovão Cellario (1) e convem do mesmo Villalpando in Ezemchielem tom 2. p. 16. Affirma também o alegado Resdende, que no sitio de Troya, ou antiga Cetobriga está por cima da porta da Igreja de Nossa Senhora huma cabeça de carneiro em pedra, e lhe parece que houvera alli hum temlo de Jupiter. De outras pedras alli descobertas faz também memoria o sobredito Antiquario. -- in CASTRO, João Bautista, Mappa de Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, Officina Patriarcal de Francisco Luiz Ameno, 1764(?), p. 17-18
Cetobriga é um topónimo celta que em território cónio é suspeito de ser uma transliteração dos geógrafos que se informaram mal no local onde lhes terão dito que ali era a “cidade do deus Set” ou seja Setu-bel a cidade do Senhor Sete. De imediato os helenistas escreveram Cetobriga por semelhança com outras brigas lusitanas e, por lembrar em grego os cetáceos que ali se pescavam, é esta a razão da grafia especial de Cetóbriga que se perdeu em Setúbal. Tendo ficado como Cetóbriga entre os locais romanizados (por culpa dos cetáceos?) passou com os árabes a nomear o que dela restava depois da passagem dos bárbaros no nome local do rio Sado que por ser o que desaguava na cidade do mesmo nome passou a ser rio Xetubre. Se resto o rio Sado ou Sadão é já uma homenagem a Sete.
A origem do nome do rio Sado é obscura, talvez pré-romana. Até ao século XVIII o rio chamava-se Sádão.
Senio - Divindade local venerada por tribos Lusitanas.
Senio < Setnio < Sete + Anu = Setano > Satã > Satanaz.
                                Dagon < Guadano > Sadano > Sado.
O mais razoável é pensar que afinal Sete fosse Dagon e por isso um grande peixe ou cetáceo como os ali pescados e depois secos ou salgados na próspera indústria dos molhos de peixe. Ou seja, os cetáceos afinal são parte importante da etimologia de Setúbal.
Apesar das vicissitudes por que passou o nome da cidade de Setúbal ela seria de origem fenícia e de nome parecido com Setubala, a cidade do Senhor Sete, assim tendo ficado sempre entre o fundo mais popular dos falantes locais com sonoridade entre Xetubel e Cetubala tendo depois passado a ter a sonoridade actual de Setúbal quiçá por influência dos que pensavam miticamente pela Bíblia como Frei Bernardo de Brito.
Cidade de Sete = Setu + briga > Grec. Cetubrica > Cetóbriga.
                             Setubaal > Setubala > Loc. *Setubel > Arb. Xetubre
                                                              > Setúbal.
Por analogia com Aníbal a melhor proposta seria a de afirmar que Setúbal se não teve sempre esta sonoridade tendeu para isso mas sempre como cidade do deus Sete.

SESIMBRA
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Figura 2: Castelo alcantilado de Sesimbra seguramente edificado sobre um velho castro dos cempsos, tribo dos cónios de cultura oriental, seguramente minóica e depois fenícia.
Outra cidade próxima de Setúbal onde se adorou um deus fenício foi seguramente Sesimbra.
Sesimbra é uma Vila portuguesa pertencente ao Distrito de Setúbal, região da Estremadura. (...)
Existem vestígios da presença humana em Sesimbra desde o período do calcolítico (3000 a.C.). Na Idade do Ferro (VIII-II) foi habitada pelos cempsos que estão na origem do nome da vila.
Assim de repente não se vislumbra como é que os cempsos seriam responsáveis pelo nome da vila de Sesimbra. Fazendo analogia com Coimbra que deriva de Coniumbriga imediatamente descobrimos que Sesimbra partilha a metade –iumbriga o que nos permite suspeitar que o nome original seria *Ses-ium-briga que veio depois a ser *Sezumbra nos mapas da Hipania Antiqua do sec. XVII.
«Sesimbra < *Sezumbra < Sisimbria < Sesium-briga < Set-ium-briga.
Não podemos ter a certeza se Runeso Cesius poderá ter algo a ver com esta etimologia mas de Sesium a Cesius parece ser pouca a distância!
Runesocesius era o deus da guerra na mitologia céltica, possuindo uma natureza misteriosa e um carácter marcial. Com Atégina e Endovélico, este deus formaria a trindade da mitologia dos célticos.
Supostamente Cesius seria o deus dos dardos ou dos «raios e coriscos» de um deus jupiteriano que seria Runeso, não por ser um deus das misteriosas runas a que deu nome, mas por ser “filho de Rá” o mesmo que é dizer, “filho de Úrano”, ou seja um deus saturnino da 2ª geração.
Runeso < Rauniso < Arunesho < Uranisho = pequeno Úrano,
ou seja, Crono.
Devemos notar que Crono foi Dagon e Saturno que nas civilizações minóicas e fenícias eram equivalente dos deuses jupiterianos das mitologias olímpicas. Ora, este parece ter sido de facto o papel de Sete.
O césio (do latim "caesium", que significa "céu azul") é um elemento químico de símbolo Cs , de número atômico 55 (55 prótons e 55 elétrões) com massa atômica 132,9 u.
Caesium significa em latim literalmente corte ou fenda em alguma parede...por onde se via, por isso, o azul do céu, sendo portanto metaforicamente que irá acabar por significar “azul celeste”. Este termo está relacionado com o verbo latino caedō de cortar à faca o que, na mitologia do corte dos testículos de Urano, se segue a «queda» destes, o nascimento de Vénus  e o «ocaso» solar. A sua etimologia indoeuropeia é confusa, incoerente e pouco credível tanto mais que que tudo o que acaba «caido» encontra a sua base de apoio que é o que a Alcaida árabe significa!
Em conclusão, é aceitável que c(a)esium estivesse relacionado com a mitologia de Sete enquanto deus dos ferreiros por meio de um termo como *setium relativo às «setas» (< ? Lat. sagitta) dos centauros sagitários, aos raios solares e aos relâmpagos jupiterianos. Obviamente que as setas galaico durienses são mais proximas dos *setium do deus Sete do que do latino sagitta.
Sagitta = Unknown etymology. Probably from a pre-Latin Mediterranean language.
Sagitta ó Italian: sagitta < *Sajietta > Romanian: săgeată
> Romansch: sajetta > Italian saetta > Old Portuguese: saeta
> Portuguese: seta ó Welsh: saeth.
Obviamente que Se-te não é senão o deus Xe, Xu ou Zé, etc!
Sendo assim, os artefactos deste deus tanto poderiam ser *setium como *Xe-gitta e o desencontro inicial entre o termo *setium, de origem fenícia, como a *Xe-gitta de tradição latina desconhecida, acabarou por fazer vir ao de cima o nome de Sete nas setas actuais.
Sem mais argumentos do que os da proximidade com o rio Sadão seria de se apostar que Sesimbra seria uma cidade dos cempsos dedicada também a Sete por estar à beira mar confirmando assim a relação se Sete com Dagon e ambos com a pescaria possivelmente do atum.
RVFINV/S RVFI F(ilius) / BANDI S|AISABR|O • V(otum) A(nimo) L(ibens)
S(olvit) -- Castelo (Avis, Portalegre, de *saikyo/a-bri-)
É evidente que ainda hoje a distância de Sesimbra a Portalegre é muita e mais ainda seria no tempo da lápide mas de todas as terras deste distrito Avis é a mais próxima pelo que qualquer referência a Sesimbra seria possível ainda que remota. De qualquer modo estaríamos perante semelhanças fonéticas embora difíceis de determinar sobretudo quando se postula pelo meio um estranho *saikyo/a-bri- sem se justificar a razão.
Aceitamos que Bandi Saisabro era o “deus todo bom” dos saisabros que habitariam a cidade que existia em Avis de nome *Saisabriga o que, a ter algo a ver com *saikyo seria por estar relacionado com o nome lusitano que veio a originar por esse Portugal fora a toponímia de «Seixo» / «Seixas»...porque seixos é o que mais havia na Lusitânia? Há também que relembrar que o seixo era , como a obsidiana, o material de que eram feitas as facas sagradas sacrificiais e da castração de Urano...e da descama do peixe!
O nome do deus Saisabro é, até prova em contrário, um topónimo aparentado com Sesimbra..que por sua vez se não foi poderia ter sido *Seximbra / *Set-imbra.
Saisabro < Sasiumbro < Sesiumbriga > Sesimbra <  *Seximbra /* Setimbra.