Figura 1: Adereço
 fálico do festival dionisíaco grego do Holoa a festa local dos falos em
 honra do deus menino Dionísio e que bem poderia ter tido o nome de 
*Caralia.
De
 entre todas as palavras indescritíveis da língua portuguesa a mais 
obscenamente explosiva, a mais descaradamente pecaminosa, a mais 
destrutivamente imoral é sem dúvida a que nomeia o inefável «caralho» 
que tem tanto de sexo carnal, manipulável e tangível, quanto de 
abstracto impropério e de etérea felicidade!
Caralho
 é um termo da língua portuguesa usado para designar o membro viril 
masculino. O termo encontra correspondente no castelhano carajo, no 
galego carallo, e no catalão carall, sendo exclusivo das línguas 
românicas da Península Ibérica, não se encontrando em nenhuma outra, 
incluindo o basco.1
Documenta-se
 o uso do termo desde pelo menos o século X, surgindo regularmente nas 
cantigas de escárnio e maldizer da poesia trovadoresca medieval, sendo 
também registado nalguma documentação, além de vários usos 
antroponímicos e nas toponímias da Península Ibérica, em particular da 
Catalunha, onde se destacam os vários carall bernat.
Porém,
 o anátema que, sem se saber muito bem porquê, nem como nem de onde, 
persegue esta palavra, qual irremissível pecadora ou criminosa criatura 
impenitente, não impediu que, depois de vinte séculos de cristianismo, 
seja uma das que mais enche a boca do povo português, sobretudo nos 
falares do Norte que, por via do galaico-português, são os que mais 
conservam o espírito original da latinidade e, quiçá, sobretudo da 
celtidade ibérica (celtiberidade).
Figura 2: «*Passaralhos».  
Estes
 falos «alados» da boa sorte eram feitos de bronze fundido para servirem
 de suporte a pequenas campainhas nos vestíbulos das casas de 
prostituição de Pompeia. Estes tocavam com a chegada de «bons ares» de Zéfiro, (e seguramente bons clientes!) como os sininhos chineses da felicidade. 
Zéfiro < Chu-Phyr < Ish-Pher,  
lit. “o que transporta o filho” ao colo,  ou seja um deus da aurora, hermético e Crióforo! > Iscur. 
 | 
Pelo
 contrário, quando alguém utiliza em vez do dito a palavra «pénis», 
exemplar de um dos poucos, de entre os muitos eufemismo e sinónimos com 
que se esconde e protege o “instrumento de trabalho sexual masculino”, a
 não ser considerado de baixo calão, ou passa por inglês ou é pedante ou
 albertinho!
Quem,
 além de falar calão também o é presume que o trabalhar faz calos quando
 na verdade o que se esconde por detrás das conotações eufemistas 
codificadas e dissimuladoras que multiplicam as significâncias, alteram e
 desviam os sentidos e propositadamente acentuam as ambiguidades das 
palavras, onde se ocultam os pecados e os vícios da cultura como 
derrotas da história, é apenas tão-somente a argúcia com que os povos 
oprimidos pelo peso da história, tosquiados como “ovelhas de sacrifício”
 das sua cultura em nome de Deus, pervertidos nas suas tradições pelo 
progresso massificador ou postos à margem das rotas do futuro, se 
protegem das intolerâncias da evolução à força da lógica de terra queimada
 com que as revoluções se livram do peso opressivos das memórias da 
servidão e dos arquivos reais e senhorias do passado! De certa forma, o calão
 é tudo o que resta, como cotão no fundo de saco da evolução 
linguística, aos que recusaram pagar o preço da servidão no altar de 
todos os progressos culturais em nome da dinâmica impiedosa da história.
Durante
 todo este tempo em que se produziu a poesia trovadoresca, caralho foi 
usado como termo próprio para o membro viril, a par de outros como 
pissa, membro, pisso e peça. A clara inclinação para o uso de termos 
como caralho e cona presente na lírica profana galaico-portuguesa, em 
particular nas cantigas de escárnio e mal dizer, denota a sua forte 
implantação na linguagem falada, assim como uma inclinação para o 
"realismo grosseiro", patente no seu uso reiterado em contextos 
inequivocamente vulgares, permitindo coloca-los na categoria dos 
disfemismos.
A
 naturalidade com que se falava de caralho, carajo ou carallo, até em 
documentos públicos, desaparece da literatura após a contra-reforma, 
passando desde então a ser considerada uma expressão obscena (ou seja, 
fora de cena, inconveniente), mal-sonante, e de uso coloquial ou vulgar.
 Consequentemente, o primeiro dicionário elaborado pela Real Academia 
Española não contempla o termo.
Ora,
 seria fácil demonstrar que a mística sacrificial, levada ao paroxismo 
dos sacrifícios humanos no topo das pirâmides azetecas e de animais no 
alto dos zigurates, não tem sido mero simbolismo religioso. Desde os 
primórdios da civilização que esta se tem alcançado à custa do “santo 
sacrifício” da liberdade individual em nome da “vontade de Deus” que 
pouco mais tem sido do que a grande consciência colectiva da humanidade e
 do “super eu” que justifica a soberania patriarcal e fundamente toda a 
normatividade pastoral. Por outro lado, os estratos mais baixos das 
populações humanas, porque sendo a fracção mais numerosa do rebanho 
humano foram sempre a base sagrada da “pirâmide social” onde o terrível 
sacrifício, salvífico e civilizador, começa e que, por ficar sempre 
imperfeito e incompleto, eternamente se renova e recomeça!
Sendo o «caralho»
 lusitano nome dum deus infernal natural seria que tivesse acabado nos 
quintos do inferno tanto mais que a sua conotação de deus da sexualidade
 e das erecções matinais da matutina Aurora desaconselhava o seu uso por
 recatados cristãos.
Quando
 não há registos cartográficos seguros que nos impeçam de andar à deriva
 no mar incerto da linguística embarcar na etimologia popular pode ser a
 forma mais fácil de naufrágio.
Penis:
 Caralho: Penis; equivalent to English dick or prick. Greek charax and 
Latin caraculus. Cognate to the Spanish Carajo. A caralho is originally a
 nautical term [citation needed], referring to the crow's nest in the 
top of the mainmast of a caravel. Since it was an ingrate job to patrol 
the horizon from the crow's nest, the expression “vá para o caralho” 
(“go to the caralho”) began being used by people to rid of an unwanted 
peer in an impolite, inflammatory way.
Os
 portugueses gostam de ver o ego nacional exaltado com referências à sua
 gloriosa história trágico-marítima mas obviamente que o «caralho» é 
termo galaico-português muito glosado pelos minhotos que andam sempre 
com ele na boca como os galegos com o «carallo», que até soa do mesmo 
modo.
"Se
 hai umha palavra na língua que identifique ao ethos galego esa é 
caralho. Son tantas as expresons nas que se emprega que poderiamos 
dizer, sem medo a errar, que o home galego é umha espécie de caralho 
andante." -- Xabier Vila-Coia.
A
 origem náutica do «caralho» é altamente discutível porque parece ser um
 instituto galaico-português anterior aos descobrimentos e não tem 
apenas conotações sexuais negativas, pois, bem pelo contrário, tens as 
que se lhe quiser dar porque define como “coisa e coisar” toda a gama de sentimentos e os estados de espírito de um labrego galaico duriense que de outro modo ficaria inefável.
A
 antiguidade do termo caralho não oferece dúvidas, nem tão pouco a sua 
caracterização vulgar e obscena, patente já no primeiro registo 
documentado do termo na língua romance - posto que indirectamente - num 
privilégio outorgado ao Mosteiro de São Pedro de Roda datado de 982, 
onde se regista um mons Caralio, cujo nome havia sido evitado alguns 
anos antes numa doação ao mesmo mosteiro, feita em 974, porque "tem nome
 desonesto e indecoroso". 
Figura 2: El Cavall Bernat és l'Agulla de Montserrat per antonomàsia.
Este
 mons Caralio, latinização do nome local de uma rocha ainda hoje 
conhecida como Puig Carallot, na zona de Cadaqués, juntamente com a 
ilhota de El Carallot ou Lo Carallot, rochedo monolítico de 32 metros 
parte do arquipélago das Ilhas Columbretes, e com a ilhota de 
Carall-Bernat, nas Ilhas Medas, constitui um dos poucos exemplos da 
preservação explícita do sentido fálico de carall, hoje geralmente 
estropiado em cavall, ainda existentes na topografia dos Países 
Catalães. 
Figura 3: Carall Berant a l'esquerra ( aquí en diuen babor), Tascó Gros a la dreta ( estribor) i Tascó Petit al mig.
Estes
 carall bernat são sempre picos de forma fusiforme e proeminentes na 
paisagem, de aspecto fálico. Entre os muitos carall bernat catalães 
existe uma montanha sagrada na região de Monserrat, que o pudor local, 
tal como em outros lados, já converteu em Cavall Bernat, termo 
disparatado e sem qualquer relação com a realidade oronímica que 
representa, por forma a disfarçar o seu carácter "obsceno".
Mas o maldito do «caralho» aparece de forma insuspeita onde menos se espera.
Para
 terminar este arrazoado vou falar de outro rio que também é conhecido 
por mais do que um nome, neste caso até são vários, mas nas pontes por 
debaixo das quais passa, ele está identificado sempre pelo mesmo nome: 
rio de Mouros.
Este rio a que os romanos chamavam Caralium Secum
 (Caralio Seco), viu-se despojado do seu nome, ao que parece por motivos
 de decência. Um facto curioso que encontrei descrito em dois livros:
Numa página do “Notícias de Penela” encontrei o seguinte:
RIO PAU (1) Procede de Alcalamouque, próximo do Rabaçal, e desagua no Mondego, próximo de Verride.
A chamada (1) vai para o rodapé da página e diz o seguinte:
A este rio, ainda hoje o povo dá também o nome de caral…, nome indecentíssimo que lhe deu o foral de Germanelo.
No
 livro Penela, História e Arte, de Salvador Dias Arnaut, encontrei uma 
página onde é descrito o Meio Físico do concelho de Penela: Diz o 
seguinte em relação a este rio: 
Figura 3: rio dos Mouros ou rio do Caralio Seco.
…Tem que referir-se o extenso campo do Rabaçal, calcário, sulcado por outra veia de água, esta frequentemente seca, o rio na Idade Média chamado “Carálio” e hoje, por decência, mais conhecido por Rio Pau, Ribeira de Alcalamouque, Rio dos Mouros. 
Passa
 em Conímbriga e vai desaguar no Mondego. Não resistimos de apresentar 
neste momento uma descrição antiga do Carálio escrita por José 
Cristóvão, cura do Rabaçal, em 25 de Abril de 1758: Perto desta vila do 
Rabaçal passa um ribeirinho, e não tem nome, o seu princípio é em uma 
fonte do lugar de Alcalamouque, e somente no tempo de Inverno é que traz
 água neste sítio porque de verão se aproveitam dela livremente os 
moradores do lugar de Alcalamouque. Este riozinho corre do sul para 
norte, e se vai meter no Mondego,  
 | 
e tem no distrito desta vila uma ponte de pedra de cantaria lavrada com um arco somente;
 as margens deste dito regatinho produz (sic) todo o género de frutos, e
 não tem arvoredos alguns, e não cria pescado algum nem tem engenhos, 
nem se metem neste sitio outros rios nele, nem tem virtude particular as
 suas águas, nem consta que se tirasse dele ouro nem tem 
particularidades mais do que possa dar informação.
Uma desgraça. Uma desgraça de rio. Mas lá que não tivesse nome, não acreditamos. Tinha-o e bem velho. Mas custava a dizer. 
Todos
 os comentadores do sobrenome medieval do rio dos Mouros da Serra de 
Sicó são unânimes em considerarem que caralium secum é latinório 
medieval correspondente a topónimo local que os romanos latinizaram não 
sendo portanto um nome de origem romana embora pudesse ser comum à 
latinidade italiana. Como os habitantes locais da Serra de Sicó sempre 
souberam a indecência que o nome significava suspeita-se que tenha sido 
sempre um rio do “caralho seco”, vá-se lá saber porquê! Por nascer na 
Serra de Sicó ou por andar quase sempre seco? De qualquer modo 
comprova-se que o termo é muito anterior à época dos descobrimentos, à 
medievalidade da Nau Catrineta e quiçá à própria romanidade.
A
 primeira menção do carallo galego ocorre numa das cantigas do 
castelhano Pedro Burgalês em meados do século XIII, dedicada a uma certa
 Maria Negra, mulher já velha e enamorada do trovador, que aqui era 
representada como sequiosa de macho e reduzida agora a comprar membros 
viris, que logo espatifava pelo tanto uso que lhes dava: 
Pois lhe nao non queren durar
E lh´assi morren a malfadada.
E un caralho grande que comprou
Oonte ao serao o esfolou
E outra pissa ten ja amornada.
Poderemos
 garantir que os galegos do século XIII estavam fortemente influenciados
 pela gíria náutica de Vigo, mais piscatória que mercantil? Obviamente 
que não!
Os Italianos também têm um topónimo Caraglio que parece remontar à época romana. A
 comprovação de que a semântica do nome italiano Caraglio estaria 
próxima da lusitana parece estar contida no facto de o artista Gian 
Jacopo Caraglio se ter especializado em gravuras eróticas, quiçá 
por causa da pressão das conotações do próprio nome ou para lhe fazer 
jus de modo a que à (má) fama se viesse juntar o proveito!
No entanto este nome seria um patronímico adquirido a partir do nome da localidade italiana de Caraglio perto de Cuneo. Em italiano esta associação do Caraglio e doCuneo
 não será risível mas em Portugal além da brejeirice tem um resultado 
sexualmente explosivo porque o «Caralho & Cona» constituem o 
casal de caretos mais arcaico da lusitanidade que cantam com desaforo em
 qualquer cidade em festa as glórias “deus menino” do «caralho» de todos
 os tempos e lugares.
Figura 4: At 12 km from Cuneo, Caraglio
 was originally a Roman settlement. The name appears officially for the 
first time in a document of the 1018. But its origins are remoter as 
prove some findings of the iron-age and repeated roman presences in the 
site. Gian Jacopo Caraglio, Italian renaissance artist known for his erotic engravings. 
O Caralho vem à tona 
Numa cama de Pentelho. 
Quando vai falar à Cona 
Leva um barrete vermelho! 
 | 
«Caralho» < Carallio < Caraglio < *Karakilu > Caracala.
Carabin, Rupert (1862-1932) Caracciolo, Giovanni Battista (1578-1635) Caraglio, Giovanni Jacopo (c. 1505-1565) Caravaggio, Michelangelo Merisi da (c. 1571 - d. 1610) Carbone, Giovanni Bernado (1616-1683) Carducho, Bartolomé (1616-1683) Cariani (c.1490-1547). Carles, Arthur B. (1882-1952) Carleton, Anne (1878-1968) Carlsen, Emil (1853-1932) Carlson, John Fabian (1875-1945) Carlevaris, Luca (c. 1665-1731) Carlu, Jean (1900-1997) Carmichael, Franklin (1900-1997) Carmontelle, Louis de (1717-1806) Carnevale, Fra (active 1445-1484) Carnicero, Antonio (c. 1748-1814) Caro, Sir Anthony (1924 - ) Caron, Antoine (c.1521-1599) Carolus-Duran (1838-1917) Carpaccio, Vittore (c. 1450/4 - 1525/6) Carpeaux, Jean-Baptiste (1827-1875) Carpenter, Francis Bicknell (1830 - 1900) Carpioni, Giulio (1613-1679) Carr, Emily (1871-1945) Carrà, Carlo (1881-1966) Carracci, Agostino (1557-1602) Carracci, Annibale (1560-1609) Carracci, Lodovico (1555-1619) Carreño, Mario (1913 - 1999) Juan (1614-1685) Carrier-Belleuse, Albert-Ernest (1824-1887) Carriera, Rosalba (1675-1757) Carrière, Eugène (1849-1906) Carrington, Dora (1893-1932) Cars, Laurent (1699-1771) Carter, Keith (1948 - ) Cartier-Bresson, Henri (1908 - ) Carvalho, Flávio de (1899 - 1973)
Um topónimo ainda muito conhecido previste no nome da cidade sardenha de Cálhari. 
Cagliari
 ou, nas suas formas portuguesas Cálhari, Cálari ou Cálher (AFI: 
[/'kaʎʎari/]; em sardo Casteddu) é uma comuna italiana localizada na 
Sardenha, sendo a capital e maior cidade da província de Cagliari e da 
região da Sardenha, com cerca de 158.351 habitantes.
En
 el pasado Cagliari se llamaba Krly en el curso de la dominación 
fenicio- púnica, mientras que en latín, la ciudad fue llamada Caralis o 
Calares (plural) o Karales. Alrededor del siglo XVI Rodrigo Hunno Baeza,
 un humanista de Cerdeña, dijo que el nombre Karalis fue derivado del 
griego κάρα col significado de la cabeza, ya que Cagliari fue el centro 
principal de la isla. El sémitista William Gesenius dijo que el nombre 
vino de Kar Baalis,
 significando en la lingua fenicia ciudad de Dios. Esta hipótesis, pero 
con algunas diferencias, fue aceptada por Giovanni Spano que afirmó que 
Cagliari se derivó del nombre fenicio Kar-El, que también significa Ciudad de Dios.
Figura 4: Cagliari, denotando a primitiva cidadela de calhaus!
E
 pronto, se Kar-El é cidade de deus Carbala seria cidade de Baal e 
estaria tudo dito quanto à antiguidade e procedência geográfica do nome 
que assim remontaria aos tempos e berço da humanidade estando portanto 
relacionada com Kur < Ki-ur, a terra selvagem e o monte primordial onde se construiu a primeira cidade.
Karbala (utras grafias: Kerbala, Kerbela)
 é uma cidade do Iraque, localizada a cerca de 100 km a sudoeste de 
Bagdá. Karbala é a capital da Província de Karbala, e tem uma população 
estimada de 572.300 habitantes (2003).
Mas óbviamente que vai haver sempre quem recuse ver o óbvio por preconceito cultural ou puro racismo étnico.
Max
 Leopold Wagner trazó que el término del lenguaje protosarde Karalis 
reflejaba nombres de otros lugares de Cerdeña y del Mediterráneo: Carale
 (Austis), Carallai (Sorradile), Karhalis o Karhallis en Panfilia y 
Karhalleia de Pisfidia (Turquía). El nombre Karalis se conectaría con 
nombres tales cacarallai, criallei, crielle, chirelle, ghirelle 
(crisantemo salvaje) y garuleu, galureu, Galileu (polen depositado en la
 miel, que es de color amarillo a oro), que tiene afinidad con el 
etrusco garouleou (crisantemo salvaje).
De
 facto é difícil descortinal algo de sério na salgalhada etimológica 
referida por Max Leopold Wagner a propósito do nome da cidade sarda 
Cagliari.
Francesco
 Artizzu señaló que la raíz kar en los idiomas de los pueblos del 
Mediterráneo significa piedra y el sufijo al/ar da un valor colectivo, y
 finalmente el topónimo Karali habría formado en sentido de pertenencia 
de la comunidad de la roca o simplemente lugar rocoso. En cuanto a 
Kalares plural, Artizzu lo explica por el hecho de que, a partir de un 
núcleo inicial, se unirán a otros núcleos vecinos, lo que aumenta el 
tamaño de la ciudad. En conclusión, lo más probable es que 
Karalis/Caralis tenía un sentido de la comunidad del lugar de origen 
roca de color amarillo o blanco..
O
 romantismo barroco da etimologia de Francesco Artizzu para Cagliari 
chega a fazer chorar as pedras da calçada por ser tão banal e fora do 
contexto histórico e geográfico. Obviamente que toda a etimologia tem 
que respeitar os documentos históricos e no caso de Cagliari respeitar a
 sua antiguidade fenícia onde era Krly < Karaly, que passou sem 
grandes delongas para os romano como Karalis. Este termo fenício tem 
comprovação imortal no nome do deus Melkarte, o senhor da cidade e não 
precisa de passagens intermédias pelo grego ou outra divagação crioula 
local. A origem e semântica suméria já foram referidas como sendo 
simples e claras, relacionada com a Senhora do Monte, mãe de todos os 
guerreiros primordiais. 
Na
 verdade, o étimo Kar- / Car- vai passar para as culturas ocidentais 
pela mão e boca dos guerreiros primitivos que em grego arcaico eram os 
Kouroi que se fortificavam no cume dos monte para proteger o senhor da 
cidade que poderia ser Hércules / Melcarte ou qualquer outra variante divina padroeira da irmandade de guerreiros. 
Mas poderia ter sido Dionísio, o «deus menino» representado como falo gigante tal como Osíris e o nabateu Duchares
 eram representados por um obelisco. A representação mínima dos deuses 
protectores da virilidade guerreira poderia ser simplificadamente feita 
por três gogos, como era o símbolo de S. Estêvão, padroeiro dos locais 
de iniciação guerreira. Hermes
 era entre os gregos um deus das casernas e também tipicamente 
ictifálico, representado sumariamente por pedras em formas de pénis que 
deram nome a Penedono, penhas e penhascos, pinhas e pinheiros. 
Obviamente que o étimo Car- esteve também relacionado desde a origem com
 montes, pedras e rochas e calhaus, seguramente com etimologia próxima 
de Calhiari, tanto calcárias (< car-car) como graníticas 
(< granus < Kur-ano) ou outras como argilas de ocre 
(<Lat. ochra < Gr. óchra < Kaura?) porque que os 
homens primitivos sabiam pouco de geologia!
Na península ibérica e na zona galaico-portuguesa o deus das pedras do caralho era Carioceco.
Cario-cecus ou Mars Cariocecus
 era o deus da guerra na mitologia lusitana. Era o equivalente lusitano 
para os deuses romanos Marte e para o grego Ares. Os lusitanos 
praticavam sacrifícios humanos e quando um sacerdote feria um 
prisioneiro no estômago fazia previsões apenas pela maneira como a 
vítima caia e pela aparência dos intestinos. Os sacrifícios não estavam 
limitados a prisioneiros mas também incluiam animais, em especial 
cavalos e bodes. É o que diz Estrabão, "ofereciam um bode, os 
prisioneiros e cavalos". Os lusitanos cortavam a mão direita dos 
prisioneiros e as consagravam a Cariocecus.
Na Lusitânia, além de Cariocesus podem ainda referir-se os seguintes deuses com esta etimologia:
Car-O < Car-Us < Car-Io < Car-Ieco < Car-Iense
Car-Ia - Deusa dos Lusitanos celtas.
Cauleces < Kaure-ces - Divindade venerada pelos Calaicos. 
Car-Neo (Karneios, Carneu, Carneus) – Deus adorado nas planícies da Lusitânia por povos de origem Celta. 
Ver: KAR, «ET VERBUM CARO FACTUM EST!» (***) & 
        APOLO CARNEIOS. (***)
Leite de Vasconcelos esgrime entre a hipótese do elemento Cário provir do celta *corio que significa corpo de tropas. A verdade é muito provavelmente outra e derivarem ambos os termos dos *Kaur-ish ó Kaure-ces,
 antepassados dos Kouros egeus de que galegos e gauleses descenderiam 
como os restantes celtas descenderiam de cretense minóicos, de que 
surgiu o nome dos minhotos que andam sempre com o arcaico deus Kar na 
boca! 
Ma-Cario (Macarius, Magario) – Deus
 da nutrição e protector da natureza. Está ligado também aos ciclos das 
estações, principalmente do Verão. Na mitologia Lusitana é também um 
Deus naturalista da caça, da beleza e da fertilidade; é uma divindade 
instintiva e ciumenta; o Padroeiro dos casamentos, dos jovens e dos 
viajantes. Equivalente a Apolo.
Obviamente que Macário, o “kouro de sua mãe” era o “deus menino” filho da Virgem de Macarena e uma variante do nome de Hermes. As afirmações assertivas dos mitos valem o que vale a própria mitologia.
Ma-Cario = Car-ma < Har-ma => Hermes.
De Cario-cecus se foi a Car-Ieco e deste a «Caralho».
Cario-cecus > Car-Ieco > Cariego > Carago > Carracho > «Caralho».
Cecus,
 sufixo frequente em divindades encontradas na Lusitânia, seria o nome 
genérico de deus ainda próximo do primitivo nome do filho de Ki, o deus latino do fogo, Caco.
Kar era um deus de transporte solar na Suméria que de Ki-ur / Kur recebeu a conotação morfológica com os picos fálicos das serranias e de Ka-ur / Kar a relação criadora com o ká da vida!
Caria,
 que se documenta aqui pela primeira vez, não soa, porém, a estranho. Em
 Arcos de Valdevez, documentou-se uma divindade para que, 
dubitativamente, se optou pela designação de Carus.
 (*) Recentemente, Juan Carlos Olivares Pedreño12 pôs a hipótese N não 
muito verosímil, aliás N de ser essa uma abreviatura do conhecido 
epíteto de Marte, Cariociecus. Pensamos, com mais este exemplo de Arronches, que se deve optar, ao invés, por um nome divino, a aproximar, na verdade, de Cariociecus mas também dos Lares Cairienses, como faz Blanca Prósper (o. c., p. 319), que alude, inclusive, a uma via Cariensi. Recorde-se que María Lourdes Albertos (o. c., p. 78-79) aproxima o radical Car- da forma indoeuropeia *karo-,
 na comum significação de ‘querido’. Um adjectivo, valha a verdade, que 
quadra bem a uma divindade…(*) Cf. ENCARNAÇÃO (José d’), Divindades 
Indígenas sob o Domínio Romano em Portugal (Subsídios para o Seu 
Estudo), Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lisboa, 1975, p. 156-157. --  UMA INSCRIÇÃO VOTIVA EM LÍNGUA LUSITANA* André Carneiro, José d’Encarnação, Jorge de Oliveira, Cláudia Teixeira.
Os patronímicos começados por Car-
 foram até há pouco tempo dos mais comuns no mediterrâneo ocidental 
donde se espalhou por todo o ocidente tendo passado seguramente para as 
Caraíbas e para a América do sul.
Da Lusitânia arcaica devem ter passado às terras do Brasil onde o deus do Carago deu nome aos Karajá:
O nome Karajá não
 é a auto-denominação original. O nome deste povo na própria língua é 
Iny, ou seja, "nós". É um nome tupi que se aproxima do significado de 
"macaco grande". As primeiras fontes do século XVI e XVII, embora 
incertas, já apresentavam as grafias "Caraiaúnas" ou "Carajaúna". 
Ehrenreich, em 1888, propôs a grafia Carajahí, mas Krause, em 1908, 
desfaz as confusões de nomes e consagra a grafia Karajá.
A
 Real Academia Espanhola dá carajo como de origem incerta. Houve um 
tempo em que se supôs que esse termo tivesse origem biscainha, mas tal 
suposição foi posta em causa pois nem Cervantes nem Quevedo, fontes 
inesgotáveis de todo o tipo de genialidades e grosserias, o usam uma 
única vez. Por volta de 1970 havia quem tivesse por coisa certa que a 
origem de carajo estava numa tribo índia do Brasil. O autor americano 
Carleton Beals pretendeu ter demonstrado no seu livro America south 
(1937) que "ajo" é crioulo e não espanhol, dando como origem do termo a 
tribo dos carajos evangelizada pelo Padre Anchieta cerca de 1530.5 6 
Numa edição anterior a 1965 do seu "Diccionario Etimológico", Coromines 
havia proposto que carajo pudesse ter derivado de uma aplicação 
humorística do latim tardio caragius, "bruxo".
Assim, o primeiro equívoco náutico parece decorrer da primeira aproximação etimológica:
El término carajo –cuya etimología latina probablemente comparte con la palabra italiana cazzo –
 es, en lenguaje popular, una de las formas de designar al pene o bien a
 un prostíbulo, al mismo tiempo que una interjección de fastidio, como 
una sorpresa, o para mostrar la falta de relevancia de algo.
Se cree que proviene del latín cassus o carassus,
 que por metáfora en jerga marinera se refería al mástil mayor, y luego 
por metonimia a la canastilla del palo mayor o nido de cuervos, de un 
navío a velas. 
- http://correvedile.com/augustogomez/carajo#sthash.YLgIi3rC.dpuf
Portanto o “cesto da gávea”
 onde o gajeiro gritava terra à vista não seria a origem do nome do 
«caralho» até porque não teve sempre esse nome nem sempre a conotação de
 castigo pelo que a etimologia proposta tem mais de romance 
trágico-marítimo que de certeza histórica. Esta etimologia pode mesmo 
ser uma mera confusão com a que leva o termo de «carango».
Carango
 é ainda uma gíria militar dada aos soldados da infantaria, uma base do 
Exército onde estão reunidos os soldados destinados a qualquer tipo de 
combate.
De resto, parece que o “cesto da gávea” já é uma redundância lusitana!
Le nid-de-pie est plutôt appelé nid-de-corbeau sur les navires polaires. Anciennement, on l'appelait la gabie car il avait une forme de grand panier (gabion) où se tenait le gabier de vigie.
"Acima, acima, gajeiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!" – Nau Catrineta.
Por
 outro lado o termo «casso» < cassus parece ter outro significado
 mais próximo de «coisas» como conas e anilhas do que de «caralhos» e 
pénis.
A origem seria do latim cassus,
 ou uma derivação, carassus, que em Latim designa o mastro principal. 
Destaco o verbete italiano, que tem uma descrição etimológica bem 
precisa, revelando a origem no Latim, bem como em espanhol que menciona a
 relação entre a expressão carajo como pênis e a associação metafórica 
com o mastro principal das naus, e ainda, menciona o castigo do 
marinheiro infrator ser amarrado no topo desse mastro, pois de fato nem 
todas as naus tinham necessariamente um cesto amarrado à gávea, mas em 
existindo o castigo, decerto ele era ainda assim aplicado, como é o caso
 da verdadeira Caravela cuja gávea não tinha cesto. – http://www.velhosamigos.com.br/curiosidades/curiosid35.htm
Há
 qualquer coisa de confuso e impreciso neste artigo porque não se 
entende qual seja o verbete que se refere nele. Em italiano mastro 
principal é albero maestro,
 ou seja árvore mestra e deve ser o termo maestro que deu origem ao 
mastro por antonomásia. Mas quase seguramente que se estaria a referir 
ao verbete do respectivo calão italiano para pénis.
Sinceramente,
 eravamo alquanto titubanti riguardo al fatto di dar seguito alla 
richiesta pervenutaci (da un burlone o da un autentico appassionato di 
etimologia ?) dell'etimologia della parola "cazzo", la più popolare del 
turpiloquio italiano...Poi, dopo uno studio più approfondito, abbiamo 
scoperto che l'interpretazione etimologica di questo diffusissimo 
"intercalare" è stata ampiamente dibattuta e che sono state indicate 
svariate etimologie di cui elenchiamo, di seguito, le più accreditate:
•dalla
 contrazione dell'italiano capezzolo (a sua volta dal latino capitium e 
prima ancora da caput = capo, testa) da cui la parola cazzo = piccolo 
capezzolo, piccolo manico;
•dal latino cassus che cioè l'albero maestro delle navi o dal greco tardo akátion  = albero maestro delle navi, cui per analogia potrebbe riferirsi l'organo maschile nella sua posizione eretta;
•dal latino cattia = mestolo, sempre per analogia con la forma del pene;
•dal verbo latino capitiare da cui anche l'italiano cacciare nel senso di "infilare, mettere dentro con forza".
Como
 se comprova o calão italiano cazzo é um caso serio de indecisão 
etimológica capaz de tornar impotente qualquer origem para o dito 
«coiso»!
Não se encontrou nenhum verbete que confirmasse que o mastro real das naves latinas fosse cassus até
 porque este termo tem semiologia que não se adequa ao objecto em causa.
 Já o termo náutico português «casso» para pequenas bóias de flutuação 
das redes, que deriva do latino cassus, parece mais fidedigno. 
Cassus
 = From Proto-Indo-European *ker-, *sker-. See also Ancient Greek κείρω 
(keirō, “I cut off”), English shear, Albanian harr (“to cut, to mow”), 
Lithuanian skìrti (“separate”), Welsh ysgar (“separate”). See also 
sharp.
Adjective:
 cassus m (feminine cassa, neuter cassum); first/second declension; 
hollow, empty, devoid of something; lacking; useless, fruitless, vain, 
futile.
«Casso» • (Lat. cassu,
 m. s.), adj. nulo; • cassado. = • (Náut.) pequena bola ou esfera de pau
 furada de lado a lado, e mais ou menos achatada onde se enfiam os cabos
 de laborar para melhor correrem na enxárcia.
Crassus m
 (feminine crassa, neuter crassum); first/second declension. Dense, 
thick, solid. Fat, gross, plump. (of a liquid) Concentrated, thick; 
turgid. (of the weather) Heavy, thick, dense; murky. (figuratively) 
Crass, stupid, dull, stolid.
Pelo contrário, não seria erro crasso aceitar que o antónimo latino de cassus que era crassus já faria mais sentido enquanto alternativa semântica para mentula.
Ora carasso já estava mais próximo de «caralho» de que terá derivado ou recebido reforço semântico o eufemismo luso «caraças».
No
 entanto a deriva semântica dos proto-indo-europeistas pode levar a 
abalos temerários de que resultam verdadeiras inversões de sentido 
piores que um terramoto linguístico.
Se cassus seria suposto derivar de *ker-, *sker- de que derivará crassus?
Claro que estamos disposto a aceitar que o grego keirō
 deriva de uma conotação com a terrível a deusa mãe das Queres, a 
senhora da morte fatal que cortava impiedosamente o fio da vida aos 
guerreiros nas batalhas, o que o suposto Proto-Indo-European *ker- não 
faria mais do que confirmar.
Então, na mesma linha de lógica mítica e etimológica, o termo «cortar» do Lat. curtare derivaria do nome desta deusa que seria originalmente *Kertu a deusa mãe das cobras cretenses. Mas se o galês
 ysgar significa separar também o luso «esgalhar» pode ter a mesma 
origem e ainda assim produzir galhos úteis para lenha. Notar que nos 
jogos semânticos as analogias múltiplas são tão inevitáveis quanto 
mutáveis. Esgalhar uma pívia faz jus ao gesto agrícola de esgarçar uma 
árvore de suas vergônteas tenras do mesmo modo que o arrigo
 latino significa ter uma erecção pela semântica da rigidez, e em 
português o termo foneticamente mais próximo «arreigar» se cruzou com as
 raízes das plantas e passou a ser apenas despontar pela raiz ainda que 
supostamente por via do verbo «arraigar» derivado dum suposto novilatino
 *arradicare quando na verdade serão meras variantes de evolução 
endógena em dialecto. 
Ora, como a erecção (arrigo)
 provoca naturalmente a eversão da glande que toda se «arreganha» e 
«arregala» como crista de galo entre as pregas do prepúcio assim o 
«caralho» se arregaça na «cona» onde se invagina!
Começa a ser evidente que o latino «crassus» tem a ver com a turgescência do “rigor pénis” (arrigo) dum «caraço» que se «enrija» a «rigor»! Pois bem, o conceito antónimo de vazio que seria cassus
 poderia fazer jus ao complexo (de Electra) da castração feminina 
provocado por uma deusa mãe Ker ciumenta e furiosa que por sincope do 
«erre» transformaria o «carraço» num caso casso e sério de injustiça 
sexual...quiçá por desforras de caça com Artemisa / *Kartu-misha.
Quase
 seguramente que foi a imaginação fértil de marinheiros em tempo de 
marasmo que criou o mito do castigo da gáveia como correspondendo a 
mandar alguém para a “ponta do caralho” do mastro de vigia, ou seja 
estamos perante uma etimologia que é mais consequência do que causa. De 
resto é essa a opinião mais acertada do que consideram que «caralho» era apenas a gíria para o mastro real dum navio e nunca o seu nome corrente.
Un
 posible origen anterior de esta palabra (apuntado, entre otros, por el 
profesor Carlos Alonso del Real), que puede derivar en el ya comentado 
arriba, es el término latino caracullum,
 aplicado a pivotes verticales hincados en el suelo, como los menhires 
megalíticos o los empleados en el propio Imperio romano para atar a reos
 de castigos físicos (por ejemplo, el que se describe para el 
azotamiento de Jesús de Nazaret), de donde devendría la expresión 
"mandar (a alguien) al carajo" como sinónimo de enviarlo a lugar nada 
grato. El carácter fálico que presentan estas estructuras de piedra 
hincadas verticalmente en el suelo es evidente, de lo que devendría 
fácilmente la elaboración de la metáfora. 
(…)
 La abundancia de rocas graníticas en la zona y su tradicional uso para 
elaborar estructuras arquitectónicas desde épocas prehistóricas llevaron
 a su empleo para esta función en el cultivo vitícola, constituyendo así
 un paisaje común el de los caraculla,
 que llamaron la atención de los romanos (como aún siguen haciéndolo en 
los foráneos). Esto sigue constituyendo una característica distintiva 
del cultivo de vid en Galicia, norte de Portugal, Asturias y otras zonas
 del Noroeste de la Península Ibérica.
Acaso de lo anterior devenga lo prolífico del término y sus derivados en la familia lingüística que abarca al idioma gallego (carallo, escarallar, carallán...), al portugués del norte (caralho, escaralhar, caralhão...) y el asturiano occidental (caraxo...), donde los hablantes son conscientes, además, de su equivalencia con "pene". 
Sin
 embargo, es de notar que, a diferencia del término italiano, en ciertas
 regiones del ámbito hispanoparlante el significado de carajo como 
sinónimo de pene ha sido olvidado o es poco conocido, como es el caso de
 Argentina o Perú donde se usa casi exclusivamente como insulto o 
interjección. 
- http://correvedile.com/augustogomez/carajo#sthash.YLgIi3rC.dpuf
A sensação que nos deixa a proposta etimológica de Carlos
 Alonso del Real é a de estarmos perante uma mera delação da origem do 
termo «caralho», da época dos descobrimentos para a da conquista romana 
da península. A verdade é que o termo parece ser significativamente 
típico da região galaico-duriense 
onde adquire a plenitude do seu significado sexual de que os restantes 
significados são meros derivados colaterais enfáticos como é o pirete em
 linguagem gestual. 
Este
 facto comprova a existência de um culto particular ao deus do «caralho»
 particularmente intenso na região galaica, possivelmente de origem 
celta. O «caralho» parece ser um termo único ibérico com a variante 
castelhanas carajo por mera tradução fonética tal como o catalão caraxo 
é! Mas existem variantes suavizadas como «carai, carago, carracho, 
caraças» que possivelmente são formas dialectais esquecidas, e todas em 
torno da raiz Car-.
Procurando tradições antigas na história comprovamos que a antiga trindade Luvita era: Tarhunt, Kubaba & Kar-huha.
Sumer Ish-Kur ó Luv. Kar-huha < Kar-Kuca > Kar-aco > Karacho 
> «carago & caralho»!
Aralez -The ancient Armenians believed in the existence of these dog-like creatures
 gifted with supernatural powers. Their specific function was to lick 
the wounds of those killed or wounded in battle, who then recovered or 
were resurrected to new life. In the popular mind they were beneficent 
dog-like spirits who lived in heaven; at an earlier date they may well have been seen as god-like creatures of a menial order.
Aray -(also Ara) Old Armenian god of war, known as “the beautiful”. Probably of common Indo-Germanic origin along with Ares. However, Aray also has certain characteristics of a dying god who rises again. It is possible that this god lives on in Aralo, the Georgian god of agriculture.
O
 mais espantoso é que no “The Assyrian Dictionary of the Oriental 
Institute of the University of Chicago (CAD)” letra K se pode ler:
Karabu v; to pronounce formulas of blessing (said of gods and divine powers and manifestation).
Karalanu see karan lanu (= uma espécie de videira e de vinho dela feito).
Karallu A s; prick, goad (= picada, aguilhão.)
Karallu B s; (a term for happiness = termo para felicidade). 
Portanto,
 é quase seguro que o «caralho» entrou na Península Ibérica por via 
semita possivelmente ainda no tempo dos assírios ou dos hititas que os 
fenícios reconheceram como tal e mantiveram. Como os italianos nunca 
reconheceram o termo como sendo um sinal de felicidade então pode 
opinar-se que os romanos o terão recebido dos ibéricos sem o entenderam.
Aray < Haraj < Kara-ku > Carago ó *Karallu > Haralo > Aralo.
                                                      Aralez < Haralish < Karalish??? 
< Kar-Helish ó Caralliu > «caralho» .< Kar-lulu > Carolu > «Carlos».
Obviamente
 que nada acontece por acaso no mundo da semântica nem mesmo o nome do 
menino Carlinhos, o aluno traquinas das anedotas indecentes dos 
lusitanos modernos. 
Yarilo is the Slavic god of sexuality and vegetation, and has some very close correspondences to Dionysos. His name may derive from the root "yary" which means passionate, virile and uncontrolled.
 He is usually said to be blonde, dressed in white, and barefoot, 
wearing a crown of flowers and riding a white horse. In one hand he 
holds a bunch of wheat, and in the other a skull. Wherever he treads, 
flowers and wheat grow in his wake. As a popular song says: "Where he 
sets his foot, the corn grows in mountains, where he doth glance the 
grain rejoices." 
He is also associated with the god of summer, Kupalo,
 and with the sun. He had a festival day on June 4, and his death and 
burial was celebrated sometime during the harvest, possibly at the end 
of June. 
A
 priapic doll was placed in a coffin and carried through the town by an 
old man after sunset, to the cries and laments of women. He was buried 
in an open field, after which games and dances began.
Kupalo é quase seguramente Apolo. Por sua vez, Yarilo é o que parece ser: um grande sarilho e um deus do «caralho»!
Siunes Karuiles = Antigas divindades primordiais tomadas pelos hititas aos sírios e que aparecem na mitologia hitita com nomes como: Nara, Napsara, Minki, Ammunki, Tahusi, Ammizadu,
 etc. São por vezes equiparados pelos escribas aos annunaki babilónios, 
mas representam também um grupo de velhos deuses que foram retirados ou 
banidos do culto pelos novos deuses agora no poder. Estes deuses são por
 vezes invocados em tratados para garantia dos juramentos firmados. No 
mito de Ullikummi eles tomam conta dos recursos usados para cortar o céu da terra.
Yarilo < Jarillu < Karillum > «caralho».
Kupalo < Kau-Phalo < Kaphalu > Apolo
Karuiles < Karweles < Karhales > Karhalium > «Caralho»
«Suinos» < Siunes < Kiunas < Ki-Anus > «Conos» =>
Karuiles siunes = Karuiles & siunes = «Caralho e Cona»!
Variantes do nome do «caralho».
Caramba! Carais! Caraças! 
«Carago»! < carajo < Karhalyo < *Harkal ó «Caralho»!
No
 entanto, onde vamos encontrar referências escritas à interjeição lusa 
mais usada pelos minhotos é, não tão paradoxalmente assim, em antigas 
inscrições nórdicas.
RUNAS DE BOA SORTE
78. Schonen (or Skåne) Bracteate-1 (Skåne, Sweden, 500-550) = laþu laukaR. gakaR alu = gakaR is interpreted as gauka, ‘the cuckoo bird’. ‘Laukaz evocation. magic cuckoo’
87. Skrydstrup Bracteate = laukaR || alu = ‘Laukaz’ || ‘magic’. Moltke gives the same inscription, without translation.
ALU LAU KAR 
 |  
LATHU LAU KAR – GA-KAR-ALU 
 |  
LAU KAR 
 | 
LAU-KAR-ALU 
 |  
SALUS ALU 
 |  
HOR ALU 
 | 
LADU LAUKAR GAKAR ALU
LAUKI - LAUKR - LAUK - LUK means løg (onion and garlic).
LAUK means in:
Russian: luk, Dutch: look; Swedish: lök;
Danish: løg; Frensh: ail; Spain: ajo; Italian: agilo; Latin: alliu(m); German: Zwiebel and Knoblauch. Engl. garlic.
LAUKI - LAUKR - LAUK - LUK means løg (onion and garlic).
LAUK means in:
Russian: luk, Dutch: look; Swedish: lök;
Danish: løg; Frensh: ail; Spain: ajo; Italian: agilo; Latin: alliu(m); German: Zwiebel and Knob-lauch. Engl. Garlic
Dänisch: Helbrederen brugte løg til hedbredelsen.
Deutsch: Der Heiler brauchte Lauch zur Heilung.
Englisch: The healer used onion for the healing.
Schwedisch: LÄKAREN brugte LÖK til LAUKAR.
O estranho é que ainda hoje laukar significa alho em islandês.
Enquanto
 os eruditos não se entendem sobre o significado exacto destas runas 
temos a vantagem de poder aceita-las como melhor convier a lógica 
etimológica aqui exposta.
Sejam
 quais forem as “medalhas de boa-sorte” onde se encontram as runas com 
as expressões descritas, o deus nórdico nelas representado é sempre Odin, o equivalente de Dionísio e que entre os nórdicos seria o deus amigável das “festas dos rapazes”!
De novo o estranho termo germânico Zwiebel vem deitar suspeitas sobre a origem arcaica do nome do alho.
Zwiebel < Zewi-Wer < Wer-Zeki < Kar-Kiki 
> Kar-asho > *car-ajo > «cara-lho»!
KAR is the old Germanic word for for "old man"
Laur-dag = Saturday
ALU = "alere" in Latin.
Obviamente que só por mero acaso se estaria à espera que as runas escrevessem sempre em latim.
Assim
 sendo, a semântica da runa ALU com o significado de proximidade decorre
 apenas do simples facto de ser quase seguramente um diminutivo 
genitivo, como o ulus latino!
Alea jacta est = os dados estão lançados!
Ludi Romani: Agon-alia | Brum-alia | Carment-alia | Cere-alia | Consu-alia | Diva-lia | Fer-alia | Flor-alia | Furin-alia | Larent-alia | Lemur-alia | Liber-alia | Luperc-alia | Matron-alia | Meditrin-alia | Mercur-alia | Neptun-alia | - | Pari-lia | Pagan-alia | Quirin-alia | Robig-alia | Saturn-alia | | Vener-alia | Vin-alia | Volturn-alia | Vulcan-alia.
Se as festas latinas terminavam todas em “-alia”, ou seja um plural de “alium”, então, seria este o nome da festa no singular. “Álea”, como significando especificamente peça dum jogo de dados, seria uma corruptela da forma particular dum “ludi” de dados que se teria chamado ha-lia com semelhanças com o hitita Hallya. Na origem mais remota estaria o nome genérico de plantas e flores que embelezavam as festas.
Assim, alum (hal- ), n., or alus
 seria, também uma espécie de «alho», possivelmente o «alho porro» cujas
 flores alegravam os festivais verão como ainda hoje a flor do 
alho-porro alegra as festas de S. João.
O «alho-porro»
 = Também conhecido por alho de S. João, usado para “brindar" as pessoas
 com o seu odor durante a noite da festa e tocar na cabeça dos foliões, 
para dar boa sorte e fortuna.
Alu(us) < Hal- < Har- < Sumer. Kar < Kur = Enki.
Arali (Arallu): Name of the desert between Bad-tibra and Uruk, where Dumuzi was killed; perhaps also a semi-mythical land from which gold was obtained, also known as Harallum. Evolved into a name for the Underworld.
Sumer. Lum-Ma = Fecund; Al = Digging.
Se, Lum < Lum-Ma = Lu-ma = Ma-lu, lit “mãe dos homens” = fecunda.
Arali < Arallu < Har-allum, seria lit. “baixio arável e fecundo” < Kar-al-lu, lit. “o lavrador”.
Este *Karallu do Harallum pode ter sido um dos nomes do deus das portas dos infernos e da aurora, uma variante de Hércules e Lúcifer. 
De facto:
Lúcifer < Lu-ki-pher < Luki-kar = *Karlu-Ki ó Karki-lu ó *Karal-lu. 
Este deus infernal teria relações com o cão da morte que foi Anubis no Egipto e Aralez entre os arménios, seguramente por acompanhar *Karallu.
Quer isto dizer que a flor, que teria sido genericamente um lilium do alho-porro teria obrigado os falantes latinos a uma redundância do tipo *Alu-lium, que teria dado nome aos lírios, “lilium” e aos «alhos», “allium”. Então,
 o nome mais arcaico do alhos seria mesmo Kar-?-lium. No entanto, 
kar-a-lium seria também o singular de karalia, literalmente as festas de
 Kar.
Figura 5: Florescência de «alho-porro» de S. João, uma variante natural do tirso compósito de Dionísio (bastão envolvido em hera e ramos de videira e encimado por uma pinha)!
“Garlic” = O.E. gar-leac (Mercian), garlec (W. Saxon), from gar "spear" (in reference to the clove), see gar + leac "leek."
O
 inglês “Garlic” seria literalmente um “dente de alho” ou apenas, por 
mera ignorância étmica, um puro arcaísmo redundante derivado de 
*kar-lu-kar??? *Gar > «gar-fo» < gar-ku ó for-ku > «fork»! < fourchete ó «forquilha»
Leek = O.E. læc (Mercian), leac (W.Saxon) "leek, onion, garlic," from P.Gmc. *lauka- (cf. O.N. laukr "leek, garlic," Dan. løg, Swed. lök "onion," Du. look "leek, garlic," O.H.G. louh, Ger. lauch "leek"). No known cognates; Finnish laukka, O.C.S. luku are borrowed from Gmc.
Sendo
 assim, e se a língua falada pelas runas do século V fosse aparentada 
com os falares celtas galegos e minhotos teríamos que o nome do 
“caralho” significaria apenas o que faz sentido ser.
LATHU LAUKAR significaria “uma braçada de alhos”, o que em mitologia seria um «ano velho», ou seja, os “doze trabalhos de Hércules”. Por sua vez, Laukar teria sido em tempos a forma nórdica do nome de Hércules.
"Lathu Laukar Gakar alu"
 could be translated "Load Laukar … "Go Time/ Sun". Folks used their own
 synonyms and often with the root "GA = Go". The bract from Odense has 
the swastika separating the summer seasons while they usually saw the 
winter half as a long waiting with no special program for the time. -- Early rune texts [1]
Laukar < Kar-lau > Carlus ó Her-kal > Hercules 
< Kar-Hallu > «caralho»
Gakar Alu < Sa-kar-alu = Saturnalia = Natal!
Por outro lado, as runas «LATHU LAUKAR - GAKAR ALU» significariam mitologicamente: “depois dos (dose) trabalhos de Hércules no ano velho que venham as festas de Saturno e do “Ano-Novo”!
No
 fim do ano, nas “festas dos rapazes” e do ano novo, os guerreiros 
neófitos, transportando a mística cesta dos falos de pau, gritavam: 
«Car-allu»!!!
 seria uma interjeição das Sartunálias e Falofórias dionisíacas que 
significaria no inverno algo como “boa sorte, Ó (Sol do Ano) velho”! Na 
Páscoa, o grito da «aleluia» seria mais óbvio: a algazarra da rapaziada 
que terminava os mistérios dos “ritos de passagem” e já sabia o aeiou, e
 gritava no solstício da Primavera Pascoal: 
Alelilolu!
 “O Senhor (El) el-evou-se e il-umina”…já que estaria implícita a 
evidência de que o sol acabava de despertar e o Senhor já tinha 
ressuscitado!
Ver: PARECENÇAS (***)
Quem
 estivesse à espera de encontrar uma correlação quase linear na 
mitologia comparada acabaria por desanimar logo na análise comparativa 
da mitologia greco-latina que, mesmo esta e apesar da proximidade e das 
inevitáveis influências mútuas sub-reptícias entre ambas aos longos dos 
longos tempos pré-históricos, permaneceram ainda assim diversas no que 
diz respeito ao nome dos deuses. No entanto, não reparamos já que mesmo 
na mesmíssima região mítica os deuses acabaram por revelar tantos 
epítetos quanto diversos nomes locais a denotarem a existência de 
dialectos regionais nem sempre foneticamente permutáveis? De facto, o 
único aspecto capaz de revelar invariâncias significantes na análise 
linguística do nome dos deuses é a lógica que presidiu à sua construção 
na medida em que se pode inferir que o nome dos deuses arcaicos eram 
menos do que isso e pouco mais do que frases invocativa constituindo 
como que uma espécie de definição mística da sua funcionalidade 
particular no vasto, difuso e pragmático domínio ideológico da 
mitologia.
Mutinus < Mutunus = A Roman fertility god who was invoked by women seeking to bear children. He was depicted as ithyphallic or as a phallus. Also the Roman form (Mutinus) of the Greek Priapus.
Mutinus < Mutu(m)nus 
< *Mut-Minus, lit. «Minus o filho da deusa mãe -Mut»!
Ora bem, Mut
 era nem mais nem menos do que o nome Egípcio da deusa mãe primordial do
 silêncio mortal e do parto da aurora. Mutino era o “deus menino” que de
 tão inefável ainda não sabia falar!
Figura 6: Pastor em pânico com uma epifania de Pan, o deus cabrão do «caralho» erecto,  ou brincadeira das festas gregas dos rapazes?
Mut era também a esposa de Amom que era igualmente uma forma do antigo deus Min, o deus do priapismo Egípcio! De resto Mutinos deve ter tido relações etimológicas com o deus egípcio Montu que as teve seguramente também com Amom.
Mutinus <= *Mut-Anu = Ma(u)-An-ut > Maun-tu > Montu 
> Mean-Chu < Min-Chu (>«Manso»).
Ver: MONTU (***) & MIN (***)
Claro
 que as analogias da mitologia latina com a egípcia deverão ter ocorrido
 por intermediário a antiga cultura minóica, precisamente a terra do 
culto fálico do Minotauro! 
Por outro lado, o deus Montu / Menthes era um deus caprino como Belzebu e todos os deuses fálicos e “filhos dum cabrão”!
CATANO & CAETANO
O termo catano encontra-se registado no Dicionário de Expressões Populares Portuguesas (Lisboa, Ed. Perspectivas & Realidades, 1984), de Guilherme Augusto Simões (que, por sua vez, remete para O Calão – Dicionário da Gíria Portuguesa,
 de Eduardo Nobre, 1980), como sinónimo de «pénis», sendo usado como 
«expressão de contrariedade, cujo significado se liga a pénis».
Trata-se, portanto, de uma palavra do domínio do calão, não registada em nenhum dos dicionários etimológicos, mas a que a Infopédia remete para a palavra catana — que, por sua vez, é de origem japonesa, segundo o Grande Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa,
 pois designa um determinado tipo de espada japonesa. É de referir, no 
entanto, que a bibliografia específica sobre a origem das expressões e 
locuções correntes não contempla o caso da expressão popular «ir tudo para o catano».
Portanto, não há qualquer relação entre o termo catano e Marcelo Caetano.
Se a Infopédia diz que não há qualquer relação entre o termo catano e Marcelo Caetano...pé porque não há mesmo! 
Mas, que diabo do «catano e do catrino» tem a catana (ainda para mais japonesa!) a ver com as contrariedades do pénis? A Infopédia
 desconhece que «catrino» é uma gíria eufemística alternativa deste 
calão que por sua vez parece ser uma alternativa eufemista não ao pénis,
 que o comum dos falantes do castiço desconhece, mas do «caraças, carago
 (do castelhano carajo!, «caramba!»)
 e caralho»! Mas a que raio foram os falantes tugas buscar o nome de 
Caetano? À catana japonesa seguramente que não nem a mais lado algum 
porque sempre teve por cá pelo menos desde o tempo dos etruscos que 
tinham uma deusa lunar e filha do sol nocturno Suri chamada Cata.
Catha/Kavtha (and other spellings) Goddess who shared cult with Śuri at Pyrgi.
 Etruscan inscriptions refer to her as ‘‘daughter,’’ and she has been 
connected with a reference in Martianus Capella (Appendix B: Source no. iii.4) to ‘‘the daughter of the Sun.’’ Colonna 1992, 98–99; de Grummond 2004, 357–361. -- THE RELIGION OF THE ETRUSCANS, Nancy Thomson de Grummond and Erika Simon.
Cata era a deusa filha do sol dos pequenos passos e das quedas súbitas e não teria nada de sexual como Tesan, a deusa da aurora e das erecções matinais! No entanto, enquanto deusa
 que subia da terra ao 6º céu, era também seguramente uma deusa do 
êxtase sexual e filha do sol que mais não era do que o deus do 
«caralho».
             Cath < Catha < Cavtha > Cav(i)tha => Lat. cavu > «cavidade». 
«Cauda» < Lat. cauda < Cautha < Ki-a-tu, a que sobe da terra ao seu.
Figura 7: Mysia, Pergamon, cistophoric tetradrachm.
Pois bem, só quem desconhece as “festas dos rapazes”[2] é que não sabe que não há «caretos» sem «caraças» porque é preciso andar muito beatificado para não dar conta que o carajo
 espanhol é o nome do «caralho» em dialecto ibérico porque as pessoas 
não escolhem eufemismos ao acaso nem por mera analogia fonética ou pela 
rima para ocultarem o nome inefável de divindades místicas. Então, 
começa a entender-se melhor o interdito que rodeia alguns termos do 
calão que não pode ser meramente explicados por tabus sexuais de origem 
judaico cristã! Se a «vulva» e o «pénis» nunca foram inefáveis por serem
 eruditos demais termos houve, como «vagina» ou «pila», que nunca 
tiveram interditos relevantes assim como quase todas as restantes 
variantes, ou seja, há calões que são mais chulos que outros!
O
 hábito de colocar nomes nos órgãos sexuais existe desde que o homem 
adquiriu algum tipo de cultura. Os nomes que são dados e falados no 
dia-a-dia e que são repassados de "boca em boca" para milhões de pessoas
 ao redor do mundo, são considerados parte da cultura popular e de 
natureza chula, i. e., informal e não adequados com os "bons costumes" e
 até imoral do ponto-de-vista de algumas religiões.  
Alguns
 nomes têm a origem evidente, outros são parte de alguma cultura local 
ou parte de algum histórico ou evento não necessariamente identificado. 
Alguns são meros trocadilhos e outros apenas alguma provocação com 
conotação sexual.
Os
 nomes mais utilizados no cotidiano são estes: buceta, vagina, vulva, 
xana, xoxota, piriquita, xereca e perseguida. (A seguir, há uma lista 
infindável de alguns nomes conhecidos utilizados para designar o órgão 
sexual feminino) -- [3]
No
 entanto, desta lista infindável apenas Cona, Conão, Conassa, Conacha 
são inefáveis nomes da deusa mãe dos cónios dos Algarves!
O
 curioso é que em lista idêntica de nomes para pénis de origem 
brasileira, por sinal bem menos apetrechada, (sinal da pouca relevância 
que o machismo brasileiro dá a este instrumento de trabalho masculino?) 
não aparecem algumas das variantes mais fortes para o «caralho» das 
Caldas, comuns no nordeste transmontano.
Com
 tanta variedade de nomes que a censura sacra nunca perseguiu há que 
suspeitar que o interdito de alguns termos mais fortes do calão lhes é 
inerente por um tabu sexual muito forte de possível origem arcaica 
relacionado com a inefabilidade dos antigos cultos de mistérios que mais
 não eram que formas evoluídas de cultas de “festas de rapazes” 
patrocinadas pelos cultos de mistérios antigos. Ora este interdito 
estaria relacionado com o nome do conteúdo das cestas místicas dos 
cultos de mistério que seriam afinal o «caralho, ou seja, o pénis de 
Osíris nos mistérios de Ísis, e os falos e omphalos nos diversos cultos helenísticos. 
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Cista
 (or cista mystica), a basket used for housing sacred snakes in 
connection with the initiation ceremony into the cult of Bacchus 
(Dionysus). In the Dionysian mysteries a serpent, representing the god, 
was carried in a box called a cista on a bed of vine leaves. This may be
 the Cista mentioned by Clement of Alexandria which was exhibited as 
containing the phallus of Dionysus. The cista mentioned in the mysteries
 of Isis may also have held a serpent, the missing phallus of Osiris. 
The fertility festival of the women of Arretophoria included cereal 
paste images ‘of serpents and forms of men,’ in other words, phallic 
symbols.
[1] http://freepages.history.rootsweb.ancestry.com/~catshaman/22erils1/0runetxt.htm
[2]...tão
 famosas hoje em dia nas feiras das vaidades autárquicas e na banca rota
 do nacionalismo europeu, onde as misérias de família duma casa 
portuguesa feita dum fado da Amália são vendidas a retalho na feira da 
ladra de Lisboa à mistura com alheiras de Mirandela!
[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_nomes_populares_para_a_vagina
Que post do carallius! adorei :) (perdoe-se a ousadia).
ResponderEliminarParabéns pelo seu trabalho. Gostaria de pedir-lhe se poderia dar-me alguma luz sobre a formação do nome da terra onde vivo, Penedono. ainda tentei procurar no seu blog mas quando vi 180! posts em 2013...desisti. Agradecido e continuação de um bom trabalho
cumprimentos
Francisco Romão
Obrigado pela ousadia!
ResponderEliminarSe colocares Penedono em pesquisar Irás encontras as referências a Penedono no meu bolg:
NUMÂNCIA
A reminiscência desta possível deusa tripla ressoa na lenda da “moira encantada” dos numantinos encantadas na fonte dos Capelinhos em Numão, na fonte de Santa Clara em Penedono e na fonte da conselheira em Longroiva. Estas seriam Zara, Cacina e Lira, possivelmente as Tridivas arcaicas de Numão.
NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS, A ROMARIA DE PORTUGAL
Os penhascos pedregosos seriam dedicados a Dionísio e alguns terão dado nome a este deus que terá sido como Tamuz e Adónis apenas N.ª Senhor, Dominus Sotero, o Salvador do Mundo. «Penedono», por exemplo, recebe nome deste facto pois que tenha sido penha fortificada dum Dono ou D. qualquer não seria relevante e que significasse o que literalmente parece, Penedão, ou monte de penedos já era meio caminho andado para ser imagem de Adónis. No entanto, Penedono / Penedão poderia ter sido também a cobra macho, ou seja, o pénis do Senhor e “deus menino” (Pene-dion < Dion-isio)!
obrigado!
ResponderEliminare Pene+dunum ou Pene+donum como "o lugar da penha?" como em Compostela o Libre+donum?
Francisco Romão
a propósito de deusas há aqui locais que parecem apontar para reminisc~encias cétas de Danah . existe a ribeira da dama e a fonte de ana clara . outro nome que me suscita algo é o de umja povoação Castaínço. há alguma possibilidade de ter surgido de uma antiga divindade ligada ao culto das águas?
Parece que a fonte a que eu dei nome de Santa Clara em Penedono é a sua, ou vossa, Ana Clara. Será? Não obtive esta informação in loco e posso ter sido induzido em erro! Quanto a Castaínço lembro-me de Casteição da Meda, Castedo de Alijó e muitas outras de étimo casto que tanto pode ser uma elipse de castro por síncope do «ere» como uma referência à casta Artemisia da caça... e à ninfa Castália, uma náida potâmide, divindade aquática do rio Céfiso que deu nome à fonte Castália onde a Pitonisa tomava um banho ritual de purificação antes de profetizar!
ResponderEliminarNa mitologia tudo está relacionado com quase tudo o que parece e se calhar com muito mais ainda que não se parece com nada!
http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Pot%C3%A2midas
Exacto, Artur. O local é Fonte de Ana Clara é assim que o povo lhe chama e é assim que está registada nos cadastros. Pode ter sido uma evolução vocal de danah clara (límpida)? . o local é fantástico, com afloramentos graníticos cheios de covas rituais, fossetes e figuras antropo e zoomorfizadas nas mesmas rochas. um dia destes faço um blog sobre os muitos vestígios de uma cultura esquecida que por aqui viveu desde o neolítico: temos, no concleho quase uma dúzia de dolmens, um menir( o maior a norte do tejo) com decoração solar e fossetes , "sepulturas" na rocha simples e antropomórficas , três a quatro castros ..... uma riqueza quase oculta e desperdiçada.
ResponderEliminarContinuação do bom trabalho que faz.
Cumprimentos,
Francisco Romão
A informação que me garante é importante. Assim a dita fonte de Ana Clara deixa de ser um mero topónimo da vulgata cristã para ser um indício de origem arcaica pois Ana era uma deusa de origem oriental comum no Algarve mas que pelos vistos seria adorada em toda a lusitânia e enquanto Ana Clara seria a Lua.
ResponderEliminarA informação que recebi foi do seguinte site:
http://numao.free.fr/Numao/Noticias_e_Eventos/Entrees/2014/1/23_A_moura_encantada.html
Eu conheço um pouco da região de Penedono. Desde criança que fiqui facinado quando o meu pai me levou pela primeira vez ao santuário de S. Salvador do Mundo em S. João da Pesqueira que revisitei mais tarde e onde também encontrei vestígios pré-históricos por todo o lado. Em Custoias havia vestígios ainda mais importantes no proprio cão da capela da Srª do Viso que as modernas obras do camartelo autárquico cobriu para ficar mais plano e bonitinho. A este proposito refiro o pico da atalaia de S. Martinho das Seixas de onde sou natural e onde existe uma caverna iniciática.
Cumprimentos, arturjotaef
A respeito de Castaínço descobri entretanto existência de uma deusa lusitana Castaecae / Castaeci "mencionada numa ara encontrada (e entretanto perdida) em Santa Eulália de Barrosas, em Caldas de Vizela. Hübner acreditava tratar-se de uma ninfa, no que era secundado por Leite de Vasconcelos".
ResponderEliminarMuito bom. Estava à espera de encontrar "baubau", o nome que na minha aldeia se usava antigamente para designar o sexo das meninas e que mais tarde percebi ser o nome da deusa grega Baubo, equivalente à Shila-Na-Gig celta (?) que também se pode ver em Portugal na igreja de Arões de S. Romão em Fafe.
ResponderEliminarFrancisco Romão, o Magriço, perdoe-me novamente a ousadia mas o que pretendo é sobretudo penitenciar-me de não ter dado mais atenção ao seu postulado Pene+dunum...sobretudo depois de ver o seu blog de paciente educador de História. Obviamente que agora a minha opinião terá que ser mais humilde e cautelosa.
ResponderEliminarDeveria então ter respondo à sua questão com a citação: “los toponimos en –dunum, característicos en otros territorios celtas, como las Galias, aunque también existen en Hispania (verdú, Verdúm, etc.) son infrecuentes y, en términos generales, revelan mas bien penetraciones mas o menos tardías de elementos galos.
Pelo menos era assim que trato dos topónimos em –dunum na minha postada mais recente: OS DEUSES DAS BRIGAS HIBERICAS E CELTIBERAS
O principal deste texto é antigo e neste tipo de investigação as ideias vão evoluindo à medida que vamos acumulando nova informação. Por isso não reparei que neste texto eu referia que “–dunum é o derivado gaulês e «cume, cumeeira e cumeira» os equivalentes semânticos lusos de que «domo e duna» são os equivalentes fonéticos! Hoje já não estou tão seguro disso.” Depois de falar consigo reparo que dei um tratamento aligeirado a este topónimo que pode ter a ver com «duna» mas se calhar não tem com o domos e cumeadas! Mantenho que não terá a ver com Dono ou D. Fulano Qualquer ainda que as gentes lusitanas tenham sido sempre de “dar o seu a seu dono”. No entanto, este facto não invalida que o Dono fosse Dionísio. Porém só Adónis foi explicitamente Dominus, e mesmo literalmente Senhor em hebreu. Então, a tradução do latim para luso deveria fazer-se via fenícia e concluir que o típico don aristocrático português é mesmo o equivalente lusitano de dominus. Então, Penedono deveria ser lido como (grande) Penha do Dono ou seja, do Senhor (Adónis). Foneticamente deveria ter evoluído para Penedão como o Dão e o Fundão e o interessante passa a ser o saber porquê. Possivelmente porque o -dunum gaulês era -donum na Lusitânia e Pene-donum se manteve habitado ininterruptamente desde o tempo dos lusitanos, apesar da dominação romana e da razia da dominação árabe, ao ponto de os seus habitantes não terem deixado corromper o nome da sua terra.
your explanation about LADU LAUKAR GAGAR ALUs very wrong.
ResponderEliminarLADU means let
LAUKAR means healing
GAKAR means go
ALU means near
LADU LAUKAR GAKAR ALU = let healing go near
No meu texto nunca me atrevi a fazer a tradução das runas LADU LAUKAR GAGAR ALU! Em rigor eu disse: «Enquanto os eruditos não se entendem sobre o significado exacto destas runas temos a vantagem de poder aceita-las como melhor convier a lógica etimológica aqui exposta», ou seja, «significaria “uma braçada de alhos”»
ResponderEliminarA proposta «let healing go near» é aceitável no contexto de runas de boa sorte e não deixa de fora a possibilidade de ter o mesmo valor mágico das talismãs que as braçadas de alhos têm como protecção na moderna mitologia dos vampiros...do mesmo modo que protegem contra os vermes e parasitas intestinais!