segunda-feira, 10 de março de 2014

OS DEUSES DAS BRIGAS IBERICAS E CELTIBERAS, por Artur Felisberto.

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BRIGO
Brigo (Brigus) – Deus da criação da Lusitânia. É um Deus protector e fomentador da civilização humana. É o destruidor do caos, das trevas e do inferno, está ligado à criação do Cosmo. É o símbolo da vitória do homem sobre a natureza selvagem. (...) É o esposo de Trebaruna.
Bereco (Berecc) – Divindade local adorada pela tribo dos Ocelenses.
Bero – Deus de origem Ibérica adorado por algumas tribos Lusas.
Bel – Deus de origem Fenícia adorado pelas classes mercantis da Lusitânia, como Baal ele representa o deus das batalhas, da fertilidade e fecundidade.
BEL > Bero > Ber-eco < Wer- Kiko > Breco > Brigo.
Quem teime em procurar uma origem no mito indo-europeu a mitologia e a língua da Europa ocidental perde o seu tempo. A cultura prospera onde tem terreno fértil e onde há centros de excelência para a cultivar. O mundo suposto indo-europeu só teve centros culturais importantes depois dos Persas que receberam quase toda a civilização da próspera cultura caldeia. O ocidente foi sempre um terreno de invasão e colonização recorrente das culturas orientais que foram sempre preponderantes até à queda de Cartago e depois até à queda do império árabe. A facilidade com que os mitos se propagam de forma errática e errada a ocidente tem decorrido do atraso sócio económico da cultura de subsistência que os terrenos e climas invernosos de centeio parcamente permitiam. A oralidade cultivada pelos druidas com a mesma cegueira cultural com que os árabes cultivaram a iconoclastia contribuiu para a pobreza e incerteza na transmissão cultural fonte de ignorância e terreno fértil de todas as quimeras e falsidades de que o mito indo-europeu é o mais recente.
Uma análise detalhada da mitologia ibérica permite demonstrar que não existe nada de especificamente celta nos deuses da Lusitânia. Pelo contrário, a escassez de informações que praticamente nos limita aos teónimos de que raramente podemos inferir alguma coisa de substancial demonstram-nos que estes correspondem a adopções em crioulo de mitologias egeias e fenícias sem qualquer originalidade celta ou local.
No caso da raiz -briga das cidades lusitanas poderemos agora demonstrar que se trata de uma derivação do nome de Bel Marduque que como Melkart era o senhor das cidades. De resto, se assim não fosse sempre seria Cibele / Ki-Wer, a deusa da cidade à cabeça, a padroeira das cidades do sul da Lusitânia como ficou demonstrado na análise da etimologia de Sevilha. De qualquer modo fica-nos já a suspeita de que Trebaruna, literalmente a baronesa dos animais (grec. ter), seria, afinal, uma variante em crioulo lusitano de Artemisa / Cibele.

Ver: SEVILHA (***)

Supõe-se que -briga seria um étimo de origem galo-celta, quando de facto, seria, quando muito, apenas celta já que se suspeita que os chamados lusitanos seriam um povo tão autóctone e arcaicos quanto os bascos.
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Figura 1: Citânias da Lusitânia. Mapa de acordo com as conjecturas e a interpretação das fontes clássicas, mais consensuais entre os eruditos. Notar, neste caso, que Talábriga foi assinalada onde, de facto, é mais provável que tenha estado.
Gran parte de la toponimia celta de España puede agruparse en conjuntos característicos. Significativos son los toponimos en seg- (Segovia, Segobriga, Segeda, Segontia, Segisamo), en eburo- (Eburobriga, Eburobrittium, Ebura, Evora) y los formados con el sufijo de superlativo –samo (Uxama, Ledesma, Segisama). Pero el elemento más abundante y característico de la toponimia celta peninsular lo constituyen los nombres en –briga.
Ao analisar as supostas etimologia de nome de antigas cidades lusitanas postulou-se que –samo foi um superlativo celta. E porque não um derivado de –simus, idêntico superlativo latino adaptado à fonética local? Os exemplos Uxama[1], Ledesma, Segisama apelariam mais para um étimo em -ishma/-ashma do que para –samo.
Ledesma < Leda-Ishma < Reth-eshma < Urat-*Ashma => Artemisa.
De qualquer modo, superlativo celta ou não, nem isso seria sequer importante pois também o celta terá sido uma língua arcaica local tantos das gáleas quanto do norte da Europa atlântica. A verdade é que *-ishma parece mais um étimo arcaico derivado de *Kima, a Deusa Mãe da Terra dos povos arcaicos e de todos os demos e domus (< Thi-Ama) da antiguidade de que –dunum é o derivado gaulês e «cume, cumeeira e cumeira» os equivalentes semânticos lusos de que «domo e duna» são os equivalentes fonéticos!

Ver: KIMA = A TERRA MÃE (***)

Quando se lança como desculpa para a falta de crédito duma origem galo-celta o termo e étimo briga, em vez de se colocar a hipótese de os poucos topónimos em briga encontrados nas gáleas serem equívocos de geógrafos ou exportação lusitana adiantam-se argumentos que também não convencem quando se consideram como uma espécie de permuta cultural.
Por el contrario los toponimos en –dunum, característicos en otros territorios celtas, como las Galias, aunque también existen en Hispania (verdú, Verdúm, etc.) son infrecuentes y, en términos generales, revelan mas bien penetraciones mas o menos tardías de elementos galos. [2]
Do prefixo Seg- pouco se poderá dizer que não pareça mais do que pura especulação mas a verdade é que tal étimo nos reporta inevitavelmente para a mitologia da deusa das ceifas e “segadas” que foi Ceres na sua forma latina Segetia!

Ver: CERES/SEGETIA (***)

Já o étimo eburo-, que aparece patente em Ebora (a cidade de Diana em Évora tem o nome da própria Iberia) e no topónimo fenício/basco Il-iberris, terá sobretudo a ver com um qualquer conceito mítico que relacionava os antigos cretenses da talassocracia minóica, referidos em registos babilónicos como Pulukku Sha ebirti, se é que não seria uma mera referência nostálgica ao país colonizador da Ibéria assim considerada como uma «nova Creta»!
One more word about Peleg: In the International Standard Biblical Encyclopedia, reference is made to a Babylonian geographic fragment (80-6-17, 504) which has a series of ideographs tentatively read out as Pulukku, perhaps a modified form of Peleg. This is followed by the words Sha ebirti, which could either signify Pulukku who was of Eber, or it could be a composite phrase Pulukku-of-the-Crossing.
Notar de passagem que o fenício Il-iberris nos deixa a suspeita de que os árabes tiveram pouco trabalho em transformar o il fenício em al/el arábico o que nos deixa outra suspeita de que os romanos não terão suprimido toda a reminiscência linguística anterior deixada pela tradição oriental cretense, fenícia e grega.
De facto, não deixa de ser inquietante que eburo- de Ebora e da Ibéria sejam semelhantes ao sumério ebirti relativo a cretenses de que aqui supomos derivar o étimo lusitano –briga.
*Ki-kerta > Hebirth > Sumer. Ebirti > Heber > Ibéria
                                   > eburo- > Ebora > rio Ebro.
                                   > -burca > -bruca > -brica > -briga.

Ver: TAURUS (***) &  VERTUMNO (***)

Para se poder falar na presença do étimo –dunum em Verdu teria que ter sido Verdunum e não Verdum. Ora, o étimo mais provável aqui seria -mino.
Verdu < Verdum < Vertumno < Kertu-Mino.
Mas arriba he explicado a que circunstancias históricas obedece él habito de construir ciudades fortificadas en alturas naturales del terreno (-briga), hábito que termino por desarrollar un procedimiento estereotipado de derivar toponimos para cualquier tipo de ciudad. Me limitare a recordar aquí que –briga deriva de *bhrgh- "alto, elevado", con un tratamiento fonético que caracteriza a la forma como indiscutiblemente céltica. [3]
Claro que *bhrgh- é puro delírio inventivo impronunciável! Que eu me recorde ninguém jamais me ensinou tal coisa, como poderia então compreender que alguém me recordasse disso? Sejamos francos, *bhrgh- só seria um étimo convincente se nos fosse mostrado o caminho para o pronunciar e depois para o entender, tanto no plano étmico como no semântico! A chamada proto-linguagem indo-europeia não passa de uma teoria discutível que se torna cada vez mais impronunciável. Claro que *bhrgh- ressoa a algo que nos é familiar, mas que não passa disso mesmo: uma mera conotação com aquilo que parece, a saber: um local «abrigado» de «brigas» o que corresponde em concreto ao actual conceito de «forte» militar de tipo feudal, situado no cabeço dum penhasco estrategicamente situado, logo: «alto» e «elevado» e, possivelmente, tão «alvo» e «branco» como a neve! Mas também se intuía da semântica portuguesa pois, briga é nome comum português com tem conotações viris obviamente por andar relacionado com o nome dos «fortes» militares por onde todas as cidades coloniais e imperiais começaram. Porém, um “tratamento fonético indiscutivelmente céltico” só o é na medida em que não há ponta por onde pegar num assunto inacessível a qualquer tipo de comentários e discussões. Na verdade, o que sabemos sobre os celtas é quase tudo em segunda mão e, se conhecemos algumas coisas escritas dos celtiberos, não as sabemos traduzir pelo a sua fonética inferida, quase sempre por analogia, não pode ser senão aproximada e, para o caso, a transcrição para a fonética latina que ficou registada na história bata-nos para avançar numa verdadeira pesquisa etimológica.
Pero no tan abundantes como aquí, donde los encontramos extendidos un poco por toda la Hispania indoeuropea: Ardobriga y Abobriga en Galicia; Nemetobriga y Tiatobriga en León; Lacobriga en el norte de Palencia; Dflaviobriga cerca de Bilbao; Amallobriga en el Duero medio; Mirobriga al oeste de Salamanca; Caesarobriga, Austobriga y Alpuebrega en el Tajo medio; Segobriga en Cuenca; Arcobriga (actual Arcos del Jalón); Mirobriga y Nertobriga cerca de Almaden; varias Segobriga (en fonética actual Segorbe); Langobriga y Talabriga en la región de Aveiro; Conimbriga (la actual Coimbra); Volobriga y Caelobriga en el oeste de Portugal; Lacobriga (actual Lagos) en el Algarve, etc. [4]
Pessoalmente tenho as minhas dívidas quanto à natureza estrangeira do étimo –briga pois, supõe-se que os celtas teriam sido predominantes no norte da península Ibérica, particularmente na Galícia > Galiza e, no entanto, este étimo -briga está praticamente ausente da toponímia romana desta região onde apenas se encontra Ardobriga y Abobriga. A norte da Lusitânia aparece apenas na bacia da nascente do Douro em nomes como Lacobriga de Vacae (homónima da que veio a ser Lagos), Juliobriga na Cantábria e Flaviobriga perto de Bilbau.
Aliás, estes últimos nomes parecem artifícios posteriores em torno de nomes de imperadores romanos, tais como, Júlio César e os Flávios, tal como Augustóbriga, perto de Toledo e Caesarobriga, no meio do Tejo.
Los toponimos en –briga se encuentran también en ámbitos célticos fuera de la Península (por ejemplo Litano-briga, en las Galias).
Junto a Tulosa, nas Gálias romanas, Albiga (< arbiga < a-briga) poderia ser uma variante de -briga, por exemplo, tal como Brivas.
Em Inglaterra temos apenas estas conhecidas: Durocobrivae, Durobrivae (2: => Rocheter e Castor), Camboricum (< Camobricum > Cambridge) que permitem as seguinte inferências linguísticas: -Briv(ae) < -briw < -bric(um) > -brig > bridge. A deusa celta Bright teria tido assim uma evolução semântica do mesmo tipo!
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Figura 2: Topónimos em -briga e em Il- (Historia Antigua - Universidad de Zaragoza - II Ciclo - Prof. Dr. G. Fatás).
Aquilo que de mais fundamental este mapa nos confirma é a existências das duas Hispanhas que acabaram por dar origem aos dois estados Ibéricos actuais: a ocidental e atlântica (dos lusitanos e cantábricos); e a mediterrânica e oriental (dos andaluses catalães e bascos), diferença que já se reconhece desde o Megalítico, com a diferença de que, em tempos pré-históricos, era a parte ocidental que dominava as regiões que são hoje de Castela. A preponderância do étimo -brig na porção noroeste da península ibérica deixa a suspeita de estarmos perante o resultado uma vaga colonizadora de tipo recente, intensa e sistemática, a partir dum centro que parece coincidir com a bacia dos vales dos três grandes rios ocidentais, o Douro, o Tejo e o Guadiana.
E interessante também suspeitar que o Il- dos semitas fenícios iria mais tarde ser substituído pelo Al- dos semitas árabes.
Em terceiro lugar à que concluir que os étimos -brig e Il/Al são genéricos toponímicos significando seguramente «cidade» e «o/a».
Por outro lado, a preponderância do prefixo toponímico duro- até parece deixar a suspeita de que se trataria de neo-colonizadores de origem galaico-duriense! De resto, o facto de bridge ter acabado por significar «ponte» em Inglês não pode ter sido por mero acaso pois quase todas as pontes antigas eram protegidas por fortes militares como a Torre de Londres e tantas outras espalhadas pela Europa!
É sabido que o Porto, foz do Douro, foi cidade famosa pela sua ponte das barcas, tal como é sabido que este nome-frase «Ponte da Barca» ficou nome de vila minhota! Barcelos, Barqueiros, e Bracara Augusta teriam derivado o seu nome da mesma vis semântica que seria própria tanto de barcos como de barqueiros aguerridos! Quer isso dizer que os célebres Barcas das guerras púnicas seriam apenas herdeiros deste antiquíssimo nome derivado da tradição dos valente marinheiros que vieram outrora colonizar esta porção ocidental da Ibéria, ao serviço da talassocracia cretenses, em áreas com que os romanos se identificaram porque seriam relacionadas com um tipo de desenvolvimento produtivo do tipo agro-pecuário (vacum e cerealífero) ainda muito próxima da mediterraniedade e que não espantaria muito que tivessem estando relacionado com a introdução das cultura do «vinho do Porto» duriense e do «vinho verde» minhoto e galego, tradição esta perpetuada no mito da barca de Dioniso!

Ver: DIONISO (***)

O Minho é uma província portuguesa junto da Galiza de intensas tradições agrárias em torno do rio Minho o que deixa-nos a suspeita toponímica de o latino Minium derivar dum nome antigo que relacionava estas paragens com o facto plausível de terem feito parte dos domínios da talassocracia cretense ao sido uma arcaica colónia minóica nos primórdios da agricultura.
Na verdade este termo aparece na Galiza no nome de Brigantia, perto da Finisterra, para onde teria sido levado do Douro como sugerem sagas dos irlandeses.

IRLANDA

Na mitologia irlandesa, Ériu, filha de Ernmas dos Tuatha Dé Danann, era a deusa epônima padroeira da Irlanda. Seu marido era Mac Gréine ("Filho do Sol"). Foi mãe de Bres com o príncipe Elatha dos Fomorianos. O nome em inglês para Irlanda vem de Ériu e da palavra land ("terra" em germânico, nórdico antigo ou anglo-saxão). (...)
A Universidade de Gales reconstruiu o léxico proto-céltico *Φīwerjon- (nominativo singular Φīwerjō) como a etimologia proto-céltica para o nome. Esta forma céltica implica o proto-indo-europeu *piHwerjon-, provavelmente relacionado ao adjetivo *piHwer- "gordo" (conforme o sânscrito pīvan, f. pīvarī e derivado pīvara, "gordo, pleno, abundante") significando assim "terra gorda" ou "terra da abundância", aplicada desde cedo à ilha da Irlanda. A forma proto-céltica tornou-se *īweriū no céltico-Q (proto-goidélico). De uma forma similar ou ligeiramente posterior surgiram os termos gregos Ἰέρνη, I[w]ernē, Ἰουερνία e Iouernia; a última forma convertendo-se no latim Hibernia.
Não sabemos quais foram as equações ou alquimias fonéticas que a Universidade de Gales usou para reconstruir as pequenas quimeras proto linguísticas acima referidas, tão inefáveis quão bárbaras mas o mais curioso é que seja o sânscrito pīvan o único elo de fundamentação apresentado, como se por detrás dos trabalhos da Universidade de Gales estivesse um loby indiano.
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Figura 3: INSULAE ALBION ET HIBERNIA - Old Great Britain. 1654
Mesmo aceitando que o conceito duma Irlanda como “terra gorda e da abundância” teria o mesmo valor mítico que a terra desértica prometida aos judeus como sendo de “leite e mel” o facto de para lá chegar ser preciso reportar-se à pequena quimera linguística do proto-indo-europeu *piHwerjon só faria sentido se tivesse sido este ou muito parecido o nome da Irlanda desde os tempos imemoriais dos arianos supostos proto-indo-europeus. Dito de outro modo, a hipótese da Universidade de Gales seria a de que a fama duma Irlanda mítica enquanto terra gorda teria que ser antiquíssimo e, por isso merecido por alguma razão natural  tal que não teria passado despercebida aos múltiplos povos que as lendas irlandesa referem como invasores e que as crónicas irlandesas refeririam nem que fosse de forma mítica. Ora, embora nenhum argumento geográfico, histórico ou mítico que fundamente a ideia de que a Irlanda seria uma “terra gorda e da abundância” nos seja mostrado pela Universidade de Gales também não vamos aqui desenganar os irlandeses que já passaram por tantas fomes e misérias famosas ao longo da história.
Hibernia is the Classical Latin name for the island of Ireland. The name Hibernia was taken from Greek geographical accounts. During his exploration of northwest Europe (c. 320 BC), Pytheas of Massilia called the island Iérnē (written Ἰέρνη). In his book Geographia (c. 150 AD), Claudius Ptolemaeus ("Ptolemy") called the island Iouerníā (written Ἰουερνία, where "ου"-ou stands for w). The Roman historian Tacitus, in his book Agricola (c. 98 AD), uses the name Hibernia. The Romans also sometimes used Scotia, "land of the Scoti", as a geographical term for Ireland in general, as well as just the part inhabited by those people.
No entanto não deixamos de estranhar que os ávidos e gulosos romanos nunca tenham invadido a Hibérnia que seria literalmente "terra do inverno", ou seja, o oposto da abundância.
«Inverno» < Lat. Hibernu > Hibernusa > Hibérnia.
Já os termos góticos de que deriva o inglês Winter podem ser mera corruptela pré romana de Hibernus quiçá a partir da fama invernosa que tinha a Hibernai Irlandesa, ilha dos hiperbóreos.
Winter = Old English, "fourth season of the year," from Proto-Germanic *wintruz (cf. Old Frisian, Dutch winter, Old Saxon, Old High German wintar, German winter, Danish and Swedish vinter, Gothic wintrus, Old Norse vetr "winter"), perhaps literally "the wet season," from PIE *wend-, from root *wed- (1) "water, wet" (see water (n.1); or from *wind- "white" (cf. Celtic vindo- "white").
Eng. Winter < Gothic wintrus < Witrun < Tiwern < Ki-Wer > Hibernia.
                                                                                                > Ta-Ver-et
Desculpa de raposa que acha as uvas verdes quando as não pode alcançar? É difícil de aceitar este argumento de suspeição quando sabemos que os romanos invadiram as inexpugnáveis Ilhas Britânicas. De resto, faz todo o sentido que a origem da semântica do termo latino para inverno possa ter sido a descrição que os marinheiros faziam da Hibérnia. Por outro lado, para a “terra gorda da Irlanda os latinos teriam feito a interpretatio com a sua Uberitas e teriam chamado Hibéria algo parecido com *Ubernia. De facto suspeitamos que foi nas águas subconscientes da semântica de Uberitas que a Universidade de Gales andou a nadar.
Since Ériu is represented as goddess of Ireland, she is often interpreted as a modern day personification of Ireland, although since the name "Ériu" is the older Irish form of the word Ireland, her modern name is often modified to "Éire" or "Erin" to suit a modern form.
Ora bem, como quase de certeza todas as colonizações irlandesas foram da Galiza deveria ser pela cultura galaico duriense que o nome da Irlanda deveria ser pesquisado. Na verdade a deusa Eriu / Erin tem todo o aspecto de ser a lusitana Santa Iria seguramente descendente da egeia deusa (e depois santa) Erene, com etimologia arcaica seguramente próxima das Erínias.
Ora, seria esta a deusa que transformaria todas as terras aráveis em gordas e férteis no começo da primavera e por isso teria sido a deusa das estações produtivas do ano como Wer, Werínia e que seria filha de Deméter, em tempos *Ki-Wer-et, sobrevivente na latina Uberitas e na egípcia Taveret.
Esta ou sua mãe mais velha eram as deusas da Fartura e da Fortuna, quando no submundo dos infernos, e por isso também chamada de *Ki-Wer-ana Ta-Wer-et / Taveira / Talaveria, as velhas e invernosas deusas da Hibérnia.
Este percurso mitemológico lança igualmente luz sobre a estranha deusa da Beira inventada por Donald Alexander Mackenzie.
Beira é o nome dado, pelo jornalista e antropólogo Donald Alexander Mackenzie, do século XX, para a Cailleach Bheur, uma deusa do inverno e mãe dos deuses e deusas da mitologia escocesa. Está associada a um mito de criação céltico (que usualmente se refere a características locais da terra) e carrega um papel similar ao de Gaia na mitologia grega, e Jord na mitologia nórdica.

Ver: VERTUMNO (****) & BRÍGIDA (***)

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Figura 4: Brigantium da época Romana.
Again they took to ships and after a long, arduous sea voyage across the Mediterranean Sea, eventually landed on the coast of Spain. On a high mountain on the coast Brath's son, Breogain, built a city named Brigantia famed for its tall tower. Some years later, Ith, the uncle of King Milesius, saw Ireland from the top of the tower on a cold winter's night.---[5]
Estas vagas de colonizadores que pronto perderam os elos com a mãe pátria deveriam corresponder às vagas de «povos do mar», identificados pelos egípcios de Merneptah e Ramssés e referidas de memória muito mais tarde nas sagas irlandesas, que terão temporariamente estacionado no noroeste da Espanha em torno da cidade lendária de Bragança donde partiram depois para a Irlanda.
Ora a força cultural deste vaga de colonos teria sido tão arreigada que teria persistido como fonte de tradição legitimadora de poderes a tal ponto que o nome da «casa de Bragança», mais mítica que geograficamente delimitada, foi sempre uma detentora de direitos, que ainda hoje permanecem, à coroa portuguesa!
De resto, talvez as crónicas irlandesas devessem ser levadas mais a sério do que o mito do paraíso perdido indo-europeu aceitando que tanto a Irlanda quanto as ilhas britânicas foram outrora colonizadas por bárbaros citas que metaforicamente se tornaram especialistas em linguística depois da queda da torre de Babel. E tudo isto precisamente por terem aprendido línguas com os egípcios...como rezam outras crónicas.
According to the traditions of the Lebor Gabala Erren (Book of the Taking of Ireland), the Irish originated in Scythia and were descendants of a King Feinius Farsaid, a King of Scythia. This Feinius Farsaid and his son, Nel, went into Asia to work on the Tower of Nimrod (Tower of Babel in biblical history) and were present at the subsequent dispersal of the races after the destruction of the tower. Feinius and his son, both learned in the new languages, which resulted from the dispersal, returned to Scythia where Feinius opened a great school of languages on the Scythian plain. In time his son Nel became such an expert in languages that pharaoh of Egypt invited him into his country to teach his people the new languages of the world. -- The Book of the Taking of IrelandBook of Leinster 1150 A.D.
Ora bem, a necessidade que os cronicões irlandeses tiveram de se porém de acordo com a tradição bíblica obrigou-os a algumas distorções no tempo e nos locais da história e a inventarem lendas com a mestria dos escritores sagrados inspirados pelo Espírito do Senhor.
Possivelmente estamos na época do fim do império hitita e no meio do fenómeno migratório “dos povos do mar”, a menos que tudo isto tivesse acontecido em épocas muito mais recuadas, coincidentes com o fim da talassocracia cretense de que a destruição da torre de babel seria uma metáfora semita.
Feinius had two sons; Nenual, whom he left over the princedom of Scythia behind him; and Nel, the other son, and at the Tower was he born.
Claro que todos estes nomes têm tanto de lendário quanto de mítico. Feinius faz lembrar o deus protágono grego Phan (= Eros) que, em conjunto com, Nel e Nenual fazem lembrar o arcanjo do amor judeu, Fanuel.
Nel ó Nenual < Nanu-el < El-Nuno
(> Egipt. Nun, deus das aáguas primordiais).
Feinius < Fani- | ush ó El > | Fanu-El > Phan > Pan > Fauno.
Now he was a master of the multiplicity of languages, so that it is he who was taken into Egypt, to learn from him the multiplicity of languages.
Esta referência à destreza linguística dos antepassados Irlandeses não deixa de ser o reflexo da imaginação criadora do senso comum académico que vigorava na florescente cultura monástica irlandesa anterior às invasões bárbaras dos Vikings.
But Feinius came from Asia to Scythia, whence he had gone for the building of the tower; so he died in the princedom of Scythia, at the end of forty years, and passed on the chieftainship to his son, Nenual. At the end of forty and two years after the cessation of work on the Tower, Ninus son of Belus took the kingship of the world. That is the time when Gaedel Glas was born - who formed the Elect language out of the seventy-two languages; these are their names -- Minuguid (Min.) Early history of the Gaedil, Stowe D.5.1
...ou mesmo com os gregos.
14. Now that is the time when Gaedel Glas, [from whom are the Gaedil] was born, of Scota d. Pharaoh. (…) 15, It is Gaedel Glas who fashioned the Gaelic language out of the seventy-two languages (…) 46. Semeon went in the lands of the Greeks. His progeny increased there till they amounted to thousands. Slavery was imposed upon them by the Greeks; they had to carry clay upon rough mountains so that they became flowery plains. --- Book of Leinster 1150 A.D.
Se é que não eram mesmo gregos como Gaidelos e como o diz a crónica dos escoceses, razão porque ficaram a falar gaélico e a sonhar com a utopia do Graal!
Alias a saga intrigante dos “povos do mar” pode em parte se entendida através destes relatos aceitando que tanto o súbito colapso do império hitita como depois da civilização micénica se ficou a dever ao facto de estas civilizações terem atingido uma grande prosperidade à custa da utilização intensiva da escravatura. Sendo assim, aquilo que fez a grandeza destas civilizações revelou-se, na situação crítica de canícula e de guerra massiva que está pressuposta na “guerra de Tróia” e nos antecedentes da queda do império hitita o seu calcanhar de Aquiles porque são sempre os escravos os primeiros a abriram as portas da traição aos invasores. No caso dos “povos do mar” estes acabaram também por serem as maiores vítimas da derrocada destes impérios porque uma grande parte destes não estava já aplicada a trabalhos agrícolas mas, pelo contrário;”they had to carry clay upon rough mountains so that they became flowery plains”. A queda em “baralho de cartas” das civilizações egeias deixou estas hordas de escravos, cuja alimentação dependia duma féria organização imperial, sem amos e sem pátria e sem qualquer espécie de hipóteses de sobrevivência razão pela qual se assiste à sua debandada em massa e sem rumo mas com a ferocidade que só os que nada têm a perder manifestam. Esta foi pelo menos a impressão com que os egípcios do tempo de Ramsés parecem ter tido quando descreveram a chegada massiva e desordenada de invasores pouco habituais transportando consigo a família e todos os seus haveres. De certo modo os egípcios estavam a descrever uma das maiores catástrofes da história e seguramente a maior vaga de escravos “deslocados de guerra”!

Ver: CITAS (***) & TRÓIA I (***)

"In the third Age, in the days of Moses, a certain king of one of the countries of Greece, Neolus, or Heolaus, by name, had a son, beautiful in countenance but wayward in spirit, called Gaythelos, to whom he allowed no authority in the kingdom. Roused to anger, and backed by a numerous band of youths, Gaythelos disturbed is father's kingdom by many cruel misdeeds, and angered his father and his people by his insolence. He was, therefore, driven out by force from his native land, and sailed to Egypt, where, being distinguished by courage and daring, and being of Royal birth, he married Scota, the daughter of Pharaoh.-- The Scottichronicon (Chronicle of the Scottish Nation) John of Fordun c. 1345
De Gaythelos podemos dizer que se trata quase de certeza de uma reminiscência do nome da cidade andaluza de Cádis, a cidade dos *Kaki-Tellus, de onde primariamente teriam partido estes povos de antigas colónias cretenses antes de aportarem na foz do douro e em praias da Galiza.
Gaidelos < Kai-| Theilos < Talos | ó  Kertyos
< *Kartu, a deusa das cobras dos cretenses!
Do nome do lendário rei Milesius derivou os Miles e os mirmidões dos autores clássicos.
20. It is Caicher the druid who gave the remedy to them, when the Siren was making melody to them: sleep was overcoming them the music.  This is the remedy which Caicher found for them, to melt wax in their ears. It is Caicher who spoke to them, when the great wind drove them into the Ocean, so that they suffered much with hunger and thirst there: till at the end of a week they reached the great promontory which is northward from the Rhipaean Mountain, and in that promontory they found a spring with the taste of wine, and they feasted there, and were three days and three nights asleep there But Caicher the druid said: Rise, said he, we shalal not rest until we reach Ireland. What place is that 'Ireland' said Lamfhind s. Agnomain. Further than Scythia is it, said Caicher. It is not ourselves who shall reach it, but our children, at the end of three hundred years from today. (…) 25. Brath had a good son named Breogan, by whom was built the Tower andthe city - Braganza was the city's name. From Breogan's Tower it was thatIreland was seen;  an evening of a day of winter Ith s. Breogan saw it. Unde Gilla Coemain cecinit ---
                 Brath led the Scots to Spain)
                  |
                 Breogain (Built the city of Brigantia in Spain)
                  |
                 Ith_____________|__________Bille
                  |                             |
                 Lugaidh,   King Milesius of Spain
                                             |________________
                                             |              |             |
                                            Heber     Ir     Heremon
Book of Leinster, 1150 A.D.
Chapt. XIV  The Legend of Saint Brandan says: But Gaythelos, driven out of Egypt, and thus sailing through the Mediterranean Sea, brings to in Spain, and building, on the River Hyber, a tower, Brigancia by name, he usurped by force from the inhabitants a place to settle in. (…) Chapt. XVII  (…) Legend of St. Brandan says:  Now one of the sons of Gaythelos, Hyber by name, a young man, but valiant for his years, being incited to wwar by his spirit, took up arms and having prepared such a fleet as he could, went to the foresaid island, and slew part of the few inhabitants he found, and part he subdued. He thus apporopriated that whole land as a possession for himself and his brehren, calling it Scotia, from his mother's name.  -- [6]
A incerteza relativa ao nome do Eire parece começar agora a desvanecer-se! O nome dum tal Heber, herói lendário no “mito fundador” da Irlanda corresponde ao nome mítico dum, que mais não é do que uma forma encapotada de esconder a origem ibérica dos Irlandeses, até porque, por vezes, confundido com o nome do rio Ebro.
Heber, aquele que transporta ou seja uma espécie de marinheiro, genérico que já aparecia como Kifiria no nome dum poema alternativo à Ilíada. Quer assim dizer que logo no nome a ibéria foi sempre terra de marinheiros!
                  Heber < Kepher => Kifiria.
Iber(ia) < Heber > Ewer > Euer > Eire > Ire + land => Irlanda.
Erren < Eireann = Ibernia = «Bro Iwerzhon» = Ireland = Irlande
Eire-ann(ia) = Iber-(a)nia => [Eire // Iber]-(a)nia.
Quer Ibernia seja ou não derivada de Ibéria o certo e que nos deixa a impressão disso. Mesmo o nome Erren (< Ilib-erre) parece ser basco, que é como quem diz: um nome que teria sido dado pelos ibéricos à Irlanda antes da conquista romana.

CELTAS
Os Celtas eram um povo (ou grupo de povos) da família linguística indo-européia que se espalhou pela maior parte da Europa a partir do II milênio a.C., tendo maioria populacional no norte da Europa ocidental até o advento do Império Romano.
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Figura 5: Distribuição dos Celtas na Europa. A área verde sugere a possível extensão da área (proto-) céltica por volta de 1000 a.C.. A área laranja indica a região de nascimento da cultura La Tène e a área vermelha indica a possível região sob influência céltica por volta de 400 a.C. – Wikipédia.
Esta é, obviamente, a teoria oficial corrente que apenas esconde a verdade oculta por detrás da veracidade da data em volta do primeiro milénio antes de Cristo como fronteira entre a porção mais ocidental do mundo antigo, dominada pelo império hitita, e o classicismo marcada pelo cataclismo do fenómeno histórico dos “povos do mar”.
As origens dos celtas são ainda hoje motivo de controvérsia. Alguns autores classificam-nos como arianos ou caucasianos, mas além de englobarem grupos distintos, parecem ser a resultante da fusão sucessiva de culturas e etnias que se verificou a partir do II milênio a.C.. Em Portugal e na Espanha, por exemplo, fundiram-se aos iberos, originando os celtiberos. Todavia, estudos genéticos realizados em 2004 pelo Dr. Daniel Bradley, do Trinity College de Dublin, evidenciaram algo que já se suspeitava (que os laços genéticos entre os habitantes de áreas célticas como Gales, Escócia, Irlanda, Bretanha e Cornualha são muito fortes) e trouxeram uma novidade desconcertante: a de que, dentre todos os demais povos da Europa, os traços genéticos mais próximos destes eram encontrados na Península Ibérica. Numa entrevista para a agência Reuters, Bradley explicou que ele e sua equipe propunham uma origem muito mais antiga para as comunidades da costa do Atlântico: pelo menos 6000 anos atrás, ou até antes disso. Os grupos migratórios teriam saído de áreas em torno do que são hoje Espanha e Portugal em fins da Idade do Gelo. -- Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quando a genética confirma a etimologia mítica é esta que fica confortada e não aquela que fica reforçada porque a genética e apenas a prova moderna que faltava para dar razão às sagas celtas medievais. De resto, será que alguma vez existiu uma verdadeira unidade celta?
Por lo tanto, podemos ir concluyendo:
1-Con toda seguridad, los celtas nunca tuvieron una denominación colectiva (desde Irlanda al Asia Menor) para sí mismos. De hecho, muchos pueblos "celtas" ignoraban la existencia de otros (¿cuántos escotos gaélicos conocerían la existencia del Danubio o del Asia Menor?
2-Esa denominación nos ha sido legada por los autores clásicos.
3-Cabe la posibilidad de que "celta" fuera la denominación de un pueblo que vivía cerca de Marsella, que los griegos usaron para llamar a los demás galos.
4-El nombre, con mayor o menor fortuna, por corrupción, pudo dar origen a galo o gálata, que griegos y romanos usaron para llamar a otros pueblos que ellos consideraban vinculados de un modo u otro a los galos (origen, físico, costumbres, lengua...)
5-Cabe la posibilidad de que el nombre galo sí fuera un nombre indígena, usado por algunos grupos celtas, y que -en la nomenclatura de los autores clásicos- estuvo en pugna con el de celta. De todos modos, no hay que olvidar que, aunque la toponimia de algunas zonas de Europa Occidental podría apoyar esta tesis, algunos autores clásicos se refieren expresamente a "celta" como voz indígena, cosa que no sucede con galo, que en algunos casos, es citada expresamente, como de origen griego o romano. -- [7]
Portugal < Porto-Cale > It. Portugalo, lit. “porto | galego”
< Gali(ho) < galicus < Kar(i)cus < *Kartu > *caretius = cretense!
A ideia corrente de que Portugal derivaria do nome do Porto enquanto «porto da cale» não parece muito convincente se bem que um porto de tal produto fizesse sentido numa região que, sendo granítica, de cale careceria! No entanto a banalidade de tal facto seria apenas um reforço (conotado com a ressonância do termo sumério gallatu e grego galatoi para leite (de cal) dum semântica bem mais nobre e que teria relações com a mesma raiz do nome da Galiza! Ora o próprio nome da Galiza e de Portugal permanecem ligados na mesma semântica e em idêntica fonética ao nome dos cretenses!
Cale vs. Gal, ou a procura das origens de LUÍS MAGARINHOS IGREJAS em Sobre a origem e significado das palavras Portugal e Galiza.
Uma primeira olhada leiga sob as palavras Portu-Gal e Galiza, permite-nos perceber de imediato a existência dum radical Gal conteúdo nos dois vocábulos. O que de imediato nos faz, pelo menos intuir, algum tipo de ligação etimológica entre as duas denominações. Aliás, a forma Gal, não é mais do que uma derivação latina do radical indo-europeu Cale (Calem segundo as fontes).
A origem da palavra Galiza (Calécia, Gallaecia), tem a ver precisamente com o radical Cale. Concretamente, com o localizado numa das áreas onde hoje se encontra a cidade do Porto. Mas, antes de abordarmos essa questão, seria bom aproximarmo-nos a algumas das análises que sobre a etimologia e origem linguística Cale se têm realizado.
Hoje sabemos, que a forma Cale, esteve e está, muito presente ao longo de toda a geografia europeia. Especialmente nas áreas geográficas onde perviviu ou pervive um substrato linguístico celta (ainda que se tem registrado também em outras línguas indo-europeias como o eslavo ou o albanês). Daí, por exemplo, que na Europa Atlântica (e não só) tenhamos encontrado denominações como Gália, Calais, Gales, Galatia[8], Gaia, Galiza ou Portu-gal. Palavras, sob as quais, uma simples olhada, dá para ver que é o que têm em comum em relação à raiz Cale/Gal.
Estes povos proto-históricos partilhavam uma língua comum indo-europeia que alguns autores (Fuco O´Soer) relacionam com o goidelico, ainda existindo diversos ramos dentro dela, como seriam o gaélico (Irlanda, Escócia.), britônica (Cornualhes, Gales, Bretanha) e o galaico-lusitano (Galiza e Portugal). Esta última, virá logo a misturar-se com o latim após a ocupação romana.
O autor poderia ter juntado a esta lista a cidade irlandesa de Galway e o galóli, que é uma das "línguas nacionais" de Timor-Leste, comprovando assim que a ponta ocidental da Europa foi sempre empurrada para o mar desde tempos imemoriais, pela pressão migratória do resto do continente, sempre presente no nomadismo dos povos da época paleolítica e latente e recorrente no neolítico a partir dos povos ribeirinhos do mar Egeu por pressão demográfica ou por cataclismos.
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Galway (Gaillimh em irlandês) é uma cidade da Irlanda e é capital do condado de mesmo nome. É uma das maiores cidades do país depois de Dublin e Cork e a maior da província de Connacht. Conta com uma população de 65.832 habitantes (censo de 2002).
O galóli é uma das "línguas nacionais" de Timor-Leste, falada por cerca de 50 mil pessoas no norte do distrito de Manatuto. O galóli é de origem austronésica ou malaio-polinésia
A Galécia nasceu política e administrativamente com a invasão romana liderada por Décimo Júnio Bruto desde a Lusitânia em território dos "populi castrorum" (as gentes dos castros) ou "gallæci" (latinização do etnónimo grego "kallaikói") nome por que eram conhecidas estas tribos do noroeste da Península Ibérica na antiguidade clássica.
Assim, os galegos tiveram nome grego antes de latinizados. Se foram denominados kal-lai-koi pelos gregos é porque estes os teriam visto como tal!
Mas, o que nos atinge agora, é tentar sabermos qual é a origem exacta e significado de Cale dentro do corpus linguístico celta do que é originário. Para Fuco O´Soer a origem do termo (que logo dará lugar à forma latinizada Gallaecia) parte da Deusa mãe dos celtas Cal-leach, pois, segundo ele, era costume romana na altura nomear aos povos conquistados pelo denominação dos seus deuses. Isto dá, para lembrar-nos, que o nascimento da Calécia/Gallaecia como entidade política, produziu-se após a batalha do Douro e a posterior conquista romana. Para este autor, os celtas do Douro, virão a ser os Cal-laic-us (Calaicos) ou filhos da Deusa mãe dos celtas Cal-leach. Cuja referencia se tem encontrado numa inscrição na forma de Calaic-ia no lugar de Sobreira, perto do Porto.
Pois bem, a ser assim, esta deusa mãe dos celtas só poderia ser equivalente a deusa mãe das cobras cretenses, *Kertu que também teve as variantes latino-hitita Tellus e Tala.
                                                                      > (Afrodite) Carisa.
Lat. Cale(m) < *Cal-ete < Cal-leach < Kalecha => Talassa.
                                       < Kar-et ó Kartu > *Ker-tu
Cailleach Beara = The Irish/Celtic who was said to turn to stone every April 30 (Beltine) and to be reborn every October 31 (Samhain). She was represented as an old hag.
Cailleach = by Karla Morgan, Cailleach is referred to as the "Mother of All" in parts of Scotland. Also known as Scotia, she is depicted as an old hag with the teeth of a wild bear and boar's tusks. She is believed to be a great sorceress. She is also known to have created the earth. "With her hammer she alternately splinters mountains, prevents the growth of grass, or raises storms. Numerous wild animals follow her..."-- Encyclopedia of the Occult, 1920 Another name for her is Skadi.
Scotia was originally the Latin name for Ireland (also known to the Romans as Hibernia). Use of the name shifted in the Middle Ages to designate Scotland, since many of the Irish Scotii colonised that area which the Romans referred to as Cale-donia.

Ver: SOL-POSTO (***)

Na mesma linha de pensamento mítico os romanos deram ao extremo polar norte o nome de Caledónia em honra de *Dona Cale, a mesma que *Caliessa (ó Kali) ou Carisa, deusa extrema do «cal-or» e do «gel-o»!
Caledónia < Cale-Don |= *Dona Cale| -iha > *Cali | ó Kali| essa
> Carisa > Clarissa.
Hibernia < Ki-Wer-An-iha < (an)-Ta-Wer-ish => Taweret.
Esta deusa era seguramente Anat e Proserpina, esposa de Dis-Pater de que os celtas se diziam descendentes.
Mas, o grego kal-lai-koi poderia parecer uma adaptação fonética de algo como “terra de *calhaicos” em que o singular deste poderia ser, por sua vez, o proto-galaico-duriense do termo sem etimologia conhecida, «calhau»!
Uma outra analise do radical Cale no âmbito das línguas célticas: Palomar Lapesa (1957) e Alberto Firmat (1966), liga este com o significado de «pedra», «rochedo», «duro», cuja expressão se adequa com rigor às características geológicas e graníticas da cidade, nomeadamente do morro da Sé.
Tal postulado terá estado subjacente às hipóteses naturalista que conotam a etimologia do nome de Portugal e da Galiza ter algo que faria destas bandas uma “terra de calhaus”. O desprimor seria óbvio e de fazer com que um qualquer galaico-duriense «corresse à calhoada» quem, em sua presença defendesse tais teses se não fosse também evidente que durante o paleolítico os “calhaus rolados” do leito seco do rio Douro eram a principal matéria-prima dos "machados de pedra", a armaria e coudelaria desta época!
Para Higino Martins (1990) o vocábulo pré-indo-europeu Kala, definido como «abrigo», «refúgio», passou à língua celta sob a forma Cale e com significação de «terra», «montanha». Para ele, o etónimo Calaico/a viria então a denominar ao «da terra», ao «do lugar». Outras interpretações, menos consistentes desde o nosso ponto de vista, ligam a origem de Cale (vs Gal) com os galos ou gálatas. E mesmo há autores que atribuem a fundação de Cale, a uma expedição de galos chegados às terras do Douro através da Lusitânia. Mencionarmos também aos que como Pedro de Valdés ligam a origem da palavra com vocábulo grego Kalos, «formoso», daí que Calécia significasse para este autor «coisa formosa».
Porém, mais uma vez, o naturalismo pode ser uma forma simplista de confundir a nuvem com Juno e serem as diversas conotações semânticas intuídas como possíveis meras derivações do nome da Deusa Mãe Terra que também deus nome a Talábriga. Foi causa ou efeito o termo luso actual «cale» significar calha, rua e garganta funda dum rio? Uma coisa é segura, o génio cretense ficou no Porto na bandeira dos dragões e no culto da vinha!

Ver: FACA SAGRADA (***) & FOGO I / PEDRA LASCADA (***)
& TALABRIGA (***) & TALA (***)

(...) C. Plinio, que definiria aos habitantes de Cale como Caleci/Galaicos, fez distinção entre estes, e os Lusitanos do sul do Douro. (...) Segundo o que acabamos de afirmar, seria bom aclararmos mais uma vez como aponta Manuel de Sousa (2004), que o facto de os romanos terem dado o nome de Calécia/Gallaecia a todo o noroeste da Península Ibérica como uma das suas delimitações político-administrativas (neste caso o último e mais resistente território a ser conquistado), [7] não quer dizer, como já comentámos, que toda ela fosse habitada pelos Calaicos. Pois na altura (S. I a.C.), existiam diversas tribos, que, mesmo partilhando um substrato étnico-cultural e um habitat comum, localizavam-se em diferentes populi em todo o noroeste. (...). Mas só um desses populi, o de Cale, teria a sorte de erigir-se em topónimo fundador, e converter-se posteriormente, no nome da actual Galiza. (...)
Na verdade, o que se pode inferir é que ser galaico era uma forma local de ser celta no sentido de pertencente a uma comunidade cultural da mesma origem cretense que, como os lusitanos, até se casavam a maneira grega! Por isso, ter sido Cale a dar nome à Galiza, conseguindo passar por cima dos minhotos, mandando-os abaixo de Braga, pode ser um pouco de bairrismo tripeiro a mais já que a sorte do nome de Portugal decorre da mera coincidência de este pais, inventado pela vontade pessoal dum rei, nasceu em Guimarães, mas só ganhou força para os primeiros passos nutrido pelo poder económico do porto de Cale.
Portu Cale virá a nascer então como uma derivação natural das actividades de Cale para a beira do rio. Pois, era este, o processo geral da «pax romana»: o abandono dos lugares altos e abruptos dos habitats castrejo/celtas, e a migração para os vales, planícies e terras baixas. Por isto é que só a partires do século V d.C. que começa a deixar de se falar de Cale como tal, e se iniciam as primeiras referências ao «porto de Cale» (Portu Cale). [11] Topónimo que teria a sorte de erigir-se em nome do actual Portugal, como séculos antes, o Cale de Portu Cale, dera nome à Galiza. -- LUÍS MAGARINHOS IGREJAS, Sobre a origem e significado das palavras Portugal e Galiza.
A origem etimológica do nome dos celtas permanece em revisão!
Their generic name appears in Roman sources as Celtae (derived from Keltoi, the name of these people recorded by Herodotus and other Greek writers), Galatae, or Galli.
Celta derivaria, de acordo com alguns autores, de Keletoi, e não de galatoi, aproximação muito posterior de geógrafo antigo de mau ouvido por ressonância com a semântica da pele clara dos celtas.
*Keretu < Keleti > Grec. Keletoi [9]> > Lat. Celtae
> Lat. Galatae > Lat. Galli.
Porém, não nos podemos esquecer que estamos as falar de culturas e não de raças, que os colonizadores em minoria acabam por se dissolver nos genes indígenas e que com o tempo os genes colonizadores se vão seleccionando regressivamente para se adaptarem as melhores condições climatéricas dos locais colonizados.
Relacionado com estes nomes anda ainda o dos Barcas das guerras púnicas e, de locais portugueses como Braga e Barca D´Alva. A ideia de que Braga foi Bracara deve ter sido uma lamentável confusão dos primeiros colonos romanos pois se a etimologia aponta para confirmar o nome actual o mais certo é que fosse este o nome indígena. Aliás, o equivoco pode ter resultado do facto de o deus Salvador do mundo adorado no bom Jesus de Braga da época das primeiras colonizações romanas ser, tal como refere Heródoto, o deus Hércules cujo nome seria pronunciado pelos galaico-durienses com uma característica trova de «vês» muito próximo de algo como *Barcares (< Warcales < *Kurkur-ish >) Hercules, deus que alguns autores supõem sido Melcart devido ao facto de os fenícios serem os colónos preferenciais da península ibérica pré romana. Kur-ki(a)-An > Wul-kan < Vulcano, o deus dos infernos e dos ferreiros militares, forma de Melkart, o senhor «deus que transporta (-bol / -fer) o fogo» da cidade e cujo étimo esta presente no nome de Volobriga < *Wolo- => Vol- + Kano.
E evidente que «os meninos à roda da fogueira» aprenderam a ser guerreiros e a defender o «bom nome» da cidade de tal modo que «guerreiro, fogo e cidadania» andaram sempre semanticamente associados. Porém, o «forte» só aparece na história com as primeiras castas de guerreiros profissionais instituídas como resposta para as instabilidades sociais geradas nas desigualdades de civilização decorrentes das tecnologias do fogo aplicadas às incipientes tecnologias dos metais. Sendo assim, tudo indica que este étimo decorrente dum culto a um dos senhores do fogo da terra (Kur => Kurki > *Kiphura => Kiki-Kur > Iscur) tenha sido contemporâneo com as expansões da época do bronze que na Europa ocidental vieram a ser atribuídas aos celtas. A meu ver esta atribuição será mais lendária do que real na medida em que o que terá acontecido foi mais uma alteração civilizacional global análoga à moderna «revolução industrial» do que uma invasão rácica súbita e convulsiva. É certo que antes do sedentarismo agrícola a que a romanização forçou a Europa ocidental eram naturais os movimentos migratórios de tribos selvagens, primeiro de caçadores recolectores e depois de pastores nómadas, fenómeno que foi a causa do mito indo-europeu. No fundo cultural de civilização bárbara da Europa arcaica destacaram-se os celtas a ocidente e os citas a oriente. Ora, ambos estes povos, eram exímios ferreiros e caldeireiros tal como mais tarde os ciganos que sendo um povo de difícil caracterização étnica, já não serão os descendentes genéticos desses lendários indo-europeus mas são seguramente a imagem moderna, já degradada e mortiça, da arcaica tradição cultural que foi o berço da civilização europeia.
Sendo certo que a toponímia terminada em -briga corresponderia a um modismo celta da época do ferro, podemos postular que o nome autêntico das localidades que o possuíam era o remanescente da palavra.
Destes factos se depreende que Briga seria apenas um genérico tipicamente lusitano relativo a cidade fortificadas aspecto que já se intuía da sua etimologia referida a uma linguagem arcaica conotada com o sumério.
Senão vejamos:
Kur-ki(a) > Hurwis > da "Urbis et orbis" dos latinos!
Wurki  > Burgo dos germanos. > phurthe > «forte» militar.
> Karti  > Kart, a cidade dos fenícios.
«Barca» < Warka < Wurka > «burca» ó «borco»
> Wirka > -briga dos gauleses, galegos e lusos.
«Borco» = • s. m. de borco: de boca para baixo; de bruços, com a face para baixo.
La bourka est un manteau traditionnel caucasien pour homme fabriqué à base de feutre (en principe de la fourrure de karakul). Elle ne possède pas de manches, est vaste, légère et chaude. Au début du XXe siècle, elle était commune à toutes les tribus caucasiennes ainsi qu'à de nombreux russes et cosaques établis dans la région. Peu encombrante, la bourka était roulée et se transportait attachée à la selle.
A burqa ou burca é uma versão radical do xador, trata-se de uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos. É usada pelas mulheres do Afeganistão.
Como se pode ver, os étimos esvoaçam no éter da semântica desde a fonte dos primeiros sabores até poisarem nos termos de acordo com os caprichos dos tempos e dos lugares. Nos primórdios do neolítico Wur-Ki, era o “lugar no monte” que pode ter passado a “monte da vida” como Wur-ka, ou ter a cidade passado a ser a *wur-kika no topo seguro do monte. Nas estepes planas da Mesoputâmia o monte teve que ser construído em tijolos na forma de zigurate como a torre de Babel e passou a ser Warka, a cidade segura. Colateralmente *wurka passou a ser apenas um ponto de refúgio como todas as cidadelas medievais ainda eram e por isso eram também o receptáculo da semântica da segurança e da protecção que deu nome por exagero de significância à cidade da Guarda.
«Guarda» < Germ. Ward-an (= olhar, acauterar) < War-th < War-ki.
Pelo caminho passou à bourka caucasiana que protegia das intempéries e por analogia próxima à burka afegã que protegia o rosto das mulheres do mau-olhado. Na língua portuguesa ficou apenas o termo «borco» de etimologia incerta mas que tem seguramente a ver com ambos estes elementos orientais de vestuário protector. Os árabes teriam fixado a burca como protecção da face feminina da desonra que quando perdida leva os homens a meterem a cabeça num saco de serapilheira e a caírem de «borco»!
Ora, seguramente que não apenas por mero acaso, muito mais tarde nas investigações sobre este assunto damos conta que existem outros autores com estranhas coincidências no que respeita à semântica do nome de certos povos ocidentais, tais como os bretões que deram nome à Bretanha francesa e às Ilhas Britânicas. De –bri teria derivado o nome dos bretões e belgas.

BRETÕES E BELGAS
The first known "Britons" are recorded to have originated from Israel where as prisoners or slaves to Assyrian conquests were deported, some travelling along the North African coast into Spain, Brittany and later to Britain, Wales and Ireland. Another migration is considered to have taken place shortly after the Trojan Wars and led by one named Brutus who had been exiled from Italy.
Até aqui é tudo lendária invenção sobretudo a que se refere ao nome de Bruto por soara a anacronismo metido a martelo no contexto duma história que, se vinha dos tempos dos assírios, não necessitava do nome romano para caucionar a fonética da etimologia do nome dos Bretões.
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Figura 6: petroglifos nórdicos, possivelmente do tempo do fenómeno dos “povos do mar”.
According to legend they slew the remaining "giants" on the island and established a new colony there. The term Albion, which comes from the Latin root "albus" meaning «white», is also one old Celtic name for Briton, so-called perhaps because of the white cliffs of Dover.
However, we also know that the original pagan word Cretanis, from which the word Cretan is derived, later became Pretanis and later Britain due largely to linguistic revisions. The Celtic land of the dead was called Avalon - the island of apples, whether this term was applied to Crete as the location of their roots again is uncertain. The crab apple malus sylvestris whose name means literally "from the woods" is one indigenous species to Britain, but other varieties were imported from around the Black Sea, Siberia and China.
Os gigantes a que a lenda se refere seriam os «famoiros» (ou famorianos) irlandeses, povos megalíticos de outras sagas e, quem sabe, sobreviventes da extinta raça de cromagnon...ou antes sobrevivente atlantes.
Atlantes en León. El siguiente texto que me ha parecido fascinante, dicen fue hallado en un petroglifo junto a la roca conocida por: "D´on pisó el Caballu de Santiagu". Cueva de Juanón. Camino de la Plata. Bretó. País Leones.
"En cuantis que Heracles abriu las portes del mar, cuandu Breto entuvia ichava de cadril, el pueblu atlante se refugiú en las Tierras d´Antia don guvernaba el su hermanu Antileon, pues ya había muertu Anteu y Telenu había huidu a las muntañas. Muchus taban a l´llagonas y en l´covas: Lug, Jean, Iagu, Gerión... Pasoú la nueite y esotru dié fuerun pedras...". -45 añu d´reinu d´breto, fiju d´Herakles-
Esta gran roca, donde se aprecia una pisada de un gran animal antidiluviano, puede tener relación con las pisadas de Dinosaurio encontradas en Bretún (Soria). La pisada atribuida al "Caballu de Santiagu" está muy cerca de Breto; las del dinosaurio estan en Bretún. El prefijo "bret" (piedra), está en los dos topónimos. Información tomada de "Mitología Ibérica", de M. d´Obrheravt.
Albion < Harwi (> Harpias)-An < *Kur-Ki-An = *Ki-Kur-An
> Sacaran(u) > Hawalaun
> Avalon, as ilhas ocidentais onde seria suposto ser
o cemitério do sol poente.
How do these ideas fare when applied to Neolithic archaeologies in Europe? In Britain and Ireland, they make a lot of sense. It is hard to find evidence of colonisation at the start of the Neolithic, for the sustained practice of mixed farming, or for permanent residence, until as late perhaps as the mid 2nd millennium BC (the Middle Bronze Age). Big regional archaeological projects which should have produced such evidence have signally not done so. Instead the picture is of sporadic, episodic clearance, continued use of woodland resources alongside new domesticates, and of ill-defined occupations rather than homesteads, hamlets or villages. At the same time, some scholars are now suggesting the role of monuments was to create allegiance to a fixed place, in a world which retained much mobility. ---[10]
«Creta» < Lat. Cretanis, lit. «de Kartu-(m)nia > Pher-tan,
lit. “os que transportavam as cobras da Deusa Mãe *Kartu
(=> Peleset > Filisteus)
> Wer-tanus > Britan > Bretões.
> Wer-Ki-(an) > Belgi > «Belgas».
Famous historian Heredot described the Karians as Lelegs as told by a legend from Crete. Lelegs were described as the people living in the islands during the Minos Kingdom (2500 B.C.). But thisinformation was rejected by Karians themselves. They claimed tobe the native people of Anatolia.


[1] Notal a semelhança com a cidade maia Uxmal
[2] URL: www.geocities.com/Heartland/Estates/3069/espaniac.htm
[3] URL: www.geocities.com/Heartland/Estates/3069/espaniac.htm
[4] URL: www.geocities.com/Heartland/Estates/3069/espaniac.htm
[5] The Book of the Taking of Ireland, Book of Leinster 1150 A.D.
[6] The Scottichronicon,(Chronicle of the Scottish Nation), John of Fordun c. 1345
[7] http://www.rosavientos.tk/modules.php?name=News&file=article&sid=239.
[8] Referir-se-á o autor à Galácia anatólica?
[9] Celta morto = ex Keleti > esqueleto
[10] Historic landscapes, wherever you look, Simon Denison reports on the growth of historic landscape maps.

sábado, 8 de março de 2014

SEVILHA, A DEUSA MÃE CIBELE DAS COLUNAS DE HÉRCULES, por Artur Felisberto.

(Actualização de subcapítulo dedicado a CIBELE, A MÃE DE TUDO E DE TODOS (DA CASTIDADE, DOS CASTRADOS E DO PECADO NEFANDO)

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Figura 1: Hércules etrusco (Hercle) maduro e barbado, sendo amamentado por Uni num rito de adopção.
A relação de Hércules com a Deusa Mãe faz parte do mitema da dupla montanha da Aurora e há que dar conta que só na Grécia é que este herói tinha a antipatia de Hera, a rainha dos deuses. Os etruscos reconheciam que Hércules foi adoptado por Uni num rito de amamentação.
Assim, pelo menos a ocidente, o culto da “deusa Mãe” na forma mais arcaica da Virgem de Macarena, foi perpetuado até hoje na profusão floral das “festas da semana santa de Sevilha” e nas “romarias do Rocio”.
Sevilha teria sido mesmo o porto de difusão desta cultura arcaica de Cibele por todo o mundo.
El nombre de la ciudad procede del nombre indígena tartesio Spal, que significa "tierra baja". Tras la conquista, los romanos latinizaron el nombre a Hispalis, que en época andalusí varió a Isbilia, debido a la sustitución de la "p" (fonema inexistente en árabe) por "b" y de la "a" tónica por "i" (fenómeno característico del árabe hispánico conocido por imela), de donde procede la actual forma 'Sevilla'.
«Sapal» = • s. m. terra alagadiça > Tartéssico / Turdetano spal > • «paul».
Sevilha teria sido um pântano e um «sapal» na sua origem como os locais de Romário das festas do Rocio? Seria esta a terra das garças de onde partiram os astecas?
Para deslindar a etimologia de Sevilha há que remontar a épocas anteriores ao domínio de Roma. Gregos e romanos adaptaram o vocábulo de língua desconhecida, ao qual deram a forma Hispalis. Os árabes, adaptando por sua vez o topónimo já latinizado, chamaram-lhe Ixbília - de onde descende em linha directa o actual nome Sevilha. Onde não existe uma luz que nos abra caminho, há quem enxergue neste topónimo um vocábulo semita, pois que sefelah significa "chão, lugar plano", em hebraico, e safal significa "fundo, baixo", em árabe. A primeira acepção convém à Sevilha andaluza, a segunda acepção encaixa melhor na Sevilha de Tábua.
(…) Resaltar a semelhança com as raízes Isp- e Esp- presentes em nomes como Esp-inho, Esp-osende e Esp-asante (Ortegal, Galiza), todos portos de mar. Há debates inconclusos acerca da até onde chegaram os fenícios cara ao Norte pela fachada atlântica peninsular. – jose cunha-oliveira. Blog: toponímia galego-portuguesa e brasileira.
Na evolução do nome latino de Sevilha apenas nos falta o elo visigótico que teria sido Spalis.
Seville was called Spalis by the Visigoths, Hispalis by the Romans who preceded them. The word, whose meaning is unknown, is almost certainly of Semitic origin, for the site upon which Seville is built was occupied by the Carthaginians from at least the seventh century BC. Isidore of Seville, whose Etymologies were written in the sixth century of our era, says Hispalis means "built upon posts," because his palis in Latin means "these posts." This is folk etymology, but curiously, a number of pine posts were found earlier this century beneath a building on Seville's Calle Sierpes, deeply embedded in the earth and probably dating from the birth of the city. They must have been used to consolidate the foundations, for Seville is built on marshy ground and used to be frequently flooded by its two rivers.
(…) Spalis - or Ishbiliyah, as it now came to be called - was the richest city in Andalusia. Ishbiliyah, Islamic Seville, Written by Paul Lunde.
Tenha lá sido o que foi a verdade é que é mais fácil ir a Espanha a partir do latinismo Hispalis do que a Sevilha, mesmo seguindo caminhos árabes por Isbília!
Não deixa de ser interessante saber que os troncos que serviram de fundação à cidade primitiva de Sevilha apareçam hoje na rua das Serpentes sabendo-se o quanto estas sempre tiveram a ver com a Deusa Mãe. Se o nome desta rua respeita a tradição mais arcaica desta cidade ao confirmar os seus fundamentos então é mais provável que Sevilha tenha sido um pântano cheio de víboras do que um sapal.
| Calle | Sierpes < Serpa > Serpilia < Kerwilia < Kurkuria?
Mas voltando a Hispális, qual terá sido a sua etimologia?
José d’Encarnação, na sua obra GENTES E DIVINDADES, NA LUSITÂNIA PRÉ-ROMANA OCIDENTAL faz-nos andar às voltas como saloios numa repartição pública. Se o cognome Hispallus não é, como ele diz que pensava Kajanto, um diminutivo Hispan(e)los de hispanus mas um derivado directo de Hispallis como Hispala Faecenia cabe-nos então perguntar? Que teria Hispallis a ver com a Hispanha? José d’Encarnação teve tanta vontade de contrariar Kajanto que nem pensou nisso!
Hispallus, ao invés, afigura-se-nos sintomático, na linha do raciocínio que iniciámos. Kajanto, por exemplo, é peremptório: trata-se, em seu entender, do diminutivo Hispan(e)los e, tal como aconteceu com Gneus Cornelius Scipio Hispallus, cujo pai morreu em combate na Hispânia e por isso se lhe deu o nome de Hispanus, Hispallus equivale a Hispanus — e não se pensa mais no assunto. E não pensei — até que, retomando a análise da decoração, ousei pôr em dúvida o que Kajanto afirmara e...Hispallus é nome formado a partir de Hispallis, tendo como representante famosa a nobre cortesã Hispala Faecenia, que em Roma terá feito furores, a acreditar, por exemplo, em Tito Lívio. (*)
(*) Kajanto inclui este cognomen no número dos que têm o sufixo -ulus/a ou equivalente e escreve: “Barbaric ethnics appear as the cognomina of the Roman nobility only after the peoples had come into the Roman sphere of influence: Hispallus is recorded 176 B.C. [...]” (nota na pág. 49). Na p. 125, no âmbito da explicação desses diminutivos e sua formação, dá como exemplos da ocorrência de poucas transformações fonéticasthe republican names Atellus (Ater) and Hispallus (Hispanus) [...] explainable as from Atr(e)los and Hispan(e)los. Será, todavia, na p. 199, no quadro dos cognomina etimologicamente formados a partir de topónimos, que vem a explicação da opinião atrás expendida: cita Gnaeus Cornelius Scipio Hispallus, que assumiu o consulado em 176 a.C. (PIR IV p. 90) e esclarece, citando Reichmuth (p. 54), que “his father fought and was killed in Hispania, and may been called Hispanus. Kajanto refere depois que Hispallus ocorre em CIL X 5588 (Campania); que se regista um Hispalus em CIL XI 6193; e sobre Hispala Faecenia, “a famous courtesan 186 B.C. (RE 6, 2097)”, afirma: “Probably has an old women’s praenomen” — o que, na verdade, não se me afigura ser uma justificação clara, se se tiver em conta que acerca desta influente cortesã escreve V. E. Pagán (p. 61): “Originally a Spanish slave from Hispalis (now Seville), she took the name of her patron upon manumission”. Era o que eu suspeitara: a interpretação de Kajanto, ainda que engenhosa, não é aceitável. -- GENTES E DIVINDADES NA LUSITÂNIA PRÉ-ROMANA OCIDENTAL, José d’Encarnação.
O argumento de autoridade de Victoria Emma Pagán no seu livro “Conspiracy Narratives in Roman History” de 2012 refere Hispala Faecenia como sendo uma escrava de Hispalis mas sem referir as fontes desta informação o que é prova muito verde para servir como argumento categórico. Em A to Z of Ancient Greek and Roman Women, de Marjorie Lightman, Benjamin Lightman nada refere sobre a origem desta liberta e acrescenta ainda o nome de outra mulher ilustre que nada teria de sevilhana, Hispulla. Também, antes de ter contrariado a afirmação peremptória de Kajanto José d’Encarnação deveria ter reparado que Hispala não tem duplo «el» como por exemplo Hispulla. É argumento decisivo? Não, mas lá que é importante é porque supostamente foi dos latinos que herdamos o horror pelos desleixos ortográficos no pressuposto de que a grafia aponta o caminho da etimologia. Assim, como Hispalis tem dois «éles» José d’Encarnação deveria ter evitado ficar enfeitiçado pela proposta desonesta da jovem Victoria Emma Pagán que mais ninguém confirma!
E no entanto Hispala Faecenia pode ter sido uma escrava sevilhana que perdeu um «el» por ossos do ofício, que ninguém lhe levaria isso a mal embora o ter sido prostituta e testemunha acusatória num crime infame de opinião religiosa não abone muito a favor do argumento de autoridade desta liberta que passou a mulher honrada pelos serviços secretos prestados ao estado romano.
Sejamos sérios! Hispallis, o nome latino de Sevilha, não destrói a aposta sensata de Kajanto de que Hispalus / Hispalla / Hispula seriam diminutivos de Hispanus porque este topónimo latino de Sevilha também seria um diminutivo de Espanha. De facto, como se deu conta antes com as referência topográficas de José Cunha Oliveira tanto a Espanha como Sevilha seriam de origem fenícia nomes que devem mais ao estanho, que a civilização do bronze demandava, do que ao sapal lamacento que não seria assim tão grande nem coisa de espantar nume cidade seca do sul da Andaluzia.
Se os berberes que fizeram de Sevilha a primeira capital da Andaluzia árabe tivessem derivado o nome do visigótico Spalis nem com o fenómeno linguístico «imela» lá chegariam! O mais provável é que a cidade fosse sobejamente conhecida do lado de lá do estreito de Gibraltar e tivesse nome assim parecido já do tempo dos fenícios. De facto, a constância fonética que encontramos nos nomes que esta cidade tem em diversas línguas do mundo não pode ser um mero resultado da época dos descobrimentos. Sevilha só é Hispalis em latim e esta cidade seria em tempos remotos a referência principal de Espanha.
Hispalis (Latin), Išbīliya (Arabic), Seviļa (Latvian), Sevila (Slovene), Sevilha (Portuguese), Sevíli - Σεβίλλη (Greek), Sevilia (former Romanian), Sevilija (Lithuanian), Sevilja (Serbian), Sevilla (Catalan, Finnish, German, Hungarian, Norwegian, Romanian, Slovak, Spanish, Swedish), Séville (French), Sevilya (Turkish, Azeri), Seviya (Ladino), Sewilla (Polish), Siviglia (Italian), Sivilja (Maltese).
Particularmente o nome maltês e sérvio parecem confirmar uma remota origem do nome desta cidade que teria sido sempre derivado dum diminutivo carinhoso do nome da Deusa Mãe Cebelisha / Kubeleja ou da filha desta, Coré, a rainha dos infernos também conhecida nas baleares como Ibiza e que na cidade de Sevilha têm o grande nome da virgem de Macarena.

Ver: MACARENA (***)

O mais provável é que os romanos tenham latinizado o nome da cidade que já era localmente *Cebilija porque lhe soava como Hispallis e como se a cidade fora uma pequena Espanha ou mesmo porque já fosse conhecida entre os helenistas por *Hespolis, uma mistura de Espanha com polis com ressonâncias com o jardim das Hespérides das maçãs de ouro de Hércules. Tudo isto seria reforçado pelo facto conhecido dos residentes de que a cidade era frequentemente alagada pelas trovoadas imprevisíveis de Verão e por isso frequentemente um marachão foneticamente idêntico ao fenício sefelah, nome comum para pantanal, paul, «sapal» ou “terra de sapos”, dando em parte razão a uma tradição romana de que a cidade teria sido construída numa zona pantanosa e por isso sobre estacas como a baixa de Lisboa!
Quanto ao fenómeno característico del árabe hispánico conocido por imela” ele pode ser apenas o reflexo de uma realidade muito mais banal: com a perda do cordão umbilical enxertado da romanização os nomes autóctones acabaram por se sobrepor aos nomes eruditos impostos pelas civilizações clássicas.
Ki-Se-| phelah > «paul» | Hi-sapol > Grec. Hispolis > Lat. Hispalis
> Visig. Spal ó *Hispália ó Isbília < ? *Hispalia
Sevilha < Cewil-ya < Kubeleja > Ki-| *Wilia < *Kilia |
> «Cecília», a santa padroeira da música > Sicília.
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Figura 2: Cila.
Cila (em grego: Σκύλλα, transl. Skylla) é o nome de duas heroínas distintas da mitologia grega, que são às vezes confundidas.
Uma delas, citada por Homero e por Ovídio, era uma bela ninfa que se transformou em um monstro marinho. A outra é uma princesa, filha de Niso, rei de Mégara. Virgílio é um dos autores que identificam as duas:  ele menciona a filha de Niso como sendo idêntica à mulher que tem monstros saindo dos quadris.
«Cila» < Skylla < Ki-kur-la > Sikilia > Sicília.
                                                            > Cibila > Cibele.

Ver: GALAUCO & POLUIDO (***)

Claro que a história de Sevilha contada assim com tantos rodeios pantanosos soa a etimologia mal cheirosa.
De facto a etimologia directa é raríssima. A maior parte das vezes os povos escrevem os nomes das coisas que conhecem pela primeira vez como lhes soando àquilo que elas lhe parecem e por isso é que as palavras se vão afeiçoando no fonema e na grafia às vicissitudes da moda e da história. É esta a razão porque as regras fonéticas não são leis e a sua aplicação é errática tanto no sentido em ela se aplica de forma quase aleatória, porque prevendo mais as possibilidades do que as certezas, como sendo fonte tanto de erros criativos quanto vítima de etimologias enganosas e populares.
Asim, esta deriva etimológica que passa por uma deusa Mãe com nome parecido com o de Cibele é de facto a mais provável por ser a que mais se coaduna com a mitologia de Sevilha.
Como sabemos os antigos começaram a ter uma ideia geográfica das terras com os cartógrafos helenistas de Ptolomeu e antes disso, sobretudo nos tempos mais arcaicos os povos eram identificados pelos seus centros culturais mais importantes. A Espanha ibérica e celtibera foi durante muito tempo vista do lado mediterrânico como sendo essencialmente a Bética (Andaluzia) e esta, como o seu porto e cidade mais importante que era Sevilha. Assim, a mítica de Espanha seria a de Sevilha e as colunas de Hércules seriam associadas com a Andaluzia e com a sua capital.
Comparando as armas de Espanha e as de Sevilha acabamos por aceitar que a Espanha se apropriou das armas da Deusa Mãe de Sevilha que depois cristianizou e levou para o refúgio das Astúrias. Depois da reconquista deu a esta cidade andaluza novas armas parecidas com as de Espanha mas afeiçoadas à ideologia da reconquista.
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Figura 3: As Grandes Armas de Espanha de Carlos III são uma reinterpretação barroca da mitologia real espanhola.
Figura 4: “Las armas de Sevilla, en (...) la Plaza de España”. Notar o centro com S. Fernando de Castela que a conquistou.
La segunda divisa de las columnas «Plus Ultra», la comenzó a usar Carlos V el año 1547, para dar a entender la magna extensión de sus conquistas. Simbolizan las dos coronas que surmontan las columnas, los dos Imperios de América y de España.
Como sabemos, as coroas reais resultam das muralhas das cidades que Cibele, a Magna Mater, transportava à cabeça quando sentado no seu todo-poderoso trono entre dois leões. No caso das Grandes armas de Espanha de Carlos III não houve a coragem de representar a Deusa Mãe da Espanha nem que fora como uma deusa minervina da Vitória pelo que ficou oculta no escudo de armas dos reinos de Espanha que, quiçá não por meras razões de simetria mas em memória subliminar dos 4 reinos da Andaluzia mais o de Leão e Castela aparecem cinco vezes. Na verdade a memória do subconsciente colectivo infiltra-se na heráldica como a semântica insufla de alma os hieróglifos. Os problemas interpretativos ocorrem quando esta mnemónica histórica tropeça em circunstâncias fortuitas.
Faustino Menéndez Pidal de Navascués considera que es probable que la figura del castillo se adoptara en el año 1169, fecha en la que Alfonso VIII alcanzó su mayoría de edad a los catorce años. El castillo se introduce en el sello con una clara connotación territorial, al tratarse de un emblema parlante que alude a la denominación del reino y, por tanto, no contar con una naturaleza simbólica. Esta decisión pudo estar motivada por un deseo de afirmación de la soberanía castellana frente al Reino de León.
Como é que o castelo de Cibele chegou a Castela? A questão que se deveria colocar seria antes esta: onde raio foi Castela buscar o nome?
Castilla (nombrada en los primeros documentos en castellano antiguo como Castella o Castiella) significa, según su etimología, «tierra de castillos». Los historiadores árabes la denominaban Qashtāla (...) y su nombre aparece justificado como tierra sembrada de castillos.
(...) El territorio donde nació la primigenia Castilla (norte de la provincia de Burgos y parte de las adyacentes de Palencia, Álava y Cantabria) era denominada Bardulia.
El término procede de la tribu prerromana de los bárdulos (o várdulos) que en época prerromana y romana poblaban la parte oriental de la costa cantábrica (situados en la mayor parte de la provincia de Guipúzcoa).
Bardulia < Bardulos < War-thul < Kartulia < Kar-kul => Hércules.
                                                     < Kartulia > Kratulia > Katrulha
> Castrillha > Castilla > «Castela».
García Duarte, Francisco. «La Castilla granadina en la génesis de la Castilla burgalesa y el castellano» (en español) (HTML). Consultado el 08/10/2013. «Otro dato contrastado es la existencia de una Castilla, anterior a la de Burgos e incluso confundida durante tiempo con ésta por algunos historiadores [...]. Se trata de Castilla, capital de la Cora de Elvira, llamada luego Elvira.[...] Cabe deducir que la segunda Castilla [la burgalesa] nace como consecuencia de la llegada de gentes provenientes de la primera [la granadina] dentro del marco general del fenómeno de repoblación que se da a lo largo de los siglos VIII al XI en toda la zona norte de la península.»
Afinal o castelo de Cibele pode ter vindo até Castela do único local de onde poderia ter saído e que eram as terras da Andaluzia que tinha por capital Sevilha que supomos ser a preferida da deusa dos castelos na Ibéria.
Primeiro na época pré romana como Bardulia pela mão de uma tribo dos várdulos que eram seguramente seguidores da mística castreja de Hércules, o deus da dupla montanha da Aurora que também era a Magna Mater Kubeleja. Depois, por gentes da região de Granada na época da islamização que mais do que uma invasão árabe foi uma nova chegada de povos da Andaluzia fenómeno recorrente desde tempos imemoriais. E assim, a mítica do castelo de Cibele regressa ao seio de Espanha e a fascinar os cristãos ibéricos curiosamente por ter sido utilizada por casas reais descendentes por linha materna de Afonso VIII de Castela.
Obviamente que agora estamos perante um mero acaso. Mas que sabemos nós? Se Deus escreve direito por linhas tortas a Grande Deusa Mãe sempre levou a água ao seu moinho mesmo quando parece dar a entender coisas diversas.
A mediados del siglo XIII, el escudo de Castilla se propagó por toda Europa, un fenómeno que no tuvo precedentes ni paralelos, a pesar de la circunstancia de que al rey Alfonso VIII no le sobreviviese descendencia por vía masculina. Debe aclararse que esta propagación no tuvo ningún componente territorial, salvo en la línea que heredó el trono castellano, ya que fue utilizado como armas de linaje (materno) y se produjo en las Casas Reales de Francia, Portugal y Aragón.
Curiosamente a cercadura do actual escudo português começou a ser real depois da reconquista do reino dos Algarves por Afonso III facto que conduziu a um conflito bélico com Castela que, por razões obscuras, considerava que o reino dos Algarves lhe pertencia. Como não ocorreu conflito idêntico na reconquista do Alentejo pode postular-se que o Algarve sempre teria pertencido à Andaluzia que Castela considerava seu terreno natural de reconquista. Na verdade os dois lados da fronteira alegam razões que não são coincidentes e que poderão não ser nenhuma delas inteiramente certas porque são de facto muito pouco convincentes a interpretar um conflito que de fácil resolução.
O rei de Niebla e emir do Algarve, para obstar às conquistas perpetradas pelos Portugueses nos seus territórios, fez-se vassalo de Afonso X de Castela cedendo-lhe o domínio do Algarve português (o qual passou por isso também a usar o título de Rei do Algarve entre as suas múltiplas conquistas). -- Wikipédia portuguesa.
Pero tras la subida al trono de Alfonso X de Castilla, se inició un guerra entre ambos reyes en base a unos derechos que Alfonso X había adquirido o por el rey Sancho II de Portugal cuando lo apoyó contra su hermano el rey Alfonso III, o por el rey de la taifa de Niebla. El conficto finalizó en 1253 al acordar el matrimonio del rey portugués con una hija del rey Alfonso X, y la entrega de un usufructo sobre el Algarve en beneficio del rey castellano hasta que el hijo de ese matrimonio alcanzara los siete años de edad.
En 1260,3 Alfonso X añadió a sus títulos el de rey de Algarve. Pero en 1263, ratificado en 1264, cedió el usufructo del Algarve a su nieto Dionisio, heredero del rey portugués, a cambio de un vasallaje militar. En 1267, el tratado de Badajoz de 1267 liquidó este tributo militar y se fijaron las fronteras. El rey castellano siguió empleando el título de rey de Algarve, pero sólo por la referencia al territorio de la antigua taifa de Niebla. Por su parte, el rey Alfonso III empezó a emplear el título de rey de Portugal y de Algarve desde marzo de 1268. -- Wikipédia espanhola.
Seja como for, de tradição de antanho ou nem tanto, que romana não parece ter sido, a relação do Algarve com a Andaluzia se não foi um artefacto administrativo das taifas da Andaluzia a verdade e que tanto títulos reais como cartas geográficas parecem ter mantido a tradição de uma autonomia mítica dos reinos dos Algarves em relação ao resto da Espanha celtibera o que pode decorrer duma tradição latente que já viria de mais longe quando as tribos lusitanas se diferenciavam dos Cónios do sul algarvio tanto na língua quanto na religião que estaria culturalmente mais próximo da Andaluzia e de Cartago. De facto, geograficamente a Andaluzia só não se meteu pelo Algarve adentro porque para cá do Guadiana mandou a vontade de El rei D. Dinis que fez tudo quanto quis!
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Reino de Murcia
Reino de Córdoba
Reino de Chaém
Reino de Sevilla
Não deixa de ser estranho que o escudo central das Grandes Armas de Espanha seja a súmula da cercadura da heráldica dos antigos reinos árabes do sul de Espanha de que Portugal mantém intacta a cercadura dos sete castelos, curiosamente adquiridos apenas depois das conquistas a sul do Tejo! Obviamente que seria tentador pensar que a heráldica leonina se trataria de uma tradição visigótica religiosamente guardada no substrato da população moçárabe do mesmo modo que a tradição ainda mais arcaica da Virgem de Macarena se manteve subterrânea até a reconquista.
Acontece que estes reinos do sul de Espanha foram um artifício administrativos como o reino dos Algarves destinados a manter no domínio da coroa as antigas taifas conquistadas por Fernando III o rei que pela primeira vez usou as Armas unidas de Leão e Castela. A sua fama de santidade criou a mística deste tema heráldico os interesses e a bajulação política fez com que os quatro reinos conquistados adoptassem de forma repetitiva e grandiloquente deste tema na cercadura dos seus escudos.
As características únicas de leões alternados com castelos nas cercaduras dos escudos dos reinos conquistado ao Al Andaluz, mais ou menos imaginárias, são uma peculiaridade dos reis católicos.
Depois de termos seguido a pista castelhana dos castelos de Cibele resta-nos seguir agora os leões do trono desta deusa entrando no reino de Leão.
O reino de Leão deve o seu nome à cidade que o encabeçava, a cidade de Lião que nada deve a este animal mas apenas aos desleixos da deriva linguística que tende a fazer ressoar os nomes segundo aquilo que lhes parece.
La ciudad de León surge hacia 29 a. C. como campamento militar romano de la Legio VI Victrix, en la terraza fluvial entre los ríos Bernesga y Torío, cerca de la ciudad astur de Lancia, con motivo de las llamadas Guerras Cántabras.30 A finales del siglo I, a partir de 74, el campamento es ocupado por la Legio VII Gemina, fundada por Galba, la cual permanecerá en León hasta aproximadamente principios del siglo V. (...)
El origen del nombre de la ciudad proviene de la palabra latina legio, que hace referencia a la legión que fundó la ciudad en su actual emplazamiento. Esta tesis, comúnmente aceptada, se refuerza con el todavía válido gentilicio legionense para referirse a los habitantes de la ciudad. La evolución de Legio a León se explica fácilmente, pues en latín clásico, la gi se pronuncia como si fuese una gui,20 por lo que la pronunciación de Legio sería Leguio, algo que acabó derivando en el Leio o Leionem, que a su vez acabaron en el nombre actual de León. – Wikipédia.
Quer isto dizer que historicamente o reino de Lião só veio a ser leonino por um mero equívoco linguístico que o primeiro imperador da Espanha da reconquista acabou por aproveitar politicamente.
La primera referencia escrita del león como símbolo personal del rey y, por ende, del reino, la encontramos en la Chronica Adefonsi imperatoris, coetánea de Alfonso VII. En ella, al describir los ejércitos que participan en la toma de Almería, se dice literalmente:
(...) la florida caballería de la ciudad de León, portando los estandartes, irrumpe como un león (...). Como el león supera a los demás animales en reputación, así ésta supera ampliamente a todas las ciudades en honor. Sus distintivos, que protegen contra todos los males, están en los estandartes y en las armas del emperador; se cubren de oro cuantas veces se llevan al combate. (traducción de Maurilio Pérez González).
Não podemos saber o que passava na cabeça de Afonso VII de Leão quando resolveu substituir a cruz tradicional pelo leão mas é provável que tivesse quase tudo a ver com o que transparece na sua crónica. O leão era um símbolo politicamente correcto para quem aspirava a ser o novo imperador de Espanha pós visigótica mas não podemos excluir que isso já fosse assim nos tempos em que os visigóticos tiveram capital em Toledo.
No entanto, confirmamos que o Reino Nazarí de Granada e a dinastia berbere dos merínidas tinham bandeira e escudo com temas amarelos em fundo vermelho o que parece indiciar que as cores espanholas, vermelho amarelo de Castela e Aragão são de origem berbere ocidental e relacionadas com as cores primitivas do ocre onde o vermelho representa o ká da vida com que os berberes enterravam os seus mortos no solo amarelo do seio da Deusa Mãe.
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Figura 5: Estandarte da dinastia nazarí de Granada.
Mas o que mais espanta no tema dos escudos dos reinos conquistados por S. Fernando é precisamente o Leão do grande Reino de Córdoba.
Seria ele autóctone ou mais uma bajulação dos conquistados? Quando procuramos na tradição árabe suporte para uma origem ancestral deste tema heráldicos, dos centros dos escudos pelo menos, esbarramos com o preconceito iconoclasta dos árabes que neste caso só deixaram caligrafias ilegíveis para quem não sabe a sua língua. Mas como quem procura sempre alcança, qual não é o nosso espanto quando deparamos com o motivo da fonte dos quatro pares de leões no pátio dos leões do palácio do mesmo nome na Alhambra (a vermelha) de Granada.
La fuente de los leones tiene diversas significaciones o simbologías, ninguna de ellas corroboradas. Por una parte los doce leones tienen una simbolización astrológica, cada león alude a un signo zodiacal. Por otra, tiene una significación política o mayestática que está relacionada con el templo del rey Salomón (puesto que hay una inscripción en la fuente referida a este) y el mar de bronce del mismo templo. Por última y la más importante, alude a un símbolo paradisíaco refiriéndose así a la fuente, originaria de la vida y los 4 ríos del Paraíso. Pero lo que si se puede decir, es que la fuente como tal es una alegoría del poder que reside en el sultán.
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Figura 6: Fonte do pátio dos Leões da Alhambra de Granada.
Assim, o mínimo que se pode dizer é que os reinos andaluzes conquistados por S. Fernando não se espantaram com o leão heráldico deste rei santo de Leão e Castela porque já o conheciam da tradição Andaluz patenteada na Alhambra de Granada. Também nada nos impede de postular que os leões granadinos tenham subido até aos lados da Galiza com o imaginário político do remanescente da aristocracia visigótica que a teria recebido em Toledo dos tempos arcaicos em que a tradição cultural ibérica era comum com a dos berberes.
Do lado ultramarino o escudo de Ceuta é o português e o de Tanger tem a cercadura acastelada dos portugueses que a conquistaram e que os ingleses que a receberam no dote de Catarina de Bragança mantiveram e os marroquinos não alteraram por terem feito dela uma cidade diplomática.
Curiosamente ou nem tanto a comunidade autónoma da Andaluzia mantém o tema da Hércules entre dois leões o que seguramente é uma deturpação helenista do significado das colunas de Hércules.
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Marrocos mantém os dois leões de Cibele no seu escudo tal como a bandeira do Islão a Lua e a estrela de Istar.
Obviamente que a mística dos castelos de Cibele e dos dois leões do seu trono teriam que estar muito vivas precisamente onde a mitologia o exige: as colunas de Hércules,  particularmente na Cabília / Kafiria que seguramente era uma morada de Cibele.
La Cabilia es una región histórica del norte de Argelia, poblada mayoritariamente por bereberes. Sus habitantes la llaman Tamurt n Leqbayel ("Tierra de los cabilios") o Tamurt Idurar ("Tierra de montañas"). Forma parte de los montes Atlas y se sitúa a orillas del mar Mediterráneo.
A mística de Hércules e de Cibele sempre esteve presente no povo berbere que como o irlandês se pensa descendente de Tanit / Djana / Anat, uma variante de Istar / Cebele.
Zenata o Zeneta, Zanata o también Zenete e Iznaten son las variaciones del nombre que recibió un grupo de pueblos bereberes durante el periodo medieval, de estos descienden varias etnias actuales. (...)
Según el cronista musulmán Ibn Jaldūn, zenata deriva de un nombre propio: Ŷana, frecuentemente transcripto Djana (un ancestro bereber).
Los egipcios consideraban que algunos de sus dioses tenían origen libio, como Neith, quien habría emigrado desde Libia para establecer su templo en Sais, en el delta del Nilo. Algunos mitos sitúan el nacimiento de Neith en la actual Túnez.