No primeiro capítulo dos Actos é patente a ausência de João Marcos. De facto, só aparece pela mão de seu primo Barnabé mais adiante e vindo do estrangeiro. E deve dizer-se que voltará a aparecer porque tudo faz supor que este seria Lázaro que terá fugido para Chipre ou para a região de Cirene logo no fim da ressurreição de Jesus em virtude de ter a cabeça a prémio. Deve ser esta e não outra a razão pela qual o evangelho de S. Marcos se encontra envolto na estranha polémica do seu fim abrupto a que a tradição acrescentou a grave questão de haverem duas versões deste, a curta já esquecida mas supostamente a mais verdadeira, e a longa omissa em quase todos o códices mais antigos.
Marcos 16: 5 E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida e branca; e ficaram espantadas. 6 Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. 7 Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. 8 E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém, porque temiam:
El final de Marcos vv 9-20, forma parte de las Escrituras inspiradas; es considerado como canónico. Esto no significa necessariamente que haya sido redactado por Marcos. De hecho, se pone en duda su pertenencia a la redacción del segundo evangelio.
1 - De hecho, los versículos 9-20 no aparecen en ninguno de los manuscritos conservados más antiguos y
2 -se ha comprobado que el estilo es muy diferente al resto del evangelio.
3 - Orígenes, en el siglo III, cuando cita los relatos de resurrección, se refiere a los otros tres canónicos, pero no a Marcos.
4 – Algunos manuscritos, además, añaden otros finales diferentes del actual.
La incógnita es si Marcos quiso que tuviese este final, si tuvo que finalizar bruscamente por alguna razón desconocida o si hubo un final que se perdió. Wikipedia.
Afinal, a inspiração das escrituras não se limitou aos seus autores originais mas a todos os piedosos interpoladores posteriores cabendo apenas às autoridades canónicas decidi-lo por meras razões de fé. Aos historiadores cabe apenas constatar os factos que, de quando em vez, são pouco abonatórios do escrupuloso respeito da autenticidade dos textos. Ora, o mais provável seria pensar que Marcos não escreveu mais nada porque mais nada presenciou quando a verdade pode ser bem mais humana e real. Na verdade, o 4º evangelho vai até escrever demais a respeito do “discípulo amado” que seguramente é João, mas também Marcos! O Evangelho de João, que é o único a falar no “discípulo amado”, compromete-o nalguns momentos posteriores à ressurreição e o de Barnabé também.
Ver: MARCOS (***) & DISCÍPULO AMADO (***)
A casa para onde todos os discípulos foram depois da ressurreição era o quartel-general das actividades messiânicas de Jesus e era nem mais nem menos do que o palácio / cenáculo de João Marcos.
O cenáculo seria o mesmo da última ceia bem como das bodas de Cana e os discípulos seriam hóspedes de amigos íntimos de Jesus em Jerusalém, possivelmente aristocratas da mesma casta sacerdotal de Jesus por afinidades adoptivas ou de casamento vá-se lá saber. Barnabé era da família dos donos da casa e viria a revelar-se não apenas um benemérito importante como um trabalhador infatigável de causa cristã nascente.
A súbita liderança de Pedro deve ter desagradado aos apoiantes ocultos do messianismo de Jesus e as consequências não se iriam fazer esperar. Pedro viria a receber uma lição de política interna no capítulo décimo sendo preso e apenas liberto pelas boas relações da parentela de Marcos e pelos bons ofícios dos essénios. No décimo primeiro a sua fidelidade a lei judaica virá mesmo a ser contestada tendo sido substituído por Barnabé na liderança do grupo que iria estudar os desvios doutrinários dos novos cristãos de Antioquia e deixando de ser recebido em casa de João Marcos no capítulo 12º!
Actos, 11: 1 E ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia que também os gentios tinham recebido a palavra de Deus. 2 E, subindo Pedro a Jerusalém, disputavam com ele os que eram da circuncisão, 3 dizendo: Entraste em casa de varões incircuncisos e comeste com eles. (...) 22 E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia, 23 o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. 24 Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. 25 E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia. 26 E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. 27 Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. 28 E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. 29 E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. 30 O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.
Entretanto Pedro era preso às mãos de Herodes.
Capítulo 12: 1 Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para os maltratar; 2 e matou à espada Tiago, irmão de João. 3 E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos pães ázimos. 4 E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. 5 Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a {ou: congregação} igreja fazia contínua oração por ele a Deus. 6 E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. 7 E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias.
Obviamente que alguns soldados teriam sido subornados por amigos, por exemplo Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca. Herodes descobriu e fez justiça! No entanto, como o discípulo amado, que era então amigo de Pedro, não estava em casa e os donos da casa andariam pouco satisfeitos com as pretensões de liderança deste rústico pescador resolveram não o receber quando ele apareceu mesmo depois deste reconhecer explicitamente que tinha ordens do Senhor para reconhecer a primazia de Tiago.
12 E, considerando ele nisso, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. 13 E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar. 14 E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. 15 E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam: É o seu anjo. 16 Mas Pedro perseverava em bater, e, quando abriram, viram-no e se espantaram. 17 E, acenando-lhes ele com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tirara da prisão e disse: Anunciai isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, partiu para outro lugar. 18 E, sendo já dia, houve não pouco alvoroço entre os soldados sobre o que seria feito de Pedro. 19 E, quando Herodes o procurou e o não achou, feita inquirição aos guardas, mandou-os justiçar. (...)
Nesta altura João Marcos já andaria pouco à vontade no sinédrio e deve ter decidido abandona-lo regressando à clandestinidade e juntar-se assim definitivamente aos discípulos.
25 E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos.
Capítulo 13 1 Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. 2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. 3 Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. 4 E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. 5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador. 6 E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu, mágico, falso profeta, chamado Barjesus, 7 o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, varão prudente. Este, chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus. 8 Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul. 9 Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo e fixando os olhos nele, disse: 10 Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? 11 Eis aí, pois, agora, contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. No mesmo instante, a escuridão e as trevas caíram sobre ele, e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. 12 Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor. 13 E, partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília. Mas João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém.
“Mientras Félix fue procurador de Judea, conoció a Drusilla, y se enamoró de ella ... Le envió a alguien llamado Simón*, uno de sus amigos; era un judío, nativo de Chipre, y quien pretendía ser mago, y se esforzaba en persuadirla de abandonar a su presente esposo, y casarse con él” -- Josefo (Antiguedades 20.7.2)
* Pero según ciertos manuscritos el nombre que ofrece Josefo es "Átomos", posiblemente una corrupción de Hetoimos (Elymas?). De ningún modo es Elymas una traducción o un equivalente de Bar-Jesus.
É quase seguro que João reconheceu Elimas Bargeu como Barrabás, o filho do mestre Jesus que teria seguramente visto no tribunal de Herodes durante o secreto julgamento / troca de prisioneiros de Jesus e, como tal pai tal filho, possivelmente Barrabás era fisicamente parecido com Jesus e mago como ele.
Os sentimentos profundos que levaram João Marcos a abandonar neste momento as andanças de Paulo ficarão sempre no segredo do Espírito Santo. Mas é conjecturável uma mistura complexa de angustiada rememoração da Paixão do seu amado Jesus com sentimento de desconfiança em relação a Paulo e à sua súbita antipatia anti-judaica! João Marcos seria ainda um levita, quiçá o mesmo que fez parte do concelho que julgou Pedro e o ajudou a não ser logo ali morto por lapidação e a ser apenas preso sendo quiçá o responsável pela sua absolvição e subsequente libertação!
15: 36 Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão. 37 E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos. 38 Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. 39 E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. 40 E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus.
Esta separación puede ser una simple medida de prudencia. En efecto, estaban buscando a tres hombres siguiendo un mismo itinerario. Y ya no quedaban más que dos en uno, y uno solo en otro. Unos se van por tierra, el otro por mar. Esto también puede significar el miedo de Juan-Marcos, a ser arrastrado a otra aventura. Esta última hipótesis es la más probable, ya que Pablo guardará siempre rencor a Marcos por este abandono y lo considerará una deserción.
La gran pelea llegó cuando Pablo le propone a Bernabé comenzar un nuevo viaje evangelizador, y el segundo desea que les acompañe Juan Marcos (Lo que hace que el sentimiento de venganza y rencor regrese a Pablo al recordar cuando los abandonó antes). (…) Pablo, a manera de una discusión infantil dice algo como esto: “Si tu te vas con Marcos yo me voy con Silas… ¡Y no te hablo más!”... y así fue. Pablo y Bernabé se separaron para siempre. -- http://ateismoparacristianos.blogspot.com/
Esta contenda marcou a ruptura definitiva de Paulo com o cristianismo judaizante que doravante iria ser perfilhado por Barnabé.
Sabemos que estes dois familiares vão aparecer juntos noutros textos apócrifos, por exemplo em Antioquia nas epístolas clementinas, na Igreja de Pedro. Sabemos que João é nalguns destes textos chamado também por João, o virgem.
Actos, 12: 25 E Barnabé e Saulo, havendo terminado aquele serviço, voltaram de Jerusalém, levando também consigo a João, que tinha por sobrenome Marcos. (...)
Em relação à vida de João Marcos ficamos a saber que este reaparece em Jerusalém pela mão do primo Barnabé com quem se teria ido encontrar em Antioquia vindo de Chipre ou da Cirenaica.
Actos, 15: 32 Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. 33 E, detendo-se ali algum tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz para os apóstolos, 34 mas pareceu bem a Silas ficar ali. 35 E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do Senhor. 36 Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão. 37 E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos. 38 Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. 39 E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. 40 E Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. 41 E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.
O que aconteceu depois a Marcos é pouco mais do que um punhado de conjecturas inferidas de referências noutros textos neo-testamentários.
Todavia, quando Paulo estava preso em Roma, era já Marcos considerado um seu auxiliador e é mencionado de uma maneira que bem mostra que ele tinha reconquistado a estima do apóstolo (Cl 4.10 - 2 Tm 4.11 - Fm 24).
1 Pedro: 1: 13 A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos.
Paulo: 2 Timóteo: 1: 11 Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério.
Paulo: Colossenses 10 Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o; 11 e Jesus, chamado Justo, os quais são da circuncisão; são estes unicamente os meus cooperadores no Reino de Deus e para mim têm sido consolação.
Filemon1: 23 Saúdam-te Epafras, meu companheiro de prisão por Cristo Jesus, 24 Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.
EVANGELHO SEGUNDO MARCOS, RESPONSÁVEL PELA SAGA DE JESUS
Suspeita-se que um trabalho de revisão piedosa teria começado muito cedo na história do evangelho segundo S Marcos.
The textual problems of the Gospel of Mark occur primarily at the beginning and at the end, although throughout the gospel scribes have made additions in order to bring the book into closer conformity with Matthew and Luke -- [1]
Na verdade, Marcos é um problema do começo ao fim sobretudo no que respeita a sua identidade!
A palavra lei não é encontrada neste evangelho, ao passo que em Mateus ocorre 8 vezes, em Lucas 9 vezes e em João ocorre 15 vezes.
Entre aqueles que avaliam a qualidade e estrutura do texto em grego, é quase unânime a opinião de que Marcos apresenta o grego koinê de menor qualidade do Novo Testamento. Entretanto, o que falta a Marcos em estilo, sobra em riqueza literária. Marcos é uma obra inovadora, vibrante e cheia de emoções e acção.
Inovadora porque foi Marcos quem criou este novo estilo literário: Evangelho, que no grego mais recente quer dizer “boas novas”, ao passo que no grego mais antigo, queria dizer “um galardão oferecido para se levar as boas novas”. Conforme declara o Pr. Enéas Tognini, “trata-se de um testemunho cristão e não exatamente de uma biografia. E isso serviu de padrão para a Igreja. É como se ele estivesse expondo material básico para sermões”.
Vibrante porque o estilo da narração de Marcos é vívido, cheio de acção, directo e dinâmico. A palavra grega “euthus” (ou “eutheos”) aparece 42 duas vezes neste evangelho, mais do que em todo o restante do Novo Testamento, e é traduzida no texto como “diretamente”, “imediatamente”, “in contineti”, “logo”, “então”, empregando uma grande velocidade na narração dos fatos. No grego, o tempo verbal presente aparece 151 vezes, e o tempo imperfeito, também aparece muitas vezes, e retratam a acção em desenvolvimento e não simplesmente como um acontecimento.
Cheia de emoções porque ninguém registrou mais as reacções pessoais do que Marcos. Estas reacções estão espalhadas ao longo de todo o evangelho, revelando o sentimento e a emoção dos ouvintes de Jesus:
No evangelho de Marcos também estão registrados as acções e sentimentos de Jesus:
Marcos dá ênfase total à acção, colocando os ensinamentos de Jesus em segundo plano. Das 70 parábolas ou alocuções parabólicas registrados em todos os evangelhos, Marcos apresenta apenas 18 e, em alguns casos, algumas delas compreendem apenas uma frase. Em contrapartida, concede mais espaço aos milagres do que qualquer outro evangelho (20 dos 40 milagres registrados nos sinópticos).
Enquanto Marcos narra estes 20 milagres utilizando-se de 53 páginas do texto grego, Lucas narra a mesma quantidade de milagres utilizando 93 páginas do texto grego. É o dinamismo da acção do relato de Marcos.
Mais de 40% do conteúdo total de Marcos (capítulo 11 em diante) é dedicado a contar detalhadamente os últimos 8 dias da vida de Jesus.
Dos 661 versículos de Marcos, 600 foram copiados por Mateus. Ao todo, Lucas e Mateus aproveitam 610 versículos de Marcos. Lucas usou 60% dos versículos de Marcos, portanto, menos do que Mateus, mas procurou preservar a mesma ordem de palavras utilizada por Marcos.
Mesmo sendo a base textual utilizada pelos outros dois evangelhos sinópticos (Mateus e Lucas), o evangelho de Marcos ainda assim apresenta conteúdos exclusivos, como a parábola da semente em desenvolvimento (4:26-29) e os milagres do surdo-mudo (7:31) e do cego (8:22).
NEXT we write the excellent discourse composed by Mâr Eusebius of Caesarea upon the places and families of the holy apostles. (…) Mark the Evangelist preached in Rome, and died and was buried there. Some say that he was the son of Simon Peter's wife, others that he was the Son of Simon; and Rhoda was his sister. He was first called John, but the Apostles changed his name and called him Mark, that there might not be two Evangelists of one name. (…) Mark, who was surnamed John, taught at Nyssa and Nazianzus. He built a church at Nazianzus, and died and was buried there. Some say that he is the Evangelist, as we have mentioned. – CHAPTER XLVIII OF THE TEACHING OF THE APOSTLES, AND OF THE PLACES OF EACH ONE OF THEM, AND OF THEIR DEATHS -- The Book of the Bee - is a Nestorian Christian sacred history. According to Budge it was written ca. A.D. 1222 by a Syrian bishop named Solomon (Shelêmôn).
São Marcos, o autor do segundo Evangelho, foi discípulo de São Pedro e de São Paulo, que acompanhou nas suas viagens apostólicas. É o criador do género literário Evangelho. Efectivamente, pensa-se que, quando São Marcos escreveu o seu Evangelho, do de São Mateus só haveria uma colecção de palavras de Jesus, sem enquadramento narrativo e sem milagres.Cronologicamente, foi o primeiro a escrever sobre a vida de Jesus, por volta do ano 65; Sendo assim, os outros dois sinópticos acabaram por adaptar o esquema de exposição de São Marcos. De fato, em Qumrã encontrou se um fragmento de seu Evangelho datado do ano 56 d.C. dentro de um vaso no qual estava escrito Roma. Irineu de Lyon, baseado em Pápias, afirma que Marcos escreveu o seu Evangelho com base nas pregações de São Pedro em Roma.
Segundo as fontes arqueológicas, o Evangelho segundo Marcos, foi escrito em Roma - para converter o povo a Yeshua Ha Maschiach - (no hebraico, Jesus Cristo) segundo às tradições em que vivia judaicas, já que os judeus não o aceitavam como Messias - a escrita completada levou de 60 D.C. a 65 D.C. e o tempo abrangido da escritura de 29 D.C. a 33 D.C.
65 – 33 = 33 anos depois do desaparecimento da Paixão de Jesus. Se Marcos fosse Lázaro e o discípulo amado, que à época seria virgem ou seja teria menos de 16 anos, teria então 49 anos = 16 + 33.
Marcos era judeu e tinha tomado um nome romano, achando-se identificado com ‘João, cognominado Marcos’ (At 12.12,25) - era sobrinho (primo?) de Barnabé (Cl 4.10), e filho de Maria, que residia em Jerusalém (At 12.12). Marcos foi, provavelmente, convertido à fé cristã pelo ministério de Pedro (1 Pe 5.13), que costumava frequentar a casa de sua mãe (At 12.12).
Ele acompanhou, desde Jerusalém até Antioquia, a Paulo e Barnabé (At 12.25), e dai partiu com eles para uma viagem missionária - mas deixou-os antes de a completarem (At 13.5,13). Seis anos depois deste acontecimento não quis Paulo levá-lo consigo em outra viagem - e então Marcos acompanhou Barnabé a Chipre (At 15.38,39). Todavia, quando Paulo estava preso em Roma, era já Marcos considerado um seu auxiliador, e é mencionado de uma maneira que bem mostra que ele tinha reconquistado a estima do Apóstolo (Cl 4.10 - 2 Tm 4.11 - Fm 24). Primitivos escritores cristãos afirmam que ele trabalhou com Pedro durante um tempo considerável do seu ministério, gozando da sua íntima amizade, e auxiliando-o como seu intérprete ou secretário - e diz-se que mais tarde missionou no Egito, sofrendo neste país o martírio. Algumas importantes suposições acham-se associadas com este evangelista. Já alguns críticos têm sugerido que a casa, de que se fala em At 12.12, era aquela mesma casa onde (na vida do pai de Marcos) se celebrou a última Ceia (Mc 14.14) - que o Jardim de Getsêmani lhe pertencia - e que o próprio Marcos era o homem do cântaro a que se refere Mc 14.13, sendo também o jovem daquele caso que unicamente é relatado no seu Evangelho (Mc 14.51,52). *veja Jo 2.
Church Traditions state that Mary, St. Mark's mother, was admirer of Jesus Christ and followed Him everywhere and that St. Mark was one of the attendants who served at the feast in Cana of Galilee at which Jesus Christ turned the waster into wine.
(Indeed, this trend continues to this day since the Gospel of John has replaced Matthew's gospel as the most popular and quoted-from gospel.) Brandon (1967) insists that Mark was written in Rome (the most popular theory), but Miller (1994) adds that it could have been written in Greek-speaking Syria. There is wide agreement that it was written in the time period immediately leading up to and just after the First Jewish Revolt of 66-70 CE. We don't know who wrote Mark's gospel; the work was anonymous until a second-century tradition eventually linked a "Mark" mentioned by Paul (1 Pet. 5:13) as the author of the gospel and so that name has been conveniently used since.
MARCOS
Identificar S. Marcos evangelista com, pelo menos, o “jovem rico” do mesmo evangelho é correr o risco de ir contra toda a tradição cristã a respeito da autoria deste evangelho, que a este respeito se conforma com o seguinte relato de Papias:
Figura 1: S. Marcos. "E o presbítero disse isto. Marcos, tendo-se tornado o intérprete de Pedro, escreveu depois com precisão tudo do que ele se lembrou. Porém, no que ele relatou não colocou as declarações ou acções de Cristo na ordem exacta. Porque ele nem ouviu o Senhor nem O acompanhou. Mas depois, como disse eu, ele acompanhou Pedro, de que acomodou as instruções dele às necessidades [de acordo com o que ouvira], mas sem intenção de dar uma narrativa regular das declarações do Senhor. Portanto, o Marcos não cometeu nenhum erro escrevendo algumas coisas assim como ele se lembrou delas. |
No entanto, duma coisa ele tomou cuidado especial: não omitir nada que tivesse ouvido, e não pôr nada fictício nas suas declarações[2]
Claro que as afirmações de Papias não estão cobertas pela infalibilidade das sagradas escrituras pelo que este autor eclesiástico pode ter-se enganado, pelo menos a respeito da deselegante afirmação de que «ele (Marcos) nem ouviu o Senhor nem O acompanhou[3]». Na continuação desta tese existem exegetas que chegam a ir mais longe afirmando que o autor deste evangelho nunca poderia ter estado na Palestina!
Marcos 7: 31 E Ele, tornando a sair dos territórios de Tiro e de Sídon, foi até ao mar da Galileia, pelos confins de Decápole. (...) 11: 1 E, logo que se aproximaram de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos 2 e disse-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós; e, logo que ali entrardes, encontrareis preso um jumento, sobre o qual ainda não montou homem algum; soltai-o e trazei-mo.
Betfagé – “casal dos figos verdes”. Pequena aldeia entre Betânia e Jerusalém. Betânia – “casal das tâmaras” ou “casal da miséria”; aldeia perto do Monte das Oliveiras, a cerca de duas milhas (3 km) de Jerusalém, na estrada de Jericó.[4]
"Qualquer um que chegue a Jerusalém vindo de Jericó chegará primeiro a Betânia e só depois a Betfagé, não ao contrário. Isto é uma de várias passagens que mostram que Marcos sabia pouco acerca da Palestina; temos que assumir”, acrescenta Dennis Ninehae, “que Marcos não sabia as posições relativas destas duas aldeias no caminho para Jericó (1963, 294-295). | |
Realmente, Marcos sabia tão pouco sobre a região em que descreveu Jesus indo do território de Tiro pelo caminho de Sídon em direcção ao Mar da Galileia pelo território da Decápole (Mark 7:31); isto é o mesmo que dizer que se vai de Londres para Paris pela via de Edimburgo a Roma. A solução mais simples, diz Nineham, é dizer que o evangelista não estava directamente familiarizado com a Palestina (40)".-- Quem Escreveu os Evangelhos? Randel Helms.[5] |
Para conhecer mal a geografia dum país nem sequer é necessário não ter nascido lá! Basta ser mau geógrafo e / ou ter mau sentido de orientação o que era coisa comum nos tempos antigos já que, antes da descoberta da cartografia, os erros geográficos eram a regra como foi o caso de Platão na localização da ilha Atlântida. De resto, João Marcos não era Galileu e era um citadino de Jerusalém que conheceria mal a rusticidade desta região onde só iria ocasionalmente com os pais quando estes visitavam as propriedades da família em Betânia e Magdala.
Por outro lado, como os evangelhos seriam inicialmente teatralizações religiosas em cultos iniciáticos e de mistérios, quem nos garante que estas inversões espaciais da ordem correcta dos nomes não se tratavam de liberdades poéticas do próprio ou de algum dos múltiplos chefes de cerimónias? Ou então, porque não, de lapsos de copistas que, pouco versados na geografia desse obscura e turbulenta região que era a Palestina, entenderiam que a ordem dos termos espaciais era arbitrária?
To be quite candid, Helms here is just doing his usual schtick...quoting liberal NT scholars uncritically. There are several things to note here before we go charging Mark with an error:
First, it is far from certain that "and Bethany" ought to be part of the text in the first place. While the phrase is found in almost all manuscripts, it is absent in three of them. It is also missing from the parallel verse in Matthew 21:1, though not from the parallel verse at Luke at Luke 19:29. This is enough for some liberals to withhold judgment of error; but we'll assume here that the text is genuinely from Mark. (The wording of the verse is also awkward, but this may be simply typical of Mark's less sophisticated grammar.)
Second, Helms and the liberals are simply playing the old game of making verses say more than they actually do. Simply because the cities are listed a certain way does not mean that Mark (or Luke) is saying that this is the order that they are approached; no more so does approaching Minneapolis-St. Paul from the St. Paul side, or Dallas-Ft. Worth from the Ft. Worth side, mean we have to reverse the order of the cities to make it clear what direction we are coming from. As long as Mark does not say, "we went from Jericho to Bethphage, and then to Bethany" he is not in error (unless the disciples were taking an unusual route for a purpose).
Finally, it is far more likely that Mark is listing the approach to Jerusalem in reverse order, in order to stress the importance of their Jerusalem destination. The order of Bethphage and Bethany is simply being determined by their relationship to Jerusalem.
When about to set forth on a second missionary journey, a dispute arose between Saul and Barnabas as to the propriety of taking John Mark with them again. The dispute ended by Saul and Barnabas taking separate routes. Saul took Silas as his companion, and journeyed through Syria and Cilicia; while Barnabas took his nephew John Mark, and visited Cyprus (Acts 15:36-41). Barnabas is not again mentioned by Luke in the Acts.
It was in his mother's house that Peter found "many gathered together praying" when he was released from prison; and it is probable that it was here that he was converted by Peter, who calls him his "son" (1 Peter 5:13). It is probable that the "young man" spoken of in Mark 14:51,52 was Mark himself. He is first mentioned in Acts 12:25. He went with Paul and Barnabas on their first journey (about A.D. 47) as their "minister," but from some cause turned back when they reached Perga in Pamphylia (Acts 12:25; 13:13). Three years afterwards a "sharp contention" arose between Paul and Barnabas (15:36-40), because Paul would not take Mark with him. He, however, was evidently at length reconciled to the apostle, for he was with him in his first imprisonment at Rome (Colossians 4:10; Philemon 1:24). At a later period he was with Peter in Babylon (1 Peter 5:13), then, and for some centuries afterwards, one of the chief seats of Jewish learning; and he was with Timothy in Ephesus when Paul wrote him during his second imprisonment (2 Timothy 4:11). He then disappears from view. -- Easton's Bible Dictionary.
Saint Mark is credited with writing the oldest of the four canonical gospels. According to the Life of the Apostle and Evangelist Mark written by Severus, Bishop of Al-Ushmunain, in the late tenth century, Mark was one of the servants who poured out the water that Jesus turned into wine at the marriage at Cana, and that it was his house in which Jesus appeared to the disciples in hiding after His resurrection from the dead. After that time, Saint Peter and Saint Mark went out to evangelize, and one night, Peter had a dream in which he was told to go, along with Mark, to Rome and to Alexandria. After preaching in Rome for a time, Mark went to Egypt and converted many to the Christian faith in the countryside; then leaving a small community of Christians there, he went to Alexandria. As soon as he entered the gates of the city, so the story goes, his sandal strap broke. He took it to a nearby shoemaker by the name of Anianus, who became his first convert in Alexandria. Mark soon discovered that he was being sought by his enemies, and so he appointed Anianus bishop, ordained three priests and seven deacons, and leaving them with orders to ”serve and comfort the faithful brethren, ”he left the city. He returned years later to find the community he had left growing and thriving, but his enemies soon discovered him and threw him in prison. The next day, they threw a rope around his neck and dragged him over the ground until he died. But when they tried to burn the body, they found that it could not be harmed and scattered in fear. The Christians claimed the body from the pyre and buried it with reverence in the church they had built. Saint Mark is revered as the founder and first martyr of the Christian Church in Egypt.[6]
Assim, é claro que estamos perante um mero óbice circunstancial pois neste mundo nem Jesus, enquanto homem, terá sido perfeito e é bem possível que Marcos fosse tão mau geógrafo como parece ser mau gramático. No entanto, seria um helenista instruído em línguas clássicas porque foi intérprete de Pedro, senão em Roma pelo menos no ambiente cosmopolita de qualquer outra grande metrópole do império romano onde Marcos bem pode te escrito o seu evangelho, ou pelo menos os rascunhos que viriam mais tarde a dar corpo ao primeiro canónico, ou seja, muito longe da Palestina, tanto geograficamente quanto em espírito.
Allow me to give you an example of the liberal view held by some modern theologians. From the Interpreter's Bible, note what is written concerning the Gospel of Mark: "To all intents and purposes we must study the Gospel as if it were anonymous like most of the books of the Bible not a product of personal literary authorship. The book, Mark, cannot have been written by an eyewitness. It is a compendium of church tradition, not the personal observations of a participant.
"The discovery of fragments from the Gospel of Mark, found in Cave No. 7 at Qumran and dating before A.D. 70, proves the above statement from the Interpreter's Bible to be incorrect. The Gospel of Mark, traditionally thought to represent a mere recollection of the stories and sermons of Peter, was actually written at such an early date that the original must have been penned before the other Gospels - and soon after, if not during, the public ministry of Jesus. New Testament Found at Qumran. -- by J. R. Church.
That these nine fragments are in Greek, is a puzzle for an original Hebrew New Testament advocates. Further, the name of Jesus in a Greek manuscript dated A.D. 50 or earlier, is quite a vexatious problem for these people. If this is indeed a fragment of Mark's Gospel, it may be Mark's own handwriting.
Assim, parece começar a ser demonstrado que Marcos, o “discípulo amado”, era um “jovem rico” e instruído na cultura helenista e terá começado a tirar apontamentos relativas à vida do seu amado mestre Jesus não na sua língua materna mas em grego, quase seguramente pelos mesmos motivos de sempre: para salvaguarda do secretismo dos seus textos tanto por razões religiosa relativas às tradições dos cultos de mistérios como porque era um judeu na clandestinidade, perseguido pelas autoridades judaicas precisamente por causa da sua posição de perigoso cristão porque rico e instruído e porque havia participado no caso da ressurreição de Lázaro, enquanto ele mesmo, e depois na de Jesus!
The motif of secrecy in Mark is a rather complex one. (1) It involves silence on the part of exorcised demons (1:25, 34; 3:12) and of men who have been cured (1:43-5; 5:43; 7:36, 8:26), as well as of the disciples themselves, who are to tell no one about Jesus as Messiah (8:30) or about the transfiguration 9:9 or even about his presence in Tyre (7:24) or his journey through Galilee (9:30). (2) It also involves ‘the secret of the kingdom of God’ (4:10-12) and secret or ‘private’ explanations of parables (4:34) and miracles (9:28), as well as revelations of the person of Jesus (9:2) and of things to come (13:3). To a considerable extent the full revelation is given only to the four disciples who were the first to be called (1:16-20, 29; 5:37; 9:2; 13:3; 14:33). Teaching about the passion and resurrection is given only ‘on the road’ apart from the multitudes (8:27; 9:33; 10:32). This combination of revelation and ignorance must mean that, whatever Jesus’ disciples did or did not understand, Mark himself now does understand. He knows that they did not fully recognize who Jesus was or what he was doing and teaching. He does not explain how he himself received further illumination; but it seems fairly clear that it was the result of the resurrection. It may be suggested that he can emphasize the ignorance of the apostles only if he assumes that they have later come to understand. His emphasis upon the weakness and ignorance of Peter may be due to what Peter himself later said. What Mark is trying to say is that the full meaning of Jesus was not understood during his ministry, and that some disciples understood him better than others did. He is also indicating that not all of Jesus’ teaching was intended for the public. It would be rash to suppose that Mark’s ideas are not in harmony with the actual historical situation.
It may be, however, in view of the emphasis which Mark lays upon ‘secret epiphanies’ (Dibelius) or the revelation of the hidden God, that more should be made of the passage which Farrer treats as an epilogue to his third section. This passage (8:27 - 9:1) begins with a significant parallel to the account of the death of John the Baptist -- a story which, whatever its origin may be, is used by Mark as a prefiguration of the death of Jesus (8:27-8; 6:14-16). And it is in this passage that the meaning of Jesus’ mission first becomes clear. Peter acknowledges Jesus as the Christ, but the disciples are ordered not to tell anyone; instead, ‘he began to teach them that the Son of Man must suffer many things...’ This is not precisely an epilogue. Instead, it resembles what Aristotle (Poetics 11, 1-10) viewed as essential for the ‘middle’ of a tragedy. There should be a scene in which recognition of the hero results in the friendship of those destined for good fortune and the enmity of those destined for ill; ideally, there should also be a reversal of the hero’s circumstances and the story should go onward to his ‘passion’ or suffering. Obviously the gospel account does not exactly correspond with Aristotle’s analysis, and there is no reason to suppose that Mark had ever seen the Poetics. But the literary doctrine had powerfully influenced the popular storytelling of his time, and whether by chance or by intention Mark’s outline does combine recognition with reversal, at least as far as the disciples are concerned. -- A Historical Introduction to the New Testament by Robert M. Grant Part Two: New Testament Literature Robert M. Grant is professor of New Testament at the University of Chicago, A formost scholar in the field, his books include Gnosticism, The Earliest Lives of Jesus, and The Secret Sayings of Jesus. Copyright 1963 by Robert M. Grant. Originally published by Harper and Row in 1963. Chapter 8: The Gospel Of Mark.
Many fragments of papyrus found in 1947 among the Dead Sea Scrolls have been identified as part of a copy of the Gospel written by St. Mark around 50 AD. The scholars have always thought that Mark wrote his Gospel on the base of recollections of the Apostle Peter and given to him before Peter's death. That would date it around 68 AD and Jesus died in 33 AD. This would mean that Mark's Gospel, the first Gospel, would have been written 35 years after the death of Christ. The details would have had to be transmitted by words of mouth, or by lost records (such as the famous "Q" document which existence is known, but was never found) over a long period of time with all the possible consequences on the accuracy of the text. However if Mark's Gospel was written in 50 AD as the Dead Sea scrolls show, then the conclusions are different. Mark's Gospel would then have been written at the most 17 years after Jesus' death, and even probably before. In these conditions there were still enough living witnesses to verify the accuracy of the story, adding quite a lot to its credibility.
Claro que a tese dum evangelho original em hebraico convém aos teólogos tradicionalistas porque muitos dogmas católicos, tais como a virgindade perpétua de Maria que exige o pressuposto de que os irmãos de Jesus seriam seus primos, assentam na crença de que resultam duma interpretação dos textos sagrados na base de liberdades poéticas inerentes a características da língua hebraica. Porém, tal parece não ter suporte arqueológico nem textual.
John Mark was an important person among the early Christians. He had a Roman name (Mark or Marcus) and a Jewish name (John or Jonah). It is thought that his father was Roman and his mother Jewish. His home was in Jerusalem ("Acts" 12:12) and he is assumed to come from a rich family. The family moved to Jerusalem from Cyrenaica, a Roman colony in North Africa, probably after his father death. The name of his father is not known but his mother was called Mary. -- [7]
A informação de que a família de Marcos era da Cirenaica e que teria deixado esta terra depois da morte do pai de Marcos não identifica a fonte de origem. No entanto, podemos supor, sem grande risco de errar, que tal informação foi retirada duma descrição lendária da vida deste santo, suposto fundador da igreja copta, datada do século décimo.
In the time of the dispensation of the merciful Lord and Saviour Jesus Christ, when he appointed for himself disciples to follow him, there were two brothers living in a city of Pentapolis in the West, called Cyrene. The name of the elder of them was Aristobulus, and the name of the other was Barnabas; and they were cultivators of the soil, and sowed and reaped; for they had great possessions. And they understood the Law of Moses excellently well, and knew by heart many of the books of the Old Testament. But great troubles came upon them from the two tribes of the Berbers and Ethiopians, when they were robbed of all their wealth, in the time of Augustus Caesar, prince of the Romans. So on account of the loss of their property, and the trials which had befallen them, they fled from that province, in their anxiety to save their lives, and travelled to the land of the Jews. Now Aristobulus had a son named John. And after they had taken up their abode in the province of Palestine, near the city of Jerusalem, the child John grew and increased in stature by the grace of the Holy Ghost. And these two brothers had a cousin, the wife of Simon Peter, who became the chief of the disciples of the Lord Christ; and the said John whom they had surnamed Mark, used to visit Peter, and learn the Christian doctrines from him out of the holy Scriptures. [8]
A confusão informativa desta narrativa lendária, típica dos textos coptas, é evidente pois Barnabé é tido nos Actos dos apóstolos como sendo um levita de Chipre, e não um agricultor da Cirenaica, suposto natural da cidade de no lugar de Aberiatolos. Se a presunção de que o pai de Marcos seria um romano decorresse do facto de, nesta mesma lenda, ter o nome grego de Aristobulus ou Artistopolos, seria uma péssima dedução porque neste caso teria que ser a mãe de Marcos a responsável pela sua pureza do sangue judaico o que está completamente contra o rigoroso patriarcado judeu. Neste caso Marcos nunca poderia ser levita. De resto, Aristobulus é um nome grego e os judeus tinham o costume de usarem um segundo nome grego. Sendo este suposto pai de Marcos irmão de Barnabé, que sendo levita era absolutamente judeu, teria que ser também levita e judeu, porque o levirato era hereditário.
O nome do lugar semelhante ao do pai e as variações do nome deste deixam a suspeita de se tratarem de invenções coptas para colmatar as lacunas resultantes do desconhecimento da verdadeira filiação de Marcos por esta ser um segredo de estado politicamente muito incorrecto.
No entanto, os autores cristãos deveriam, no mínimo, ter dado conta de que Marcos só poderia ser aquele que até ao seu aparecimento nos Actos tinha sido Lázaro e o discípulo amado do 4º evangelho e o jovem ricos dos sinópticos e por isso teria por pai Simão Zaqueu. No entanto, este nome foi dado por Marcos e seria seguramente um pseudónimo também, possivelmente de Anano.
Mesmo assim, esta lenda acaba por apresentar algumas informações estranhas que no contexto acabam por ser credíveis!
And Mark was one of the Seventy Disciples. And he was one of the servants who poured out the water which Our Lord turned into wine, at the marriage of Cana in Galilee. And it was he who carried the jar of water into the house of Simon the Cyrenian, at the time of the sacramental Supper. And it was also he who entertained the disciples in his house, at the time of the Passion of the Lord Christ, and after his resurrection from the dead, where he entered to them while the doors were shut. [9]
As funções de aguadeiro numa casa abastada seriam seguramente do filho mais novo dos donos da casa. Nas bodas de Caná S. Marcos estaria no casamento de sua irmã, Maria Madalena, com Jesus e na “Ultima Ceia” S. Marcos, enquanto Lázaro, era “o discípulo amado” e estaria também na sua própria casa. Esta lenda confirma também a suspeita que adiante se levantará de que Simão Zaqueu não era senão Simão de Cirene.
Oficialmente nada se sabe do pai de Marcos! Da indefinição, como é de regra, costumam sair as mais diversas especulações, a mais bizarra das quais terá sido a de se ter tomado à letra a expressão utilizada por S. Pedro que trata Marcos por filho.
1 Pedro 1: 1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, 2 eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas. (...)5: 12 Por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escrevi abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes. 13 A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos.
Se Silvano era irmão dos estrangeiros dispersos então é porque estamos perante uma conotação de irmandade espiritual e não biológica. O uso do termo “filho” relativo a Marcos, sem outras especificações, presume-se no mesmo contexto de irmandade espiritual. Claro que Pedro, sendo casado teria filhos mas a familiaridade entre Marcos e Pedro era seguramente do tipo metafórico como se pode depreender de outros contextos. Ainda assim há quem afirme que existe a tradição copta de que
St. Peter was related to St. Mark. Peter’s wife was the cousin of Mark’s father. Thus St. Peter was like a father, age wise. St. Peter used to visit their home frequently and when he was freed from jail by the angel, he went directly to, “The house of Mary the mother of John, whose surname was Mark; where many were gathered together praying.” [Acts 12: 12] -- Saint Mark’s Orthodox Fellowship.
Ver: O DISCÍPULO AMADO (***)
Já a possibilidade de Mateus ter sido pai de Marcos é meramente superficial na medida em que se baseia apenas em dois factos inferidos secundariamente na suspeita de que este assistiu à cena do “jovem rico” precisamente como alguém que, tendo assistido a uma espécie de iniciação à vida política e social do próprio jovem filho, teria deixado no seu registo evangélico a sua angustia de pai perante o baptismo do jovem e ingénuo filho, mimado pela fortuna de família e no facto de ser em casa de Simão Zaqueu que vamos encontrar Lázaro. De resto, Simão Zaqueu era também conhecido como Matias e Bartolomeu, ou seja, filho de Ptolomeu!
Mateus sabia demasiado a respeito da intimidade de Jesus com o “jovem rico” na medida em que foi o único evangelista a referi-lo por duas vezes como sendo ainda um adolescente. Assim, Mateus ou Matias seria o pai de Lázaro, (ou pelo menos o irmão mais velho deste jovem!) e teria presenciado a cena do “jovem rico” com algum constrangimento referindo: “Cum audisset autem adulescens verbum, abiit tristis; erat enim habens multas possessiones”, ou seja, o pai ou irmão mais velho do jovem Marcos pressentiu a profundidade da sua tristeza porque sabia bem quanto a sua origem residia nas penas da adolescência. De qualquer modo, é bem possível que, caso Marcos tenha sido filho de Mateus, pseudónimo de Simão Zaqueu, fique explicada a afirmação de Eusébio que referia que este era sírio.
Ver: MATEUS (***)
Matthew, the son of Alpheus (Mark 2:14) was a Galilean, although Eusebius informs us that he was a Syrian. -- The Catholic Encyclopedia, Volume X
Actos 11: 19 E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. 20 E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.
A verdade é que os elementos cristãos da diáspora judaica na colónia de Cirene seriam numerosos e influentes nos primórdios da cristandade como se infere tanto nos Actos dos Apóstolos quanto nos evangelhos!
Marcos 15:21 – 21 E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.
No entanto, não deixa de ser coisa estranha que Marcos, geralmente cuidadoso em omitir nomes comprometedores, de familiares ou conhecidos, tenha, neste caso, identificado com o nome dos filhos da personagem, o nome do portador da cruz de Jesus. Uma coisa parece certa: esta personagem era seguramente bem conhecida de Jesus e presume-se que seria também bem conhecida da comunidade cristã primitiva, particularmente romana, pois de outro modo Marcos não se teria dado ao trabalho de o nomear.
Simon of Cyrene is known as the Hermetic founder of Gnosticism. SOURCE: Merriam-Webster's Online Dictionary, 10th Edition.
"Cyrene was the hometown of several famous Greek scholars and scientists. The mathematician Theodorus (c.465-399) developed the theory of irrational numbers (e.g., the root of three). His namesake Theodorus "the godless" (c.335-c.260) seems to have been one of the founders of atheism. His younger contemporary Callimachus is considered to be one of the most important poets of antiquity, and Callimachus' student Eratosthenes (276-193) will forever be remembered as the first one to measure the circumference of the earth (which he thought was 43,500 kilometers)." SOURCE: Cyrene and the Cyrenaica an article by Jona Lendering 2004.www.livius.org.
"This sect was founded by Basilides of Alexandria, who was a disciple of Menander, a pupil of Simon Magus; but Clemens says that he claimed to have received his esoteric doctrines from Glaucus, a disciple of the Apostle Peter. (…). They taught that Simon of Cyrene took the place of Jesus at the Crucifixion. Basilides was succeeded by his son Isidorus, and they say that Matthias communicated to them secret discourse, which being specially instructed, he heard from the Savior." SOURCE: Hippolytus, Refutation of all Heresies. The Arcane Schools by John Yarker 1909. Chapter VI The Mystic and Hermetic Schools in Christian Times.
Seriam os filhos de Simão de Cirene parentes de Marcos, ou, não terá tudo passado de um lapso de Marcos que andaria a ler a história de Alexandre de Quintus Curtius Rufus, na sua preparação helenística de rico aluno judeu?
Em 1941, o arqueólogo israelita Eleazar Sukenik da universidade hebreu, e seu assistente Nahman Avigad, descobriram um túmulo da rocha no vale de Quidron em Jerusalém oriental. (...) Sukenik e Avigad encontraram doze nomes em quinze inscrições. Oito dos nomes eram em estilo grego, e a maioria destes não era conhecida entre as inscrições Greco-Judias da Palestina. Entretanto, algumas delas eram particularmente comuns na Cirenaica. Assim parece provavelmente que este túmulo pertenceu a uma família judia que vinha, ou teve ligações fortes com a Cirenaica. As inscrições em um destes ossários dizem:
Alexandros (filho) de Simon
Na parte traseira deste ossário, há uma outra inscrição, onde o escritor cometeu claramente um erro ortográfico o recomeçou novamente. Na tampa do ossário, há um terceiro inscrição que tem o nome Alexandre em grego e depois em hebreu a palavra QRNYT. O significado desta palavra não está esclarecido mas uma possibilidade é que a pessoa que fez a inscrição pretendeu escrever QRNYH – a diferença é pequena em hebreu. QRNYH seria o hebraico para "cirenaico". Assim há aqui a evidência de uma família dos judeus com ligações a Cirene. A família incluiu um homem chamado Simão e seu filho Alexandre, exactamente como na bíblia. Naturalmente, não há nenhuma maneira que nós podemos provar que este Simão em particular era a mesma pessoa mencionada na bíblia, mas estatisticamente parece muito provável: Quando consideramos quão pouco frequente era o nome Alexandre entre os judeus e notamos que o inscrição do ossário o aponta em relação com um tal Simão tal como aparece no novo testamento e se recordarmos que a caverna funerária que continha os restos dos povos de Cirenaica, a possibilidade de que o Simão deste ossário seja o mesmo que o Simão de Cirene mencionado nos evangelhos parece muito provável.-- [10]
Na verdade, para que o ossário encontrado por Eleazar Sukenik pertençam ao filho de Simão de Cirene referido por Marcos basta que não seja mais uma das muitas falsificações relativas a peças arqueológicas em torno da história cristã desde os tempos de Santa Helena, a mãe de Constantino, até ao sudário de Turim e ao romance “a Relíquia” de Eça de Queirós! O facto de se tratar duma investigação da universidade judaica confere alguma imparcialidade ao facto.
Neste caso estamos perante um achado arqueológico que confirma literalmente e de forma flagrante a informação de Marcos. Então, Simão de Sirene seria um helenista que teria na mesa-de-cabeceira a “vida de Alexandre, escrita por Quintus Curtius Rufus”.
According to M. Salomon Reinach,[[11]] Docetism is far older than Ignatius; already it is found attacked in the Gospels, particularly in the episode concerning Simon of Cyrene, who at the time when Jesus was led to Calvary was forced by the soldiers to carry the cross (Mark xv. 21; Matt. xxvii. 32; Luke xxiii. 26). Mark alone states that this Simon was the father of Alexander and Rufus.[[12]] In Reinach's view the historical character of this episode is inadmissible, in the first place because there is no instance of any requisition similar to that of which Simon was the object, and in the next place because the condemned was obliged to carry the patibulum himself, and lastly because the whole episode is only the illustration of the words of Jesus, "Whosoever will come after Me, let him take up his cross and follow Me." None of these three arguments is convincing. The requisition of Simon the Cyrenian was certainly not legal; one must see in it one of the thousand daily annoyances the Romans did not hesitate to inflict on the Jews. It must not be explained by the compassion that Jesus would have inspired in the soldiers, but by the physical impossibility for Him, after flagellation, to carry the cross. Lastly, it is inconceivable that the episode should have been suggested by words in which it is a question not of carrying Jesus' cross, but one's own cross.
Matthew and Luke neglected this detail, which had no interest for them or their readers. M. Reinach, on the contrary, considers that the names Alexander and Rufus were added afterwards in Mark because of a tradition which represented them as associates of Peter.[1] But this tradition is only supported by a text of very recent date, "The Acts of Peter and Andrew"; and if Alexander and Rufus had been persons sufficiently known to make it worth while to invoke their testimony (which, moreover, is only done in Mark in a very indirect way), it would not be intelligible that their names should have been omitted in the Gospels of Matthew and Luke. It is not legitimate, therefore, to dispute the authenticity of the incident of Simon carrying the cross of Jesus-- [13]
Perante situações pouco claras cada um interpreta-as a seu modo!
A verdade mais provável, no entanto, é que Simão de Cirene seria então alguém rico e letrado por demais para que seja verosímil que tenha sido apanhado à força para andar com a cruz de Cristo às costas. De facto, nesta altura a política romana era a de evitar ao máximo conflitos com a população judaica e requisitar um judeu rico (e virtualmente influente!) para transportar a cruz dum condenado político seria insultuoso por demais para não ser motivo de tumulto. O mais sensato é que tenha sido este a tomar a iniciativa de ordenar a um dos seus criados que transportasse a cruz de Jesus com a própria cumplicidade do centurião que tinha a cargo a execução de Jesus e que estria por demais comprometido numa cabala de corrupção que tinha por única finalidade permitir que Jesus pudesse ludibriar a cruz. Quase de certeza esta personagem fazia parte do conjunto de eminências pardas, altamente colocadas no terreno da cena política da Judeia da época de Jesus, envolvidas na conspiração que teve por objectivo permitir que Jesus ludibriasse a cruz e promover a Sua ressurreição. Evitar que Jesus chegasse exausto ao local da crucificação fazia parte desta estratégia. O facto de se ter pretendido ilibar esta personagem de simpatias para com Jesus, evitando assim a sua perseguição, terá sido a razão pela qual se referes que teria sido agarrado pelos romanos para transportar à força a cruz de Jesus. Por outro lado, se no túmulo de Simão de Cirene só aparece o nome do filho Alexandre é porque muito provavelmente o seu filho Rufo seria o mesmo que Paulo identifica como estando em Roma, onde terá acabado por morrer e ser enterrado. De qualquer modo o comprometimento desta família com o cristianismo parece inquestionável.
Rufus the disciple of the Apostles, who lived at Rome and to whom St. Paul sent a greeting, as well as he did also to the mother of Rufus (Rom., xvi, 13). St. Mark says in his Gospel (xv, 21) that Simon of Cyrene was the father of Rufus, and as Mark wrote his Gospel for the Roman Christians, this Rufus is probably the same as the one to whom Paul sent a salutation [cf. Cornely, "Commentar. in Epist. ad Romanos" (Paris, 1896), 778 sq.]. -- The Catholic Encyclopedia, Volume XIII.
Seria este Simão de Cirene o mesmo que Simão Zaqueu (o leproso, por alcunha) e, portanto o mesmo que Mateus e, logo, pai do próprio João Marcos e quiçá de Filipe?
Ver: MATEUS (***)
Marcos, na identificação desta personagem terá evitado referir, por humildade ou boa educação, que se tratava do próprio pai preferindo exaltar a figura dos seus irmãos, mais velhos. Por outro lado, se revelasse a identidade do próprio pai estaria a comprometer a sua clandestinidade ao revelar a sua própria identidade enquanto personagem oculta por detrás do episódio da ressurreição de Lázaro, em virtude da qual se encontrava em situação de perseguido político pelas autoridades religiosas judaicas.
Na verdade, esta seria uma das razões pela qual nunca mais se ouviu falar de Simão de Cirene. Aliás, duma maneira geral, pode postular-se que todos os personagens do novo testamento que apareceram nos evangelhos e nunca mais foram visto na história cristã se reportam a personagens que se transformaram por força da clandestinidade a que a repressão judaica votou o cristianismo primitivo depois da ressurreição de Jesus! Claro que o secretismo que se reconhece aos evangelhos de Marcos, em parte porque foram escritos na clandestinidade da época de perseguição judaica, permitem explicaria a razão porque o evangelista não descobriu este segredo. Por outro lado, os judeus da época tinham proles numerosas e Alexandre & Rufos seriam apenas os filhos mais velhos faltando ainda referir Marta e Maria Madalena e, por fim, o filho mais novo que seria João Marcos. Na verdade, as famílias ricas que protegiam Jesus não seriam assim tantas para que faça sentido multiplicar os seus nomes, fazendo com que Simão, o leproso, Simão de Sirene, Mateus e Zaqueu, fossem todos diversos, levitas e publicanos ricos.
Ver: ECCE HOMO (***)
Por outro lado, a hipótese de o pai de Marcos ser romano afigura-se altamente improvável porque um rico romano muito pouco provavelmente casaria com um judia, nunca daria nome judeu a um filho, teria casa principal em solo romano e, pela sua morte, dificilmente uma esposa sua iria viver em Jerusalém! Sendo assim, sem provas documentais seguras tal presunção afigura-se delirante. Um rico romano, mesmo que a sua fortuna tivesse sido ganha depois de oportuno casamento com uma judia, seria um trunfo sócio-político inestimável para os seus herdeiros pelo que o seu nome teria tido precedência na família e muito dificilmente teria passado incógnito nas sagradas escrituras, quase sempre ciosas da pax romana romano como protecção contra a repressão das autoridades judaicas anteriores à queda de Jerusalém no reinado de Tito!
Regardless of Papias's remarks that Mark never knew our Lord, there is speculation that he would have been acquainted with Jesus. He may have been the unnamed youth (mentioned only in Saint Mark's Gospel 14:51-52) who appeared at the time of the Betrayal, wrapped in a sheet, as if he had come straight from his bed, and who, when caught, escaped into the night (this has always been curious to me). It is likely enough that Saint Mark, as a boy, had been drawn to the scene, but it is only a conjecture. Other Scripture scholars note that the Last Supper may have occurred in the room reserved in Mark's mother's house for pilgrims, and that the Garden of Gethsamane belonged to the family. It would have been common enough for one of the family members or servants to sleep in the garden as a protection against thieves, which would explain the boy sleeping in the open (Attwater, Benedictines, Bentley, Delaney, Encyclopedia, Farmer, Gill, Walsh, White). -- St. Patrick's Church.
João Marcos aparece nomeado pela primeira vez nos actos dos apóstolos o que em nada significa que esta personagem não existisse antes, com outro nome (apenas João, por exemplo) ou incógnito, como seria o caso do “jovem rico”.
AC. APOS. 12 Consideransque venit ad domum Mariae matris Ioannis, qui cognominatur Marcus, ubi erant multi congregati et orantes.[14] (…) 25 Barnabas autem et Saulus reversi sunt in Ierusalem expleto ministerio, assumpto Ioanne, qui cognominatus est Marcus.
A forma com que os “Actos” referem o tratamento paternalista que Barnabé e Paulo assumiram sobre este Marcos indicia a menoridade social deste! Por outro lado, aparece a pretexto de Maria, a mãe de João, cognominado Marcos o que, de certo modo, indicia que aquela seria já viúva, porque sem esposo a identifica-la, e que este João Marcos seria ainda novo porque ainda não havia tomado posse da casa de seu pai, pelo menos no conceito social, apesar da a importância que este veio a ter depois.
Como já se disse, um dos defeitos dos exegetas do novo testamento é o de multiplicarem tanto as Marias que rodearam Jesus, como o legendário dos primeiros santos.
An early uncertain tradition, recorded by Eusebius, renders Mark the first bishop of Alexandria, but neither Papias nor Clement of Alexandria mentions it. The tradition says that upon his arrival in Alexandria, like Paul arriving in Damascus, Mark found lodging with an inhabitant, in this case with a shoemaker. The shoemaker was also to become a saint, whose feast is celebrated today-- Anianus. Tradition continues that Mark was martyred during the reign of Emperor Trajan or the "eighth year of Nero," and the shoemaker Anianus succeeded him as bishop. In the East, John Mark is believed to be a separate person who became bishop of Biblios and whose feast is celebrated on September 27. -- St. Patrick's Church.
Onde teria estado esta Maria Mãe de João Marcos durante o tempo e Jesus? Seria esta Maria a mãe dos filhos de Zebedeu? Obviamente que não porque João Marcos nunca foi confundido com João, o suposto evangelista! Mas a inversa é plausível: “o discípulo amado” confundido com o autor do 4º evangelho pode ter sido Marcos. Teria esta sido convertida por S. Pedro como tendenciosamente contam as lendas piedosas cristãs, sempre mais ignorantes do que sabias e expeditas, na véspera do Pentecostes ou seria esta apenas e somente a mãe de Maria Madalena? Em rigor nada há a opor a esta tese tanto mais que pouco se sabe desta mulher, o que não deixa de ser coisa estranha dada a importância que a sua casa e fortuna teve no desabrochar da igreja primitiva de Jerusalém!
Como é óbvio, no caso de Marcos ter sido o “jovem rico” seria um jovem impúbere quando Jesus o conheceu! Na verdade, Marcos teria abandonado a Palestina muito novo e ter-se-ia de tal modo inserido na cultura suburbana dos judeus emigrados em Roma que já se teria latinizado inteiramente à data em que escreveu ou inspirou o seu evangelho. Do mesmo modo se explica a pressa de Papias em considerar que Marcos não teria conhecido Jesus. Na verdade, esta afirmação além de deselegante, por retirar prestígio ao evangelista, correu o risco de desacreditar o próprio evangelho.
Finally, There was not an extremely strong motivation for the early church to attribute the second gospel to one obscure Mark, the disciple of Peter, instead of directly to an apostle.
Como o evangelho de Marcos não ficou desacreditado é porque muita gente importante que ficou esquecida, como quase sempre acontece no turbilhão da história, sabia um pouco mais do que Papias. Na verdade, se Marcos nasceu em Jerusalém e já era suficientemente gente por volta do ano 44, quando Pedro foi liberto da prisão, para que as Escritura Sagradas a ele se tenham referido então as probabilidades de Marcos não ter conhecido pessoalmente Jesus eram mínimas.
12:25 - And Barnabas and Saul returned from Jerusalem when they had fulfilled their mission, taking along with {them} John, who was also called Mark. Col: 4:10 - Aristarchus, my fellow prisoner, sends you his greetings; and {also} Barnabas's cousin Mark (about whom you received instructions; if he comes to you, welcome him);
As lendas coptas referem que Marcos foi o aguadeiro das bodas de Caná e da “última ceia” e muitos estudiosos da bíblia pensam exactamente o oposto de Papias:
Mark was one of the fortunate few to have seen and heard Jesus Christ during His human lifetime. -- Daily Bible Study
Throughout the years, the Coptic historians professed that St. Mark was one of the seventy apostles, as mentioned by Luke the Evangelist. [Luke 10:1-12] Our contemporary writers, as well as those in the Middle Ages shared this fact. Severus Ben Al- Mokafaa, Bishop of Al-Ashmouneen, in the tenth century mentioned it in his book. (Ben Kabar included his name in both, the origional Coptic and the Greek lists of the apostles. (…) St. Epiphanius, Bishop of Cyprus mentioned this fact in his book. Before him, Origen, a scholar of the second and third centuries, reported this in his book the “Faith in God”, saying that Mark was among the seventy, who were chosen by God to be His messengers. – Saint Mark’s Orthodox Fellowship.
Quem era afinal Marcos de acordo não apenas com a tradição cristã mas sobretudo com as Sagradas Escrituras?
The evangelist; "John whose surname was Mark" (Acts 12:12,25). Mark (Marcus, Colossians 4:10, etc.) was his Roman name, which gradually came to supersede his Jewish name John. He is called John in Acts 13:5,13, and Mark in 15:39,2 Tim 4:11, etc. He was the son of Mary, a woman apparently of some means and influence, and was probably born in Jerusalem, where his mother resided (Acts 12:12). Of his father we know nothing. He was cousin of Barnabas (Colossians 4:10). (…) Ma’ry, mother of Mark (Colossians 4:10) was sister to Barnabas. -- Easton's Bible Dictionary.
Uma Maria, apenas mãe de Marcos, é pouco como identificação de uma matrona que seria tão rica e influente em Jerusalém ao ponto de ter casa abastada e suficientemente espaçosa para nela albergar todos os discípulos de Jesus no domingo de Pentecostes. No entanto, os piedosos autores da história cristã primitiva dedicaram-se a multiplicar personagem do novo testamento com nomes de Maria e de João com o mesmo afã com que os antigos mitólogos multiplicavam os nomes de Deus, possivelmente para lançarem premeditadamente cortinas de confusão suficiente que permitissem deixar no anonimato figuras e pormenores históricos que começavam a ser comprometedores para a pequena política das diversas Igrejas primitivas.
A proliferação de pseudónimos nas personagens das Escrituras Sagradas do Novo Testamento são fáceis de entender numa época de clandestinidade como foi a da igreja primitiva! Por outro lado suspeita-se que estes pseudónimos copiassem o enquadramento mítico de histórias de divinas mortes e ressurreições vulgares no oriente médio como seriam as de Tamuz e Adónis. Assim, existem também suspeitas de que o nome de Barnabé seria um mero pseudónimo do tio cipriota de Marcos.
Actos 4: 36 Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre, 37 possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.
Se, Grec. Anepsios = ”primo” e
Barrabás (< Barab’bas) era literalmente o “filho do mestre” então,
Barnabé < Bar-nab-et < Bar’nab-ash < bar´-naba (= fermento) -bas < Bar-Nebo`-bas = filho + (naba`) + mestre, ou seja e tão somente, um fiel adepto do marido de sua sobrinha, o Mestre Jesus e, portanto, filho do primo do mestre, ou seja ainda e quase de certeza, um parente de sangue ou por afinidade de Jesus!
De facto, Barnabé teria sido parente de Maria Madalena e, por afinidade,...de Jesus!
According to Christian tradition, Lazarus was a Jewish Pharisee, but because of the rumoured plots fled for his life to Cyprus, where he later became a Christian bishop and lived another thirty years. – Wikipedia.
Bar’nabas (son of consolation or comfort) = a name given by the apostles, (Acts 4:36) to Joseph (or Jose), a Levite of the island of Cyprus, who was early a disciple of Christ.Their identity is not questioned by any ancient writer of note, while it is strongly suggested, on the one hand by the fact that Mark of the Pauline Epistles was the cousin (ho anepsios) of Barnabas (Col., iv, 10), to whom Mark of Acts seems to have been bound by some special tie (Acts, xv, 37, 39) -- The Catholic Encyclopedia, Volume IX.
A tradição a respeito de Lázaro confirma o que era de esperar de acordo com o mais elementar bom-senso. Que este teria fugido para bem longe de Betânia por ter a cabeça a prémio.
João 12: 10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro, 11 porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.
Por outro lado, só assim se compreende o silêncio de todos os autores sagrados a respeito de Lázaro bem como o facto de este ter subitamente desaparecido de cena depois da paixão de Cristo.
Actos 15: 37 E Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado Marcos. 38 Mas a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os acompanhou naquela obra. 39 E tal contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
Há quem diga que Marcos teria abandonado o trabalho de evangelização da Panfília porque era um menino rico mimado e pouco amante do trabalho esforçado o que até certo ponto estaria de acordo com o jovem pusilânime que aparece retratado como “discípulo amado” no 4º evangelho. Outros admitem que Marcos teria tido medo das perseguições dos judeus e neste caso não faria grande sentido ter regressado a Jerusalém tendo sido preferível ter partido para a casa do tio em Chipre, tal como terá acontecido logo após a “ascensão de Jesus”!
As lendas a respeito de Lázaro são contraditórias porque ou o desterram irremediável e definitivamente para Chipre onde veio a ter o prémio de consolação dum bispado ou o fazem fugir para o sul de França onde também lhe concedem o prémio de consolação dum bispado em Marselha! Quanto a Marcos, se não podemos afirmar como seguro que este tenha estado em Chipre antes de aparecer pela primeira vez nos Actos dos Apóstolos podemos no entanto postular que tal não só não é impossível como é até muito provável.
Lazarus of Bethany, the brother of Martha and Mary. (John 11:1) All that we know of him is derived from the Gospel of St. John, and that records little more than the facts of his death and resurrection. -- The International Standard Bible Encyclopedia.
Mark = (…) What his reasons were for turning back, we cannot say with certainty; Acts, xv, 38, seems to suggest that he feared the toil. At any rate, the incident was not forgotten by St. Paul, who refused on account of it to take Mark with him on the second Apostolic journey. This refusal led to the separation of Paul and Barnabas, and the latter, taking Mark with him, sailed to Cyprus (Acts, xv, 37-40). At this point (A.D. 49-50) we lose sight of Mark in Acts, and we meet him no more in the New Testament, till he appears some ten years afterwards as the fellow-worker of St. Paul, and in the company of St. Peter, at Rome. (…) On the assumption that the founder of the Church of Alexandria was identical with the companion of Paul and Barnabas, we find him at Jerusalem and Antioch about A.D. 46 (Acts xii, 25), in Salamis about 47 (Acts, xiii, 5), at Antioch again about 49 or 50 (Acts, xv, 37-9), and when he quitted Antioch, on the separation of Paul and Barnabas, it was not to Alexandria but to Cyprus that he turned (Acts, xv, 39). -- The Catholic Encyclopedia, Volume IX.
Assim, tudo aponta para que, de facto, Lázaro, que seria então apenas João, tivesse fugido para casa do seu tio Barnabé em Chipre donde saiu como João Marcos com o sugestivo pseudónimo de defesa (Marcus)[15], pela mão de Barnabé!
Marcus \ m(a)-rcus, mar-cus \ como nome de rapaz é pronunciado mar-kus. É de origem latina, e o significado de Marcus é “dedicado para o Marte”. Tem a raiz de nomes como o Marcos e Marcelo.[16]
Então, o que Papias teria pretendido dizer (e então tê-lo-á dito de forma desastrada!) é que, não tendo sido um dos apóstolos e sendo ainda muito jovem à época de Jesus, Marcos não teria assistido pessoalmente aos episódios evangélicos mais importantes pelo que o conteúdo do evangelho de Marcos terá sido aprendido não apenas com Pedro nem apenas com todos os apóstolos com que andou (seu tio Barnabé e S. Paulo por exemplo) como com todos os que frequentavam a casa de sua mãe onde circularia a tradição oral que viria a fazer parte do fundo cultural que viria a plasmar este primeiro sinóptico.
John P. Meier provides an example in which the author of Mark shows himself to be dependent on oral tradition. The story of the feeding of the multitude is found twice in Mark and once in John. Meier writes (A Marginal Jew, v. 2, pp. 965-6): "This suggests a long and complicated tradition history reaching back to the early days of the first Christian generation. Prior to Mark's Gospel there seems to have been two cycles of traditions about Jesus' ministry in Galilee, each one beginning with one version of the feeding miracle (Mk 6:32-44 and Mk 8:1-10).
Ireneu terá obtido de Papias a informação de que o evangelho segundo S. Marcos teria sido escrito depois da morte de S. Pedro, ou seja, por volta do ano 65 d. C.
"After their departure [of Peter and Paul from earth], Mark, the disciple and interpreter of Peter, did also hand down to us in writing what had been preached by Peter." (Irenaeus, Against Heresies 3.1.1):
As to the time when it was written, the Gospel furnishes us with no definite information. Mark makes no mention of the destruction of Jerusalem, hence it must have been written before that event, and probably about A.D. 63. -- Easton's Bible Dictionary.
No entanto, todo o capítulo 13º do evangelho segundo S. Marcos só faz sentido, dentro dum naturalismo realista e fora dum contexto de profetismo impossível, aceitando que Marcos já tinha tido conhecimento da guerra da Judeia descrita por Josefo.
Assim, mais uma vez as informações de Papias estariam pouco correctas pois que o mais natural seria que Marco o evangelista já estaria ao corrente da destruição do templo ocorrida no ano 70, no reinado de Tito, quando escreveu o capítulo 13 do seu evangelho, aliás copiado por todos os restantes sinópticos.
Marc. 13 1 E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras e que edifícios! 2 E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada. 3 E, assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João, e André lhe perguntaram em particular: 4 Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir. 5 E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane, 6 porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. 7 E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis, porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim. 8 Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes. Isso será o princípio de dores. 9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados ante governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho. 10 Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações: 11 Quando, pois, vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer; mas o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo. 12 E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai, o filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais e os farão morrer. 13 E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo. 14 Ora, quando vós virdes a abominação da desolação, que foi predito, estar onde não deve estar (quem lê, que entenda), então, os que estiverem na Judéia, que fujam para os montes; 15 e o que estiver sobre o telhado, que não desça para casa, nem entre a tomar coisa alguma de sua casa; 16 e o que estiver no campo, que não volte atrás, para tomar a sua veste. 17 Mas ai das grávidas e das que criarem naqueles dias! 18 Orai, pois, para que a vossa fuga não suceda no inverno, 19 porque, naqueles dias, haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá. 20 E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias. 21 E, então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo, ou: Ei-lo ali, não acrediteis. 22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos. 23 Mas vós vede; eis que de antemão vos tenho dito tudo. 24 Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz. 25 E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas. 26 E, então, verão vir o Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória. 27 E ele enviará os seus anjos e ajuntará os seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu. 28 Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já o seu ramo se torna tenro, e brotam folhas, bem sabeis que já está próximo o verão. 29 Assim também vós, quando virdes sucederem essas coisas, sabei que já está perto, às portas. 30 Na verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam. 31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. 32 Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai. 33 Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo. 34 É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. 35 Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, 36 para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. 37 E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai.
A historicidade deste contexto social foi atestada por Josefo na sua guerra da Judeia.
Josephus tells us about Menahem, the son of Judas, as well as Simon, the son of Gioras, "both of whom were striking messianic pretenders. "Helms states, "As far as Mark was concerned the Jewish War was over; there remained only the cosmic disorder and the Second Coming." Josephus refers to false prophets during the final phase of the Roman assault on the Temple as it was engulfed in flame: "A false prophet was the occasion of these people's destruction, who had made a public proclamation in the city that very day, that God commanded them to get upon the temple, and that there they should receive miraculous signs of their deliverance. Now there was then a great number of false prophets suborned by the tyrants to impose on the people, who denounced this to them, that they should wait for deliverance from God; and this was in order to keep them from deserting, and that they might be buoyed up above fear and care by such hopes." (Wars of the Jews 6.5.2)
Se Marcos era um efebo quando Jesus morreu então, de acordo com a precocidade natural da época, que mandava que um judeu exemplar se casasse por volta dos 16 anos, teria cerca de 12 anos[17]. Atendendo que as contas relativas ao nascimento de Cristo se encontram desfasadas cerca de 6 anos relativamente ao calendário juliano podemos aceitar que no ano 70 Marcos teria pouco mais de 65 anos o que, de modo algum invalida a possibilidade de este ter, de facto assistido ao lançamento do primeiro dos sinópticos! Mas, mesmo que estas contas sejam mera simulação desnecessária e mesmo que o evangelho de Marcos tenha sido apenas inspirado por este a verdade é que é precisamente apenas a eventualidade de Marcos ter sido o “jovem rico” dos sinópticos a principal condição para que este pudesse ser o inspirador activo do mais antigo dos evangelhos. De resto, Marcos enquanto Lázaro seria o virgem discípulo amado!
Do mesmo modo, se Marcos era vivo por volta do ano 70 e assistiu à queda de Jerusalém não poderia ter sofrido o martírio em Alexandria em nenhuma das vezes que o diz a tradição. De acordo com Eusébio (Hist. Ecl. II 24.1[10]), o sucessor de Marcos como bispo de Alexandria foi Aniano, no oitavo ano do imperador Nero (62-63 d.C.), provavelmente (mas não certamente) por conta de sua morte. Tradições coptas posteriores dizem que ele foi martirizado em 68 d.C.
In 68 AD, the 14 th. year of Niron’s reign, on the 29 th. Of Barmoda, while the Christians were celebrating Easter in the church in Pokalia, the Egyptians and the Greeks were also celebrating the national day for the idol god Sirabis. On this day the pagans gathered to kill St. Mark. It was too much for the pagans to see many of their own people were converting to Christianity as well as the fact that St. Mark himself was harsh in his criticism to the pagans. This increased their rage. The people together with authority moved swiftly against St. Mark. The crowd attacked the church at the time St. Mark just completed the Eucharist. They pushed away the congregation and arrested him and with a long strong rope they put around his neck, they pulled him along the streets and the roads of the city.
Ver: MADALENA (***)
Ora, se Maria, a mãe de Marco, fosse a mãe de Maria Madalena, então Marcos poderia ter sido irmão deste e, neste caso, ter tido no 4º evangelho o nome de Lázaro, antes de vir a ser o menino João que veio a crescer como Marcos, o evangelista! De resto, Marcos seria também irmão de Filipe, tal como teria sido de Alexandre e de Rufus.
Acts Of Philip: 94 It came to pass when the Saviour divided the apostles and each went forth according to his lot, that it fell to Philip to go to the country of the Greeks: and he thought it hard, and wept. And Mariamne his sister (it was she that made ready the bread and salt at the breaking of bread, but Martha was she that ministered to the multitudes and laboured much) seeing it, went to Jesus and said: Lord, seest thou not how my brother is vexed?
Another legend has it that John was in Rome with Peter, and that he was tortured, but there is no historical corroboration. It is also said that there was an attempt to poison him there but when he took the cup the poison disappeared in the form of a serpent. This explains the Roman Catholic symbol for John, a cup with a serpent coming out of it. John died on 26 September around 100 AD. -- [18]
As lendas em volta de João filho de Zebedeu andam invariavelmente misturadas com as de João Marcos dada a real e efectiva preponderância deste em relação àquele que pelo seu feitio quezilento deve ter durado pouco tempo e deixado espaço para lendas e ditos que veio a ser ocupado por Marcos. Depois, também a relação deste João com as cobras deve decorrer sobretudo do lado místico e gnóstico do seu evangelho secreto de Marcos!
Se fôssemos dar ouvidos às lendas Marcos teria morrido em Alexandria no ano 67.
Mark the disciple and interpreter of Peter wrote a short gospel at the request of the brethren at Rome embodying what he had heard Peter tell. When Peter had heard this, he approved it and published it to the churches to be read by his authority as Clemens in the sixth book of his Hypotyposes and Papias, bishop of Hierapolis, record. Peter also mentions this Mark in his first epistle, figuratively indicating Rome under the name of Babylon “She who is in Babylon elect together with you saluteth you nd so doth Mark my son.” So, taking the gospel which he himself composed, he went to Egypt and first preaching Christ at Alexandria he formed a church so admirable in doctrine and continence of living that he constrained all followers of Christ to his example. Philo most learned of the Jews seeing the first church at Alexandria still Jewish in a degree, wrote a book on their manner of life as something creditable to his nation telling how, as Luke says, the believers had all things in common at Jerusalem, so he recorded that he saw was done at Alexandria, under the learned Mark. He died in the eighth year of Nero and was buried at Alexandria, Annianus succeeding him. -- Jerome and Gennadius. Lives of Illustrious Men.
Porém, mesmo no campo da ortodoxia existem dúvidas sobre a historicidade do martírio de João Marcos em Alexandria pois nem sequer teria sido mártir visto que o seu nome não aparece em nenhum martiriológio anterior ao século quarto.
Il est capturé et martyrisé par les idolâtres irrités de ses nombreuses conversions et mort en martyr de la chrétienté en 67. Ses reliques furent conservées dans une petite chapelle du petit port de pêche de Bucoles proche d'Alexandrie où il avait souffert le martyre.
The date of Mark's death is uncertain. St. Jerome ("De Vir. Illustr.", viii) assigns it to the eighth year of Nero (62-63) (Mortuus est octavo Neronis anno et sepultus Alexandriæ), but this is probably only an inference from the statement of Eusebius ("Hist. eccl.", II, xxiv), that in that year Anianus succeeded St. Mark in the See of Alexandria. Certainly, if St. Mark was alive when II Timothy was written (2 Timothy 4:11), he cannot have died in 61-62. Nor does Eusebius say he did; the historian may merely mean that St. Mark then resigned his see, and left Alexandria to join Peter and Paul at Rome. As to the manner of his death, the "Acts" of Mark give the saint the glory of martyrdom, and say that he died while being dragged through the streets of Alexandria; so too the Paschal Chronicle. But we have no evidence earlier than the fourth century that the saint was martyred. This earlier silence, however, is not at all decisive against the truth of the later traditions.
É certo que o silêncio durante os primeiros três séculos da vida de alguém não é argumento decisivo contra tradições posteriores mas lá que as torna muito duvidosa, lá isso que torna! Pelo menos já sabemos que S. Jerónimo não tinha razão quando o dava como morto no oitavo ano do reinado de Nero e sepultado em Alexandria porque estava vivo no ano em que a epistola de Timóteo II teria sido escrita, se é que foi escrita neste ano. Pelos vistos Eusébio apenas teria dito que Marcos resignou nesse ano para ir ter com Pedro ou (mais seguramente) com Paulo a Roma. Postas as coisas neste pé é bem provável que ambos estivessem a falar do que não sabiam o que foi sempre muito comum na tradição cristã, pense embora que tal era de regra na época mítica mas...as transições de fase nunca acontecem de forma brusca ainda que isso pareça a quem acredite no milagre das revoluções! Ou seja, ninguém sabe ao certo quando, como e onde é que Marcos morreu e a tal tradição tardia do século IV das crónicas de Pachal merecem pouco crédito, porque não são suportadas pela lógica dum S. Marcos que já tinha sido o amado de Jesus.
Copts take pride in the persecution they have sustained as early as May 8, 68 A.D., when their Patron Saint Mark was slain on Easter Monday after being dragged from his feet by Roman soldiers all over Alexandria's streets and alleys.
Sendo assim já é possível voltar a vê-lo no contexto apocalíptico descrito no capítulo 13 do seu evangelho. Se João Marcos acreditasse mesmo na vinda do Filho do Homem nas nuvens, com grande poder e glória, e que não passaria a sua geração sem que todas essas coisas acontecessem então faz todo o sentido pensar que a data do suposto martírio de Marcos no Egipto corresponderá de facto ao seu súbito desaparecimento de Alexandria porque algo urgia na Judeia para que ela lá voltasse.
E de facto assim foi. Segundo Flávio Josefo, no ano de 66 d.C., um grupo de sicários e zelotas entrou furtivamente na fortaleza de Massada e dizimou a guarnição romana ali aquartelada. Pouco depois Manaém, o líder destes sicários, chegou a Massada com mais homens, saqueou o arsenal e seguiu para Jerusalém onde agiu com crueldade extrema, assassinando todos os que não se submetiam à sua autoridade. A Sua tirania tornou-se tão insuportável que provocou um o levante de judeus de Jerusalém que consideravam sua tirania pior que a de Roma. Nessa revolta, Manaém foi preso e executado. Muitos de seus seguidores fugiram para Massada, incluindo um parente seu chamado Eleazar ben Jair, que se tornou o novo líder destes zelotas.
Ou seja, João Marcos voltou a ser Lázaro porque pensou que a revolta de Manaém iria preparar a vinda do filho do homem!
Ora, este Manaem era um dos profetas referidos nos Actos e até prova em contrário seria um dos zelotas que esperavam a segunda e próxima vinda de Jesus, o messias prometido, que veio a ser precisamente em Antioquia, Jesus Cristo e dar nome aos cristãos, obviamente por serem judeus messianistas:
Actos, Capítulo 13 1 Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio de Cirene, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
De passagem ficamos também a saber que Lázaro era filho de Jairo, um chefe da sinagoga como seria o caso do homem rico, pai do jovem rico dos evangelhos!
Marcos 5: 22 E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés 23 e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva. 24 E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava. 25 E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, 26 e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, 27 ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta. 28 Porque dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei. 29 E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal. 30 E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes? 31 E disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me tocou? 32 E ele olhava em redor, para ver a que isso fizera. 33 Então, a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade. 34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal. 35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? 36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente. 37 E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, e Tiago, e João, irmão de Tiago. 38 E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço e os que choravam muito e pranteavam. 39 E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme. 40 E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina e os que com ele estavam e entrou onde a menina estava deitada. 41 E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talitá cumi, que, traduzido, é: Menina, a ti te digo: levanta-te. 42 E logo a menina se levantou e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto. 43 E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer. | Mateus 9: 18 Dizendo-lhes ele essas coisas, eis que chegou um chefe e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá. 19 E Jesus, levantando-se, seguiu-o, e os seus discípulos também. 20 E eis que uma mulher que havia já doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla da sua veste, 21 porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar a sua veste, ficarei sã. 22 E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.
23 E Jesus, chegando à casa daquele chefe, e vendo os instrumentistas e o povo em alvoroço,
24 disse-lhes: Retirai-vos, que a menina não está morta, mas dorme. E riram-se dele. 25 E, logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus e pegou-lhe na mão, e a menina levantou-se. 26 E espalhou-se aquela notícia por todo aquele país. | Lucas 8: 41 E eis que chegou um varão de nome Jairo, que era príncipe da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que entrasse em sua casa; 42 porque tinha uma filha única, quase de doze anos, que estava à morte. E, indo ele, apertava-o a multidão. 43 E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada, 44 chegando por detrás dele, tocou na orla da sua veste, e logo estancou o fluxo do seu sangue. 45 E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou? 46 E disse Jesus: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude. 47 Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante ele, declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado e como logo sarara. 48 E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz. 49 Estando ele ainda falando, chegou um da casa do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha já está morta; não incomodes o Mestre. 50 Jesus, porém, ouvindo-o, respondeu-lhe, dizendo: Não temas; crê somente, e será salva.
51 E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão a Pedro, e a Tiago, e a João, e ao pai, e a mãe da menina.
52 E todos choravam e a pranteavam; e ele disse: Não choreis; não está morta, mas dorme. 53 E riam-se dele, sabendo que estava morta. 54 Mas ele, pegando-lhe na mão, clamou, dizendo: Levanta-te, menina! 55 E o seu espírito voltou, e ela logo se levantou; e Jesus mandou que lhe dessem de comer. 56 E seus pais ficaram maravilhados, e ele lhes mandou que a ninguém dissessem o que havia sucedido. |
Seria a filha de Jairo Marta, a irmã de Maria Madalena? Na verdade os evangelhos não nos referem a idade de nenhuma delas sendo aceitável que Marta fosse a irmã mais nova dos mais novos dos filhos de Simã Jairo, que mais não seria que o nome judaico de Simão Zaqueu, o leproso.
The lion is the symbol of St. Mark for two reasons:
1- He begins his Gospel by describing John the Baptist as a lion roaring in the desert ( Mark 1:3).
2- His Famous story with the lion, as related to us by Severus Ebn-El-Mokafa: Once a lion and lioness appeared to John Mark and his father Arostalis while they were traveling in Jordan. The father was very frightened and begged his son to escape, while awaited his fate. John Mark assured his father that Jesus Christ would save them, and began to pray. The two beasts fell dead and as a result of this miracle, the father believed in Christ.
[1] A Historical Introduction to the New Testament by Robert M. Grant, Chapter 8: The Gospel Of Mark.
[2] "And the presbyter said this. Mark having become the interpreter of Peter, wrote down accurately whatsoever he remembered. It was not, however, in exact order that he related the sayings or deeds of Christ. For he neither heard the Lord nor accompanied Him. But afterwards, as I said, he accompanied Peter, who accommodated his instructions to the necessities [of his hearers], but with no intention of giving a regular narrative of the Lord's sayings. Wherefore Mark made no mistake in thus writing some things as he remembered them. For of one thing he took especial care, not to omit anything he had heard, and not to put anything fictitious into the statements."
[3] he (Mark) neither heard the Lord nor accompanied Him.
[4] Bethphage – “house of unripe figs”. A small village between Bethany and Jerusalem. Bethany – Bethania – “house of dates” or “house of misery”; a village at the Mount of Olives, about two miles (3 km) from Jerusalem, on or near the normal road to Jericho
[5] "Anyone approaching Jerusalem from Jericho would come first to Bethany and then Bethphage, not the reverse. This is one of several passages showing that Mark knew little about Palestine; we must assume, Dennis Nineham argues, that 'Mark did not know the relative positions of these two villages on the Jericho road' (1963, 294-295). Indeed, Mark knew so little about the area that he described Jesus going from Tyrian territory 'by way of Sidon to the Sea of Galilee through the territory of the Ten Towns' (Mark 7:31); this is similar to saying that one goes from London to Paris by way of Edinburgh and Rome. The simplist solution, says Nineham, is that 'the evangelist was not directly acquainted with Palestine' (40)." -- Who Wrote the Gospels? Randel Helms.
[6] © by InterCity Oz,
[7] copyright G C H Nullens.
[8] Life of the Apostle and Evangelist Mark, by Severus, Bishop of Al-Ushmunain (fl. ca. AD 955 - 987)
[9] Life of the Apostle and Evangelist Mark, by Severus, Bishop of Al-Ushmunain (fl. ca. AD 955 - 987)
[10] In 1941, the Israeli archaeologist Eleazar Sukenik from the Hebrew University, and his assistant Nahman Avigad, discovered a rock tomb in the Kidron valley in eastern Jerusalem. (…) Sukenik and Avigad found twelve names in fifteen inscriptions. Eight of the names were Greek style, and most of these were not known among Greco-Jewish inscriptions in Palestine. However, some of them were particularly common in Cyrenaica. So it seems likely that this tomb belonged to a Jewish family that came from, or had strong links with, Cyrenaica. The inscriptions on one of these ossuaries says:
Alexandros (son) of Simon
On the back of this ossuary, there is another inscription, where the writer has clearly made a mistake and started again. On the lid of the ossuary, there is a third inscription that has the name Alexandros in Greek, and then the Hebrew word QRNYT. The meaning of this word is not clear, but one possibility is that the person making the inscription meant to write QRNYH - the difference is only a small one in Hebrew. QRNYH would be the Hebrew for ‘Cyrenian’.So there is evidence here for a family of Jews with links to Cyrene. The family included a man called Simon and his son Alexander, exactly as in the Bible. Of course, there is no way we can prove that this particular Simon was the same person mentioned in the Bible, but statistically it appears very probable: When we consider how uncommon the name Alexander was, and note that the ossuary inscription lists him in the same relationship to Simon as the New Testament does and recall that the burial cave contains the remains of people from Cyrenaica, the chance that the Simon on the ossuary refers to the Simon of Cyrene mentioned in the Gospels seems very likely. www.facingthechallenge.org/cyrene.htm
[11] Reinach, Simon de Cyrene. The criticism of Reinach by Loisy should be read (Revue d'Histoire et de litterature religieuses, 1913).
[12] This episode is not found in the fourth Gospel. Some authors, such as Jean Réville (Quatrième évangile), consider that the evangelist has omitted it in the interest of anti-Docetism; others, like Holtzmann-Bauer, believe that he was influenced by the words of Jesus on the necessity of carrying one's cross, or by the story of Isaac, who himself carried the wood for the burnt-offering. The fact that John has allowed other details of the Passion to be passed over leads us to consider it a simplification of the narrative, designed to concentrate all attention upon Jesus. The incident is wanting also in the Gospel of Peter. (M.Goguel, Introd. au N.T., ii.)
[14] Act. 12:12 - And when he realized {this,} he went to the house of Mary, the mother of John who was also called Mark, where many were gathered together and were praying. (…) And Barnabas and Saul returned from Jerusalem when they had fulfilled their mission, taking along with {them} John, who was also called Mark.
[15] A escolha deste nome parece um lapso psicanalítico comum nas escolhas das modernas passwords!
[16] Marcus \m(a)-rcus, mar-cus\ as a boy's name is pronounced MAR-kus. It is of Latin origin, and the meaning of Marcus is "dedicated to Mars". The root of names such as Mark and Marcel.
[17] Esta realidade social seria idêntica no resto do mundo antigo o que permite encarar a pedofilia iniciática antiga, de que se falará adiante, como algo que culturalmente nada teria a ver com a pedofilia moderna!
[18] copyright G C H Nullens.
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