domingo, 22 de setembro de 2013

DEUSES LATINOS – MINERVA, variante etrusca de Belona, por Artur Felisberto.

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Figura 1: Menareva etrusca.

Menarva (Menrva, Meneruva ou Menrfa) était la déesse étrusque de la sagesse et plus tard de la guerre. Elle sera ultérieurement assimilée à Minerve.

De Minerva se poderia dizer logo que se tratava da maior das Horai do harém de Minos, deusa Taura, a «macha» dos exércitos cretenses no sentido mais sublime de Heroa, a «generala» principal. Sabendo-se que a deusa Hera só veio a ser a esposa de Zeus, numa época tardia do panteão olímpico podemos incluir nesta série de variantes de nome e epítetos da deusa mãe cretense o nome de Hera que não seria senão uma variante linguística de Ker, a deusa homérica da morte grega. Assim, não é de estranhar antever nestas etimologias a possibilidade de Minerva poder ter sido literalmente a filha Hera ou ela própria.

Mas outra evidência linguística patente no nome etrusco de Mena-reva é de assim se revelar a relação da cultura estrusca com as restantes culturas ocidentais da época e todas estas com a porção ocidental da talassocracia minóica. Reva, eposa de Revê, era a Ré, esposa do Réu no mundo galaico-lusitano.

Reva (Reae, Reua, Reve Aharácui) – É uma manifestação feminina do deus REVE. O seu carácter Feminino é Reua, o seu carácter masculino é Reue. Tanto personifica a Mãe deusa da vida e da morte como protege os homens e é o protector dos mundos. Reve (Reus, Revs, Reue, Rauue, Reo) – É a divindade mais importante de todo o Panteão supranacional Galaico-Lusitano original. Ele personifica, como o Grande Espírito masculino da Natureza que protege os homens e os mundos.

Obviamente que estes deuses supostamente genéricos, universais e supremos seriam na Lusitânia o que o deus Rá seria no Egipto. No entanto, as vicissitudes do nome de Menareva / Minerva devem ter passado também pelo nome da grande deusa grega, esposa do deus supremo, que foi Hera.

A verdade é que Hera seria uma deusa pré-hilénica que seria originalmente Heruwa, a protectora, obviamente que por ser aguerrida como soem ser as deusas leoninas da vida e da morte.

Helma - "teutónico (helm). “Elmo, protecção." Helga - "teutónico (halag). sublime, sagrada, religiosa." Heloísa - teutónico. guerreira famosa.

Her > Hel + ma > Helma, lit. mãe guerreira!

Kur-ka > Kurwa > Kyrwa > Herwa (> «erva»!) >

Her-u-wa < *Her-uska < Her-usha > Heluisha > Heloísa.

                                      > Helga.

Obviamente que Helma era a mãe de Hermes.

Kurwa =  In polish language it means: "fuck" or "bitch", means 'whore" from Yiddish "curveh". The Holy Qurbana of Addai and Mari belongs to the Chaldean liturgical family. (…) The Syriac word Qurbana (also spelled as Kurbana) is cognate with the Hebrew word Korban (קרבן). Korban (קרבן) (plural: Korbanot קרבנות) is a Jewish practice of sacrifice or offering, usually that of an animal. It is known as a Korban in Hebrew because its Hebrew root K [a] R [o] V (???) means to "[come] Close (or Draw Near) [to God]", which the English words "sacrifice" or "offering" do not fully convey.

"Curveh" < Kurwash > Kurwa + na, lit deusa Kurwa

= Kur-| wan, lit “o monte de Vénus” | > Egipt. Benben, o monte da aurora e da luz (Fan-os) primordial.

Kurka < Kurska < Kuriska < Kurish ó Iscur ó Istar, a “puta divinal”!

                                             > *Ker-tu.

No rito caldeu (ou siríaco oriental) a missa chama-se Kurbana. A relação do termo Kurwan com os ritos sacrificiais, que ainda perduram no santo sacrifício da missa católica, reporta-nos, na sua arcaica etimologia, para os cultos matriarcais e taurinos em honra da Grande Deusa Mãe mediterrânica das cobras cretenses, a Sr.ª *Ker-tu dos montes da aurora onde estrategicamente se ergueram os primeiros castros e cidades.

 

Ver: KARTU (**)

 

Sendo pré-helénica teria existido nos tempos minóicos e logo, será aceitável que tivesse existido uma protectora das cidades cretenses parecida com *Min-Heruwa, até porque os etruscos a conservaram literalmente com este nome, nome do qual derivou o de Minerva.

Kali < Kari < Karu < *Kaur < Kur > Kyr > Ker ó *Ker-tu

=> Ish-tar, Ash-Hera º Tur-an.

Meaning of the name "Menerva": "gifted with knowledge/wisdom" (*me-nes-Fa). Other forms attested of the Etruscan name: Menrva, Merva, Mera, Meneruva, Meneruca.

                                                                                  > Maura > Moira.

                                              > Me(n)rva > Merua > Meura > Mera.

Minerva < Etrusc. Menrva < Menarva < Meneruva < Men-eru-ka

> Meneruwa ó Minerufa ó Menrfa.

< Min-Her-uxa ó Mean-*Kertu.

 

A existência destes nomes, da época minóica, podemos reconhecê-los na antroponímia micénica como em Mémnon, Agamemnon, & Clitemnestra.

Clitemnestra ou Clitenestra (em grego: Κλυταιμνήστρα) era, na mitologia grega, esposa de Agamemnon, líder dos exércitos gregos em Troia. A bela rainha era irmã gêmea não-idêntica de Helena, de Castor e Pólux, e filha de Leda com Tíndaro.

Clitenestra < Clitemnestra < Κλυται- | μνήστρα = mnestra

< Min-estra < Min-Ishtar ó Min + Hator.

Kali < Kari < Karu < *Kaur < Kur > Kyr > Ker ó *Ker-tu

=> Ish-tar, Ash-Hera º Tur-an.

Meaning of the name "Menerva": "gifted with knowledge/wisdom" (*me-nes-Fa). Other forms attested of the Etruscan name: Menrva, Merva, Mera, Meneruva, Meneruca.

                                                                                  > Maura > Moira.

                                              > Me(n)rva > Merua > Meura > Mera.

Minerva < Etrusc. Menrva < Menarva < Meneruva < Men-eru-ka

> Meneruwa ó Minerufa ó Menrfa.

< Min-Her-uxa ó Mean-*Kertu.

Do mesmo modo que o nome de Clitemnestra nos ajuda a compreender a primeira parte do nome de Minerva o nome da deusa Hator ajuda-nos a entender a última porção. Se uma das propostas de leitura dos hieróglifos do nome egípcio de Hator era Hwt-Hrw, e como a este nome faltam seguramente as vogais, como era comum na ortografia semita, temos então que o nome egípcio da Hator era *Hiwete Herwa.

Hwt-Hrw = Hiwete-Herwa[1] < | Kiket < Kiki-at | Herka

> Kaher < Ka-ker > Ha/Na-Ter > Hathor.

Portanto, a verdadeira leitora do nome de Hator seria a Vaca (*Herwa) Hivete, ou seja, Isis.

Assim sendo tanto Minerva era a vaca sagrada do grande boi Minus quanto Hera foi uma mãe vaca.



[1] Kiki-at, a vaca na herva?

Obviamente que foi Hera que veio a ser desvirtuada de Deusa Mãe primordial matriarcal por excelência que foi, enquanto deusa das cobras cretenses até final da época do bronze, para poder vir a servir de esposa a Zeus a quando da transformação ideológica do patriarcado da idade do ferro. No entanto, a deusa Hera não veio a ter esta transformação no panteão romano mas mesmo assim acabou filha do deus supremo patriarcal, na tríade capitolina. O interessante é que terão acontecido várias reviravoltas na mitologia itálica pois Juno terá permanecido como deusa suprema desde o tempo em que foi esposa de Jano enquanto Minerva, que seria uma variante de Juno noutro qualquer panteão, acabou filha desta e mais tarde identificada com Atena.

Helvécia - na mitologia latina é a vestal morta por um raio. Hélvio < latim.=  castanho, pardo, escuro."

O nome da Hélvécia e seguramente o nome duma antiga deusa dos Alpes.

Hel-We-Tia = Deia Helwe ó Deusa Heruwa.

Helwa < Halwa > «Alba» > Alp > Alpes.

Seria de esperar que uma deusa dos Alpes fora uma deusa branca mas pelos visto o adjectivo latino helvico apontar para uma tradição de deusa escura como a noite que era apanágio das deusas virgens primordiais, tanto deusas da nocturna morte negra como da branca e auspiciosa aurora. No entanto, com o tempo estas deusas acabaram também deusas das brancas montanhas da morte.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.

“Transforma-se o amador na coisa amada”...

...o sentido das coisas no seu contrário!

Na verdade, Minerva foi identificada pelos latinos com Atena desde muito cedo o que em si mesmo pouco significa pois acabamos de referir outros equívocos em traduções míticas por mera equivalência tomados funcionalmente e de forma superficial!

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Figura 2: Tríade capitolina, herdada dos etruscos.

Não parece ser o caso de Minerva / Atena porque se prova que surgiram dum fundo mítico comum. De resto, sendo Minerva um dos elementos da Tríade Capitolina seria de esperar que os latinos conhecessem bem a personalidade da sua patrona que não iriam identificar com a mais que reconhecida Atena antes de terem disso a certeza.

Minerva Medica. Deusa dos médicos e da Cura. Deusa dos artesãos, da sabedoria e das artes em geral. Era comparado com a Deusa grega Atena. Um elemento da Tríade Capitolina. Minerva é a deusa de sabedoria, comércio, artes, e a inventora da música. Ovídio chamou-a "deusa de mil trabalhos" como era um dos epítetos de Estar, a deusa duma miríade de ofícios! Os romanos celebraram a sua adoração de 19 a 23 de Março, durante o Quinquatrus, o feriado dos artesãos.

Claro que Atena se parece, em alguns aspectos com um parédro de Hermes (wisdom, commerce, crafts) / Apolo (goddess of physicians and the inventor of music). A verdade porém é que teremos que ver nesta indefinição de funções míticas, até certo ponto permutáveis, o indício de que Atena seria uma variante de Inana / Ishtar, a filha de Enki que embebedou o próprio pai com cerveja, como Isis fez com Ra, para lhe roubar os segredos dos mês.

Atena foi sem dúvida, como se demonstrará noutros contextos, a evolução jónica da deusa mãe das cobras cretenses em contexto pós minóico, sobretudo na medida em que, mitologicamente, absorveu e incorporou psianaliticamente, ao ter mandado o herói jónico Perseu matar a Medusa, os aspectos positivos que outrora eram apanágio da deusa mãe primordial, a deusa das cobras cretenses.

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Figura 3: deusa compósita com os atributos de Minerva, Isis & Fortuna.

A deusa da Fortuna, derivada de *Kertu, foi particularmente adorada em Tunis o que deixa a suspeita de que foi uma variante de Tanit. Esta deusa púnica foi seguramente, enquanto deia caelestis, uma variante de Anat / Atena. De facto, Anat seria literalmente apenas a “filha do Céu nocturno”! Isis, como se verá adiante, foi uma virgem negra que embriagou Ra, afinal Enki / Urano, para lhe roubar o nome secreto, como Inana / Istar fez para roubar ao deus do céu os mês das tábuas do destino, ou seja as malhas com que se tecia a fortuna dos mortais.

Assim, esta figuração compósita mais não fez do que retomar, de forma intuitiva, a tradição comum dos paganismos antigos que o helenismo obrigou a reencontrar. Quando Ovídio lhe chamou "deusa de mil trabalhos" recordamo-nos do epíteto de Inana, a “deusa duma miríade de ofícios” pelo que, neste aspecto, Minerva se coloca na mesma tradição de deusas guerreiras e esforçadas de que derivou Anat/Atena. De resto, Inana foi literalmente a rainha do céu como Atena e como deve ter sido Minerva enquanto único elemento feminino da tríade capitolina que, além dela, tinha ainda Júpiter e Marte. Se Inana foi Istar e estas evoluções de Atena/Minerva então só deixaram de ser deusas do amor por conveniências, entretanto surgidas na evolução dos costumes que, devido à função permanente dos exércitos, tornou necessária a profissionalização da prostituição que veio a ter Afrodite / Vénus como patronas próprias no mundo clássico!

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Figura 4: Minerva de Arenzo.

Menrva [Minerva, Athena, Sarasvati] The Etruscan Trinity: Tin, Uni and Menrva. Her Gift is Prudent Intelligence, and she protects Industrious People, Commerce, and Schools.

Mean [Victoria, Nike, Vacuna], a very Ancient Goddess, brings Success in Armed Conflict, in Protecting the Fields, and in Striving of all kinds.

Doutro modo a equação de relações semânticas e étmicas permitiria propor que:

Ishtar = Afrodite

= Sarasvasti

= Minerva = Atena.

Ora bem.

Supõe-se que «minério» viria da «mina» < ast. mina < Gaul. * meina, metal bruto. Possivelmente nem teria sido preciso ir buscar o minério à Gália porque já andaria por cá em torno dos cultos bélicos de Minerva.

Na verdade a «mina» serve para procurar o «minério» serve para produzir metal e este para fabricar armas que são utilizadas prioritariamente nas guerras como é costume ou seja como corresponde a uma regra civilizacional geral: as tecnologias revolucionárias começam a pretexto de vantagens tácticas militares. Assim sendo, o mais provável será que «mina» é que retira o nome de «mineral».

«Metal» < Lat. Metallu < Ma-Tal-lu, lit. «homem da mãe *Tala».

«Mineral» < *Min-Hera-lu ó Minerva.

Tal pressupõe, como se infere doutros contextos, que *Tala foi Hera. Do mesmo modo se infere que Minerva teria sido filha de *Min-Hera.

Dito de outro modo, Minerva era, em fonética latina, a etrusca Menrva que era, por sua vez, uma espécie de deusa compósito formada por Minerva = Mean (“Mãe do céu” = Atena Niquê) + Harpia, seguramente uma invocação litúrgica relativa ao papel de Minerva enquanto génio alado (Hárpia) da vitória dos exércitos etruscos.

Minerva < Etrusc. < Menarva < Men-rva > Men-rfa.

                < Min- | Herwa >  *Herka > Herpha, lit. a Harpia de Minos”

                 ó Erwi-m(i)na > Iber. Aervina / Aerbina > Erbina > Irbi.

Erbina (Erbine Iaedi) era uma Deusa Igaeditana adorada no interior e nos campos da Lusitânia. Bmervasecus era um deus galaico de que nada se sabe.

Bmervasecus é quase seguramente o resultado de um teónimo muito mal epigrafado que seria M(i)nerva-secus.

Dito de outro modo, Minerva expõe a suspeita de que Atena foi outrora uma da Gorgonas na medida em que as harpias são uma variante fonética daquelas!

Gorgonas < *Kaurki-An > (An) *Karki > Harphi > Harpias.

Foneticamente Athian e Diana (< Thiana) seriam o mesmo nome! No entanto, a Atenas foi dada analogia com a romana Minerva o que só prova o quanto a tradição mitológica andou com o nome dos deuses aos tombos, ora por relações funcionais de origem étmica distinta ora, pelo contrário, por mera sugestão étmica ainda que funcionalmente distintos na origem.

 

Ver: GORGONAS (***), KALI (***), KIME (***), MAAT

DEUSES LATINOS - VERTUMNO, deus dos humores do Ano, por Artur Felisberto

Wer: Also Mer, Ber, and Iwer, a storm-god, Humbaba's patron god, identified with Amurru and with Adad.  One of his cult centers was Afis, 45 km. SW of Aleppo.
De qualquer modo, é óbvio que o *wel-, intuído no contexto da teoria do indo-europeu, corresponde a um tiro no alvo por mera acaso porque o alvo teria que ser outro! *Wel- vem seguramente do nome do deus do transporte solar Wer que já aparece entre os sumérios como deus da guerra mas, pela mesma lógica dos deuses infernais, era como Marte, também um deus agrícola de «morte outonal na época de caça e guerra» e de ressurreição triunfal na primavera.
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De facto o deus Ver era também o deus da «verde cana» e da «verdura». Como se chamou também Mer podemos inferir que Marte teve a sus origem etimológica por estes lados! Ele era seguramente o mesmo que Vertumno, o deus latino das estações do ano.
Marte < Merish, lit. «filho de Wer/Mer > Mel, o senhor (da cidade = Melkart).
Figura 1: Vertumno.[1]
Vertumnus (Vortumnus, Vertimnus) The Roman divinity of seasons, changes and ripening of plant life. He is the patron of gardens and fruit trees. He has the power to change himself into various forms, and used this to gain the favor of the goddess Pomona.
Vertumnus' cult was introduced in Rome around 300 BC and a temple was built on the Aventine Hill in 264 BC. The Vertumnalias, observed on August 13, is his festival. A statue of Vertumnus stood at the Vicus Tuscus.

Ver: DEUSES MARCIAIS (***)

Este deus das estações estava casado com Pomona que seria tanto a deusa da bela fruta como a deusa da fartura agro-pecuária, da Fortuna e da cornucópia.
Figura 2: Pomona numa moeda romana.
A prol numerosa que cerca Pomona na apanha da fruta faz desta deusa uma Vénus Felicitas, ou seja uma deusa da fecundidade. A relação das deusas da Fecundidade e da fartura com a Fortuna e as deusas da cornucópia está largamente documentada na mitologia latina.

Ver: TUNIS (***)
& FORTUNA (***)
& CORNUCÓPIA (***)

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            Wer-Tumn(us) < *Kartu-mina > Phurtumna > Fortuna.
  Pomona < Phau-Mina < *Kima-Ana.
                                         > Fauna (& Flora).
Sendo assim já ficamos a compreender o contexto mítico (cosmológico e astronómico) do nome latino das estações do ano. Mas, como não há fertilidade agrícola sem estrume nem vermes necessário seria que este deus presidisse ao aparecimento destes mas, sem que mal fizessem ao gado!
No entanto a maior surpresa destas revelações resido no facto de a propósito de *Wer podermos descobrir a deusa Lituânia da morte Vel-iuona e Vel-inas, irmão gémeo e ovelha negra do deus luminoso da criação da Lituânia, Dievas..
Dievas is the god of the sky, lightness, peace and friendship in Lithuanian mythology. He is the prompter of vegetation. (…) He is also the creator in the Lithuanian sagas. He awards good people and punishes hunks. (…). Dievas often goes with his brother (or creation) Velnias (Velinas, Patulas). Velnias is always trying imitate or stymie Dievas, but his works become evil and snags.
Vel-inas < Wer-nias < Wer-anis > Lat. Veranus
Vel-iuona < ? >*Weliwona < Weilkona < *Vulcona, lit. «esposa de Vulcano»!
Vel-iuona < Wel | *Hiwona, lit. «Ivon» < Ivno < Juno
º Vénus, esposa de Bel / Wer / Marte».
Mas, como *Hiwona sugere ser uma variante da Deusa Mãe que, enquanto ligada aos exércitos seria tanto deus da vida amorosa como da morte negra, levanta a suspeita de os amores entre Vénus e Marte não terem sido assim tão pecaminosos quanto isso.
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Figura 3: Vénus da maçã de Adónis de que resultou a confusão com o mito bíblico da «maçã-de-adão». Esta deusa da «bela fruta» bem poderia ter sido uma variante de Pomona.
Vertumnus ó Ver(ti)minus.
Verminus a God who protects cattle against worm disease.
Tratando-se o um mito que relata o sol a espiar estes amores a pedido de Vulcano que lhe fabricava o escudo reluzente e os arreios do seu carro solar podemos suspeitar que não passou tudo de uma mera inventona imaginativa resultante do esquecimento de antigas relações etimológicas pois que parece tão seguro que teria existido uma Vénus *Vul-cona que só assim se compreenderia que a «cona», que já é o núcleo semântico de Vénus, seja também uma «vulva» que por sua vez será, retoricamente falando, um boca fogosa e vulcânica do grande útero que a deusa mãe é e, sobretudo, porque:
*Vulcona < Wulwauna
< Wulva-an, lit. a deusa da grande «vulva»!
Vulcan. = Smith of the Gods.
Vulcano < Vul-Kian > Vul-Ven > «vulva».
Obviamente que Vulcano constitui a forma latina degradada do esposo de Vénus, que por ser uma deusa primaveril teria sido um deus das estações do ano!
Então, Vulcano era uma mera variante do nome de Wer/Marte. Do mesmo modo se estranha que sendo Vulcano um deus dos infernos vulcânicos tenha tido a comandado um outro deus supremo dos infernos, Hades na Grécia e Plutão na tradição romana. A verdade é que tal que só aconteceu quando Vulcano/Hefesto foram relegados para as trabalhosas função de ferreiros militares.
 Como é sabido, o deus das “estações do ano” era uma entidade relacionada com a astrologia e com cultos solares, quase sempre de morte e ressurreição. A seu tempo se verificou que este deus, que deu nome à «Primavera, Verão e Inverno» era Ver / Vul.
Poma dat autumnus, formosa est messibus aestas,
ver praebet flores, igne levatur hiems.
«Inverno» < Lat. hi-bernu / Hi-ems (-mis, f.) < Χει-μώ-νας
«Verão» < Lat. veranu / aestas
Primavera < ver.
No entanto, Ver era uma deusa que presidia à Primavera e ao Verão a metade do ano em que a deus Core ficava neste mundo com sua mãe Deméter. Como Deméter era entre os romanos Ceres, suspeitamos que tenha havido grave erro de interpretactio porque deriva de Ker da mãe das Keres.
É mais um mito moderno dizer que “o nome Ceres provém de "ker", de raiz Indo-Europeia e que significa "crescer", também é a raiz das palavras "criar" e "incrementar".
Na verdade o termo Ker é cretense e existiu literalmente na Grécia como Ker e deriva de *Ker-tu a deusa cretense da Terra e do cume das montanhas.
Mas como Ver/Ker passava meio ano com o seu esposo Plutão no seio da terra deve ter dado a este o mesmo étimo ker/ver/vel/vul de Vulcão e Vertumno.
De facto, Ver-tumno terá sido Au-tumnus, o deus primordial de todos os deuses de morte e ressurreição solar. A raiz Au- de Au-tumnus pode ser encontrada em hi-bernu, nome alternativo de Hi-ems < Χει-μώ-νας onde se confirma que estaria relacionado com Xi/Ki, a terra mãe.
La palabra invierno proviene del español antiguo ivierno, y éste del latín vulgar hibernum, del latín tempus hibernum, tiempo invernal
A passagem portuguesa e espanhola de Iverno a Inverno deve ter-se feito por ressonância com inverno. Já os termos góticos de que deriva o inglês Winter podem ser mera corruptela pré romana de Hibernus quiçá a partir da fama invernosa que tinha a Hibernai Irlandesa, ilha dos hiperbóreos.
Winter = Old English, "fourth season of the year," from Proto-Germanic *wintruz (cf. Old Frisian, Dutch winter, Old Saxon, Old High German wintar, German winter, Danish and Swedish vinter, Gothic wintrus, Old Norse vetr "winter"), perhaps literally "the wet season," from PIE *wend-, from root *wed- (1) "water, wet" (see water (n.1); or from *wind- "white" (cf. Celtic vindo- "white").
Eng. Winter < Gothic wintrus < Witrun < Tiwern < Ki-Wer > Hibernia.
Neste caso, torna-se óbvio que Vertumno é um nome compósito a partir do nome de Ver. São vários os nomes de deuses latinos que partilham o prefixo Ver- ou similar:

Ver: MANES (***) & HORAS / ESTAÇÕES DO ANO (***)

Vul = Príncipe caldeo del aire, caracterizado por su bondad y previsión, señor de lo abundante y fecundo de la creación. Se representaba a este dios como un Rayo entre celajes. Formaba una tríada con Sim y Sam.
Voltumna = Kindness, good will, the Etruscan federation; = Vulturna = Goddess of the Etruscan confederation. Goddess of kindness and good will. Same as Volumna / Vulturnus - The Roman god of the East Wind, equal to the Greek Eurus. God of the Tiber. = aka Tiberinus. = Volumna = The Roman protective goddess of the nursery. / Volumnus,
Volutas < Voluptas > Volupia - "lust" Goddess of sexual pleasure. A Beautiful woman, enthroned with Virtue at her feet. Vulpicina = Goddess of childbirth.
Tiber-Inus < Ti(o)-Wer-anus, lit. “Sr. deus Ver, o deus do Verão!”
         > Lat. Tigre < Gr. Tígris <= Ti(o)-Ger.
*Ger seria Ver na forma de deus de toda a geração de Tanger às terras sumérias de dinger e às egípcias terras de netger.
Porém, este deus que não seria outro senão o deus da aurora do Kur, era o deus das águas doces de todos os rios particularmente de grandes rios como o Nilo, Níger, Tigre, etc. O deus Wer / Vul participou ainda na criação de deuses como:
Voluptas < Vul-Ophit ? < Wer-Ki-ki + Ana > Vul-Phi-Kina > Vul-picina.
Vortumnos > *Voltu-Minus > Voltumnus.
Volutina = Protects the sheaves = Volutrina.
Wer- > Ver-tumnus < Wertuminus < *Kertu-Minus
                                                          > Verminus
Vor > Vol- > Vol-tumnus < *Voltu <= Kur-ish => *Kertu.
                                                          > Volumnus.
Vur > Vul > Vul-turnus < *Voltu-Uran > Volutrina > Volutina.
Quer tudo isto dizer que a par de Ver teria existido o deus *Vertu / *Voltu > Virtu, esposo da deusa Mãe das cobras cretenses, *Kertu, o «verde» e glauco deus, homólogo de Osíris, Sr. da «virtude» e da morte e ressurreição das «voltas» anuais primaveris. Sendo assim, e partindo do pressuposto corrigido de que o nome nuclear seria *Voltu / *Kertu e não Ver os deuses encriptados no nome de Vertumno seriam Minos e Urano:
Vertu-mnus ó *Vol(t)u-Minus ó *Vultu-(U)r(a)nus.
Contudo,
Terminus = Very old and important deity; his festival, the Terminalia, was in February; landowners sacrificed at the boundary stones of their property.
*Kertu-Min = Kar-Min-tu ó Verminus
                                                 > Tar-Minu = Minu-tar > Minotauro!
Hermes = Hermon < *Kermin > Terminus.
Esta equação etimológica permite confirmar que o Minotauro, tal como Sarpedon, era um deus cretense de morte e ressureição solar. Hermes Hermon, tal como o latino Tormes ou Termino seria o reliquat na cultura grega deste nome já que quase nada restava dos arcaicos e cruentos “ritos de passagem” que acompanhariam o culto deste deus no período áureo de Creta. Do mesmo modo, Vertumno teria sido outro deus deste tipo.

Ver: ATIS (***) & HERMES PROPILEU (***)


[1] Restauro cibernético do autor.