APOLO CARNEO
O culto de Apolo Carneus foi então estabelecido entre todos os Dórios desde a época de Carnus, um Acarnânio de nascença, que era um vidente de Apolo. Quando ele foi morto por Hipotes, o filho de Pilas, a ira de Apolo caiu no acampamento Dório de Hipotes que entrou em anátema por causa deste crime de sangue, e deste tempo ficou estabelecido entre os Dórios o costume de propiciar o vidente de Acarnânia. Mas este Carnus não é o Carneus da Casa Lacedaemonia que foi adorado na casa de Crius, o vidente, enquanto os aqueus ainda estavam em posse de Esparta. A poetiza Praxilla representa Carneus como o filho de Europa, Apolo e Leto que são as suas amas. Também se conta outra versão do nome; Numa gruta de Apolo do Troiano Ida lá cresciam Cornáceas de que os gregos cortaram a Madeira para o Cavalo de Tróia. Sabendo que o deus estava zangado com eles propiciaram-no com sacrifícios e nomearam-no Apolo Carneus das Cornáceas (craneia), um costume prevalecente nos tempos antigos que os fazia trocarem o r e o a. -- 3.13.1 Pausânias, Description of Greece.
Figura 1: Apolo Carneios (?) com o porco sacrificial e o ramo da oliveira esconjurando Orestes, amigo de Pilas, para o proteger do espectro de sua mãe que tenta invocar a fúria vingadora das Erínias adormecidas!
Como se vê, as variantes sobre as origens do culto de Apolo Carneus são tantas que as dúvidas sobre a sua autenticidade são mais do que plausíveis. A verdade é que nenhuma delas será inteiramente verídica. Pelo contrário, todos estes mitos lendários mais não fazem do que relacionar a introdução fundacional do culto Apolo Carneus, ou a sua confirmação, em determinadas comunidades gregas arcaicas.
La festividad religiosa de las Carneas (griego antiguo τὰ Καρνεῖα) fue una de las fiestas religiosas más importantes de la antigua Esparta y de muchas otras ciudades dorias, celebradas en honor de Apolo Carneo, al que se rendía culto en varias partes del Peloponeso. Había nueve festividades principales en el calendario espartano, de entre los cuales las más importantes eran: las Carneas, las Gimnopedias y las Jacintias, estas últimas tenían lugar en Amiclas.
Carneo era primitivamente un dios independiente, divinidad pre dórica venerada por los aqueos y que posteriormente se asimiló a Apolo. Carneo deriva de kárnos próbaton (ganado), en referencia quizá al que se sacrificaba en las fiestas Carneas.
Los espartanos tenían la estricta obligación de celebrar las fiestas Carneas, que tenían lugar entre el día 7 y el 15 del mes Carneo, que correspondía al mes ático de Metagitnion (parte de agosto y parte de septiembre). Su duración era de nueve días. A ellas se entregaban los espartanos con gran entusiasmo, por encima de cualquier otra actividad, y todos los ciudadanos varones debían ser purificados.
Estas fiestas, según Demetrio de Escepsis eran un remedo de la disciplina militar espartana,3 casi como las Boedromias de Tebas. Se montaban nueve tiendas (skíades, literalmente sombrajos) cerca de los muros de la ciudad, y cada una de ellas era ocupada por nueve hombres en edad militar, pertenecientes a tres fratrías y que obedecían las órdenes recibidas de un heraldo.
Una barca portando la estatua de Apolo Carneo, adornado con guirnaldas era llevada por toda la ciudad, en recuerdo del barco en el que los Heráclidas pasaron de Naupacto al Peloponeso, por el golfo de Corinto. Apolo los castigó enviándoles la peste, que sólo cesó después de la institución de las Carneas.
Según Pausanias las Carneas buscaban aplacar la ira del dios y restaurar la comunión entre éste y el pueblo espartano, rota cuando el adivino Carno, sirviente de Apolo, fue muerto por Hípotes, uno de los Heráclidas.
El sacerdote que llevaba a cabo los sacrificios era conocido como el Agetes (griego antiguo Ἀγητής, Agêtês,), de ahí que la fiesta también recibiera, en ocasiones, el nombre de Agetorias o Agetoreion
Se elegían cinco hombres solteros, llamados karneatai (griego antiguo Καρνεᾶται), menores de 30 años, de cada una de las tribus espartanas, para que desempeñaran la función de asistentes del Agetes, y ocupaban el cargo durante los siguientes cuatro años, plazo durante el cual deberían permanecer solteros. Algunos de los karneatai recibían el nombre de staphilodrómoi (transliterado como estafilodromos y traducido como "corredores con ramas de vid").
Las Carneas tenían un aspecto agrario, que se traducía en el ritual de una carrera-persecución, en la que un hombre portador de cintas debía ser alcanzado por cinco karneatai. Si lo lograban, la siguiente cosecha sería fructífera.
De todas estas lendas a mais mítica é seguramente a que é atribuída à poetisa Praxila.
Segundo a poetisa Praxila de Sicucone “Karnos, ou Carneo era filho de Zeus e de Eurôpa (forma dória de Europa). Leto e Apolo o educaram e de seguida levaram-no para Creta”.
Claro que a proximidade de Apolo e Leto seria suficiente para suspeitar que Leto poderia ser ali uma variante de Europa e que Apolo Carneus seria uma entidade mítica compósita muito arcaica que relacionava simultaneamente Apolo e Carneus, seguramente por existirem funções míticas comuns a ambos os deuses. De facto Apolo Liceu era o deus da licantropia e das Lupercais, como veremos, Carneus era quase seguramente Crono / Saturno o deus do canibalismo primordial e das saturnais.
De facto nesta prosa só a menção a Creta é notável já que é evidente a falsidade poética da origem do deus visto saber-se que Carneio é filho ou mesmo o próprio Crono e uma forma fonética alterada do sumério Kaurano.
Kaurano > Kar-ano > Karno > Khrano > Khrono.
De facto Carneio é masculino de *Carneia que é feminino de Karno pelo que seria filho de Karn-eia e Crono. Carn-eio seria o parédro de Car-deia e por isso um deus janiforme próximo de Hermes.
Crono, filho de Geia e de Urano, foi o deus supremo que antecedeu a figura taurina de Zeus nos alvores do patriarcado moderno.
Este deus era de tal modo carniceiro que comia os próprios filhos e era cornudo por ser um deus do corno lunar de obsidiana com que este deus separou seu pai de sua mãe, a terra do céu, permitido assim o aparecimento da luz solar. A lua teria precedido o sol por presidir a noite primordial que precedeu o começo do universo mítico.
No ciclo de Karnos se podem incluir também os mitos de Kainis (Karnis) / Kaineus (Carneus).
Figura 2: Batalha dos centauros e Lapitas.
Os Lapitas era uma tribo lendária de domadores de cavalos cujo combate épico com os Centauros é frequentemente mencionado na literatura grega, especialmente em relação à lenda de Teseus.
Um dos chefes dos Lapitas mais importantes era Kaineus, que — como Teiresias — tinha sido também uma vez uma mulher levando então o nome de Kainis que é a forma feminina de Kaineus. Kainis foi estuprada por Poseidon o qual lhe ofereceu em troca a possibilidade de lhe conceder a realização de um desejo. Kainis escolheu pedir ser transformada em homem e feita invulnerável, de forma que ninguém a pudesse estuprar novamente. O desejo dela foi concedido e ela se tornou no homem Kaineus.
Porém, Kaineus foi célebre pela sua impiedade. Ele recusou adorar outra coisa além da sua lança. Zeus, quando soube de tamanha impiedade, incitou os Centauros a assaltar Kaineus.
Assim sendo é natural que subsistissem tradições ligadas ao seu culto nas civilizações clássicas antigas. Os aspectos destas tradições revelam-nos o papel reservado a este deus nos alvores da história!
Dos estudos de Bernard Sergent ficamos a saber, entre outra coisas, que Apolo foi na época clássica o avatar de Kar sob o nome de Apolo Carneo (< Kauranico = Filho de Kauran, o deus Crono ou Enki, o Sr. dos infernos do Kur). Deste deus arcaico, Apolo herdou o profetismo, o amor às artes e o pallium solar, tal como de Palas Atena, o palladium.
Kares < Karish, lit. «filho do sol» > Karestos > Cristus > «Cristo».
Mas, se o pallium foi de Apolo o «falo» erecto, esse, foi um atributo particular de Hermes de Pan e dos sátiros e de Dionísio.
Figura 3: Karna (à direita) confronta Arjuna que depois matará Karna na guerra de Kurukshetra, possível equivalente indo-ariano da guerra de Tróia e também muito possivelmente relacionada com os mesmos factos de grave crise sócio económica que teriam estado na origem numa crise política mundial que levaram ao fim do império hitita.
Karna es una de las figuras centrales de la epopeya hindú Majáb-harata.
Etimología: ‘orejas’, en sánscrito, debido a que la leyenda dice que nació con kundalas (aretes) de oro en las orejas. En algunos textos aparece erróneamente como «Karan». Fue el primer hijo de la reina Kunti, y por lo tanto medio hermano de los Pandavas, y el mayor de ellos. Aunque Duriodhana, jefe del clan de los Kaurava lo ungió como rey de Anga, su papel en la leyenda sobrepasa en mucho la importancia de un rey. Él luchó en el bando de los malvados Kaur-avas (contra los piadosos Pan-d-avas) en la guerra de Kurukshetra. (…)
Hasta la fecha, Karna permanece como la figura trágica por excelencia para millones de hindúes. Aparece como un héroe valiente, un espíritu indomable que encara grandes adversidades durante toda su vida y muere con valor, coraje y honor para así elevarse a la inmortalidad.
Carna seria possivelmente o equivalente indo-ariano de Aquiles, aliás numa versão fonética ainda mais arcaica. O que para os eruditos parece uma confusão errónea pode ser uma ponta do rabo escondido desta história cuja origem retórica remonta ai deus sumério da guerra que seria *Ish-Kuran, que pode ter estado na origem do nome do centauro que educou Aquiles. Por sua vez Aquiles era um nome grego já muito evoluído a partir de *Sakaures, os guerreiros centauros de Saturno / Crono.
Por outro lado parece mito o Hidú seria tão arcaico que a sua patine retórica parece conter as três gerações divinas da titanomaquia.
Ver: TITANOMAQUIA (***)
1ª Geração divina: Ur-Anu, “Sr. da cidade de Ur” ou “guerreiro do céu”!
2ª Geração divina: Karna ó | Kar < Kaur < Ki-Ur | -an
> Kheiron > Chiron.
3ª Geração divina: Iscur < | *Ish-Kaur = Kaurish > Kaur-akas
> Kaur-avas |-an > Harshuna > Arjuna.
De facto, Kar pode ter nascido na cidade de Ur, da Suméria.
Ki(terra) + Ur + an(céu) = Ki-ur-an > Kauran = o céu na terra de Ur.
= Deus da cidade de UR!
CORONIS
Figura 1: Apolo e o corvo.
Coronis era uma bela princesa da Tessália, filha do rei Flégias, rei dos lapitas, por quem Apolo ficou perdidamente apaixonado. Deitou-se com a princesa nas planícies e aí colocou a sua semente dentro dela. Segundo Pausânias o corvo era, inicialmente, uma ave branca. Colocada por Apolo como guardião de sua amante mas ele descuidou-se e Coronis de coração leviano, embora grávida, fugiu para trair o deus com Isquis, filho de Caineus (ou de Elatus?). Ainda o filho dos dois não tinha nascido já ela se envolvia com Ischus (Antonino Liberal chama-o Alcioneo).
O corvo que presenciou a cena apressou-se a ir a Delfos contar a Apolo. Traído e frustrado, Apolo irado amaldiçoou os corvos, tornando-os para sempre pretos.
Recolheu-se na sua mágoa durante bastante tempo, o que a sua irmã gémea Artemis estranhou. Quando a Deusa da Caça tomou conhecimento do que se passara ficou furiosa com Coronis e matou-a com uma das suas flechas. Apolo presenciou tudo, pois Apolo tudo sabe, mas não agiu até que Coronis estava na pira funerária a ser queimada com o filho dos dois no ventre, em Epidauro. De imediato o Deus recolheu o bebé e o levou até ao centauro Quíron para que este o criasse e educasse. E assim nasceu Asclépio, para grande alegria dos mortais.
Ainda apaixonado pela princesa, Apolo colocou-a entre as estrelas como a constelação corvo, homenageando também os corvos por estarem tão atentos, arrependendo-se do que fizera com eles.
A existência de uma arcaica divindade relacionada com Karneia & Apolo deve ser o mito de Apolo & Coronis e a sua relação astrológica deve ser ainda procurado no mito Corona Borealis.
Corona Borealis era por vezes considerada a coroa dada por Dionísio a Ariadne, a filha de Minos de Creta. Noutra versão a coroa é creditada ao Boiero, sugerindo que ele fosse um nobre apesar de sua aparente ocupação modesta – ainda que desconhecido.
A relação de Coronis com Apolo Carneo por mera mnemónica de estudantes de astronomia já foi encontrada em ao se ter dado conta de que um dos chefes dos Lapitas mais importantes era Kaineus, que no mito de Coronis aparece como pai do amante de Coronis. Como se viu Kaineus poderia ser uma forma elíptica de Karneus e é ainda muito provável que este fosse nem mais nem menos que a reencarnação de uma variante do mito de Coronis, a filha do rei Coronaeus da Fócida, que para fugir dos avanços de Poseidon foi transformada por Atena no corvo de Apolo. Seguramente que este mito seria a variante do anterior em que o lapita Kaineus era a metamorfose de Kainis que depois de estuprada por Poseidon se transformou numa amazona com o nome másculo de Kaineus que só por mero acaso de mnemónicas estudantis acabou pai do amante de Croronis. Como acabou a Corona Borealis nas mão de Ariadne por oferta de Dionísio não será tão fácil de explicar como é de entender já que Dionísio seria a forma infantil do «deus menino» solar que em jovem adulto acabaria Apolo ou outro qualquer deus protector dos efebos e guerreiros como Hermes Agoraio ou Heremes Agonio. De resto, as claudicações dos auxiliares de memória devem ter sido muitas e variadas porque Coronis acabou por ser uma das vítimas sacrificiais de Minotauro.
Quanto a Esculápio, pois bem, ele seria nem mais nem menos do que o filho bastardo de Isquis, provavelmente o mesmo que Isquião.
Esculápio (em latim: Aesculapius) ou Asclépio (em grego: Ἀσκληπιός, Asklēpiós) era o deus da Medicina e da cura da mitologia greco-romana.
Ver: ISQUIÃO (***) & DEUSES DA SAÚDE / ASCLÉPIO II (***)
Esculápio < Lat. Aesculapius < Asclépio
< grego: Ἀσκληπιός, Asklēpiós < Ahs-Ki-ur-apio.
Asclépio foi literalmente a cobra do deus menino solar Aski / Iskião ou ainda e mais simplesmente o filho de Iskur, o deus dos infernos do Kur e das tempestades que foi na Caldeia o equivalente de Apolo seguramente na forma de Negral, o deus que teve o epíteto de Aplu, o homem do Senhor…ou o “homem (que guardava as portas) do céu”.
CARNAVAL
Carnaval < It. Carnevale, nome que parece quase lit. «a festa da carne» mas que seria seguramente um nome alternativo para as lupercalias ou as saturnalias.
Carnevale < Karni-valeo < Kauran Apalo = Apolo Carneo.
Carna era uma deusa romana que velava pela preservação do coração e de outros órgãos. O seu festival era no dia 1 de Junho.
Carna em outras mitologias é Cardea, esposa do deus Jano que teria outrora sido, como o etrusco Uni, deus supremo. As festas desta deusa, no início do Verão parecem temporariamente deslocadas para serem consideradas antecessoras do Carnaval mas a relação étmica desta festa com o nome das festas romanas em honra de Carna devem ser consideradas plausíveis e, até prova em contrário, factuais. De resto, terão existido várias festas orgiásticas em honra da urgência da carne pois a fartura desta decresceu na passagem da época paleolítica da recolha e caça para a época agrícola do neolítico.
Ver: CARDEA (***)
Se bem que o Carnaval apareça precisamente na época devida: antes do longo jejum da Quaresma, estrategicamente instituído possivelmente como defeso para salvaguarda da época reprodutora do gado e depois do longo Jejum natural do Inverno o primeiro de Junho marcaria precisamente o início do Verão e da fartura alimentar. Milénios antes de Cristo os homens já se reuniam no início do verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantarem os demónios da má colheita. As origens do Carnaval têm sido procuradas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Na Síria as festas pascais em honra de Adónis e Astarte eram as astarteias. Na Babilónia, as Sáceas que duravam uma semana, eram festas cheias de licenciosidade sexual, marcadas pela inversão dos papéis entre servos e senhores como nas saturnais, e pela eleição de um rei-escravo que seria sacrificado no final das festas.
Os gregos tinham várias festividades em honra de Dionísio (Lenaias, Antestérias e Oscoforias) e os Romanos festejavam com bacanais e orgias as Lupercais e Saturnais no retorno da primavera, celebrando o renascer da Natureza.
Ver: DIONÍSIO (***) & LUPUS (***) & FOLIAS (***).
A história do carnaval começa no princípio da nossa civilização, na origem dos rituais, nas celebrações da fertilidade e da colheita nas primeiras lavouras, às margens do Nilo, há seis mil anos atrás. Os primeiros agricultores exerciam a capacidade humana, que já nas cavernas se distinguia em volta da fogueira, da dança, da música, da celebração... Em Roma, em Glória ao deus Saturno, comemoravam-se as Saturnais. Esses festejos eram de tamanha importância que os tribunais e as escolas fechavam as portas durante o evento, escravos eram alforriados, as pessoas saíam às ruas para dançar. A euforia era geral. Na abertura dessas festas ao deus Saturno, carros semelhantes a navios (carrum navalis) saíam à rua, com homens e mulheres nus. Assim como a origem do carnaval, as raízes do termo também têm-se constituído em objecto de discussão. Para uns, o vocábulo advém da expressão latina "carrum novalis" (carro naval), uma espécie de carro alegórico em forma de barco, com o qual os romanos inauguravam suas comemorações. Apesar de ser foneticamente aceitável, a expressão é refutada por diversos pesquisadores, sob a alegação de que esta não possui fundamento histórico. ara outros, a palavra seria derivada da expressão do latim "carnem levare", modificada depois para "carne, vale !" (adeus, carne!), palavra originada entre os séculos XI e XII que designava a quarta-feira de cinzas e anunciava a supressão da carne devido à Quaresma. Provavelmente vem também daí a denominação "Dias Gordos", onde a ordem é transgredida e os abusos tolerados, em contraposição ao jejum e à abstenção total do período vindouro (Dias Magros da Quaresma).
Teria sido PISISTRATO, governante de Atenas (605 - 527 a.C.) o responsável pela oficialização do culto a Dioniso na Grécia. Este, além de incentivar o culto a Dioniso entre os camponeses e lavradores organizou oficialmente as procissões dionisíadas onde a imagem do deus Dioniso era transportada em embarcações com rodas (carrum navalis) simbolizando que o deus havia chegado a Atenas pelo mar, puxadas por sátiros (semi deuses que segundo os pagãos tinham pés e pernas de bode e habitavam as florestas) com homens e mulheres nús, em seu interior. – do Livro "Carnaval de Dr.Hiram Aráujo."
De facto, se Urano foi Enki, Crono foi um dos seus filhos logo possivelmente Apolo Carneo. Quer dizer que se confirma então que os ciúmes fratricidas entre Set e Osíris são uma variante das quezílias entre Hermes & Apolo. Este Apolo Carneo seria o mesmo que o celta Cernuno, um deus cornudo, cornífero e chifrudo como Saturno e Crono.
Deus Cornífero é um termo moderno, criado para descrever numerosas divindades masculinas, a partir de uma gama de mitologias, mesmo que historicamente não relacionadas. Essas divindades incluem, por exemplo, o celta Cernunnos, o gaélico Caer-(wid)-en, o inglês Herne, o Caçador, o hindu Pashupati, os gregos Pan e sátiros, o nórdico Odin e mesmo pinturas rupestres do Paleolítico como "o Feiticeiro" na caverna francesa dos "Três Irmãos". Os Panteões tradicionais dos deuses corníferos são os europeus, pois que aí se deu o berço de suas crenças. O Deus Cornífero para um Bruxo Moderno é o Consorte e Filho da Deusa Mãe, a Criadora e Incriada. Esta é a visão dos Neopagãos na religião Wicca.
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Pashupati désigne Shiva sous la forme du "Maître des créatures" ou du "Maître du troupeau". Il est une des formes les plus anciennes de Shiva. Pashupathi est utilisé dans le Rig-veda comme un des épithètes de Rudra, divinité védique des animaux, de la mort et des orages, que l'on a rapprochée du proto-shiva découvert sur un sceau à Mohenjo-daro dans la vallée de l'Indus. Pashupathi présente des similitudes avec les dieux pré-chrétiens d'Europe, comme le Cernunnos du chaudron de Gundestrup, similitudes observées également sur de nombreux points du culte.
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Pashupati poderá ser uma variante de Rudra mas não é se não especulativo que seja uma forma arcaica de Shiva.
Les Ru-dras sont un groupe de dieux dont Rudra fait partie. Rudra est la deuxième facette de Shiva, appelé parfois Shiva-Shankar, la face sombre de Shiva; Dieu des animaux, de la mort, des orages. Dieu hurleur effrayant et dieu des tempêtes. Il représente le côté le plus mystérieux du grand dieu, il n'intervient que dans certaines incarnations (avatars de Krishna) pour rappeler à Shiva qu'il n'y a pas de dualité en lui (puisque Shiva est une conscience pure) lorsque l'être aimé est perdu : on pourrait dire que Rudra est Shiva sans sa Shakti.
Varuna é um deus indiano da criação. Possivelmente é a mais augusta divindade do panteão védico. (…) Por tudo isso ele tornou-se o rei dos deuses e assim pôde dominar também sobre o destino dos homens; sustentando a vida e a protegendo do mal. Porém um grande monstro desafiou os deuses e também Varuna. E uma profecia revelou que Varuna não poderia vencê-lo. O único capaz de vencer o monstro seria Indra, que ainda nasceria, e após vencer, tomaria o lugar de Varuna. Varuna tentou impedir o nascimento de In-dra o que foi impossível porque o jovem deus nasceu e, tendo poder sobre os raios e tempestades, venceu o monstro e tornou-se o novo rei dos deuses. Varuna então tornou-se o rei dos oceanos e senhor da Noite, dividindo o céu com Suria, o deus do Dia.
In-dra era el dios principal de la primitiva religión védica (previa al hinduismo) en la India. Aparece como héroe y figura central en el libro Rig vedá (hacia el siglo XI a. C.). Es considerado el dios de la guerra, la atmósfera, el cielo visible, el rayo, y la tormenta que era representado como una espada con ondulaciones (como un rayo).
Uma vez que o étimo –thra / -taur aparece em vários destes deuses mitânicos é quase seguro que estamos perante uma visão da mitologia caldeia localizada no espaço de Mitani na época do reino anatólico pré-hitata. In-thra, Mi-thra, Ru-thra seriam afinal formas de Anu, Mi(nu) e Ur. Obviamente que estamos perante uma primeira tentativa para estabelecer uma certa ordem genealógica no nome dos deuses uma vez que os panteões arcaicos eram uma espécie de lei constitucional que regulava a ordem terrestre a partir duma ordem celeste virtual, idealizada pelas castas sacerdotais bem-pensantes.
Longe de serem uma peculiaridade mitânica estes deuses seguem a linha etimológica de nome sumério do deus “manda chuva”, como foi o filho de Enlil, Ninurta ou nome de rei-sacerdote.
Nin-| urta > uthra > -utra < Utur < Ukur
Zis | utra >
Utur = Dios solar sumerio, el dispensador de toda posibilidad de vida; su diosa consorte es A-a. Ukur = A demonic underworld god, vizier of Nergal, perhaps also assimilated with Nergal.
Zisutra: (< Zius udra, lit «homem escolhido por Zeus»!) Sumerian Priest-King of the great flood.
Varuna, nesta ordem de pensamento poderia ter sido Un(a)-War ó Inthar > Indra, razão pela qual o mito teve que submeter este deus a Indra por confluência insuperável de deidades que mais não terá sido afinal que nomes da mesma deidade que se tornaram deuses supremos do panteão local de cidades-estado rivais e que posteriormente foram unidas pelo reino de Mitani. Confrontados com a inevitabilidade da fusão de deuses rivais com a mesma função e origem os sacerdotes recorreram ao artifício do mito que, como todas a teorias, sobretudo políticas, consegue sempre o milagre de conseguir sempre contemporizar o incompatível.
Quando o Hinduísmo recuperou a sua tradição religiosa, depois da invasão indo-ariana, do panteão do Rig Veda pouco restou na mitologia corrente. Posteriormente, “en el hinduismo, Indra se convirtió en el rey de todos los semidioses (dioses inferiores) y fue superado por los dioses Brahmá, Vishnú y Shivá. Na verdade só Vishnú terá sobrevivido. Shiva não é um deus Riga-Védico a absorveu o poder Riga-védico de Rudra”.
Se Pashupathi era uma epíteto de Rudra, este passou a ser epíteto de Shiva, seguramente porque as funções destas deidades, ainda mais arcaicas que as do deus indo-ariano, eram do arcaico deus cretense Zeus / Ziwa / Shiva.
Na verdade, Pashupathi é, sem sombra de dúvida uma redundância oral de Pa-Xu-Pa-Te, literalmente o “deus pai” hitita e egeu Texupe. Sendo os deuses jupiterianos da 3ª geração, o facto de Pashupathi ter funções dum deus cronida da 2ª geração é mais uma das muitas singularidades da mitologia, sobretudo quando resultado de uma reforma de panteão como terá sido o caso do Riga-Veda. Na verdade, o deus mais adequado para ter as funções de deus da 2ª geração teria sido War-una. A verdade é que assim terá sido antes de Indra o ter superado com o poder de Rudra que Shiva assimilou.
War-una < Kar-una < Kauran > Crono / Saturno.
DEUS CORNUDO DOS LAPÕES.
Many different religious figures are represented with symbols on the shaman drums, and when the Shaman is drumming the pointer will show the way. The shaman observes the relational constellations of the different religious symbols as indicated by the pointer. All symbols represents a certain meaning within Sami mythology. Vorren and Manker (1962) have described several of these ancient religious deities and here are named a few of them.
Tiermes (Thor), Storjun-karen, the Sun (Solen), Sar-akka (spinning woman. spinnende kvinne), Juks-akka (bow woman. bue kvinne), Uks-akka (door-woman. dør-kvinne), Madder-akka (woman creator. kvinne skaper), Aske or Manna (Mano = Moon = Månen),
Væraldenolmai, J. Qvigstad (1903) and others found that the Sami fertility God is the same God as the Roman Saturn and told: “For everything that shall grow and be cultivated they invoke Wer-alden Olmai or Saturnus. Weralden Olmai was the fertility God of the Sea, the earth and agriculture. They think that all beasts and the Cattle are subjected to the will of the fertility God."
A comparação feita por J. Qvigstad (1903) entre Saturno e o deus Sami Wer-alden Olmai, o deus de caçar, que é identificado ao lado de uma árvore (alder) é de duvidosa evidência. Saturno era um deus ocioso, antigo deus da agricultura, e nunca terá sido explicitamente um deus marítimo, a não ser quando foi deus cretense.
The Germanic God Frey is Vaeralden Olmai to the Sámi, the ‘Heaven Man; Cosmic Man’. He is God of the Universe. Pillars are erected to honor Him, which are then painted with reindeer blood, but only men are allowed to do this.
Frei, irmão de Freia, seriam um antigo casal de deuses de fertilidade primaveril entre os muitos que a fértil porque longa imaginação do neolítico peri mediterrânico terão produzido. Obviamente que Freia esteve foneticamente próxima de Afrodite mas Frei não parece estar próximo nem de Ares nem de Apolo. No entanto, estes deuses estiveram funcionalmente próximo de dos latinos Silvano e Vertumno. Obviamente que o núcleo do semantema destes deuses é o caldeu Wer / Bel / Mer / Mel. Estes deuses eram todos Senhores do Kur, e o mito de fertilidade agrícola relativo às estações do ano e ao renascimento pascal do sol na Primavera são formas miméticas do mito de Core.
Wer: Também Mer, Ber, e Iwer, um deus “manda chuva”, patrono de Humbaba, identificado com Amurru e com Adad. Um dos centros de culto dele era Afis, em Aleppo.
Radien was called by many names according to noaides – Radien, Rariet, Radier, Radien Attje, etc. This brings researchers to conclusion that all the names mentioned above originated from Helgeland Lapps and they denote one and the same being.
«Radiano» < Ra-(di)-en > Ra-En ó Úrano.
> Ruona | Rana | -neid => Urânia.
Radiano é literalmente Ra, o diano, deus e senhor!
The next in rank after Radien is Ruona-neid, the goddes of fells and everything that becomes green in spring. She resides not far below Radien himself in astral realm. She is also responsible for creating grass as a food to reindeers, therefore Lapps developed a habit of offering sacrifices to her in spring. (…) Neid is translated as 'maiden', which concludes that she was a female deity. Often Ruonaneid is considered to be Radien's wife. Rananeida, Rana Niejta - Daughter of Raedie. "Rana" was a popular name of Sami girls.
Radien had a son Radien Kiedde (Tjorve-radien: had reindeer horn over his head/ hadde reinsdyr horn over sitt hode).
Tjorve < Te- | Jorwe < Deus Kor-we > «Corvo».
+ An = Koran => Crono.
Obviamente que o filho de Úrano foi Saturno / Crono, o cornudo, seguramente por ter ficado para sempre relacionado com os cornos da lua, a faca de obsidiana em crescente lunar, possivelmente o machado duplo cretense, que este deus usou para separar Úrano de Gaia, fazendo surgir assim Phô, a luz protágona do claro dia, com a ajuda de sua irmã Urânia, a nocturna deusa da astronomia.
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Figura 4: Cernuno.
Cernnunos é o nome de um dos deuses celtas mais antigos e também conhecido como Deus Cornífero, por ser muitas vezes representado como um homem com chifres adornando a cabeça. É o Deus da fertilidade, da abundância, e Patrono da Caça para os povos antigos. Ás vezes era representado alimentando animais; também podia mudar de forma e aparecer como cobra, lobo ou veado. .
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Cernuno era um deus tricéfalo muito ao gosto celta das tridivas porque seria um deus Wer das três estações do ano.
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Cernunnos < | Cher < Wer < Ker| -Nuanu < Kur-An Nin
ó Sr. Kauran.
Nuno < Nuninho < Anu-Nin.
Cernuno < Ker-Nun-naus, lit. «*Nin-Kur, o Sr. das naus»!
Notar, no entanto, que esta representação tricéfala já era conhecida dos caldeus que tinha deuses equivalente com quatro cabeças, tantas quanto as portas cardinais do mundo, e que entre os latinos era representado por Jano.
No entanto, o significado místico mais profundo desta trivalência estaria na crença muito arreigada da Trindade divina que a exemplo das tridivas mais não seriam do que a projecção no subconsciente humano da importância das três gerações da vida humana em que se resumiria nos limites mnésicos da oralidade o ciclo histórico.
O bracelete deste deus acabou muito conhecida no mundo da superstição revivalista moderna como panaceia contra todos os males psicossomáticos e de civilização.
No entanto seria a sobrevivência dum muito arcaico culto das cobras entrelaçadas de que o caduceu era uma das variantes conhecidas no mundo clássico. Literalmente Cernuno teria sido *Nuninho filho de Ker-tu, o deus menino, ou seja, uma espécie de Dionísio celta. Por isso mesmo, se não foi o deus do vinho, porque este seria de difícil produção nas zonas frias do norte, foi deus da cerveja na medida em que seria já um deus arcaico das antigas poções mágicas resultantes de plantas alucinogénias xamânicas.
Figura 5: Cernuno. Nesta representação celta Cernuno aparece com os adornos de cabeça do veado o que tanto pode ser o resultado metafórico da relação dos cornos esgalhados do veado com os ramos da «árvore da vida eterna», como resultar duma relação mística com a renas comedoras de fungos venenosos que produziriam uma urina alucinogénio que alguns autores consideram ter sido a fonte do Soma védico.
Esta relação xamânica explica a relação deste deus com a sabedoria, que na suméria era atributo de Enki e na mitologia clássica era um dos atributos de Apolo. Aliás, sabedoria xamânica e medicina andavam de tal modo associados que em Apolo resultaram simultaneamente nas funções pitonisinas de Apolo Pitiano e de Apolo Médico.
O temo discernir deriva seguramente de Dis-Cern(us).
Então, é possível que *Dis-Cer-no tivesse a variante egípcia deste deus das águas doces primordiais enquinas Ker-Nuno.
Assim, a correlação de Cernuno com a mitologia suméria terá que ser feita com Enki, ou com o seu filho Iscur, ou seja com *Kaurano.
Este deus do cerne das árvores era, como Apolo Carneios, um deus da “árvore da vida eterna”, possivelmente porque a esta estava assodiado o poder das poções mágicas a que este deus dos infernos (Kur) e da sabedoria presidia. Gramaticalmente falando Cernuno teria sido esposo de Cerridwen.
Cerridwen = In Welsh mythology, Cerridwen is the goddess of dark prophetic powers. She is the keeper of the cauldron of the underworld, in which inspiration and divine knowledge are brewed.
Cerridwen < Ker-Rith-Wen < Kerit-Wen <
*Kertu-Wen(us) < Kur-kiki-Kian.
CARVALHO
O carvalho, quiçá por ser a árvore secular que apara as fúrias dos raios das divindades «manda-chuva» e, por isso, era a árvore sagrada dos druidas que a consagravam a Tor.
Existiram carvalhos seculares santificados como o carvalho de Zeus em Dodona, o de Júpiter Capitolino, o de Donar em Geismar, de Romowe na Prussia e de Perun dos eslavos. No entanto os latinos não lhe deram o nome de Júpi-ter mas o nome do deus que já haviam esquecido.
Afinal, Júpiter e uma deus compósito (Te)-Xupe-Tor.
Kar+ valium = «vontade e poder» de Kar.
ó Kar-haliu > «caralho».
> Her-Kal-isho > Hercales > Hércules.
Ver: DRUIDAS (***)
OS MITOS AGRÁRIOS DE APOLO CARNEUS
De todos os animais sagrados conhecidos desde a antiguidade a «cobra» foi o que esteve mais cedo e durante mais tempo (re)ligado com os deuses! Relacionado de forma mítica e mística com o nome da deusa mãe a «cobra» foi, seguramente, o animal totémico de Ki e Kaphiura, o conceito mais arcaico e o primeiro nome virtual de Deus mais provável.
Na verdade, são agrárias as referências a antigos deuses ofídios contidas em palavras como «Safra» = • (Ár. Safaria > Safari, estação da colheita), s. f. colheita; • boas searas; «Açafrão» = • (Ár. azzafaran, amarelo), s. m. planta iridácea bulbosa de cuja flor (estigmas e estiletes) se extrai um pó amarelo que serve para dar a cor amarela ou para condimentar os alimentos.
Todas estas palavras recordam velhos deuses de nome (a)fricativo de que o mais comum terá sido o deus de todas as safras e safáris; tantos das colheitas, como das caçadas e cabradas, a Kafura!
Ki Ki Ur(a) => Kaphiura > kaphura > cupra > «cobra»
Kikura > Hipura > Wiphura > «Víbora» (< Lat. vipera).
Agrícolas são os interessantes mitos de iniciação, referidos por Bernard Sergent, Huakinthos, Kuparissos, Narkisos.
Huakinthos
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Kua® < Kar
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-hinthos
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< Ki antu
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«jacinto»
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Kuparissos
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Kaur < Kar
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-pissos
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< *Phiash
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> Lat. cypressu > «cipreste»
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Narkissos <
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< Kar
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-nissos
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< An-ishus
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«narciso»
|
Khrusippos <
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Karus < Kar
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-hippos
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< hiphos < kikos
|
?
|
Como se vê todos estes nomes têm de em comum o nome de Kar/Gal o que certifica a sua antiquíssima autenticidade. Segundo este mesmo autor, “a serie onomastica Huakinthos/ Narkissos/ Kuparissos reporta para um substrato linguístico pré-grego; cronologias e origens são assim particularmente obscuras, mas mergulhamos, em todo o caso, na profunda pré-história grega…”. Em boa verdade, o sufixo -issos é tipicamente cretense e de origem minóica uma vez que terá chegado nas frotas deste povo de destemidos marinheiros até às baleares no nome de Ibiza, que localmente se pronuncia Ibissa.
NARCISO
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Até recentemente, a única fonte desta versão era um segmento em Pausânias (9.31.7), cerca de 150 anos após Ovídeo. Contudo, um relato muito parecido foi descoberto entre os papiros de Oxyrhynchus em 2004, um relato que antecede a versão de Ovídeo por pelo menos quinze anos. Nesta história, Amantis, um jovem, amava Narciso mas era desprezado. Para se livrar do amante chato, Narciso deu-lhe uma espada de presente. Amantis usou essa espada para se matar à porta de Narciso e rogou a Némesis que Narciso conhecesse um dia a dor
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do amor não correspondido. (…) Diferentes versões da história dizem que Narciso, após desdenhar os seus pretendentes masculinos, foi amaldiçoado pelos deuses para amar o primeiro homem em que pousasse os olhos. Enquanto caminhava pelos jardins de Eco, descobriu a lagoa de Eco e viu o seu reflexo na água. Apaixonando-se profundamente por si próprio, inclinou-se cada vez mais para o seu reflexo na água, acabando por cair na lagoa e se afogar transformando-se na flor do narciso por piedade dos deuses.
Formalmente um mito de precipitação ou katapuntismo que noutros mito se refere a jovens que se suicidam deste modo não tanto por desgosto amoroso mas para se livraram de amantes desonrosos, quiçá mesmo reflexo duma tradição de rapto perifrástico indesejado ou não correspondido ou memória antiga da fuga aos votos dum destino de eunuco senão mesmo eco muito mais arcaico ainda de sacrifícios à deusa mãe por precipitação ou afogamento.
Muito seguramente este conto cretense é uma versão moralizante dos costumes pederásticos que terão substituído na Grécia dórica as tradições orientais dos dos Galla-tu, os jovens eunucos consagrados à Grande Deusa Mãe Cibele ou Galla, o por isso vestidos com as cores da Madona como os monges budistas que se tornam espiritualmente eunucos por amor a um Buda efeminado.
CIPRESTE
Figura 6: Ilustração barroca das metamorfoses de Ovídio: Cyparissos ab Apolline in arborem commutatur.
O Cipreste-italiano, também designado como cedro-bastardo, cipreste-comum, cipreste-de-itália, cipreste-do-mediterrâneo, cipreste-mediterrânico e cipreste-piramidal é uma árvore nativa do Sul da Europa e do Sudoeste da Ásia que chega a medir 45 m, com copa estreita e esguia, ramos nivelados e raminhos pendulosos e ramificações terminais lineares. É uma espécie de grande longevidade e de folha persistente (tal como se depreende do seu nome científico sempervirens, que quer dizer "sempre verde") - sabe-se que alguns chegam a viver mais de um milénio.
«Cipreste» < Lat. cypressu < Gr. Kupárissos. s. m. árvore cupressácea, da família das pináceas; • (fig.) morte; • dor; • luto;• tristeza;• símbolo da morte.
Filho de Télefo, foi amado pelo deus Apolo. Ciparisso possuía um cervo a quem estimava, e acidentalmente o matou com seu dardo. Inconsolável, pediu que Apolo permitisse que ele o pranteasse eternamente. Assim o deus o transformou em uma árvore, o cipreste, símbolo do luto. Outras versões da lenda dizem que ele era filho de Orcomeno, e teria sido o fundador mítico de Kyparissos, na Fócida, hoje a cidade de Anticyra. Outra versão o diz amante do deus Silvano. A versão latina de seu nome, Cupressus, foi usada para denominar um gênero de ciprestes.
Independentemente de quem tenha sido erómeno do pobre rapaz, que nos tempos da pedofilia iniciática teria que ter sido desejado por algum eraste com dignidade ou nunca teria sido ninguém na vida, o importante por agora é a possibilidade de ter sido “discípulo amado” do deus romano Silvano.
Selvans = Silvan(u)s < | Shyr < ish-Kur |-Wan, lit. filho do “couro” (Saturno ou Crono) guerreiro da deusa mãe Ven(-us) < Kur-Kian.
Sendo o termo kuparissos de origem grega seria difícil estar a tentar derivar o nome desta árvore de Silvano. No entanto, é óbvio que Silvano teria sido um dos deuses guerreiros e silvestres das diversas comunidades neolíticas arcaicas e teria tido funções idênticas às que viria a ter Apolo.
No entanto, com algumas reviravoltas nesta dança dos enigmas linguísticos da mitologia acabaria por se descobrir que estes deuses arcaicos de nomes diversos eram todos afinal o “deus menino” filho da deusa mãe das cobras cretenses e, por isso, cobra também. Na verdade, Kuparisso tem conotações sugestivas com oo «cobre» e a «cobra».
Kuparisso(s) < Ku-| phar-iço | > phara-ot > Faraó | < *Ki-pher(a)-ish, lit. “filho de Kifura” ou “aquele que transporta a vida ou é transportado pela deus da terra, Ki” < Ki-Kur.
< «cobre» < Lat. cupru ó Kupra > «cobra».
Assim sendo o mito de Ciparisso uma velharia recebida pelos gregos da ilha de Creta quase seguramente que estamos perante uma velha variante do mito de Adónis ou do “deus menino”. Desde logo o cedro com a sua folha perene e com a sua longevidade como símbolos de morte e ressurreição teria que ser a árvore da vida eterna de cuja madeira aromática seria feito o sarcófago onde Sete encerrou e matou Osíris. Depois, o aspecto fálico e a cor cobreada do cipreste permitem-nos enquadrar este mito no culto da deusa mãe das cobras cretenses. Que este jovem seria Dionísio poderia inferir-se do facto de o veado ser o animal e transporte de Diana, a caçadora de sacrifícios humanos. Em qualquer dos caso, primitivamente Ciparisso deve ter sido um deus fálico como Príapo e o cipreste.
Kuparisso < Ku-| par-iço < Kar-ishu ó Kur-Yaco > Príapo |.
JACINTO
Os apêndices florais são, para o caso, dependentes de meras semelhanças morfológicas arbitrária, como é de hábito nas mitologias totémicas e fundadoras.
De qualquer modo, os ciprestes têm a forma de «piços» de Kar e os estames únicos e amarelos dos jacintos, essa mesmíssima e óbvia forma e os (a)nissos, enquanto deuses meninos, são belos eufemismos florais!
Na mitologia grega, Jacinto era um jovem mortal muito amado pelas divindades, principalmente por Apolo que o seguia aonde quer que ele fosse.
Certa vez em que ambos se divertiam com um jogo, Apolo lançou o disco com tal habilidade para o céu que Jacinto, olhando admirado, correu para o apanhar, ansioso por fazer a sua jogada. Zéfiro (o vento oeste) também amava o jovem e, enciumado pela preferência por Apolo, mudou a direcção do disco para que este o atingisse.
Figura 7. Rapto de Jacinto pelo vento Zéfiro.
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Figura 8: Rapto de Jacinto por Apolo…
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ou rapto de Jacinto pelo vento Zéfiro, depois de Jacinto ter estado com Apolo, de quem recebeu a lira de presente.
“O adolescente empalidece, e o próprio deus empalidece; Apolo acorre, aperta entre os braços o infeliz Jacinto e estanca-lhe o sangue da ferida; emprega todos os recursos da sua arte para lhe conservar a vida. Mas é em vão! O ferimento era mortal. Assim como vemos o lírio, a papoila e a violeta, cuja haste se partiu, curvar-se para o chão, agonizantes, a cabeça do jovem Jacinto, já coberta peja palidez da morte, cai-lhe sobre os ombros... Enquanto Apolo se entrega à dor, o sangue espalhado pela relva desaparece; uma flor nova nasce, uma flor mais brilhante que a púrpura e de formato semelhante ao do lírio. Não basta ao deus prestar tão triste homenagem à memória do amigo; quer ainda que aquela flor prove para sempre o seu infortúnio; liga-lhe a expressão e os sinais da dor, traçando nela as letras Ai!" (Ovídio).
Não deixa entretanto de ser curioso que o mito do vento Zefiro tenha andado relacionado com uma relação pedófila homossexual com Jacinto, também um mortal raptado por um deus ou seja um mito em tudo semelhante ao de Ganimedes, tratado a seguir.
Las Jacintias (en griego Ὑακίνθια, Hyakínthia) eran unas festividades religiosas espartanas, organizadas en Amiclas todos los años, en mayo-junio. Las Jacintias duraban tres días. El segundo día era un día de celebración. Los jóvenes tocaban la cítara y el aulos, y cantaban a la gloria de Apolo. otros participaban en concursos hípicos. Numerosos coros rivalizaban en la ciudad, cantando cantos del país y bailando. Amiclas era también el teatro de desfiles de carros decorados por las jóvenes y las mujeres de Esparta. Eran ofrecidos sacrificios con ocasión de la griego κοπίς, kopís, banquete en el que los ciudadanos invitan a sus familiares y parientes. Los Ilotas tenían derecho a tomar parte en los festejos, incluso los extranjeros: «se agasaja no sólo a los llegados de nuestra tierra, sino también a los extranjeros que se hallan presentes.» La kopis se desarrollaba bajo tiendas (griego σκηναί, skênaí), rasgo característico de las fiestas campestres arcaicas. El tercer día no está descrito con precisión, es probable que fuera el más solemne, a semejanza del primer día.
Figura 9: Jacinto Silvestre.
Esta festa dos tabernáculos de Amiclas era seguramente uma variante local da Páscoa, dedicada a um deus donisino.
En la mitología griega, Amiclas es el hijo de Lacedemón y Esparta. Según Pseudo-Apolodoro, fue padre de Jacinto y Cinortas, y según Pausanias también de Laodamía, esposa de Arcas, héroe epónimo de Arcadia. Fue el fundador mítico de Amiclas, en el centro de Laconia.
No entanto enquanto fundador mítico, Amiclas enquanto entidade histórica pode ser uma pura invenção ficcional em torno do nome original de uma cidade missénica pré existente que os dórios conquistaram e a quem renegaram uma história anterior por razões políticas de direito sucessório.
O nome da cidade seria uma corruptela do nome de Amurkas, filho da Virgem Mãe Amorca.
«Amiclas» < Amyclas < Ἀμύκλας < Amukras < Amurka-ish > Amorca.
Obviamente que o deus pascal semelhante a Adónis era na Grécia Dionísio que tem muitos dos seus mitos arcaicos confundidos com os de Apolo, sobretudo nos povos conquistados pelos dórios, e noutros contextos com o “deus menino”, rei dos infernos, Pluto ou Orco.
Hyakín-tho = Deus Huakin (> «Joaquim») < iakchos (< Kakikos) > Iac-chus / Baco / Dionísio.
Hyakínthia sendo uma festa pascal dedicada a uma versão de Baco comprova que se trataria de uma festa arcaica local de que os conquistadores dórios se apropriaram esquecendo-se entretanto do deus a quem era dedicada e inventando por isso um mito floral, já que se tratava de uma festa primaveril. Os dórios foram afinal os introdutores na Grécia do revisionismo olímpico anatólico iniciado por Tudália IV.
CRISIPO
A esta série se poderia juntar o mito de Khrusippos. Ainda que não seja nome de planta conhecida soa como tal. Se bem que não seja fácil encontrar-lhe uma flor tutelar que se assemelhe a um cavalo de Kar, não será forçar a fonética relacionar Khrusippos com um étimo hípico pois, no mito, este é enteado de Hippdameia, nome mitológico que é obviamente hípico.
Na Mitologia grega, Crisipo era filho ilegítimo de Pélope e da ninfa Axíoque e meio-irmão de Atreu, Tiestes e Alcatos. Laio (o torto, em grego) era filho de Lábdaco, rei de Tebas. Quando o pai morreu, o príncipe ainda era muito jovem para reinar, tendo Lico, fiel seguidor de Lábdaco, assumido a regência. Mas uma velha pendência entre o regente e os irmãos Anfião e Zeto, cuja mãe tinha sido maltratada por ele, fez com que perdesse o reino para os rivais. Com medo de ser morto pelos dois invasores, Laio fugiu para a Élida, sendo acolhido com honras pelo rei frígio Pélope e por seu filho, o jovem Crisipo.
Figura 10: Rapto de Crisipo. (Desenho
de vaso grego manipulado ciberneticamente a partir de original da obra
Apulische Vasenbilder de Eduard Gerhard).
[85] LXXXV.
CHRYSIPPUS: Laius, son of Labdacus, carried of Chrysippus, illegitimate son of
Pelops, at the Nemean Games because of his exceeding beauty. Pelops made war
and recovered him. At the instigation of their mother Hippodamia, Atreus and
Thyestes killed him. When
Pelops blamed Hippodamia, she killed herself. HYGINUS, FABULAE.
33 Pelops, the
son of Tantalus and Euryanassa, married Hippodameia and begat Atreus and
Thyestes; but by the nymph Danaïs he had Chrysippus, ewhom he loved more than
his legitimate sons. But Laïus the Theban conceived a desire for him and
carried him off; and, although he was arrested by Thyestes and Atreus, he
obtained mercy from Pelops because of his love. But Hippodameia tried to
persuade Atreus and Thyestes to do away with Chrysippus, since she knew that he
would be a contestant for the kingship; but when they refused, she stained her
hands with the pollution. For at dead of night, when Laïus was asleep, she drew
his sword, wounded Chrysippus, and fixed the sword in his body. Laïus was
suspected because of the sword, but was saved by Chrysippus, who, though
half-dead, acknowledged the truth. Pelops buried Chrysippus and banished
Hippodameia. So Dositheüs in his Descendants of Pelops. – Plutarch, Moralia, Greek and Roman Parallel
Stories
O mesmo Plutarco,
que foi iniciado também na pedofilia e terá sido amante de jovens na sua
juventude acabou casado e nas suas Obras Morais, Dialogo sobre
o Amor, acaba a criticar a pedofilia
iniciática como sendo superior ao amor conjugal.
De facto, a postura do classicismo perante a pedofilia foi
sempre ambígua e hipócrita entre um platonismo impraticável e um vulgar
hedonismo.
5.
Embora
Protogenes tivesse intenção de dizer muito mais, disse-lhe Dafneu, cortando-lhe
a palavra: “Fizeste bem, por Zeus, em referir Solon, mas e sobremaneira necessário que
o tomemos como protótipo do homem apaixonado,
Enquanto, na amável flor da juventude, os rapazes
ame, as suas coxas [desejando] e a doçura da sua boca.
E
acrescenta ainda a Solon estas palavras de Esquilo:
A reverência das tuas coxas não respeitaste, tu, o
mais esquivo aos meus beijos apertados!
Outros
há, porem, que se fartariam de rir destes poetas, já que incitam os apaixonados
a prestar atenção as coxas e aos quadris, como os sacerdotes do sacrifício ou
os adivinhos. Quanto a mim, considero que este e um argumento muito importante
a favor das mulheres: pois se e verdade que a relação contranatura com varões não
destrói nem prejudica o afecto amoroso, muito mais evidente há-de ser que o
amor entre mulheres e homens, conforme a natureza, conduza a amizade, por via
da graça. (...)
Este
amor recusa o prazer? E porque sente vergonha e temor. E por isso que necessita
de uma razão honesta para se relacionar com os rapazes belos e no auge da
juventude: e o seu pretexto e a amizade e a virtude. Cobre‑se de areia, banha‑se em água fria, eleva o
olhar38
e, em
publico, por medo da lei, diz que observa a filosofia e a prudência. Mas logo,
na calada da noite, quando tudo esta calmo,
doce é a fruta na ausência do guardião (*)
Ora,
a ser verdade o que diz Protogenes, que numa relação com rapazes não há lugar
aos prazeres sexuais, como pode haver Eros se não esta presente Afrodite, ele a
quem calhou em sorte, por vontade dos deuses, tratar dela e dar‑lhe assistência,
participando da sua honra e do seu poder na medida em que lho permita?
(*) Frg. 403 Nauck2 de uma tragédia
desconhecida. – Plutarco.
Diálogo sobre o Amor, Relatos de Amor. Tradução
do grego, introdução e notas de Carlos A. Martins de Jesus.
Assim sendo estamos convictos de que no que repetia à consumação
dos desejos os clássicos não seriam mais contidos do que os modernos, bem muito
pelo contrário e, convictos no seu subconsciente cultural de que a pedofilia ainda
era contranatura como em geral toda a sexualidade que não fosse heterossexual o
foi até aos tempos actuais, os clássicos, sobretudo os gregos, ainda que não sendo
tão intolerantes e puritanos como vieram a ser os cristãos lá no fundo sabiam
que teriam que encontrar boas desculpas culturais para manterem a pedofilia
como socialmente respeitável e por isso inventaram muitos preconceitos que iam
tampando o sol com a peneira enquanto o útil da pederastia pedagógica se iam
juntando à pedofilia homossexual. Por isso, é sensato pensar que os amantes
homossexuais clássicos cultivavam públicas virtudes enquanto em privado todos
fingiam que não era depravado o rei que ia nu!
Uma
paixão avassaladora nasceu entre Laio e o virginal Crisipo. Às escondidas, os
amantes viveram um amor intenso. Laio possuiu com furor o belo Crisipo, fazendo
dele um homem. Quando o amor dos dois é descoberto, Laio teme a retaliação de
Pélope e num ato desesperado, rapta Crisipo com a suposta intenção de o fazer
ser condutor de uma quadriga, nos jogos de Nemeia onde ele iria participar como atleta.
Após as competições, em vez de retornar à Frígia, Laio raptou Crisipo e fugiu para Tebas, onde pretendia recuperar o trono de seu pai, Lábdacos.
Mas Pélope recuperou o filho mais tarde à força de armas.
É a única lenda que encontra uma certa oposição, no caso da parte de Pélope, à pedofilia iniciática, talvez porque sendo Laio ainda muito jovem, quase adolescente, não poder assumir responsabilidades sociais, já que a iniciação era privilégio dos homens mais velhos de posição, social e cívica, definidas. Talvez porque este amor homossexual - tolerado pelos costumes gregos apenas enquanto pedofilia pedagógica - deveria ser interrompido quando Crísipo se tornasse adulto e não terá sido o caso.
E agora temos duas variantes para o desfecho do mito:
Numa, Hipodâmia, sua madrasta, porque temia que um dia se tornasse rei, ao invés dos seus filhos, odiava-o. Convencidos pela mãe, Atreu e Tiestes acabam por matar Crisipo, atirando-o a um poço. Após o crime, Pélope expulsou Hipodâmia e os seus dois filhos, que se refugiaram em Micenas.
Figura 11: Pelops,
riding Poseidon's quadriga, racing away from Oenomaus, with Hippodamia at his
side. After an Attic red figure neck amphora, 410 BC (late classical). Arezzo,
Museo Nazionale Archeologico 1460.
Noutra, diante da perseguição do pai e do escarnecimento das pessoas, Crisipo, um jovem medroso e desestruturado pela descoberta da paixão, suicida-se, deixando Laio apenas com a dor da perda e perseguido por um ressentido e vingativo rei. Por ter perdido o herdeiro, Pélops culpou Laio e lançou sobre ele uma maldição: “Se tiveres um filho ele te matará e toda tua descendência desgraçada será!”
Por isso os comediantes afirmam que Crisipo morreu dum ataque de riso por, depois de ter embebedado o seu burro o ter visto a tentar comer figos.
Não sabemos que mito florar estaria por detrás de Crisipo que seria literalmente o “cavalo dourado”, quiçá por ser condutor de quadrigas. Seriam crisântemos, as flores que acabaram por ser dos mortos como o cipreste?
Poderia também ser o nome de algo próximo do satírico “burro de oiro” de Dionísio.
O burro de Ouro terá sido escrito provavelmente entre o ano 160 e 170 da Era cristã, ou seja, cerca de um século depois do singular Satyricon. Misto de erotismo, de magia e de experiência iniciática, o relato das múltiplas aventuras do jovem Lúcio – transformado em burro e perseguido pelos caprichos da Fortuna implacável até encontrar o universo puro de Ísis e Osíris – constitui uma das obras clássicas mais justamente famosas e faz de Apuleio o último grande autor da Antiguidade pagã.
Apesar de tudo, é possível encontrar, para esta entidade, um paralelo étmico no nome da deusa hitita Kamrusepas.
Kamrusepas < Kam-Rush-phias < *Kime-Urash-*Phiash, ou
< Kamur-cepas < *Kime-Ur-Ki-phias => «orquídeas» ou «urtigas» da deusa mãe *kime.
Do mesmo modo que as urzes outonais seriam *urkikes ó ulices, recordações órficas e funéreas dos heróis da deusa mãe, as «cepas» de videira e as «sécias» seriam rebentos de Artemisa que conservam a memória da sua consagração à deusa mãe.
Quanto às orquídeas, as possibilidades de a etimologia convencional estar errada parecem muitas! A verdade é que já as «orquídeas» eram as deusas dos testículos, precisamente pela sua forma e formosura reconhecida!
Chamar testículos às orquídeas seria de pouca elegância para uma flor que era, para os chineses, a rainha das fragrâncias desde os tempos de Confúcio.
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«Orquídeas».< • (Gr. órchis, testículo + suf. dea), de uma forma geral, qualquer flor de uma planta monocotiledónea da família das orquidáceas, notável pela rara beleza, forma e colorido.
The word orchis, from which the whole family received its name, was first used for this purpose by the Greek philospher Theophrastus (c. 372-c. 287 B.C.), a pupil of Aristotle. Theophrastus is sometimes referred to as the father of botany. It wasn't until 300 years later in the first century A.D. that orchids are mentioned again, this time by Dioscorides, a Greek physician in the Asia Minor, who collected information on medicinal plants while serving as surgeon in Nero's Roman army.
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Both Theophrastus and Dioscorides described the tubers of the Mediterranean orchis to resemble testicles, and therefore the hypothesis was formed that the plants influenced sexuality. That hypothesis as well as Dioscorides' writings on orchids prevailed for the next sixteen centuries. The Doctrine of Signatures, the popular theory in the sixteenth century, continued to promote the belief that orchids were synonymous with fertility and virility. This 'reputation' has continued to present day. -- A Brief History of Orchids.
«Carriça» < Kar-ruhsa < *kaur-lu-ish
=> ork-ish-lu > orchi-los.
Pt. «colhão» ó Esp. cojon. Fr. co(u)illon < collion < Kor-lu-on
< *kaur-lu-on ó ork-ish-on < orkhi(di)on.
> Kar-lu > «Carlos».
Avest. arazi (= testículos.) < Haraxi < *Kaur-(lu)-ish.
=> «caraças > caralho»
Orch-âmos = A. leader, chief = lit. “Amo com testículos ou amo da dança.” Orch-êma , -A. dance, dancing = Orch-êsis, dancing, the dance, orch-idion, to, Dim. of orchis; orcheidion; orchilos, a bird, prob. Wren (carriça); orchas, fem. Adj. Enclosing; orchos, a row of vines or fruit-trees.
Talo, o ferreiro, era um herói cretense nascido da irmã de Dédalo, Perdix («perdiz»), com a qual a mitografo identificou Hera. As perdizes, consagradas à Grande Deusa, figuravam nas orgias do equinócio da Primavera em todo o Mediterrâneo oriental, nas quais se executava uma dança saltitante, como que coxeando, a tentar imitar os passos da perdiz-macho. Segundo Aristóteles, Plínio e Eliano, as fêmeas eram fecundadas pelo simples cantar do macho. Hefesto («o coxo») e Talo parecem ser a mesma personagem, nascida por partenogénese, tendo sido um e outro precipitados de grande altura por rivais enfurecidos (ver 23. b 92. b) - originariamente em honra da sua mãe divina. – 12 hera e seus filhos, os mitos gregos de Robert Gaves.
Se não se tratava da “dança da carriça” era então a dança da perdiz ou de qualquer outro animal de caça correlativo.
Perdix era irmã de Talo / Hefesto, logo uma potencial variante de Afrodite Morfo.
But why this connection between Talos and a partridge? On bird-metamorphoses in general I have elsewhere said my say.
Here it must suffice to observe that the partridge in particular was notorious for its generative propensities. Hence it was regarded as sacred to Aphrodite. And the same reason will account for its association with Talos, who, as being the Sun, was essentially a fertilising power. A remarkable variant of the Perdix story is preserved by the Latin mythographers.
Perdix, the inventor of the saw, fell in love with his own mother Polykaste and pined away because of her. Fenestella, who wrote his Annals in the reign of Tiberius, commented on this myth. According to him, Perdix was a hunter, who tired of the chase, especially as he observed that his young comrades Aktaion, Adonis, and Hippolytos all came to a bad end.
He therefore abandoned his life as a hunter and devoted himself to agriculture.
Hence he was said to have loved his mother, i.e. Mother Earth, and to have pined away, i.e. to have worn himself thin over her. Her name Polykaste might be spelled Polykarpe and rendered the 'Very Fruitful One.' As for the saw, that denoted the harsh tongue with which he abused his former occupation. Fenestella's rationalism is of course absurd. Nevertheless his account appears to contain elements that are far older than the rise of rationalism. Perdix, who loved Polykaste, variously identified with Mother Earth4 or the Mother of the gods5 or Diana — Perdix, who is expressly compared with Aktaion, Adonis, and Hippolytos, an ill-fated trio — Perdix, who dreaded the dangers of a woodland life, is a figure ominously like the human favourite or partner of more than one ancient goddess. His love for Polykaste was, as Claudian says, inspired by herself7. And there is perhaps a special significance in the fact that her lover bore the name of a bird, of that bird which was 'the plaything of the daughter of Zeus and Leto8.' Talos the 'Sun'9 was in Crete identified with Zeus. A Hesychian gloss explains the epithet Talaios to mean ' Zeus. – Arthur Bernard Cook - Zeus, a Study in Ancient Religion vol. I.
«Perdiz» < (Lat. perdice) < Gr. Pérdix < Pher-Dis(h) ó Dis *(A)Pher,
possível variante afrodisíaca da deusa infernal Per-sefone.
Policasta < Phori-Ki-ast = Ka-Kur-Ash > ó A-pher Dish
< Sakur-Dite ó Afrodite.
Perdix partilha o étimo Pher das hespérides da noite infernal e da Aurora.
Perdix seria filho de Afrodite e por isso um Erote e posteriormente, porque os panteão olímpico já estava estabilizado e nele não cabia Perdix como filho da deus do amor passou a ser filho de Policasta, que seria uma mera variante do nome da Deusa mãe e do Amor sexual e carnal, mais próxima da deusa da Aurora, a deusa das erecções imperiosas que foi Eos.
O “minueto”, por sinal em ritmo ternário claudicante, seria também uma dança de fertilidade idêntica que teria evoluído até hoje desde a época minóica.
O interessante è saber que existiu na época clássica uma dança de fertilidade baseada na imitação dos ritos de acasalamento da perdiz e, por isso, uma dança erótica onde o caralho e os colhões teriam tido todo o natural cabimento.
Ver: TALO & MIRTILO (***)
Como se pode comprovar, para ir do diminutivo, possivelmente carinhoso, orkhi(di)on ao «colhão» foram necessárias algumas reviravoltas fonéticas.
«Colhões» ó Esp. cojones ó Fr. cuillions < Bax. Latim? Corlion.
Porém, para entender a semântica destes termos será preciso saltar dos colhõezinhos de Dionísio para as danças orgiásticas dos bacanais, passando ao lado das «carriças» e perdizes não ignorando que uma cerca poderia ter sido o resultado de latadas de vinhedos alinhados como testículos!
Kamrusepas (= Katahziwuri < Catha Ziw Uri) - "She witnessed and announced the Moon-god's fall from heaven on to the 'kilammar'. She is the goddess of magic and healing. After Telepinus has been found, yet remains angry, she is set to cure him of his temper. She performs an elaborate magical ritual, removing his evil and malice."
Kamrusepas, uma deusa da “magia e da cura”, seria seguramente curandeira de grande saber botânico, a orquídea é uma flor de enfeitiçar e Telepinus é de facto um deus agrário hitita!
Como Anki = Enki Ur = Kar => então... Anki-Ur-kiphias = Kaur(us) Siphias (= «sessias» de Kar, cravínias?) => krus-sipus > Khrusippos = cavalinha?
O nome actual da planta medicinal mais aparentado no étimo parece ser o «cersefi-bastardo».
No livro "Segredos e Virtudes Das Plantas Medicinais " pode ler-se que "esta planta era indubitavelmente conhecida pelos povos antigos, pois a sua raiz está representada num fresco de Pompeia; os italianos foram os pioneiros da utilização da sua raiz castanho-clara na alimentação tendo-lhe sido atribuído o nome de sassefrica, isto é, a que roça as pedras, pois a planta cresce em solos pedregosos." Claro que a fórmula do «isto é» não chega para fazer uma boa etimologia! Roçar as pedras também as cobras o fazem! Se alguma coisa roça no termo "sassefrica" é a estranheza da suas conotações "fricativas" com as safras africanas e ofídias! É etmicamente óbvio que:
Kaphura => Kassefrica > Ka Ker Phi (cia) => «sacrifício».
Claro que, com tanta referência ofídia ao ki da terra mãe (de que o ultimo é apenas sufixo genitivo de espécie) acaba por ter conotações pedregosas em demasia! Assim sendo, o actual nome em português desta planta parece ser o mais comedido em radicais telúricos pelo que deverá ser também o que respeita melhor a tradição do étimo que iria de «Cercefi» a [Kar-ki-phi(us) > ( krus sipus >] Khrusippos, ficando assim demonstrado o carácter botânico deste mito, inicialmente apenas suspeitado.
Mas, outros mitos botânicos terão existido, pelo menos na tradição grega, e pelo menos o «goivo», planta tipicamente mediterrânica e primaveril (< Kaiws < Kius), uma crucífera cujo nome grego é Cheiranthus (= flor de Keiron, o bom centauro?), pode ter tido relações com a precedente. Que a agricultura andava ligada aos cultos fálicos é néscio afirma-lo pois muitos são os nomes de plantas ligadas a estes cultos arcaicos. Gladíulos, lírios, alhos e dálias e outras plantas de longa e fálica folhagem.
Thalia = "The Muse of Comedy and Burlesque."
Tal facto estava de acordo com o tom jocoso e brejeiro das Phallêphoria, as festas gregas do vinho novo (gleukos) correspondentes ao Samartinho.
Ver: TALOS (***)
A tradição do alho-porro no São João das Fontainhas, no Porto, tem todos as características de ser uma arcaica festa do fogo da terra mãe, tanto mais que se realiza no começo do Verão. A mitologia judaico-cristã não passa, de facto, uma amalgama de vagas e mal manipuladas porque preconceituosas reminiscências da antiga cultura caldeia.
“In Norse mythology, Gefjon (< Kaphian) is a prophetic virgin goddess and a member of the Aesir and Vanir. All women who die virgins go to her hall. She was also a fertility goddess.”
Geryon. = Offspring of Chrysaor & Callirrhoe . Had the body of three men grown together and joined in one at the waist, but parted in three from the flanks and thighs. Heracles took his cattle away and killed him.
The words in the first row of this table are all marked with an asterisk (*). This means that they are believed to be the P.I.E. roots that later became words in other languages, as shown in the other rows of the table. Follow the links below to learn more about these words and the languages and cultures that they come from.
Quadro I
P.I.E.
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*derwo-/*dru
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*bhereg
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*bhago-
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*grno-
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Mod. English
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tree
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birch
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beech
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corn
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garden
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Old English
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treow
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beorc
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bece
|
corn
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ort geard
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German
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thriades = ninfas das arvores
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birke
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buche
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korn 'rye'
|
garten
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Latin
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árvores < harwor < kar-kaur < *Kar-Kur.
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farnus 'ash'
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fagus
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granum 'a grain'
|
hortus
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Greek
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doru = "beam, shaft, spear"
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phagos 'oak'
|
geron 'old man'
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kepos
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Russian
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derevo
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bereza
|
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zerno
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ogorod
|
Sanskrit
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daru - "wood"
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bhurja-
|
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jirna-
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------
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Spanish
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Ma-dera
|
|
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grano
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jardin
|
Português
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Toro (de ma-deira), «trevo»
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bago
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grão
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jardin
|
Kar haliyum = A sorte de Kar, o carro de triunfo do sol, Hércules, o rei dos reis como o «Caralho».
The Horned One The Celtic Father of Animals with his companion Stag and Boar is an archetype of mature masculine energy in balance with the natural world. Taken from the Gundesrup cauldron, this image shows the forest god in his typical yogic pose of meditative entrancement with nature. Around his neck Kernunnos wears the torc, commemorating his sacred marriage as husbandman to Mother Earth; with his right hand he bestows upon viewers a torc of initiation. Held under control in his intuitive left hand is the ram-headed serpent connoting male sexual power and vitality.
Kar terá sido o espírito do animal feroz de todos os totens, a força máscula genésica e o poder da fertilidade!
Kar foi também o deus do dom divino do orgasmo, dos afectos que acompanham o acasalamento e do amor presente na maternidade! Enfim,
Kar foi o primeiro deus do amor natural (vivificante e criador, pacificador e fértil, físico e moral)! Como adiante se verá, foi também o Deus dos mistérios, da iniciação sexual e militar dos efebos e o patrono apolínio da pederastia.
Porém o mais estranho é que tenha sido uma confusão na identificação do mito da morte e ressurreição do Jesus o Messias com os mistérios eucarísticos de Kar que tenha ditado o destino dos cristãos! Por causa do facto dos primeiros apóstolos falarem num Messias (Karistos) que tinha morrido e ressuscitado de entre os mortos como Karnos de apolo Karneos em muitos mistérios helénicos é que muito cedo se deu uma inclusão dos ritos sacramentais de teofagia dos mistérios da antiguidade na eucaristia cristã.
Sendo assim, seria tentador pensar que no início todas as religiões apareceram a partir dum único conceito teológico que por qualquer processo uniu tanto a antiga Suméria quanto o antigo Egipto.
Quanto a Apolôn deve referir-se que, por ser um deus solar, estava particularmente ligado aos cultos dos mortos. Já era assim no Egipto com a barca solar de Atum! Apolo foi na época clássica o avatar de Kar / Crono sob o nome de Apolo Karneios (< Kar An Kius). De resto, Apolo era o deus da boa morte, o patrono do profetismo dos cultos órficos e o herdeiro dos atributos de Kar entre os quais o de deus do amor, das artes e da pederastia saturnina.
KARNALIA
Ninkilim era a deusa suméria dos ratos silvestres e dos parasitas dos campos.
Ninkilim = Nin-kilim lit. Sr.ª dos Kilim plural kili
< Ki-lu, lit. “guerreiro” > “homem da Terra”
< Ki-ru < Ki-uru, lit. “animais selvagens da terra”!
*Ékwo-, o «cavalo», é atestado em toda a área do indo--europeu «clássico». Veremos, através de muitas alusões, que se tratava de facto de um animal doméstico, e de modo nenhum de um animal caçado.
*Kwen-, o «cão», esta bem atestado também tanto no céltico como no indo-iraniano.
Está provado que se trata, neste caso, de termos criadores: pela recorrência dos sentidos (*ékwo- e *kwen-, por exemplo, aplicam-se por todo o lado apenas ao animal doméstico, e não aos equídeos e canídeos selvagens); por especificações características (inteiro/castrado, macho reprodutor/outros); pela recorrência de ambivalências típicas de um certo estilo de economia (ao mesmo tempo «selvagem» e «doméstica» para *su- e *tauros; «carneiros» e «riqueza mobiliária»); finalmente, pela própria regularidade do vocabulário, oposta a sua diversidade desde que se trate de animais selvagens, domínio em que os tabus linguísticos foram poderosos.
Horse = O. E. hors, from P. Gmc. *khursa- (cf. O. N. hross, O. Fris. hors, M. Du. ors, Du. ros, O. H. G. hros, Ger. Roß "horse"), of unknown origin, connected by some with PIE base *kurs-, source of L. currere, "to run". Replaced O.E. eoh, from PIE *ekwo- "horse" (cf. Gk. hippos, L. equus, O. Ir. ech, Goth. aihwa-, Skt. açva-, all meaning "horse"). In many other languages, as in O. E., this root has been lost in favor of synonyms, probably via superstitious taboo on uttering the name of an animal so important in I.
É óbvio que sempre terão existido sinónimos e que a evolução linguística se pode ter feito muito precocemente a partir de variantes sinónimas.
O cavalo nórdico pode ter derivado dum qualquer proto germânico *khursa- que pode ter por sua vez ter derivado duma arcaica ideia mítica como *ka-kur-sa, relativa ao percurso do carro solar diurno no cimo do monte do Kur de “cabo-a-rabo”! Dito de outro modo, a relação do cavalo como animal de tiro dos carros de guerra que fizeram a fortuna e a fama do império hitita acabaram por ditar a sorte da evolução etimológica das duas variantes mais recente do nome deste animal apolíneo que puxava aos cavalos do sol.
«Corso» < • Lat. cursu, desfile de carros ó movimento > «corsel».
<= PIE base *kurs-?
Fr. Cheval < Lat. ca-bal-lus < Ka-Kar-lu ó *ka-kur-sa.
> Esp. caballo > Pt. «cabalo» ó Corso e Sicilian. ca-vad-du.
> Kavllu > Kar-lu > Romen. Calul > Cal.
Du latin populaire caballus (mot gaulois populaire), qui signifiait au départ «mauvais cheval», puis «cheval hongre castré» et enfin «cheval de travail». Ce mot s’imposa très vite en toute la Romania (aires linguistiques qui allaient donner naissance aux langues romanes) et supplanta le classique equus probablement avant le milieu du IIIe siècle : le roumain cal renvoie évidemment à caballus; or, la séparation linguistique de la Dacie avec le reste de l’Empire romain date de 271 après J.-C.
Etimología: del latín vulgar caballus, "caballo de carga", y este de etimología incierta, muy probablemente del galo *caballos, cognado del céltico insular *kappallos, del cual el galés ceffyl, el irlandés antiguo capall y sus descendientes. El origen último parece ser balcánico. El vocablo clásico equus, correspondiente a la raíz común indoeuropea, ha desaparecido prácticamente en la evolución del romance; en castellano sólo ha dejado el femenino yegua y algunos términos cultos: ecuestre, equitación.
Quadro II
Holandês
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Paard
|
Norueguês
|
Hest < Hesten eller øyken
|
Kurdo
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Hesp.
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Maltês
|
Żwie-mel < Zive-Mel
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Húngaro
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Herél mén, állvány, csõdör, tartó, salakdugasz
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Alemão da Pensilvânia
|
Gaul < Kawl < Ka-war > Ka-va-lu
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Polaco
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Koń
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Valão (Belga)
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Tchivå
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Võro (Estónio)
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Hopõn
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Lituano
|
Arklys < Karkelus < *Karwelu- > Húng. Herél
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Letão
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Mājas zirgs
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Nahuatl
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Cahuāyoh / cahualloh
|
Sueco
|
Häst
|
Suaíle (Banto)
|
Farasi
|
Turco
|
At, Atgiller.
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Galês
|
Ceffyl < Kephir
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Alemão
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Hausp-ferd
|
Grego m.
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Άλογο < Halojo < Karaullo <*Karwelu-
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Vasco
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Zaldia (arra) &| Behorra < Ka-kaura |
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Finlandês
|
Hevonen
|
Gaélica escocês
|
Each
|
Islandês
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Hest-ur
|
Javanês
|
Jaran < Kauran
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Malaio
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Kuda
|
Baixo-alemão
|
Peerd (n., ok Peer, Pird)
|
Samogiciano (Lituano)
|
Pferdl.
|
Bósnio
|
Marc'h ó Córnico (da Cornualha) Margh
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Chinês (min)
|
Ma
|
Cheyenne
|
Mo'ehno'há.
|
Checo
|
Kůň
|
Estónio
|
Hobune
|
Croácio
|
Konj
|
Lingala (Banto)
|
Farása
|
Magiar
|
Ló > Vadló (cavalo selvagem)
|
Se a suposta linha etimológica do Proto Indo Europeu fosse a mais arcaica teríamos:
*e-kwo- > O. Ir. E-ch > Irish Ogham > e-qa > L. e-quus
> *a-kwau > a-hiwau > Goth. A-ihwa- > Ash-wa > Skt. A-çva-.
> *Ikwos > Kiwos > Hibos > Gk. Hippos
> Võro (Estónio) Hopõn > Estónio Hobune > Fin. Hevonen.
No entanto, é pouco provável que PIE *ekwo- seja uma raiz original porque será apenas a forma transitória e crioula do começo das línguas trans-caucásicas originadas a partir dos falares acádicos e sumérios. Se a forma *ekwo- terá existido teria sido algo parecido com E-Kawo / E-Ca-cu, literalmente a morada de Ka-Ku, que por sua vez teria sido Ku / Gu, o (“deus menino”) que dá o Ká da vida eterna! Uma das variantes teria sido Ka-Ku-Anu, literalmente o Senhor Caco, que deu as formas da Estónia e *Ka-un das variantes eslavas.
Assim se explicam formas estranhas como o malaio ku-da e as eslavas, polaco Koń, checo Kůň, croácio Konj (> konejo > «coelho»?) que parecem confundir o cavalo com o cão…ou com o coelho.
As línguas nórdicas usam as formas em Baixo-alemão Peerd, Holandês Paard, que terá no Alemão da Pensilvânia o elo étmico perdido:
Alemão da Pensilvânia Gaul < Kawl < Ka-wer+ du > Phe-ar-d, etc.
E usam também a forma norueguêsa hest ó Sueco häst ó islandesa hest-ur ó Alemã hausp-ferd (um compromisso das duas), forma esta possivelmente derivada da raiz PIE *ekwo- de que o lusitano guarda o genérico «besta» dado a estes animais domésticos equídeos. As formas mais arcaicas parecem reportar para o nome maternal em formas tão díspares como chinesas, bósneas, da Cornualha, e do Letão. Uma variante Cheyenne mo'ehno'há parece ser mesmo uma forma compósita matriarcal e PIE.
Existem algumas formas de nomear o cavalo que reportam directamente para um deus supremo de que terá sido animal de transporte. O basco zaldia que parece reportar para o deus Zal / Kar que na Anatólia foi Hal-Dis e na caldeia Cal-Dis. O Valão tchivå que terá sido o deus jupiteriano Techuva e o maltês Żwie-mel < Zive-Mel, literalmente o senhor de sua mãe Ziwa ou Zeus, o deus menino dos cretenses.
Em conclusão, ka se não é um étimo indo-europeu de provável origem suméria, ou de remota origem neolítica, com o significado de animal, de vida animal ou de espírito vital, é um étimo universal relacionado com o sangue animal representado pelo ocre vermelho das exumações do final das culturas megalíticas e que aparece no Egipto com o significado sobrenatural de “alma vital”, em contraponto com ba que era a alma espiritual. No pressuposto indo-europeu o nome dos principais animais domésticos tem por raiz constante o étimo *Ka- com um significado que deverá estar relacionado com a sua vitalidade.
Quadro III
Ca-rneiro
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=
|
*pe
|
K(a)
|
w-
|
Ca-valo
|
=
|
*E
|
K(a)
|
wo-
|
Ca nino
|
=
|
*
|
K(a)
|
wen-
|
por cino
|
=
|
*por
|
K(a)
|
w-
|
Va cum
|
=
|
*
|
K(a)
|
|
Ca prino
|
=
|
*
|
Ka
|
(w)pr-
|
Mas, muitos outros nomes de animais comuns denotam esta monótona tendência para incluírem o étimo *Ka/w- no seu nome tais como o fr. canard e cochon, etc e os pt. «coelho, carpa, galo (< kalium > calinia?), camarão, caranguejo, cardume» etc. etc.
De facto no Zand Iraniano - CHAPTER 2 pode ler-se: Varak (the Lamb), Tora (the Bull), Do-patkar (the Two-figures or Gemini), Kalachang (the Crab), Sher (the Lion), Khushak (Virgo), Tarazhuk (the Balance), Gazdum (the Scorpion), Nimasp (the Centaur or Sagittarius), Vahik (Capricorn), Dul (the Water-pot), and Mahik (the Fish);
Vahik (Capricorn) (...) and Mahik (the Fish) =>
Vahik < Warik < *Kawr > Kabr => «Cabra»
Mahik < Marik < *Kamr > Kamar => «Camarão»
=> *Kawr < Kaur? > *Kamr
O termo «camarão» chega a parecer um fonograma cuja tradução literal poderia ser em português = vida da mãe (agua), o mar e seria, também em indo-europeu, se *mr fosse mar! Existe ainda a suspeita de que o nome de todos os animais derive dum único nome *Kaur que seria também o nome do animal totémico primitivo!
O porco, animal impuro por excelência, mais pelo aspecto do que pela qualidade da sua carne, deve ter sido vítima de muitos tabus alimentares o mais recente dos quais corresponde aos judeus que se recusam a comer a carne deste animal. Assim sendo, o nome deste animal pode ter tido diversas origens por força da forte ambivalência que os tabus alimentares terão gerado nas populações onde pode ter acontecido haver tribos próximas com posturas diversas perante este animal. Em português confirma-se:
Bácoro, rasto étmico de Baco revelando a raiz de (a)ba kaur = Pai Kaur.
Suíno de *su- <xu < kau | ino < Anu.
Reco de ra kau = alma do sol
Reco pode ter sido um eufemismo por antítese, equivalente à estranha praga de Cristo no evangelho, raca. Reco é o nome do centauro que desflorou a jovem e casta no que terá sido, já na época uma «porcaria» e desde aí ou porco ficou de nome ou deu a fama ao animal que hoje lhe arrasta o nome pela lama!
«Porco» < porcus < phor kaus.
Ver: AFRODITE MORFOS (***)
A persistência do étimo ca no português actual é garantia da sua força e antiguidade. Não seria errado afirmar que Ka seria sinónimo genérico de gado ou de género animal, ou símbolo universal da vida.
De facto, Lahar era o deus Sumério do gado.
Tudo leva a fazer crer que
Lahar < Ra-| Kar
< El Kar > Karum sírios, centros comerciais quiçá essencialmente «corrais» de gado < Ka tu < Ka ru > «curro, corro, curral».
Ka < Kaw® < Kaur < Kur > Kar + Anu => Kauran => «carne»!
Não nos podemos esquecer que no princípio a religião era o animismo e que o espiritismo primitivo materializava as ideias e atribuía espíritos aos animais. As almas dos mortos eram facilmente encarnadas em animais domésticos de estimação. O importante no animal totémico não era o seu corpo mas a sua alma. Assim sendo temos de entender o ka dos povos arcaicos como a ideia genérica de animal na acepção de corpo sobrenatural do animal.
Por ter sido assim o nome do deus animal veio a dar origem ao nome de todos os deuses e também a muitas cidades que o adoravam em formas particulares.
Kiphian > Kithuna > Siduna (Sidon),
Zaaru (Tyro) => Ka karu > Zaharu > Zaaru
Ka karu > Dzharu > Thaur > Tyre
Uruk, also known as Warka,
Warka < Kawar < Kaur > Urka > Uruk.
Iaco < Djaco < ? > Lhaco < Raco < Ura-Ku ó Kaur.
Dionísio < Dion Isius = deus de Isis => *Isi-Urio > Osíris.
Se chegou a existir uma divindade de nome Kar > Kauran, como tudo leva a crer que sim, não pode ter sido o animal totémico da tribos por este ser variável de tribo para tribo. Kar seria o totem de todos os animais e de todas as tribos possíveis ou seja o deus do conceito de vida > de corpo biológico > de carne comestível. Não será por mero acaso que iremos encontrar este deus nos cultos órficos da omofagia em que a eucaristia correspondia ao acto de comer o corpo vivo de Iacoo deus Dionísio, comendo carne de cobra!!!
Em outros banquetes sagrados, o prato principal era o filho do deus Pan, o Agnus Dei qui tolis pecata mundi e bode expiatório de todas as desgraças.
Muitos seriam os nomes de animais que revelam estranhas ressonâncias quer com o termo da «carne» quer com o deus Kauran!
"The term 'Bar Nasha' or 'Son of Man' refers to the 'divine human form.' An archetype of the human creation itself, it is the perfect Cosmic blueprint for all human beings. This was equated by some ancient writers with the 'Logos' or eternal 'image of God' that was said to be in every man that comes into the world." -- Father John Rossner, In Search of the Primordial Tradition.
Carne divina, Corpo de Deus, corpo etéreo!
= Nasha < Shaan <= Ki Na > Kan => Ka
This is speculation, but there is one point in Hanno's story where he may betray himself. It is the use of the word 'gorilla', which renders the kiKongo words ngò dìida ('powerful animal that beats itself violently'): a nice description of the gorilla's characteristic drumming on the chest. In Hanno's days, the speakers of this language probably lived quite close to the lower Zaïre (W.F.G. Lacroix, Africa in Antiquity, 1998 Saarbrücken, pages 48-56, 380 and 384).
Como é óbvio para quem tenha um pouco de senso comum científico o termo Kikongo Ngò dìida prova pouco quanto a uma origem congolesa do nome dos «gorilas». Seguramente que o termo «gorila», muito mais próximo do nome de Angola do que do Congo, seria outrora comum nas costas africanas onde existia e guardaria a memória de tempos muito mais recuados em que o falar derivava de uma linguagem comum de marinheiros péri mediterrânicos. Estes marinheiros eram seguramente adoradores de Gua, a variante de Kius / Enki, senhor dos infernos do Kur, adorada no ocidente peninsular, precisamente porque se supunha que as portas dos infernos seriam nas colunas de Hércules.
«Gorila» < Lat. gorilla < Gau-r-illa < Kur-lila < *Kur-lilu + An
=> *En-Kur-lilu => Negur(lil) > ngó.
«Crocodilo» < Lat. crocodilu < Gr. Krokódeilos < *Kor-Kau-Dil(u)
Kur-*Kau-tel > Kur-caudilho, lit. “o Senhor do Kur” ou
< Kur-*Kiat-| ilu | => Ker-wiet < Tiweret < Taweret.
Ver: TAVERET (***)
As Ba`al Qar-na-im/ Karnayin, Master of the Horns or the Two-Horned Ba`al, He is a ram-horned god of twilight and the setting sun.
Qar-na-im / Karnayin < Kar-nashino > Karnachito > «Carnaxide»
> «Carnide»
«Carnaxide» é a terceira freguesia mais antiga de Portugal, sendo mencionada em documentação oficial pela primeira vez no século XIV. A sua origem remonta ao século XIII, mas poderia ter sido um local arcaico de culto ao deus carneiro Karnaino ou *Karnei®ito da Fenício, tanto mais que esta freguesia permaneceu essencialmente pastoril até século XIV. O santuário local da Nossa Senhora da Conceição da Rocha pode ser o único indício que restaria deste culto.
Uma singela imagem de Maria, moldada a barro, com não mais de 15 cm, foi descoberta no Jamor em 1822. Reza a história que a 28 de Maio desse mesmo ano, um grupo de 7 rapazes brincava na margem direita do rio, quando acidentalmente descobrem uma gruta subterrânea com uma espécie de altar, onde estava a imagem de Nossa Senhora. Tratava-se de uma gruta funerária, onde estavam depositadas ossadas humanas. Este acontecimento veio marcar profundamente a história da região. A ideia da criação de um local de culto religioso foi reforçada com este achado, mas só dez anos mais tarde é construída a Capela de Nossa Senhora da Rocha. -- Portal VivaCarnaxide, desenvolvido por Eliseu Mateus. O topónimo “Carnide” da Freguesia de Carnide – Pombal deriva de “Carn”, tanque da purificação de um presumível santuário druídico do culto celta, que ficaria próximo do lugar de Carnide de Cima, nas margens da Ribeira.
Obviamente que não sabemos se o mesmo se refere à freguesia de Carnide no extremo norte do concelho de Lisboa porque a história local não sabe se o topónimo é celta, latino ou árabe. No entanto, há que fazer fé que estes topónimos se reportem a cultos celtas que não seriam de purificação mas de expiação!
Um cairn (carn em irlandês, carnedd em galês, càrn em Gaelic escocês) é um montículo de pedras feita por humanos, frequentemente em forma cónica para assinalar a campa ou o local duma morte violenta, acabando também por servir de marco de extremas de terras (muitas vezes causas dessas mortes violentas) e cruzamentos como os Erma gregos.
Sendo assim é quase seguro que seria a forma mais arcaica de representação do próprio “deus menino” Carneio, como o obelisco foi a oriente a representação comum de Duchares / Osíris.
De resto e bem ouvidos os nomes das coisas Duchares soa a deus Char ou Kar de que Osíris seria mera variante opcional apenas maioritária por uma certa moda prevalente durante a civilização egípcia.
Car-neo (Kar-neios, Car-neu, Car-neus) – Deus adorado nas planícies da Lusitânia.
Muito possivelmente este deus tinha outras formas fonéticas cujo núcleo centrar era Car-.
Cario-Ceco (Cariocieco, Cariocecus) – Deus Lusitano da Guerra, da caça, dos animais, dos mistérios e do futuro. Bodes, cavalos e prisioneiros eram muitas vezes sacrificados a este Deus. Caro (Carus, Cario, Carieco, Cariense) – Deus guerreiro local Lusitano, equivalente a Marte romano. Car-ia - Deusa dos Lusitanos celtas.
Car-us < Car-o < Car-io > Car-ieco > Car-iense.
Car-io-| + Ceco < -cieco<-cecus.
Car- > Cor- > Cro- > Crou-
Cor-ono (Cor-onus) – Deus cornudo coroado nos mundos subterrâneos, está ligado à guerra e à morte. É o esposo da Deusa Navia. Adorado pelos Calaicos.
«Corvo» < Cor-uae – Divindade adorada pelas tribos montanhesas lusitanas.
Cro-nis-nesi (Cro-ni-ense) - Uma divindade regional adorada na Lusitânia.
Crou-Ga (Grou-gea, Grou-geai, Crou-gae, Crou-gea, Crou-giai) – Deus adorado por algumas tribos montanhesas do centro da Lusitânia.
Se houve alguma zona da Europa onde Kar foi generosamente adorado foi na Lusitânia razão porque o calão mais nefando e inefável lhe é dedicado. Este deus seria fálico e fugidio como a cobra serpentina do percurso de um rio!
Na Serra de Sicó, existe um rio de nome "Caraglio Seco" ou como diz o povo "Caralho Seco".
Ver: CARALLIUM (***) & CARO (***)
Macario (Macarius, Magario) –Na mitologia Lusitana é um Deus naturalista da caça, da beleza e da fertilidade; é uma divindade instintiva e ciumenta; o padroeiro dos casamentos, dos jovens e dos viajantes. Equivalente de Apolo.
Ma-| Car-io ó > Car-iense | Macareno ó Macarena.
A Serra de S. Macário é uma das Serras de Portugal Continental que, juntamente com as serras da Arada, da Freita e do Arestal, faz parte do vulgarmente designado maciço da Gralheira. No seu ponto mais alto, a cerca de 1050 metros de altitude, existe a capela de S. Macário, rodeada de muros de xisto, onde, no último domingo de Julho, ocorre uma das mais típicas e concorridas romarias populares. Deste ponto pode observar-se uma bonita e abrangente paisagem que inclui as serras de Montemuro e do Caramulo, assim como parte da bacia do rio Vouga.
Obviamente que o santo cristão anacoreta oriundo do Egipto que no século IV teve o mesmo nome de Macário e viveu no deserto durante seis décadas e faleceu contando noventa anos de idade deve ter pouco a ver com a tradição popular que o conhecia das festas pré-históricas e anteriores a romanização e à cristandade.
S. Macaio deu à costa,
Deu à costa, revirou.
Todos os mais se salvaram,
Só o S. Macaio ficou.
S. Macaio deu à costa,
Deu à costa, revirou.
Salvaram-se os tripulantes.
Só ele é que se afundou.
S. Macaio deu à costa,
Deu à costa na fundura.
Quebrou-se-lhe o taboado,
Ficou só na pregadura.
Eu já vi o S. Macaio
No mar alto a navegar.
Ia dentro o meu amor
Com pena de me deixar.
S. Macaio já é velho,
É velho e é marinheiro.
Andava sempre perdido,
Por causa do nevoeiro.
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S. Macaio já é velho,
É velho e manganão,
Quando passa pelas moças
Arrefia e aperta a mão.
S. Macaio já é velho,
Muito velho e maniado,
Anoitece na cozinha,
Amanhece no cerrado.
S. Macaio já é velho,
É velho não tem dentes,
Foi a diacha da velha
Que lhe deu as papas quentes.
S. Macaio chamou por mim
Da janela da cozinha,
Qu’eu fosse jantar com ele
Ensopado de galinha.
S. Macaio chamou por mim
De cima do seu balcão,
Qu’eu fosse jantar com ele
Ensopado de leitão.
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Algumas destas tradições relacionadas com as “festas dos rapazes” terão embarcado para os Açores onde deram origem às belas cações populares de S. Macaio, tão brejeiras que nada terão a ver com um santo anacoreta e tudo terão a ver com arcaicas tradições cristianizadas dos cultos a Cairo / Caio e a Apolo Carneios ou Macário, filho da virgem de Macarena. Seja como for, tal como os cários da Anatólia eram considerados cretenses por terem sido os primeiros guerreiros a usarem penas na cabeça em honra do deus manda «Chuva» também os lusitanos adoradores de variantes várias do deus Cário eram de origem minóica como o atesta a lenda de Ofiusa na Ora Maritima de Rufo Avieno Festo.
Ver: A VIRGEM DE MACARENA (***) & OFIUSSA (***)
Tratado de História das Religiões
retirado e adaptado de Pierre Lévêque
ancient Carthage, by Jona Lendering
Granus, Grannos = God of Corn or God of Warmth. The god is still remembered in a chant sung round bonfires in Auvergne. A sheaf of corn is set on fire, and called "Granno mio," while the people sing, "Granno, my friend; Granno, my father; Granno, my mother." Etymologically the name Grannos may be related to the proto-Celtic root grƒno- (grain) or *gwrensƒ- (heat). For a deity of healing or thermal springs a neame meaning heat would make sense, however, a meaning derived from grain cannot be entirely excluded as Celtic agricultural deities were often syncretized with Apollo by interpretato Romana. Of course the two etymologies need not be entirely incompatible in that the heat of the summer sun is needed to ripen corn.