segunda-feira, 8 de abril de 2013

A VIRGEN DE MACARENA II, por arturjotafelisberto

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Figura 12: A Virgem de Macarena de Luto.

No Egipto antigo existem referências generosas a esta linha semântica.

Mehurt < *Makur-at > Mehueret = Sacred cow of creation, or cow-headed goddess. = Neith

                             > Meret > Mert = The Egyptian goddess of song and rejoicing.

                                      > Meri                                              , Sea goddess = Isis.

Makar, aros, ho, also makars = blessed, happy, prop. epith. of the gods.

Esta riqueza etimológica permite-nos reparar que, já no Egipto, a Virgem Macarena foi *Makur-at > Mehurt, Deusa Mãe primordial, raiz Meri- do nome do mar, o por isso ligada ao deus oceânico e criador que foi Enki e de Maria! Notar que este étimo esteve também ligado com Afrodite Melânia, Deusa mãe das dolorosas trevas das noites de todos os medos e mistérios.

Mehurt (Mehturt, Mehet-Weret, Mehet-uret) = An Egyptian sky-goddess, represented as a colossal cow, with the sun disk between her horns, lying on a mat of reeds. Along her belly Re proceeded by day in his solar barque. She was early regarded as the waterway of the heavens, but later she came to be equated with the primeval waters from which Re emerged. This earned her the epithet 'mother of Re'. Her name means "Great Flood". = Methyer = Très ancienne figure de la vache primordiale flottant sur les eaux du Noun où elle incarne la vie sortie des eaux primitives. Comme la déesse Neith qui lui succéda dans ses fonctions, elle a également donné naissance au soleil, puis elle l'a protégé en le plaçant entre ses cornes recourbées en forme de lyre.

Methyer < Meat huer < Ki ur Meash > Ar ki mesh => Artimes.

Porém, as ligações étmicas mais interessantes são com Mert, deusa da morte aparente ou pelo menos da alegria da ressurreição afectiva a que se encontra etmicamente ligada Mertesegar.

No estrito plano da fonética Mertesegar = Mert + Sacar, literalmente a deusa de Sacar morto, que chora no alto dos montes da aurora a morte da cobra emplumada do sol poente! Ora, não há Nª. Srª. das Dores mais expressiva do que as dores de mãe do rosto da mãe «del Padre Jesús de la Sentencia, a virgem da Esperanza Macarena»!

Porém, sob o ponto de vista semântico a Virgem Macarena foi sempre “Mãe do Filho de Deus Morto”!

                                  > Mekira > gnostic. MEIQRAS

Macarena | Makor < Makaur < Ma-kur | -Ana, a mãe ou a esposa da sagrada besta do céu que era o Sol, a «rainha do céu» ó Ma-Kaphur-Ana, a deusa mãe das cobra cretenses e, já então, seguramente protectora dos toureiros e vaqueiros! > Mahar-ana = (Ana) Mahar ó Marah > «Mar».

                             ó Mahar-ana > Mari-Anath > «Mariana».

Afinal, os cristãos não necessitaram de tanta evangelização como se tem pensado para conseguiram espalhar o culto da Virgem Maria pelo mundo mediterrânico porque este já lhe pré-existia desde o princípio dos tempos!

Sendo assim, a virgem de Macarena seria a sobrevivência até aos dias de hoje desta festa macariana em honra duma antiga sacrificada, a deusa Macária.

Macaria was the daughter of Heracles and appears in Euripides's play Heraclidae (The Children of Heracles). When she and her siblings took refuge from Eurystheus with Demophon, king of Athens, Eurystheus prepared to take them from the kingdom by force. Oracles told Demophon that his city would win the battle over Heracles's descendants only if a highborn maiden was offered as a sacrifice to Persephone. On hearing this, Macaria offered to die for her siblings. The spring where she died was named the Macarian spring in her honor.

Esta Macária sacrificada do mito clássico seria já a evolução de antigas festividades neolíticas em honra da Virgem Mãe primordial, a mãe guerreira, que veio a ser Deméter mãe de Perséfone ou Koré.

Deméter < Te-Mater < Ki-Ma-ker > Macária|

                                    º An-Ma-kar > Macarena.

Como se infere, Macarena foi seguramente uma variante da deusa mãe e esposa de Enki, e por isso mesmo, uma deusa do mar e da talassocracia cretense!

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Figura 13: A Virgem de Macarena com as angústias da monarquia Espanhola ou noiva desflorada e maltratadas pelo patriarcado franquista?

Esta deusa dolorosa que perdia filhos, esposos e amantes marinheiros nas vagas do mar veio também a perdê-los nas lides taurinas sendo por isso mesmo uma variante das deusas depressivas das trevas funéreas e lunares, deusa de humores imprevisíveis e contraditórios que poderiam ir do mais compadecidos dos amores às paixões tão venais quanto mortais bem como as vinganças mafiosas e aos sacrifícios humanos sangrentos que na cultura helénica eram quase sempre requeridos por Artemisa.

Macarena era assim a deusa dos «anátemas»!

Anathema = This is a Christian term for a person who has been officially cast out or excommunicated. It supposedly was derived from 1 Corinthians 16:22 "If any man love not the Lord Jesus Christ, let him be Anathema Maranatha." Originally it was a curse pronounced by the goddess Marah or Mari-Anath on her dying god. During medieval times Anathema in Christianity meant to be castigated from the congregation with the ritual of Book, Bell, and Candle, and irrevocably condemned to hell. This is a curious reminiscence of an accused god's temporary descent into the underworld, in ancient religions. A.G.H. -- Articles on the MYSTICA.

«Anátema» < Lat. anathema < Gr. anáthema (oferta, coisa sagrada ou maldita), s. m. excomunhão; • maldição; • execração;• reprovação;• maldição. <=? Ana-Themis, lit. “Sr.ª Themis”, deusa das justiça e das «demandas» divinas, que não deveriam ser necessariamente negativas.

Como se pode inferir, a relação patente deste termo «anátema» com o nome de Témis não deixa margem para dúvidas de que estamos perante um termo que deve ter sido tão antigo quanto carregado de aterradoras conotações como sói acontecer com tudo o que se correlaciona com sentenças judiciais!

E por isso mesmo,

Macarena < *Macaurena > Makurana > Maculana > Macula >

Ana das «Máguas», «a chuva fértil do céu», «Sr.ª da Piedade».

Ø    > Maclana > Machana > «Macha & Machona & Matrona»!

Por esta razão nos aparece como virgem da «magia negra e da vingança guerreira» nos cultos arcaicos do fogo a que presidia Durga e Kali...

Ker < Karu < Kahur < Kaphur < Kakur)

...e como Eos ou Ishtar, as deusa da descida aos infernos na «Semana Santa» na primavera nos cultos dos mistérios agrários de morte e ressurreição [1]!

Esta tradição ibérica terá sido a mesma que atravessou o canal da mancha com os povos que invadiram da Galiza as ilhas do mar do norte de tal modo que à Escócia chegaria o termo maol (muhl < *makaul) com o significado em inglês de «bald headland» = «promontório calvo»[2], «molhe», (< Lat. molh???, paredão em forma de cais, ordinariamente à entrada de um porto, que avança pelo mar dentro, para quebrar o ímpeto do mar e pôr os navios em condições de abrigo e segurança!). *Makaul, < Ama-kur, «a montanha sagrada da deusa mãe»  < *Macaur + Ana => Macarena! Relacionado com esta etimologia andaria o nome de família do herói escocês sir William Wallace, Malcolm, como por terras lusa o nome das termas de «Melgaço».

Malcolm < Mel-kar-Ama < Ama-ur-Ama, a deusa mãe de Melkart.

“Leite de Vasconcelos escreveu textualmente o seguinte: “Melgaço” parece relacionar-se com o nome de homem Melgaecus, que se lê em inscrições romanas do Minho; o étimo seria Melgaceus igual a Mel-aceus”. Sem prejuízo da opinião autorizada, que fica exposta, J. Piel regista um grupo de topónimos iniciados por Mel – (Mela, Melarizes, Melhe, Melides, Melim e Melo), distribuídos por quase todos os distritos de Lisboa para o norte. Declara este erudito autor não ter conseguido descobrir a origem da raiz Mell – (ou Mel -), incluído, todavia, tais nomes entre os germânicos existentes na toponímia portuguesa”. (Dr. Xavier Fernandes – 1944).

Obviamente que há descobertas que só as faz quem não recusa tropeçar nelas. As fontes antigas referem que na região do alto minha havia o culto de Hércules que terá passado para o culto do Bom-Jesus de Braga e é sabido que antes dos romanos foram os fenícios o povo que durante mais tempo andou pela Lusitânia obviamente que de mãos dados com colonos originários do mar egeu que já por cá andariam desde os tempos minóicos de que o nome do Minho deriva. Ora, nem por acaso Mel / Mela / Mala / Mara era uma deusa do mar dos fenícios.

Marah: Merciful Goddess of the Waters. Twin sister of Anath. Daughter of Asherah.

Assim, o étimo Mel seria de origem mediterrânica arcaica e estaria dedicado à deusa mãe e senhora do Mar. Melga®ecus, seria a variante lusitana de Melkarte / Miercoles e este o filho esposo da Grande Melga / Megal / Megara com uma variante muito comum que teria sido Makara, nome terá andado por todo o lado.

In old Greek, Makara means "blessed." Since many East European people accepted Christianity from the Greeks, many of these peoples have Makara in the root of their last names: Makarios (Greeks), the given name Makar gave rise to a number of last names Makarov (Russians), Makarenko (Ukrainians), Makara (Slovaks).

Abençoado e um termo que se opõe a amaldiçoado e reporta-nos novamente para os anátemas da Deusa Mãe que, no conjunto dos cultos terríficos das deusas das cobras cretenses nos reporta imediatamente para arcaicos cultos que vamos encontrar a oriente num termo makara que mais não é do que o mito que anda também traduzido como “dragão chinês”, como que a insinuar que este seria tão estranho e local que nada teria a ver com o dragão ocidental que nunca foi também identificado como animal totémico específico da antiga cultura marítima minóica e cretense.

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Figura 14: Makara crachant des nâgas, Wat Suthat, Bangkok, Thaïlande

Le makara est un animal aquatique du bestiaire mythologique de l'Inde. Il s'agit d'une créature ayant à la fois une petite trompe l'apparentant à l'éléphant de mer, la denture du crocodile et une queue de poisson. 

On trouve des représentations de makara à la fois dans le contexte bouddhique et hindou. Les plus anciennes sont sans doute celles des balustrades de stûpa, tels celles de Bharut. La forme du makara va subir une évolution stylistique et iconographique, si bien que les animaux le constituant vont devenir de moins en moins reconnaissables. À partir de l'époque médiévale, des volutes végétaux se substituent même à sa queue de poisson. Le makara est considéré comme une créature propice liée à la fécondité. Il est également la monture ou vâhana de la déesse du Gange, Gangâ, ainsi que celle du dieu des eaux, Varuna. The makara is essentially Indian, although its prototype may well be found in the goat-fish Capricorn, a creature of the Babylonian water-god Ea. Its most common form is that of an antelope-fish, and as such it is the tenth sign of the Indian Zodiac, being thus identical with the goat-fish Capricorn which is the tenth sign of our Zodiac.

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Figura 15: Makara du Taman Sari de Yogyakarta, Indonésie.

Makara é um monstro compósito marinho da mitologia hindu, com cabeça e pés de antílope, carapaça de tartaruga, de cor verde y azul. É o vahana (montada) do deus Varuna, o que sustenta o céu como Chu, deus do mar, das águas doces e dos oceanos como Enki, e por isso Crono ou Kaurano. Makara seria então o mitema primordial da deusa mãe que vamos encontrar na mitologia suméria na forma dos deuses de fertilidade como Ninguizida. No entanto, numa representação no frontão dum templo Indonésio vamos verificar que afinal esta entidade não era senão a Medusa helénica, variante arcaica de Artemisa.

Ningishida, Ningizzida o también Gizzida, era una deidad en la antigua Mesopotamia, a quin se conocía como el o la "Señor/a del árbol de la vida". Acompañaba a siempre Dumuzi custodiando ambos las puertas del cielo. Descrita a veces como una serpiente con cabeza humana, esta deidad devino más tarde en el dios de la sanación y la magia. No se conoce el sexo de Ningizzida, pero en algunas representaciones se le ve con barba y dos serpientes que afloran de sus hombros, y en el mito de Enki y Ninhursag, a Dazimua le es permitido casarse con Ningizzida. Es el primer símbolo de serpientes gemelas del que se tiene conocimiento.

Makara era então tão só e apenas o par de serpentes gémeas primordiais que na suméria se chamou Ningizzida.

Era também seguramente Mu-hra, a face que olha nas duas direcções, nome dos guardiões do Mundo Subterrâneo o deus Ush-mu (> Usmu > Ismut > Ismud) vizir de Enki/Ea também conhecido em acádio como Muhra.

Mu-hra < Mu-Kaura > Ma-Kaura > Makara

Nin-Gi-zida < Nin-Ki-Zu-te, ou seja, o par de senhores divinos Ki e Zu, a deusa mãe cobra Ki, e seu filho cobra Zu, Chu, Te-chuve e Jú-piter.

Obviamente que Ganga e Varuna seriam variantes tardias desta dualidade primordial correspondente à Virgem Mãe e o “deus menino” Enki que também foi Nin-Ki-Zitu!

 

TREBARUNA

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A etimologia mais frequentemente aceite para este teónimo é a que foi estabelecida por Leite de Vasconcelos:

TREBA + RUN, do Celta Treb, Casa, Lar, e Run, Mistério. TREBARUNA seria assim um Espírito do Lar, que depois se teria tornado numa Deusa Guerreira, como uma certa inscrição do Fundão faz pensar.

Da nossa parte, não vemos necessidade de qualquer transformação da parte da Deusa, no sentido de uma evolução de Guardiã do Lar para Deusa da Guerra: as duas funções podem perfeitamente coexistir o tempo todo na mesma Divindade. Com esta coexistência, TREBARUNA afigura-se uma versão Lusitana da paradigmática Deusa Céltica da Guerra e da Magia, como as Irlandesas MORRIGAN, MACHA e BADB CATHA - as Quais formam uma tríade.

Figura 16: Ara dedicada a Trebaruna

(I d.C.- II d.C, Época Romana Fundão)

Tal arquétipo Divino pode, salvaguardadas as devidas distâncias, ser extensivo a outros ramos da família indo-europeia ocidental: entre os Germânicos, as Valquírias desempenhavam um papel que Hilda R. Ellis Davidson aproxima do das Deusas Célticas citadas acima; em Roma, BELLONA era importante, pelo menos em tempos mais recuados, mais arcaicos, portanto mais próximos das origens indo-europeias Celto- Italiotas; na Grécia, ATENA, figura de primeira grandeza na religião Helénica, é uma Deusa sábia e guerreira simultaneamente, e a Magia é uma forma de Sabedoria, sobretudo para os povos indo-europeus norte-ocidentais.

A inscrição votiva de Cabeço das Fráguas, apresentada mais acima, fortalece a teoria segundo a qual TREBARUNA se insere na segunda função indo-europeia segundo Dumézil, uma vez que o animal que aí lhe é consagrado pertence à ordem dos ovídeos; por outro lado, o facto de o registo deste sacrifício a TREBARUNA estar separado do registo do sacrifício a REVA por um «indi» poderia talvez significar que ambas as Divindades pertenceriam à primeira função indo-europeia, a da soberania, já que o referido vocábulo lusitano, indi, parece querer dizer «mais», no sentido de acrescento, de intensificação – como o «ENDO» em ENDOVÉLICO – ou seja, neste caso, de acumulação de ofertas para satisfazer cada uma das necessidades relacionadas com as respectivas três funções.

Uma nova hipótese etimológica viria solidificar este ponto de vista: TREBARUNA seria TRE + BARUNA, i.e., Três vezes Poderosa, ou, por outro lado, a que liga três vezes, porquanto, segundo Dumézil, VARUNA derivaria da raiz indo-europeia

*Uer-, Atar, Ligar.

Das várias inscrições que hoje conhecemos, transcrevemos aquela que nos poderia levar a inserir TREBARUNA no contexto das Divindades Soberanas:

A AUGUSTA TREBARUNA

Marcus Fidius Macer filho de Fidius e inscrito na tribo Quirina

magistrado III vezes duúnviro II vezes intendente das construções.

Con Esquilo el castigo termina aquí, pero, según Eurípides, para poder escapar de la persecución de las Erinias, Apolo ordenó a Orestes ir a Tauro (actual Crimea), apoderarse de la estatua de Artemisa Tauropola que había caído del cielo y llevarla a Atenas.

O nome da deusa ibérica com as mesmas características de Artemisa de Éfeso foi Trebaruna.

Tuela < Tuera > Tewra > Trew- + Arina   => Trebaruna.

              Tuera (eo) Deo.              + (A)Pola => Trebapola.

Trebopala => Trebaruna & Trebopala <= Trew + | Aruna & Opala

|.= Taur Arina & Taur Apolo ó (Artemisa) Tauropola.

“OILAM. TREBOPALA. / INDI. PORCOM. LAEBO. / COMAIAN. ICCONA. LOIM / INNA. OILAM. VSEAM. / TREBARVNE.  INDI. TAVROM / IFADEM [...] / REVE. TRE[...] ” (Cabeço das Fráguas-Pousafoles, Beira Baixa, Distrito de Guarda-, Portugal)

A fonética do nome de Trebapola mantém-se no nome espanhol das «mapolas», as papoilas que são as máculas da menarca da jovem Korê, “as flores de sangue dos filhos” da Deusa Mãe! Obviamente que TrEbaruna se trata de um teónimo composto de que Arina dos hititas faz parte. Esta irmandade Treba-runa & Trebo-pala faz lembrar a equivalente grega Artemisa & Apolo mas, agora, com mais constância fonética. Como existe controvérsia sobre o nome do deus Reve no sentido de o fazer supor uma espécie de genérico que andaria sempre acoplado a outros tais como Turiaco Revê, Trew- poderia ser uma forma elíptica de Tur(iaco) Reve.

Te-War < Trew- < Ter-Wa < Ker-Ka < *Ker-ta

Este seria um deus dos prados verdejantes, na medida em que revê parece ter sido também um locativo com o significado de planura onde pastam os touros e onde se encontra o «trevo» bravo.

Então, Tur(iaco) Reve ó Tur-rewe > Trew-, lit. “o prado de trevo”.

Artemisa era Pótnia Teron ou Tauropola, ou seja, entre Teron e Trew- de Diana Trívia, senhora das trevas dissipadas por Diana Lucífera, deve ter havido poucas distâncias etimológicas!

Trevões é uma freguesia do Concelho de S. João da Pesqueira, distrito de Viseu, integrando-se na Região Demarcada do Douro. (…) A origem do topónimo tem levantado alguma controvérsia. Diversos documentos atribuem-lhe o nome de Trovões. Outros documentos porém denominam-na Trevões. Surgem, então, diversas teorias na tentativa de explicar a origem e evolução etimológica deste topónimo. Alguns sugerem que o nome original seria Trovões, devido às frequentes trovoadas que se registam na região. Mais tarde, pelo facto de crescer grande quantidade de trevo na zona, foi alterado para Trevões, segundo consta. Outra tese sugere ainda a existência no antigo pelourinho da vila, hoje desaparecido, da representação de um escudo com cinco folhas de trevo, que pertencia a um fidalgo da freguesia, de nome Travassos, daí provindo o topónimo. Outros defendem que Trevões é a designação mais correcta, constituindo a evolução fonética natural de Trevules, forma original que consta de alguns documentos antigos.

Trev-ules > Trev-ues > «Trev-ões» < Tre-Van-is.

                                                    < Trovões < Lat. Tur-bone

Das trevas ao trovão iria apenas o lapso de espaço e de tempo de Kur-kian, deus Iskuran ou Enki-kur / Crono, senhor dos relâmpagos e do som infernal dos vulcões piroclásticos de que a grande tuba sagrada dos monges seria o protótipo sobrevivente, outrora aguerrido na tuba romana e no salpinge grego.

Trebopala seria então uma ressonância de Apolo, um deus que, em tempos arcaicos, foi pastor de gado vacum que se deixou roubar por Hermes, tal como o ibérico Gerião, por Hércules. Notar que os equivalentes latinos do monte palatino eram também deuses verdejantes e pastoris. Aruna seria a forma local de Arina, que em local próprio se identificou com Ariadne e com Atena ou seja, com uma variante de divindades másculas e caçadoras como Artemisa.

Atena lusitana seria Atégina.

 

ATÉGINA

Incide-se particularmente sobre o conjunto de dedicatórias a Atégina, geralmente designada como dea sancta Turobrigensis, e em especial sobre o elemento de natureza toponímica que envolve. Inventariando todos os registos epigráficos com este termo, constata-se que ele ocorre unicamente em três inscrições da região de Aroche, sem nenhuma relação com o culto a esta entidade. Em todos os outros casos se documentam as formas Turobrig(a)e ou Turibri, incluindo neste último caso a indicação de origem de um eques alae Vettonum. Deste modo, propõe-se que se aceitem como completas estas duas formas onomásticas, sem necessidade de se desenvolverem, como tem sido prática corrente, como Turobrige(nsis) ou Turobri(gensis). (…). Deste modo, haveria que excluir a divindade do conjunto das entidades locais, de natureza pré-romana, integrando-se preferivelmente no próprio âmbito das religiões mistéricas, desenvolvidas em contexto perfeitamente romano. -- [3]

Elem. top.

Referência teonímica

Proveniência

T.

de(ae) s(anctae) A(tecinae) T (---)7

Malpartida de Cáceres

T.

d(eae) s(anctae) A(tecinae) T(---)

Cagliari, Sardenha

T.

d(eae) s(anctae) A(tecinae) T(---)

Cárdenas, Mérida

T.

d(eae) s(anctae) A(tecinae) T(---)

Malpartida de Cáceres

T.

d(eae) d(ominae) s(anctae) T(---) A(taecinae)

Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar (CC)

Tu.

d(eae) Ate(cinae) Proserpinae Tu(---)

Salvatierra de los, Barros (BA)

Tur.

d(eae) dom[i]nae Tur(---) [---]

Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar (CC)

Tur.

Tur(---) Ad(aecinae)

Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar (CC)

Tur.

<d>o<minae> s(anctae) Tur (---) A(taecinae)

Saelices (CU)

Turib.

deae sanc(tae) Turib (---)

Mérida (BA)

Turibr.

domina[e] Turibr(---) Attaec[i] nae

Alcuéscar (CC)

Turibr[i?]

[---] Turibr[i? At]aegin[---]

Salvatierrra de Santiago

[T]urib[ri?]

do[mi]na[e T]urib[ri?] Add[aec] ina[e]

Salvatierra de Santiago

[T]uribri

dominae [T]uribri Adaegina[e]

Medellín (BA), Alcuéscar (CC)

[T]uri[b]ri

d(eae) d(ominae) [T]uri[b]ri

Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar (CC)

[T]uribri

[T]uribri A[t/d]ecin[ae]

Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar (CC)

Turibri

d(eae) d(ominae) s(anctae) Turibri

Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar (CC)

Turibri

d(eae) d(ominae) s(anctae) Turibri

Cerro de S. Jorge, Alcuéscar (CC)

Turibri

dominae Turibri [A]deginae

Santa Lucía del Trampal, Alcuéscar (CC)

Turibri

dominae Turibri Addaecin(ae) [---]

Alcuéscar (CC)

Turobrig.

dea Ataecina Turibrig(ae?) Proserpina

Mérida (BA)

Turibrie

do(minae) d(eae) s(anctae) Turibri(g)e

Santa Lucía del

Turibrice

d(eae) s(anctae) Turibrice

Quintos, Beja (BJ)

Turibrige

daeae sanctae Turibrige

Herguijuela (CC)

[T]urubrigae

domina [A]ttaegina [T]urubrigae

La Bienvenida (BA)

Turobrigae

deae Ataecinae Turobrigae [s]anctae

Mérida (BA)

A(tecinae) / A(taecinae) / Attae-c[i]nae / Adae-gina[e] / [A]de-ginae / Addae-cin(ae) / [A]ttae-gina / Atae-cinae = dea Atae-cina Turibrig(ae?) Proser-pina.

Sendo assim, o nome completo latinisado desta divindade lusitana deveria ser:

Dea Domina Sancta Turibrige Ategina, a deusa santa Ategina Senhora da Turóbriga.

Turobriga fue una ciudad hispanorromana del siglo I localizada en el actual término municipal de Aroche, provincia de Huelva (España) en la que por entonces era la Baeturia Cética.

A Deusa Mãe adorada em Æminium e Conimbrica seria a mesma deusa tutelar destes dois povos que além de serem da mesma tribo e raça seriam quase como irmãos gémeos separados à força pelo Mondego.[4] Esta relação, outrora debaixo para cima, de irmandade demográfica, viria a sobreviver até aos nossos dias numa espécie de transferência inversa entre a cidade Universitária, a norte, e St.ª Clara, primeiro e mais baixa, a velha, e, depois, a Nova e mais alta, mas sempre a sul do Mondego.

Ora, bem, se é certo que Æminium => Coimbra acabou por herdar as vitualhas culturais e políticas do bispado de Conimbriga, quando esta caiu em irremediável decadência e morreu, não lhe veio a herdar a totalidade da vis étmica pois parte desta viria a permanecer no borralho do logar da lusitana Conimbriga que, qual Fénix, viria a renascer no nome e na vis demográfica de Condeixa.

*Kima-Coni = *Coni-Kime > Coni-hime > Conium-

ð      *Conim- + Brica > Conim-briga, lit. o abrigo dos cónios.

ð      Coni + deisha > Cõn-deisha, a deusa dos cónios > Condeixa-a-Velha!

O interessante é que os cónios eram o povo ibérico, e logo não celta, do Algarve. Será que tinham este nome por serem crentes de *Coni-Kime? Será que foram gentes deste povo que fundaram outrora Conimbriga antes da invasão celta da Lusitânia ou houve, de facto uma época pré-celta em que todo o território português abaixo dos montes Hermínios esteve sob a influência da mesma cultura ibérica peri-mediterrânica que tinha por centro cultural as ilhas mediterrânicas particularmente creta onde em Knossos teria sido adorada uma deusa cujo nome teria sido a origem das arcaicas xoanas gregas, aliás muito mais arcaica do que a dos celtas e de que, quiçá, mesmo esta terá derivado também?

 

Ver TAURUS/XOANA (***)

 

De Artemisa tinham o étimo *Thima e de Atena o étimo *Kina, quase explícito na deusa lusa Atégina e patente em Dam-Kina, Ki, a esposa e mãe de Enki.

Ataegina, Ataecina, Attaegina, Ataeginae, Atte-gina, Atacina, Attaecina, Addaecina, Adaegina, Adegina, Adecina – Deusa mais importante do sul da Lusitânia, Ela é a Renascida. É uma Deusa Mãe Tripla: da Natureza, da Cura e Infernal. Como Deusa da fertilidade é aquela que desaparece no submundo para depois renascer e dar os frutos da terra de onde brota a vida. Assim acompanha os ciclos da vida e como padroeira dos campos estimula a produção e o progresso; após o crescimento, desenvolvimento, morte e ressurreição. Era-lhe também dedicado um culto de invocação, antigamente através de certas fórmulas, invocavam-se divindades para prejudicar alguém. Equivalente à Proserpina romana. Tem várias naturezas.

Adaegina: Diosa de los infiernos "superiores", que se encuentran en lo más profundo de los bosques. Atte-dia - Deusa do gado e da natureza a quem se faziam ritos sacrificiais.

Muito possivelmente Ate-Dia seria a mesma que *Atejina ou quanto muito sua mãe Deméter ou sua irmã Artemisa e era seguramente uma espécie de Atana Potinija. As ultimas variantes do nome com o prefixo Adda / Ada / Ade peportam para o seus esposo Hades, deus dos mortos o que fazem desta deusa um Korê, deusa menina dos mistérios de fertilidade vegetal e animal, primaveris e pascais.

Figura 1: Atégina.

Deusa de Turóbriga (Betúria Céltica), provém do céltico Ate (irlandês antigo Aith) e gena, tendo o significado de Renascido. Sendo uma Deusa da fertilidade e dos frutos da terra, que renascem todos os anos, foi identificada pelos romanos por Prosepina, e daí ser considerada de Deusa Infernal, que desaparece no Submundo para depois renascer. Era-lhe também prestada um devotio, que consistia em invocar, através de certas fórmulas, as divindades para prejudicar alguém (da simples praga até à morte). Era, contudo, também deusa curadora, e muitas inscrições o comprovam. Era assim uma Deusa Tripla: da Natureza, da Cura e da Morte, tal qual como todas as Deusas Mães, e tal como foi Artemisa de Éfeso.

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Atégina deve ter tido uma variante específica de «Castelo Branco» porque para tal aponta o nome romano Egitania desta cidade. De resto:

Ataegina < Ata-E-gina < At-E(n)kina > Atégina

= Ati-Gina, lit. “Mãe | Gina < Kina >| Diana.

Porém, o que mais interessa por agora é reparar que:

Ataegina = Ata + Egi + na = Egi-Ata + na > Egiatana

> Egi-Tan (lit. «Atena Egeia») > Egitania ó Egi(p)tania??? ou

ó Segitania = Segita-Ana > (Ana) Segetia,

....uma deusa já referida como estando relacionada com Ceres

< Kerish > Kaurath (> Koret > Goreth >) Coré, ...filha de Deméter!

 

Ver CERES/SEGETIA (***)

 

De facto, interessa dar conta de que esta mesma deusa nos permite aceitar a suspeita de que Atena Korê foi uma mera variante de Proserpina. De facto, se os Romanos identificaram Atégina com Proserpina não o terão feito por mero acaso. É certo que as traduções e permutas antigas das divindades nem sempre andaram certas mas, (que diabo!) teriam tido algum critério, mesmo que empírico e intuitivo, pois nem sempre foram desacertadas! Nesta rede de anelos étmicos poderia ser apanhada Afrodite Afrogénia, facto que em nada nos confundiria pois em lugar próprio se demonstrou que Atena e Afrodite foram irmãs gémeas enquanto antigas Deusas Mães infernais!

Proserpina < Phrau-Cer-Phina < Kur-ish-*Kina.

Afrogénia < *Aphro-Gina...

             (Ate < Adae)-Gina < Ati-Thina, lit. «Mãe Diana» < Kaki-*Kina =>

Ø     Ish-Phan > Espan + ia > «Espanha».

Ø     Ish-Than > Shetan (+ eu > Lat. Stan-neu) > «estanho».

Ø         Atena <At-Tan > Tanat > Tanit.

Ategina < Ginate, lit. «a deusa do mau génio e do ginete das cobras»!

                             < Ki-Anate > Tianat > «Tianita» > Tanita < Tanit.

Claro que Atégina necessita tanto de derivar do céltico Ate como o «tanas e o badanas»! Porque haveria de ser derivada do Aith irlandês e não do nome etrusco da Deusa Mãe, Ati? Pelo menos mantinha-se um pouco mais do sentido da dinâmica cultural antiga e do bom senso da história. Parece que os irlandeses é que saíram da Lusitânia e os etruscos da Anatólia, ou seja, o sentido da evolução cultural foi de oriente para ocidente como o comprovaria uma análise sumária dos níveis civilizacionais entre a Irlanda antiga e a Etrúria.

 

 

 

Trebaruna seria então apenas a deusa Arina, a deusa do sol dos verdes prado. Como se verá de seguida, esta relação com os prados marcará a sua relação taurina enquanto deusa dos animais selvagens.

 

Ver: ARIADNE (***) & ARACNE (***)

 

Trebaruna - O nome, explica-o d´Arbois de Jubainville, eminente celtista do principio do século, por Trebo + runa, isto é, "segredo da casa". Assim sendo, Trebaruna começou por ser uma divindade doméstica, passando depois para a sua função mais conhecida de Deusa Guerreira, da batalha e da morte em batalha, pois muitas inscrições referem-se a esta característica da nossa deusa.

A etimologia proposta se não é fantasia é pura imaginação.

A hipótese de este nome derivar de Trebo + runa = "segredo da casa" não é convincente, desde logo porque poucos ou nulos seriam os segredos duma casa paleolítica! Quanto muito poderia falar-se nos segredos da cozinha relacionados com *Kima-kina, a deusa mãe da água e do fogo! Se é evidente que com «runa» se pretende uma conotação com a escrita celta e nesta acepção mais seria de traduzir o nome desta deusa por «trabalhos (de runas escolares) de casa» (se trebo- significasse casa e não, por exemplo, o «trevo» irlandês!). Acontece que as «runas» só se tornaram um sinónimo de mistério e secretismo quando deixaram de ser entendidas. Até ai, quanto muito, seriam sinais de magia e presença mística da divindade, já que a iletracia seria então generalizada!

De Trebaruna seria mais óbvio extrair Trewa + runa < Treva-Luna, a deusa máscula do luar que ilumina as «trevas» da noite, como é o caso de quase todas as Virgens mães guerreiras, feiticeiras e caçadoras pela calada da noite! Com esta conotação que lhe é reconhecida o mais natural seria deduzir a seguinte equação.

Trebaruna <= Tre-Waruna poderia ser literalmente traduzido por a «Vaca» Tourina de Varuna, o deus da guerra indo-europeu, ou então por *Tri-Kalina, a tridiva Hera, Kali e Ana. Porém, o nome desta deusa deve ser bem mais arcaico do que a mítica tradição indo-europeia o seria pelo que preferiria uma leitura num plano mais análogo ou que é comum para a mitologia antiga.

< *Tar-Ki-Urana, lit. “a deusa tricana ou varina” de Kar, o deus sol, tal como aparece encoberto noutras versões em que o povo minhoto canta, já sem o saber, em honra da deusa mãe, a «Vareira, Vareira Oh, Chula (< Kura, o sol)»!

< Kur-Kur-Ana, lit. “a lua que percorre o céu entre os montes do nascente e os do poente” > *Kar-Urki-Ana > etc.

Que esta tradição se relaciona com a talassocrassia cretense prova-o o facto de tanto varina como vareira serem nome de peixeiras e mulheres da beira-mar!

Conotada com este nome terão andado as inscrições (encontradas em Felgueiras e Freixo de Numão mas, que se perderam!) relativas à divindade taurina Iunone | Amrune-arum < *Ama-Aruna-caeco, por semelhança com Arentio Amrunaeco (presente em duas aras de Coria, em Espanha) e que ali significaria, supõe-se, “as que mugem debaixo da terra”.[5]

Amrunaeco = *Amar-Una-Caeco = Ama-Kaco-runa

> Macahuruna > *Macarina > Macarena!!!, também ela taurina porque padroeira dos toureiros!

Trebaruna < Ter-waruna < Ker-Karuna < *Kar-kur-Ana

                                                                      º Ma-kur-Ana > Macarena!

Ou seja,

Macarena + Trebaruna = Ma + Ter (Kurana) = Mater Karina, mãe carinhosa dos kouros, bravos guerreiros e toureiros.

Ma-Durga < Ma-Kur-ka + Ana => MACARENA

Dito de outro modo, a dama de Elche seria uma versão petrificada, por analogia com os meteoritos das estrelas cadentes de Pallas Atena, duma deusa de madeira para vestir, como seria o caso das estátuas de Hermes, os Erma ictifálicos.

Que Treba-runa foi Artemisa, esposa e irmã de Apolo, variante de Palas Atena, obtemo-lo por reforço de prova no nome de Trebo-pala.

Que Trebaruna era uma deusa parece decorrer de ter sido Augusta mas do sexo de Trebopala nada sabemos podendo assim postular que Treb(i)a / Treb(i)o fosse o núcleo do nome deste casal divino de deuses dos animais equivalentes de Artemisa / Apolo sendo a Artemisa / Treb(i)aruna consignados os animais selvagens (ru < sumer. ur) e a Treb(i)opala / Apolo os animais domésticos.

Pales era uma divindade da mitologia romana relacionada com a vida pastoril. Em algumas fontes, como em Ovídio e em Virgílio, a divindade é apresentada como feminina, enquanto que outras fontes se referem a Pales como uma divindade masculina. (…)

O festival dedicado a Pales decorria no dia 21 de abril e recebia o nome de Parilia (ou Palilia)[6]. Nesse dia, os pastores faziam fogueiras de restolho e espinhos sobre as quais saltavam. Outro festival dedicado à divindade tinha lugar no dia 7 de julho; este festival parece ter sido dedicado Pales enquanto duas divindades (Palibus duobus).

A sub raiz –bia- suspeita em *Trebia ainda persistiria em Nabia que neste caso nos facilita a sua identificação com Atena / Anat. E como a etimologia se encadeia como cerejas num açafate podemos acrescentar que a relação aquática que esta deusa recebeu entre os Brácaros decorre da sua relação com o deus das águas doces e dos rios que foi Enki, pai, esposo ou avô de Inana / Anat.

Nabia < Natia > Tanit > Anat.

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Figura 17: Mohenjo-daro Seal, depicting a deity with horned headdress and bangles on both arms, standing in a pipal (sacred fig) tree and looking down on a kneeling worshiper. A human head rests on a small stool. A giant ram and seven figures in procession complete the narrative. The figures wear a single plumed headdress, bangles on both arms and long skirts.

Este estranho ritual inscrito num selo da civilização de Harapa bem poderia ser uma arcaica manifestação do culto de Macarena, a virgem mãe do Minotauro.

Esta tradição seria tão minóica como a do culto dos touros. Como toda a tradição andaluz nos reporta para a civilização tartéssica [< Tartessos < Kart(-ish) > Keret > Creta] e desta para Creta, seja por intermédio do sufixo -essos, seja pelas saias das sevilhanas e dos ocres dos edifícios, desde os cultos taurinos ao culto da virgem mãe a verdade é que seria dos cultos de fertilidade, o Laburinto.

 

Ver: MINOTAURO (***) & LABURINTO (***)

 

Estas arcaicas festas da primavera cretenses girariam em torno de antepassados étmicos de Atena/Artemisa e Hermes e delas derivariam os rituais da semana santa de Sevilha em torno de Macarena e Jesus da Condenação.

O resto, além de eruditamente acertado, é uma confirmação de tudo isto.

La Dama de Elche, pues, resumiría dos momentos escultóricos, el del modelo de madera, joyas y vestiduras reales, y el de la petrificación, fundidos ambos en un todo que resulta, por ello, ecléctico y contradictorio. Algunos de sus rasgos, además, quedarían explicados en función de esa misma propuesta. Por ejemplo la propia configuración anatómica de la parte superior del cuerpo, antinatural por la desgarbada disposición de los hombros, afectados por lo que García y Bellido describía como una "chepa" que daba a la figura una apariencia corcovada o encogida (García y Bellido, 1943, 23); y antinatural también por la carencia de indicación del volumen de los senos. En el marco de la hipótesis expuesta, es fácil suponer una imagen de madera configurada como un maniquí, de formas anatómicas muy sumarias, quizá con resabios arcáicos, destinada a ser cubierta por los vestidos y para la que se desestimaba toda referencia anatómica innecesaria. -- REFLEXIONES SOBRE LA DAMA DE ELCHE. Manuel Bendala Galán. Universidad Autónoma de MadridREIb. 1, 1994, 85-105.

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Figura 18: Durga e Kali vingando a morte do esposo e filho Chiva. A semana santa sevilhana é de facto uma sublimação cristã do arcaico mito da morte pascal do filho primogénito da deusa mãe, em arcaicos ritos de passagem.

 



[1] Ver cap. Kali

[2] Dalriada Celtic Heritage Trust, Isle of Arran.

[3] Omnibus Numinibus et Lapitearum: algumas reflexões sobre a nomenclatura teonímica do Ocidente peninsular, AMÍLCAR GUERRA.

[4] Como ainda hoje acontece com Coimbra/St.ª Clara e com muitas cidades da beira rio v. g Porto/Gaia ou a mundialmente conhecida Budapeste.

[5] O DOMÍNIO ROMANO EM PORTUGAL, de José de Alarcão.

[6] Notar a semelhança com as festas populares infantis da bela-luz no Alto Douro sobreviventes das festas celtas de Beltano.

A VIRGEN DE MACARENA I, por arturjotafelisberto

 

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Figura 1: A Virgem da Esperança de Macarena em traje fúnebre de «luces»!

Da península ibérica pouco ou nada se sabe ainda do que seriam as manifestações da Deusa Mãe na cultura tartéssica.

No entanto, dadas as relações desta cultura com as tradições matriarcais das ilhas mediterrânicas, particularmente com Creta, seriam seguramente ainda mais importantes do que os actuais cultos à Virgem Maria, tão pura e donzela quanto o foi Artemisa.

Las figuras escultóricas que conocemos con el nombre de damas (nombre que se viene dando a partir de la primera hallada en excavaciones, que fue la Dama de Elche) pertenecen al arte íbero. Todas ellas llevan ricos ropajes y adornos muy lujosos, y representan a alguna diosa que en algún caso podría ser Tanit. Todas las encontradas hasta el momento tienen una cavidad que se supone para depositar las cenizas fúnebres o bien para confiar algún tipo de ofrenda u objeto litúrgico. Ninguna de ellas se puede tomar como un ejemplo aislado. Son un buen ejemplo del arte íbero con influencias del Mediterráneo oriental y del mundo griego.

La Dama de Ibiza es una figura de arcilla de 47 centímetros de altura que data del siglo III adC. Fue encontrada en la necrópolis situada en el Puig des Molins en la isla de Ibiza, en el Mediterráneo. -- Wickpedia

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Figura 2: Dama de Ibiza, tão barroca como todas as Damas e Virgens Mães da tradição ibérica.

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Figura 3: Virgem do Rosário, belíssima boneca vestida em traje de luces de luxuriante resplendor barroco.

Destas Damas ibéricas dos cultos da Grande Deusa Mãe herdou a mãe de Deus as tradições da Virgem Macarena e da Virgem do Rossio e a catolissíssima Virgem do Rosário.

Artemidoro de Éfeso, hombre de Estado que viajó por las costas de Iberia allá por el año 100 adC, describe a la mujer ibera en un texto que ha llegado hasta nuestros días, y en el que puede reconocerse muy bien la descripción de la Dama de Elche, tal es el parecido: Algunas mujeres ibéricas llevaban collares de hierro y grandes armazones en la cabeza, sobre la que se ponían el velo a manera de sombrilla, que les cubría el semblante. Pero otras mujeres se colocaban un pequeño tympanon alrededor del cuello que cerraban fuertemente en la nuca y la cabeza hasta las orejas y se doblaba hacia arriba, al lado y detrás.

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Figura 4: Dama de Baza. Notar que o 2º colar se parece com o 3ª da dama de Elch embora o espaldar alado da cadeira se pareça com um trono de Deméter.

La Dama de Baza fue encontrada el 22 de julio de 1971 por el arqueólogo Francisco José Presedo Velo en el Cerro del Santuario, necrópolis de la antigua Basti (Baza), en la provincia de Granada. Es una figura hecha en piedra caliza policromada, del siglo IV adC. – Wickpedia.

 

DAMA DE ELCHE

A antepassada ibérico mais famosa da Macarena deve corresponder à Dama de Elche. A verdade é que a informação a respeito desta Dama, quase tão célebre e enigmática quanto a Mona Lisa, que não encontra com as fontes históricas pode alcançar-se pela hermenêutica estética directa desta estátua.

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Figura 5: "Dama de Elche, escultura descubierta en 1897 en la loma de la Alcudia, en Elche. Es un busto de tamaño natural, en piedra caliza, posible retrato femenil." – Aquí aparece pintada com as  cores que deveria ter o original!

Pero es esta una cuestión que queda todavía en el terreno de lo opinable, de la misma manera que los juicios que oscilan entre el realismo del rostro - hasta considerarlo un retrato, como defendió García y Bellido (1980, 49) -, y su idealismo, que contrasta con el realismo del tocado y los demás adornos, según la opinión de Blanco, que, también en esto discrepando de su maestro, lo consideraba representación de una diosa (Blanco, 1957, 131 - "en contraste con la representación realista de sus vestidos y joyas, la cabeza es una construcción puramente ideal, de formas regulares, amplias y sobriamente modeladas" - y 1981, 47-49). Personalmente creo en su carácter ideal, lo que no quiere decir que sea un rostro carente de personalidad, aspectos que no han de ser entendidos como contradictorios. Para realismo, el de la Dama de Baza, cuyo rostro se aparta de cualquier cánon idealizado, lo que no ocurre con la de Elche.

"Algunos autores estiman que podría ser retrato varonil. Fue adquirida por el Museo del Louvre, en el que estuvo hasta 1941, fecha en que ingresó en el museo del Prado en virtud de un canje. La filiación de esta escultura ha suscitado vivas controversias. Se pretendió que era obra griega provincial, producto de un artista extranjero o reflejo de la influencia cartaginesa. García y Bellido opina que se trata de una imago mortuoria, realizada por un escultor indígena según el modelo de una mascarilla de cera - lo cual explicaría la delgadez de sus facciones - y atribuye carácter de urna cineraria al orificio que presenta en la espalda. (...)

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Figura 6: Cibel ou Juno em madeira de vestir.

"Ninguna otra de las esculturas halladas en Elche alcanza por ahora la perfección de la Dama. Ello hace pensar que acaso ésta no fuese una dama como las demás, sino una diosa ataviada de todos los adornos de que la devoción ibérica era capaz de colmarla (...)" (Blanco, 1981, 49).

(...) En otras palabras, la hipótesis que propongo es que la Dama de Elche sea la reproducción de una imagen de culto de vestir, que pudo ser un esquemático o sumario maniquí de madera, que tuviera tallados el rostro, las manos y, acaso, los pies, - caso de que fuera de cuerpo entero, como me parece lo más probable - mientras el resto quedaba cubierto por la vestimenta y los adornos y joyas que resultaran apropiados a la expresión de una particular devoción. (...) Sobre la existencia en el mundo itálico de viejas esculturas lígneas, Plinio el Viejo recuerda en un pasaje de su Historia Natural (34,34) que "el orígen de las estatuas es muy antiguo en Italia y hasta la conquista de Asia, de donde nos vino el lujo, en los templos se erigían estatuas de los dioses sobre todo de madera o barro cocido" (trad. de Torrego, 1987).

Aparte de esta observación, que realiza de paso cuando trata de las esculturas de bronce, al ocuparse de los árboles hace una interesante disquisición acerca de las maderas usadas en el famoso templo de Artemisa de Efeso, incluida la estatua de culto: "El ébano, el ciprés y el cedro son considerados los más duraderos; claro testimonio de todas estas maderas hay en el templo de Diana de Efeso, que tardó 120 años en concluirse, aun cuando se reunió toda Asia para su construcción.

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Figura 7: Tanite, pronta a ser vestida e enfeitada!

Todos están de acuerdo en que son de cedro las vigas del techo; en cambio, no hay acuerdo sobre la estatua de la diosa.Mientras que todos los demás dicen que es de ébano, de los que han escrito después de una meticulosa inspección, Muciano, que fue cónsul tres veces, dice que es de madera de vid y que ha permanecido sin cambios después de siete restauraciones del templo..." (N.H. 16,213; trad. Torrego, 1987). (...) Una pasaje de Estrabón ofrece uno de los pocos datos textuales sobre la realización de grandes figuras de madera en la España antigua, aunque para algo bastante distinto a la preparación de imágenes de culto. Se contiene en la referencia a una historia tomada de Posidonio sobre el hallazgo en las costas del Indico por unos expedicionarios de "la proa de madera de un navío, en la que estaba tallada la figura de un caballo" (Estr. 2,3,4; trad. de García y Bellido, 1945), que en Alejandría se dictaminó como perteneciente a los gaditanos y a sus famosos hippoi, barcos pequeños de muy antigua tradición, así llamados por el mascarón de sus proas.

Se a tradição que teria sido a de todo o mundo antigo desde a Anatólia à Índia, de Malta a Chipre e de Creta a Tartessos ibérica, por cá ficou, por detrás da exuberância decadente da mulher romana do baixo-império, não o sabemos mas a verdade e que esta poderia ser também retomada pela tradição herdada pelos árabes, que ainda hoje a mantêm debaixo das burcas.

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Diré anecdóticamente que en un fragmento de la Periégesis de Pausanias quedan relacionadas las imágenes de culto con los mascarones de naves, cuando refiere que tenían los tebanos "unas imágenes de Afrodita en madera, tan antiguas, que se dice que son exvotos de Harmonía y que están hechas con la madera de los mascarones de popa de las naves de Cadmo" (9,16,3). El tipo de imagen que se presta a un adorno así es una imagen de madera, como las reflejadas en las valiosísimas descripciones de Pausanias para el mundo griego - con el recuerdo también de joyas regaladas a las estatuas (9,41,2-3) -, y que el conservadurismo religioso ha mantenido en las estatuas de Vírgenes que aún en nuestros días siguen siendo, particularmente en Andalucía, objeto de amplísima devoción popular.

Figura 8: Madona Cipriota em estico fenício.

Assim se o decor nada tem de especifico de qualquer cultura, e, quanto muito, será revelador dum certo gosto mediterrânico de tipo cartaginês, a verdade é que a expressão triste do olhar e a dureza do rosto, que já pareceu varonil a muita gente ao ponto de se referir que "también ha sido cuestionado su sexo, aunque es general la aceptación de que se trata de una figura femenina, salvo alguna inevitable y confirmadora excepción", tem de Macarena a tristeza de todas as deusas do «sol posto» e a varonia de todas as Virgens Mães, amazonas, guerreiras e caçadoras, como Artemisa, Atena, Diana, Kali, Cíbele, etc...

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Figura 9: Maha Durga, variante de Kali, uma deusa vestida em trajes de luzes e galas como terão sido sempre o vestuário das festas da Deusa Mãe.

Hera e Juno só perderam estas características arcaicas de velhas matriarcas porque aceitaram o jogo do patriarcado tornando-se esposas legítimas de deuses supremos e pais do patriarcado!

Ma-Thur-| Ka / Ana | = Ma-Kur-Ana > Macarena.

Con testimonios bastante separados en el tiempo, pero susceptibles de convertirse en apoyos firmes para comprender una continuidad de tradiciones que se hace particularmente justificada y explicable en el campo de lo religioso, la Dama de Elche podría ser entendida como la copia en piedra de una de las innumerables imágenes de vestir perdidas, que por un acto de particular devoción fue petrificada con todo lujo de detalles. (...)

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Ma-Durga - Durga Puja - Durga Devi.

Demofonte foi um rei de Atenas, filho de Teseu. Na peça de teatro de Euripides, Heracleidae, Demopontes concedeu refúgio em Atenas aos filhos de Heracles que andavam fugidos de Euristeus. Como Euristeus se preparou para o atacar, um oráculo revelou a Demofonte que ele só ganharia se uma virgem nobre fosse sacrificada a Persefone. Macaria ofereceu-se para o sacrifício e uma fonte foi nomeada Macariana (em honra da Virgem de Macarena).

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Figura 10: lateral da dama de Elche.

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Figura 11: busto de Artemisa de Éfeso

O toucado da Dama de Elch não se afasta muito do estilo do que é usado por Artemisa de Éfeso. A joalharia tem a exuberância que nos parece oriental por ter sido onde até mais tarde perdurou na tradição bizantina e depois nos bazares do império otomanos que ditaram a moda oriental.

 

Ver: VIRGEM DAS DORES (***) & TRIPTOLEMOS (***)

 

Quanto à Virgem de Macarena ela é sem dúvida, a herdeira espanhola dos sofridos cultos da deusa mãe Artemisa, tal como a «porca de Murça»...

Murça [(< Murça + Ana) < Ma-Urki-(An) < *Ama-Urki-An]

e Murcon (< *Mur-Kano º Vulcano),

...poderiam ser o casal equivalente lusitano.

Murcia (< Myrtea) a Roman goddess of indistinct origin and of whom is little known. As Murtia she was sometimes equated with Venus. She had a temple in the vale between the Aventine and the Palatine Hill.

 

Ver: MADALENA (***)

 

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Figura 12: Esperanza Macarena, mãe de todos os sevilhanos e padroeira dos toureiros, vestida de luto. Versão antiga.

Si algo tiene la Semana Santa es que el pueblo arrolla. Los capillitas han estado por ahí figurando todo el año. En la Semana Santa se acaban los figurones. Sale un paso a la calle y no manda ni la Mitra, ni el consejero de Cofradías, ni el hermano mayor, ni la Junta de Gobierno. Y a todas las cofradías que arrollan con el pueblo todos los esquemas de poder las arrolla, a su vez, la Macarena. El viento es huracán. Incluso al propio pueblo que en Semana Santa arrolla y borra los grandes pecados de la ciudad, los propios pecados de las cofradías, borra las vanidades, borra las soberbias; a ese propio pueblo lo arrolla, a su vez, la Macarena. Ved esta madrugada la delantera del paso, el imperio de la gloria del nombre de Sevilla sobre la candelería y los tréboles de esmeraldas de Joselito el Gallo.

Arrollando. Porque la Macarena quizá sea la propia idea divinizada de Sevilla que todos tenemos. A Sevilla podemos verle, idealizada, Tierra Fecundada, Madre de Deidades, la cara Esa cara de Sevilla es la cara de la Macarena, en la que ponemos todas nuestras complacencias. El pueblo, por delante arrollando, borró todos los pecados de Sevilla. Detrás de la candelería dejó sólo a Sevilla hecha perfección. Sevilla se miró a sí misma, Narciso en el espejo del río, y al ver que tanta belleza no podía ser humana le puso de nombre Macarena.Y la hizo, se hizo a sí misma, Madre de Dios. -- Antonio Burgos, Recuadros de Semana Santa. [1]

 



[1] Recogido en el libro "Sevilla en cien recuadros".