Figura 1: Friso do carro de Hermes & Maia, ladeado pelas Moiras no casamento de Peleu & Tetis.[1]
PLÊIADES
Mas, afinal, quem era Maia? Os mitólogos gregos não parecem ter dado muita importância a esta deusa Atlântida, por ter sido filha de Atlas e, por ter sido filha de Pleiona, era uma das sete estrelas da constelação das Plêiadas, obviamente uma diva que foi um antepassado etimológico de Freia, a deusa nórdica do amor, e heterónimo de Afrodite, por tanto, a filha muito amada de Enki, o deus das águas doces e Senhor dos mares e do Oceano de Tiamat, sua mãe.
Pleiona < Phrey-Auna > Kerija-Anu = An-kur-ish
Oceano < O-Ceanu < Hau-| kian < Anu-ki > Enki.
Shu (também grafado na forma aportuguesada Chu) é o deus egípcio do ar seco, do estado masculino, calor, luz e perfeição. Juntos, Shu e Tefnut geraram Gebo e Nute. Chu é o responsável por separar o céu da terra (sendo representado como um homem tendo Gebo, a terra, em seus pés, e levantando Nute, o céu, com os braços, numa representação que se assemelha ao Atlas da mitologia grega).
Ver: CHU (***) & ATLAS (***)
A história das sete filhas do oceano deve ser tão velha como “as voltas dos sete tristes tigres” às “sete partes do mundo” guiados pela constelação das Plêiadas (J!).
E já agora, quem seria esse Atlas de cujo nome tantos equívocos transatlânticos e platónicos se geraram?
Enquanto netas do enquiano oceano as Plêiades não eram senão avatares de Inana, a filha/neta bem-amada de Enki e, por isso, Atlas era formalmente uma variante de Chu / Zu / Anzu / Enki.
Pleiates < Phrei-at-esh, lit. “as filhas de Pheriat < Ker-Hiates
< Kur kites + An => filhas de Anfitrites ou Afrodite.
Pleione = Pheriat = Frei-Ana > Freia, a nórdica Afrodite.
De facto, a sabedoria antiga era mesmo assim, uma mistura de ciência empírica, religião e ideologia política na forma de mitologias piedosas ao gosto de contos de fadas, de arcaicas e arcaicas tradições, e de lenda histórica para bajulação aristocrática.
Todo este maravilhoso poético servia quase sempre para enfeite retórico do pouco conhecimento empírico precioso que havia nesses tempos primitivos, como era o caso da astronomia, tão importante para a orientação dos barcos que, apesar da suavidade do clima e das técnicas de navegação costeira, se perdiam por vezes no alto mar mediterrânico. Ora, se por tudo isto não seria sensato levar a mitologia a sério também não seria de muito boa ideia aceitar a etimologia do nome das plêiades na forma pseudo racionalista do último dos épicos piedosos que foi Virgílio. Porém, mesmo não pretendendo levar os mitos à letra, uma atitude racionalista de tradição clássica fica sempre em sérios apuros para entender o mistério de Hermes tocando lira ao meio dia muito tempo antes de a ter inventado ao tropeçar na carcaça duma tartaruga, o que só viria a acontecer depois de ter sacrificado dois dos bois roubados do gado de Apolo que tinha acabado de roubar pela tardinha.
But there was much diversity of opinion as to the origin of the name Plêiades. Some derived it from the name of their mother Pleione; but the most probable view appears to be that the name comes from plein, "to sail", because in the Mediterranean area these stars were visible at night during the summer, from the middle of May till the beginning of November, which coincided with the sailing season in antiquity. This derivation of the name was recognized by some of the ancients.[2]
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Figura 2: Constelação das Plêiades vista por um telescópio moderno.
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Segundo os entendidos, o nome das Plêiades significa “as que navegam” ou as dum “bando de pombas” ou seja, possivelmente nem uma nem outra coisa o que mais uma vez comprova que a etimologia dos nomes divinos tem andado às arrecuas em perfeita blasfémia contra o divino nome de Deus. Em rigor deve ser a passagem pela ilha de Creta da raiz grega plei- / pher (do transporte e navegação) que deu às Plêiades a conotação de estrelas dos navegantes, que de facto eram astrologicamente.
< -Phrei < Pher-ish = Ishpher > Hesper.
Plei- < Pel + ish < pel-ash + icos > «pelágicos»
-esh + etas > «pelesetas».
Assim podemos desde já inferir que os célebres pelágicos e os menos conhecidos pelesetes seriam tão só e apenas navegantes e marinheiros e o bando de pombas uma mera referência metafórica aos bandos de albatrozes e gaivotas que acompanhavam os marinheiros de Creta adoradores da Deusa mãe das cobras, Ker, Hesper ou afinal, Pleion. No entanto, se esta era filha do Oceano então esta era tão-somente, Istar, filha do deus Enki.
Atlas and Pleione, daughter of Ocean, had seven daughters called the Pleiades, born to them at Cyllene in Arcadia, to wit: Alcyone, Mer-ope, Celaeno, Electra, Ster-ope, Taygete, and Maia. -- Pseudo-Apollodorus Library vol. 2.5.
Claro que isto faria de Maia uma mera deusa mãe da 3ª geração mas, como o ciclo criativo de mitos e palavras das tridivas era infinito e ininterrupto, diante dos nomes das Plêiades estaremos, em qualquer caso, perante uma ladainha de epítetos da deusa mãe:
Alcuone < Ar-ki-an < Kar-ki-ana => Harpias,
Celaeno < uma óbvia variante do nome do monte Cilene.
Electra < Ere-ki-tar (ó Ereshkigal)
a estela da noite?
Ster-ope < Ishtar Ops, a cobra Istar ó Asterope.
Plêiades < Thauke-te < Te-Kaukete > Caca.
Of these, [p. 2.5] Ster-ope was married to Oenomaus, and Mer-ope to Sisyphus. And Poseidon had intercourse with two of them, first with Cel-aeno, by whom he had Lycus, whom Poseidon made to dwell in the Islands of the Blest, and second with Alcy-one, who bore a daughter, Ae-thusa, the mother of Eleuther by Apollo, and two sons Hyri-eus and Hyper-en-or. Hyri-eus had Nyc-teus and Lycus by a nymph Clonia; and Nyc-teus had Anti-ope by Polyxo; and Anti-ope had Zethus and Amphion by Zeus. And Zeus consorted with the other daughters of Atlas. -- Pseudo-Apollodorus Library vol. 2.5.
ALCIONE
Albatross = 1670s, probably from Spanish or Portuguese alcatraz "pelican" (16c.), perhaps derived from Arabic al-ghattas "sea eagle" [Barnhart]; or from Portuguese alcatruz "the bucket of a water wheel" [OED], from Arabic al-qadus "machine for drawing water, jar" (from Greek kados "jar"), in reference to the pelican's pouch (cf. Arabic saqqa "pelican," literally "water carrier"). Either way, the spelling was influenced by Latin albus "white." The name was extended, through some mistake, by English sailors to a larger sea-bird (order Tubinares). Albatrosses were considered good luck by sailors; figurative sense of "burden" (1936) is from Coleridge's "Rime of the Ancient Mariner" (1798) about the bad luck of a sailor who shoots an albatross and then is forced to wear its corpse as an indication that he, not the whole ship, offended against the bird.-- [4]
«Al-batroz» < alcatraz (pelicano) < ?Arab. al-ghattas (águia do mar)
ó «al-catruz» (pote de nora) <? Arabic. al-qadus (potes de nora)
< Grc. kados ("jarro").
A etimologia dos termos «albatroz» e «alcatruz» é de origem arábica duvidosa não apenas porque os gramáticos o digam como porque tal coisa assim parece.
Alcíone (ou Alcyone) (do grego: Ἁλκυόνη) era filha de Éolo, filho de Heleno. Era casada com Seixo, filho de Lúcifer. Seixo dizia que ele era Zeus, e que Alcíone era Hera; por causa disso, Zeus puniu-os, transformando-os em pássaros: Alcíone virou um guarda-rios (pica-peixe) e Ceix virou um ganso-patola (albatroz).
Existe outra versão menos antipática do mito de Alcíone.
Ceix marchó a Claros (Jonia) para consultar un oráculo, pero naufragó durante la travesía, y se ahogó. Sabiendo de la muerte de su esposo por Morfeo, Alcíone se arrojó al mar. Apiadándose de ellos, los dioses transformaron a la pareja en martines pescadores o alciones. Se cuenta que cuando estas aves hacían su nido en la playa las olas amenazaban con destruirlo. Eolo contenía sus vientos y hacía que las olas se calmasen los siete días anteriores al día más corto del año (y varios después), para que pudiesen poner sus huevos. Estos días pasaron a llamarse «días del alción», y en ellos nunca se esperaban tormentas, por lo que esta ave se convertiría en símbolo de la tranquilidad.
Quer isto dizer que o pássaro guarda-rios ou pica-peixe já era «alcião» na época dos gregos por causa de Alcione que tinha por sua vez o nome da mais brilhante das Plêiades, Alcíone, a “ajudante forte”. Assim, o mito de que os albatrozes eram aves de boa sorte faz apelo ao mito da esposa de Seixo.
Sabemos que a etimologia do topónimo português «Seixo» se reporta tanto a pombas brancas como a seixos de quartzo opalino. Os gramáticos suspeitam muito bem que o termo «albatroz» sofreu ressonância do latino albus, seguramente por se reportar a aves marinhas brancas que poderiam ser tanto os poderosos albatrozes como as vulgares gaivotas.
O que distingue um albatroz de uma gaivota não é apenas a morfologia, mas também o estado de espírito, o cérebro que comanda aquele corpo tão admirável. Se trocássemos o software e colocássemos uma gaivota ao leme do albatroz, a grande e enérgica embarcação jamais sonharia ousar aventurar-se às distâncias que o albatroz percorre por rotina. As gaivotas mantêm-se junto à costa e proclamam-se rainhas das docas. Os albatrozes atravessam oceanos em busca do pequeno-almoço e só se dignam a tocar na costa por um único motivo: para acasalar. -- National Geographic de Portugal[5]
As «gaivotas» seriam então os albatrozes comuns que confirmavam o ditado: “gaivotas em terra tempestade no mar” sendo por isso aves agoirentas e o inverso do alcião!
L'opinion la plus communément admise est que le français goéland est un emprunt au breton gwelan ou gouelañ qui désigne effectivement les goélands et signifie «pleurer». Ce qui décrit précisément le chant de cet oiseau. Son équivalent anglais, gull, a une origine brittonique analogue. La désignation des mouettes et goélands est effectivement très homogène dans les langues celtiques du rameau brittonique: gwelan en breton (Gouelan en breton moderne), gwylan en gallois et guilan en cornique. Ces trois termes auraient pour origine commune le celtique *voilenno-, racine que l'on retrouve aussi dans les langues du rameau gaélique: l'irlandais faoileán, l'écossais Faoileag et l'ancien écossais gûrplan.
É difícil partir duma hipotética raiz pré celta *voilenno- e chegar a termo inglês gull ou ao francês goéland passando por termos como e bretão gwelan, gaulês gwylan e cornualho guilan. Portanto, nem sempre as opiniões comummente mais admitidas são as mais acertadas e os termos celtas para a gaivota deve resultar dum aporte trazido pelos “povos do mar” na bagagem de mítico Gaidelos como sendo *gavilan.
«Gaivota» < Esp. gaviota <= Lat. gavia ó «gavião» atlântico < It. gabbiano <
*gavilan < (ta) gala-vi® + an < galata + uros, lit. “besta branca”
> Grec. Γλάρος.
Como se verifica de novo a semântica que se transmite de forma mais comum é a conotação de ave branca como no «albatroz»…e o mesmo teria acontecido com o «alcião». Por causa da experiencia comum dos marinheiros de que as gaivotas em terra anunciavam tempestades no mar é que os marinheiros bretões terão começado a brincar com o termo que de mistura de alguma erudição geográfica e a influência das línguas normandas levaram por ressonância de etimologia popular o termo *gavilan a acabar no francês moderno geo-land, com dupla semântica com terra (geo- de origem erudita e -land de origem normanda).
Mas a Alcione da Plêiades já teria sido muito antes uma ave agoirenta como as Harpias porque as Plêiades partilham o nome de Celaeno com uma das Harpias; Electra era a mãe das harpias tal como Sterope era uma das Ménades e quase uma das medusas, Sthe®nno, e Merope uma das filhas do Oceano e irmã de Faetonte.
A relação de Alcione, filha de Eolo, deus dos Vento, com “aves agoirentas” da tempestade que eram as Harpias já foi exposta pelo que esta ninfa seria em tempo uma das Harpias que ficou remanescente nos nomes das Harpias, Aello / Aellopos.
The Seven visible stars of the Pleiades have been referred to by many names, such as the Seven Sisters, Krittika, Kimah, Flock of Doves, Hens, Virgins of Spring, Sailor’s Stars and the seven Atlantic Sisters.
Os Maoris lhes chamam Matakiri. Os Persas, Parveen / parvin e Sorayya. Os Maias chamavam-nas de Tzab-ek, os Astecas por Ti-anquiz-tli.
O aglomerado de estrelas Kṛttikā, por vezes conhecido como Kartika, corresponde às Plêiades na astrologia hindu. O nome se traduz literalmente como "as que cortam". Na mitologia hindu, o deus Murugan (Skanda / Subrahmanya / Kartikeya) foi levantado pelas seis irmãs conhecidas como Kṛttikā e, assim, passou a ser conhecido como Kartikeya (literalmente "o das Kṛttikā").
Ver: HARPIAS (***)
Aellopos < Aello < Hahelalu < Ka-Ker-| alu / An | > Kur-Ki-Ana > Kartika
> Krittika, deusas da Aurora “que cortavam” o cordão umbilical ao sol como as Parcas ó Gr. kritikós, capaz de julgar > Lat. criticu > «crítica».
Κρι-τός = separado, escolhido < Κρί-νω = distinguir < separar < (cortar)
> *Kertu, a deusa mãe das cobras cretenses que transporta o “ka” da vida.
> Harpina (> Prosérpina) > Alphiana > Alcione.
Citéron < Kithairanu < Ki-Ker-Ano > Kar-Ki-Ana.
Taige-te = Deusa Taige ó Teja > TaGu + Na > Dagon.
Alcione era uma ninfa do Monte Citéron (Kithairon) na Boiotia (Grécia central) amada pelo deus Dagon / Poseidon. Taigete era uma ninfa do Monte Taigeto que por sua vez seria dedicado a Tejo(anu) / Dagon.
Assim, o mais provável é que as Plêiades fossem variantes do conjunto de tridivas cretenses (*Kertu-kikas ó Kartikas) da Aurora e do parto solar que julgavam o destino dos mortais como as parcas criticando-lhes o dia-a-dia na corte de Dagon onde Maia era literalmente a mais velha de todas as gorgónias e por isso a Deusa Mãe primordial, quiçá a própria Medusa.
ORION
A relação das ninfas das Plêiades com Orion decorre obviamente do carácter orográfico destas deusas de cumes de montanhas que, como Istar, seriam também deusas das estrelas…e do Sete-Estrelo.
Quintus Smyrnaeus: "As Plêiades [a constelação de sete ninfas] fugindo temerosas do glorioso Orion, mergulharam no fluxo profundo do incansável Oceano".[6]
Pseudo-Higino, Astronomica 2. 21: "Quando Pleione viajava uma vez pela Beócia com as suas filhas [Plêiades], Orion, que o acompanhava, tentou atacá-las. Escaparam, mas Orion procurou-as por sete anos mas não conseguia encontrá-la. Jove [Zeus] tendo penas das ninfas, ensinou-lhes um caminho para as estrelas e, mais tarde, por alguns astrónomos, eles foram chamados de Rabo de Boi. Então até este momento Orion parece estar a persegui-las tal como eles fogem para oeste. "[7]
Hesíodo, Trabalhos e os Dias: "Mas, quando as Plêiades e as Hyades e o forte Orion começam a definir [ou seja, no final de outubro], então lembre-se da temporada da lavra, mas se o desejo de uma desconfortável viagem marítima tomar conta do seu espirito , quando as Plêiades mergulharem no mar enevoado [ie novamente no final de outubro] para escapar à rude força de Orion, então, aguarde por tempestades de todos os tipos de raiva".[8]
Para que escapassem do gigante Órion, Zeus transformou as Plêiades da constelação do Touro as sete ninfas irmãs, as filhas de Atlas e Plêione.
Evidentemente que o mito Orion será um deus menos por mera consequência da reforma do panteão hitita de Tudália IV cuja regra contaminou o panteão olímpico.
Na verdade, são tantas as variantes do mito e tão poucas a referências claras nos mitos mais antigos que se pode especular que não teria sido Orion a tentar raptar as Pleiades porque teria sido uma delas na forma de Istar / Eos a perseguir o gigante caçador Orion numa mistura confusa de mitologias onde Artemisa aparece como a única criminosa como eram as arcaicas deusas mães da vida, do parto e da Aurora…e da Noite, do sono, do luar e da morte.
Ver: EOS II / EOS & ORION OU A NINFOMANIA PEDERÁSTICA (***)
Depois de procurarmos tudo o que se sabe sobre Órion ficamos com a impressão de que é se trata de um mito com tantas variantes que o mais provável e que sejam todas adaptações posteriores na ausência de um mito consistente inicial.
En la antigua Grecia, se le rendía culto a Orión en la región de Beocia. El número de lugares asociados con su nacimiento sugiere que este culto estaba bastante extendido. Hiria, la más frecuentemente mencionada, estaba en el territorio de Tanagra. Una fiesta de Orión se celebró en Tanagra hasta los días del Imperio Romano. Allí estaba situada la tumba del héroe, probablemente al pie del Monte Cericio, hoy Monte Tanagra. Se ha afirmado que Orión era el héroe nacional de los beocios tanto como lo eran Cástor y Pólux para los dorios, basándose en un epigrama ateniense acerca de la batalla de Coronea en la que Orión le dio al ejército beocio un oráculo y posteriormente luchó de su lado y derrotó a los atenienses.
De acordo com esta versão mais comum, Orion era filho de Poseidon e Euriale, uma das medusas filhas de Minos de Creta. Nestas versões chama-se Brille ou Hieles o que é demasiada incerteza para um deus titânico.
Brille < Weri-lil, senhor dos ventos de montanha?
Hieles < Kiheres < Kikar / Sacar?
Porém noutras versões Orion é autóctone e de grande estatura como os gigantes ou seja, era um titã como Cronos.
Estamos portanto em presença de um deus titânico e sacarídeo da época dourada de Saturno que terá sido o império minóico. A cegueira de Órion, que só seria curada pela luz do sol, seria uma alusão ao pecado ritual de todos os heróis míticos sujeitos a ritos de iniciação aos cultos solares de morte e ressurreição pascal.
Minos aparece nos mitos de Órion como pai ou esposo de Melope, com nome parecido com Merope, uma das Péîades.
El mitógrafo húngaro, Karl Kerényi, uno de los fundadores del moderno estudio de la mitología griega, retrata a Orión como un gigante de titánico vigor y criminalidad, nacido fuera de su madre como Dioniso o Ticio. Kerényi hace mucho énfasis en la variante de que Mérope es la esposa de Enopión. Ve en esto una rememoración de una forma perdida del mito en la que Mérope era la madre de Orión, convertida por generaciones posteriores en madrastra. El cegamiento de Orión es entonces paralelo al de Edipo o el de Egipto. Orión es retratado como un héroe cazador chamánico, superviviente de los tiempos de Minos, de ahí su relación con Creta. Kerényi describe Hirieo, e Hiria, como una palabra proveniente del dialecto cretense, ὕρον - hyron, que significa colmena que sobrevive únicamente en diccionarios antiguos. Desde esta asociación convierte a Orión en un representante de las antiguas culturas bebedoras de hidromiel, sustituidas por las nuevas bebedoras de vino representadas por Enopión y Eneo; la palabra griega para vino era oinos.
Orion < Lat. Orion < Grec. Ὠρίων / Ὠαρίων < Hauhariaun < Ka-Kur-anu
Ka-Pher-Anu = Senhor Sacar, deus sírio da Aurora,
que transporta o ká da vida que é o “mel”…e a luz do sol.
ó ὕρον – hyron (= «colmeia» < Esp. colmena <=? Pt. «colmo»
(palha de que eram feitas as colmeias rústicas) < Lat. culmu ó «cúmulo»
< colmatar < Fr. colmater < Lat. cumulare > Esp. colmo < Lat. cumulu
> «cúmulo» = montão; • o ponto mais alto; • auge; • o máximo; • acréscimo;
• aumento; • remate; • s. m. pl. nuvens brancas e arredondadas,
que em tempo seco, se acastelam no horizonte (no «cume» dos montes);
= Kur-anu > Kuron > hyron > ὕρον ó oureia.
Figura 3: «Colmeia» tradicional feita toda em palha. Aparentemente o nome significa o que parece: uma «palhoça» de «colmo» para abelhas tal como um «cortiço» seria o equivalente feito em cortiça. Quanto ao «colmo» é evidente que recebe a sua semântica do facto de «culminarem» e «colmatarem» as casas cobertas de palha. Assim só resta estabelecer a relação semântica entre o colmo e os cumes dos montes. Pois bem, esta está evidentemente na forma cónica das colmeias tradicionais e na silhueta piramidal dos telhados que acabam por ter a forma sintética duma linha de montanhas em dente de serra! No entanto, pode especular-se que no caso do termo luso para «colmeia» pode não ter sido bem assim.
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«Colmeia» < (columêa < ? Esp. Esp. colmena) < columeja < columelha
< cauru-mela, literalmente um monte de mel?
Se não se consegue provar que tenha sido assim pode postular-se que tenha sido esta forma de pensar do subconsciente colectivo luso que permitiu a pirueta de columena a «colmeia». De qualquer modo estas especulação teria a vantagem de explicar como se passou do «cumulo» dos montes ao «colmo». O facto de o mel a base do hidromel e das práticas funerárias de imortalidade dos minóicos permite suspeitar que a colmeia tenha tido um culto especial e uma existência própria e autónoma em relação às casas cobertas de colmo que o clima mediterrânico dispensava. Ou seja, as casas de colmo dos países temperado e que vieram a copiar as colmeias cretenses. Deste facto pode ter ficado memória etimológica no nome da colmeia portuguesa e porque não na espanhola já que colmena apela para um monte minóico, ou *curmino.
Maia, se não era uma das gorgónias e por isso a Medusa seria então um nome maternal para Eos, a mãe da Aurora!
Maia era uma das sete irmãs do Sete-Estrelo que eram as ninfas da Arcádia e a deusa que significava literalmente “mãezinha”, hipocorístico comum de uma idosa, avó, «ama» ou parteira.
Maia < Dpric. Μαία < Misenic. *maija < P(roto) L(inguagem) (A)Ma-isha
> Ma-at > Ma-et > Ma-te + ur > Ma-ter <= Ma-Ker + Na > Macarena.
A razão de ser do seu nome não deve decorrer apenas da mitologia grega que a faz ser a mãe de Hermes, o “grande filho da mãe”…e “filho dum cabrão” alimentado pela cabra Amalteia, a Deusa Marta ó Mater. Dito de outro modo, em rigor teológico Zeus e Hermes foram em tempos a mesma entidade mítica, o “deus menino” filho de sua mãe Tiamat / Amorca, a deusa Terra Primordial.
Maia, filha de Atlas, após subir ao leito sagrado
De Zeus pariu o ínclito Hermes, arauto dos imortais. -- Hesíodo, Teogonia
No entanto, suspeitamos facilmente que o mito de Hisíoso seja uma herança olímpica da reforma do panteão hitita de Tudália IV que deve ter baralhado tanto as tradições mitológicas arcaicas que acabou por provocar uma revolução cultural de tal monta que deu origem à Guerra de Tróia que deve ter sido a visão mítica do colapso do império hitita e à súbita e completa destruição da sua capital, Atussa.
The Pleiades are an important reference point in Calenders. The famous Mayan Calender the Tzolkin was based on the cycle of the Pleiades. The Pleiades were seen as the tail of a rattlesnake called, Tz’ab (the Milky Way).
The Mayas and other Civilizations are highly interested in a very special conjunction of the Cross of the Zodiac and the Center of our Creation, the Pleiades. They believed like many other ancient Civilizations that the Humans originated from the Pleiades.
Na tradição romana, Maia talvez seja uma outra, que personificava o despertar da natureza na primavera e que veio a se tornar a mentora de Mercúrio. Identificada como Maia Maiestas (também chamada de Fauna, Bona Dea, a "boa deusa", e Ops), na mitologia romana, Maia pode ser equivalente à uma velha deusa da Primavera dos primeiros povos itálicos.
É evidente que a deusa do mês de Maio dos romanos não era inteiramente a mesma deusa Maia dos gregos até porque entre os romanos não era uma mera ninfa mas uma grande deusa arcaica da primavera e da natureza, esposa de Vulcano como Afrodite foi de Hefesto…e Atena / Medusa teria sido.
Assim se entende que os latinos não tivessem tido dúvidas em identificar Maia com a equivalente grega até porque as correlações
mitológicas que havia a fazer entre os di indigetes ("deuses
indígenas") e os di novenciles
já tinha sido feita pelos etruscos. De resto, é quase seguro que a partilha de
mitologias entre italiotas e gregos não decorria apenas da época da Magna
Grécia como sobretudo do tempo do império minóico. Assim sendo, é quase seguro
que na mitologia da deusa Maia, como em quase todos os restantes aspectos mais
arcaicos da mitologia greco-romana a tradição italiana seria a mais arcaica e
genuína por não ter sofrido tanto a refundação hitita de Tudália IV.
Alguns afirmam que o quinto mês do calendário juliano, o mês
de Maio (em latim, Maius), deriva do seu nome. O primeiro e o décimo-quinto
dias de maio eram consagrados a ela. No primeiro de maio, o flâmine de Vulcano
sacrificava uma porca grávida, um sacrifício adequado também para uma deusa da
terra como a Bona Dea.
It is clear from this passage that the Romans themselves were
not agreed, either in the case of May or June, that the name of the month was
derived from a deity. No Roman scholar doubted that Martius was derived from
Mars, the characteristic god of the Roman race; but Maia was a deity known
apparently only to the priests and the learned. Had she been a popular one,
what need could there have been to question so obvious an etymology? And if she
were an obscure one, how could she have given her name to a month? As a matter
of fact March is the only month of which we can be sure that it was named after
a god. Even January is doubtful, June still more so. The natural assumption
about this latter word would be that it comes from Juno, more especially as we
find in Latium the words Junonius and Junonalis as names of months. But if
Junius came from Juno, it must have come by the dropping out of a syllable; and
this, in the case of a long and accented o, would be at least unlikely to
happen 3 . Nor can we discover any sufficient reason why the month of June
should be called after Juno ; none at any rate such as accounts for the connexion
of Mars with the initial month of the year. This is enough to show that the
derivation of June from Juno must be left doubtful; and if so, certainly that
of May from Maia. In the case of this month, not only does the natural meaning
of mensis Maius suit well as following the mensis Aprilis, but there is no cult
of a deity Maia which is found throughout the month.
Any one who reads the passage of Macrobius with some knowledge
of the Roman theological system will hardly fail to conclude that Maia is only
a priestly indigitation of another deity, and that the name thus invented was
simply taken from the name of the month as explained above. This deity was more
generally known, as Macrobius implies, by the name Bona Dea, and her temple was dedicated on the Kalends of May. --
The Roman Festivals of the Period of the Republic, bay W.
Warde Fowler
Sunt qui hunc mensem ad nostros fastos a Tusculanis transisse
commemorent, apud quos nunc quoque vocatur deus Maius qui est Iuppiter, a magnitudine scilicet ac maiestate dictus.
Cingius mensem nominatum putat a Maia,
quam Vulcani dicit uxorem, argumentoque utitur, quod flamen Vulcanalis Kalendis Maiis huic deae rem divinam
facit: sed Piso uxorem Vulcani Maiestam, non Maiam, dicit vocari. Contendunt
alii Maiam Mercurii matrem mensi nomen dedisse, hinc maxime probantes, quod hoc
mense mercatores omnes Maiae pariter Mercurioque sacrificant. -- Macrobius •
Saturnalia — Liber Primus.
Obviamente que é estranho que os romanos só tenham dado nome
aos meses da primeira metade do ano o que deixa a suspeita de ter acontecido
algum tipo de dessacralização no calendário oficial com o início da Republica,
um pouco como aconteceu com o da revolução Francesa, o que em parte poderá
explicar também porque é que o ano romano parece começar em Março quando, pela
lógica mítica, teria começado em Janeiro se aceitarmos que este mês deve o nome
a Jano, deus das boas entradas
incluindo a do novo ano.
The original Roman year had 10 named months Martius "March", Aprilis "April", Maius "May", Junius "June", Quintilis "July", Sextilis "August", September "September", October "October", November "November", December "December", and
probably two unnamed months in the dead of winter when not much happened in
agriculture. The year began with Martius
"March". Numa Pompilius, the second king of Rome circa 700 BC, added
the two months Januarius
"January" and Februarius
"February". He also moved the beginning of the year from Marius to Januarius and changed the number of days in several months to be
odd, a lucky number. After Februarius
there was occasionally an additional month of Intercalaris "intercalendar". Latin
Mercedonius (popular name).
A tradição lendária da história de Roma atribui o calendário
que durou até ao juliano a Numa Pompilius mas quase seguramente que isso é
lendário como o resto. A subsistência de meses com arcaicos nomes divinos
aponta para a possibilidade de inicialmente serem todos os meses assim
denominados tendo sido portanto a revolta republicana que iniciou a tradição
dos meses por ordem cardinal em ruptura com a tradição religiosa da monarquia
etrusca que não deve ter durado muito porque acabou por voltar à boa ordem
ainda que se tenham perdido os nomes antigos dos meses da última metade do ano.
No entanto é de facto difícil de aceitar que Maius mensis
tenha por tradução "mês de Maia" porque só pode ser o mês de Maio
tal como passou para português, não que Maia
não pudesse ter nome no masculino como Vénus, Juno e Telus mas porque de facto
não acabou por ter.
Latin Maius < Maaiys < Mayais < Maja+ lis.
A ideia de que Maia
seria uma deusa obscura só conhecida dos sacerdotes é duvidosa porque sendo o
povo romanos da época monárquica profundamente religioso depressa aprenderia
com os sacerdotes os segredos dos deuses. O que se passava é que o culto de Maia estaria envolto em profundos
mistérios femininos e seria conhecida eufemisticamente como Bona Deia.
Bona Dea ("The Good Goddess") is both an honorific
title and a respectful pseudonym; the goddess' true or cult name is unknown.
Her other, less common pseudonyms include Feminea Dea ("The Women's
Goddess"), Laudandae...Deae ("The Goddess...to be Praised"), and
Sancta ("The Holy One"). She is a goddess of "no definable
type", with several origins and a range of different characteristics and
functions. (…) In the late Imperial era, the neoplatonist author Macrobius
identifies her as a universal earth-goddess, an epithet of Maia, Terra, or
Magna Mater, worshiped under the names of Ops, Fauna and Fatua.
Bona Dea ("a Boa Deusa") é uma deusa romana da
fertilidade e virgindade, especialmente venerada pelas matronas romanas. (…).
Ela tinha um templo no Monte Aventino, mas os seus rituais secretos, realizados
a 4 de Dezembro, eram feitos na casa de um proeminente magistrado romano. Os
ritos eram conduzidos pela mulher do magistrado, que era assistida pelas
virgens vestais. Só as mulheres eram admitidas e até representações de homens e
animais eram removidos, e as estátuas de homens, não podendo ser removidas,
eram cobertas. Nessas reuniões secretas, era proibido falar nas palavras
"vinho" e "murta" porque Fauno, no passado, a tinha deixado
bêbada e espancado com uma vara de murta.
Il tempio della Bona Dea si trovava sotto l'Aventino e qui in
un Bosco sacro le donne e le ragazze celebravano ogni anno i misteri della Bona
Dea nei primi di dicembre. In essi, come sopra detto, gli uomini erano esclusi.
Ercole, escluso egli stesso, aveva istituito, per vendetta, presso il suo
Altare, posto poco lontano da quello della dea, cerimonie dove le donne non
potevano partecipare. (Vedi scritti di Macrobio e Properzio).
According to Roman literary sources, she was brought from
Magna Graecia at some time during the early or middle Republic, and was given
her own state cult on the Aventine Hill.
Se a mitologia reporta o templo de Bona Deia para a época
mítica de Hércules é pouco provável a tese de que o culto desta deusa anónima
fosse originário da Magna Grécia trazido para Roma já na época republicana
depois da tomada de Tarento tanto mais que um culto deste tipo exclusivamente
feminino não era o de Deméter.
One was held on May 1 at Bona Dea's Aventine temple. Its date
connects her to Maia; its location connects her to Rome's plebeian commoner
class, whose tribunes and emergent aristocracy resisted patrician claims to
rightful religious and political dominance. The festival and temple's
foundation year is uncertain – Ovid credits it to Claudia Quinta (c. late 3rd
century BC).
Assim sendo, a única certeza que teria escapado ao
secretismo do culto romano de Bona Deia
parece se o facto de a sua festa principal ter ocorrido no primeiro de Maio o
que a correlaciona irremediavelmente com Maia
que teria acabado por ser uma deusa mal conhecida por ser proibido pronunciar o
seu nome.
The month of May (Latin Maius) was supposedly named for Maia, though
ancient etymologists also connected it to the maiores,
"ancestors," again from the adjective maius, maior, meaning those who
are "greater" in terms of generational precedence. On the first
day of May, the Lares Praestites were honored as protectors of the city, and the
flamen of Vulcan sacrificed a pregnant sow to Maia, a customary offering to
an earth goddess that reiterates the link between Vulcan and Maia in the
archaic prayer formula. In Roman myth, Mercury (Hermes), the son of Maia,
was the father of the twin Lares, a genealogy that sheds light on the
collocation of ceremonies on the May Kalends. On May 15, the Ides, Mercury
was honored as a patron of merchants and increaser of profit (through an
etymological connection with merx, merces, "goods, merchandise"),
another possible connection with Maia his mother as a goddess who promoted
growth.
Assim sendo se o mês de Maio não deriva do nome da deusa
Maia então terá sido o culto arcaico aos maiores antepassados que fizeram a
glória de Roma que acabaram por reforçar o culto nascente à deusa Maia
supostamente inventado pelos sacerdotes da república romana a partir do culto
da mãe de Hermes / Mercúrio.
Her name means "She Who is Great", and is related to
Oscan mais and Latin majus, both of which mean
"more". She is also called Maia Maiestas, "Maia the
Majestic", which is essentially a doubling of Her name to indicate Her
power, as both "Maia" and "Maiestas" have their roots in
latin magnus, "great or
powerful". She was honored by the Romans on the 1st and 15th of May, and
at the Volcanalia of August 23rd, the holiday of Her sometimes husband, the
Fire-God Vulcan.
Figura 4: Giesta
amarela conhecidas como Maias.
A Festa das Maias celebra-se em algumas regiões de Portugal
no dia 1 de Maio. As portas das casas ou as grelhas dos automóveis são
enfeitadas com ramos de giesta amarela ou com coroas de flores chamadas maia ou
maio.
O maio-moço era um rapaz que vestia-se de maio. Ele andava
com a roupa enfeitada de giestas, e trazia na cabeça giestas que formavam uma
pirâmide. O maio-moço saía pelas ruas com crianças a cantarem e a dançarem à
volta dele. Andava também pelos campos a esconjurar os maus espíritos para
proteger as famílias e as colheitas.“O meu maio moço / ele lá vem / vestido de
verde / que parece bem.
Maia, hê, good mother, form of address to old women,
(only in Od), always in voc., usu. addressed to Eurycleia, the nurse of Odysseus, al.; but also to Eurynome the tamiê, hence not
only of nurses.[1]
«Mais» < Magis <
Maiestas < Maia Gi-estas = Giestas de Maio = «Maias»
«Mãe» < Etrusc MAE < Maja < Macha < Ma-ish = «maizinha»
= Ama.
Um dos epítetos de Afrodite foi Maea, Lit. «Ma-ea = Mãe de Ea,
o deus Enki».
Maea - «grandmother or creator».
A este respeito a mitologia latina consegue ser muito mais
clara e explícita:
Se Maia era Ops, então era a Deusa Mãe.
No entanto não deixa de ser estranho que entre os romanos Maia tenha sido mulher de Vulcano o que comprova o quanto a
mitologia, particularmente a romana mais primitiva, tinha de artificialmente
inventado a partir de substratos arcaicos mal recordados e ainda pior
compreendidos. Como Zeus Velcheno
seria o equivalente cretense de Vulcano
volta a fazer sentido que Vulcano
fosse o marido de Maia e por isso o pai
putativo de Mercúrio.
Se era esposa de Vulcano e igual a Fauna era seguramente Vénus e a honorabilidade da majestade vinha-lhe da idade de ouro de Saturno, nos tempos da talassocracia em que a deusa mãe do Amor, do fogo e das cobras era soberana.
Vulcano < Kur-Ki-Anu ó Ki-Phur-Anu, o mesmo que Saturno.
Sendo assim, Hermes era filho do fauno e satírico Hefesto não sendo possivelmente um equívoco mítico que tenha seu pai e Pan. Clara que toda esta genealogia mítica tem tanto de confuso quanto de historicidade infusa a pretexto da exaltação duma velha aristocracia acádica! Quanto muito podemos pressupor que os míticos filhos de deuses desta vetusta aristocracia não passavam de “filhos de Poseidon e...da Puta” (< Pot < Phiat a < *Ki-uta, a filha de Ki) que era a Grande Deusa Mãe.
Ver: OFIDEOS / OPS (***) & POTINIJAS (***)
A bastardia seria a regra num regime que ainda tinha muito das arcaicas tradições do matriarcado mediterrânico onde o “macho dominante” era tão temido quanto enganado!
Na verdade, Maia deve ter sido uma antiga e carinhosa forma comum de apelar à Deusa Mãe do Mar Egeu que terá dado origem ao nome da civilização maia, uma variante micénica transatlântica.
“Canta, ó musa, a Hermes, o filho de Zeus e de Maia, que reina em Cilene da Arcadia rica em rebanhos de ovelhas e que é núncio muito útil dos imortais. Deu-lhe à luz a veneranda Maia, ninfa de belas tranças, depois de se unir amorosamente com Zeus: fugindo do tratamento dos deuses abençoados, Maia habitava uma caverna sombria e ali, no escuro da noite, assim que o doce sono rendia Hera, de níveos braços, juntava-se o Cronida com a ninfa de belas tranças à socapa dos deuses imortais e dos homens mortais.” – Hino Homérico a Hermes.
"Hermes, o senhor dos júris de concursos, filho da montanha (oureia) Maia a dos olhos vivos: Atlas foi pai dela, de notável beleza, entre as suas sete queridas filhas de cabelos violeta que são chamadas as Peleiades celestiais". -- Simonides, Fragmento 555 (trad. Campbell, Vol grego Lyric III).[10]
Figura 4: Hermes com mensagens para o concílio dos deuses recebe instuções importantes de última hora de sua mãe, a deusa Maia.
Maia era então uma Senhora do Monte como Cibele e por isso com pleno direito a ter sido a gorgónia Medusa até por foi Ops, a mais ofídia das deusas mães, a arcaica Artemisa, tão mortal como Maia mas também tão imortal e primordial como uma arcaica e majestosa Deusa Mãe.
Maia gave birth to Hermes in a cave in Mount Cyllene in Arcadia. Some say that Hermes was raised by Acacus, son of the Arcadian king Lycaon.
Sendo os cultos fálicos de Hermes do que há de mais arcaico na antropologia mitológica, assim como que uma das primeiras manifestações de machismo paternalista, manifestam-se ainda muito carregados de maternalismo telúrico. De facto, este deus é Enki, o primeiro “deus pai” ainda exclusivamente “filho da (sua) mãe” Ki, a deusa mãe da terra e da Natureza!
Hermes, o deus do sol-posto, era um deus lunar pelo que ter nascido num monte da lua como Cilene (< Cyllene < Kyr-lu-Ana, o monte de Luana < *Ur-Ana > Urania, «a guerreira do céu»!
In Hindu and Vedic mythology, Urmya “is a goddess of night and the celestial order. Protectress of sleep and she who guards against thieves.”
Urmya < *Urmija < Ur + Maya < Ur-ama-Ki = Ki-Ur-ama
> *Kamura > «camorra», lit. «a justiça da Mãe Máfia»
(< Maphia => Mafiosa > Maphiusha < Maki-isha > Masha) + An > *Karma An > Carmen = Macarena, esposa e mãe de Herma.
Urmya < *Urmija < Yamra < Jamura < *Kamura foi o deus Hindu da Lei e da Justiça que teve por animal de transporte os bois que Hermes roubou a Apolo.
A máfia italiana seria a corporação dos cobradores da «maquia» < • (Ár. makila), s. f. antiga medida de cereais que equivalia a dois celamins; • parte da moenda que os moleiros e os lagareiros tiram para si, como remuneração do seu trabalho; • (fig.) dinheiro; • lucro; • gorjeta.
«Maquia» < Maphia < Ár. Maki-la, lit. a parte de tributo devida à deusa mãe!
A seu tempo se verá que Hermes foi o juiz dos infernos e dos deuses!
A ordem celeste primitiva deveria depender deste casal celestial Ur e Maya onde o deus (An)Ur era Urano e Maya (< Ama + Ea = a esposa de Eia, => pelo que Urano foi Eia) a sua esposa. Mas, o mais certo é que
De facto a India foi a terra dos mil disfarces divinos, os avatares
Avatar (Avatara) in Hindu mythology is an incarnation of a deity.
Avatar < Avatara < Awatara < Aka-Tara, lit. “deus pai” do poder taurino e proliferativo dos deuses da fecundidade. Outro avatar hindu Hermético terá sido Brama!
Ea era também < Eyau < Jeo, de acordo com a tradição gnóstica é o nome de Deus < *Yau < Jawé < Kiwa < Kawu < Kaku.
Como o conceito genérico de divindade deveria primitivamente incluir o casal divino supremo que era Ki e *Yau .
*Yau => Ki + Yau = Kiau > Thiaus > Dyaus, pelo que “In Hindu mythology, Dyaus is the god of the sky.”!
Urano > Wrano > Warano > Varuna, ”is a thousand-eyed god who sees all that happens in the world”.
Urano > Wrano <= Wra + ki-Ama < *Kaur-kima => Brahma.
Mas, tal como Enki foi o deus supremo e criador que teve mais o amor do povo que dos poderosos também Hermes (> Prometeu) herdou esse destino que faz lembrar um pouco o de Brama, que se não foi subalternizado pela vulgaridade de funções foi abandonado sem poder nem mando na qualidade de Deus supremo e ocioso!
[1] Desenho pintado ciberneticamente de vaso do pintor Klitias e Ergotimos, no Museu Arqueológico de Florença a partir da obra “Griechische Vasenmalerei” de Adolf Furtwängler und K. Reichhold.
[2] Notes on book 3 of the Library Of Apollodorus by J. G. Frazer.
[3] In Greek mythology, several unrelated women went by the name Merope (bee-mask later reinterpreted as honey-like or eloquent), which may, therefore, have denoted a position in the cult of the Great Mother rather than a mere individual's name.
[4] http://www.etymonline.com/index.php
[5] Citado no http://inverno-em-lisboa.blogspot.pt/
[6] Quintus Smyrnaeus: "The Pleiades [a constellation of seven Nymphs], fleeing adread from glorious Orion, plunge beneath the stream of tireless Okeanos."
[7] Pseudo-Hyginus, Astronomica 2. 21: "When Pleione once was travelling through Boeotia with her daughters [the Pleiades], Orion, who was accompanying her, tried to attack her. She escaped, but Orion sought her for seven years and couldn't find her. Jove [Zeus], pitying the girls, appointed a way to the stars, and later, by some astronomers, they were called the Bull's tail. And so up to this time Orion seems to be following them as they flee towards the west."
[8] Hesiod, Works and Days: "But when the Pleiades and Hyades and strong Oarion (Orion) begin to set [i.e. at the end of October], then remember to plough in season. But if desire for uncomfortable sea-faring seize you; when the Pleiades plunge into the misty sea [i.e. again towards the end of October] to escape Oarion's rude strength, then truly gales of all kinds rage."
[9] Liddell-Scott-Jones Lexicon of Classical Greek.
[10] Simonides, Fragment 555 (trans. Campbell, Vol. Greek Lyric III): "Hermes, lord of contests, son of mountain (oureia) Maia of the lively eyes: Atlas fathered her, outstanding in beauty, among his seven dear violet-haired daughters who are called the heavenly Peleiades."