ISIS & NEFTIS
Os deuses da aurora na tradição egípcia foram:
Anta /Neit, Aker, Mut / Taveret, Isis & Néftis,
Anubis e os quarto filhos de Horus.
Figura 1: Neftis e Isis, aves guardiãs do disco solar deposto no Djed, o áxis mundi que sustenta o céu.
La idea es la misma que encontramos en el signo jeroglífico dwAw "mañana" – frecuente en este período – : Isis y Neftis, el este y el oeste, elevan, al amanecer, el disco solar. |
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Engl. Dawn (< originally as verb: back-formation from dawning, Middle English from earlier dawing influenced by similar Scandinavian words: related to DAY[1] < Old English dæg, from Germanic[2] ???)
< Dawian < dwAw-yna < dwAw + Anti
= Ki-An (d)wAw > Di-an-waw > Dunawaw => Dunawy!
In the Pyramid Texts there are two hawk-gods who equate with Anti: · Dunawy 'He who extends the arms (i.e. wings)' · Dunanwy 'He who extends the claws'.
Obviamente que o day inglês tanto poderia derivar do latino dies como do germânico. O mais provável seria mesmo que tivesse derivado do ibérico «dia», do tempo gaélico de Gaidelo, tal como o «hoje» português pode ter sofrido ressonâncias derivativas de algo parecido com dæg. Pensar que a cultura egípcia não teve influência sobre as culturas neolíticas antigas é pura distracção que peca por falta de clarividência em relação ao óbvio! Ignorar que as crónicas da invasão da Irlanda já referiam que os antigos invasores das ilhas britânicas estiveram no Egipto e em terras ibéricas, seguramente no tempo dos «povos do mar», se não é estultice é puro preconceito contra o valor das sagas medievais e em geral contra a cultura dos povos primitivos, mesmo quando estes tiveram a prolixidade insuperável dos egípcios.
De qualquer modo e foneticamente claro que o Engl. Dawn tem mais semelhanças semânticas e fonéticas com o egípcio dwAw "manhã" do que com germânico day.
Figura 3: Djed. | Figura 2: Djed como áxis mundis da esfera celeste. |
«Ajuda», apoio < Lat. ad | jut [ó juv < Chu-we < Ishco| >] Ad-jit > Djed.
Na versão das «deusas da aurora», em fina ourivesaria num peitoral de sumo sacerdócio solar egípcio, além dos ureus, que mais não são do que as cobras solares do alto e baixo Egípcio (Edjo & Nekhbet), encontramos uma versão também muito mais elaborada da morte e Rê-nascimento do sol. Seria uma coincidência impossível que o étimo latino da renovação não derivasse, como aliás muitos outros étimos e conceitos metafísicos latinos, da cultura egípcia por via da piedade etrusca. A verdade é que Ré, o sol, era o Grande deus que quotidianamente repetia o milagre da existência do tempo! Um outro aspecto interessante desta figuração é a que corresponde ao facto de o disco solar se encontrar deposto no Djed como se este fosse o “axis mundi”.
It is believed that the Djed is a rendering of a human backbone. It represents stability and strength. It was originally associated with the creation god Ptah. Himself being called the "Noble Djed". As the Osiris cults took hold it became known as the backbone of Osiris. A djed column is often painted on the bottom of coffins, where the backbone of the deceased would lay, this identified the person with the king of the underworld, Osiris. It also acts as a sign of stability for the deceased' journey into the afterlife.
Etimologicamente o termo egípcio Djed aparece assim como uma importação egeia, anterior a formação da linguagem egípcia. Outra conclusão a tirar é a de que os deuses hitita Teshub e hindu Xiva, bem como Zeus e Júpiter não são, como a tradição recente supões, indo-europeus mas fazem parte duma mitologia muito mais arcaica anterior à história escrita egípcia.
A confirmação desta etimologia, temo-la na própria mitologia que, para todos os efeitos, era a fonte de todo o saber arcaico, em que é o deus Chu, como se pode ver na Figura 3 quem suporta o céu enquanto corpo de Nut. Outra inferência a tirar é a de que a escrita ideográfica, por menosprezar a fonética, tender a omitir ou a mistificar a semântica e a etimologia das palavras.
Teshup < Te-| Chuwe ó Xiwa < Chu-Wa <= *Ishka ó Ishkur.
> «Sub» ó «Chuva» = Wa-Chu => Lat. bassu > «baixo»!
Isto só pode significar que as incertezas sobre a origem e significado gráfico deste símbolo têm alguma razão de ser mas que podem em parte ficar explicadas por um efeito retórico de mistura de analogias formais que iriam da coluna dorsal dum esqueleto com os cotos das costelas, por antonomásia de Osíris, ao tronco de cedro com os cotos dos ramos cortados, passando, quiçá, por um estojo de «fio-de-prumo» relacionado com Ptah, todos eles contribuindo para a formação do conceito muito mais universal da estabilidade do mítico «eixo do mundo»! Este «Axis mundi» supunha-se como sendo um pressuposto cósmico não apenas enquanto «coluna que segurava o céu», como seria também suporte do disco plano que era a terra, ainda que outras mitologias houvesse especulando sobre o mesmo pressuposto cosmológico.
Ver: CARDEA / IXION (***)
No entanto, segundo a mitologia dos deuses da aurora estes pilares seriam os da “dupla montanha” cósmica. Dai o conceito correlativo de geografia mítica das «colunas de Hércules» que mais não eram do que as colunas dos dois horizontes entre os quais se movia o sol e correspondiam às «duplas montanhas da Deusa Mãe»! Ora bem, a figura anterior ajuda-nos a compreender que, afinal, estas montanhas não seriam mais do que os quatro membros de Nut, os braços que suportavam o «deus menino solar» a oriente e as pernas que se afundavam no oceano atlântico a ocidente!
Figura 4: Cosmologia Egípcia. Chu, o deus da atmosfera que mugia as tetas do céu para «mandar chuva» ou o Atlas que suportava o universo? A verdade é que a mitologia cósmica dos Egípcios diferia da suméria por inverter o sexo do casal primordial céu/terra, se bem que, a deusa Nut do céu estrelado fosse mais uma deusa das trevas primordiais do que do céu diurno! |
Manu, The mythical mountain on which the sun set. The region of the western horizon. One of two mountains that held up the sky, the other being Bakhu. These peaks were guarded by the double lion god, Aker.
A «mão» que transporta o filho < Lat. manus < Manu
< Ama-An, lit. «deusa mãe do céu» > Mean + at => Menat & Mashu.
> Ama + at => Maat.
Agora diga-se que são meras e casuais coincidências o facto de que, por se encontrarem as «mãos» de Nut do lado do «por do sol», teriam que ficar poisadas sobre o Manu, lit. o «monte das mãos de Manut» < lit. «Mãe Nut».
O cume ocidental chamava-se chamado Manu, enquanto o cume oriental foi chamado Bakhu. Manu rima com o indiano Meru mas refere-se quase que seguramente à localização ocidental da terra de Minos dos minóicos do mar Egeu de que deriva a monarquia egípcia!
Bakhu < Bakiku < Kakiko, terra báquica do “deus menino” da aurora!
Por sua vez, a aurora de Anut apoiava os pés nos montes Bakhu, literalmente «os montes por entre os quais «baqueia» (< Ár. uak', queda) inseguro o deus menino solar» < Bakiho, lit. «os montes de Baco»< *Kakiko, o filho de Caco, «o deus menino» da aurora oriental!
Estes conceitos cosmológicos primitivos eram correlativos de vários outros tais como o da «montanha cósmica do começo do mundo».
Duas variantes das duas irmãs Isis & Néftis como deusas da aurora: Figura 5: À esquerda uma representação simplificada do disco cosmológica de Neith em que as deusas Isis/Neftis são o Este e Oeste. Figura 6: À direita o sol é transportado para a montanha da aurora por Kefer. |
Zenith (< Ár. samt, redução de samt ar-r' us, direcção da cabeça???) < Ze-Nut < Ki-Nut, A Deusa Mãe no cimo da terra? < Xen-itu < Phen-Utu, lit. Uto, o sol, no pináculo do monte Sião (< Ki-an) do céu (da Fenícia) > Tianita > Tan-it, a Deia celetis, com o “deus menino”, a cobra solar alada, ao colo na hora do meio dia!
Nadir (< Ár. natir, oposto) < Natur < Nut-(ur) a deusa mãe nas entranhas da terra > Neter, a deusa mãe da meia noite!
Assim sendo, demonstra-se que as mitologias antigas eram em grande parte meras teorias cosmológicas especulativas tão legitimas e correctas, mutatis mutandis, como as modernas teorias científicas, sobretudo quando no limite da física sensível, como seja o caso das singularidades da teoria da relatividade ou os paradoxos da teoria quântica.
Ver: VÉNUS / *KAPHURA(***) & NUT (***) & Ver: TAVERET (***)
Kerberos < Ker-Wer < *Kurkur > Kar-pher.
Carvara < Ker-kar < *Kurkur.
A-Ker < Haker < Kakur > *Kaphur > Sacar.
> capher > Lat. capr(e) > «cabra»!
AKER
Pode não ter sido assim...mas, estranho seria que a iconografia egípcia represente os leões Aker como sendo dois porque o Egipto foi sempre o pais das duas terras, o alto e baixo Egipto, em conotação com o duplo horizonte do nascer e do por do sol, ou seja, da “dupla montanha da Aurora”!
*Kur-kur + Ki-Ki > Kikur-Kikur => Aker + Aker = 2 *Aker!
Figura 7: O mesmo motivo da figura anterior num vaso grego onde a aurora substitui, ao gosto fenício, a árvore do paraíso. | |
Figura 8: Os leões Aker, guardiões das montanhas da Aurora! |
Aker - A personificação egípcia da terra e deus do morto. Ele rege sobre o ponto de reunião entre os horizontes oriental e ocidental no mundo dos infernos (djew). É também o guardião do portão pelo qual o faraó passava no sub-mundo dos infernos. Aker provia uma passagem segura para o navio do sol durante sua viagem nocturna pelo sub-mundo. É representado como uma faixa de terra pequena com ambos os extremos a formarem a cabeça de um leão ou de um humano. Alternativamente, ele também é representado como um par de leões virados de costas um ao outro, com uma cabeça que enfrenta o leste e a outra cabeça que enfrenta o oeste, vendo assim o sol nascer e pôr-se.
The western crest was called Manu, while the eastern summit was called Bakhu.
The horns of consecration first occur in Crete on peak sanctuaries, at Jouktas, Pyrgos, Petsophas, Vrysinas, and Piskokephalo. By MM I1 the object/motif appears on altars and on architectural structures and thus is taken to denote the sacredness of its setting. Earlier researchers connected the Minoan object with the identical Egyptian hieroglyph, djew. This hieroglyphic sign for "mountain" had in Egypt a cosmic sense, representing the twin mountains at either edge of the world over which the sun rose and set. Egyptian kings often took a name that included kheper and ra because of their solar meanings. Thus Egyptian representations often depict the sun (e.g., as kheper, the beetle) between the twin peaks of the symbol. --
Manu a ocidente do Delta do Nilo seria uma referência aos minóicos e Bakhu a oriente seria…”the mythical mountain from which the sun rose”…mas sem sabermos porque razão teria este nome. Procurando informação mítica oriental ficamos a saber que Baku no Japão “uma besta auspiciosa que pode devorar os pesadelos”.
Figura 9: Tapirus indicus. | Figura 10: Sete. |
Le tapir de Malaisie (Tapirus indicus), aussi appelé tapir d'Asie ou encore tapir à chabraque est l'un des quatre représentants des tapirs (Os tres restantes são das Américas.)
Le terme japonais baku a deux significations, renvoyant à la fois à la créature dévoreuse de rêves traditionnelle et au tapir. (…)
As únicas espécies de tapir, fora do novo continente, parecem ser da Malásia mas que teriam existido também na Índia pelo que os mitos arcaicos dos Egípcios associariam o tapir indiano ao oriente onde teria nome parecido a Bakhu, até porque foi com este nome que chegou ao Japão. É notável a semelhança com o deus Sete que de forma flagrante parece explicar a até agora enigmática iconografia zoomórfica deste deus egípcio.
Sete é o deus do caos, também do deserto e das terras estrangeiras. No Livro dos Mortos, Seth é chamado "O Senhor dos Céus do Norte" e é considerado responsável pelas tempestades e a mudança de tempo.
Jap. Baku < Egip. Bakhu < Bakiko > Baco > *Bachu > Bés.
Aker was an ancient earth-god in Egypt probably a more ancient earth god than the Heliopolitan god, Geb. (...) In this way they were portrayed bearing the akhet on their backs (as in the image to the right). The two lions were called Seth, or Sef and Duau, which means "Yesterday" and "Today" respectively.
Figura 11: See the original below, based on a lintel at the ancient temple of Set at Naqada: © Joan Ann Lansberry September, 2011
Existe uma forte tradição que relaciona a Índia com Baco. A mitologia egípcia ainda que conservadora é um pouco confusa por depender muito de vicissitudes politicas e da longa história em que procurou manter a aparência do equilíbrio imutável. Sete foi o deus preferido dos faraós das primeiras dinastia ainda muito antes da chegada dos Hicsos com quem foram associados possivelmente por este deus ser considerado de terras estrangeiras. O mito da morte e ressurreição ficou atribuído a Osíris mas poderia ter sido inicialmente devido a Sete.
A história do longo conflito entre Sete e Hórus é vista por alguns como uma representação de uma grande batalha entre cultos no Egito cujo culto vencedor pode ter transformado o deus do culto inimigo em deus do mal. Seth é, na verdade, a representação do supremo sacrifício em prol da justiça.
The fourth king of the dynasty came to the throne under the name of Sekhemib and reigned for 17 years. During his reign, however, the simmering rivalry between north and south reached boiling point once more, and a period of internal unrest ensued. The conflict was of a politico-divine nature, legitimized in part by the mythological struggle between the two gods Horus and Seth, who fought for control of the
kingdom of Egypt. It was of the utmost significance, therefore, that Sekhemib dropped his Horus name in favor of a Seth name, Seth-Peribsen - indicating perhaps that the followers of Seth gained the upper hand. Peribsen's granite funerary stele from Abydos is clear evidence of this change in allegiance, since the falcon above the Serekh of his Horus name has been replaced by the animal of Seth, with its pointed ear. A later king, Khasekhemwy, was obviously a religious diplomat because he incorporated the names of both gods with his, and apparently managed to mollify both factions.
http://www.ancient-egypt-history.com/2010_04_14_archive.html#ixzz1dYYLqSOZ
Ora, os dos leões Aker também foram chamados Seth, or Sef and Duau, o que significa "ontem" e "hoje"!
No entanto não se encontra explicação para este deus nas mitologias do próximo oriente pelo que resta a possibilidade de ter vindo da Índia no tempo da civilização de Harappa onde seria o deus Tapir.
Akeru - Um grupo de deuses ctónicos associados com Aker.[3] Seriam possivelmente a forma dual dos dois leões que guardavam a aurora.
Facilmente se nota que, se estamos perante um mito mais arcaico que o de Geb, é só e apenas porque estamos perante os leões tutelares da arcaica Deusa Mãe que foi a deusa da terra em todo o mundo arcaico à excepção estranha do mundo Egípcio!
Seker - um deus de luz, protector dos espíritos do morto no seu transcurso pelo sub-mundo dos infernos em direcção à vida após a morte. Seker era adorado em Memfis como uma forma de Ptah ou como parte duma deidade compósita Ptah-Seker ou Ptah-Seker-Ausar. Seker normalmente era representado como tendo a cabeça de um falcão, e amortalhado como uma múmia, tal como a Ptah.[4]
Figura 12: Soker / Seker,
Kefer ó Seker
Ka-kar, lit. “o que transporta a vida” > Sacar, deus sírio da aurora > Haker
> Aker + lu > Aker-(l)u > Akeru. =>.
Figura 13: Cabras do paraíso alimentando-se da “árvore da vida eterna” . As mesmas bestas sagradas que guardavam as portas do inferno do poente, denominadas entre os clássicos gregos Kerberos e entre os Vedas Carvara, tal como os Aker eram os leões do Egipto que guardavam as portas da aurora e as «cabras» de Sacar, o deus da aurora dos canaanitas, que guardavam a “árvore da vida”! |
A postura destes animais acocorados nas patas traseiras terá marcado a iconografia religiosa da época ao ponto de acabar por ficar consagrada na tradução da *Kaphura!
A relação de Aker com os deuses da aurora por intermédio do canaanita Sakar e do falcão psicopompo Saker tem como elo mítico tanto a semelhança da sua mitologia como o facto de um dos Akeru ser Set, forma contracta de Sat-urno e a que os gregos chamavam Tif-on ó Pit-on. Este facto reporta-nos para o par de cobras primordiais que seriam a Deusa Mãe e o seu filho Crono / Saturno. O nome do segundo Akeru, Duau, de que deriva seguramente o número dois, permite tanto correlações arcaicas com e etimologia do suposto indo-europeu Dyaus Pitar como com Dion / Diana. De resto, Du-at, como nome do inferno seria esposo de Du-au e temos então o mesmo par primordial Du / Thu ó Di / Ti dos titãs filhos de Ti-fão, primitivamente simbolizados na relação mais evidente, O Dia = Du-au / A Noite = Du-at. No entanto, o mais estranho neste mitema dos Akeru reside no facto de estarmos perante dois deuses que carregavam às costas os montes da aurora ou seja, uma interessante variante do mito dos deuses que suportavam o mundo. A universalidade destes mitos arcaicos não fica abalada por não ter a contrapartida exacta na mitologia clássica ou mesmo noutras.
Obviamente que os deuses da aurora dos egípcios tem algo a ver com os deuses sacarídios sírios, Shachar & Shalim.
Shachar ('Aurora') & Shalim ('Crepúsculo'), par de graciosos deuses, filhos e rebentos do mar. Eles nasceram de El e da sua companheira feminina, Athirat. A nova família construiu um santuário no deserto e viveu lá durante oito anos.[5]
CÉRBERO
De resto, a contrapartida greco-latina desta entidade é indubitavelmente Cérebro, o monstro canino de três cabeças que guardava as portas do reino de Hades.
Figura 14: Hércules roubando Cérebro dos infernos. Na mitologia grega, Cérbero, ou Cerberus, (grego Κέρβερος, Kerberos, "demónio do poço"), era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço, que guardava a entrada do Hades, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. |
(...) Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo. Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. Às vezes, junto com sua cabeça são encontradas serpentes saindo de seu pescoço, e até mesmo de seu tronco. (...) Seu nome, Cérbero, vem da palavra Kroboros, que significa comedor de carne. (...) Como castigo Cérbero comia o corpo dos condenados. Cérbero era filho de Tífon (ou Tifão) e Equídina. Cérbero era irmão de Ortros e da Hidra de Lerna. Da sua união com Quimera, nasceram o Leão de Neméia e a Esfinge. -- Wikipédia, a enciclopédia livre.
O conhecimento que temos da mitologia arcaica é esparso e quase sempre inferido e, então, se da mitologia missénica conhecemos a equivalência do nome de alguns dos seus deuses com os da mitologia clássica, sobre a mitologia minóica quase nada sabemos. É quase seguro que o fundo mais obscuro desta mitologia transparece precisamente nos recantos mais sombrios das crenças gregas de que, as referentes aos deuses pré olímpicos, será o caso. Obviamente que o facto de Cérbero ser um cão nos reporta para um deus canídeo como foi Anubis. No entanto, a relativa indefinição da sua verdadeira configuração explica-se em parte pelo facto de os deuses titânicos arcaicos corresponderem a uma polimorfia zoomórfica corresponderem mais a confusões de interpretações tardias de tradições orais populares que a revolução do panteão olímpico veio substituir. Ortros seria o mesmo que Cérebro, do mesmo modo que Anubis terá tido as mesmas funções de deus psicopompo que o falcão Hórus, todos afinal filhos da terrível e temível deusa mãe da noite e do mar primordial que, enquanto Tiamat, foi mãe de monstros primordiais, dragões e quimeras e não era senão a mesma que Amut, senhora da vida e da morte que, na forma de Nut e Taveret paria o sol com a Aurora para o devorar ao fim da tarde, mito que no limite é quase o mesmo que o Ouroboros a serpente, ou o dragão que mordia a própria cauda!
Supor que Kerberos significava "demónio do poço" e afirmar de seguida que este termo deriva de Kroboros, “que significa comedor de carne” é mais uma das muitas leituras de que a mitologia dos cultos de morte e ressurreição se servia para explicar o inexplicável que era a realidade da cultura primitiva nas fronteiras da morte e do muito que havia de desconhecido no pensamento arcaico.
Ortros <= Ouroboros < Kroboros ó Ker-beros
< Ker-(Wer)-et < Kur-Kur-ish, lit. “os (filhos) dos montes da Aurora”
=> os deuses (de transporte solar) Aker, filhos de *Kertu ó Taveret.
Figura 15: prato grego decorado com a cabeça duma deusa mãe Gorgónia, macha e viril, rodeada por algumas das suas múltiplas quimeras zoomórficas. | Figura 16: figura gorgónica na ruínas da pirâmide da lua dos moche. Notar as flagrantes semelhanças transatlânticas com a gorgona da figura anterior |
YAARU
Yaaru (Aaru) In Egyptian myth, Yaaru (Iaru, Aalu) are the fields of the nether-world, located in the realm of the dead, the domain of Osiris. It is a beautiful place (an equivalent of Eden) were the deceased can perform their favorite activities. These fields are tilled to provide the dead with food. It is represented as a vast field of wheat, symbol of life. Yaaru is situated in the east where the sun rises, but is sometimes also referred to as a group of islands. They are similar to the Elysian Fields of the Greeks. The antipode of Yaaru is Duat, the dark realm of the dead.
Arali (Arallu): Name of the desert between Bad-tibra and Uruk, where Dumuzi was killed; perhaps also a semi-mythical land from which gold was obtained, also known as Harallum. Evolved into a name for the Underworld.
Cald. Arali < Aral-lu < *Karallu => Alalu > Aalu > Aaru.
> Jeru-Salem > Jerusalém.
Iaru < Ja-aru < Sha-haru < *Sakaru, Sakar, o deus da aurora canaaneu.
ó Ash-haru = Haru-ash < Aluish > Elish > Elys-ian.
Figura 17: Mural called Great Chimú Palace is the more advisable place to start your visit, as well as the Huaca "El Dragon".
YALI
Figura 18: Yali, equivalente formal Hindustânico dos leões Aker.
A Yali is an imaginary mythical composite beast. It has the body and head (with its raffle like mane) of a lion and in addition it is depicted with horns. The Yali (also termed ‘Vyala’ in the north of India) is the personification of rampant natural forces. The function of these mythical lions is to define open spaces. The balustrades were originally positioned at the main entrance of a temple or palace, flanking the central aisle. The Yalis are depicted with their claws planted firmly on earth, with bulging eyes and open mouth, and looking back over their shoulders, pacing towards the building they are protecting. Both Yalis, one male and one female, are standing with their four paws on the earth, their heads are turned backwards over their shoulders, and they are portrayed with an open mouth, protruding teeth, and tongues sticking out, round bulging eyes and horns and are decorated with a necklace with bells, strings of pearls and ornaments. (…) Yalis are the most conspicuous composite animals on the piers of temples in Sri Lanka and South India, dating to the fifteenth and sixteenth century.
Yali < Vyala < (Yaaru) < Wayra < Ka-Kur
> Kahura > Hakaur > Aker.
[1]"dawn," Microsoft® Encarta® 99 Encyclopedia. The Concise® Oxford Dictionary, 9th Edition. (c) © Oxford University Press. All rights reserved.
[2]"day," Microsoft® Encarta® 99 Encyclopedia. The Concise® Oxford Dictionary, 9th Edition. (c) © Oxford University Press. All rights reserved.
[3] Aker - The Egyptian personification of the earth and god of the dead. He rules over the meeting point between the eastern and western horizons in the underworld. He is also the guardian of the gate through which the pharaoh passes into the underworld. Aker provides a safe passage for the barque of the sun during its nightly journey through the underworld. He is represented as a small strip of land with both ends forming the head of a lion or a human. Alternatively, he is also represented as a pair of lions with the back to each other, with one head facing the east and the other head facing the west, thus seeing the sun rise and set.
Akeru - A group of chthonic gods associated with the god Aker.
[4] Seker - A god of light, protector of the spirits of the dead passing through the Underworld en route to the afterlife. Seker was worshiped in Memphis as a form of Ptah or as part of the compound deities Ptah-seker or Ptah-seker-ausar. Seker was usually depicted as having the head of a hawk, and shrouded as a mummy, similar to Ptah.
[5] Shachar ('Dawn') & Shalim ('Sunset/Dusk'), pair of gracious gods, the children and cleavers of the sea. They were born of El and Athirat or her female companion. The new family builds a sanctuary in the desert and lives there for eight years.