quinta-feira, 19 de setembro de 2013

DEUSES DO ANTIGO EGIPTO – OS DEUSES DA "FACA SAGRADA" por arturjotaef

 

clip_image002

Figura 1: Faca cerimonial egípcia de sílex com cabo de marfim. O fino acabamento desta faca demonstra o quanto estavam já completas as potencialidades tecnológicas do neolítico, anterior à idade dos metais.

A DEUSA EGípcia DA "FACA SAGRADA"

Taveret era a deusa da faca porque esta terá sido preciosa para cortar o cordão umbilical gesto que terá sido sempre tão carregado de medos e ansiedade traumática que sobre ela terá sido construído o mito cosmológico da separação «à facada» da terra e do céu. Ora, nem de propósito, Taveret era também Mut a deusa mãe primordial.

Horet-kau = Diosa del Reino Antiguo relacionada con los espíritus de los difuntos; su nombre significa "La que está sobre los Kas".

Hurt = Forma de Isis, adorada en Nejen (Hierakónpolis).

Hurun = Dios halcón de los cananeos establecidos durante el Reino Medio en Guizah junto a la esfinge, donde se le erigió un santuario.

Ibu-uret = Guardián de la sala de sacrificio del Más Allá.

clip_image003

Taurt = Diosa de la fertilidad. Su nombre significa "La Grande" (= Ta-urt). El término Tueris es una helenización del egipcio.

Estaba vinculada al nacimiento, era protectora de las embarazadas y favorecía la abundancia de leche materna. Sus sacerdotes puede que fueran médicos especialistas.

Ur = Antiguo halcón celeste, cuyo nombre significa "el grande" o "el viejo".

Urt-hekau = Deidad de palabras poderosas y mágicas; era un epíteto de Sejmet y de las diosas Isis y Neftis, a quienes se les llama, en el Libro de los Muertos, "las divinas Ururty"; pero con más frecuencia también es una diosa independiente, con forma de serpiente o cabeza de leon.

Grec: Tueris < Tu-Her-ish < Ka Kaur-et > Sacar-at.

                                               Urt-hekau ó Kaur-et Kau > Horet-kau.

                                                                   > (Ta) Hurt > Egipt: Taurt.

                                                                                        > (Ibu)-uret.

A mitologia Egípcia revela um típico fenómeno de busca incessante da semântica do inefável por tentativas e erros escrupulosamente anotados, porque numa época em que as palavras eram parcas e raras, preciosos e mágicos eram os sentidos e inevitavelmente conservador e arcaizante viria a ser o seu panteão, resultante da laboriosa actividade dos numerosos templos e santuários espalhados pelas diversas comunidades religiosas ao longo do prolongado Nilo!

Íbis = Lat. ibis < Gr. ibis), s. m. e f. espécie de cegonha pequena.

O nome da deusa Ibu-uret faz pensar numa literalidade do tipo dum genérico como car-ibú deusa alada de transporte das almas de nome próprio Uret como o «abutre» ou o Íbis e então sim, um nome que é já literalmente a forma feminina do deus Ur. Ora, se «abutre» (< aputre > ??? Lat. vulture) não deriva do respectivo nome latino é porque foi a podridão que deu nome ao abutre e não o inverso!

Parece assim que o homem primitivo era particularmente sensível aos animais necrófagos, bem como aos carnívoros enquanto metáforas óbvias de «animais de transporte das almas»! Notar também que o étimo –pu, já identificado na análise do deus Anubis /Anpu, parece uma espécie de marcador do génio linguístico dos egípcios. Muitos povos encararam a Terra Mãe, enquanto local de exumação mais comum, como a devoradora de almas mais habitual e por isso o protótipo da ideia de deuses de morte transportadores de almas ou mesmo devoradores impiedosos de almas como os vampiros! O caso de Taveret permite mesmo postular uma etimologia para o nome do tubarão enquanto «animal de transporte de almas» mais comum entre povos ribeirinhos de mares tropicais como os das Caraibas!

«Tubarão» < Carib. Tiburón < *Ki-Kur-Anu

                       Cibel < *Kiwer < Ki-kur-at => Te-wer-et > Taurt.

Sendo assim, mais uma vez se confirma que os povos caribenhos autóctones tinham arcaicas origens europeias, seguramente do mar egeu!

Ora, parece inevitável acreditar que Urt-hekau º Horet-kau, pois que...

Urt-hekau = Urthe-kau < Heurt-Kau < Hauret-kau > Horet-kau > Hurt.

Hurt = Forma de Isis, adorada en Nejen (Hierakónpolis).

Se assim é, então Ta-urt seria apenas *Ta-uret, quiçá a forma mais correcta de pronunciar o nome de Tueris / Taweret, o feminino dum virtual *Ta-Ur.

Embora não sendo ainda deuses taurinos porque seriam seguramente deuses falcões a verdade é que derivavam dum conceito genérico de divindade animal e totémica que no seu habitat de origem seria, ou acabaria por vir a ser, o touro!

Se *Ta-Ur não foi registado no Egipto foi ali conhecida pelo menos a sua forma evolutiva *Hur, do semítico gentílico Ben-Hur e do registado deus semita Hur-on < Kur-an, o mesmo que Enki na forma guerreira de «Sr. dos infernos do Kur»!

Este deus, filho crido de sua mãe, seria Horus, «depois o velho»! Hurt seria assim o feminino do nome da mãe de Horus.

Aceitando a etimologia suméria teríamos então:

Urt < Hurt < Hur-et < *Kur-at > Hor-et > Tauret => «Goret».

Apep/Taweret era a cobra = réptil = crocodilo, que no Egipto comia o sol nocturno para o vomitar com a aurora de Maat/Taweret. Sendo uma variante caótica de Tiamat, Taweret começou por ser a cobra Apep antes de ter acabado como um divino crocodilo. Enquanto crocodilo Taweret era uma «faca viva» de cortar carne, pela óbvia metáfora que resulta da facilidade com que estes répteis devoram os que lhe caiem nas mandíbulas, bem fornecidas de várias afiados dentes. Com o tempo a metáfora deixou de ser tão óbvia e passou a estar relacionada com a função do corte do cordão umbilical, característica duma deusa do parto solar. A verdade é que, não apenas para estas primárias funções, a «faca» foi sempre o instrumento fundamental das actividades culinárias da Deusa Mãe!

Claro que os equívocos semânticos foram desde os primórdios da humanidade os maiores fautores de falso saber e mitologia, senão mesmo de positiva inovação. Com o tempo e a ignorância dos padres Egípcios Apep tornou-se num monstro ainda mais odioso que Tiamat e que Rá, o sol, para que não houvesse eclipses nem sol encoberto por mau tempo, teria que matar como quem corta à faca uma enguia = peixe cobra, travestido de gado de Bast, porque já então era se dava conta do quanto os gatos gostam de peixe!

Apep was a huge serpent (or crocodile) which lived in the waters of Nun or in the celestial Nile. Each day he attempted to disrupt the passage of the solar barque of Re. In some myths, Apep was an earlier and discarded sun-god himself. This helps to explain the snake's strength and his resentment of the daily journey of the sun.

Assim nasceu o «rito de matar Apep» previsto no "The Books of Overthrowing Apep"! De facto, com o tempo até deixou de ser preciso a faca por ser mais natural e prático mata-las calcando-as com o pé esquerdo, como a Virgem Maria a exemplo de uma qualquer mulher rural.

clip_image005

Figura 2: Taweret na forma de Apep.

In Seth's battle for the throne of Egypt, he claimed that he was stronger than Horus because it was he that stood at the prow of the solar barque and defeated the enemies of Re. Apep was a genuine threat to Re and his daily travels. At times he was successful and when this occurred stormy weather would occur.

When Apep swallowed the barque, there was a solar eclipse.

Ta-weret is not only most of the time holding a knife. Knifes with her name or image on it have been found and their use is more than obviously magical and protective (the picture shows a part of such a knife). Also the knife that she usually held is meant to protect and scare off bad things, spirits and misshapps. In my opinion her knife also had another use, it was to cut the pains of birth and the umbilical cord. Also the knife that she usually held is meant to protect and scare off bad things, spirits and misshapps. In my opinion her knife also had another use, it was to cut the pains of birth and the umbilical cord.

«Faca» = Engl. Knife ó «naifada» = navalhada < «navalha» < Lat. novac'la < novacula, instrumento (de barbear???) que renova a face???) ou antes < *(k)nawicula > «canivete» = • s. m. pequena navalha com a folha estreita para aguçar lápis, etc.; < Fr. canivet < Kaniphet < *Ki-Anu-Ki-at > ?Engl. Knife < Old English cnºf from Old Norse knífr, from Germanic[1].

No entanto, como rezam as crónicas irlandesas, alguns dos habitantes das ilhas britânicas anteriores à romanidade andaram pelo Egipto, seguramente fazendo parte do variado grupo de esfomeados «povos do mar»!

In time his son Nel became such an expert in languages that pharoa of Egypt invited him into his country to teach his people the new languages of the world. So Nel went to Egypt and there he married Scota, pharoa's daughter. After pharoa was drowned in the Red Sea in pursuit of Moses and his band of Hebrews, Nel's great-grandson, Sru, fled from Egypt for fear of persecution by the Egyptians and with his son, Heber Scot, returned to Scythia. There Heber Scot won the kingship of Scythia. After a few generations, a descendant of Heber Scot, named Agnomain, killed a rival for the kingship of Scythia (a kingsman) and in revenge was driven from the country. -- The Book of the Taking of Ireland, Book of Leinster 1150 A.D.

The Legend of Saint Brandan says: But Gaythelos, driven out of Egypt, and thus sailing through the Mediterranean Sea, brings to in Spain, and building, on the River Hyber, a tower, Brigancia by name, he usurped by force from the inhabitants a place to settle in. --- The Scottichronicon (Chronicle of the Scottish Nation) John of Fordun c. 1345

Em sumério «faca» era = Giri < Kiuri > Kiwir < Ki-kur > *Kakir (> Hind. faquir) < Ki-kar + An > Kian-ker > *Kanipher.

A verdade é que, se Ta-weret era a «deusa das facas» então teria que ter participado na criação do seu nome genérico. Assim,

Ta-weret < | Ka-wir < Kwir | -et < + An => *Ka-Nwt, lit. «a deusa da escuridão de "cortar à faca", que (de manhã) dá e (à noite) tira, a vida»

Ø    *kaniwat => Fr. Canivet > «canivete» > *navic.

Ø    *kaniwer < kaniwish > kawnish > Grec. kainis.

Ø                     > *Kanipher > Old Norse knífr => knife.

«Canivete» = • s. m. pequena navalha com a folha estreita para aguçar lápis, etc.

«Faca» = ???(< Lat. falcula, s. f. instrumento cortante, composto de lâmina de gume e de cabo;

Por sua vez a «faca» < ??? falcula. É pouco provável que facula desse «faca» pois mais depressa daria «Falca» ou facla > «falha» (< Lat. *fallia??? ) do que facua > «faca»! O mais provável é que o termo «faca» fosse autóctone por via egeia e acabasse por absorver a semântica tanto de falx quanto de fácula.

Lat. falcula, ae, f. dim. [falx], a small sickle, bill-hook, pruning-hook.???

Pretender ir de «foicinha» à «facada» na gramática, é de cortar o pescoço antes de chegar lá!

Quem admite que a «faca» tem etimologia incerta consegue ser muito mais prudente! Tratando-se de um termo que os espanhóis partilham também, do mesmo modo as probabilidades de se tratar de um arcaísmo indígena são muitas até porque então derivaria do nome do mais arcaico casal de deuses de todas as coisas, Caco & Caca! Na verdade, «faca» derivaria muito mais facilmente do Lat. fauces (= a garganta das bestas que quando aberta se revela delimitada pelos «mandíbulas» < lit. «transportadas à mão» => lit. o equivalente do maxilar de burro de Sanção o que nos reporta para a evidência de que os ossos terão sido a mais arcaicas matéria-prima para o fabrico de «armas de corte».

De resto, o significado de falcula está mais próximo de «cutelo» (<Lat. cultellu < culter-lu) e «machado» do que de «faca» cruzando-se então com a semântica do respectivo equivalente grego machaira.

Machaira 1. a large knife or dirk, worn by the heroes of the Iliad next the sword -sheath, Il.: generally, a knife for cutting up meat, Hdt., attic.

Machaira seria, ou o verdadeiro nome do machado-duplo cretense ou um dos nomes alternativos deste, o Lawur, na certeza porem que a sua fonética faz jus à Deusa Mãe na sua variante bélica, como Minerva / Belona, como a celta Macha e Morgana ou seja Atena Promacha. Obviamente que a Virgem Deusa Mãe era Teveret.

Ou então: Machaira < (ma) xaira < Kaura < Kar > phal-ish > palix > palx.

                                                       > Kakura => spha(l)gis???

O mais provável no entanto é que a palavra faca seja tão arcaica quanto a sua relação com o sílex de que seriam feitos os primeiros instrumentos cortantes do paleolítico que fez a fama e a glória do vale de Penascosa em Foz-Côa.

Saxum sacrum, the sacred rock on the Aventine, at which Remus consulted the auspices, ó  Inter sacrum saxumque stare, to stand between the victim and the knife,

Saxum = a large stone, rough stone, broken rock, bowlder, rock

*Saches ó Saxum < Kaku ó Kaka > Phaca > «faca».

Ora, Caca não era senão a esposa e mãe de Enki / Caco ou seja Ki, a Deusa Mãe da terra primordial como era Taveret.

clip_image007

Numerous as were the uses to which the falx was applied in agriculture and horticulture its employment in battle was almost equally varied, though not so frequent. The Geloni were noted for its use. It was the weapon with which Zeus wounded Typhon; with which Heracles slew the Lernaean Hydra; and with which Hermes cut off the head of Argus (falcato ense; harpen Cyllenida). Perseus, having received the same weapon from Hermes, or, according to other authorities, from Hephaestus, used it to decapitate Medusa and to slay the sea-monster. Hence, it may be concluded that the falchion was a weapon of the most remote antiquity; that it was girt like a dagger upon the waist; that it was held in the hand by a short hilt; and that, as it was, in fact, a dagger or sharp-pointed [p. 660] blade, with a proper falx projecting from one side, it was thrust into the flesh up to this lateral curvature.

Grec.

Lat.

Drepanon < Thre-panon <* ter-

Harpê < Kar(phe) > Ker > *ter-

Falx > dim. Falcŭla. A sickle; a scythe; a pruning-knife or pruning-hook; a bill; a falchion; a halbert.

Kainis < kopis = a chopper, cleaver, a broad curved knife. ó *Kanophis < *kaniwat.

Machaira = large knife or dirk, carving-knife, sacrificial knife =

Sphagis = sacrificial knife. Îsh-Kakis, lit. “a filha de Caco” > *Saches > «sacho».

Culter [kindr. with Sanscr. kar, to wound, kill; cf. per-cello, clades]. knife > cultellus [dim. Cul-*ter] > «cotelo»

Nŏvācŭla = a sharp knife. > «navalha» < *navic.

Sĕces-pĭta = a long iron sacrificial knife. < *Saches-Ophita, lit. “o sacho em forma de cobra”.

clip_image008

Figura 3: Ver: http://www.nativewayonline.com/stonblad.htm, STONE BLADED KNIVES.

«Fouce» < phakua < *Kaku-a > kauka > «faca») secespita, [ae, f. (seco), a long iron sacrificial knife < seces-| phutha < *Ka(u)ka > phaca] ou do grego kopis (< kauphis < phaukis > Lat. fauces).

Mas o percurso etimológico ainda não acabou pois vamos encontrar facas sacrificiais de sílex na Mesoamérica.

clip_image010

Figura 4: Faca sagrada azeteca.

This is most clear by the bits of shell and stone embedded along the sides of the knife, to represent the faces of the gods to whom the sacrificial hearts were offered. Each knife, better known as a tecpatl, is sharpened from a single piece of stone, usually flint or silex, and set in a base of copal incense. These were the deadliest works of art in Mesoamerica.

Tecpatl = fonet. clip_image012 < Teshpatila < Hespatula < *Kiashpahtula

                                                                     > Lat. spathula > «espátula»!!!

Espátula = (Lat. spathula), s. f. espécie de faca de madeira, marfim ou metal que serve para abrir livros, espalmar substâncias medicamentosas ou para estender substâncias moles.

 

TZLACOHUIHQUI

De todas as mitologias conhecidas aquela que de forma mais expressiva nos reporta para uma deusa das facas é o próprio deus faca dos mexica, Tzlacohuihqui.

Como para arqueologia linguística todas a variantes dum nome são significativas e importantes para a reconstrução dum mitema podemos postular que:

                     Ester < Istar < Ish-Tala > «estela» funerária.

Tzla-                     < Itzla| < Ishta-la > Ishto > xisto > seixo!

       -Cohu-ihqui <           -coli-uhqui < -Cori-huqui < ???

A razão pela qual este deus da faca de seixo era um deus cego e obstinado como todos os deuses vingativos e justiceiros faz precisamente um apelo aos antecedentes arcaicos do espírito punitivo da deusa mãe Mut que entre os egípcios era um ser meio hipopótamo meio crocodilo devorava as almas que eram condenadas no tribunal de Osíris.

 

Ver: TAVERET (***) & TALA (***)

clip_image013

Figura 5: Atzlacohuihqui «Faca curvada de Obsidian» «Deus da Congelação».

Pode também ser Itzlacoliuhqui. Também considerado como um deus de obstinação e cegueira. Esta deidade foi adorada durante certos ritos de milho e outros rituais públicos. Também foi venerado como o "Deus do Resfriado". Descrito como um ser sem face como uma protuberância da cabeça em forma de lâmina de faca curva grande e dentada. No Códice Cospiano, esta deidade é descrita fazendo uma oferenda às forças de escuridão em frente de um templo. No templo senta-se Tlacolotl, a «coruja cornuda», a representação do mal mais profundo dos Mexica.[2]

Es una variante de Tezcatlipoca. Pecó en un lugar de alto goce y deleite y se mantiene desnudo; porque su primer signo era una lagartija, que es un animal de tierra, desnudo y miserable. Los signos que el preside son de mala suerte. Llevaban a la muerte a los que se encontraron en adulterio ante su imagen. si la pareja estaba casada; no siendo este el caso, era legal mantener tantas mujeres o concubinas como les complaciera. Iztlacoliuhqui es una estrella en el sur del cielo, conectada con el nacimiento y la guerra.

Sendo assim compreende-se que este deus seria obviamente a deificação da sagrada faca de sílex da Deusa Mãe mexica, Coatli-Cue a Sr.ª da «vida e da morte» de que Tlacolotl, coruja de Anat/Atena, era o sagrado animal nocturno de transporte das almas e, como tal, era não apenas para os mexica, como para todos os antigos povos mediterrânicos, um temível mensageiro de Ker, (ó *Sa-Ker-at > Taweret que: “was often depicted holding the Sa (!!!) amulet symbolizing protection”) a morte negra, solitária e nocturna. Assim sendo podemos ficar quase com a certeza de que Taweret foi a mesma divindade que Coatli-Cue no sentido mais lato do termo, ou seja, foram variantes do mesmo mitema relativo à Deusa Mãe das cobras cretenses.

Coatli-Cue < kautali-kuhe < Ki-kur-kiki > Sa-ker-ash > *Sa-Ker-at > Taweret.                                                                         > «zigurate».

 

Ver: TETETLA (***)



[1]"knife," Microsoft® Encarta® 99 Encyclopedia. The Concise® Oxford Dictionary,  9th Edition. (c) © Oxford University Press. All rights reserved.

[2] "Curved Obsidian Knife" "God of Frost". Spelling may also be Itzlacoliuhqui. Also considered as a god of obstinacy and blindness. This deity was worshipped in accordance with certain maize rites and public rituals. Also worshipped and revered as the "God of Cold". Depicted as a faceless being with a large curved knife blade, serrated, protruding from his head. In the Codex Cospiano, this deity is depicted making an offering to the forces of darkness in front of a temple(*30). In the temple sits Tlacolotl, the horned owl, and representation of the deepest evil to the Mexica. -- AZTEC RELIGION - AZTEC GODS (C)1997-99 Thomas H. Frederiksen  DETAILED DESCRIPTION OF AZTEC GODS.

DEUSES DO EGIPTO - CHU, O “MANDA CHUVA DO EGIPTO”, & KHONS, por Artur Felisberto.

The oldest legend about the origin of the gods is contained in the text of Pepi I., wherein it is said that once upon a time Tern went to the city of Annu and that he there produced from his own body by the irregular means of masturbation his two children Shu and Tefhut. In this crude form the myth is probably of Libyan origin, and it suggests that its inventors were in a semi-savage, or perhaps wholly savage, state when it was first promulgated. In later times, as we have already seen, the Egyptians appear to have rejected certain of the details of the myth, or to have felt some difficulty in believing that Shu and Tefhut were begotten and conceived and brought forth by Tern, and they therefore assumed that his shadow, hhaibit, acted the part of wife to him; another view was that the goddess Iusaaset was his wife. The old ideas about the origin of the twin gods, however, maintained their position in the minds of the Egyptians, and we find them categorically expressed in some of the hymns addressed to Amen-Ra, who under the New Empire was identified with Tern, just as at an earlier period Ra was identified with the same god. - The Gods of the Egyptians or Studies in Egyptian Mythology v2, bay E. A. WALLIS BUDGE.

clip_image002[4]

Chu é o deus egípcio da atmosfera, do ar seco, do estado masculino, calor, luz e perfeição.

Uma lenda conta que Shu foi criado por Deus nas águas de Nu a partir da masturbação divina e a partir de seu vômito surgiu Tefnut, sua irmã gêmea e consorte. Outra versão diz que ambos nasceram após Atum ter se masturbado.

Juntos, Shu e Tefnut geraram Geb e Nut.

The name "Shu" is probably related to the root shu meaning "dry, empty." (and he who rises up)

Figura 1: Chu, clip_image003[4] ou clip_image004[4]clip_image005[4]clip_image006[4]

No Egipto, Chu era obviamente o «deus menino» e por isso mesmo apenas o isho, ou seja, tão somente e apenas, o “filho” por antonomásia (da Virgem Mãe) senhor do ar como Enlil e responsável pelos estados atmosféricos.

Chu seria um deus guerreiro responsável pela interjeição portuguesa de intimidação e afastamento «Xô! Xô!». As penas dos índios não terão aparecido por acaso ornamental porque nos tempos primitivos nada acontecia por mero capricho.

Chu < I-sho < ikho < Kihu < Kiku

                              => Kutho > Huto > Uto, «o pinto, filho de deus»!

Na verdade, Sha significava em sumério “vão” e Ka, no Egipto, era a luz do sol que dá a vida pelo que se compreende em simultâneo que “Chu also seems to be a personification of the sun's light.” e que tenha vindo a acontecer que Chu fosse sinónimo de «en-Chu-to», leve como uma pena, tal e qual como o ar quente e seco. A relação de Chu com o “ar quente” que tudo en-Chu-ga resulta seguramente do lado solar deste deus.

«En-chu-to» < Esp. enjuto <?> Lat. exsuctu = sem sumo = seco = lat. sicu??? Ou antes uma variante local comum no mundo da cultura religiosa do mediterrâneo arcaico e que seria En-Chu-tu, lit. “aquele que é seco porque filho do Sr. Chu”!

Na verdade, existem poucas razões linguísticas para fazer derivar «enChugar» do Lat. exsuc(are), primeiro porque semanticamente “tornar seco” (em geral) não é o mesmo que «sugar» o «suco» (< Lat. succu) dum fruto, depois porque então o termo actual deveria ser *essugar e não «en-Chu-gar» porque o sufixo latino ex-, com a conotação de “algo que esta fora”, não podia ter degenerado no luso en, um prefixo comum de inclusão! Finalmente, é quase seguro que já o latino Lat. exsuc(are) seria um neologismo derivado de succu, termo cuja realidade semântica sumarenta era oposta à secura de sicu! Ora bem, succu (< Chuki-ku) pode ser sumarento quando referido a um deus das trovoadas fecundas e chuvosas do norte mediterrânico, sem o qual os frutos estivais não teriam suco enquanto o sicu (ó Chuki) seria a realidade do sul mediterrânico em que Chu seria um deus da terra seca do deserto! De qualquer modo, a forma ibérica virtual *en-Chu-kitu reporta-nos para *En-Chu, que será quase seguramente a persistência ibérica do pássaro sumério Anzu, o antecessor com penas de Chu, deus que ainda assim terá mantido a única pena que viria a ser a de todos os guerreiros antigos, do mediterrâneo às Américas, porque Chu, enquanto deus do ar como Enlil era também um deus guerreiro!

Anzu (Sumerian Imdugug, previously read as Zu in Akkadian, also Azzu): Lion headed eagle, doorkeeper of Ellil, born in the mountain Hehe.

 

Ver: ANZU (***)

 

Seja como for, obviamente que Chu estará provavelmente relacionado com seco e vazio por ser o responsável por esta semântica porque significando também aquele que se levanta com o sol para sustentar o céu diurno era também o que fazia secar a lama do Nilo e esvaziar as poças de água expostas ao sol!

Obviamente que se Chu fosse do mesmo tipo que Zeus, Te-Chuwa, Xiwa, Ziwa/Zeus e Júpiter seria então um deus da 3ª geração o que não acontecia no Egipto. Porém, o panteão greco-latino resultou duma manipulação hitita do tempo de Tudália IV e já nada deve ter a ver com a tradição mais antiga donde beberam a suméria e egípcia! Na tradição grega quem separou o céu da terra foi Crono e no Egipto foi Chu. Assim sendo este deus seria no Egipto da 2ª geração!

Shu was identified with the Meroitic (of Nubia) god Arensnuphis, known as Shu-Arensnuphis.

Dans la mythologie égyptienne, Anhour (Onuris, Onouris, An-Her, Anhuret, Han-Her, Inhert) est un dieu étranger de la guerre, qui a été adoré en Égypte pendant la XIe dynastie.

He was also identified with the war god Onuris, known as Onuris-Shu. His links with Onuris are probably because the two gods had wives who took the form of a lioness (Mehit was the wife of Onuris), and both gods were thought to have brought their consorts back from Nubia.

Myths told that he had brought his wife, Menhit, who was his female counterpart, from Nubia, and his name reflects this—it means (one who) leads back the distant one.

Mitos contaram que ele tinha trazido a esposa dele, Menhit que era a contraparte feminina dele de Nubia, e o nome dele reflete this — it significa (um que) conduz o distante atrás.

Os mitos são o que são e valem mais para encobrir a verdade do que para a revelaram de forma clara. O que é quase seguro será que Onuris seria caldeu seguramente relacionado com Enki-Kur, um título de Enki que o grande sumeriologista Kramer considera como quase seguro e que se terá espalhado pelo oriente indo até à cidade quemer de Angkor.

 

Ver: GÉMEOS / ENKI = ENLIL (***)

 

Variantes deste nome de Enki-Kur seriam os conhecidos deuses primordiais acádicos Anchar e Kichar, que representava a Terra Mãe como contrapartida cósmica de Anchar, o céu, exactamente como Onuris.

Anhur (Anhert, Onouris, Onuris) = A sky god associated with Shu. Anhur is shown as a man with one or both arms raised. He wears four straight feathers on his head and sometimes holds a spear. His name is interpreted as 'skybearer', or 'he who leads that which has gone away'.

He was a warrior, and was invoked against both human and animal enemies whom he chased in his chariot. Apart from being a personification of war, he was also regarded as the creative power of the sun. Sometimes he is shown holding a string by which he leads the sun; this to recall the story that when Ra's eye eandered away it was Anhut who went to fetch it back.

Enki-Kur > An-kur > An-Char.

                                > Anhur > An-Her > Anhert > Inhert > Lat. Inerte («inerte» e imotável como céu!)                                              > Anhuret < Anurish > Onuris

clip_image007[4]

Figura 2: Onuro. A faca da mão direita deste deus pode ser uma referência à separação da terra do céu levada a cabo por Urano.

Otros nombres: Anhur, Inher. Representa: cazador divino, forma del dios Ra. Se representa por: cuatro plumas. Se identifica con las divinidades: Chu. Dito de outro modo este deus teria sido sempre infernal como os hindus sabiam mas isso nada teria de mal não fora a intolerância gerada pelas correntes fanáticas do mazdaísmo que iriam chegar ao ocidente com o catarismo albigense e ser retomadas no nazismo.

...And we need not consider it strange that the primeval Aryan should have regarded the sun as a voyager, a climber, or an archer, and the clouds as cows driven by the wind-god Hermes to their milking.[1]

Tefnut was connected with other leonine goddesses as the Eye of Ra. As a lioness she could display a wrathful aspect and is said to escape to Nubia in a rage from where she is brought back by Thoth.

Menhit (Menchit) "La que sacrifica", era una diosa de la guerra en la mitología egipcia, originaria de Nubia. Simbolizaba el poder de la luz, o del calor, y el viento del Norte. Protegía al faraón en la fiesta Sed y lo guiaba en las batallas.

Era considerada la esposa de Jnum y la madre de Heka en el nomo III del Antiguo Egipto, principalmente en Esna. En Tinis, Menhit era la compañera de Onuris (Anhur), dioses que procedían de Nubia.

Em todo o oriente a deusa mãe tinha o leão como símbolo o que pode significar que seria assim desde tempos paleolíticos muito arcaicos em que até na Núbia seria assim…uma vez que o habitar do leão outrora chegava à Europa. Para os egípcios é que já não seria tanto assim e tal como para os portugueses dos descobrimentos tudo o que era exótico era da china também para os Egípcios tudo o que era estranho e estrangeiro teria vindo da Núbia.

Menhit < Menchit < Min-Ishat = Min + Ishat, possivelmente um casal de deuses de fertilidade.

Arensnuphis (Ari-hes-nefer, Arsnuphis, Harensnuphis) A benign god of Egyptian Nubia. He had a temple at Philae, where he was referred to as the companion of Isis, the chief local deity. He is depicted in the form of a lion, or as a man wearing a plumed crown.

Arensnouphis est un dieu d'origine nubienne, il venait du sud. On le donnait comme seigneur d'Oponé sur la côte de Somalie. Les égyptiens l'identifièrent à Shou qui alla au loin chercher la déesse Hathor irritée. On le trouve aussi identifié à un autre dieu nubien Dedoun.

clip_image008[4]

Figura 3: Tiberius sacrifica diante de Arensnuphis, Thot e Tefnut, alívio na colunata oeste de Philae. (restauro cibernético do autor

O nome que “Arensnuphis” é interpretado como derivando de Iry-hemes-nefer, “o bom companheiro”. Esta interpretação deriva do mito mais significativo com que Arensnuphis é associado, o mito denominado da “Deusa Distante” no qual uma Deusa colérica descrita como leoa, tipicamente Tefnut, é trazido de um lugar do sul, amplamente a Nubia, para o Egito, escoltada por duas deidades masculinas, sofrendo entretanto uma transformação com a viagem durante qual ela é se torna beneficente.

Os aspectos de deus da guerra, e salvador, compartilhados com Hórus, contribuíram para a identificação eventual de Anhur com o muito maior deus Horus. Durante o período domínio Núbia no Egipto, os faraós Kushitas nomearam Arensnuphis como Hórus-Anhur, Ari-hes-nefer em egípcio, significando qualquer coisa parecida como “ao longo das linhas da casa bonita de Hórus”.

Como se comprova os mitos egípcios eram vários e variáveis conforme a modas da época e as conveniências políticas do momento e, por isso, geográfica e historicamente pouco credíveis, como todos os mitos em geral.

Ora bem, muito possivelmente viria da Somália porque seria uma costa colonizada pelos marinheiros sumérios que dedicariam estas terras a Enki-Kauran, ou Iskuran. Como deus guerreiro e “manda chuva” seria também leonino, seguramente.

Arens-nuphis < Har-en-Anuk < | *Kauran > Crono | -Enki.

Claro que as razões destas identificações não poderiam ser tão contingentes. Os sacerdotes egípcios passavam a vida a pensar nas coisas divinas e não poderiam ser tão grosseiros nas suas conclusões.

Com Arsnuf porque ao separar a terra do céu teve as funções de Crono. Depois, não sendo o céu dos egípcios um deus masculino, por ser Nut a deusa mãe da noite, Urano / Onuris da tradição mediterrânica passou a ser confundido com aquele que se supunha sustentar o céu, Chu, o deus egípcio da atmosfera. A relação deste deus com o elemento aéreo é assim inevitável sendo portanto equivalente de Enlil.

Onuris < Aunur(is) < An-Ur = Ur-an.

Figura 4:Tefnut, along with her twin brother Shu, were the first Gods to be created by Atum or Ra. Tefnut personified moisture, and Shu personified the sky. They had two children, Geb, the earth, and Nut, the sky. In this way, air and moisture, earth and sky were created in sequence. Once these elements came together the physical world came into being. Tefnut is often depicted in human form but also has a lioness-headed aspect. Like Sekhmet, Bast and Hathor, she is known as an Eye of Ra.

Num mito, um dos poucos onde ela é caracterizada, Tefnet torna-se um leopardo e deixa a sua divina casa nos céus e dirige-se para o Egipto. Lá, ela encanta a terra e bebe profundamente o sangue das pessoas; somente a esperteza de Thoth faz com que ela volte aos céus. O povo do Egipto celebrava este dia em um grande festival.

clip_image009[4]

The name "Tefnut" probably derives from the root teftef, signifying "to spit, to moisten" and the root nu meaning "waters, sky."

Obviamente que como o nome dos deuses não têm raízes senão no céu ou na terra esta teoria teogénica da origem de Tefnut como “cuspidela do céu” (óbvia metáfora onomatopaica ao gosto do empirismo primários dos sacerdotes egípcios) vale mais como paralogia do que como teoria. Na verdade, outros nomes divinos como Duamu-tef (poente dourado); Har-nedj-itef (Greek: Harendotes); Iunmu-tef (The Egyptian deity who bears the heavens);

Iounmou-tef est le dieu-fils, personnifiant le sentiment filial. Il n'est, à l'origine, qu'une épithète d'Horus qui signifie «le pilier de sa mère».

Canta a lenda que a serpente Kema-tef, ou seja, “a que cumpre o seu tempo”, emergiu de Nun, o excelso oceano de energia primordial, no local exacto da cidade de Tebas, brindando os céus com o nascimento de Irta, isto é, “aquele que fez a terra”, para de seguida desbravar o paraíso indómito dos sonhos.

Kema-tef era a cobra auto gerada e criador do próprio ovo dele que pode ser vista como uma variação do Deus Criador Atum-Ra, mais tarde Amon-Rá.

Kema | Kima | -tef < *Ki-ma Te-Ki = Terra Mãe / Deusa Terra.

Sendo Kima-tefi um pomposo nome egípcio da deusa mãe das cobras cretenses que foi Tiamat na Caldeia, é quase seguro que teria acabado por significar em proto linguagem nilótica Terra Mãe do céu. A raiz -Tef teria então o significado não de cuspo ou “esputo” mas de tecto (que iria fazer a fortuna do nome do arquitecto do Djozer, Imotep) e, por extensão, a abóbada das capelas funerárias pintadas com as estrelas de Nut, o céu, que assim acabaria com o nome de Tef-Nut. Na verdade faz pouco sentido funcional a existência de Nut e de Tefenute na cosmogonia egípcia a não ser na linha do delírio teogénico primordial que iria ser a Bona Deia geradora de todas as coisas nomeáveis. De qualquer modo, Nute já era a poderosa devoradora e parideira do Sol e Tefenute, a devoradora do dos humanos, acabaria como variante arcaica de Amenti, a devoradora do ba (a alma) dos pecadores.

O obviamente que sendo variantes arcaicas da Deusa mãe das cobras cretenses, seria Tiamat, *Kima, e particularmente a forma gorgónea de Artemisa e de Kali, a quem seriam votados os sacrifícios humanos arcaicos.

A dicotomia ar (seco) / humidade, versus céu / terra, é uma das típicas correlações do pensamento arcaico baseadas em meras aparências superficiais. Ao ar era seco no Egipto por mera contingência geográfica o que já não aconteceria, por exemplo, nas zonas amazónicas e centro-americanas onde veio a desenvolver-se uma mitologia, quase que seguramente derivada de idêntica mediterrânica mas que se teve de adaptar-se às características geográficas locais de tal modo que o deus das chuvas, Tlaloc veio a ser representado em consequência também duma correlação contingente e infantil como um deus constipado e com pingo no nariz!

Tanto a semântica quanto a iconografia permitem suspeitar que Sekhemet era Tefnet e ambas iguais a Bast e Hator. Como os deuses egípcios costumam ser irmãos, e estes eram gémeos siameses (Chu and Tefnut were also said to be but two halves of one soul, perhaps the earliest recorded example of "soulmates."), com o mesmo nome na forma masculina/feminina é possível pressupor neste caso que:

Tefnut < Tefnet < Te-Phian-et => *Tephian/Tephianet.

                                                    ó Te-Phian, lit. «deus Fanes».

Ou seja, um dos nomes de Chu terá sido *Phian, o deus Fanes da luz do céu primordial, que não é senão uma variante deformada de Kian / Enki, enquanto deuses da aurora.

As Lord of the Air or Atmosphere, it was Shu's duty to seperate the sky and the earth. His eternal occupation was holding Nut up above Geb. It was said that if he ever was removed from his place, Chaos would come to the Universe. Many images show him holding up his daughter, while his son reclines beneath him. Another myth described the sun as sailing up her legs and back in the Atet (Matet) boat until noon, when he entered the Sektet boat and continued his travels until sunset. (...).

clip_image010[4]

Figura 5: Chu segurando Nut, o céu nocturno!

The Egyptians were very fond of representations of this scene, and they had many variants of it, as may be seen from the collection of reproductions given by Lanzone. In some cases of those we find Shu holding up the boat of Ra placed side by side on her back, the god in one boat being Khepera, and the god in the other being Osiris. Shu is sometimes accompanied by Thoth, and sometimes by Khnemu; in one instance Seb has a serpant's head, and in another the goose, which is his symbol, is seen standing near his feet with its beak open in the act of cackling. The Egyptian artists were not always consistent in some of their details of the scene, for at one time the region wherein is the head of Nut is described as the east, and at another to the west. Finally, the goddess appears holding up in her hands a tablet, on which stands a youthful figure who is probably intended to represent Harpocrates, or one of the many Horus gods; in this example she is regarded as the Sky-mother who has produced her son, the Sun-god.

 

Ver: PTAH (***) & JÚPITER (***)

 

clip_image011[4]

Figura 6: Chu, o atlas egípcios ladeado pelos leões Aker da deusa mães que guardavam as portas do céu.

Quem separou o céu da terra nas mitologias greco-latinas foi Crono mas quem ficou com as funções de deus atmosférico, do ar e das tempestades, foram:

Júpiter, por derivação a partir do hitita Te-Chu-p, na cultura latina e Zeus, na grega, também este seguramente uma forma variante de Chu.

Zeus > Cheue > Zeu > «Zé»[2].

O penacho no cabelo de Chu, que veio a determinar a influência fonética de certas raízes etimológicas com termos relativos a “penachos, *petachos e chumaços”, corresponde a uma reminiscência vestigial das asas primitivas deste deus e derivava seguramente do facto de os deuses do ar e do vento serem necessariamente deuses alados como veio a acontecer ao deus grego do amor. De resto, parece que Chu, enquanto Fanes, foi também um deus menino e deus protágono do amor!

 

Ver: PÉTACHO DE HERMES (***)

 

Era representado com uma pena na cabeça como um índio, e tinha uma pluma no hieróglifo do seu nome. Por outro lado, no julgamento pós-mortem do tribunal de Osíris a pena simbolizava a leveza da alma sem pecados o que pode ter transformado a pena num símbolo de pureza de alma, de espírito de verdade e rectidão!

Como Chu era um deus da guerra passou a servir de exemplo aos guerreiros que passaram a usar penas na cabeça e nos capacetes!

E, por mais estranho que pareça continuamos na semântica dos chapéus. A questão dos ornamentos emplumados na cabeça parece ter sido uma característica luxuriante das civilizações ameríndias mas tudo indica que esta tradição tenha sido recebida das arcaicas civilizações peri-mediterrânicas.

 

Khons (Khonsu, Khensu, Khuns)

Khons - (Chons) The third member (with his parents Amen and Mut) of the great triad of Thebes. Khons was the god of the moon. The best-known story about him tells of him playing the ancient game senet ("passage") against Thoth, and wagering a portion of his light. Thoth won, and because of losing some of his light, Khons cannot show his whole glory for the entire month, but must wax and wane. The main temple in the enclosure at Karnak is dedicated to him.

He is represented as a royal child, wearing the side-plait and carrying the crook and flail. he is also shown as a falcon-headed youth whose head is surmounted by the lunar disc and crescent combined. In time he was regarded as a god of healing. Khons was thought of as the placenta of the king; a ghostly twin, a sort of royal guardian angel as distinct from the king's normal ka, or etheric double. To the Theban triad were raised the biggest and most imposing of Egyptian temples. Every new year was celebrated in a festival which included a ritual river voyage between the two great temples of Karnak and Luxor.

Porém, o filho de Mut/Aura-muth/Ammut = Taweret foi, na tradição tebana, Khensu/Khonso que em boa verdade não seria senão uma variante do nome de Horus que era o filho de Isis! Por ser deus da lua foi identificado com Ptah e Tot. Por ser filho de deus foi identificado com o falcão Horus. Foi também filho ora de Hathor, ora de Sokar (< Chu-Kar, o que transporta o filho), ora de Sobek (Chu-Beco, o pai de Chu?). É obvio que existiu por aqui muita manipulação religiosa, historicamente recente e posterior aos arcaicos cultos solares megalíticos, relacionado com os interesses políticos do hegemónico culto de Amon, porque uma deusa da aurora teria que ser a mãe do sol!

clip_image013[4]

Figura 1: Khonsu, com o disco lunar.

clip_image014[4]

Figura 2:

Horus, com o disco solar.

clip_image015[4]

Figura 3: Hator e Horus: Het-heret como Sr.ª do Este & Ra-Heru-Akhety[3] com a dupla coroa e restantes atributos semelhantes aos de Khonsu.

Khensu > Khonsu, > Khons His name derives from the root, "khens" which means to travel, to move about, to run. He was usually portrayed as a man with the head of a hawk and wearing the lunar disk.

A raiz "khens" < Xens < *Ki-an-ish < Ki-An-Xu

> sumer. Hanish > Phanes (> Potos?) => Khensu

< Kiki-an-Chu < *Kiki-An-kiki, “o céu entre as duas montanhas”

> Hanish, um dos filhos de Enki => Eshphianish,

o Hórus Harmachis da Grande Esfinge?

A relação o conceito de “andar e correr” só pode ser a que se refere a uma arcaica simbologia do transporte solar pela cobra solar alada, a Pitom ou Tan que como se vê é comum tanto à lua como ao sol e, em ambos os casos corresponde ao disco solar que as sagradas cobras aladas engoliriam para transportarem depois do por do sol debaixo da terra! O poder lunar deste deus fazia dele um taumaturgo muito procurado pelo povo e por alguns faraós. De qualquer modo, Conso, deus da «consolação» da alma e dos bons conselhos, deve ter sido um psicopompo, e, enquanto filho de Mut, deve ter sido também Mutino, deus do étimo da motilidade greco-latina.

Consus - "council", Consus was the god of advice and council who presides over the storing of grain. Since the grain was stored in holes underneath the earth, Consus' altar was also placed beneath the earth (near the Circus Maximus). It was uncovered only during the Consualia, his festival on August 21 and December 15. One of the main events during this festival was a mule race (the mule was his sacred animal). Also on this day, farm and dray horses were not permitted to work and attended the festivities. He is closely connected with the fertility goddess Ops (Ops Consiva). Later he was also regarded as god of secret counsels.



[1] Myths and Myth-Makers: Old Tales and Superstitions Interpreted by Comparative Mythology, by John Fiske Section III.

[2] «Zé» que teve a forma fonética arcaica Zeue de Ziwa, é um diminutivo português de José, supostamente, mas que poderia ser também de Zeus ou de Zu, Anzu.

[3] A mural from the tomb of Queen Nefertari (19th Dynasty) depicting, from Museums of Egypt: Great Museums of the World by Henry A. La Farge.