quinta-feira, 1 de maio de 2014

O MITO DA ATLÂNTIDA III - AS ILHAS PERDIDAS DA ATLÂNTIDA, por Artur Felisberto.

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I (4) Our ancestors, as Orosius relates, were of the opinion that the circle of the whole world was surrounded by the girdle of Ocean on three sides. Its three parts they called Asia, Europe and Africa. Concerning this threefold division of the earth's extent there are almost innumerable writers, who not only explain the situations of cities and places, but also measure out the number of miles and paces to give more clearness. Moreover they locate the islands interspersed amid the waves, both the greater and also the lesser islands, called Cyclades or Sporades, as situated in the vast flood of the Great Sea. (5) But the impassable farther bounds of Ocean not only has no one attempted to describe, but no man has been allowed to reach; for by reason of obstructing seaweed and the failing of the winds it is plainly inaccessible and is unknown to any save to Him who made it. (6) But the nearer border of this sea, which we call the circle of the world, surrounds its coasts like a wreath. This has become clearly known to men of inquiring mind, even to such as desired to write about it. For not only is the coast itself inhabited, but certain islands off in the sea are habitable. Thus there are to the East in the Indian Ocean, Hippodes, Iamnesia, Solis Perusta (which though not habitable, is yet of great length and breadth), besides Taprobane, a fair island wherein there are towns or estates and ten strongly fortified cities. But there is yet another, the lovely Silefantina, and Theros also. (7) These, though not clearly described by any writer, are nevertheless well filled with inhabitants. This same Ocean has in its western region certain islands known to almost everyone by reason of the great number of those that journey to and fro. And there are two not far from the neighborhood of the Strait of Gades, one the Blessed Isle and another called the Fortunate. Although some reckon as islands of Ocean the twin promontories of Galicia and Lusitania, where are still to be seen the Temple of Hercules on one and Scipio's Monument on the other, yet since they are joined to the extremity of the Galician country, they belong rather to the great land of Europe than to the islands of Ocean. (8) However, it has other islands deeper within its own tides, which are called the Baleares; and yet another, Mevania, besides the Orcades, thirty-three in number, though not all inhabited. [1]

 

ANTILHAS. 1

AZTLAN.. 5

A CASA GRANDE AMERICANA.. 10

ILHAS E CONQUILHAS. 15

 

ANTILHAS

Uma outra fonte parece também referir-se a este navio arrastado até as Antilhas: trata-se do mapa Ruysch de 1508. Aqui se indica que a ilha Antillia foi descoberta pelos espanhóis há muitos anos. Mas talvez se trate de uma redescoberta, uma vez que também menciona que foi este o refúgio do rei Roderico, que aí terá chegado no século VIII.(…)

Alguns autores encontram uma relação entre Antilia e a Atlântida (10); outros, baseados nos seus conhecimentos das línguas orientais, pensam que Antilia correspondia ao Gezyret e Tennynn ou Ilha das Serpentes dos cosmógrafos árabes: Com efeito, em algumas cartas do século XIV e XV é figurada uma ilha perto da qual esta desenhado um homem sendo devorado por uma serpente. Esta ilha é chamada de Antilia, o que pode ser a tradução do árabe Tennynn ("dragão"). Pretendeu-se ainda que Antilia fosse "ante insula", ilha anterior, e, neste caso, Antilia não seria mais do que uma reminiscência dessa ilha misteriosa do Oceano, nomeada por Aristóteles de "antiportmos" e por Ptolomeu "aprositos". [2]

Antiportmos < Lat. *Anti-Potumnos > *Anti-phort-imos <= phort-imos = phortikos (= prop. fit for carrying, ploion ph. a ship of burden) < phortos = carga, frete < pherô =>antiphort-os, = carga devolvida.

Apros-itos = unapproachable, inaccessible, < aphros, = foam, of the sea.

Parece assim que entre o nome proposto por Aristóteles e o de Ptolomeu só existe semelhança semântica o que indica que por detrás destas ilhas estariam meros mitos relativos à realidade genérica de ilhas inacessíveis! No caso de Aprositos parece até que estamos na Odisseia perante uma variante das celebradas «ilhas flutuantes», como a espuma do mar!

Antilla (Fenícios) – < Antu-illa, lit. “ilha (ou filha) de Antu.”

Amenti (Egipto) – o pais dos ocidentais e terra dos mortos! < Ama-Antu.

Arallu (da Babiloia) – Aral-lu < Haral-lu < Karallu[3].

Avalon (celtas) – awalan < Hakaran < Kikuran.

Khenty-Amenti(u) - "Foremost of Westerners" Originally a title given to Yinepu as the primeval lord of the necropolis. Khenty-Amenti eventually became an epithet of Wesir as the Lord Judge of the Blessed Dead (the "westerners").

Attala (Berberes) – < Ati-Talla, lit. «Mãe Tala»

Atli (Wiking) < Atlaintika (Bascos) > Aztlán (Azteca).

Attala -- the "White Island", the Puranas and the Mahabharata > Aryantika!

No entanto, ainda que a retórica destas «ilha inacessíveis nos faça reportar para o mito, bem mais geral, do «paraíso perdido» (em resultado dum desmame precoce e da dura aprendizagem psicanalítica da inevitabilidade termodinâmica da «perda do objecto» protector... de que decorrem todas as perdas e lutos!!!), a verdade é que, nada nos impede de aceitar que, de entre todas as perdas banais da humanidade, possam ter existido outras, bem mais importantes e traumáticas, como tenham sido a «perda de rotas antigas» para as ilhas, ainda hoje paradisíacas, das Caraíbas!

Numa época em que a cartografia moderna era impensável o conhecimento das rotas marítimas dependia sobretudo da experiência pessoal dos navegantes colhida por um conjunto empírico de dados relativos a ventos, correntes e observações astronómicas a «olho nu», sabiamente decoradas e transmitidas por via oral. Ora, se em rotas de grande tráfego (de utilidade incontornável a médio prazo) estes pressupostos seriam facilmente garantidos por mera rotação geracional, com grandes margens de segurança na transmissão de tradições de marear, já assim não seria em rotas transatlânticas que, por serem longas e perigosas, eram também dispendiosas e, afinal, pouco apelativas, por serem de rentabilidade escassa, já que se destinavam a paragens onde não havia civilização a venalizar, nem bens para pirataria e, se os houvera, difícil seria garantir o sucesso de tias empreendimentos!

Se os pontos de referência geográficos de antigamente dependiam de “saberes de experiência feitos” seriam poucos e, no que respeita a rotas pouco utilizadas, facilmente deterioráveis por serem partilhadas por poucos, na forma de segredos obscuros de famílias e de corporações. Quer dizer que o conhecimento destas rotas era sempre património de uma minoria de marinheiros, facto que tornava a sua continuidade dependente de uma grande dose de emulação e audácia o que só poderia ter acontecido com continuidade em poderosas civilizações de grande cunho marítimo como foi a talassocracia cretense e a civilização de mercantilismo marítimo dos fenícios e cartagineses, e mais tarde dos portugueses, ingleses e holandeses!

Sempre que estas civilizações entravam em colapso “perdia-se o fio à meada” destas rotas de que só ficavam pálidas e imprecisas referências lendárias à espera de novas ousadias descobridoras e de novos e intrépidos marinheiros dispostas a arrostar com os mesmos perigos e incertezas na vastidão dos oceanos transatlânticos ainda por cima sempre envoltos em mitos medonhos e monstruosos, relacionados tanto com a mistificação de naturais escolhos de rota como com fantasias metafísicas relativas aos limites do mundo! Os últimos heróis a descreverem a epopeia da teimosia contra os segredos do mar foram os povos ibéricos encabeçados quiçá nem tanto pelos mais intrépidos mas porventura pelos que mais encurralados se encontravam pelos limites continentais e pelo destino histórico de fazerem parte do «cu do mundo»!

De resto é bem possível que existisse uma tradição lendária no saber comum da marinhagem do sudoeste peninsular relativa à existência de ilhas no extremo ocidental do mar. As Antilhas parecem ser particularmente ricas na toponímia Gua-, frequente nesta porção da península ibérica. As Antilhas seriam mais conhecidas da marinhagem antiga muito mais do que os autores clássicos suspeitariam.

Pois bem, se as Antilhas foram outrora, tal como depois para Colombo, a «ante-ilha», antes da descoberta das Índias ocidentais, esta poderia ter sido também o ponto de partida dos Azetecas antes de chegarem ao México, vindos sabe-se lá bem de onde (da terra dos ignotos Atlantes?)! A relação lendária com uma ilha de cobras devoradoras de homens seria tão verosímil quanto o era a relação do dragão com os deuses marítimos. Porém, cobras encontrou-as Colombo, e com fartura, nas Antilhas.

Na verdade, existem fortes suspeitas, resultantes do contexto de várias analogias etimológicas, de que a divina mãe Antu teria sido a cobra do crescente lunar e deusa das cobras cretenses. Então, dizer Antillia ou Tennynn seria quase o mesmo! Esta ilha morfologicamente alongada com um crocodilo seria a ilha de Cuba?

*Antu-ura < (???) > Antillia ou *Tanu-illia

= «ilha de tan (ou heb. Tanin)» > Tennynn.

Antu <= Enki = *Kian => tan.

Antilhas < Antilla < Antilia < Antlia < (ish) + tali-An > *Ash-tar-na.

Nauatl < Ku-tal-na <= Ku-kul-can => Ki(ki)-tal-An-> *Ash-tar-an > Aztlan

Aztlan < *Ash-tar-an < *Ish-Kauran(ia) => Astúrias.

                                                                   => At-Kur-an + (Kika) > At-taran-tita > «Atlantida», lit. «terra dos *Atlanos» = Aztlan, para fechar este círculo de hipóteses?

ð    *Ash-tar-an = An-tar-ash > Antalush > Andaluz!???

ð    *Ash-tar-an = An-tar-ash = Tar-ash-an > Tur-ash-an => Urash-tan, lit. «a cobra solar emplumada de Kukulcan» => Rushitan > «Lusitano»???

ð    At-Kur-an < *Iscurania > Ishph(r)ania > Espãnia > «Espanha»???

Em boa verdade, a Lusitânia não seria senão a porção mais ocidental e mais arcaica das terras ibéricas dos Atlantes de que a porção oriental era a Andaluzia!

LVSA também é um Tutor Finium, e assim termina o Quadrante Nordeste que é conhecido como Summa Felicitas [Maior Fortuna Boa]. THE ETRUSCAN DISCIPLINE, by John Opsopaus

Assim, os etruscos poderiam ter dado nome à Lusitânia mas não aos lusos cujo nome será então um equívoco camoniano por contracção já que os etruscos supunham a suma felicidade de Levisha a nordeste, possivelmente na Anatólia hitita de onde seria originária a Ars Haruspicina.

 

Ver: IBERIA(***)

 

O ponto de partida dos atlantes lusitanos poderia ter sido Santarém.

A história de Santarém perde-se na noite dos tempos, havendo quem afirme que a sua origem se situa numa lenda celtibérica do príncipe Abidis, ocorrida no ano de 1215 a.C..A urbe conheceu variadas designações: Scallabis, na sua fundação; Presidium Julium com a dominação romana; Nos primórdios da era Cristã, passa a denominar-se «Scalabicastrum». Sancta Irene (ou Iria) com Receswinto (Ocupação dos Visigodos); Shantarin sob a ocupação muçulmana; e Santarém após a reconquista da cidade pelos portugueses. Manteve porém inalterável a sua notabilidade e importância estratégica, quer durante o período em que foram predominantes na cidade as influências mediterrânicas e orientais (séc. I - XIII), quer no espaço temporal em que predominaram as influências atlânticas (séc. XIV - XIX). (...) Na Ribeira, por seu lado, nascerá o nome de Santarém, em função de aí ter sido sepultada Santa Iria ou Irene (séc. VII-VIII), Virgem do martirológico cristão e cujo étimo serviria para substítuir a antiga designação de Scallabis.

                                            < ??? Scall-Abi-dis < *Ish-Kar Wer-Dis

Santarém ó Lat. Scallabis < Scalavilis < Ish-Kar-(brigo) <=

??? *Ish-kar-an < Saturan ó Santhaur => ???

San©ta- | (Iria/Irene) > Iria-ne/am > Sant 'Arein > Arab. Chantirein / Chantarim > Santarém.

A Lenda de Santa Iria ou Irene data do tempo dos Godos do Ocidente Peninsular. Originária da lendária Nabância, consta que Iria, filha dos Senhores de Sellium (Tomar), começou muito cedo a professar a religião cristã num mosteiro da ordem beneditina. Vítima de uma intriga pelo Monge Remígio, foi desprezada e mandada assassinar quando orava junto ao Rio Nabão. Lançada ao rio, o seu corpo foi sepultado pelos anjos nas areias do Tejo, junto a Scalabis.

A ribeira de Santarém veio a ter esse nome por ter tido Santa Irene por padroeira ou aceitou esta santa porque já era um lugar sagrado de Saturno / Santar?

S. Bento funda a Ordem dos Beneditinos em 529 no Monte Cassino. 60 Anos depois, o reino visigodo da Península Ibérica converte-se ao cristianismo em 589. Em 711: Partindo do norte de África, exércitos berberes comandados por Tarique, invadem a Península Ibérica. 878 é a data provável da fundação do Mosteiro de Lorvão. Ora, parece que os beneditinos só aparecerem em Espanha a partir de Cluny durante a reconquista.

Notar que a lenda posterior é de origem medieval e refere uma Santa Iria dum convento beneditino de Tomar, muito antes do tempo destes chegarem à península. Sendo assim, a lenda é possivelmente de urdidura beneditina mas, posterior à reconquista. Esta lenda é um plágio óbvio da uma Santa Irene ortodoxa que os visigodos podem ter venerado.

Santa Irene, que era de origem eslava, viveu na segunda metade do século I e era filha de Licínio, prefeito da cidade de Magedona na Macedonia. Ainda muito jovem Irene compreendeu a inconsistência do paganismo e aceitou a fé cristã. Conforme a tradição, o apóstolo Timóteo, discípulo do apóstolo Paulo, batizou-a. Santa Irene decidiu dedicar a sua vida a Deus e recusou o casamento.

Claro que a hagiografia desta santa eslava é lendária tendo sido criada como variante de Santa Helena, mãe do cristianismo pela mão de seu filho Constantino Magno, época em que a deusa Grega da paz, Eirine, foi cristianizada Irene pelos ortodoxos. Diz a lenda que Santa Irene era de Magedona na macedónia o que parece uma repetição aliterativa da lenda! E porque não seria muito mais simplesmente natural de Maxoi ou dos Ma-kau-aki, uma das tribos dos «povos do mar»?

Mexika - ultimo tribo que migrado de Aztlan, los Aztecas.

Scalabis teria sido então o «burgo» dos *ishcalas de Ish-kur-an que poderiam ter sido ao antepassados dos Aztlan.

Ish-kur-an > At-Taran > *Attalan.

Relações com *Ish-kur-an existem aos montes por essa toponímia portuguesa fora!

«Escalhão, Escarigo, Escariz, Escoura (> Esp. Escurial), Curiscada» etc.

Sendo assim, o mito do Atlas que deu nome aos montes marroquinos deve ser recente e baseada numa terminologia Micénica contemporânea da partida dos Aztlan para além mar!

 

AZTLAN

¿Cuál es el significado de la palabra Aztlan?

Aztlan es el lugar místico de origen de los Aztecas. En su lengua, el Nahuatl, las raíces de Aztlan son las pabras: aztatl tlan(tli) que significa "garza" y "lugar de" respectivamente.

Isto parece não estar muito de acordo com o facto de se ter referido antes que ko- = «lugar de». No entanto, outros autores conseguem outras aproximações.

Aztlán, or better Aztatlán, means 'between, in the middle of, or by (-tlán) the herons (aztatl).

Tlantli” propiamente significa "diente", y como una característica de un buen diente es que esta firmemente arraigado en su lugar y no se mueve, el prefijo de esta palabra es comúnmente usado en Nahuatl para denotar asentamientos o nombres de lugares, por ejemplo, Mazatlan (lugar del ciervo), Papalotlan (lugar de las mariposas) o Tepoztlan (lugar del metal).

Se dice frecuentemente que la lengua Nahuatl incluye tres niveles de significado para sus palabras o expresiones: literal, sincrético y connotativo.

Esta característica linguística, se bem que possivelmente latentes em todas as línguas, era típica das línguas arcaicas, como o sumério, quanto mais não fora por se tratar de línguas em formação e, por isso mesmo, ainda difusas e indeterminadas!

Se assim for, então como Tlantli = «dente»[4] então tlan seria a «raiz de implantação» do dente, e então teria a semântica necessária para ser um locativo.

Então... Aztlán < Az(ta)tlán = aztatl-an = «garças» + locativo genérico = «pantanal»!

We can not do much with this description, because herons live seasonally along rivers all over the USA and Mexico.

De resto, a referência específica às garças parece um bocado forçada a menos que se prove que teve apoio forte na tradição deste mito.

Quer isto dizer que seria bem possível que todas as etimologias até agora propostas pecariam por falta de simplicidade pois poderia ser simplesmente o nome azeteca da Atlântida. Então:

Atl = Water

Atl + Tlan = (Aztlan < At-tlan <) *Atltlan, lit. «lugar das águas» = «pantanal»!

O facto de chegarmos ao mesmo sentido por vias étmicas diversas deixa-nos a suspeita de que o nome Aztlán não seria de fabrico recente e derivado da vis linguística do Nahuatl mas antes um nome arcaico, já herdado pelos Anasazi descendente dos atlantes e antepassados dos Azetecas.

El significado connotativo de Aztlan, debido al plumaje de las garzas, es "Lugar de la blancura." Las descripciones míticas de Aztlan la ponen como una isla.

Cambie la terminación -tlan por -tecatl para identificar a un residente o persona del lugar dado. Así, para los ejemplos de arriba tendríamos, la gente de Mazatlan sería Mazatecatl, alguien de Tepoztlan sería un Tepoztecatl y alguien de Aztlan sería un Aztecatl.

Se –tlan é um genérico de lugar seria bem possível que este derivasse da corrupção por abuso do nome do lugar original por excelência, que teria sido a Atlântida, não fazendo então grande sentido usá-lo na derivação etimológica do nome Aztlan. Ora, como Atl é igual a água e tudo aponta para que o paraíso dos Azetecas fora uma ilha pantanosa (e/ou como o delta do Nilo) também este termo seria uma homenagem ao deus das águas dos Atlantes, que veio a ter o nome de Tlaloc, por ter sido Talos na terra dos cretenses!

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Figura 1: Mesa Verde (southwestern Colorado, in the Four Corners area) has the largest known collection of Anasazi Indian cliff dwellings. Built mostly in the early 1200's, a hundred years later these magnificant stone towns were abandoned, for reasons known only to their dwellers.

He believes we should be conducting the search for Atlantis in the Yucatan region of Mexico. Matlock cites place names as one of the compelling proofs:

Atlán, Autlán, Mazatlán, Cihuatlán, Cacatlán, Tecaltitlán, Tihuatlán, Atitlán, Zapotlán, Minititlán, Ocotlán, Miahuatlán, Tecaltitlán, Tepatitlán, Tihuatlán, Texiutlán, and the like. Notice that the Nahuatl Tlán root of these place names is exactly like the Tlan in "Atlantis." -- Gene D. Matlock

É óbvio que o sufixo –tlan é demasiado ibérico para que a sua origem não seja precisamente no extremo ocidental da desembocadura do mar mediterrânico. A cordilheira do Atlas ainda lá esta no norte de África e o sufixo –tirão ainda existe no português com o significado de esticão, ou seja, coisa de longa caminhada a pé (com grande uso do «talão»!), como seria o caso dos cumes onde outrora se construíam as cidades. De resto, o sufixo –stan de muitas circunscrições geográficas do médio oriente terão tido a mesma origem.

De qualquer modo, que o nome do oceano atlântico comece pelo mesmo étimo que significa água entre os Azetecas é quase uma certeza de que todo este assunto etimológico andou ligado pela mesma origem cultural dos atlantes e que teria sido a talassocracia cretense.

De facto, talassa = mar > Talasha = Ash-tal + An => Az-atl-an > Aztlan.

Azteka - from Aztekatl, meaning from Aztlan.

En los orígenes míticos de los Aztecas, ellos emergieron originalmente de los intestinos de la Tierra a través de siete cuevas (Chicomostoc) y se establecieron en Aztlan, desde donde subsecuentemente emprendieron su migración hacia el sur en búsqueda de una señal que les indicaría que se establacieran otra vez. Este mito coincide toscamente con la historia que se conoce de los Aztecas como una horda de bárbaros que migraban de lo que actualmente es el noroeste de México hacia la meseta central hacia el final del primer milenio DC, cuando civilizaciones de gran antigüedad estaban ya bien establecidas en la región. Es sabido que los Aztecas tenian un sector ("barrio") en la ciudad Tolteca de Tollan, y la influencia cultural de los Toltecas en la agitada época de los Aztecas fué subsecuentemente muy marcada. En el punto de vista de algunos eruditos (por ejemplo Nigel Davies), todo el desarrollo cultural de los Aztecas fué un esfuerzo por recrear la grandeza que conocieron en Tollan.

Tollan + ash > Az-Talla-an > Aztlan.

Ora bem, o mais provável ainda é que os toltecas fossem um povo colonial do mesmo grupo étnico dos azetecas e que, por isso mesmo, não fossem assim tão bárbaros como pareceram a certos autores que investigaram a sua pré-história! É obvio que os termos Tollan e Tolteca partilham o memo étimo Tol- que tudo deve ter a ver com os atlantes que tornaram famosa a cidade de Tolan.

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Figura 2: Codex Boturini 01.

La localización exacta de Aztlan es desconocida, debería haber estado localizada cerca de los estuarios o en la costa noroeste de México, aunque algunos arqueólogos han ido demasiado lejos para localizar el actual pueblo de San Felipe Aztlan, Nayarit, como el lugar exacto.

En el folklore chicano, Aztlan es frecuentemente usado para nombrar esa porción de México que fué gobernada por los Estado Unidos después de la guerra México-Americana de 1846, en la creencia de que esta gran área representa el punto de partida de la migración de los Aztecas. En un amplia interpretanción, hay algo de verdad en esto en el sentido de que todos los grupos que se comvertirían en la gente de el centro de México que habla Nahuatl pasó por esta región en una época pre-historica, como esta atestigüado por la existencia de grupos de gente lingüísticamente relacionados a través de la región montañosa del pacífico de los Estados Unidos, el suroeste de Estados Unidos y el norte de México, conocido como el grupo Uto-Aztecan-Tanoan, e incluyendo gente como los Paiute, Shoshoni, Hopi, Pima, Yaqui, Tepehuan, Rarámuri (Tarahumara), Kiowas y Mayas.

The word "Anasazi" is a Navajo word meaning "ancient ones" or "ancient enemies" and is used to describe the ancestors of the current Pueblo peoples of the Four Corners Region. Although the region has been inhabited since Paleoindian times (12000-8000 B.C.), the Anasazi probably came into the region somewhere around 700 B.C., and the characteristically Anasazi architecture, pottery, etc. did not appear until nearly 700 A.D. Their earliest lodgings were covered pits. By their halcyon days of between A.D. 1000 through 1300, they were constructing sophisticated pueblo and cliff dwellings throughout the arrid canyon lands of the region. Around 1300, they abandoned their dwellings and moved away. The reasons are still unknown, although there is speculation that prolonged drought played a major role.

Information about the Anasazi:

Pueblo Dwellers of the Four Corners Region of the United States

The national parks service and others are now applying the name Pueblo Dwellers to the aboriginal people who are commonly called the Anasazi (Ah-nah-sah-zee). This is a Navajo term for "Ancient Enemies" or "Ancient Ones."

The Hopi call these people Hisatsinom for "Those-who-came-before." Other names used by non-native residents of the region are Moki or Moqui, a Hopi word meaning "the Dead". Of course, we do not know what the people who lived in this region from before 1 AD to 1275 AD called themselves.

In about 1200 AD the Anasazi had completely disappeared from the major dwelling-towns like those at Mesa Verde and Chaco Canyon.

The most commonly advanced theory is a century long drought in an already arid region. Other theories are they the Anasazi were driven out by latecomers like the Navajo. After examining the evidence, David Roberts concludes that the drought plus the need to defend scarce resources from nomadic aboriginals let do the adandonment of the sites.

But where did the Anasazi go? Most compelling theory is that they were simply absorbed by the greater and safer city-pueblo of the Hopi, Zuni and other pueblo peoples. In short, they didn't disappear. Much like present day farmers in rural America and Canada, they moved to the cities.

The chronology of the Anasazi and those who came after in the 4-corners region is as follows.

6500 -1200 B.C.

Archaic

1200 B.C. - A.D. 50

Basketmaker II (Early)

A.D. 50 - 500

Basketmaker II (Late)

A.D. 500 - 750

Basketmaker III

A.D. 750 - 900

Pueblo I

A.D. 900-1150

Pueblo II (Chaco Great Houses)

A.D. 1150 - 1350

Pueblo III

A.D. 1350 - 1600

Pueblo IV (Hopi, Zuni, etc. Pueblos)

Anasazi < *Hanas-ish < Kian-ash.

Ø    Nakashi > Nawaju > Navajo.

The people we know as the Hittites knew themselves as the Nesa. Their first known capital city was Kanes, approximately 120 miles south of the ancient Hittite capital of Hattusa.

Kian-ash < *Kanas ó *Hanas-ish > Anasaxi > Anasazi.

Kian-ish > Kanes ó *Hanash, lit. «filhos de Kan» > Van => Vénus.

> Anexas > Nexas > Nessa.

Fica assim explicada a razão pela qual os neo-hititas deram nome de Van ao lago junto do qual fundaram a segunda floração do império hitita. Do mesmo modo se explica a razão pela qual os colonos hititas que vieram com Eneias para Roma durante a crise mundial dos «povos do mar» do sec. XIII se afirmavam descendentes de Vénus.

 

Ver: VENUS (***) & TETLA (***)

 

A CASA GRANDE AMERICANA

The answer is, there we find the habtitation of the Anasazi, the Pueblo cliff dwellers, who disappeared in the 11th-13th century, according to the Americanists. But a people do not disappear in the air just like that, you need to find them back elsewhere. How can we explain this enigma? Looking for an answer, we suddenly discovered the explanation by looking carefully and reading exactly the Aztec topoglyphs and ethnoglyphs. What do we know about mythical Colhuacan? Let us start with our interpretation of the topoglyph of Colhuacan. The word Colhuacan has at least two possible meanings: 'residence (huacan) of the ancestors (colhua)', and 'residence of the hill bending forward or under a bending'.

Náuatle Huacan = residência? Só se no sentido conotativo porque, no sentido etimológico teria mais o significado de huac-na < *Kauca-an, lit. «grande oco, covão, caverna».

                                         > *Kaukão => «casão»

Huacan < *Kauca-an > *Kaki-An > *Kaphian > «casa»

< Lat. Casa / Capanna > «choupana» > «cabana» = «casa rústica».

Ou seja, os arcaicos conceitos relativos às habitações do tempo da idade da pedra lascada andaram relacionados com o deus do fogo que foi Caco, marido de Caca, de que teria derivado o nome da «choça e da casa».

E assim acabamos por ter de encarar e etimologia ibérica do termo «casa & coisa».

«Coisa» < Lat. causa = qualquer objecto inanimado < Ka-usha, lit. “pequeno ka” ou “algo com pouca vida (= ka)”.

O homem primitivo não sabia distinguir entidades biologicamente vivas de coisas inanimadas porque, eventualmente até as pedras podem mover-se em avalanches e afinal qualquer coisa por mais pequena ou ínfima que fosse à percepção supersensível do homem primitivo, que tinha que estar sempre atento aos sinais de perigo da natureza para sobreviver, todas as coisas materiais e reais eram manifestações da grande Deusa Mãe Terra que era a Natureza. Na lista do panteão dos hititas nunca faltavam o nome de algumas serras, rios e fontes e mesmo algumas rochas eram pela sua singularidade sagradas. Na Lusitânia as terras com o nome de Panoias seriam locais onde as rochas teriam essa singularidade de serem portadoras de espírito divino do conhecimento universal ou de serem o local onde se reuniriam todos os deuses! Assim, no princípio, o homem como as crianças apenas pressentiria que algumas coisas seriam mais animada do que outras e por isso «vidinhas» ou “pequenos viventes” seriam literalmente as coisas que aparentavam ter pouca vida. E como cada caso é um caso no domínio da causalidade primitiva tudo estava magicamente interligado e explicado! Já ao passar das causas e das coisas para o nome genérico da habitação ibérica que é a «casa» parece ter que se postular uma semântica diferente. A casa latina era o «domus» do senhor que quando rústica e casa de quinta era villa ainda que em Portugal tenha ficado sempre com o nome de «casal».

House = O.E. hus "dwelling, shelter, house," from P. Gmc. *khusan (cf. O.N., O. Fris. hus, Du. huis, Ger. Haus), of unknown origin, perhaps connected to the root of hide (v.). In Goth. only in gudhus "temple," lit. "god-house;" the usual word for "house" in Goth. being razn. Hide (n.2) = "measure of land" (obsolete), O.E. hid, earlier higid, from hiw- "family" (cf. hiwan "household," hiwo "a husband, master of a household"), from PIE *keiwo- (cf. L. civis "citizen"). The notion was of "amount of land needed to feed one free family and dependents,"usually 100 or 120 acres, but the amount could be as little as 60, depending on the quality of the land.

«Aido» < Eido < • > Lat. adito???, s. m. pátio; • quinteiro; • quintal; • recinto para animais, anexo às casas aldeãs.

Egl. House < O.E. hus > Ger. Haus <= Kaush ó P. Gmc. *khusan

ó Náuatle Huacan.

O conceito inglês hide (= esconder, ocultar) é seguramente mais efeito que causa, e não deve andar longe do correlativo luso para os «cuidado» e os caldos de galinha que só a protecção e o recato da «casa» permitem.

De qualquer modo, a protecção da «casa» ou da «cabana» era tão óbvia como a da «capa» e da «casaca». O mesmo sentido de protecção vital em concreto aparece em «samarra» e em abstracto na «Camorra».

«Samarra» < Ár. Sammor (peliça), s. f. chimarra; casaco curto de tecido grosso e quente, em geral com gola de pele, usado em ambientes rurais pelos pastores alentejanos. Mas é também o nome de uma cidade do Iraque.

The most important crop produced by the GARDEN plots south of the Hit-Samarra line in the third millennium was almost certainly dates, although the archaeological and textual evidence for the production of dates at this time is surprisingly flimsy. – John Jackson, L. W. King, F. R. Maunseh & William Willcocks. "The Garden of Eden and its Restoration: Discussion."

A Camorra é o único fenómeno mafioso proveniente de um meio urbano. Seu lugar de nascimento é Nápoles, Itália; a data, em torno do início do século XIX.

Muito seguramente que o P. Gmc. *khusan ó Náuatle Huacan seriam já uma referência ao conceito genérico comum de “casa grande” ou casão, o mesmo conceito que teria tido primordialmente o termo «faraó» no Egipto, a casa principal das comunidades primitivas, a casa senhorial ou «mansão» de que iria derivar a maison dos franceses < Lat. mancione.

Os domínios da nobreza e do alto clero (bispos e abades) tinham dimensões variadas e eram, em geral, constituídos por várias propriedades.

Para efeitos de exploração agrícola, o domínio dividia-se em duas partes:

– a reserve senhorial, explorada directamente pelo senhor e trabalhada pelos servos da gleba;

– os mansos (casais em Portugal), pequenas parcelas de terreno, explorados por famílias de camponeses.

Sendo patente a relação da mancione latina com o Manes e com a Deusa Mãe etrusca Mean. E assim voltamos de novo aos lares e às almas dos entes queridos dos cultos dos antepassados que seriam realizados nas mancione dos casais ou aidos, em inglês hide e PIE *keiwo-.

Na mitologia romana, os Manes eram as almas dos entes queridos falecidos. A sua veneração está relacionada com o culto aos antepassados. Como espíritos menores, estavam também relacionados com os Lares, os Genii e com os Di Penates. Eram honrados durante a celebração das Parentalia e das Feralia, em Fevereiro.

A Deusa Mãe era, na Grécia arcaica, a senhora do Megaron, a “casa grande” da comunidade.

Assim, a “casa grande” teria sido na origem o local do culto do fogo perene dos Lares, dos Manes, dos Penates e dos Génios familiares, ou seja, o local do culto das almas dos antepassados, as *ka-ushas. Porque é que a domus latina de Nosso senhor Damuz se transforma na casa de todos? Porque primordialmente terá sido precisamente o contrário, a casa de todos era o local de todos os cultos comunais incluindo o de Damuz. Assim sendo, a casa ibérica terá dado nome às casas nórdicas porque teriam sido nestas que se teria feito o culto das “alminhas”, ou seja, as “*ka-ushas”, a cobra que existiria em cada lar e daria vida a quem lá vivia. Aqui a correlação de alminhas com casa é por tradução de semânticas porque em local próprio se fará a correlação fonética de alminhas com o deus de transporte das almas que foi Hermes Psicopompo. A passagem de casão a casa e de casa comunitária a “casa grande” aconteceu com o tempo ou sempre terá acontecido sempre que foi possível ao homem primitivo criar o seu espaço de pequena individualidade no seio da comunidade alargada do clã e da gens.

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Figura 3: Aztlan

Several Colonial texts from highland Guatemala, particularly the Popol Vuh (Tedlock 1986) and Annals of the Cakchiquels (Recinos and Goetz 1953), also give migrations a large role in Precolumbian history. But unlike the Chilam Balams, these texts were written by the descendants of the former rulers, and thus migration serves as a self-justification, with none of the negative associations that it has in Yucatan. These groups claimed to have commenced their migrations at "Tulan Zuyua" or a place of seven caves, or Chicomoztoc in Nahuatl. Both Tulan and Zuyua indicate a connection with Yucatan, ..

..if not central Mexico (Davies 1977:191-5). The Annals of the Cakchiquels (Recinos and Goetz 1953) refer to four Tulans, superimposing the place upon the cardinal directions and indicating that it had a broader cosmological significance. After a lengthy peregrination, the lineages of the Quiche and their relatives arrived in the highlands of Guatemala and subjugated the existing inhabitants. While there is archaeological evidence that may indicate the arrival of new dynasties in the area (Fox 1980, 1989), this evidence predates the period described in the chronicles by several centuries. Upon examination, it appears that the details of many if not all of the migrations described are only verifiable over fairly short distances (e.g., Hill 1996). Nonetheless, it does appear likely that at least a few of the dynasties involved may have been founded by migrants, even if they were rapidly culturally submerged (Carmack 1981). (…) Some of these individuals bore names which recur throughout the Books of Chilam Balam, such as Cocom, Cupul, and Kauil (Ringle 1990). In the later ethno-historic sources, these lineages were generally considered foreigners. The monumental art of Chichen shows that, seven or eight centuries before the Conquest, these lineages were already carefully manipulating indigenous and foreign imagery to justify their rule to a native Maya audience, whether or not they were originally migrants themselves. Their use of foreign associations proved so successful, in fact, that they continued it for centuries.

No entanto, *Kaki-An já teria tido uma conotação relativa a «casa do senhor (Acácio!)», mas isso em épocas tão arcaicas que as citânias seriam mais aldeias do que cidades pelo que terá sido esta a razão pela qual as «casas» dos melhores aldeões, embora não sendo «choças» também não eram palácios nem solares pelo que ficaram conotados pelos romanos citadinos como tendo o significado de «habitações rústicas».

Neste caso, Colhuacan < Kur-Kauca-an, lit. «o monte das cabanas».

Mexicanists need to accept the fact that the topoglyph of Colhuacan represents a cliff dwelling, houses build in a great cavity of a hill bending forward. That idea gave us the possibility to find the three most important mythical places : Aztlán, Colhuacan, and Chicomoztoc. We can only find 'residences in hills bending forward', cliff dwellings, in Utah, New Mexico, Colorado and Arizona, NOT in Mexico! Here we must look for Colhuacan... The 'cliff dwellings' are constructions build in great caves, called alcoves. Every cliff dwelling is in fact a Colhuacan. So, one of the thousands cliff dwellings must be the historic Colhuacan, but the question was which one? Without more information, it was impossible to find an answer.... In 1991 we urgently needed a clue, and luckily we found one by studying the history of the interesting 1st Aztec emperor, Motecuhzoma I. Diego de Durán gives in his Chapter 27 (1967 II 215-224) a very interesting report of the huge expedition with 60 magicians, ordered by emperor Motecuhzoma I (1441-1469) in the 15th century. That expedition found the ancestors of the Azteca Mexica. As we understand it, they did not found Aztlán, but Colhuacán.[5]

A terra do oráculo mais conhecido de Zeus foi Dodona entre o monte Tomaros e Manoliassa.

Tomaros < Atu-maru <Kaku-Amar-lu > Chu-mair > «sumérios».

                                                                       => Tupamaros.

                                     => Tamar, nomo do antigo Egipto.

Manoliassa < Mean-auri-asha < Mean-Kur-isha.

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Por outro lado, uma história contada por Sahagu), escrevia sobre a origem dos Nahuatl: "A história que contam os antigos é que eles vieram por mar do lado do norte... Conjectura-se que estes naturais terão saído de sete grutas, e que estas sete grutas são os sete navios ou galeras nas quais chegaram os primeiros colonos." Este primeiros colonos seriam os sete bispos visigodos e os seus seguidores? -- As Ilhas Míticas do Atlântico [6]

Figura 4: Aztlan.

It is possible that conflation may be occurring here as well, because a source which shows as little European influence as the Tira de la peregrinación (1944) still commences with the Mexica leaving Aztlan by boat.

Certainly all accounts of Aztlan describe a watery location, and the mere name of Tollan, «place among reeds», implies the same.

But when a parting of the water is specifically described, as in the Popol Vuh (Tedlock 1986:177), Christian influence is assured, as recognized a century ago by Seler (1991[1894]). Another recurring theme is the forty years in the wilderness.

Mexiko - lugar de el ombligo de la luna: se refiere a la vista da la luna llena reflejada en las aguas del lago de texcoco en el valle de Mexiko. De Metztli = luna; Xiktli = ombligo; ko- = lugar de.

 

ILHAS E CONQUILHAS

Thule: name given by the ancients to the most northerly land of Europe. It was an island discovered and described (c.310 BC) by the Greek navigator Pytheas and variously identified with Iceland, Norway, and the Shetland Islands. The phrase Ultima Thuleis used figuratively to denote the most distant goal of human endeavor or a land remote beyond all reckoning.

O importante nesta referência não e tanto saber que os gregos teriam feito descobertas geográficas no sec. IV antes de Cristo a norte da Grã-bretanha, o que até nem é assim tão insólito pois Hércules teria conquistado a Ibéria em épocas míticas e Ulisses se não andou por estas paragens na época dos povos do mar poderia ter andado! Interessante é saber que um topónimo que foi étimo frequente na Lusitânia chegou em tempos antigos até aos extremos boreais.

Pois bem, ao tentar analisar uma possível relação entre Ultima Thuleis e as ilhas nórdicas como Islândia e o arquipélago escocês das Shetalands tropeçamos tanto na etimologia da Atlântida como na do genérico para «ilha»!

Oldest among the maps on which Iceland is shown is the Anglo-Saxon map, which is believed to have been made somewhere around the year 1000. If that dating is approximately right, this is the first known occurrence in writing of the name Iceland.(…)

At the same time, probably a little later, southern sea charts begin to show a new version of Iceland. The country is actually called Fixlanda (written in several ways) which is later replaced by Frislanda. (…)

Where did cartographers on the shores of the Mediterranean come by this information about Iceland and Icelandic local conditions? Their only possible informants would seem to be the English, who began sailing to Iceland on a large scale during the first years of the 15th century and continued to do so throughout the century. Along with their Iceland voyages the English carried on extensive trade with Spain and Portugal. Catalan mapmakers and those who followed in their footsteps continued to show Fixlanda virtually unchanged on their charts until the end of the 16th century and even after that.

(…) In 1752 a rather poorly done copy of the Knoff map of 1734 accompanied the book Tilforladelige Efteretninger om Island by the Danish scholar, Niels Horrebow..[7]

Frislanda < Fixlanda < Fonet. *Wixlamp < Island > Engl. Iceland.

Como se pode inferir sem graves riscos de disparate, o nome Inglês poderia ter derivo do termo que aparecia nas cartas portuguesa como Frislanda, com a conotação de *Friolandia, que foi traduzido para inglês como sendo «terra do gelo» = Iceland. Por outro lado, Frislanda foi o compromisso típico que os antigos tinham pela tradição e por tudo o que os precedia no mesmo registo cultural, entre a versão inicial Fixlanda que mais não era do que a tradução literal da fonética do nome *Wixlamp, tal como ainda hoje é pronunciado pelos Islandeses.

Ora, tendo sido a Islândia descoberta por Irlandeses, o mais provável é que o nome lhe tenha sido dado por estes ainda que posteriormente afeiçoado à fonética dos nórdicos que acabaram por coloniza-la, dos quais os marinheiros lusos teriam ouvido o nome que transmitiram aos cartógrafos. Na verdade, sendo lenda, land, landa a variante islandesa do anglos-saxónico land, suspeita-se que Fix-landa fosse a transcrição de Wixlanda.

Se em Islandês: fiskur = peixe e fiskimjöl = comida de peixe, então, *Fisklanda = terra de peixe, termo virtual a que os marinheiros lusos do sec XV, contrariando assim a hipótese de que as informações cartográficas referidas tenham sido obtidas em secretas fontes inglesas. De facto, não se entende que, a ser verdade que: «the first known occurrence in writing of the name Iceland» tenha sido em mapa anglo-saxões do ano 1000, em mapas ibéricos do sec. XV apareçam os nomes Fixlanda e Frislanda e não Icelande como seria natural se as fontes de tais mapas fossem inglesas.

A verdade é que o mais natural seria que estas fontes fossem da Holanda por onde já andariam muitos e excelentes cartógrafos judeus mais tarde para ali expulsos de Portugal.

É que existe uma óbvia e oportuna confusão do suposto nome da Islândia com o nome da Frigia ocidental, também conhecida por Friesland, região da nação holandesa que pretendia a soberania da Islândia.

Antiquae Frisiae, situs sub Augusto Imperatore = Frisia Occidentalis > Friesland < Vrieslandts[8]

Como se trata duma ilha que parece não ter sido colonizada em épocas paleolíticas, seguramente por ter estado submersa em gelo na época glaciar, nem mesmo na época neolítica ou do bronze é quase seguro do estamos perante uma terra baptizada por monges irlandeses ou por bárbaros nórdicos do começo do primeiro milénio depois de Cristo. Tal como a Groenlândia era a terra verde por puro eufemismo de contraste com as terras polares também a Islândia terá sido, por um eufemismo contrário, a «ilha do gelo»!

Gelo em islandês é ís, em norueguês é ise, is, (glasere), em sueco é (glass), is, em dinamarquês é is, em holandês é ijsje, ijsco, ijs e eis em alemão!

Mas será mesmo assim? Será que a Islândia foi meso inominata até ao sec X? Não seria a Islândia a «Ultima Tule» de Pideas, uma ilha apenas redescoberta por ter sido já conhecida dos antigos e intrépidos marinheiros cretenses da idade do bronze? A ideia e fascinante mas têm por suporte o facto de a derivação etimológica dos termos nórdicos para gelo poderem entroncar no genitivo egeu do neolítico ish ó ist ó isko!

Is [< ís < ise < eis (< ijs < ijsje)]  < ijsco < Isko [ó ist ó ish].

Então, por estranha ironia dos fluxos e refluxos das ondas da etimologia

Engl. Iceland = Isl. Island = Engl. island, ou seja, «a ilha»!

Do mesmo modo:

Shetland ó Zetland ó Ishland > Island.

                  Atlant(ica) < Ishland > Aztlan.

De facto, um termo que está seguramente ligado aos deuses marítimos é:

«Ilha» = • (Lat. insula), s. f. porção de terra cercada de água em toda a sua periferia; • quarteirão de casas que não confina com as outras habitações.

Do mesmo termo latino deriva o isolamento, característico da realidade cultural das ilhas, porque o que isola também defende tanto da agressão como do progresso evolutivo geral.

      Grec ant. nêsos < Ensu(s) < Enshu(s) < Enki-ush.

Modern. Grec. Ensi < Ensu + ula > Lat. Insula

                => Eiland // Ger. inseln < Lat. insula > Romen. insulã

> It. isola > *insla > Esp. isla > Franc. XIIe siècle, isle  > XVIIIe siècle, île.                            > Pt. Antig. *isla > Ijla > «ilha».[9]

                                 > Eng. isla(nd).

Ora bem, estamos em presença de mais uma palavra portuguesa que não parece ter tido uma derivação fácil do latim. Diria mais, da Itália ao Danúbio a fidelidade ao latim parece ter sido maior em qualquer um destes bárbaros locais que na super católica e romana cristandade. Pela relação fonética parece confirmar-se a influência que os espanhóis sempre tiveram na cultura da antiga Grã-bretanha.

Irish oilean, Early Irish ailén; from Norse eyland, English island. oilean, eilean training, nurture, Irish oileamhuin, nurture, Middle Irish oilemain, inf. to ailim, I rear; root al, as in altrum, q.v.

Irish inis, Old Irish inis, Welsh ynys, Cornish enys, Breton enez, pl. inisi: *inissî, from n@.ss, Latin *inssa, insula, Greek @Gnc@nsos (Dor. @Gna@nasos). The connection of the Celtic, Latin, and Greek is almost certain, though the phonetics are not clear. Strachan suggests for Celtic *eni-stî, "in-standing", that is, "standing or being in the sea".

Irish oilean < arly Irish alien(d) < rse eyland < land + Iclandic. Ey < Norvej. Øy < Dinamarc. Ø = Soec. Ö < ??? > Rus. Остров = os-trov < ?? < *Ashkaurki > Saharhi > ?? Fin. Saari???

Assim e voltando ao termo latino, insula verificamos então que esta palavra pode ter derivado do nome virtual «*enkurkas» que significaria algo como, locais de refúgio dos guerreiros do deus do mar, Enki, e das esquadras marítimas das talassocracias mediterrânicas.

Outro termo com conotações marítimas terá sido a concha ou concas e as conquilhas. Um topónimo no sopé do monte de Samartinho, tutelar da minha aldeia natal, chama-se «coqueiros» e refere-se a uma localidade cujo subsolo é formado pelo único afloramento de calcário da região e onde aparecem naturalmente conchas fósseis. Então o significado do termo «conqueiro» não será apenas = • s. m. fabricante ou vendedor de concas, mas também local de produção de «conchas».

«Concas» < «conchas» < conkikas > Conkiwas > «côncavas».

Como *con- < Kian > Enki, estamos em terreno seguro de origem marítima. Quanto aos concheiros < «conqueiros» < Kian Ki weryos < Enki ki Keryos = pedras com animais marítimos de Enki, ou seja mariscos com concha.

 

Ver. ATLAS (***)



[1] THE ORIGIN AND DEEDS OF THE GOTHS, JORDANES, translated by Charles C. Mierow

[3] > «Caralho»!

[4] Se Tlantli = «dente~», a verdade é que não deixa de ser estranho que «bater o dente» com frio tenha a forma enfática «terrincar», como se derivado duma forma tellincar <= *Tellu-an-kur => Tlantlu > Tlantli.

[5] THE SEARCH AND DISCOVERY OF AZTLAN, COLHUACAN AND CHICOMOZTOC, Dr. Antoon Leon VOLLEMAERE.

[7] (Haraldur Sigurðsson: Ísland á landabréfum. Nokkrir drættir. Kortasafn Háskóla Íslands. Reykjavík 1982, p. 7-15. Slightly abbreviated, altered and translated into English).

[9] Cast. Isla ? > Pt. Antig. *isla > «islado» = que esta rodeado de agua. > «isolado».

                                                   > «islenho» = «insulano».

O MITO DA ATLÂNTIDA II - ATLÂNTIDA OU TRANSATLÂNTIDA? por Artur Felisberto.

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Figura 1: Frota naval cretense num fresco de Akrotir.

Espantosa é esta referência de Platão:

“Os viajantes desse tempo podiam passar dessa ilha para as outras ilhas e dessas ilhas podiam alcançar todo o continente na margem oposta a esse mar que merecia verdadeiramente o seu nome.”

O facto de logo de seguida se afirmar que havia “do outro lado, aquele autêntico mar e a terra que o cerca, a que só pode chamar-se verdadeiramente, na melhor acepção da palavra, um continente”, corresponde sem dúvida a uma grave distorção geográfica compreensível numa situação como esta em que o autor não fazia a menor ideia do que estava a descrever.

Em boa verdade, o mistério do episódio da Atlântida reside precisamente nesta terra que cerca o Atlântico do outro lado, a que só pode chamar-se verdadeiramente, na melhor acepção da palavra, um continente.

Se tanto o sacerdote Egípcio de Sais quanto os sucessivos transmissores desta tradição oral soubessem o que estavam a descrever teriam acabado por encontrar o nome e a localização exacta deste continente pois, mesmo para as insuficiências geográficas da época, um continente não passava facilmente despercebido. As incertezas descritivas de expressões como: “só pode chamar-se, na melhor acepção da palavra”, denotam alguém que estava a falar de cor, sem saber muito bem de quê!

Ora, a questão da definição geográfica da ilha é independente da identificação deste continente, facto que é muito estranho nunca ter sido evidenciado. Confundir a ilha com o continente, como fazem aqueles que falam numa Atlântida continental, não contribui para aclarar este mistério.

"Diodoro de Sicília (90-21 a.C.), 45 anos antes da era cristã, escreveu grande número de livros sobre os diversos povos do mundo; em seus escritos, designa claramente a América com o nome de ilha, porque ignorava a sua extensão e configuração. Essa expressão de ilha é muitas vezes empregada por escritores da antiguidade para designarem um território qualquer. Assim vimos que Sileno chama ilhas a Europa, Ásia e África. Na narração de Diodoro, não é possível o engano quando descreve a ilha de que falamos (Cândido Costa, As Duas Américas, 1900, pp. 108-109, citado em Artur Franco, A Idade das Luzes, Wodan, 1997, p. 113).

De resto, a questão que a identidade do continente levanta é até fácil de delimitar desde que se tenha a ousadia de não andar com rodeios. O continente que cerca o Atlântico do outro lado em relação a qualquer narrador orientalmente situado é o Continente Americano, nome com que este foi identificado como tal apenas depois de Cristóvão Colombo, a expensas das tentativas ibéricas para chegar pela via do sol posto ao mar das Índias do sol nascente. O busílis desta polémica é que Platão não poderia sonhar sequer com a América e, daí advém o facto de ter andado a navegar sem vela e à toa num “mar de sargaços” imaginários. Descrevendo de forma irreal um continente real, que nem sequer conhecia de cor, como a maioria dos europeus, acabou a sonhar com ilhas paradisíacas perdidas no mar primordial de todas as cosmologias míticas. Aliás nem sequer terá sido o único a confundir o sonho com a realidade. Diodoro de Sicília parece copiar a descrição platónica da Atlântida quando refere:

"No mais profundo da Líbia, há uma ilha de considerável tamanho que, situada como está no oceano, se acha a vários dias de viagem a oeste da Líbia. Seu solo é fértil pois, ainda que montanhosa, conta com uma grande planície. Percorrem-na rios navegáveis que se utilizam para a irrigação, e possui muitas plantações de árvores de todos os tipos e jardins em abundância, atravessados por correntes de água doce. Também há mansões particulares de dispendiosa construção, e nos jardins construíram-se refeitórios entre as flores.

Se Diodoro estivesse a falar das Antilhas teriam ficado restos destes factos para a arqueologia moderna revelar, caso não tivessem mesmo sido encontrados pelos marinheiros de Cristóvão Colombo! Ora, o mais provável é que se tratasse da civilização maia e neste caso Diodoro só poderia estar a falar do Iucatão mexicano!

Ali os habitantes passam o tempo durante o Verão, já que a terra proporciona em abundância tudo quanto contribui para a felicidade e o luxo. A parte montanhosa da ilha está coberta de densos matagais de grande extensão e de árvores frutíferas de todas as classes, e para convidar os homens a viverem entre as montanhas há grande número de vales acolhedores e fontes. Em poucas palavras, esta ilha está bem provida de poços de água doce que não só a convertem num deleite para quem ali reside senão também para a saúde e vigor de seu corpo. Há igualmente excelente caça de animais ferozes e selvagens de todo o tipo e os habitantes, com toda essa caça para as suas festas, não carecem de nenhum luxo nem extravagância. Pois o mar que banha as costas da ilha contém uma multidão de peixes, e o carácter do oceano é tal que tem em toda sua extensão peixes em abundância, de todas as classes. Falando em geral, o clima desta ilha é tão benigno que produz grande quantidade de frutos nas árvores e todos os demais frutos da estação durante a maior parte do ano, de modo que parece que a ilha, dada sua condição excepcional, é um lugar para uma raça divina, não humana.

O relato de Diodoro de Sicília parece ser mais realista do que o da Atlântida porque aproxima a descoberta das Antilhas da época Fenícia. No entanto (e de forma espantosa!) este autor parece situar os factos num mundo do “jamais vu” duma “raça divina”. Ainda que, segundo este, tenham sido fenícios a descobrir as Antilhas foi de Cádis que partiu a armada fenícia como muito mais tarde seria o caso das armadas espanholas! Se a oportunidade faz o ladrão, a geografia faz o resto!

Explicada a situação dos andicapes culturais dos narradores, como explicar as alusões crípticas às Américas?

No caso do relato platónico apenas da única forma possível: Sendo a civilização minóica a que em Platão levava o nome de Atlântida além das qualidades descritas como míticas para a época platónica, mas que são hoje razoavelmente aceitáveis para essa civilização, teremos que atribuir-lhe, como corolário do mito do continente perdido com a ilha da Atlântida, o mérito de a talassocracia cretense ter tido relações, (seguramente irregulares já que, de outro modo, as rotas da sua localização não se teriam perdido e teriam deixado rastos mais objectivos nos relatos da história antiga), com as Américas.

Na antiguidade, esta ilha não estava descoberta devido à sua distância do mundo habitado, mas foi descoberta mais tarde pela seguinte razão: os fenícios comerciaram desde muito tempo com toda a Líbia, e muitos o fizeram também com a parte ocidental da Europa.

E como suas aventuras resultaram exactamente de acordo com suas esperanças, acumularam uma grande fortuna e planejaram viajar além das Colunas de Hércules, para o mar que os homens chamam Oceano. E, em primeiro lugar, à saída do Estreito, junto às Colunas, fundaram uma cidade nas costas da Europa, e como a terra formava uma península chamaram à cidade Gadeira (Cádiz).

Nelas construíram muitas obras adequadas à natureza da região, entre as quais se destacava um rico templo de Hércules (Melkart), e ofereceram magníficos sacrifícios que eram conduzidos segundo o ritual fenício...". (Arthur Franco, A Idade das Luzes, Wodan, 1997, p. 114)"

De factos não existiram motivos de ordem técnica que impedissem a possibilidade de intrépidos navegantes antigos utilizarem as correntes do golfo e os ventos alísios para navegarem no atlântico com o mesmo à vontade com que outras civilizações da polinésia, muito menos desenvolvidas, navegavam no Pacifico em épocas pré-históricas.

Pelo contrário, a realidade natural da “corrente do golfo” torna a possibilidade da existência de rotas marítimas no centro do Atlântico como inevitáveis.

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Figura 2: Esquema da «corrente quente do golfo» exposta num painel dum museu etnográfico das pirâmides das Canárias para exemplificar a possibilidade de relações remotas entre aquelas ilhas e o «Novo Continente»

Os marinheiros mais prevenidos da antiguidade poderia ser apanhados por tempestades e vir a entrar, sem disso se aperceberem, na “corrente do golfo” e acabarem por aportar nas Antilhas com o mesmo espanto que tiveram os primeiros portugueses que encontraram o Brasil num desvio de rota do caminho marítimo para a Índia! A ciência naval dos cretenses era superior à egípcia e esta não era muito inferior à fenícia que hoje se sabe ter permitido a circum-navegação da África ao serviço do Faraó Neão II cerca de 600 a.C. ( ou seja na época do Sólon referido na história da Atlântida de Platão).

"No ano 590, antes da encarnação de Cristo, partiu de Espanha uma armada de mercadores cartagineses feita à sua custa, e foi contra o ocidente por esse mar grande ver se achavam alguma terra: diz que foram dar nela. E que é aquela que agora chamamos Antilhas e «Nova Espanha», que Gonçalo Fernandes de Oviedo quer que nesse tempo fosse já descoberta." Ora, o nome Antilhas – pré-colombiano – bem deve derivar de "Atlantilhas" ou ainda de "Ilhas dos Antis". (António Galvão, Tratado dos descobrimentos antigos e modernos, Lisboa, 1731, pag. 8). Galvão não apenas afirma que os antigos conheciam a América, mas que sua primitiva população é oriunda da Ásia. --- Extraído, com alterações, de Arthur Franco, A IDADE DAS LUZES, WODAN, 1997, Porto Alegre.

Os gregos não aceitaram a verdade possível (verosímil) da Atlântida porque Aristóteles não a quis aceitar, em parte por equívocos xenófobos e sobretudo por equívocos temporais que reportavam a mito da Atlântida para épocas imcompatíveis com qualquer data relacionada com o nascimento da história helénica. Porém, o principal óbice residia, sem dúvida, no “argumento de realidade” resultante da impossibilidade que era «passar dessa ilha para as outras ilhas e dessas (...) alcançar todo o continente na margem oposta a esse mar que merecia verdadeiramente o seu nome.».

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Figura 3: Seguindo a correntes oceânicas atlânticas a Lusitânia ficava mais perto das Antilhas do que da Fenícia. Sendo assim, os fenícios que andaram pelas costas atlânticas em demanda do estanho das ilhas Britânicas facilmente teriam descoberto as Américas quando mais não foram por se terem enganado nas rotas ou delas desviado por forças de tempestades e das correntes marítimas acabando por aportar às Américas. Se terão conseguido sempre regressar ou se acabaram por criar rotas de comércio regular com as Américas é coisa que ficou no segredo dos deuses que na altura era a alma dos negócios, sobretudo e também ultramarinos.

Ora, o óbice desta questão, que parece ser de mera natureza civilizacional, revela-se em realidades de tipo exclusivamente cultural. Que limitações tecnológicas tiveram os gregos que os impediram de descobrir as Américas que os portugueses, com menos recursos, iriam redescobrir 2 mil anos mais tarde? Possivelmente as mesmas que os impediram de acabar com a desumanidade do esclavagismo, de descubrirem a física e de inventarem o motor de combustão. Se, para cada caso, não foram especificamente as mesmas causas culturais foram seguramente da mesma natureza.

Na verdade, a descoberta das américas não seria globalmente rentável nem economicamente sustentável para a época na medida em que as relações comerciais com a Iberia e com o mar do norte só então começavam a ser regulares. Os gregos só haviam esquecido as rotas ameríndias, bem conhecidas até aos micénicos, como sugere Platão, porque o eixo do mundo se havia inclinado para o lado dos impérios orientais, primeiro o assírio e depois o persa comos quais os gregos tiveram que se preocupar particularmente a quando da colonização da Ásia menor!

Ora, se a circum-navegação da África pelos portugueses do sec. XV se tornou à posteriore especulativamente lúcida, para grande mérito pos-mortem de ousados pioneiros como o infante D. Henrique, foi apenas porque demonstrou economicamente compensadora por vir a revelar-se como sendo a única estratégia para escapar ao cerco que os povos islâmicos faziam aos europeus ao impedir-lhes o acesso directo às rota da seda e das especiarias e de que só os venezianos e genoveses sabiam tirar algum proveito indirecto! Claro que, bem vistas as coisas, a seda e a pimenta seriam apenas a parte visível e mais comum do comércio com o oriente porque o que viria a tornar o ocidente verdadeiramente dependente do oriente, exaurindo os cofres dos estados, seriam, senão sobretudo pelo menos também, outras drogas bem mais poderosas, como o ópio e o açúcar. De qualquer modo, o importante é notar que a fortuna veio sempre do Levante como a Aurora!

O equívoco, hoje quase anedótico, da descoberta das índias ocidentais por Colombo só comprova o quanto os fluxos históricos prosseguem a lógica geral da busca de mercados de baixo risco que tem como corolário a aposta nas oportunidades de negócios seguros e conhecidos!

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Figura 4: Como se pode ver, das várias correntes marítimas do mundo relacionadas com a geofísica do planeta terra, a do norte do atlântico é de facto a mais pequena e, por isso mesmo a que mais cedo teria sido descoberta e utilizada com eficácia. Como se pode também facilmente inferir, é mais fácil ir da Europa às Américas por água e climas quentes do que regressar por terras e aguas inóspitas a norte, razão porque durante muito tempo as viagens da Europa para as Américas seriam sem regresso e porque só, quanto muito na época dos povos do mar, houve ameríndios na Europa.

O “medo do desconhecido” que os antigos navegantes teriam relativamente à sobrevivência de mitos arcaicos relativos aos monstros dos abismos que cercavam o mundo só impediam as aventuras para ocidente. Bem vistas as coisas, as culturas ameríndias revelaram-se, de facto, incapazes de fornecerem uma boa oportunidade de negócio. As Américas só se tornaram num verdadeiro “El dourado” com as culturas intensivas recentemente introduzidas nas suas terras virgens as quais só se tornaram verdadeiramente competitivas com a introdução da escravatura negra nos negócios das companhias das índias ocidentais. A introdução da cultura da cana-sacarina na Madeira e depois no Brasil revelou-se de tal modo mais barata e mais próxima dos mercados europeus que retirou por completo o mercado do açúcar das rotas tradicionais das especiarias.

813/14 a.C. – Fundação de Cartago, segundo as evidências mais aceitas, no auge da expansão de Tiro no Mediterrâneo. Um dos motivos advogados para a expansão foi a opressão assíria, que olhava avidamente para estes ricos reinos. A exemplo dos Fenícios, seus fundadores, os Cartagineses fundaram também diversas cidades nas margens da Líbia, do lado do oceano. Hanon, almirante cartaginês, fez uma viagem desde o estreito de Gadesh até a entrada do golfo arábico, contornando a África (Plínio, Hist. Nat., lib. 2 De rotunditur terrae); embarcou, em 60 navios, 30 mil pessoas de ambos os sexos para servirem à fundação dessas cidades e colonias cartaginesas. A frota de Cartago era de 200 navios. Ao tempo das guerras púnicas, chegará a 500. (...)

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Figura 5: Um barco fenício que é quase como que uma «caravela de marear» dos portugueses faltando-lhe apenas a vela latina, que, como é óbvio, teria que esperar pelo triunfo de Roma sobre Cartago.

O facto descrito por Patão no sec VII a.C. só é compatível com relações marítimas com o continente americano na época mais plausível para a construção do mito da Atlântida ou seja por volta do sec. XV a.C., aquando da talassocracia cretense.

De resto, a ciência naval da época das caravelas era quase a mesma dos fenícios. Se com esta tecnologia só era possível navegar em segurança com a costa à vista nada teria impedido desvios arrojados de rota, por acidentes de navegação ou tempestades, e depois, por ousadia, caso alguma parte das frotas perdidas tenha regressado.

Referiu-se acima que os contactos antigos com as Américas terão sido irregulares. Porém, ainda que tivessem tido a lenta e demorada regularidade propria da época em que, mesmos os contactos com pontos mais próximos como as Canárias ou os mares do norte terão sido pouco mais do que ocasionais, dado o facto acrescido de se estar no início da história escrita não foi ainda possível um registo institucional mínimo destas rotas ao ponto de ter ficado na memória social comum a ideia dos continentes que séculos mais tarde se chamariam Américas.

De qualquer modo, não foram as Américas as únicas paragens a andarem brumosas na época clássica. De facto, já a Índia, ali ao lado do golfo Pérsico, era muito mal conhecida dos gregos, que, da China, quase nada sabiam e ignoravam por completo o Japão, a Polinésia e, sobretudo, o continente Australiano! Ora, se estas paragens eram mais lóngínquas para os ocidentais, não o eram para as civilizações asiaticas, já florescentes no sec. V a.C., e que poderiam ter transmitido ao ocidente os seus conhecimentos geográficos respeitantes aos longínquos mares orientais! Porém, tal não aconteceu porque se o tivera acontecido, (e quem poderá afirmar que entre os mercadores das rotas da seda e das especiarias não andaram espiões e outras gentes habitualmente bem informadas), o resultado teria sido o mesmo ou seja, a ignorância que a história regista porque não nos podemsos esquecer das condições históricas da verdade e do saber: os povos têm o saber que merecem e podem ter de acordo com as suas capacidades institucionais de cultura e conhecimento.

O saber é um componente da ideologia e da religião e estas representações do poder social pelo que os povos sabem apenas o que lhes convêm saber dentro da sua esfera de influência cultural que costuma ter as mesmas fronteiras dos impérios que as sustentam de civilização.

De resto, o saber dominante duma determinada época, para além daquele que obviamente resulta das suas condições objectivas de domínio, corresponde a uma forma de “bom senso comum” que tem que ser compatível com os limites e possibilidades da propria civilização. Qualquer conhecimento, excepcionalmente adquirido (ou mesmo excepcionalmente recebido de forma graciosa) do exterior, que saia destes limites, torna-se incompressível, absurdo ou mítico. A Ovniologia é afinal um pouco disso mesmo em versão moderna.

Um termo interessante. O estudo de objectos não identificados. Na física, química, biologia, e afins os objectos de estudo estão lá, e quem os estuda sabe identificá-los. Na astrologia, teologia, parapsicologia, e outras que tais, os objectos de estudo provavelmente não existem, mas se existissem – se os astros afectassem as nossas vidas, se existissem deuses ou telepatia – os ‘ólogos destas coisas podiam dizer «Vejam, é isto que eu estudo».
Os ovniólogos nem isso. Se sabem o que é, já não é ovni. Na ovniologia é preciso investigar sem nunca saber. Deprimente? Não. É uma maravilha. Uns viram algo que não sabiam o que era. Outros disseram que podia ser isto, outros que era aquilo, e ainda outros dizem que não. Ou talvez fosse outra coisa.
Conclusão: não se sabe o que é. Mais um estudo concluído com sucesso, e mais um passo em frente na investigação ovniológica. -- Ludwig Krippahl

Ora, o conhecimento mítico é já aquele que mais próximo se encontra da aceitabilidade ou seja, o que mais se parece com o verosímil, sobretudo numa cultura onde o mito ocupa o papel da memória histórica. A filosofia do saber mítico ensina-nos que este substitui os instintos lá onde a verdade objectiva é incontornavel de forma meramente afectiva e emocional!

Assim sendo, o mito da Atlântida sofre do handicap de o não ter sido “na verdadeira acepção da palavra” por não ter correspondido a uma elaboração religiosa de carácter ritual ou seja, por não ter correspondido a um saber tradicional integrado no reportório da cultura e do “senso comum” da época clássica, na verdade tão rica em mitos e de lendas mas todos estes bem diferentes do misterioso relato platónico sobre a Atlântida!

De certa forma, o episódio da Atlântida corresponderia, para o “senso comum” da época clássica, a uma pseudo realidade factual tão inverosímil quanto o é o absolutamente imaginário mito moderno do “super-homem” ariano de Nietzsche, mesmo assim ambos tão inacreditáveis que nem mitos poderiam ser, a menos que pudessem sobrepor-se ao mito do “paraíso perdido”! Assim, o episódio da Atlântida acabaria por ser um “mito nascente” na medida em que, não o sendo ainda à epoca, nisso se transformou posteriormente por acção da cultura ocidental medieval e cristã.

O mito que há época teria o mesmo genoma do episódio platónico da Atlântida era talvez o mito do paraíso perdido, do dilúvio e de Deucalião! Quer isto dizer que das duas uma: ou escolhemos a interpretação intelectualista de raiz aristotélica de que estamos perante uma alegoria platónica ou aceitamos que Platão não tinha necessidade de ter carregado tanto nas tintas da verosimilhança e então aceitamos que, de maioritáriamente alegórico nesta história, apenas temos o raláto de Crítias, ou nada resta do mito da Atlântida que valha a pena.

Precisamente o lado inverosímil do mito da Atlântida platónica resultou, logo de início, das próprias dúvidas aristotélicas alicerçadas na falta de contexto cultural deste estranho relato dentro da tradição helénica. Sem que o tenha sido de forma explícita correspondeu a um preconceito cultural do helenismo aristótotélico contra a cultura egípcia de que se aceitava o exotismo religioso mas não a veracidade histórica que, a ser aceite, corresponderia a uma capitulação cultural perante a anterioridade da cultura egípcia. De facto, aceitar que a cultura Egípcia era simultaneamente verdadeira e mais antiga era logicamente aceitar a sua supremacia cultural o que repugnaria aos inventores do “barbarismo cultural” como contraponto do isolacionismo beato dos egípcios que se repercutiria mais tarde no snobismo religioso judaico. Este mesmo preconceito acompanhou os ingleses na índia quando inventaram o mito do origem indo-europeia das línguas não semitas para explicarem o facto de uma colónia suposta primitiva ter uma língua como o sânscrito com uma gramática ainda mais elaborado que o latim de que a língua inglesa pouco ou nada partilhava.

Porém, não tendo necessidade de respeitar actualmente este preconceito resta-nos admitir que os egípcios podem ter tido relatos adequados dos acontecimentos minóicos que transmitiram a Solon e de que o episódio platónico da Atlântida mais não é do que a ressonância do espanto que uma cultura orgulhosa da sua superioridade tem quando descobre, da voz de dum avoengo, episódios importantes, e quase sempre freudiana e traumáticamente esquecidos, da sua infância ignorada! Ora Creta fazia parte da Grécia e o império minóico deve ter contido a Hélade, tal como mais tarde o império micénico seu herdeiro!

Se é certo que a tradição homérica já continha ressonância micénicas a verdade é que, do império minoico, os gregos pouco mais se recordavam do que dos mitos de Teseu e do Minotauro numa versão pouco abonatória para os minoicos. Porém, inteiramente míticos não teriam sido nem Minos, nem Teseu nem o Minotauro!

A Atlântida de Platão pode ter correspondido ao mínimo de conhecimento histórico que poderia ter sido possível à cultura clássica entender do seu próprio passado mais remoto como sendo a fonte traumática destes mitos. Os gregos estariam predispostos para aceitar verdades míticas de outros povos tal como aceitaram os seus deuses desde que revestidos das formas canónicas dos mitos. Para aceitarem verdades históricas teriam que ser capazes de as entenderem e, sobretudo, de as poderem explicar sem conflito com os seus próprios mitos e traumas históricos. Ora, tais traumas devem ter sido tão fortes que tornaram os gregos incapazes de retomar os rumos dos mares ocidentais. As condições que rodearam a decadência brusca do império minóico terão sido trágicas e dramáticas para todo o mediterrânico e mesmo para o Egipto. O facto de o ano da explosão de Santorini ter coincidido com a invasão do Egipto pelos Hicsos, a que se sucedeu um longo período de anarquia e obscuridade, pode explicar que hoje pouco ou nada se saiba do que então aconteceu, mesmo rebuscando as fontes dos habitualmente tão prolixos egípcios! A realidade da atlântica pode ter persistido no Génesis como reminiscência mistificada no episódio de Lot e Abraão mas parece ter sido completamente ignorado pela cultura grega. Tendo esta sido a sua vítima principal estamos perante um esquecimento histérico colectivo de natureza intensamente traumática.

Claro que isso não explica que a América não viesse referida na história dos primeiros impérios egípcios caso fosse bem conhecida no tempo. Parece no entanto que o isolacionismo preconceituoso deste povo não lhe permitia também procurar conhecer da geografia mais do que a sua vizinhança imediata. O vago relato da Atlântida pode ter sido tudo quanto um egípcio culto podia saber sobre as Américas. Os cretenses saberiam mais se pudessem falar! Talvez no dia em que o linear-a for decifrado se venha a confirmar, sem grandes surpresa teóricas, que as civilizações pré-colombianas tiveram influências mediterrânicas desde o tempo da civilização minóica, ou mais arcaicas ainda.

Do mesmo modo se ficaria definitivamente a saber que, o facto de serem os ameríndios a manifestarem reminiscências destes contactos nos seus mitos, prova sobretudo que estas civilizações eram coloniais e importadas da Europa que seria a sua saudosa mãe pátria original, do mesmo modo que prova que eram os ocidentais a irem à América e não o inverso ou seja, as civilizações que tinhas as tecnologias para viagens de longo curso no alto mar eram apenas as talassocracias mediterrânicas como foram as de Creta dos povos das ilhas do mar Egeus e as terras em parte ignotas dos “povos do mar”.

Com a derrocada do último império marítimo que teria sido o hitita a Europa, madrasta como sempre, depressa se esqueceu da Atlântida transatlântica pelo que o relato de Platão acabaria sempre por ser tão incómodo quanto inacreditável. De resto, que europeu bem pensante daria crédito, antes do sec. 19, ao que vinha das coloniais ocidentais para onde só iam os indigentes, os deportados e de que só vinham escravos?

Afinal, é bom não esquecer que só se recorda o que se quis sempre saber e só se sabe o que nos convêm!

Regrettably, most of the Atlantis enthusiasts are swayed by emotions, and this lures them away from the commitment to scientific correctness. Many researchers into the issue have been engaged in searching for, and making a collection of, similarities in the material culture and languages of the peoples of the Old and the New Worlds, but their finds make it possible to pose some questions rather than give well-substantiated answers to them. The more ardent enthusiasts even claim that they have found in the epos of many peoples of the world what they call "direct indications" of the Atlantean descent of these peoples. Deluded by wishful thinking, they often fall prey to perverted logic: "If the "Belt of Pyramids" exists, it follows that Atlantis also existed in reality." -- [1]

Obviamente que nem todos os locais podem ter sido inspiradores do relato platónico mas, de todos os possíveis os únicos que manifestam uma grande coerência lógica e cientifica são os que resultam duma conjugação da civilização egeia da época minóica com as civilizações ameríndias da época maia.



[1] Viatcheslav Koudriavtsev, Atlantis: New Hypothesis.