domingo, 25 de maio de 2014

EROS & EROTES, OMNIA VINCIT AMOR, por Artur Felisberto.

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EROS / KAR(o)

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Figura 1: Eros do Vaticano, um deus de todos os amores!

Foi pela intervenção de um poder divino, eterno como os elementos do próprio Caos, pela intervenção manifesta de um deus que, sem ser propriamente o amor, tem entretanto alguma conformidade com ele, que no Caos, a Noite, o Érebo puderam unir-se para a procriação.

Entre os gregos, esse deus antigo, e anterior a toda antiguidade, chama-se Eros. É ele que inspira ou produz esta invisível simpatia entre os seres, para os unir em infindáveis procriações. O poder de Eros vai além da natureza viva e animada: ele aproxima, une, mistura e multiplica, faz variar as espécies de animais, de vegetais, de minerais, de líquidos, de fluidos, numa palavra, de toda a criação. Eros é pois o deus da união e da afinidade universal; nenhum outro ser pode furtar-se à sua influência ou à sua força: Eros é invencível. Entretanto, tem como adversário – Antero que é a antipatia e a aversão.

Se Eros Protágono era a premonição clássica do princípio da atracção universal que Newton iria quantificar na época contemporânea Eros & Antero era a premonição metafísica do princípio da acção e reacção universais.

Tão salutar, tão forte e poderoso talvez quanto Eros, Antero impede que se confundam os seres da natureza dissemelhante; se algumas vezes semeia em torno de si a discórdia e o ódio, se prejudica a afinidade dos elementos, ao menos a hostilidade que entre eles cria contém cada um nos seus limites marcados, e, destarte, a natureza não pode cair novamente no caos.

Esta divindade tem todos os atributos opostos aos do Eros: separa, afasta, desune e desagrega.

Duma forma poética os gregos já tinham encontrado uma resposta intuitiva para as preocupações de Einstein relativas à resultante cosmológica da interacção entre a gravidade e a expansão do universo!

1ª Carta de João, Capítulo 4: 7- Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. 8- Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.

Porém, os cristãos foram ainda mais longe na confirmação da evidência, que tem tanto de metafísico quanto teológico, de que Deus é Amor!

In principio erat Verbum (…) et verbum caro factum est.

Érebo < Lat. Herebus < *Her-| ó Ver-| ebu > Virbius > Lat. Verbu.

*Cardeo <= Caro ó Carnis < Karanis < (Na)-Kar-ish > Heros > Eros.

                                                                                             > Escur.

Virbius was worshipped as a god not only at Nemi but elsewhere; for in Campania we hear of a special priest devoted to his service. Horses were excluded from the Arician grove and sanctuary because horses had killed Hippolytus. It was unlawful to touch his image. Some thought that he was the sun. “But the truth is,” says Servius, “that he is a deity associated with Diana, as Attis is associated with the Mother of the Gods, and Erichthonius with Minerva, and Adonis with Venus.” What the nature of that association was we shall enquire presently. Here it is worth observing that in his long and chequered career this mythical personage has displayed a remarkable tenacity of life. For we can hardly doubt that the Saint Hippolytus of the Roman calendar, who was dragged by horses to death on the thirteenth of August, Diana’s own day, is no other than the Greek hero of the same name, who, after dying twice over as a heathen sinner, has been happily resuscitated as a Christian saint. -- [1]

Notar que Erictónio, o filho secreto de Atena, não era senão um Eros encoberto, ou seja um deus morto ou sol-posto no sub-mundo ctónico de Geia.

 

Ver: ERICTÓNIO (***)

 

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Figura 2: Eros um deus da fertilidade primaveril.

Eros, the Greek god of love and sexual desire (the word eros, which is found in the Iliad by Homer, is a common noun meaning sexual desire). He was also worshiped as a fertility god, believed to be a contemporary of the primeval Chaos, which makes Eros one of the oldest gods. In the Dionysian Mysteries Eros is referred to as "protagonus", the first born. But there are many variations to whom the parents of Eros really where. According to Aristophanes (Birds) he was born from Erebus and Nyx (Night); in later mythology Eros is the offspring of Aphrodite and Ares.

Se, em tempos arcaicos, o Verbo divino teve nome de Érebo e o Caríssimo Caro seria uma reencarnação de Eros então a gnose de S. João era apenas a confirmação em latim clássico dum saber antiquíssimo que tinha sido transmitido de geração em geração por todos os crentes desde que o homem aprendeu a falar o nome de deus. Que o Amor Divino implica uma intervenção sexual e reprodutora na criação comprova-o o facto de o Verbo ter encarnado em Cristo no seio da Virgem Mãe! De facto, por milagre do verbo divino Cristo é apenas uma das muitas variantes do nome do Caríssimo Deus do Amor e da caridade cristã!

As reencarnações do Verbo divino não são afinal senão a comprovação mística da acção criadora do divino Amor que metaforicamente se consubstanciam tanto na própria criação natural como na riquíssima variedade de metáforas e mitos que resultam da criatividade do Espírito de que os avatares de Visnu são um dos exemplos mais significativos.

A ideia de que Eros teria passado de companheiro de Afrodite a filho resulta em parte das dificuldades de concordância racionalistas que a multiplicação de deuses ia produzindo. Obviamente que a complexidade dos panteões que levaram Tudália IV a uma desastrada revisão se tornaria inevitável com a assimilação dos deuses locais e regionais pelo processo de expansão imperialista das civilizações antigas, particularmente no próximo oriente. Ora, Eros e Ares têm a mesma origem étmica e terão sido o mesmo deus.

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Figura 3: Os Erotes seriam pombos transportando o carro de Afrodite.

De resto, o próprio mito da relação adúltera de Afrodite e Ares ou de Vénus e Marte já era uma forma de encarar o constrangimento de Eros ser companheiro de Afrodite sem que fosse seu filho.

Claro que a transformação de Eros em filho de Afrodite não veio resolver a ilegitimidade da relação das deusas do Amor com os deuses da guerra e do Ódio, que antes de o serem no plano das relações familiares o eram no plano da congruência metafísica na medida em que amor e ódio seriam antinomias irresolúveis, mas, pelo menos, veio resolveu no plano da legitimidade das relações humanas questão da tão particular quanto inevitavelmente natural relação das deusas do Amor com o deus do Amor. De facto, esta inevitável confusão parece ter começado logo no início da sistematização da mitologia com o advento da escrita na Caldeia, as terras quentes e férteis do paraíso terrestre onde teria nascido o deus do amor, literalmente o Cardeo / Caldeo...da Caldeia.

Eros / Karish, enquanto filho duma deusa do amor, foi na suméria Xara / Kar o «filho de deus» Kius / Enki e de sua filha, a deusa do amor e da lua, Inana / Ishtar. Ora, antes da divina confusão das línguas, Xara teria sido Escur. No entanto, sendo Istar etimologicamente homóloga de Escur deve ter sido sua irmã.

Shara: Sumerian city-god of Umma. Son of Ishtar. Epithet: Hero of Anu.

Keret = Son of the great god El; king of Sidon.

Heres = Canaanite sun god, equivalent to Shamash ( & Helios!)

                                                           > Karishto > Cresto > Cristo.

Eros < Herush < Kerush > Kurish ó*Kertu > Harush > Haurush > Hórus.

Helios < Helesh < Heres < Keret < Kur-ish > Harush > Harish > Ares.

Eros < Hêrôs < Herush < Kerush > Kur-ish ó Escur, «filho do Kur».

                                                     Istar < Ishar óIshaura > Xara ó «Sara».

Tendo sido herói e campeão de Anu, Xara era seguramente o sol do meio-dia, ou seja Hórus o velho.

Lat. hēros, ōis, m., = Grec. hêrôs, a demi-god, hero. Ĕrus (less correctly, hĕrus , v. infra), i, m. [Sanscr. root, har-; har-āmi, I seize; har-anam, hand; Gr. cheir, cherês; Lat. heres, hirudo]. I. Lit. the master of a house or family,

«Herói» < Lat. herva < Gr. Héros??? ou antes:

              < Lat. Herói-cus < Grec. adj, hêrôïkos < Grec. Hêrôs

Obviamente que Eros, deus do Amor, foi também um deus solar, ainda que preferencialmente um «deus menino» da aurora e, por isso mesmo ora relacionado com os deuses herméticos dos infernos como Escur ora com os deuses apolíneos do sol diurno como Hélio e Ares.

De facto, é difícil saber se Eros foi o filho do Kur ou Escur enquanto sol nascente, o esposo da matutina Istar, se é que não foi simultânea e miraculosamente um deus autogerado, pai, filho e esposo da deusa mãe, conforme se pensar a cosmologia primordial numa perspectiva patriarcal ou não!

Yet in the Theogony, the epic poem written by Hesiod, it mentions a typified Eros as being an attendant of Aphrodite, but not her son. Another legend says that he was the son of Iris and Zephyrus. From the early legend of Eros it is said that he was responsible for the embraces of Uranus (Heaven or Sky) and Gaia (Earth), and from their union were born many offspring.

Se Eros, o deus da “divina atracão universal”, foi responsável pelo abraço quase eterno de Urano e Gaia então teria precedido no tempo estes deuses e poderia mesmo ser pai de ambos. Evidentemente que, tendo Afrodite sido gerada pela espuma das ondas do mal onde foi derramado o esperma de Urano, a suposta mãe de Eros Protágono seria neta do próprio filho o que, no campo das infinitas possibilidades da mitologia seria tão absurdo e paradoxal quanto divinalmente extraordinário e miraculoso. Claro que, na teogonia, a posição de Afrodite é idêntica à de Istar (tal como a de Eros, à de Enki) ou seja, a de uma deusa filha com poderes e ascendentes próprios duma Deusa Mãe primordial e talvez seja esta a razão que acabou por fazer dela a mãe de Eros. Na verdade, Eros Protágono é, afinal, Fanes o «deus menino» primordial, que, tal como Hórus o velho, teria sido filho de Hator, a vaca da noite celeste primordial, que, sendo Nix, poderia também ter sido Afrodite Melânia. Sendo assim a genealogia de Hesíodo acaba por ser mais próxima da tradição mítica embora ressalvando que o Caos pode ter sido uma versão do par primordial Noite / Trevas.

Érebus < Lat. Herebus < Her-Ewus < Hor-Kacus < Kur- | Caco

< Kakus > kakos >Cahos > Chaos.

PSIQUE

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Figura 4: Bouguereau, Amor en Psyche.

It was also written that Eros hatched our race and made it appear first into the light (Birds, by Aristophanes). Although one of the oldest gods, he was a latecomer to Greek religion. (…)Eros is usually depicted as a young winged boy, with his bow and arrows at the ready, to either shoot into the hearts of gods or mortals which would rouse them to desire. His arrows came in two types: golden with dove feathers which aroused love, or leaden arrows which had owl feathers that caused indifference. Sappho the poet summarized Eros as being bitter sweet, and cruel to his victims, yet he was also charming and very beautiful. Being unscrupulous, and a danger to those around him, Eros would make as much mischief as he possibly could by wounding the hearts of all, but according to one legend he himself fell in love. This legend tells us that Eros was always at his mothers side assisting her in all her conniving and godly affairs.

The legend goes on to say that Aphrodite became jealous of the beauty of a mortal, a beautiful young woman named Psyche. In her fit of jealousy Aphrodite asked Eros to shoot his arrow into the heart of Psyche and make her fall in love with the ugliest man on earth. He agreed to carry out his mothers wishes, but on seeing her beauty Eros fell deeply in love with Psyche himself. He would visit her every night, but he made himself invisible by telling Psyche not to light her chamber. Psyche fell in love with Eros even though she could not see him, until one night curiosity overcame her. She concealed a lamp and while Eros slept she lit the lamp, revealing the identity of Eros. But a drop of hot oil spilt from the lamp awakening the god. Angered she had seen him Eros fled and the distraught Psyche roamed the earth trying in vain to find her lover. In the end Zeus took pity and reunited them, he also gave his consent for them to marry. There are variations of this legend but most have the same outcome.

Psique < Phisique < Kikike > Hecate

ó Hesta / Vesta, irmã primordial de Eros.

 

CUPIDO

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The Romans borrowed Eros from the Greeks and named him Cupid (Latin cupido meaning desire). Eros has been depicted in art in many ways. The Romans regarded him as a symbol of life after death and decorated sarcophagi with his image. The Greeks regarded him as most beautiful and hansom, the most loved and the most loving. They placed statues of him in gymnasiums (as most athletes were thought to be beautiful). He was depicted on every form of utensil, from drinking vessels to oil flasks, usually showing him ready to fire an arrow into the heart of an unsuspecting victim. -- by Ron Leadbetter.

Este deus foi Cupido em Roma.

Ora bem, a derivação do nome deste deus menino da deusa mãe do amor venal e da fertilidade só poderia parecer ser esta:

Cupido => «cupidez » < Kauphitho

< Kaki-tu, lit. o «puto», o «deus menino», *Kaki-tu.

Este *Kakito filho de Caca & Caco, a arcaico casal de deuses do fogo caótico e do ardor sexual que eram por força da lógica metafórica.

No entanto, como a relação semântica de Cupido com a cupidez parece ser quase que exclusivamente económica e pouco ou nada sexual, tal facto permite suspeitar que este deus tenha sido filho da deusa Cópia, um dos nomes da deusa mãe da Fartura e da Fortuna.

Cupidez < • (Lat. cupiditie, m. s.), s. f. cobiça; • ambição; • avidez.

Copia is the goddess of plenty. She is represented by a young virgin crowned with flowers, and holding the cornucopia.

Sendo assim, podemos postular:

«Cupidez» < Lat. cupiditie < Cupia-[de(t)ia] > Lat. Cupidi-tia > «cobiça».

                                             < Cupia-deo > Cupideo.

De facto, se em português a «cupidez» passa facilmente a «cobiça», entre os romanos Cupido também poderia ter sido filho de Cópia.

Cupido teria derivado do termo latino do desejo que era Cupido, inis, cujo adjectivo seria Lat. cupidus do verbo Lat. cupio < Cupa > «Cuba».

A relação de cupido com o desejo deve ser secundária e derivada da mitologia do deus Cupido que nunca foi cupidus porque teria sido Cup(a)-dio, literalmente o filho de *Cupa uma arcaica deusa das cubas e da encubação do vinho e seguramente corruptela da deusa itálica Cupra que não era outra senão Afrodite Cipíria.

Por este lado da sua semântica de desejo e cupidez Cupido deveria ser o correlativo do deus grego dos desejos, Potus, já que ambos acabaram confundidos com os novilatinos deuses meninos os Putti.

 

Ver: POTOS, o deus dos desejos, dos filtros de amor e das poções mágicas (***)

 

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Figura 5: Sarcófago dos “Putti” – Museu Pio-Clementino (Vaticano).

Obviamente que não seria apenas por mera força semântica que a *Cuba da abundância vinícola se transformaria na deusa Copia mas porque ambas seria deusas das cobras como seguramente Cupra foi.

Cŭpencus = sacerdote sabino de Hércules.

The Etruscans, as evidenced by the inscriptions, used several words: capen (Sabine cupencus), maru (Umbrian maron-), eisnev, hatrencu (priestess). They called the art of haruspicy zich nethsrac.

Ao podermos estabelecer uma relação semântica entre o termo sabino cupencus e o etrusco capen podemos ficar seguros que Cupido poderia ter sido foneticamente *Cap(r)i-dio e semanticamente um deus caprídeo tal como filho da deusa Cópia.

 

Ver: OPS (***) & CORNUCÓPIAS (***)

 

Eros (Cupido), o Amor, foi considerado nos tempos primitivos um dos grandes princípios do universo e até o mais antigo dos deuses. Representava a força poderosa que faz com que todos os seres sejam atraídos uns pelos outros, e pela qual nascem e se perpetuam todas as raças. Mitologicamente, não sabemos quem é seu pai, mas os poetas e escultores concordam em lhe dar Vénus por mãe, e é realmente naturalíssimo que Cupido seja filho da beleza.[2]

O facto de não lhe ser dado pai só reforça a ideia de que Eros foi mesmo o «deus menino» primordial, filho do Caos, que era então Tiamat na suméria e foi Tétis / Afrodite entre os clássicos.

Notar que Volup(i)tas tem semelhanças étmicas com este nome assim como Pheito e Alphito.

Na mesma musicalidade étmica teria andado o nome do deus latino da erecção Priapus era o deus romano da fertilidade e símbolo da potência sexual e do poder eréctil de que o falo era a caricatura.

Priapus < Phary haphus < Kar kakus => Kary Kakus > «caricatus».

Baco < Waco < Kako < Kariko?

Notar ainda que a expressão «Kar Jakus» pode significar literalmente o filho de Kar. De resto, Jaco é um dos epítetos de Dionísio, o deus menino filho de Isis, que em Roma era Baco. Assim sendo, o amor antes de fazer parte das bravatas sexuais foi nome das cobardias e dos sentimentos das desventuras milicianas.

Este pode ter sido Adónis ou o seu filho, o deus Sacar, no Corredor Sírio. O jovem amante de Afrodite teria sido o seu filho “bem-amado” em épocas arcaicas, pelo menos na variante cosmológica na qual Gaia foi a primeira divindade criadora.

Uma coisa é certa, o facto de Eros ser um deus primordial responsável pela atracção dos primeiro casal divino deveria fazer dele um deus se gerado não crido e, de qualquer dos modos, consubstancial ao primeiro casal de deuses que foi An-Ki = Enki. A teimosa persistência da pomba do divino Espírito Santo na mitologia cristã só pode ser explicada pela intuição do facto de, enquanto Amor divino, Ele ter feito parte da primeira vontade criadora de Deus. Por outro lado, a concepção da virgem Maria por obra e graça do mesmo Divino Espírito Santo não faz mais do que prestar meças a esta antiquíssima tradição da primacial importância do Amor divino, que podia ser causa de geração divina por si mesmo.

Mais do que significar a força do amor que domina a ferocidade de qualquer colérica inimizade, esta alegoria clássica revela a relação arcaica do Amor com a sua Divina Mãe! Na verdade, a mesma tradição que faz de Eros um eterno «deus menino» que necessitaria de uma mãe, nem que fora adoptiva, teria que fazer de Eros, com a mesma lógica metafórica, um «filho da mãe» de todos os deuses!

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Figura 6: Alegoria de Eros sentado no dorso dum leão.[3]

Esta, por ser a protectora do deus do amor, só então seria uma «deusa de amores». Porém, a tradição faz de Eros um filho de Afrodite tal como Cupido era de Vénus. Sendo assim podemos concluir que Vénus e todas as deusas do amor foram de facto as deusas mães primordiais! Por outro lado, a cítara da sedução melodiosa do amor pode indiciar que Apolo seja um Eros crescido e feio adulto tal qual parece ser o caso de Hermes.

 

Ver: PTAH / O MITO DO PARAISO PERDIDO (***)

Según la Teogonía hesiódica, Eros fue engendrado al mismo tiempo que Gea y salido directamente del Caos originario. En palabras de Hesíodo, es "el más hermoso de los dioses inmortales, afloja los miembros y de todos los dioses y hombres cautiva el corazón y la prudente voluntad de su pecho". La tradición más extendida considera a Eros hijo de Hermes y Afrodita.

Hermes é seguramente uma variante de Ares e coloca a mesma a eros as mesmas dúvidas sobre a sua paternidade. Em boa verdade, o verdadeiro filho de Hermes e de Afrodite foi o Hermafrodita.

Hermafrodita = Herm(es) + Afrodite.

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Figura 7: Hermafrodita.

 

AMOR

Amor, was the Roman god of love.

Sendo assim, o Amor seria um dos nomes de Cupido.

Hemera was the Greek goddess of day. She was born from Erebus and Nyx. She emerged from Tartarus as Nyx left it and returned to it as she was emerging from it.

Sendo filha de Érebo e da Noite Hémera, a luz do claro dia, seria irmã de Eros, do sol da manhã e o Deus do Amor. Sendo assim, esta deusa terá tido como parédro gramatical o deus *Hémero que bem pode ter sido Hímero, o deus da cupidez. Tal como Eros passou por filho do deus da guerra também Hímero o terá sido na variante do Temor. E é assim que esbarramos com a etimologia dos humores, sentimentos seguramente aparentados com Amor. Embora a língua grega não tenha registado senão as variantes teonómicas referidas Hémera & Hímero, o latim registou ainda o nome de Timor, irmão de Fuga, companheiros de Marte e irmãos da Fama, mais propriamente da «má fama» (J!). A desonra que resultava da má fama por causa da acção nefasta destes deuses explicaria afinal toda esta semântica.

Themor (= Phobos & Deimos) = A son of Ares and brother of Phobos.

                                                                  > Thema > Témis.

Lat. humore < Humo < Kumo < *Kima > Fama.

                                                   > Grec. Humos = de vocês, vosso.

Fama = Goddess of fame. She lived in a palace with a thousand windows, all of which were always kept open so she could hear everything that was said by anyone on earth. Her friends were Credulitas (error), Laetitia (joy), Timores (terror), and Susuri (rumor). She was known as Ossa to the Greeks.

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Figura 8. Hímeros.

Eros (mythology), in Greek mythology, the god of love and counterpart of the Roman Cupid.

In early mythology he was represented as one of the primeval forces of nature, the son of Chaos, and the embodiment of the harmony and creative power in the universe. Soon, however, he was thought of as a handsome and intense young man, attended by Pothos (“longing”) or Himeros (“desire”). Later mythology made him the constant attendant of his mother, Aphrodite, goddess of love.

In early mythology he was represented as one of the primeval forces of nature, the son of Chaos, and the embodiment of the harmony and creative power in the universe.

Sendo *Kima uma deidade virtual primordial faria sentido postular que:

                                              Timor <           Thimos > Deimos.

      Hémera / Hímeros < Himaura < *Kima + ura > Quimera. Ou ainda:

«Amor» < hamaur < Kam(a) + ura <*Kima ó Ka®ma

                                                      > Amur-i-ush > Amulius.

Karma = lei da Terra Mãe, lei da vida = instinto, desejo = acção!

Amulius < Amuriush = Brother of King Numitor of Alba Longa. He deposed Numitor and killed his sons, then forced Numitors daughter, Rhea Silvia, to become a Vestal Virgin so that she could have no offspring to depose him. When she bore Romulus and Remus, Amulius had them thrown into the Tiber and locked her in a dungeon. The twins later killed Amulius and restored their grandfather to the throne. This story recalls a number of similar myths in IE mythology where the 'bad' king's strategy of preserving his rule is thwarted after the exposed infants survive to eventually overthrow him.

A origem do nome de Fobos deve estar relacionada com o nome Apolíneo de Febo, por sinal também relacionado com a luz como Hémera. Se assim não tiver sido resta ainda a hipótese de o amor ter derivado do nome do amor sumério, precisamente tal como o deus Kama, do amor hindu.

Sumer. Kam = amor => «cama», onde se faz amor?

=> deus hindu do Amor, Kama.

=> Komos, nome grego dos banquetes reclinados na cama!

=> Kami = divindade Xintoísta!

Kama = (Hindu Myth) God of love and desire. Son of Vishnu and Lakshmi, and husband of Rati (goddess of voluptuousness, like the Roman Venus).

Assim sendo, tudo aponta para pensar que as quimeras não seriam mais do que os leões Aker da aurora, monstros compósitos formados por todas as virtudes dos deuses totémicos zoomórficos guardiães da árvore da vida às portas do jardim das delícias do Amor divino, no paraíso celeste.

 

Ver: QUIMERA (***)

 

ASTAR

Os deuses do amor masculinos, Astar da Abissínia e Athtart da Arábia, devem corresponder a uma variante destes cultos na forma de adoração do «deus menino», filho das deusas do Amor, que foi Eros / Cupido na cultura clássica e Sara, filho de Istar na caldeia e Athar na cannaneia.

Estes deuses teriam a variante taurina e «manda chuva» em Escur, um deus luciferino e, por isso mesmo, deus da luxúria, que suspeitamos que seria etimologicamente filho e esposo de Istar.

Athar = The Canaanite god of the morning star. After his failure to replace BAAL he is made ruler of the underworld.

Shara: Sumerian city-god of Umma, modern tell Djoha, North-East of Uruk. Son of Ishtar. Epithet: Hero of Anu.

                             => Ishtar > Ester.

Escur < Ish-Kur = Kur-Ish > Haurish > Hórus => Eros.

              Ishkur ó Ash-Kur > Ashhaur > Ashar > Shar(a)

                                               > Ash-Tar > Astar ó Athar

                                                               => Ashtaret > At-Taret > Athtart.

Como o fruto do amor das deusas do amor seria necessariamente um «deus menino, filho de Amor, seriam também deuses masculinos do amor. Na verdade Eros / Cupido é um deus masculino da tentação venal certeiro nas flechas da paixão e por isso tão frecheiro e quanto Apolo. Por alguma razão se suspeita que Apolo Lucaios, o deus dos lobos brancos, seria o deus dos lobisomens e também um deus masculino do Amor, e seguramente uma variante adulta de Eros.

De facto, aos mitos de luxúria masculina, relacionados com a prostituição sagrada em louvor de Istar, podemos contrapor uma forma de luxúria masculina representada no mito do lobisomem, fonte duma infinidade de histórias infantis e populares, contados por velhas bruxas e avozinhas ladinas, de que o lobo do «capuchinho vermelho» é apenas uma das variantes mais conhecidas! De facto, entre outras razões para que o mito do lobisomem seja o contraponto feminino da luxúria está o fundamento étmico do nome dos lobos e o facto de as sextas-feiras de lua cheia serem noites de lobisomens porque a sexta é dia das deusas do amor e existe a crença de que os lobos uivam à lua cheia, que é um símbolo de Istar, a deusa das mulheres na plenitude da gravidez ou da fecundidade do seu estro!

 

Ver: LUPUS (***) & PRÍAPO(***) & LUPERCALIAS (***)

 

EROTES

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Figura 9: Os três Erotes, filhos de Afrodite eternamente meninos e inevitavelmente efeminados porque invariavelmente associados a cenas de intimidade feminina.

Notando Vénus que Eros (Cupido) não crescia e permanecia sempre menino, perguntou o motivo a Témis. A resposta foi que o menino cresceria quando tivesse um companheiro que o amasse. Vénus deu-lhe, então, por amigo Antero (o amor partilhado). Quando estão juntos, Cupido cresce, mas volta a ser menino quando Antero o deixa. É uma alegoria cujo sentido é que o afecto necessita de ser correspondido para se desenvolver.

Os Erotes eram um trio de filhos de Vénus/Afrodite e, por isso, irmãos de Eros/*Kar.

Todas as teogonias são unânimes em considerarem que Eros, o deus do amor foi um dos mais arcaicos deuses, seguramente o filho primogénito da deusa mãe Tiamat, a Sr.ª do Caos primordial, e mãe de todas as quimeras e de Himeros, o deus Phanes Protágonos, a luz do primeiro dia da criação.

Talos < Kalos < *Kauros > Airos > Eros + *Kima => *Kimeros > Himeros.

Pheme < *Kime + (Kau)ros > Himeros (“desejo”) > «humores» > Hameros > Amores, o equivalente latino dos Erotes.

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Figura 10: Eros angélico.

Nestes tempos remotos a fama das vitórias e os rumores de interesse guerreiro e estratégico eram veiculados por sinais de fumo tornados célebres pelas sagas modernas dos índios norte americanos. De facto,

«Fumo» < Phume < Kime > Pheme > «fama»!

Pheme = Rumour. Messenger of Zeus. A swift-footed creature, a winged angel of ruin with sleepless eyes and countless tongues and ears. The peaceful world of heaven was forbidden for her, whose voice is ever sounding both good and evil and spreading panic. In wrath she dwells beneath the clouds, a spirit neither of hell nor of heaven, and troubles the earth.

Mas... podemos aceitar que o trio de deuses amorosos teria ainda outras variantes que vieram a dar origem a outros pequenos anjos da corte da Deusa Mãe! Relacionado com estes teriam estado os Filotes.

Philotes = Pleasure of love. Friendship. Offspring of Nyx (Night).

Philotes lit. «filhotes» < Phirothes < Kur othes > Kyrotes > Erotes.

 

Ver: OS VÁRIOS HÉRCULES / AQUELÔO (***).

 

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Figura 11: Erotes voando sobre o mar: Himeros, Kalos e Eros”, um das poucos trios divinos masculinos![4]

Apesar a mitologia os relacionar com a noite, que seria Atena/Nike, isso nada teria de relevante pois a noite foi feita para os amores e amantes e Atena/Nike seria uma forma de irmã ou mãe de Afrodite, senão mesmo a própria deusa mãe arcaica, pelo que teria seria com os erotes todos as relações afectivas e familiares que se queiram imaginar!

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Figura 12: Hippodame, Photos, Asteria, Eros, Iaso, e Eurynoe.

The picture is bounded on the left by a slender column supporting a tripod, and on the right by a sapling, perhaps a young olive. Small tripods like this are frequent in the Kadmos Painter, and often at least they are what they seem to be, a light indication of sacred ground.

Outro dos Erotes era Potos ou Foto.

Pothos ("longing") or Himeros ("desire"). Later mythology made him the constant attendant of his mother, Aphrodite, goddess of love (In this version he represented lust). In most stories he was the son of Aphrodite and Ares and was represented as a winged youth armed with bow and arrows with which he shot darts of desire into the bosoms of gods and men.

De qualquer modo, não é sequer consensual que o amor tenha sido filho da sua principal vítima, que foi Afrodite/Vénus, nem assim de uma qualquer outra Deusa Mãe, por virtude do poder universal do amor!

Zelos, o deus do ciúme, seguramente depois de ter sido senhor da ardor sexual viril e do «cio» do «machos dominante», relacionado com os cultos de Pallas & Styx.

apenas mais uma variante do nome de

Kar > Karus > Kerus > Zelus ou, pelo contrário e muito mais plausivelmente, Zelos < Zu-lus < Chu-lus / Enkilus, literalmente Zu, o santo e mensageiro «homem de Ki», filho da virgem Mãe primordial?

 

Ver: ANZU (***) & POTOS (***)

 



[1] Chapter 1. The King of the Wood. The Golden Bough, by Sir James George Frazer.

[2] Conheça um pouco da história da mitologia greco-romana.Página desenvolvida por Rosana's Art Designer. Página elaborada em outubro de 1997 e modificada em 29.01.99.

[3] Desenho de autor desconhecido com cores do autor.

[4] Adaptado ciberneticamente pelo autor do desenho de lado B do vaso "London E 440", British Museum, London.

sábado, 17 de maio de 2014

OS CENTAUROS, CAVALEIROS ANDANTES DA CÍTIA, por artur felisberto.

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Figura 1:[1] Teseu lutando com um centauro.
Centeotl = Cen-teo-ter < (Teo) *Centu-Ur > Centur,
o. “deus Centauro” dos Citas, terra de Sabiti,
a Deusa Mãe do fogo e do centeio?
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Figura 2: mural minóico com o símbolo dos cornos do Minotauro.
 
MINO
TAURO
 
*CEN
TAURO
SÁTIROS < SATUR(NO)
SAT
TAURO
Não quer isto dizer que o deus dos azetecas tenha tido algo a ver com os centauros dos gregos. Nem poderia ter porque a mitologia dos centauros faz parte duma elaboração surgida seguramente no período formativo da idade das trevas da história helénica de que é um componente típico como grande parte das fantasias da mitologia clássica! Porém, por debaixo do estrato onde nasceram os centauros existiu uma mitologia mais arcaica que tinha o touro por epíteto genérico que determinou na civilização a ornamentação dos telhados minóicos com os característicos «cornos de altar», bem como o mito do Minotauro, e na caldeia toda uma rica ornamentação que impunha a todos os deuses e deusas um capacete ornamentado com cornos bem como a prolífica moda dos touros alados guardiães das portas de templos e palácios!
De facto, seria tentador suspeitar que o nome dos centauros e dos tem a mesma origem do nome do Minotauro.
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Figura 3: Centauromaquia.
É fácil de identificar o arcaísmo da raiz Sat como relativo a um dos deuses primordiais reconhecido na mitologia latina como sendo Saturno, aliás o deus da fartura cerealífera da época dourada minóica, Set no Egipto e Satã na Canaaneia.
Mino é obviamente o mesmo que o etrusco Mantu e o egípcio Min/Montu.
*Cen pode ser uma forma invertida de Enki já que, este deus, bem como muitos dos seus equivalentes em outras mitologias, são considerados como inventores e promotores da agricultura! Este deus primordial é obviamente o deus protágono, filho da terra mãe, e, por isso mesmo, filho de Vénus e o mesmo que o grande Kan, Fanes, Benu, Fauno, etc.
Nidaba = Nisaba = Babylonian goddess of grain and its harvest. Her breast nourishes the fields. Her womb gives birth to the vegetation and grain. She has abundant locks of hair. She is also a goddess of writing and learned knowledge. She performs the purification ceremony on Ninurta after he has slain Anzu and is given his additional names and shrines.
Asnan < Ashnan: Deusa dos grãos e cereais, tal qual Ceres. Filha de Enlil. A ela, foram dados por Enki os campos férteis da Suméria. Deusa de grande poder, com um culto forte e tendo Shakkan por consorte.
Nisaba < Nishaba > Nidaba.
                                < Nin-Shawi ó *Ash-Nin, lit. “filha do Sr.”
                                        Ashnan < *Ash-Nin < Ash-Nana
lit. “lenha (palha = filha) do deus lunar Nana / Enki”?
Shakkan > Shakikan > Ashki-Kan = Ash-| Ki-Enki > Cienthi => «Centeio».
Sendo assim, a etimologia corrige a semântica dos panteões corrente fazendo de Nana o que já se suspeitava, ou seja, uma mera variante de Enki.
Porque teria o centauro degenerado numa besta meio homem meio cavalo? Por delírio tardio de mitógrafos ignorantes da tradição minóica seguramente e quiçá por influência de mitos contadas a propósito da arte cita de equitação. Mas a mesma degradação aconteceu com os sátiros e com o Minotauro. Alias, todos estes mitos estiveram relacionados com cultos agrários e de fertilidade.
Há quem, como Dumaziel, veja nos Gandharvas os equivalentes védicos dos Centauros helénicos! Ora, os Gandharvas têm etimologicamente mais a ver com as hárpias do que com os Centauros.
Gandharvas < | Gand- | + | < harwas < *Hark(i)as > harphas > Harphias |.
No entanto, sob o ponto de vista funcional um grupo de deidades musicais seria mais parecido com um grupo de clássico Silenos e/ou Sátiros, por sinal também deidades animalescas como os Centauros, se bem que estas fossem cavalares, enquanto as restantes eram caprinas. No entanto, etimologicamente os Silenos foram o masculino das Sirenes enquanto os Sátiros são uma variante fonética dos Centauros. Sendo assim, nada impede a analogia das Apsaras com as Harpias gregas e dos Gandharvas com os seus paredros masculinos que, afinal, podemos, deste modo, identificar com deidades arcaicas, ainda carregadas da ruralidade do deus Pan e de zoomorfismo, ainda mais arcaico e selvagem, do xamanismo pré agrícola, animalista e animistas como era próprio da época antropológica da caça-recolecção.
Assim, centauros, sátiros e silenos seriam apenas velhos companheiros de caça de Enki/Kian > Pan. Por esta mesma razão é que aparecem nos cortejos tântricos e frenéticos dos bacanais, autêntico elogio festivo da loucura divina da caça ao leão e ao tigre, que Dionísio cavalgava!
 
Ver: CITAS (***) & NUMEROS (***)
 
Este deus Pan não seria também senão a evolução popular do misterioso e arcaico deus Phanes, o deus da luz da aurora primordial, a Fénix que apareceu no topo da montanha cósmica para dar a luz ao mundo na forma do pássaro Benu dos egípcios. Sendo assim, o centauro seria apenas uma das muitas variantes dos mitos de transporte solar. Estes deuses, pelas suas relações com o transporte das almas dos mortos e com o por do sol teriam acabado com conotações mais ou menos negativas desde as meramente cómicas como no caso dos sátiros e muitas vezes dos centauros até às mais aviltadas e maléficas como é o caso de Lúcifer e dos Vampiros, particularmente na forma de Nosferato.
 
TESEU E OS CENTAUROS
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Figura 4: Centauros e Lapitas.
3. Depois deste episódio, Piritoo desposou Deidamia106 e convidou Teseu para vir a cerimónia, visitar a sua terra e ficar entre os Lapitas. Ora Piritoo havia também chamado os Centauros para o banquete. Como estes começassem a exceder-se e a comportar-se com insolência, e, sob o efeito da embriaguez, perseguissem as mulheres, os Lapitas lançaram-se em defesa destas e mataram alguns Centauros. Os restantes foram vencidos em batalha e expulsos do território. Teseu combateu em defesa dos Lapitas e participou na batalha. 4. Heródoto, porém, afirma que os factos não se passaram deste modo, mas que foi já depois de a guerra ter estalado que Teseu veio prestar apoio aos Lapitas como seu aliado e que foi então que, pela primeira vez, avistou Hércules com os seus próprios olhos. Encontrou-o em Traquis, quando este já havia encontrado repouso das suas andanças e dos seus trabalhos. Foi então que se estabeleceu a estima e a amizade entre eles e mutuamente teceram enormes elogios. No entanto, e preferível seguir quem afirma que eles se encontraram muitas vezes e que Hércules foi iniciado nos mistérios por Teseu e que este também o purificou antes da iniciação, pois assim se tornava necessário, devido a actos que aquele cometera involuntariamente.
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Figura 5: Teseu e os centauros.
Tomou parte na missão dos Argonautas para encontrar o Velo Dourado. Lutou com os centauros.
Assim, a trama do destino de Teseu cruzou-se com o de Hércules no princípio, no meio dos “doses trabalhos de Hércules”, nas lutas deste com as amazonas e com os centauros, com os amigos de Hércules, com os seus filhos e, no fim da vida, Hércules ainda tirou Teseu dos infernos.
Mas cruzou-se também com outros heróis lendários como foi o caso dos argonautas, Atalanta, Meleagro possivelmente com Perseu.






Ver: Deusas da Lusitânia - AIRE ou SANTA IRIA / SANTARÉM (***) 
 

 

 

 

 

 



 
DINGER
Interessantes a este respeito são os termos utilizados para designar a divindade de forma genérica tanto no Egipto como na Suméria.
Suméria
= dingir
< Thin gir < Tan ger
< Kian Kur
Egipto
= netger
< Then ger < Tan ger
< Kian Kur
 
Ver: ANU (***)
 
Do mesmo modo...
Helios, called Panderkes < Pan-Ker-kus < *Pan-Kurkius => «Pancrácio».
Kian Kur > *Pan-Kur-kius < Kian Iscur.
Athin gar> thin ger => Tanger, na Líbia
San Taur > Santar / Santarém, em Portugal.
Kan Tawr > Cantawuria => Cantábria, em Espanha.
Pan-Ker > Panzer, nome de tanques alemães da II G.G. < Pancrácio.
 


[1] Coloração cibernética do autor.