sexta-feira, 11 de setembro de 2015

CIBELE, A MÃE DE TUDO E DE TODOS (actualização de 28-08-2015), por arturjotaef

 

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KU-BABA / BAU/BABA

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Figura 1: Bau/Baba seated on a throne which seems to resting on water and is supported by water birds, perhaps geese. (…). Diorite. Dated around 2060-1955 BCE.

Drawing © Stephane Beaulieu, after Pritchard 1969b:173 #507.

Figura 2: Possibly the goddess Bau/Baba, seated on a throne flanked by palm trees and with two creatures, possibly water birds, at her feet. Terracotta. 2017-1595 BCE. From Ur.

Drawing © S. Beaulieu, after Leick 1998.

Bau/Baba, whose name sounds onomatopoeic (bow-wow), was principal goddess of the Lagash area, with its three cities, Girsu, Lagash, and Nimen. As "Lady of Abundance," Bau/Baba controlled the fertility of animals and human beings (Leick 1998: 23). [A very old deity, she is attested in documents dating from the period 2900 -2350 BCE] By the time of the famed Lagash governor Gudea (twenty-second century BCE), who called himself Bau's son (Frankfort 1978: 300), the goddess had become the daughter of An (Semitic Anu), the head of the pantheon. In Lagash, she was consort of the warrior Nin-Girsu, "Lord of Girsu"; he had charge of irrigation and the land's fecundity. In other places, her spouse was Za-baba, a northern warrior. (…) The four-day Festival of Bau/Baba at Lagash took place in the autumn, when pilgrims from other towns came bearing offerings. During the Festival, common folk and royalty made sacrifices to their ancestors, thus feasting the dead. Afterwards, they dined on the leftovers (Cohen 1993: 53-54, 470-471). Since mediating between angry gods/ demons and their human prey was a task that often fell to healing goddesses, they needed to have close connections with the Underworld (Cohen 1993: 149). (…) At the New Year, there was also a festival of Bau/Baba at Girsu, when a "Sacred Marriage" rite involving Nin-Girsu and Bau took place (Cohen 1993: 67, 75). According to Frankfort, Bau was dominant in the ceremony (1978: 297). -- "Going to the Dogs": Healing Goddesses of Mesopotamia, by Johanna Stuckey.

Bau / Baba seria possivelmente o nome carinhoso da deusa mãe que enquanto deusa curandeira seguiria o exemplo das cadelas que lambiam os filhos para os manterem lavados e dos cães que lambiam as próprias feridas curando-as com a sua baba ou saliva. O certo e que o nome desta arcaica deusa ficou na linguagem popular tanto como «baba» / «saliva» / «escuma» como com o significado de «babá», a ama protectora da criança. Como esta deusa seria uma variante de Ki, Ninhursag, terá acabado como Ki-Baba ou Kubaba.

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Figura 3: Kububa, segurando uma romã na mão direita e um espelho na esquerda, aparece assim simultaneamente como deusa infernal e do amor, ou seja uma mistura de Istar e Ereshkigal. Museu das Civilizações da Anatólia, Ankara, Turquia.

Kou-baba est la déesse reine de la ville antique de Karkemish, parèdre du dieu de l'orage. C'est une divinité de la fertilité. Elle joue un rôle dans les textes louvites et un rôle mineur dans les textes hittites, principalement dans les rites religieux hourrites. Plus tard, son culte se répandit et elle devint la déesse principale des royaumes anatoliens postérieurs aux Hittites, puis d'Hattousa. Elle est probablement à l'origine de la divinité phrygienne Cybèle. Depois, o seu culto espalhou-se, e o seu nome foi adaptado para a deusa principal dos reinos que sucederam aos Hititas na Anatólia, e depois evoluiu para a Frígia Cibel, como o demonstrou detalhadamente Mark Munn (Munn 2004). Inscrições Frígias com a sua imagem em esculturas cortadas na rocha identificam-na como matar (“a mãe ") e, numa das instâncias, Ku-bil-eja.

Por outro lado, a deusa dos frígios parece ter pouca semelhança com Kubaba que era a deusa soberana de Sardis e foi conhecida pelos gregos como Kubebe (Herodotus] 5.102.1, como notou Munn em 2004). No período Arameu que se seguiu, Heba tornou-se Hawah, a Deusa síria das cobras e mãe de todos os viventes, que emergiu na Bíblia como Eva. [1] -- From Wikipedia.

The Phrygian Mother is an Anatolian puzzle. She is the knot that joins Kybele, the Phrygian Mother of the Gods of Greco-Roman sources, to Kubaba, the divine Queen of Carchemish of Bronze and Early Iron Age cuneiform and hieroglyphic sources. Laroche's landmark study of 1960 argued that the former was the direct descendent of the latter, even though the development of her name, Kubaba > ? > Kybele, could not be readily explained. Since then this link has been questioned. Brixhe's work (1979) on Old Phrygian clarified the earliest form of the name of Kybele as the adjective, kubeleya, modifying matar. Taking his lead from the Greek epithet, oreia, Brixhe suggested that matar kubeleya was Phrygian for "Mountain Mother," and therefore that kubeleya (also attested as kubileya) came from a Phrygian word for "mountain." The corollary of this argument was its most significant outcome: the name of Kybele could have nothing to do with Kubaba. Most recently, Roller's study of the Phrygian Mother (1999) has reinforced this conclusion by emphasizing the iconographic distinctions between the archaic images of the Phrygian Mother and Syro-Anatolian Kubaba.

It is time to unravel the knot and show that the thread from Kubaba does, in fact, lead to Kybele. The clue to this tangle is the recognition that the monuments to the Phrygian Mother all belong after the rise of the Mermnad Lydians, when Kubaba was a sovereign deity at Sardis, known to Greeks as Kybebe (Herodotus 5.102.1; Charon of Lampsacus FGrHist 262 F 5; Kuvav- in Lydian).

Lydian, like Carian, and Lycian, forms adjectives by the suffix, -(e/a)li-. So from the name of Artemis (Lydian Artimus, Lycian Ertemi) come Lydian Artimalis, Lycian Erttimeli, meaning "The One of Artemis". A similar formation from Kubebe, *Kubeb(e)li-, with the addition of the Phrygian adjectival suffix, -eya, gives *Kubeb(e)leya, "The person/place of Kybebe". Contracting this, and simplifying the cluster -bl- (not attested in Old Phrygian) to -ll-, yields *Kubelleya. Kybeleia is attested in Hecataeus of Miletus (FGrHist 1 F 230) as the name of an Ionian polis (i.e., a "place of Kybebe"). The descriptive placename Kybeleia could become nominalized as the deity Kybele in Greek, just as basileia ("kingly person/place") became nominalized as the deity Basile.

The corollary of this argument is its most significant outcome. The Phrygian Matar Kubeleya received her name from the Luwian family of Anatolian languages, the ancient home of Kubaba's cult. During the period when the monuments to the Phrygian Mother were being created, Kubaba' most important home was at Sardis, in Lydia, where Greek sources say she was called Kybebe "by the Lydians and Phrygians" (Charon). The "places of Kybebe" known in Phrygian as kubeleya were the natural or man-made cult places of this goddess who had become an expression of Lydian sovereignty. -- Mark Munn, "Kybele as Kubaba in a Lydo-Phrygian Context".

Bel: “Senhor” Título de vários deuses cabeças de panteões locais. O termo recorre a Marduk da Babilônia, Assur da Assíria, e Ninurta na epopéia de Anzu.

Belet Ili: "Senhora dos deuses", um nome para a grande deusa de mãe, Ninhursag. Era a deusa de Suméria do útero, figuras e formas. Os deuses pediram-lhe que lhes criasse os homens para que eles lhes cultivassem a terra e cavassem canais, e as mulheres de forma que eles pudessem continuar a procriar dos homens. Ela criou sete de cada raça o que deu como o resultado que, depois de 600 anos, as pessoas já muito numerosas. A terra ficou tão ruidosa quanto um curral de gado e o deus supremo Ellil não popia dormir. As pessoas também eram pecadoras, porque chegavam a comer os próprias filhos, pelo que Ellil decidiu acabar com a raça humana com uma grande inundação. "Afinal de contas, as pessoas também ficaram muito preguiçosas e deixaram de trabalhar para os deuses ". Ellil pretendeu manter este plano secreto desconhecido dos humanos mas o deus Ea (Enki) contou-o para o seu protegido Atrahasis o que aconteceria e como ele poderia se salvar por meio de um barco. => Belili: Um nome da deusa Geshtin-anna, irmã de Dumuzi, esposa de Nin-gishzida. Epíteto: "ela a que se lamenta sempre". => Belet-seri: "Senhora das terras abertas" (onde residiram os fantasmas), deusa que tomava conta do que acontecia no Mundo dos infernos. Epíteto: " Escriturária da Terra ".

Baba - An alternate form of the goddess Inanna.

Ki + Baba = Ki-baba > Kubaba.

Se, em acádico, Bel era o título do senhor dos deuses Belet seria também em caldeu o nome de senhora! Então, Ki-Baba ou Kubaba terá sido também chamada alternativamente Ki / Ku-Belet, possivelmente com formas ainda mais arcaicas como *Ki-Wer-Ish de que terá derivado a egípcia Ta-Ver-et e a forma micénica Kubeleja, todas com o significado óbvio e comum de Senhora da Terra Mãe.

O resumo pode ser o seguinte:

Kubaba > Kubebe + (e)li  = *Kubeb(e)li ( = The One of Kubaba) + -eya

= *Kubeb(e)leya = "The person/place (= One) of Kybebe"

> *Kubelleya > Kubeleya > Kybele.

O conteúdo da informação dos estudos de Mark Munn não é passível de contestação mas os argumentos e respectivas conclusões são obviamente questionáveis.

Mesmo assim, ficou por esclarecer se a aparente originalidade do nome de Cibele seria mesmo uma invenção linguística frígia!

De resto, muitas das dúvidas levantadas contornam outras porque afinal a variante sibilina do nome de Cibele pode ter sido cretense e não anatólica porque não aparece na cultura hitita e aparece na Sicília.

Na literatura e poesia clássicas, Hyblea é usado como um adjectivo relativo a mel. Uma das cidades antigas da Sicília conhecido como Hybla era famosa pelo seu mel; muitos associam este Hybla com as Montanhas Hyblaeas (figurativo do Monte Hybla) na moderna província de Ragusa.

Le complexe montagneux des monts Hybléens est constitué de calcaire. Leur nom vient d'un roi sicule Hyblon qui régna sur ces lieux et concéda une portion de territoire aux Grecs pour bâtir Megara Hyblaea.

A razão porque havia tantas cidades chamada Hybla na Sicília surgiu provavelmente do fato, mencionado por Pausanias, de que havia uma divindade local com este nome. (Paus. v. 23. § 6.).

Um deus Hibla (ou deusa Hiblaea), a partir de cujo nome várias cidades sicilianas foram nomeadas, teve um santuário em Hybla Gereatis.

Autóctone ou importada da Anatólia com a chegada dos sícules à Sicília, assim como os antepassados dos romanos e dos etruscos que chegaram às costas italianas, o que é duvidoso é que os sículos fossem indo europeus de origem continental porque fazem parte das listas egípcias dos povos do mar.

Hybla or Hyblaea - Sicillian Earth Goddess.

Ibla - Sicillian Godess of beauty, love and fertility .

             < Ki-| Wel < Ki-pher, a que transporta a terra (e a cidade) na cabeça.

Cybele > Kubile > Hybla (d)ea = Hyblaea

                                           > Ibla.

Se Hibla era uma deusa indígena siciliana à época de Pausânias poderia ser de origem sículo até porque os montes do mesmo nome aparecem na porção que se supõe ter sido colonizada por estes guerreiros da Terra Mãe!

«Sículos» < Lat. Siculi < Grec. Σικελοί < Ki-kauroi

«Sicanos» < Grec. Sikanoi < Kiki-na.

«Sicília» (= Lat. Trinacria) < Grec. Sikelia, t

erra dos sículos ou apenas Ilha de Ki, a terra mãe telúrica do monte Etna.

O Etna era conhecido na Roma Antiga como Ætna, um nome derivado provavelmente do grego antigo aitho ("incendiar") ou do fenício Attano. Os árabes chamavam-lhe Gibel Utlamat ("a montanha de fogo"), que mais tarde teria gerado a corruptela Mons Gibel. Literalmente ambos os elementos, árabe e romano, significariam "monte montanha", repetição que se não for mera redundância de culturas que se ignoram seria uma mania de grandeza siciliana com mistura de linguagens.

Hasta inicios de s XX, por lo menos, era frecuente que la población siciliana llamara Gibellu a este célebre volcán; tal denominación local deriva de la presencia árabe en el lugar durante la edad media. En efecto, Gibellu o Gibello deriva de la palabra árabe ŷébel (monte, montaña). Aún en 2005, se llama en Sicilia Gibello o Mongibelo a la montaña; quedando la denominación Etna para el cono volcánico.

Obviamente que Gibelo é que seria uma típica mania de grandeza italiana porque se reportaria a um monte tão grande quanto belo!

Na verdade, o mito indo-europeu teria feito pouco sentido desde a origem se tivesse sido inventado por alguém que além de saber línguas clássicas soubesse também aramaico ou outras línguas semitas. É óbvio que o simples facto de existir um genérico árabe ŷébel para montanha deixa sem grandes dúvidas de que Ki-Bel-et teria sido o nome arcaico da Senhora do Monte que os árabes vieram a reencontrar na Cicília com o nome local de Gibellu onde já tinha sido também Hibeleia como foi na Frígia kubeleya. Na verdade, é bem possível que, tal como barbaru era um genérico para povos estrangeiros e desconhecidos, Ki-bel-ya fosse o nome genérico de terras desconhecidas e selvagens que começou por ser a Ibéria do Cáucaso a oriente e, muito mais ainda, a ocidente a península ibérica tal como pelo meio as Montanhas sicilianas Hiblaeas, porque à medida que iam fazendo parte do campo geográfico conhecido ia ficando cada vez mais distante como parece ter acontecido à Sibéria e ao vulcão Ki-lauea do Hawai.[2]

 

SEVILHA

Ora, pelo menos a ocidente, o culto da “deusa Mãe” na forma mais arcaica da Virgem de Macarena foi perpetuada até hoje na profusão floral das “festas da semana santa de Sevilha” e nas “romarias do Rocio”. Sevilha teria sido mesmo o porto de difusão desta cultura arcaica de Cibele por todo o mundo.

El nombre de la ciudad procede del nombre indígena tartesio Spal, que significa "tierra baja". Tras la conquista, los romanos latinizaron el nombre a Hispalis, que en época andalusí varió a Isbilia, debido a la sustitución de la "p" (fonema inexistente en árabe) por "b" y de la "a" tónica por "i" (fenómeno característico del árabe hispánico conocido por imela), de donde procede la actual forma 'Sevilla'.

«Sapal» = • s. m. terra alagadiça > Tartéssico / Turdetano spal  > • «paul».

Sevilha teria sido um pântano e um «sapal» na sua origem como os locais de Romário das festas do Rocio? Seria esta a terra das garças de onde partiram os astecas?

Para deslindar a etimologia de Sevilha há que remontar a épocas anteriores ao domínio de Roma. Gregos e romanos adaptaram o vocábulo de língua desconhecida, ao qual deram a forma Hispalis. Os árabes, adaptando por sua vez o topónimo já latinizado, chamaram-lhe Ixbília - de onde descende em linha directa o actual nome Sevilha. Onde não existe uma luz que nos abra caminho, há quem enxergue neste topónimo um vocábulo semita, pois que sefelah significa "chão, lugar plano", em hebraico, e safal significa "fundo, baixo", em árabe. A primeira acepção convém à Sevilha andaluza, a segunda acepção encaixa melhor na Sevilha de Tábua.

(…) Resaltar a semelhança com as raízes Isp- e Esp- presentes em nomes como Esp-inho, Esp-osende e Esp-asante (Ortegal, Galiza), todos portos de mar. Há debates inconclusos acerca da até onde chegaram os fenícios cara ao Norte pela fachada atlântica peninsular. – jose cunha-oliveira. Blog: toponímia galego-portuguesa e brasileira.

Na evolução do nome latino de Sevilha apenas nos falta o elo visigótico que teria sido Spalis.

Seville was called Spalis by the Visigoths, Hispalis by the Romans who preceded them. The word, whose meaning is unknown, is almost certainly of Semitic origin, for the site upon which Seville is built was occupied by the Carthaginians from at least the seventh century BC. Isidore of Seville, whose Etymologies were written in the sixth century of our era, says Hispalis means "built upon posts," because his palis in Latin means "these posts." This is folk etymology, but curiously, a number of pine posts were found earlier this century beneath a building on Seville's Calle Sierpes, deeply embedded in the earth and probably dating from the birth of the city. They must have been used to consolidate the foundations, for Seville is built on marshy ground and used to be frequently flooded by its two rivers.

(…) Spalis - or Ishbiliyah, as it now came to be called - was the richest city in Andalusia. Ishbiliyah, Islamic Seville, Written by Paul Lunde.

Tenha lá sido o que foi a verdade é que é mais fácil ir a Espanha a partir do latinismo Hispalis do que a Sevilha, mesmo seguindo caminhos árabes por Isbília!

Mas voltando a Hispális, qual terá sido a sua etimologia?

José d’Encarnação, na sua obra GENTES E DIVINDADES, NA LUSITÂNIA PRÉ-ROMANA OCIDENTAL faz-nos andar às voltas como Sálios numa repartição pública. Se o cognome Hispallus não é, como pensava Kajanto, um diminutivo Hispan(e)los de hispanus mas um derivado directo de Hispallis como Hispala Faecenia cabe-nos então perguntar? Que teria Hispallis a ver com a Hispanha? José d’Encarnação teve tanta vontade de contrariar Kajanto que nem pensou nisso!

Hispallus, ao invés, afigura-se-nos sintomático, na linha do raciocínio que iniciámos. Kajanto, por exemplo, é peremptório: trata-se, em seu entender, do diminutivo Hispan(e)los e, tal como aconteceu com Gneus Cornelius Scipio Hispallus, cujo pai morreu em combate na Hispânia e por isso se lhe deu o nome de Hispanus, Hispallus equivale a Hispanus — e não se pensa mais no assunto. E não pensei — até que, retomando a análise da decoração, ousei pôr em dúvida o que Kajanto afirmara e...Hispallus é nome formado a partir de Hispallis, tendo como representante famosa a nobre cortesã Hispala Faecenia, que em Roma terá feito furores, a acreditar, por exemplo, em Tito Lívio. (*)

(*) Kajanto inclui este cognomen no número dos que têm o sufixo -ulus/a ou equivalente e escreve: “Barbaric ethnics appear as the cognomina of the Roman nobility only after the peoples had come into the Roman sphere of influence: Hispallus is recorded 176 B.C. [...]” (nota na pág. 49). Na p. 125, no âmbito da explicação desses diminutivos e sua formação, dá como exemplos da ocorrência de poucas transformações fonéticasthe republican names Atellus (Ater) and Hispallus (Hispanus) [...] explainable as from Atr(e)los and Hispan(e)los. Será, todavia, na p. 199, no quadro dos cognomina etimologicamente formados a partir de topónimos, que vem a explicação da opinião atrás expendida: cita Gnaeus Cornelius Scipio Hispallus, que assumiu o consulado em 176 a.C. (PIR IV p. 90) e esclarece, citando Reichmuth (p. 54), que “his father fought and was killed in Hispania, and may been called Hispanus. Kajanto refere depois que Hispallus ocorre em CIL X 5588 (Campania); que se regista um Hispalus em CIL XI 6193; e sobre Hispala Faecenia, “a famous courtesan 186 B.C. (RE 6, 2097)”, afirma: “Probably has an old women’s praenomen” — o que, na verdade, não se me afigura ser uma justificação clara, se se tiver em conta que acerca desta influente cortesã escreve V. E. Pagán (p. 61): “Originally a Spanish slave from Hispalis (now Seville), she took the name of her patron upon manumission”. Era o que eu suspeitara: a interpretação de Kajanto, ainda que engenhosa, não é aceitável. -- GENTES E DIVINDADES NA LUSITÂNIA PRÉ-ROMANA OCIDENTAL, José d’Encarnação.

O argumento de autoridade de Victoria Emma Pagán no seu livro “Conspiracy Narratives in Roman History” de 2012 refere Hispala Faecenia como sendo uma escrava de Hispalis mas sem referir as fontes desta informação é prova muito verde para servir como argumento categórico. Em A to Z of Ancient Greek and Roman Women, de Marjorie Lightman, Benjamin Lightman nada refere cobre a origem desta liberta e acrescenta ainda o nome de outra mulher ilustre que nada teria de sevilhana, Hispulla. Antes de ter contrariado a afirmação peremptória de Kajanto José d’Encarnação deveria ter reparado que Hispala não tem duplo «el» como por exemplo Hispulla tem. É argumento decisivo? Não, mas lá que é importante é porque supostamente foi dos latinos herdamos o horror pelos desleixos ortográficos no pressuposto de que a grafia aponta o caminho da etimologia. Assim, como Hispalis tem dois «éles» José d’Encarnação deveria ter evitado ficar enfeitiçado pela proposta desonesta da jovem Victoria Emma Pagán que mais ninguém conforma!

E no entanto Hispala Faecenia pode ter sido uma escrava sevilhana que perdeu um «el» por ossos do ofício, que ninguém lhe levaria isso a mal. O ter sido prostituta e testemunha acusatória num crime infame de opinião religiosa não abona muito a favor da autoridade desta liberta que passou a mulher honrada pelos serviços secretos prestados ao estado romano.

Sejamos sérios! Hispallis, o nome latino de Sevilha, não destrói a aposta sensata de Kajanto de que Hispalus / Hispalla / Hispula seriam diminutivos de Hispanus porque este topónimo latino de Sevilha também o seria. De facto, como se deu conta antes com as referência topográficas de José Cunha Oliveira tanto a Espanha como Sevilha seriam de origem fenícia nomes que devem mais ao estanho que a civilização do bronze demandava do que ao sapal lamacento que nãos seria assim tão grande nem coisa de espantar nume cidade seca do sul da Andaluzia.

Se os berberes que fizeram de Sevilha a primeira capital da Andaluzia árabe tivessem derivado o nome do visigótico Spalis nem com o fenómeno linguístico «imela» lá chegariam! O mais provável que a cidade fosse sobejamente conhecida do lado de lá do estreito de Gibraltar e tivesse nome assim já do tempo dos fenícios. De facto, a constância fonética que encontramos nos nomes que esta cidade tem em diversas línguas do mundo não pode ser um mero resultado da época dos descobrimentos. Sevilha só é Hispalis em latim.

Hispalis (Latin), Išbīliya (Arabic), Seviļa (Latvian), Sevila (Slovene), Sevilha (Portuguese), Sevíli - Σεβίλλη (Greek), Sevilia (former Romanian), Sevilija (Lithuanian), Sevilja (Serbian), Sevilla (Catalan, Finnish, German, Hungarian, Norwegian, Romanian, Slovak, Spanish, Swedish), Séville (French), Sevilya (Turkish, Azeri), Seviya (Ladino), Sewilla (Polish), Siviglia (Italian), Sivilja (Maltese).

Particularmente o nome maltês e sérvio parecem confirmar uma remota origem do nome desta cidade que teria sido sempre derivado do diminutivo carinhoso do nome da Deusa Mãe Cebelisha / Kubeleja ou da filha desta, Coré, a rainha dos infernos também conhecida nas baleares como Ibiza e que na cidade de Sevilha têm o grande nome da virgem de Macarena.

 

Ver: MACARENA (***)

 

O mais provável é que os romanos tenham latinizado o nome da cidade que já era localmente *Sevilija mas que seria também conhecida entre os helenistas por *Hispolis por Hispallis, uma deturpação do nome indígena foneticamente idêntico ao fenício sefelah e que seria o nome comum para pantanal, paul, «sapal» ou “terra de sapos”, dando em parte razão a uma tradição romana de que a cidade teria sido construída numa zona pantanosa e por isso sobre estacas como a baixa de Lisboa!

Quanto ao fenómeno característico del árabe hispánico conocido por imela” ele pode ser apenas o reflexo de uma realidade muito mais banal: com a perda do cordão umbilical enxertado da romanização os nomes autóctones acabaram por se sobrepor aos nomes eruditos impostos pelas civilizações clássicas.

Ki-Se-| phelah > «paul» | Hi-sapol > Grec. Hispolis > Lat. Hispalis

> Visig. Spal ó *Hispália ó Isbília < ? *Hispalia

Sevilha < Cewil-ya < Kubeleja > Ki-| *Wilia < *Kilia |

> «Cecília», a santa padroeira da música! > Sicília.

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Figura 4: Cila.

Cila (em grego: Σκύλλα, transl. Skylla) é o nome de duas heroínas distintas da mitologia grega, que são às vezes confundidas. Uma delas, citada por Homero e por Ovídio, era uma bela ninfa que se transformou em um monstro marinho. A outra é uma princesa, filha de Niso, rei de Mégara. Virgílio é um dos autores que identificam as duas:

ele menciona a filha de Niso como sendo idêntica à mulher que tem monstros saindo dos quadris.

«Cila» < Skylla < Ki-kur-la > Sikilia > Sicília.

                                                            > Cibila > Cibele.

 

Ver: GALAUCO & POLUIDO (***)

 

Claro que a história de Sevilha contada assim com tantos rodeios pantanosos soa a etimologia mal cheirosa.

De facto a etimologia directa é raríssima. A maior parte das vezes os povos escrevem os nomes das terras como lhes soando àquilo que elas lhe parecem ser e por isso se vão afeiçoando a esta ou aquele fonema e grafia razão porque as regras fonéticas não são leis e a sua aplicação é errática tanto no sentido que nela se aplica de forma quase aleatória, prevendo mais as possibilidades do que as certezas, como sobretudo na fonte que são de tantos erros criativos tal como são vítimas de etimologias enganosas e populares.

No entanto, esta deriva etimológica que passa por uma Deusa Mãe com nome parecido com o de Cibele é de facto a mais provável por ser a que mais se coaduna com a mitologia de Sevilha. Como sabemos os antigos começaram a ter uma ideia geográfica das terras com os cartógrafos helenistas de Ptolomeu e antes disso, sobretudo nos tempos mais arcaicos os povos eram identificados pelos centros culturais mais importantes e a Espanha foi durante muito tempo vista do lado mediterrânico como sendo essencialmente a Bética ou Andaluzia e esta com o seu porto e cidade mais importante que era Sevilha. Assim a mítica de Espanha seria a de Sevilha e as colunas de Hércules seriam associadas com a Andaluzia e com a sua capital.

Comparando as armas de Espanha e as de Sevilha acabamos por aceitar que a Espanha apropriou-se das armas da Deusa Mãe de Sevilha que cristianizou e levou para o refúgio das Astúrias. Depois da reconquista deu a esta cidade andaluza novas armas parecidas com as de Espanha mas afeiçoadas à ideologia da reconquista.

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Figura 5: As Grandes Armas de Espanha de Carlos III são uma reinterpretação barroca da mitologia real espanhola.

Figura 6: “Las armas de Sevilla, en (...) la Plaza de España”. Notar o centro com S. Fernando de Castela que a conquistou.

La segunda divisa de las columnas «Plus Ultra», la comenzó a usar Carlos V el año 1547, para dar a entender la magna extensión de sus conquistas. Simbolizan las dos coronas que surmontan las columnas, los dos Imperios de América y de España.

Como sabemos, as coroas reais resultam das muralhas das cidades que Cibele, a Magna Mater, transportava à cabeça quando sentado no seu todo-poderoso trono entre dois leões. No caso das Grandes armas de Espanha de Carlos III não houve a coragem de representar a Deusa Mãe da Espanha nem que fora como uma deusa minervina da Vitória pelo que ficou oculta no escudo de armas dos reinos de Espanha que, quiçá não por meras razões de simetria mas em memória subliminar dos 4 reinos da Andaluzia mais o de Leão e Castela aparecem cinco vezes. Na verdade a memória do subconsciente colectivo infiltra-se na heráldica como a semântica insufla de alma os hieróglifos. Os problemas interpretativos ocorrem quando esta mnemónica histórica tropeça em circunstâncias fortuitas.

Faustino Menéndez Pidal de Navascués considera que es probable que la figura del castillo se adoptara en el año 1169, fecha en la que Alfonso VIII alcanzó su mayoría de edad a los catorce años. El castillo se introduce en el sello con una clara connotación territorial, al tratarse de un emblema parlante que alude a la denominación del reino y, por tanto, no contar con una naturaleza simbólica. Esta decisión pudo estar motivada por un deseo de afirmación de la soberanía castellana frente al Reino de León.

Como é que o castelo de Cibele chegou a Castela? A questão que se deveria colocar seria antes esta. Onde raio foi Castela buscar o nome?

Castilla (nombrada en los primeros documentos en castellano antiguo como Castella o Castiella) significa, según su etimología, «tierra de castillos». Los historiadores árabes la denominaban Qashtāla (...) y su nombre aparece justificado como tierra sembrada de castillos.

(...) El territorio donde nació la primigenia Castilla (norte de la provincia de Burgos y parte de las adyacentes de Palencia, Álava y Cantabria) era denominada Bardulia.

El término procede de la tribu prerromana de los bárdulos (o várdulos) que en época prerromana y romana poblaban la parte oriental de la costa cantábrica (situados en la mayor parte de la provincia de Guipúzcoa).

Bardulia < Bardulos < War-thul < Kartulia < Kar-kul => Hércules.

                                                     < Kartulia > Kratulia > Katrulha

> Castrillha > Castilla > «Castela».

García Duarte, Francisco. «La Castilla granadina en la génesis de la Castilla burgalesa y el castellano» (en español) (HTML). Consultado el 08/10/2013. «Otro dato contrastado es la existencia de una Castilla, anterior a la de Burgos e incluso confundida durante tiempo con ésta por algunos historiadores [...]. Se trata de Castilla, capital de la Cora de Elvira, llamada luego Elvira.[...] Cabe deducir que la segunda Castilla [la burgalesa] nace como consecuencia de la llegada de gentes provenientes de la primera [la granadina] dentro del marco general del fenómeno de repoblación que se da a lo largo de los siglos VIII al XI en toda la zona norte de la península.»

Afinal o castelo de Cibele pode ter vindo até Castela do único local de onde poderia ter saído e que eram as terras da Andaluzia que tinha por capital Sevilha a terra que supomos ser a preferida da deusa dos castelos na Ibéria. Primeiro na época pré romana como Bardulia pela mão de uma tribo dos várdulos que eram seguramente seguidores da mística castreja de Hércules, o deus da dupla montanha da Aurora que também era a Magna Mater Kubeleja. Depois, por gentes da região de Granada na época da islamização que mais do que uma invasão árabe foi uma nova chegada de povos da Andaluzia fenómeno recorrente desde tempos imemoriais. E assim, a mítica do castelo de Cibele regressa ao seio de Espanha e a fascinar os cristãos ibéricos curiosamente por ter sido utilizada por casas reais descendentes por linha materna de Afonso VIII de Castela. Obviamente que agora estamos perante um mero acaso. Mas que sabemos nós? Se Deus escreve direito por linhas tortas a Grande Deusa Mãe sempre levou a água ao seu moinho mesmo quando parece dar a entender coisas diversas.

A mediados del siglo XIII, el escudo de Castilla se propagó por toda Europa, un fenómeno que no tuvo precedentes ni paralelos, a pesar de la circunstancia de que al rey Alfonso VIII no le sobreviviese descendencia por vía masculina. Debe aclararse que esta propagación no tuvo ningún componente territorial, salvo en la línea que heredó el trono castellano, ya que fue utilizado como armas de linaje (materno) y se produjo en las Casas Reales de Francia, Portugal y Aragón.

Curiosamente a cercadura do actual escudo português só começou a ser escudo real depois da conquista do reino dos Algarves por Afonso III facto que conduziu a um conflito bélico com Castela que, por razões obscuras, considerava que o reino dos Algarves lhe pertencia. Como não ocorreu conflito idêntico na reconquista do Alentejo pode postular-se que o Algarve sempre teria pertencido à Andaluzia e que Castela considerava naturalmente seu terreno de reconquista. Na verdade os dois lados da fronteira alegam razões que não são coincidentes e que poderão não ser nenhuma delas inteiramente certas porque são de facto muito pouco convincentes e foram de fácil resolução.

O rei de Niebla e emir do Algarve, para obstar às conquistas perpetradas pelos Portugueses nos seus territórios, fez-se vassalo de Afonso X de Castela cedendo-lhe o domínio do Algarve português (o qual passou por isso também a usar o título de Rei do Algarve entre as suas múltiplas conquistas). -- Wikipédia portuguesa.

Pero tras la subida al trono de Alfonso X de Castilla, se inició un guerra entre ambos reyes en base a unos derechos que Alfonso X había adquirido o por el rey Sancho II de Portugal cuando lo apoyó contra su hermano el rey Alfonso III, o por el rey de la taifa de Niebla. El conficto finalizó en 1253 al acordar el matrimonio del rey portugués con una hija del rey Alfonso X, y la entrega de un usufructo sobre el Algarve en beneficio del rey castellano hasta que el hijo de ese matrimonio alcanzara los siete años de edad.

En 1260,3 Alfonso X añadió a sus títulos el de rey de Algarve. Pero en 1263, ratificado en 1264, cedió el usufructo del Algarve a su nieto Dionisio, heredero del rey portugués, a cambio de un vasallaje militar. En 1267, el tratado de Badajoz de 1267 liquidó este tributo militar y se fijaron las fronteras. El rey castellano siguió empleando el título de rey de Algarve, pero sólo por la referencia al territorio de la antigua taifa de Niebla. Por su parte, el rey Alfonso III empezó a emplear el título de rey de Portugal y de Algarve desde marzo de 1268. -- Wikipédia espanhola.

Seja como for, de tradição de antanho ou nem tanto, que romana não parece ter sido, a relação do Algarve com a Andaluzia se não foi um artefacto administrativo das taifas da Andaluzia a verdade é que tanto títulos reais como cartas geográficas parecem ter mantido a tradição de uma autonomia mítica dos reinos dos Algarves em relação ao resto da Espanha celtibera o que pode decorrer duma tradição latente que já viria de mais longe quando as tribos lusitanas se diferenciavam tanto na língua quanto na religião dos Cónios do sul algarvio que estaria culturalmente mais próximo da Andaluzia. De facto, geograficamente a Andaluzia só não se meteu pelo Algarve adentro porque para cá do Guadiana mandou a vontade de El rei D. Dinis “que fez tudo quanto quis”!

Depois de termos seguido a pista castelhana dos castelos de Cibele resta-nos seguir agora os leões do trono desta deusa.

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Reino de Murcia

Reino de Córdoba

Reino de Chaém

Reino de Sevilla

Assim sendo não deixa de ser estranho que o escudo central das Grandes Armas de Espanha seja a súmula da cercadura da heráldica dos antigos reinos árabes do sul de Espanha de que Portugal mantém intacta a cercadura dos sete castelos, curiosamente adquiridos apenas depois das conquistas a sul do Tejo! Obviamente que seria tentador pensar que a heráldica leonina se trataria de uma tradição visigótica religiosamente guardada no substrato da população moçárabe do mesmo modo que a tradição ainda mais arcaica da Virgem de Macarena se manteve subterrânea até à reconquista.

Acontece que estes reinos do sul de Espanha foram um artifício administrativos como o reino dos Algarves destinados a manter no domínio da coroa as antigas taifas conquistadas por Fernando III o rei que pela primeira vez usou as Armas unidas de Leão e Castela. A sua fama de santidade criou a mística deste tema heráldico e os interesses e a bajulação política fez com que os quatro reinos conquistados adoptassem, de forma repetitiva e grandiloquente, este tema na cercadura dos seus escudos. Obviamente que as características únicas de leões alternados com castelos nas cercaduras dos escudos dos reinos conquistado ao Al Andaluz, mais ou menos imaginárias, são uma peculiaridade dos reis católicos.

O reino de Leão deve o seu nome à cidade que o encabeçava, a cidade de Lião que nada deve a este animal mas apenas aos desleixos da deriva linguística que tende a fazer ressoar os nomes segundo aquilo que lhes parece.

La ciudad de León surge hacia 29 a. C. como campamento militar romano de la Legio VI Victrix, en la terraza fluvial entre los ríos Bernesga y Torío, cerca de la ciudad astur de Lancia, con motivo de las llamadas Guerras Cántabras.30 A finales del siglo I, a partir de 74, el campamento es ocupado por la Legio VII Gemina, fundada por Galba, la cual permanecerá en León hasta aproximadamente principios del siglo V. (...)

El origen del nombre de la ciudad proviene de la palabra latina legio, que hace referencia a la legión que fundó la ciudad en su actual emplazamiento. Esta tesis, comúnmente aceptada, se refuerza con el todavía válido gentilicio legionense para referirse a los habitantes de la ciudad. La evolución de Legio a León se explica fácilmente, pues en latín clásico, la gi se pronuncia como si fuese una gui,20 por lo que la pronunciación de Legio sería Leguio, algo que acabó derivando en el Leio o Leionem, que a su vez acabaron en el nombre actual de León. – Wikipédia.

Quer isto dizer que historicamente o reino de Lião só veio a ser leonino por um mero equívoco linguístico que o primeiro imperador da Espanha da reconquista acabou por aproveitar politicamente.

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Figura 7: Estandarte da dinastia nazarí de Granada.

La primera referencia escrita del león como símbolo personal del rey y, por ende, del reino, la encontramos en la Chronica Adefonsi imperatoris, coetánea de Alfonso VII. En ella, al describir los ejércitos que participan en la toma de Almería, se dice literalmente:

(...) la florida caballería de la ciudad de León, portando los estandartes, irrumpe como un león (...). Como el león supera a los demás animales en reputación, así ésta supera ampliamente a todas las ciudades en honor. Sus distintivos, que protegen contra todos los males, están en los estandartes y en las armas del emperador; se cubren de oro cuantas veces se llevan al combate. (traducción de Maurilio Pérez González).

Não podemos saber o que passava na cabeça de Afonso VII de Leão quando resolveu substituir a cruz tradicional pelo leão mas é provável que tivesse quase tudo a ver com o que transparece na sua crónica. O leão era um símbolo politicamente correcto para quem aspirava a ser o novo imperador de Espanha pós visigótica mas não podemos excluir que isso já fosse assim nos tempos em que os visigóticos tiveram capital em Toledo.

No entanto, confirmamos que o Reino Nazarí de Granada e a dinastia berbere dos merínidas tinha bandeira e escudo com temas amarelos em fundo vermelho o que parece indiciar que as cores espanholas, vermelho amarelo de Castela e Aragão são de origem berbere ocidental e relacionadas com as cores primitivas do ocre onde o vermelho representa o ká da vida e o amarelos as cores da Deusa Mãe.

Mas o que mais espanta no tema dos escudos dos reinos conquistados por S. Fernando é precisamente o Leão do grande Reino de Córdoba. Seria ele autóctone ou mais uma bajulação dos conquistados? Quando procuramos na tradição árabe suporte para uma origem ancestral destes temas heráldicos, dos centros dos escudos pelo menos, esbarramos com o preconceito iconoclasta dos árabes que neste caso só deixaram caligrafias ilegíveis para quem não sabe a sua língua. Mas como quem procura sempre alcança, qual não é o nosso espanto quando deparamos com o motivo da fonte dos quatro pares de leões no pátio dos leões do palácio do mesmo nome na Alhambra (a vermelha) de Granada.

La fuente de los leones tiene diversas significaciones o simbologías, ninguna de ellas corroboradas. Por una parte los doce leones tienen una simbolización astrológica, cada león alude a un signo zodiacal. Por otra, tiene una significación política o mayestática que está relacionada con el templo del rey Salomón (puesto que hay una inscripción en la fuente referida a este) y el mar de bronce del mismo templo. Por última y la más importante, alude a un símbolo paradisíaco refiriéndose así a la fuente, originaria de la vida y los 4 ríos del Paraíso. Pero lo que si se puede decir, es que la fuente como tal es una alegoría del poder que reside en el sultán.

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Figura 8: Fonte do pátio dos Leões da Alhambra de Granada.

Assim, o mínimo que se pode dizer é que os reinos andaluzes conquistados por S. Fernando não se espantaram com o leão heráldico deste rei santo de leão e Castela porque já o conheciam da tradição Andaluz patenteada na Alhambra de Granada. Também nada nos impede de postula que os leões granadinos tenham subido até aos lados da Galiza com o imaginário político do remanescente da aristocracia visigótica que a teria recebido em Toledo dos tempos arcaicos em que a tradição cultural ibérica era comum com a dos berberes.

Do lado ultramarino o escudo de Ceuta é o português e o de Tanger tem a cercadura acastelada dos portugueses que a conquistaram e que os ingleses que a receberam no dote de Catarina de Bragança mantiveram e os marroquinos não alteraram por terem feito dela uma cidade diplomática.

Curiosamente ou nem tanto a comunidade autónoma da Andaluzia mantém o tema da Hércules entre dois leões o que seguramente é uma deturpação helenista do significado das colunas de Hércules.

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Marrocos mantém os dois leões de Cibele no seu escudo tal como a bandeira do Islão a Lua e a estrela de Istar.

Obviamente que a mística dos castelos de Cibele e dos dois leões do seu trono teriam que estar muito vivas precisamente onde a mitologia o exige: as colunas de Hércules e particularmente na Cabília / Kafiria que seguramente era uma morada de Cibele.

La Cabilia es una región histórica del norte de Argelia, poblada mayoritariamente por bereberes. Sus habitantes la llaman Tamurt n Leqbayel ("Tierra de los cabilios") o Tamurt Idurar ("Tierra de montañas"). Forma parte de los montes Atlas y se sitúa a orillas del mar Mediterráneo.

A mística de Hércules e de Cibele sempre esteve presente no povo berbere que como o irlandês se pensa descendente de Tanit / Djana / Anat, uma variante de Istar / Cebele.

Zenata o Zeneta, Zanata o también Zenete e Iznaten son las variaciones del nombre que recibió un grupo de pueblos bereberes durante el periodo medieval, de estos descienden varias etnias actuales. (...)

Según el cronista musulmán Ibn Jaldūn, zenata deriva de un nombre propio: Ŷana, frecuentemente transcripto Djana (un ancestro bereber).

Los egipcios consideraban que algunos de sus dioses tenían origen libio, como Neith, quien habría emigrado desde Libia para establecer su templo en Sais, en el delta del Nilo. Algunos mitos sitúan el nacimiento de Neith en la actual Túnez.

Quanto à relação de Hércules com a Deusa Mãe há que dar conta que só na Grécia é que este herói tinha a antipatia de Hera, a rainha dos deuses. Os etruscos reconheciam que Hércules foi adoptado por Uni.

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Figura 9: Hércules etrusco (Hercle) maduro e barbado, sendo amamentado por Uni num rito de adopção.

 

MADRID

Durante o governo de Maomé I, um palácio foi construído onde hoje está localizado o Palácio Real de Madrid. Em torno desse edifício desenvolveu-se uma povoação moura de poucos habitantes chamada al-Mudaina, onde corria o rio Manzanares, que era chamado pelos muçulmanos de al-Majrīṭ (em árabe: المجريط, "fonte de água"). O nome evoluiu para Majerit e mais tarde transformou-se em Madrid.

Obviamente que esta etimologia ao gosto neo-arabizante não convence o bastante. Os árabes de origem berbere habituados aos ribeiros e rios sazonalmente secos dificilmente confundiriam uma cidade construída a meio do rio manzanares com uma fonte de água nem é comum que um nome de origem exclusivamente árabe começado por al- não mantenha esta sílaba...a menos que o nome não seja de origem árabe e já seja conhecido localmente sem o respectivo artigo.

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El nombre Magerit proviene de los primeros nombres del asentamiento del cual surgió el actual Madrid. Aunque su origen no está claro su significado hace referencia a la abundancia de agua en la zona (sería algo como "lugar de agua", "cauce de agua", "abundancia de agua", "madre de agua" o "tierra rica en agua").

Ou seja, a cidade de Madrid já seria muito antes dos árabes um fonte de jardim dedicada a uma deusa das águas que os castelhanos identificam noutras lendas como sendo algo Metragirta próximo do que parece ser Madrid / *Materite.

Entre los pocos supervivientes que huyeron despavoridos al finalizar la guerra de Troya se encontraba el príncipe Bianor, el cual, tratando de evitar la masacre, se dirigió al puerto buscando alguna nave con la que abandonar el país.

Al no encontrarlas, se abrió camino hacia Grecia y después a Albania, donde fundó un reino. A su muerte, su hijo Tiberis, le sucedió en el trono. Tiberis tenía dos hijos, Tiberis y Bianor. El primero, legítimo de su matrimonio y el segundo engendrado con una bella aldeana llamada Mantua.

Tratando de evitar los problemas de sucesión en el reino, Tiberis dotó de una fabulosa riqueza a la aldeana Mantua y a su hijo Bianor, expulsándolos del reino rumbo a Italia.

Una vez en Italia, y en la región del norte, esta aldeana fundaría la ciudad de Manto, hoy conocida por Mántova.

Cuando Bianor alcanzó la madurez, se vio influenciado por un sueño, donde el dios Apolo le aconsejaba rehusar al reino que le ofrecía su madre, tomando la decisión de partir con sus huestes en dirección a la tierra donde muere el sol.

Antes de la partida, aconsejado por su madre, se puso el prenombre de "Ocno", cuyo significado era "el don de ver el porvenir en los sueños".

El viaje, que duró aproximadamente diez años, quedó interrumpido una noche, en la que de nuevo se le volvió a manifestar el dios Apolo, indicándole que, en ese mismo lugar debería fundar una nueva ciudad a la que tendría que ofrendar su vida.

Cuando Ocno despertó, pudo ver con sorpresa un terreno hermoso, apacible, rico en vegetación de encinas y madroños, con abundante agua. Cerca de este lugar, pastoreaban con sus rebaños unas gentes de carácter bondadoso y amable, llamados "Carpetanos" ó "Los sin ciudad", los cuales esperaban una señal de los dioses que les indicase donde asentar su patria.

Ocno les contó su sueño y allí mismo empezaron a construir una muralla, casas, un palacio y un templo. Cuando la ciudad estuvo acabada y se dispusieron a consagrarla a los dioses, surgió nuevamente el conflicto, ya que, mientras que unos eran partidarios del dios Apolo, otros no lo eran.

Ocno volvió a convocar a Apolo en uno de sus sueños, suplicándole que diera una respuesta a este conflicto.

Apolo volvió a aparecer y le indicó dos cosas importantes: la primera, que la ciudad debería consagrarse a la diosa "Metragirta", llamada también "Cibeles", diosa de la tierra, hija de Saturno, y la segunda, que había llegado el momento de ofrecer su propia vida para que cesara la discordia y se salvase la ciudad.

Al despertar, Ocno transmitió el sueño a sus gentes y mandó cavar un pozo profundo. Cuando estuvo terminado, se introdujo en el mismo y taparon la boca con una enorme losa tallada.

Todo el pueblo se sentó alrededor mientras oraban y entonaban cantos fúnebres, hasta que, la última noche de aquella luna, se desató una terrible tormenta y de las cumbres de Guadarrama, descendió en una nube la diosa Cibeles, que arrancó a Ocno de su tumba y lo hizo desaparecer.

Desde entonces, la ciudad se llamó con el nombre de la diosa "Metragirta". Después, pasó a ser "Magerit" y de aquí a Madrid, "La ciudad de los hombres sin patria".

 

Según López de Hoyos el primer emblema de Madrid anterior al siglo XII representaba una enorme piedra de pedernal semisumergida en agua, con dos eslabones a los lados entrelazados que frotan una piedra que hacen que de esta salgan chispas, circuncidando el conjunto llevaba una cinta azul, en la que había una inscripción "Sic gloria labore", y se completa con una leyenda en castellano que dice: Fui sobre agua edificada, mis muros de fuego son, esta es mi insignia y blasón.

 

 

 

 

KI-LAUEA

El Ki-lauea es uno de los volcanes más grandes del planeta y uno de los cinco volcanes que forman la isla de Hawái, junto con los volcanes Mauna Kea, Mauna Loa, Huala-lai y Kohala.

Los nativos consideran a este volcán el hogar de la diosa Pelé, diosa del Fuego.

Bom, importa pouco agora e aqui dar conta que a distante língua dos polinésios é uma variante arcaica duma proto linguagem aparentada com o grego antigo e que Pelé, Pheret, seria uma arcaica forma de Afrodite negra, uma Core, filha nocturna e infernal da Deusa Mãe Terra que daria nome ao vulcão principal do Hawai, Ma-una Kea, literalmente “senhora mãe terra”. Mauna Loa poderia ser “mãe leoa”, ou apenas senhora mãe feroz e felina e Kohala / Huala algo como a “montanha viva”!

De qualquer forma, depois de sugerida a comparação é impossível não encontrar semelhanças etimológicas entre Ki-lauea e Kubeleja.

Ki-lauea < Ki-La-Wea , literalmente “a terra de lava”

< Ki-We-la(i)a > Kybeleja > Cibale.

Porém, o étimo comum da equação Kubaba > Ki-Wer > Kybele é patente na mitologia de ambas as entidades como adiante se verá. No entanto esta equação semântica revela algumas redundâncias inexplicadas e passagens regressivas desnecessárias. Obviamente que não é necessário encontrar elos étmicos comuns para que divindades de nomes foneticamente desencontrados possam corresponder à mesma entidade divina porque muitos foram os teónimos divinos e ainda mais terão sido os da Deusa Mãe primordial.

Onde a maioria dos teóricos tropeça é na forma como levantam o nome da Deusa Mãe em vão! Evidentemente que o nome da Deusa Mãe dos frígios, não poderia ser um mero adjectivo duma arcaica e sobejamente conhecida deusa mãe anatólica pela simples razão de que tal blasfémia nem sequer seria necessária porque ela era senhora de todas a graças e qualidades entre elas a de ser senhora duma miríade de nomes e funções, entre eles, Inana / Nin-Shubur!

 

Ver: INANA (***)

 

De resto, se aceitarmos que a própria deusa mãe Deméter era um sincretismo da egeia Gaia descendente de Ki e da cretense Reia, esposa de Uraz, teríamos que Kubelia seria o mesmo sincretismo fonético aparecido ocasionalmente na Anatólia. Obviamente que a devoção da deusa curandeira Ku-baba pode ter tomado uma forma particular no culto anatólico de Cibele pós hitita. Mas pouco sentido faz separar o que nasceu originalmente comum a partir do mesmo étimo telúrico da terra mãe Ki, e que só na exuberância aparente dos cultos posteriores parece diferente. Baba e Cibele são deusas infernais e da abundância e seriam curandeiras também.

Em conclusão: Belet = Bel-et seria apenas o feminino de Bel e Belet-Ili seria apenas um epíteto de Ninhursag com o significado de “divina soberana”!

Como Ninhursag era já um epíteto da Deusa Mãe, Ki, com o significado de Nin-kur-sag = “Sr.ª do cabeço do monte”, o divino Zigurate primordial, então podemos inferir, sem grande risco de errar, que a Deusa Mãe teve o epíteto de Ki-Bel-et / Kubaba-at possivelmente durante todo o neolítico desde logo também na civilização cretense e no mar egeu.

Ki-Bel-et => Ki-Bel > Cibele.

< Ki-pher, lit. «a *Kiphura que transporta a terra e o Ka da vida»? «A que dá à luz o sol»? < Ku-war, lit. «a barca de que transporta (a aurora)»?

< Ki-Kur, a Deusa Mãe da montanha primordial que serve de suporte à cidade»! => Civil, o étimo e princípio semântico da civilidade.

Esta conotação primitiva terá ficado sempre subjacente ao nome da divina Deusa Mãe razão pela qual o nome de Cibele é tido como significando, na língua frígia, de que pouco se conhece, “aquela que habita as caverna”. Seguramente que sendo Cibele a equivalente de Ki / Ninhursag, esta deusa seria a mesma que Nut / Taweret, a deusa que devorava o sol ao pôr-do-sol para, como Aurora, o parir pela manhã. Ora, não apenas os ritos da deusa mãe Cibele como os de Reia cretense tinham sempre lugar em cavernas junto a montanhas sagradas.

Como se viu, Cibele teria sido também:

    Ki-Bel-et < Ki-Kur-At > Ka-wer-et > Taweret.

«Zigurate» < Ki-Kur-At ó Ha-Phor-Kiki > Afrodite.

Cibele < Kubile < Kubala / Kubaba > Kuba-bat => «cuba e cova».

                           > Kibila > Hibila > Hybla.

          «caveira» ó Kau-Wer > Kawer + An = «caverna».

Porém, antes de ser Cibele, Kubaba deve ter tido equivalência no mundo hitita.

Kubaba (in the Weidner "Chronicle"), or Kug-Baba, or elsewhere as Kubau, is the name of the only queen in the Sumerian king list. (…) In the Hurrian area she may be identified with Kebat, or Hepat, one title of the Hurrian Mother Goddess Hannahannah (from Hurrian hannah, "mother").

Obviamente que Hannahannah < Hurrian hannah < Ki-an-Ki-an, se reportam a redundâncias litúrgicas arcaicas relativas ao monte Sião primordial e que teria acabado por significar mãe porque *Kian seria literalmente a Senhora do Monte que teria sido sempre a Terra Mãe. Do uso e abuso deste nome primevo teria aparecido o nome da suméria Inana.

Hebat, esposa do deus omnipotente das fecundas tempestades, Techuva, seria formalmente uma espécie de Hera hitita, esposa do deus soberano e uma mera variante linguística de Kubaba ou Ku-Kaka, numa das muitas possíveis variantes fonéticas arcaicas, a mais arcaica das quais teria sido Ki-Kiki. No entanto, a forma de culto da deusa mãe sibilina hitita teria Sausga, o nome secreto e misterioso de Hebat.

 

SAUSGA

Sausga < Chavuska < Chuv-uska, esposa de Te-Chuve.

                  < Shau-iska < Shaus Kika ó Kika Kaus.

Sha-ushka < Kau(r)-isca < Ish-Kaur > Ishtar.

Sabemos o quanto o leão era símbolo do calor escaldante dos trópicos próprio do seu habitat natural. Kika era naturalmente a arcaica deusa do fogo e Kaus o seu animal totémico, que neste caso era o leão, mas foi quase sempre a cobra.

Não é clara a origem do nome da deusa Hurrita Shaushka aparentemente limitada ao mundo anatólico e à região síria subjacente. Os nomes divinos mais próximos foneticamente serão as deusas egípcias Seshatu e Sati.

Seshatu, Sheshat = Deusa egípcia do destino, "Senhora da casa dos livros", secretária dos deuses, deusa da escrita e matemática e da arquitectura.

Figura 10: Shaushka, a deusa hitita da sexualidade aparece nesta figura como uma típica esfinge alada ou seja, como Ishtar com os atributos leoninos da Deusa Mãe!

Shaushka, Shawushka, or Sausga (Hurrian) - “She Who is Armed”. Hittite-Hurrian love and fertility goddess of Hurrian origin. She was also a goddess of war and healing. She is depicted with wings and stands or sits on a lion. She also holds a golden cup symbolizing her role as fertility goddess. She was a central figure of the Hurrian pantheon identified with Ishtar. She was also known as the ‘Mother Goddess of Nineveh’.

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Shait = destino Humano, que nasce e persegue a pessoa e fala por ela no julgamento final da alma no tribunal de Osíris.

Sati = Deusa archeira que personifica as cachoeiras do Nilo. Também Satet, Satis, Saits.

Sha = conceito egípcio relativo à protecção contra a corrupção da morte!

                                                < Ash-Ish-KiKa > Sha-Ush-Kiha > Sha-ush-ka.

                          > Ash-Sha-tu > Seshatu, Sheshat.

Ash > Sha + tu > Shatu > Shait.

                             > Sati > Satis, Saits.

Ishat seria uma deusa de origem étmica idêntica à deusa Shait e logo também à deusa Shausca, meras variante de Istar!

Shaushka, Shawushka, or Sausga was originally a goddess of the Hurrians, "an ethnic group" which made its presence felt in the Ancient Near East during the third to the first millennium BCE. For a time in the fifteenth century BCE, the Hurrian kingdom of Mitanni was a force to be reckoned with throughout the region. Eventually the Hurrians were subdued by the Hittites and the Assyrians (Bienkowski and Millard 2000: 150), but not before their religion had had an enormous influence in northern Syria and northern Mesopotamia. Indeed, texts regularly describe Shaushka as "of Nineveh," and we know that she was worshiped at that important Mesopotamian city for around 1,500 years (Beckman 1988: 8).

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Figura 11: Ishtar.

Figura 12: Shaushka. The goddess Shaushka on a stela from the storm-god temple at Aleppo, Syria.

Stela of the warrior goddess Ishtar standing on and controlling a lion. She bears weapons and wears a cylindrical crown topped with one of her symbols, a rosette. From Tel Barsib northeast of 'Ain Dara. Dated to the eighth century BCE.

Drawing © S. Beaulieu, after Monson 2000: 28.

She wears a long skirt, a cylindrical crown, and a multi-stringed necklace. She carries an axe in her right hand and, in the left, an object which has variously been explained as a weapon, a mirror, or a spindle/distaff. On her shoulders are what might be quivers. Dated to early in the first millennium BCE.

Drawing © S. Beaulieu, after Gonnella, Khayyata, and Kohlmeyer 2005: 102.

     

Her cult was also celebrated at northern sites such as Nuzi, Alalakh, and Ugarit. Her cult center was a place called Samukha, possibly in the northern Euphrates area. Her name, from a Hurrian root, probably started as a title, "The Great One" (Beckman 1998: 2, note 14). -- Shaushka and 'Ain Dara: A Goddess and Her Temple, by Johanna Stuckey.

A egípcia Sati, enquanto deusa archeira, manifesta ainda relações funcionais com estas arcaicas deusas mães guerreiras e leoninas. A Egípcia Seshatu especializou-se na escrita do destino por ter ficado com as tábuas do destino e da lei como Istar, que as roubou a Enki. Por fim, há que concluir que o nome de Sausga entre os hurritas seria apenas a confirmação da relação desta deusa de mãe, irmã e esposa de Teshuve.

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Figura 13: Shaushka and her musician attendants Ninatta and Kulitta. From the famous open-air Hittite site of Yazilikaya. It is not clear whether the protrusions from her shoulders are quivers or possibly wings. Shaushka appears twice at the site, once in the procession of the goddesses (#56) and again in the procession of the gods (#38). Her ambiguous sex is the obvious explanation. The carvings have been dated to between about 1227 and 1209 BCE. Drawing © S. Beaulieu, after illustration on http://www.uned.es.

Na verdade, as aias de Sausga mais não fazem do que revelar variantes do seu nome.

Ninatta, significaria literalmente Senhora Atta, ou seja, Ishat.

Kulita seria um elo étmico antigo que a ligaria a Istar.

Kulita < Kur-ita < Kur-ish > Ishtaur > Istar.

Texts describe Shaushka as similar to Ishtar, as an ambiguous goddess who supervised married love and harmonious relationships but, unpredictably, could turn love into a dangerous endeavor. According to Hittite texts she was of ambiguous sex also and given to wearing the clothes of both sexes. In addition, she could alter a person's sex. One ritual credited her with the ability to deprive men of "manliness and vitality," to replace their bows and arrows with distaffs and spindles, and to dress them in women's clothes. From women she could take away motherhood and love (Hutter in van der Toorn et al. 1999: 758-759). Nonetheless, one of her areas of competence was healing, especially in sexual matters. In magical incantations she was asked to remove curses and fight the plague (Beckman 1998: 6). Like most healing deities, she could both cure and cause disease or death. -- Shaushka and 'Ain Dara: A Goddess and Her Temple, by Johanna Stuckey.

A origem cretense destas deusas acaba descoberta na figura seguinte onde Sauska / Istar aparece vestida como cretense.

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Figura 14: Damaged stela of the goddess Shaushka/Ishtar. She takes to pose of a warrior deity and carries a staff or spear in her left hand and, possibly, an axe in her right. There seems to be a quiver on her shoulder. She wears a split or diaphanous robe, and her pubic triangle is very prominent. Her shoes, turned up at the toe, are typical of the mountain areas of Anatolia and north Syria. Basalt.

Drawing © S. Beaulieu, after Monson 2000: 32.

Se era verdade que Shaushka tinha rituais em que se acreditava que esta deusa tinha podres para privar os homens da sua “masculinidade e virilidade”, substituindo os arcos e as setas da masculinidade pela roca e os fusos, vestindo os homens com roupas de mulheres então estamos perante o ritual de castração típico de Cibele.

 

DEA SYRIA / DEASURA

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Figura 15: Goddess wearing an impressive mural crown and flanked by doves, probably Artargatis identified with Aphrodite/Venus. Relief from the temple of Adonis at Duro-Europos. Dated to around the 1st century BCE. (Bilde attributes it to Khirbet Et-Tannur.) Drawing © S. Beaulieu, after Bilde 1990: 175.

Esta representação de Dea Syria confirma a razão de ser deste epíteto da Deusa Mãe oriental de indefinida correlação com outras congéneres Egeias e Anatólicas. No entanto, é evidente que os pombos aparecem em cima ao lado de Baba e o castelo na cabeça da deusa não deixam dúvidas quanto à sua semelhança com Cibele.

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Figura 16: Badly damaged sculpture showing Atargatis and her bearded consort Hadad. (…). He holds a staff in his right hand and something unidentifiable in his left. She sits enthroned between her signature lions, holds what might be a spindle in her right hand, and probably originally had a scepter or staff in her left. A veil floats down from her layered hat, which is topped with a crescent. Roman. Drawing © S. Beaulieu, after a photograph, source unknown.

Figura 17: Limestone carving found in the courtyard of the temple of Atargatis at Duro-Europos, still showing traces of paint. Dated 50- 250 CE. (…). The goddess is flanked by lions, holds up her right hand in the blessing gesture, and likely held a scepter or staff in her left. She wears a high hat on wavy hair. What appears to be another bull peers over her left shoulder. Drawing © S. Beaulieu, after Binst 2000: 126. See also Bilde 1990: 167, fig. 2.

 

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Figura 18: Atarga-tis

Atarga-tis' fish-bodied appearance was worshipped at the ancient middle eastern city of Ascalon (or Ashkelon) in southwest Palestine on the Mediterranean Sea. Inhabited as early as the third millennium B.C., the city was also a seat of worship for the goddess Astarte. Her consort is usually Hadad.

     

Atarga-tis, in Aramaic ‘Atar‘atah, was a Syrian deity, "the great mistress of the North Syrian lands" Rostovtseff called her, commonly known to the ancient Greeks by a shortened form of the name, Derceto or Derketo and as Dea Syria, "Goddess of Syria", occasionally rendered in one word Deasura. She is often now popularly described as the mermaid-goddess, from her fish-bodied appearance at Ascalon and in Diodorus Siculus — a widely accessible source — but which is by no means her universal appearance.

As Ataratha she may be recognized by the self-mutilation of her votaries, recorded in a perhaps sensationalist Christian passage from the Book of the Laws of the Countries, one of the oldest works of Syriac prose, an early-third-century product of the school of Bar Daisan (Bardesanes):

"In Syria and in Urhâi [Edessa] the men used to castrate themselves in honor of Ataratha. But when King Abgar became a believer, he commanded that anyone who emasculated himself should have a hand cut off. And from that day to the present no one in Urhâi emasculates himself anymore."

At Ugarit, cuneiform tablets attest a fecund "Lady Goddess of the Sea" (rabbatu at?iratu yammi), as well as three Canaanite goddesses — Anat, Asherah and Ashtart — who shared many traits and might be worshipped in conjunction or separately during 1500 years of cultural history.

The goddess 'Atah worshipped at Palmyra may possibly be in origin identical with 'Anat. 'Atah was combined with 'Ashtart under the name Atar into the goddess 'Atar'atah known to the Hellenes as Atargatis. If this origin for 'Atah is correct, then Atargatis is effectively a combining of 'Ashtart and 'Anat.

Terão sido as coisas assim tão simples? Desde logo porque:

Athtart (Atar) + Anat (Ata) = Atarata.

Athtart (Atar) + Anat (Ata) + Thirat ¹ Atarata.

E por estes caminhos se poderia continuar podendo mesmo apanhar atalhos mais rápidos e mais simples como:

Ashtar(t) + Attis > Atar-ash-tis > Atarogtis > Atarga-tis, etc.???

Atar + Ag(dos) + (At)tis => Ataragdis ó Atarga-tis ???

Num penhasco deserto, denominado Agdos, na fronteira da Frígia, Cibele era adorada sob a forma de uma pedra negra.

Depois, porque as deusas fenícias referidas não eram bem assim denominadas mas antes: Asherah, Anath, Astarte. Depois ainda porque é forte a suspeita de estarmos perante um nome duma deusa que seria a verdadeira antepassada fenícia de Afrodite e possivelmente o nome a que certos autores se refeririam quando postulavam a origem fenícia de Afrodite.

                                                                                > Hator.

Atarata < Ha-Tar-at < Ka-Kar-ki-ki > Ha-Phor-Thi-Te > Afrodite.

                                                                  > Ha-Thar-ka-te > Atargate.

A fonética da origem taurina das deusas do amor não se ouve bem no nome de Inanna, mas sim no de Anat. Começa a ser explícita a partir da análise dos antecedentes semânticos de Istar. Tendo-se a certeza de que Irnini foi um epíteto de Istar então é possível inferir que este nome constitui o elo de ligação semântico que transformou fonética e nominalmente Inana na deusa guerreira e taurina, que já era ao ser uma deusa mãe leonina e "goddess of love, procreation, and war".

Assim, mais do que evolução étmica estes nomes devem ter sido vítimas de corruptelas por homofonia durante a longa fase oral do culto destas divindades.

                                     > Sumer. Ashtar-tu ó Istar.

                                     > Ash-Taur-at > Hebr. Ashtoreth > Ashtaroth.

Atar-ata < A(sh)-Taur- | Hata < Ki-at > Gat | > Atargat(is)

                                     > Ashtar-at > Phoen. `Ashtart > `Athtart > Atar.

                                     > Ugar. Athirat

She is often depicted as fish-tailed, a mermaid, associated with moisture. As vegetation goddess of generation and fertility, she protects her cities; as a moist sky goddess in cloud-like veil with eagles around her head; as a sea-goddess she is dolphin-crowned. She had a sacred pool with holy oracular fish at her temple at the city of Ashkelon. As the partner of Oannes, she is mother of legendary Queen Semiramis, whose sacred animal is the dove, which Semiramis became. During Roman times celebrated by ecstatically dancing eunuch priests of the Dea Syria, and equated with the Anatolian Kybele, whose son Attis was often equated with Adon.

As Sammu-rammat was evidently a royal princess of Babylonia, it seems probable that her marriage was arranged with purpose to legitimatize the succession of the Assyrian overlords to the Babylonian throne. The principle of "mother right" was ever popular in those countries where the worship of the Great Mother was perpetuated if not in official at any rate in domestic religion.

(…) In Babylonia the fish goddess was Nina, a developed form of Damkina, spouse of Ea of Eridu. In the inscription on the Nebo statue, that god is referred to as the "son of Nudimmud" (Ea). Nina was the goddess who gave her name to Nineveh, and it is possible that Nebo may have been regarded as her son during the Semiramis period.

(…) Semiramis was similarly deserted at birth by her Celestial mother. She was protected by doves, and her Assyrian name, Sammu-rammat, is believed to be derived from "Summat"--"dove", and to signify "the dove goddess loveth her". Simmas, the chief of royal shepherds, found the child and adopted her.

(…) After her death she was worshipped as a dove goddess like "Our Lady of Trees and Doves" in Cyprus, whose shrine at old Paphos was founded, Herodotus says, by Phoenician colonists from Askalon. Fish and doves were sacred to Derceto (Attar), who had a mermaid form. "I have beheld", says Lucian, "the image of Derceto in Phoenicia. A marvellous spectacle it is. One half is a woman, but the part which extends from thighs to feet terminates with the tail of a fish."

Derceto was supposed to have been a woman who threw herself in despair into a lake. After death she was adored as a goddess and her worshippers abstained from eating fish, except sacrificially. A golden image of a fish was suspended in her temple. Atar-gatis, who was identical with Der-ceto, was reputed in another form of the legend to have been born of an egg which the sacred fishes found in the Euphrates and thrust ashore. The Greek Aphrodite was born of the froth of the sea and floated in a sea-shell.

Obviamente que o nome Sam-mu-ram-mat, escrito em sumeriogramas poderia ser uma forma ortográfica complexa cuja leitura fonética seria menos literal e mais próxima do que restou do nome por via helenista.

Sam-mu-ram-mat < *Ash-Myra-Mat > Samiramish > Semeramis.

Segundo dizem os órficos, Eurinome foi uma arcaica rainha dos Gigantes que governou o Olimpo ao lado da cobra Ofião, seu filho e marido. Na guerra da titanomaquia foi derrotada por Crono e Rea que os lançaram no mar que cerca os Oceanos.

O nome de Eurinome pensa-se derivado do grego eurys "largo", "mar alto", e "nomos" que rege ou de “nomia", terras de pasto. Foi identificada de perto com outra Eurynome, uma das esposas de Zeus e mãe das três Graças.

Eurínome foi a princípio o protótipo da Deusa Mãe Criadora grega e a mais importante divindade dos pelasgos, o povo que ocupou a região da Grécia em tempos pré-históricos antes da invasão jônica e dórica. O nome significa algo como "aquela que governa de longe", e oseu culto se espalhou por todo o Mediterrâneo, servindo de base para a maioria das religiões da região. Eurínome está associada ao mar e dentre os títulos atribuídos a ela, alguns são a Grande Deusa, Mãe Primordial, a Criadora do Universo, a Governanta, Deusa do Universo, Deusa de Tudo, e Aquela Que Se Move Na Eternidade.

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Figura 19: Eurinome em forma de peixe é morfologicamente parecida com Artemisa de Éfeso.

"O rio Lymax (Depois do Nascimento) entra no Neda [na Arkadia]. Onde os fluxos se encontram está o santuário de Eurynome, uma velha mancha santa de difícil acesso por causa da aspereza do chão. Ao redor há muitos ciprestes crescendo muito juntos. Ali as pessoas de Phigalia acreditam que Eurynome é um sobrenome de Artemis. Porém, Alguns deles a quem chegaram antigas tradições, declaram que Eurynome era uma filha de Okeanos que Homero menciona no Iliada, dizendo que junto com Thetis ela recebeu Hephaistos. – Pausânias, Descrições da Gécia 8. 41.

Se Eurinome era uma titânide pré-olímpica criadora natural seria que fosse a Deusa Mãe das cobras dos cretenses. A etimologia do nome proposta a partir do nome grego eurys "largo", "mar alto" apenas nos reposta para um deusa do mar como era de facto e por direito morfológico já que é a única deusa grega com cauda de peixe. Eurinome será assim apenas Irene, a verdadeira Mãe das suaves correntes da Aurora, ou um dos numenes, ninfas ou naides, dos bons fluxos marítimos da civilização cretense possivelmente correlativa em importância de Inana / Irinina.

Supõe-se que Eurinome seria conhecida entre os judeus de Elefantica como esposa de Jeová com o nome Anat-Yahu (Anat-Yahweh) e que em sumério significaria a "pomba sublime" da Sabedoria.

No entanto o nome específico desta deusa seria Der-ceto, a baleia Der, seguramente a cretense *Ker-tu.

 

Ver: EUROPA(***)

 

Derceto, (Dérceto, o Dércetis, según qué autores se consulten) es una diosa en la mitología siria, a la que representaban en forma de pez con cabeza, brazos y pecho de mujer; por lo que fue confundida con Dagón, que igualmente aparecía en las iconografías como semipez, aunque su parte humana era masculina. Que sepamos, sólo esta diosa y Eurínome fueron representadas por los griegos, entre las diosas femeninas, con la misma morfología anfibia.

El hecho de representarla con medio cuerpo de pez se debe a la leyenda referida por Diodoro Sículo en la que Derceto (Dérceto) ofendió a Venus y entonces la diosa le inspiró una pasión ciega hacia uno de los que le ofrecían sacrificios en el templo (Caístro). De esta pasión nació una niña, Semíramis, que llegaría a ser reina de Babilonia. Después de nacer su hija, también por obra de Venus, acabó el amor que Derceto sentía por ella, y al que siguió el conocimiento de su falta y la vergüenza de haberla cometido. Derceto, llena de ira, abandonó a su hija, hizo matar al hombre a quien había amado y se arrojó al agua dispuesta a darse muerte, lo que los dioses no permitieron. Así dio origen a su morfología anfibia.

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Figura 20: Montfaucon's Antiquities. Dianas várias.

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At the renowned Nabataean capital Petra, Atargatis’s cult was not very important, but there is some evidence of the goddess’s presence there (Taylor 2002: 132; Lindner and Zangenberg 1993). She might have been identified with the Arabian goddess Al-`Uzza, the Venus star, who was the tutelary deity of Petra. Like her, Atargatis had a close association with springs and water. At Petra is a sanctuary that archaeologists named the Temple of the Winged Lions (Healey 2001: 42-44). It may have been dedicated to an Atargatis-like goddess (Hammond 1990).

In the West she was usually called Dea Syria, the “Syrian Goddess.” Atargatis reached Rome during the first Punic War (264-241 BCE). By the time of the Roman novelist Apuleius, around 150-160 CE, the goddess’s begging eunuch priests had become notorious. In his story The Golden Ass, he described how a disreputable band of wandering followers of the goddess acquired Lucius in his donkey form and used him to carry the silk-bedecked image of their “foreign” goddess (195-199). The goddess he praised as “omnipotent and omniparent [all-generating]” (195), while he dismissed the priests as “lewd and very naughty fellows” (196). In the novel Lucius was restored to human form by the great goddess Isis (261-272).

The variations in the iconography of Atargatis resulted from her being identified with so many local goddesses, as well as great goddesses such as the Egyptian Isis. A splendid Egyptianized statue of her, complete with encircling snake, stood on the Janiculum in Rome in the 3rd century CE (Godwin 1981: 158 Plate 124). From Hieropolis in northern Syria, then, the cult of Atargatis disseminated all through Syria, northern Mesopotamia, the Mediterranean area, and the western part of the Greco-Roman world, even to Britain (Lightfoot 2003: 59). -- Atargatis, the “Syrian Goddess”, by Johanna Stuckey.

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Figura 21: Bust of a fishy, watery goddess sculpted in high relief on a white limestone block. Framed by a scallop design. Goddess has wavy, water-like hair, huge fish-like eyes, and a veil topped by two fish. From the Nabataean temple at Khirbet Et-Tannur, Transjordan, and dated to the end of the 1st century BCE/ beginning of the 1st century CE. Drawing © S. Beaulieu, after Binst 2000: 182. See also Bilde 1990: 169.

 

CIBELE

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Figura 22: Pátera de Parabiago. Museo Arqueológico de Milán. Representación de la diosa Cibeles junto a su amante Atis, con símbolos de vida, muerte y renacimiento, junto a otros personajes: Coribantes, Aion, Atlas, Tellus, Océano y las Nereidas

Cibele ou Cíbele (do frígio Matar Kubileya / Kubeleya "Mãe Kubeleya", talvez "Mãe da Montanha"; grego Κυβέλη, Kybele, Κυβήβη, Kybebe ou Κύβελις, Kybelis), chamada Basileia ou Basilia (do grego Basíleia, "rainha") por Evêmero e Diodoro da Sicília, era a divindade frígia da Terra-Mãe, depois adoptada por gregos e romanos e sincretizada com suas divindades nativas.

Walter Burkert, que trata Cibele entre os "deuses estrangeiros" na religião grega, nota que "O culto da Grande Mãe, Meter, apresenta um quadro complexo, visto que uma tradição indígena minoica-micênica foi entrelaçada com um culto tomado directamente do reino da Frígia, na Ásia Menor, onde era designada por Mãe dos Deuses ou Grande Mãe. Personificava a terra no aspecto mais primitivo e selvagem e era adorada no alto das montanhas. Era a Grande Mãe Terra, senhora da vida e da morte e a que garantia o fornecimento e fartura de todos os alimento.

Assim como a grega Gaia e sua equivalente cretense Reia, com as quais veio a ser sincretizada, Cibele personifica a terra fértil. É deusa das cavernas e montanhas, muralhas e fortalezas, natureza e dos animais selvagens, principalmente dos leões e das abelhas. O antigo título grego, Potnia Theron, também associado à Grande Mãe cretense, alude a suas raízes neolíticas como "Senhora dos Animais". Era representada, frequentemente, com uma coroa de torres, com leões por perto ou num carro puxado por estes animais.

Cibele é frequentemente identificada com a deusa hitita e hurrita Hebat, que pode ser a origem da deusa puramente anatólia Kubaba. Os gregos frequentemente combinavam os dois nomes, o anatólio e o frígio, para se referirem a esta divindade.

A deusa era também conhecida entre os gregos como Μήτηρ Ὀρεία ("Mãe Montanha") ou Idaia, aludindo a uma montanha sagrada da Anatólia em particular, o monte Ida, ou ainda Dindímena ou Sipilena, com relação a seus montes sagrados Díndimo (geralmente localizado na Mísia) e Sipilo.

Segundo os gregos, esta deusa seria apenas uma encarnação de Reia, adorada no monte Cibele, na Frígia e que em Roma era venerada como Magna Mater, "Grande Mãe" ou como Mater Nostri, "Nossa Mãe".

O seu culto começou na Ásia Menor e espalhou-se por diversos territórios gregos, mantendo a sua popularidade até, depois de um augúrio da Sibila de Cumas, segundo o qual Roma não derrotaria o cartaginês Aníbal enquanto seu culto não fosse estabelecido em Roma, os romanos, tendo, para isso, mandado vir de Pessinunte, em 240 a.C., uma pedra negra que a simbolizava e  lhe edificaram um templo no Palatino. Por isso, tornou-se uma das deusas favoritas dos legionários romanos e seu culto espalhou-se pelos acampamentos e colónias militares. Era identificada com a romana Ceres, deusa do grão que era uma contraparte aproximada da grega Deméter, mas que tinha características diferentes e era venerada com outro culto.

Tornou-se uma divindade da vida, morte e renascimento em relação com a ressurreição de seu filho e consorte, Átis. Está também relacionada com a lenda de Agdístise.[3]

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Figura 23: Cibele Romana.

O seu culto incluía manifestações orgíacas, como era próprio dos deuses relacionados com a fertilidade, celebrados pelos Curetes ou Coribantes.

The Corybantes (also known as Galli, from the river Gallos in Asia Minor) were eunuch priests who followed Cybele with wild, savage dances and intoxicating music on her mountain travels. It was believed that they castrated themselves out of sympathy for, and in honour and imitation of, Atys, a beautiful shepherd who, driven mad by Cybele unmanned himself.

Kotys, Kottyto era uma deusa grega da Traça adorada em festins báquicos.

Cybele was involved with sacred prostitution, sacrifice in the form of castration and fertility rituals focusing on Attis, one of the many vegetation-gods. The cult of this Phrygian goddess has resulted in archeological monuments ranging in time from 6.000 BCE to the end of the Roman Empire, and recent finds have established that she was also worshipped among the Thracian peoples. In his work on the Christian Black Virgins and their origins, Ean Begg relates Cybele to the Ka'aba:

"Her name is etymologically linked with the words for crypt, cave, head and dome and is distantly related to the Ka'aba, the cube-shaped Holy of Holies in Mecca that contains the feminine black stone venerated by Islam" Begg, p.57. Cybele, like the Ephesian Artemis and many other goddesses, was also venerated in the form of a black stone. Once this stone had been brought to Rome, both stone and goddess were worshipped in the Roman Empire until the 4th century CE. Greco-Romans as well as some oriental peoples worshipped the deity known as Cybele, Cybebe or Agdistis. Her full official Roman name was Mater Deum Magna Idaea (Great Idaean Mother of the Gods)…

Cibele foi a grande Deusa Mãe Terra que os romanos trouxeram da Frígia, terra dos homens livres, para protecção da civilidade da sua cidade imperial.

Monte Ida, também conhecido como Idha, Ídhi, Idi e agora Psiloritis, é a montanha mais alta de Creta, outrora consagrado à Deusa Reia, e na qual jaz a caverna onde Zeus se supunha ter sido nascido e criado. Outro Monte Ida na Phrygia era também sagrado à Grande Deusa Mãe Cibele, que, por isso era chamada frequentemente Mater Idae. Idaea,[4] era um dos nomes de Rhea por ser adorada no monte Ida, o mais alto de Creta. Em conclusão, Cibele seria uma variante do nome de Reha emigrada para a Frigia por lídios saídos de Creta, possivelmente na época dos povos do mar. Por sua vez estas deusas seriam uma evolução de Ki / Gea. Literalmente Cíbel < Ki- | Bel + tea = Beltia |.

Beltia (babilônica) = "A Senhora", reinando nos céus. Seus adoradores exaltavam-na, dizendo que ela estava acima de todos os deuses e tinha a capacidade de aliviar sofrimentos, dar vida, alegria e prazer.

Idaea = Ida-Eha, seria assim literalmente “a (esposa e mãe) do monte Ida

< Idha | Ithka < Ishka < Ídhi > Idi > iti => (Psil-or)-iti(s).

O significativo e o facto de mesmo a mitologia da latinidade manifestar antigas relações fundadoras com a ilha de Creta, coisa que na mitologia grega é demasiado frequente o que só pode significar que grande parte da tradição mitológica greco-latina teve origem na arcaica civilização cretense, mesmo que posteriormente tenha vindo a sofrer influencias doutros quadrantes e mesmo remanejamentos autóctones.

                    ó Ki-Te-Ja > Kau-Ti-| asha > at = tu | > Kottyto.

< Hi-Theia < Ki Gaia?                           => Kauti-ish > Ko-tys.

              Ma-g(i)na Ma-ter º Ma-ter Te(or)um º Ma-Theia > Medeia.

 

Ver: OPS (***) & CERES (***)

 

For one of these reasons Strife threw an apple as a prize of beauty to be contended for by Hera, Athena, and Aphrodite; and Zeus commanded Hermes to lead them to Alexander on Ida in order to be judged by him. --- Apollodorus, Library and Epitome (ed. Sir James George Frazer).

No monte Ida na Ásia Menor Ganimédes foi sequestrado por Zeus; Anquises foi ali seduzido por Afrodite e, também ali, esta pariu Eneias. Foi aqui que Paris viveu como pastor, onde as ninfas viveram, onde o "Julgamento de Paris" aconteceu, onde os deuses gregos assistiram à Guerra de Tróia, onde Hera distraiu Zeus com as suas longas seduções para permitir aos Aqueus, com a ajuda de Poseidon, aguentarem os Troianos fora dos seus navios, e onde Eneias e os seus seguidores descansaram e esperaram até que os gregos partiram para a Grécia.[5]

A importância mítica do monte Ida ficou atestada no “Julgamento de Paris” onde, nem por acaso, se decidiu o destino mítico da Deusa Mãe mais bela do universo!

Idê, Dor. ida = árvore de corte para madeira ou lenha => lenho ou madeiro.

Quer isto dizer que, pelo menos no plano metafórico, o monte Ida sempre terá sido um lugar de culto ao nome da Deusa Mãe, seguramente na forma de imagens de madeira. De resto, Ashera, a Deusa Mãe canaanita era representada por um tronco de árvore, a «árvore da vida», e o conceito do trono estava ligado ao poder matriarcal!

No entanto é bem possível que esta relação com o monte Ida seja o resultado de um mero equívoco em torno do verdadeiro nome da deusa que antecedeu Cibele no controlo das chaves da cidade de Roma, porque o nome original desta deusa seria Cardea.

It was only in the second century before the Christian era that the worship of Cybele, under that name, was introduced into Rome; but the same goddess, under the name of Cardea, with the "power of the key," was worshipped in Rome, along with Janus, ages before. OVID's Fasti. .[6]

 

Ver: TRONO (***) & HULUPPU (***) & CARDEA(***)

 

Um dos epitetos latinos de Cibele foi Dindymena domina

"agite ite ad alta, Gallae, Cybeles nemora simul,

simul ite, Dindymenae dominae vaga pecora,

aliena quae petentes velut exiles loca

sectam mean executae duce me mihi comites

rapidum salum tulistis truculentaque pelagi

et corpus evirastis Veneris nimio odio.

hilatate aere citatis erroribus animum. – Catullus.

Dindymena < Thinthy | < Dinadea, lit. “deusa Diana” |-Mean.

The people of Dyme have a temple of Athena with an extremely ancient image; they have as well a sanctuary built for the Dindymenian mother and Attis. --- Paus. 7.17.9.

Dindymenian = Dindymene(an), lit. «Diana ou Dinamene (= Din),

a deusa (= dy) minoica (= meni-an)» > Lat. Dindym(us).

Dindy < Dian(a)-Thu < Ki-Antu < Ki-(an)-Kika > Hideia > Idaea.

                                     > Tanat.

The cult became one of the most popular during the time of the empire. The center of the cult in Italy was at Pessinus on Mount Dindymus. The annual festival held in her honor from the fifteenth of March to the twenty-seventh was quite a bloody affair.

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Figura 24: Cibele & Atis.

Nesta lápide dedicada a M.D.M.I (Mater Deum Magna Idaea) [7]a versão latina do mito frígio de Cibele aparece suficientemente explícito para nos permitir concluir que se trata de uma mera variante do mito grego de Deméter, ou seja uma variante fonética do nome da mesma arcaica Deusa Mãe dos cultos agrários das ilha mediterrânicas. Os dois leões são também inequívocos símbolos da Deusa Mãe. A este devem estar associadas as expressões rituais da lápide anterior: «LCORNELIVS SCPIO OREITVS V.C. | AVGVR TAVROBOLIUM SIVE CRIOBO(-?)LIUM FECIT

= o augure sacrificou touros e carneiros | DIE IIII KAL(endas). MART.».

Notar que as «calendas», de que deriva o calendário, aparecem aqui numa grafia arcaica que parece a do hitita Kal, por sua vez derivado de *Kar, um deus etimologicamente correlacionado com Cardea e com Jano por sinal, deus do espaço e do tempo e do calendário a quem era dedicado o primeiro mês do ano e o primeiro dia de cada mês!

Que tenha ou não sido assim, a verdade é que a deusa Ki, a mais primordial de todas as deusas da antiguidade, e mais amada das deusas sumérias, deve ter sido o protótipo das deusas mães de que Cibele seria a representante frigia senão mesmo um mero epíteto anatólico da Grande Deusa Mãe Terra que seria a egeia Gaia, a cretense Reia e a Telus latina.

Agdistis < Agsthitis < *Sag-Tite < Kaka-Kiki > Kakish > Hecate»?

Na verdade, existem dúvidas sobre se Agdistis seria nome da Deusa Mãe ou... de um dos seus filhos!

A verdade é que são muitas as representações em que a filha de Deméter é representada com tochas como Hecate, precisamente em nome das suas funções de rainha dos infernos.

Outra possibilidade bem mais plausível seria

Agdistis = Ag-dis-tis < (Aka)-Dis-te(o)s < Ag-Dy-stis < (Aka) Ky-Asht

< *Ki-ash = Ash-Ki, lit. filho/a de Ki = Attis => Ki-tu

> Thithu > Dido, seguramente outro nome de Tanit.

Cybele is often shown in a chariot drawn by lions. During the rites a pine tree was cut down and brought to her shrine to be worshipped as a god. On March 24 "the Day of Blood" the chief priests cut their arms and offered the blood to Cybele as a sacrifice. The lower clergy spun themselves about the shrine slashing away at their own bodies to spatter the deity's statue with their blood. The cult members all carried the statue down to the Almo River, a tributary of the Tiber, to be cleaned.

Do nome de Cibele podemos inferir que o seu culto não passava de uma variante do culto a Ceres. De facto, as imagens mais frequentes de Cibele além do feixe de espigas loiras ao sol, comum a Deméter, apresentam a «bola» de pão ázimo que mais parece um disco solar. Na verdade, tanto poderia ter sido uma peneira como a pandeireta festiva que se supõe ter sido!

De facto, Deméter, a deusa mãe de Korê / Perséfone, era deusa dos cereais, seguramente a mesma que Ceres.

Nas «Cartas Fenícias» Rimon, o deus da romã, é casada com Shalla, que não era senão Ceres.

Shalla < Shar-la < *Kur-la > Carla > Kalli?

Ceres < Kerish, lit. *Kertu, filha do *Kur» => Ishtar

Claro que a primeira aproximação étmica do nome de Cibele < Kiwel reporta-nos para Hiwel Ziwa, o velho deus mandaeno do fogo supremo!

As cobras aladas e os colos de cisne das iconografias da deusa mãe mais não fazem do que prestar homenagem à reminiscência étmica da *Kiphura, a deusa mãe das cobras cretenses!

Assim, foi uma poderosa Deusa Mãe de cultos sibilinos de morte e ressurreição e, por isso mesmo uma deusa de profecias e artes mágicas relacionadas com a herança arcaica do culto das cobras cretenses. Por isso as sacerdotisas da Deusa Mãe eram Pitonisas, não tanto supostamente por causa de Apolo Pítio mas seguramente por ter sido Afrodite Quitana a antiga deusa mãe de Delfos, Senhora do Pito.

Os gregos davam o nome de Pitonisas a todas as mulheres que tinham a profissão de adivinhas, porque o deus da adivinhação, Apolo, era cognominado de Pítio, quer por haver matado a serpente-dragão Píton, quer por ter estabelecido o seu oráculo em Delfos, cidade primitivamente chamada Pito.

Mas mais próximas de Cibel foram as «Sibilas» que por serem sacerdotisas da adivinhação fazem desta Deusa Mãe telúrica uma variante da deusa das cobras cretense.

Ficou muito conhecida certa Sibila que habitava Cumes, localidade onde Apolo possuía um belo templo, embora inferior ao de Delfos. Afirma-se que, aí, a Pitonisa chegava a escrever as profecias do deus. Na verdade foram os escritos chamados "Livros Sibilinos", que mais tarde foram para Roma, onde eram altamente apreciados, tendo-se entregue a sua guarda a um corpo de sacerdotes, chamados Díumviros.

Estranho é nunca se ter dado conta de que a cabala judaica seria assim a sobrevivência da sabedoria sodomita na pele da serpente do Paraíso perdido.

"The Qabalah may be defined as being the esoteric Jewish doctrine. It is called in Hebrew QBLH, Qabalah, which is derived from the root QBL, Qibel, meaning 'to receive'. This appellation refers to the custom of handing down the esoteric tradition by oral transmission, and is nearly allied to 'tradition'." -- - McGregor Mathers, Introduction to The Kabbalah Unveiled.

                                                                                   > Taweret

«Cabala» = Qabalah < Q(i)B(e)L(e)H < Ki-wer-et > Kibel > Cibel.

Cibel, a grande Deusa Mãe da Terra que recebe os mortos no seu seio e guarda os segredos das árvores mágicas da sabedoria da vida e da morte.

Os “livros sibilinos” e as suas ressonâncias fazem-nos lembrar a Bíblia, a cidade fenícia de Biblos, a invenção da escrita fonética e levam-nos à pesquisa da etimologia do «livro».

Library (N.) = place for books, late 14c., from Anglo-French librarie, Old French librairie "collection of books" (14c.), noun use of adj. librarius "concerning books," from Latin librarium "chest for books," from liber (genitive libri) "book, paper, parchment," originally "the inner bark of trees," probably a derivative of PIE root *leub(h)- "to strip, to peel" (see leaf). The equivalent word in most Romance languages now means "bookseller's shop." Old English had bochord, literally "book hord."

Leaf = Old English leaf "leaf of a plant; page of a book," from Proto-Germanic *laubaz (cognates: Old Saxon lof, Old Norse lauf, Old Frisian laf, Dutch loof, Old High German loub, German Laub "foliage, leaves," Gothic lauf), perhaps from PIE *leup- "to peel off, break off" (cognates: Lithuanian luobas, Old Church Slavonic lubu "bark, rind").

A tendência dos anglo-saxónicos de forçarem o latim a ser de origem indo-europeia redunda sempre em disparates inefáveis. Obviamente que o livro deriva do papiro e este do córtex interior de uma planta que em botânica ainda é líber ou floema, tecido vegetal condutor de seiva viva.

No entanto é muito duvidoso que o termo latino liber tenha alguma coisa a ver com as “folhas de livro” só porque em inglês as “folhas das árvores” sejam leaves ou sobretudo derivem dum hipotético PIE *leup- significaria "pelar, descascar" numa língua sem escolas e com geografia e história conhecidas mas é patente que esta virtualidade encaixaria melhor no termo grego λοβός.

Por outro lado é verdade que o nome do «papel» dos livros das bibliotecas pouco ou nada tem a ver com o nome egípcio do papiro, wadj, tjufy, e djet, termo que no entanto poderia ter muito a ver com o «junco».

Por sua vez, os livros latinos devem ter pouco a ver directamente com a «liberdade» espiritual que os vapores alcoólicos de Liber Partis proporcionavam. Assim, é mais provável que na feitura do nome do livro tenha de facto havido uma conotação com a «libertação» mas do miolo do junco que parecia ser o que ocorria durante o fabrico do pairo, bem como com o acto de descascar árvores ou pelar frutos.

O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português.

Claro que a aceitação do nome do líber da botânica para uma metáfora de libertação do miolo dos vegetais nos obriga a reportar para a etimologia da «liberdade» que obviamente decorre de Liber Patris e esta das libertinagens etílicas de Dionísio.

 

Ver: DIONÍSIO II (***)

 

A fixação do signo liber, libris a partir de uma associação contingente com o processo de fabrico do pairo reporta-nos para uma origem do livro latino como termo técnico por sua vez associada a algo mais essencial que seria a tradição distorcida duma etimológica egeia comum com a bíblia.

«Bíblia» < Βιβλί(ο) < βύβλος > Byb-li > *Libubl > luvir ó Liber, libris.

Assim, parece demonstrável mais uma vez que o latim bebeu das mesmas fontes egeias que memorizou de forma distorcida e que o termo latino e grego para livro derivaram do mesmo termo de que derivou o nome da Bíblia mas não é apenas o termo «papiro» que é de origem pré-helénica porque também byblos o foi, seguramente.

Biblos (βύβλος) é o nome Grego da cidade Fenícia Gebal (outrora Gubla); era conhecida pelos Antigos Egípcios por Kypt (versão mais utilizada pelos Egípcios), Keben, ou Kepen.

Byblos was a Canaanite city called Gubal during the Bronze Age, at which time it also appears as Gubla in the Amarna letters. During the Iron Age the city is called Gebal in Phoenician and appears in the Hebrew Bible under the name Geval (Hebrew: גבל‎). It was much later referred to as Gibelet, during the Crusades. The city's Canaanite/Phoenician name (GBL, i.e. Gubal, Gebal, etc.) can be derived from gb, meaning "well" or "origin", and El, the name of the supreme god of Byblos' pantheon. The present-day city is known by the Arabic name Jubayl or Jbeil (جبيل), a direct descendant of the Canaanite name. However, the name[clarification needed] is most likely derived from the Phoenician word GBL meaning "boundary", "district" or "mountain peak"; in the Ugaritic language GBL can mean "mountain", similarly to Arabic jabal.

Aparentemente, os Gregos chamaram-lhe Biblos porque era através de Gebal que o byblos (βύβλος "o papiro Egípcio") era importado para a Grécia.

In the Egyptian language, papyrus was known by the terms wadj (w3ḏ), tjufy (ṯwfy), and djet (ḏt).

The English word "papyrus" derives, via Latin, from Greek πάπυρος (papuros), a loanword of unknown (perhaps Pre-Greek) origin

Greek has a second word for it, βύβλος (bublos, said to derive from the name of the Phoenician city of Byblos).

As voltas e reviravoltas que a etimologia convencional dá para demonstrar o improvável leva a conclusões que são verdadeiras petições de princípio que facilmente se desmascaram. Como poderia βύβλος derivar do nome da cidade fenícia Gebal se os gregos nomeavam esta cidade por Biblos por dela importarem o papiro para as suas bíblias e livros? Seguramente porque foi ao contrário. O nome do papiro é que foi adaptado foneticamente ao nome que os gregos davam à cidade fenícia de Gebal.

Wadj > Wa-dj + et > djet > djet + uf > tjufy => Lat. juncu > «junco».

«Papel» < Cat. papel < Fr. papier < Lat. papyru < Gr. pápyros

< *babyros < Bubalos < Kubal > Gubal, Gebal = Senhora da Montanha!

                                                    > Kybel > Cibel > Sibila.

Assim, a Bíblia tem mais a ver com os “livros sibilinos” do que poderia parecer razão pela qual este foram considerados como livros sagrados pelos primeiros cristãos.

Mas a linguagem está enrolada à mitologia como cerejas num açafate e a bíblia faz-nos recordar a Torá judaica e suspeitar que o significado que o hebreu lhe dá de “instrução, apontamento, lei”, seria, tal como talibã é estudante da «madraça», mais uma semântica secundária decorrente do uso do que o seu significado original que *toreco, ou pequeno tronco de árvore que era a forma que os rolos de pairo ou pergaminho em que estava escrita a torah tinham, e ainda têm quando guardados na forma tradicional.

Do toro de madeira dos rolos da lei passaríamos aos tronos da deusa mãe de destes ao Trono de Cibele sem deixar de passagem de rever Mitra como deus da “sagrada aliança” que mais não era senão a arcaica e mafiosa fraternidade matriarcal da Deusa Mãe mediterrânica...de que obviamente a etimologia da «madraça» participa.

E qual seria a etimologia das págias dos livros?

PAGINA < Proto-indo-europeu *pehǵ- (“fixar, fixar”). Talvez de “folhas de papiro presas umas às outras” ou de “fixar/imprimir letras”.

Como se fizesse sentido os proto-indo-europeus conhecerem e darem nome às folhas de papiro egípcio!!!

Earlier pagine (c. 1200), directly from Old French or Latin. The word is usually said to be from the notion of individual sheets of paper "fastened" into a book. Ayto and Watkins offer an alternative theory: vines fastened by stakes and formed into a trellis, which led to sense of "columns of writing on a scroll." When books replaced scrolls, the word continued to be used.

OU antes

Pacto< pactum

Pangō, pan-gere, pepigī ou pānxī ou pēgī, pānctum ou pā̆ctum.

=> prendo, conserto, coloco. Sinônimos: cōnserō, cōnfīgō, fīgō, illigō, colligō, ligō, adalligō, nectō, cōnectō, vinculō

Lat. pagus <proto-itálico *pāgos, do proto-indo-europeu *pehǵ- (“fixar, fixar”). Talvez "um espaço com limites fixos". Consulte os termos relacionados.

Ou

Lat. pagus <proto-itálico *pāgos < *pha-cus = fogo, lareira > «fogo».

Pacto de sangue = Pacto escrito de «pagamento» de dívida!

«Pagar» < Lat. pācō, pācāre, pācāvī, pācātum.

Portanto, a «página» do livro seria o assento do mercieiro onde este apontava o deve e haver...e riscava o que estava «pago». Que conceito poderia fazer passar do «rol» de dívidas à «pagela» do que estava pago»? Possivelmente a pequena «pagela» da factura que atestava o pagamento ou seja a «pagina» que só por não ter uso comum entre os mercieiros das margens do império romano é que não passou a *paginha.

Evidentemente que se pode especular uma via pré latina mais longa e rebuscada que não deixaria de ser um fantasia inconsistente.

= pactoei (pegi) + com tinta < tingō, tingere, tīnxī, tīnctum.

=> *Pegi + tincta > pagitinta > pagitina > pagtina > Latin pagina.

 

O TRONO DE CIBELE

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Figura 25: Ki de Catalhoyuk, (a Deusa mãe em posição de parto?). O Trono de Cibele.

Figura 26: O Trono de Cibele em cópia romana.

Que esta deusa era já formalmente Cibele prova-o o facto de estar coroada com a dignidade de senhora da localidade que a adorava.

Sentada num trono cujos braços eram já as leoas protectoras de Cibele, a Matrona de Catalhoyuk era já um esboço da majestade com que a tradição romana posterior a consagrou!

Magna Mater. "The Great Mother". An earth Goddess from Pessinus. The 'great mother' (of the gods), the Roman name for the Phrygian goddess Cybele, but also an appellation of Rhea.

Ma + Te + Rhea = Matrea > Lat. Materia + Ana > Matrana >

Matrona < Ma-Tro-ana, a deusa do trono < *Ma-Kur-Ana > Macarena!

Pois bem, todos diriam que estamos perante adjectivos comuns relativos à várias Deusas Mães quando na verdade estamos diante da mesma entidade cujos variados epítetos heterónimos e invocações litúrgicas determinaram adjectivos tais como o nome primaveril do mês de «Maio» e dos adjectivos relativos à «magnitude» e à «majestade» que foram o apanágio desta deusa desde os tempos recuados do patriarcado que foi a condição política original da humanidade!

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Figura 27: Artemisa de Efeso, [8] a deusa que em vez do trono tem à cabeça toda a cidade!

The Megalesia is the festival of the Magna Mater, or Cybele, whose sacred black stone brought to Roma from Phrygia on the fourth day of Aprilis. It is celebrated by Games and theatrical performances.The holy goddess Artemis, the most sacred of all in Anatolia, had a long history of evolution going back may be thousands of years. The earliest forms of Artemis statues were found in Catalhoyuk and Hacilar, central Anatolia. The most famous of all the goddesses and gods in Anatolia was Kybele, first known name of Artemis. Then the same goddess earned a wide respect and acceptance from Roma to Mesopotamia and even in Arabia. Arabs named her Lat, Egyptians Isis, Romans Diana, Ionians Artemis.. -- THE ARTEMIS TEMPLE (Ephesus), Copyright © 1997 Focus Multimedia.

Cibele, a deusa Frígia da Anatólia, não era senão uma versão local de Ki, a arcaica deusa dos registos sumérios e que terá sido a Deusa Mãe da humanidade do neolítico.

Cibele < Ki-Wer, lit. “A terra montanhosa” (caçadora e guerreira)

< Ki-Pher, lit. *Kiphura das cobras cretenses < Ki-Kura

Cibele < Ki-wer < Ki-Kur = Kiki-Ur = Ur-kika =>

Ø    Sumer. Urash > Urat > Ulat > Lat + Ana > Latona.

Ø    Ruhiha > Rhea.

 

Ver: CAVERNA (***) & AURORA (***) INANA (***)

 

XIV A LA MADRE DE LOS DIOSES: 1 Celebra, oh Musa melodiosa, a la Madre de todos los dioses y de todos los hombres, hija del gran Zeus, a la cual agradan el chocar de los crótalos y de los tímpanos con el sonar simultáneo de las flautas, el aullar de los lobos, el rugir de los leones de relucientes ojos, los montes resonantes, y los valles cubiertos de bosque.

6 Así, pues, regocíjate con este canto y contigo todas las diosas.

XXX A LA TIERRA MADRE DE TODOS: 1 Cantaré a la Tierra, madre de todas las cosas, bien cimentada, antiquísima, que nutre sobre la tierra todos los seres que existen: cuantos seres se mueven en la tierra divina o en el mar y cuantos vuelan, todos se nutren de tus riquezas. De ti proceden los hombres que tienen muchos hijos y abundantes frutos, oh venerable; a ti te corresponde dar y quitar la vida a los mortales hombres. Feliz aquel a quien tú honras, benévola, en tu corazón, pues todo lo tiene en gran abundancia. Para hombres tales la fértil tierra se carga de frutos, en el campo abunda el ganado, y la casa se les llena de bienes; ellos reinan, con leyes justas, en ciudades de hermosas mujeres, y una gran felicidad y riqueza los acompaña; sus hijos se vanaglorian con pueril alegría; las doncellas juegan y saltan, con ánimo alegre y en coros florecientes, sobre las blandas flores de la hierba. Tales son los que tú honras, veneranda, pródiga diosa.

17 Salve, madre de los dioses, esposa del estrellado Cielo. Dame, benévola, por este canto una vida que sea grata a mi ánimo; mas yo me acordaré de ti y de otro canto. -- J. Banqué, Himnos homéricos vertidos directa y literalmente del griego

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O culto à grande deusa μϵγάλη ϑϵός = mégalè théos seria tão arcaico quanto o neolítico senão mesmo mais arcaico ainda do que toda a cultura megalítica. Já referimos que o conceito grego da «casa grande» ou magaron comunitário derivaria do culto das festas «magalésias» à Magna Mater deorum Idaea que os latinos receberam da Anatólia como Cibele, aparentemente sem precedência na mitologia latina a não ser no culto obscuro e rudimentar de Mater Matuta em que, Matuta, já seria, literalmente, a matutina mãe de todos, e no culto de Ceres. Porém, na etimologia das festas «ma-galésias» misturam-se referências aos «gauleses» que invadiram a Anatólia no século 3º antes de Cristo e tomaram conta da cidade de Pesino governada teocraticamente pelos sacerdotes de Cibele, os «galli».

Galle est le nom donné par les Romains aux prêtres eunuques de Cybèle. Ce culte est d'origine phrygienne. Le nom est sans doute issu du fleuve Gallus en Galatie, qui coulait près du temple originel de Cybèle et dont on disait que les eaux rendaient fou quiconque s'y abreuvait.

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Galli são descendentes do reino da Gália, cujo território fraccionou-se quando, no século V, foi invadida pelos visigodos, pelos burgúndios e pelos francos. O fracionamento aconteceu quando Siágrio, rei da Gália, perdeu a guerra contra Clóvis I, rei franco. O regime de Siágrio representou o último exemplo registrado de uma autoridade nativa galo-romana na Gália: de fato ele era conhecido pelos bárbaros germânicos como "Rei dos Romanos"

Seriam os sacerdotes de Cibele «galos» por serem gauleses ou por serem sacerdotes da grande Eresh-Ki-Gal? Eis um belo exemplo da confluência e ressonância de ondas etimológicas que neste caso nos reportam para a busca da etimologia do nome dos gauleses que...estranhamente se consideravam filhos de Dis Pater que mais não era do que o sumério Ner-gal, esposo da mesmíssima Eresh-Ki-Gal. Por outro lado, parece que a existência de sacerdotes eunucos já era referida na epopeia da descida de Inana aos Infernos onde foi ressuscitada pelos sacerdotes gala-turru, enviados por Enki.

Akadian Galaturru = Sumerian galatur (GAHL-ah-toor) meaning small singre. A sexless being created by Enki to save Inanna. Galla (GAHL-lah). Sumerian devils.

Como se pode comprovar a raiz destes termos é sempre o sumério gal- que significava grande como as montanhas dos infernos do Kur (> Kaur > Gal) de que etimologicamente deriva. A ideia de que galatur significava pequenos cantores deve ser um eufemismo para os castrados que mesmo adultos continuavam «grandes» cantores com voz angélica de crianças. O facto de estes “pequenos cantores” terem ressuscitado Inana aspergindo o seu cadáver com o líquido da vida, que só poderia ter sido o leite materno, deve ter sido a origem do termo grego galatos que por ser sempre branco ficou também para nome da cor branca como era a pele dos celtas e gauleses.

Ora, se a conotação de “coisa grande” ainda aparece remanescente no conceito grego μϵγάλη de que deriva o megaron, aparentemente pareceria que os romanos já se teriam esquecido completamente disso. No entanto, se o conceito de *Megala não restou por inteiro na língua latina que só passou a existir após importação anatólica a verdade é que permanecia vestigial no nome da deusa Maia, que por ser esposa de Vulcano era seguramente uma arcaica deidade telúrica e ctónica, e que por isso mesmo foi Magna Mater, antes da importação de Cibele da Anatólia, e que seria também a mesma deusa da majestade que era Maiestas.

Maiesta. The Roman goddess of honor and reverence, and the wife of the god Vulcan. Some sources say that the month of May is named after her. Offerings were made to her in this month. Others say she is the goddess Maia. She is associated with Vulcan and sometimes equated with Fauna and Ops.

Magna < Ma-Gina < Ma-Ki-Ana

            < Ma-Kali < Ma-Kur-la > Ma-Galla > *Megala.

           *Megala + ash > Megalesia,

Ma-Ki-ash > Ma-Gesta > Ma(g)i-estas

                   > Mahiash > Maya > Maia

                                                  + Ur > Majior > «maior».

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Figura 28: Gravura barroca da Basílica de Santa Maria Maior.

In ancient Roman religion and myth, Maia embodied the concept of growth, as her name was thought to be related to the comparative adjective maius, maior, "larger, greater." Originally, she may have been a homonym independent of the Greek Maia, whose myths she absorbed through the Hellenization of Latin literature and culture.

Assim sendo, ainda que a fonética de Megalê se tenha esbatido permaneceu na mitologia latina o conceito de Magna Mater, a Grande Mãe que veio a ser identificada com a Bona Dea, seguramente uma Deusa e Senhora Vaca possivelmente outrora Vénus, também equiparada a Tanite que enquanto Dea Celestis acabou sendo a Virgo Celestis, a mãe de Deus e mãe Nossa.

«Boa» < Bona < Buauna < Bovi-Ana, lit. Senhora Vaca!

From the late 2nd century, an increasing religious syncretism in Rome's traditional religions presents Bona Dea as one of many aspects of Virgo Caelestis, the celestial Virgin, Great Mother of the gods, whom later Mariologists identify as prototype for the Virgin Mary in Christian theology. Christian theologists present Bona Dea - or rather, Fauna, whom they clearly take her to be - as one of the innumerable Roman gods who supposedly show the immorality and absurdity at the heart of traditional Roman religion; according to them, no prophetess, merely "foolish Fenta", daughter and wife to her incestuous father, and "good" (bona) only at drinking too much wine.

Deste conceito viria a derivar o culto de Santa Maria Maior que deu nome à freguesia da Sé de Lisboa.

Nossa Senhora das Neves é um dos apelativos pelo qual a Igreja Católica venera Maria segundo o culto de hiperdulia.

Nossa Senhora das Neves é também conhecida como Santa Maria Maior. O título de Nossa Senhora das Neves é devido a uma antiga tradição segundo a qual um casal romano, que pedia à Virgem Maria luzes para saber como empregar a sua fortuna, recebeu em sonhos a mensagem de que Santa Maria desejava que lhe fosse dedicado um templo precisamente no lugar do monte Esquilino que aparecesse coberto de neve. Isto aconteceu na noite de 4 para 5 de Agosto, em pleno verão: no dia seguinte, o terreno onde hoje se ergue a Basílica de Santa Maria Maior amanheceu inteiramente nevado.

Para celebrar os resultados do Concílio de Efeso, que proclamou a "maternidade divina da Virgem Maria", o Papa Xisto III em 440, decidiu construir uma igreja. Mas queria que fosse grande, mesmo muito grande e daí o nome "Maior" mas escolheu o mesmo local onde fora construída a igreja indicada pela Virgem em sonho ao papa Libério. No dia 5 de Agosto de 431, a nova igreja, que substituiu a anterior, foi consagrada, com o nome de basílica de "Santa Maria Maior"...porque tinha que ser a Maior como era a Magna Mater. Obviamente que, tal como Magna Mater, a Nossa Senhora da Neves seria muito anterior ao milagre que serviu de álibi à edificação da sumptuosa basílica católica romana de Santa Maria Maior mas é também evidente que, a par do de título de Virgo Celestis, faria parte dos nomes secretos do culto de Bona Dea. E assim o culto mariano católico e romano continua com muito maior esplendor e grandeza o culto arcaico de Magna Mater...quiçá porque o colégio de galos de Cibele se converteu todo ao catolicismo.

 

CASTIDADE, CASTRADOS E PECADO NEFANDO.

Funcionalmente o mito de Cibele teve seguramente um papel importante na integração do matriarcado na organização patriarcal emergente depois da queda do império minóico! As fases deste culto evoluíram primeiro pela forma mais tenebrosa e arcaica de sacrifícios humanos de estrangeiros e de crianças em cultos de fertilidade agrícola praticados no tempo da deusa mãe das cobras cretenses *Kertu ainda presente entre os fenícios e depois pela prostituição sagrada ainda presente na cultura caldeia da época clássica. A tradição grega teria mantido sempre resquícios destas arcaicas tradições nos seus cultos orgiásticos paroxísticos nas festas dionisíacas. Por outro lado, a instituição da homossexualidade pederástica herdada dos cretenses terá permitido aos gregos equilibrar socialmente o intrusão do patriarcado numa geografia humana insular sem grandes nem graves conflitos éticos e sociais. Pelo contrário, a eficácia da organização patriarcal no progresso e desenvolvimento da agricultura e da pastorícia oriental terão impedido a sobrevivência do poder matriarcal fora de situações extremas e fechadas dos haréns que implicavam a instituição dos eunucos que os guardavam e que necessitou da criação duma mística capaz de tornar o instituto dos eunucos como digna e atractiva pela via da sacralização do fanatismo esquizofrénico da auto-castração em honra da grande deusa mãe Cibele.

O terceiro dia da festa era chamado "dies sanguinis". Nele a expressão emocional por Átis alcançava o máximo. Cantos e lamúrias misturavam-se, e o abandono emocional levava a um auge orgiástico. Então, num frenesi religioso, os jovens começavam a se ferir com facas; alguns até executavam o sacrifício último, castrando-se frente à imagem da Deusa e jogando as partes ensanguentadas sobre sua estátua. Outros corriam sangrando pelas ruas e atiravam os órgãos para dentro de alguma casa por onde passavam. Esta casa era então obrigada a suprir o jovem com roupas de mulher que se tornaria assim num sacerdote eunuco.

Estas festas seriam já a sublimação de arcaicos ritos de expiação colectiva ainda muito mais macabros e sangrentos celebrados na canícula do fim do Inverno com sacrifícios humanos e de autoflagelação de que as festas xiitas islâmicas do dia da festa de Ashur seriam a sobrevivente oriental e os flagelantes ibéricos os sobreviventes ocidentais. Por outro lado há que suspeitar que o nome islâmico da festa do Ashur terá o martírio de Husayn ibn Ali como mero álibi. Na verdade, os sunitas também celebram o dia mas, como sendo aquele no qual Moisés jejuou pela liberação dos judeus do Egipto, o que por sua vez seria uma herança recente do culto assírio ao deus do sol Ashur que por sua vez seria a sobrevivência de festivais muito mais arcaicos em honra do “deus menino” pascal, filho querido da Deusa Mãe *Kertu, pelo que inevitavelmente a etimologia dos nomes de ambas as realidades estariam relacionadas com o nome de Cibele por meio de Dea Syria / Deasura.

 

Ver: A ORIGEM DO CANIBALISMO Ameríndio (***)

 

No limite, estamos perante manifestações estilizadas e estigmatizadas de sujeição totalitária à ordem mafiosa e aristocrática da família patriarcal protegida pela grande Deusa Mãe que tinha por origem o poder inquestionável da Camorra dos castrati e dos padres que aceitavam os votos de castidade. [9]

8 Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim. 9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. 10 Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar 1 Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. 12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba. – Mateus 19: 8-12.

Estava assim aberto o caminho para um anti natalismo sem controlo de natalidade (que a pederastia iniciática helénica em parte permitiam, por actuar durante o período mais activo e fértil dos machos dominantes) através da instituição dos eunucos sagrados, castrados de facto no paroxismo ritual do "dies sanguinis" ou apenas em espírito e feitos monges pelo cristianismo com votos de renúncia a todos os desejos e ambições da carne.



[1] Later, her cult spread, and her name was adapted for the main goddess of the Hittite successor-kingdoms in Anatolia, and later developed into Phrygian Cybele, as Mark Munn has demonstrated in detail (Munn 2004). Phrygian inscriptions with her image in rock-cut sculptures identify her as matar ("mother") and, in one instance matar kubileya. The Phrygian goddess otherwise bears little resemblance to Kubaba, who was a sovereign deity at Sardis, known to Greeks as Kybebe (Herodotus] 5.102.1, noted by Munn 2004). In the Aramaean period that followed Heba became Hawah, the Syrian snake Goddess and mother of all living, who emerged in the Bible as Eve.

[2] Equações etimológicas demasiado complexas como a seguinte, são pouco credíveis: Los Moschi (Tubal y Mesec) mencionados por varios historiadores clásicos y los Sasper, sus posibles descendientes (nombrados por Heródoto), podrían haber tenido un papel relevante en la consolidación de las tribus de la región. Probablemente, el origen etimológico de «Iberia» derive de su nombre (Sasper >Speri >Hberi >Iberi).

[3] Retirado Wikipédia, a enciclopédia livre.

[4] Another name of Rhea because she was worshipped on Mount Ida”.

[5] Mount Ida in Asia Minor is where Ganymede was abducted by Zeus, where Anchises was seduced by Aphrodite, where Aphrodite gave birth to Aeneas, where Paris lived as a shepherd, where the nymphs lived, where the "Judgement of Paris" took place, where the Greek gods watched the Trojan War, where Hera distracted Zeus with her seductions long enough to permit the Achaeans, aided by Poseidon, to hold the Trojans off their ships, and where Aeneas and his followers rested and waited until the Greeks set out for Greece. -- From Wikipedia, the free encyclopedia.

[6] The Sovereign Pontiff The Two Babylons, Alexander Hislop,

[7] The formula D.M. ( = Dis Manibus; "dedicated to the Manes-gods") can often be found on tombstones. Então seria Mater Dis Manibus | Ivno = Imporcitor Indigites Dii Indivia Inferi Dii Inuus = Ivturna?

[8] Imagem ciberneticamente «trabalhada» de cópia romana de um museu da Turquia.

[9] Notar que o conceito de «mafiosidade» é aqui introduzido quase que provocatoriamente para demonstrar também que as formas organizativas que modernamente são considerados intoleráveis não o eram, precisamente pelo seu carácter arcaizante, em épocas remotas da história.