segunda-feira, 14 de março de 2016

ATANA POTINIJA, DONA DOS POTES E PANELAS, por arturjotaef.

Figura 1: Apoteose de Hércules: Hierogamos do herói com Atana Potinija (?). (Retirado da obra de Joseph Emmanuel Ghislain Roulez “Choix de vase peints du MUSÉE D'ANTIQUITÉS DE LEIDE.)
A possibilidade levantada por Ghislain Roulez de este desenho de vaso grego representar um hierogamos fica reforçada dando conta de que este existiu de facto mas...com Hebe, a potinija dos deuses. Já verificamos que Hebe ou Hebat pode ter sido uma variante de Atana Potinija e este vaso sugerir um mito alternativo apenas conhecido nos cultos de mistérios áticos.
Ver: DEUSAS DA ÁGUA VIVA / HEBE (***)


Actualização a ATENA KORÊ, FILHA DA DEUSA MÃE DAS COBRAS CRETENSES (***)

No diálogo Crátilo, Platão dá a etimologia do nome de Atena baseado na visão dos antigos atenienses, de Um-theo-noa ou E-theo-noa significando "a mente de Deus" (Cratylus 407b). Platão, e também Heródoto, notou que os cidadãos egípcios de Sais no Egipto adoraram uma deusa cujo nome local era Neith e que estes identificaram com Atena. (Timaeus 21e), (Histórias 2:170-175).
Assim, seguramente também de origem cretense, ou líbia como pode ser que vá dar ao mesmo, seria também a deusa egípcia Neith, adorada na cidade de Saís no delta do Nilo, por sinal célebre pela sua arte de tecelagem...arte esta reconhecidamente tutelada por Atena.

Ver: ESPOSAS DO “DEUS MENINO” / ARIADNE / ARACNE (***)

«Nereide» < *Nerite ⬄ Neith < Net < Anet < Anat
                                                                       > Aten (disco solar) > Atena.
Saïs (en grec ancien: Σάϊς, ou Sa ou Saou ou Zau ou Sau en ancien égyptien) se situait sur la branche canopique du Nil dans le delta occidental.
Objectivamente o nome de Saís nada deve ao de Neide e quanto muito apela ao de Zeus (< Zau < Sau > Sa). De qualquer modo o culto de Neide em Saís revela uma faceta desta deusa guerreira desconhecida em Atena. Ali era a deusa mãe “vaca” que tinha servido de matriz onde o deus Rá se auto gerou...deixando assim Neide como uma eterna Virgem Mãe como Atena...e a Virgem Maria. Esperar-se-ia que a cidade ao lado direito do Delta do Nilo chamada Tanis fosse então a cidade de Neide. Pode ter-lhe dado nome de nascimento em época arcaica mas nada na mitologia e arqueologia da cidade o recorda porque era a tríade tebana que reinava nela. Mas é possível que tenha sido o pomposo Ramsés II que a tenha descaracterizado ao ter desejado transforma-la na Tebas do Delta destruindo assim todas as memórias fundadoras da cidade. O certo é que o nome da cidade parece esconder a sua relação original com Neide.
Figura 2: Variantes posturais de Neide.
Tanis < Dyanet (Per-Uadyet) < Dianita > Tanit ⬄ Diana / Atena.
Uadyet era uma deusa cobra protectora do Baixo Egipto e do faraó cujo nome wȝḏt significa "papiro verde" e representava o crescimento da vida e a fertilidade.
Per-Uadyet não seria um nome próprio da cidade mas um epíteto referente à sua deusa tutelar porque assim era também chamada a cidade de Buto. Ora, se Tanis era a casa de Uadyet e esta se pode identificar com Neide por transportarem a mesma coroa do Delta então podemos dizer que nos tempos mais arcaicos Buto, Tanis e Saís eram tuteladas pela mesma deusa das cobras cretenses que veio a ser Atena, tal possivelmente Damieta por ter sido Tamiat / Tiamat, a que Bus-iris e Buba-tis transportam o nome de Buto consigo, ou seja, a cobra de água dos pântanos do Delta do Nilo dominava de facto a alma dos povos que ali viviam em relação ribeirinha com a cultura Egeia de que fizeram parte até ao período dinástico e voltaram a fazer com os Ptolomeu alexandrinos.
The name Wadjet is derived from the term for the symbol of her domain, Lower Egypt, the papyrus. Her name means "papyrus-colored one", as wadj is the ancient Egyptian word for the color green (in reference to the color of the papyrus plant) and the et is an indication of her gender.

Ver: DEUSES DO ANTIGO EGIPTO – NUTE, TEFNUTE & NEIDE (***)

Se aceitarmos que Atena seria equivalente de Neit e esta de Nut encontramos entre elas o conceito de deusas do Pote ou Potinijas.
Figura 3: Nut.
Figura 4: Neith.
Figura 5: Uadyet.
Bom, até podemos aceitar que wadjet fosse a deusa do «verdete» verdejante dos pântanos do Delta permitindo a suspeita de que poderia ter sido wa(r)du-et entrando depois na etimologia arcaica da Ver-dade, da Vir-tude e da Ver-dura. Mas existe outra possibilidade mais óbvia. Wadj-et seria literalmente a senhora do wadj que mais não era do que o *wadish ou seja o junco que cresce nas margens dos ribeiros que na linguagem berbere peri mediterrânica eram wades ou odes.
Odiáxere e é formado pelo elemento odi-, do árabe uad ou, forma regional, uadi, "curso de água natural", "ribeiro, curso de água, rio", "vale, desfiladeiro", "leito de curso de água, muitas vezes seco", e por um segundo elemento, -áxere, de origem obscura.
Pois bem, se a etimologia de Odiáxere é obscura não vai ficar mais se nos atrevermos a esclarece-la com as pistas que o termos egípcio *wadish nos traz. Então podemos postular que Odiáxere seria o ribeiro dos juncos ou seja uma junqueira onde se escondiam as verdes «víboras» de que Uadyet era a deusa. Por ser esta deusa a mesma que em Creta era *Ker-et podemos postular que *wadish foi *we(r)dish sem comprometer a raiz dos «odes» que enquanto ribeiros lá vão «ver-tendo» águas até chegarem aos «rios».
Odiáx-ere < odi-ax-eiro < *wa-dish (< Gua-di-ish > Cadiz) + eiro
Nut or Neuth; also spelled Nuit or Newet is the goddess of the sky in the Ennead of ancient Egyptian religion. (...) Her headdress was the hieroglyphic of part of her name, a pot, (which may also symbolize the uterus). Mostly depicted in nude human form, Nut was also sometimes depicted in the form of a cow whose great body formed the sky and heavens, a sycamore tree, or as a giant sow, suckling many piglets (representing the stars). (...) Nut was the goddess of the sky and all heavenly bodies, a symbol of protecting the dead when they enter the afterlife. According to the Egyptians, during the day, the heavenly bodies — such as the sun and moon—would make their way across her body. Then, at dusk, they would be swallowed, pass through her belly during the night, and be reborn at dawn.
As a deity, Neith is normally shown carrying the was scepter (symbol of rule and power) and the ankh (symbol of life). She is also called such cosmic epithets as the "Cow of Heaven," a sky-goddess similar to Nut, and as the Great Flood, Mehet-Weret (MHt wr.t), as a cow who gives birth to the sun daily. In these forms, she is associated with creation of both the primeval time and daily "re-creation." As protectress of the Royal House, she is represented as a uraeus, and functions with the fiery fury of the sun, In time, this led to her being considered as the personification of the primordial waters of creation. She is identified as a great mother goddess in this role as a creator. As a female deity and personification of the primeval waters, Neith encompasses masculine elements, making her able to give birth (create) without the opposite sex.
She is a feminine version of Ptah-Nun, with her feminine nature complemented with masculine attributes symbolized with her association with the bow and arrow. In the same manner, her personification as the primeval waters is Mehetweret (MHt wr.t), the Great Flood, conceptualized as stre.

Ver: NUT & NEIT (***)

É evidente que o pote à cabeça de Nut é apenas uma referência ao papel de deusa potinija ou aguadeira que teve como todas a mulher em tempo de paz até à época moderna da água canalizada ao domicílio. A variante de Neit é a mesma mas em tempo de guerra e por isso temo Atana Potinija a estabelecer entre os gregos a correlação entre os dois conceitos.
Just as it was possible for several "Pallades," "Parthenoi," and "Korai" to be Goddesses, so it seems that several "Athenai", all of them city and fortress Goddesses, ("Poliades"), were worshipped before the great Daughter of Zeus came to be recognized as the only proper one. An acceptable meaning for the word "Athena" is yielded only if one dares to reach for an old forgotten vocabulary, which in several instances has turned out to be the common property of the pre-Greek inhabitants of Greece and the Etruscans of Italy. From the sacred language of the Etruscans such words as althanulus, (holy vessel of the priest), atena, (clay beaker for use in sacrifice), and attana, (pan) have been preserved. --
Figura 6: Atena como padroeira dos paneleiros de Atenas.
«Panela» < *pannella, diminut. do baixo latim panna ( frigideira) < panina
< *patna < patina < Grec. pa-tane < * phlatane < *Ker-tane.
Pan = Old English panne, earlier ponne (Mercian) "pan," from Proto-Germanic *panna "pan" (cognates: Old Norse panna, Old Frisian panne, Middle Dutch panne, Dutch pan, Old Low German panna, Old High German phanna, German pfanne), probably an early borrowing (4c. or 5c.) from Vulgar Latin *patna, from Latin patina "shallow pan, dish, stewpan," from Greek patane "plate, dish," from PIE *pet-ano-, from root *pete- "to spread" (see pace (n.)). Irish panna probably is from English, and Lithuanian pana is from German.
Plate (n.) = mid-13c., "flat sheet of gold or silver," also "flat, round coin," from Old French plate "thin piece of metal" (late 12c.), from Medieval Latin plata "plate, piece of metal," perhaps via Vulgar Latin *plattus, formed on model of Greek platys "flat, broad" (see plaice (n.)). The cognate in Spanish (plata) and Portuguese (prata) has become the usual word for "silver," superseding argento via shortening of *plata d'argento "plate of silver, coin." Meaning "table utensils" (originally of silver or gold only) is from Middle English. Meaning "shallow dish for food," now usually of china or earthenware, originally of metal or wood, is from mid-15c. Baseball sense is from 1857. Geological sense is first attested 1904; plate tectonics first recorded 1969. Plate-glass first recorded 1727.
Plate < B Lat. Plata < C. latin Platum (= prado) < grec. Pla-tys > Flat.
«pra-do» ⬄ «pla-no».
Plane (n.1) = "flat surface," c. 1600, from Latin planum "flat surface, plane, level, plain," noun use of neuter of adjective planus "flat, level, even, plain, clear," from PIE *pla-no- (cognates: Lithuanian plonas "thin;" Celtic *lanon "plain;" perhaps also Greek pelanos "sacrificial cake, a mixture offered to the gods, offering (of meal, honey, and oil) poured or spread"), suffixed form of root *pele- (2) "to spread out; broad, flat" (cognates: Old Church Slavonic polje "flat land, field," Russian polyi "open;" Old English and Old High German feld, Middle Dutch veld "field"). Introduced (perhaps by influence of French plan in this sense) to differentiate the geometrical senses from plain, which in mid-16c. English also meant "geometric plane." Figurative sense is attested from 1850. As an adjective from 1660s.
Embora aparentemente termos como «prado» /«plano»; «prato» / «prata» pareçam ser falso cognatos a verdade é que se pode comprovar que têm etimologias que se cruzam ao pondo de ser de postular que derivam de um termos comum composto de duas raizes pla/pra- e Te-an sendo a mais completa um temo virtual *pl/ra-tan, possivel etimologia do plátano que veio a ser em inglês, por aglutinação, plane tree.
Plane (n.4) = "tree of the genus Platanus," late 14c., from Old French plane, earlier plasne (14c.), from Latin platanus, from Greek platanos, earlier platanistos "plane tree," a species from Asia Minor, associated with platys "broad" (see plaice (n.)), in reference to its leaves. Applied since 1778 in Scotland and northern England to the sycamore, whose leaves somewhat resemble those of the true plane tree.
Claro que dizer que o plátano esteve associado etimologicamente como grego platys para plano é andar à roda com a etimologia porque a verdade maias profunda deve ter sido menos prosaica: o plátano foi afinal confundido com o sicómoro que era uma árvore da vida no Egipto relacionada com Nut / Hator / Isis.
Al principio, la tapa del ataúd se identificaba con la diosa del cielo Nut, aunque, con el tiempo, el árbol acabó identificándose también conHathor y con Isis, las tres señoras del sicómoro.
Es normal encontrar representaciones en las que aparecen Hathor o Nut subidas a un sicómoro dando de comer o de beber al ba del difunto. Nut adopta entonces el papel protector y compasivo de Hathor. Como árbol del viajero, era Hathor quien ofrecía sus higos a los viajeros que se encontraban con uno de estos árboles en el camino.
Hathor aparece a veces con la mención de “Dama del sicómoro del Sur”, refiriéndose al árbol que crece en Menfis, ya que el sicómoro de Norte crecía en Heliópolis.
El ataúd de Osiris estaba construido con madera de sicomoro y recibía la sombra del mismo árbol. Ser enterrado en un ataúd de esa madera significaba ser acogido por el abrazo de la gran madre en forma de Isis, Hathor o Nut.
Em conclusão o plátano foi confundido com o sicómoro que teria tido em Creta o nome de *platanissos por ser a árvore da vida de Atena / *Kertan, tal como era seguramente de Nut visto ser representada amamentado os faraós transformada nesta árvore. Assim sendo suspeita-se que a «nogueira» seria também uma óbvia árvore de Nut.
Just as it was possible for several "Pallades," "Parthenoi," and "Korai" to be Goddesses, so it seems that several "Athenai", all of them city and fortress Goddesses, ("Poliades"), were worshipped before the great Daughter of Zeus came to be recognized as the only proper one. An acceptable meaning for the word "Athena" is yielded only if one dares to reach for an old forgotten vocabulary, which in several instances has turned out to be the common property of the pre-Greek inhabitants of Greece and the Etruscans of Italy. From the sacred language of the Etruscans such words as althanulus, (holy vessel of the priest), atena, (clay beaker for use in sacrifice), and attana, (pan) have been preserved. (…) The signification of "a kind of vessel, a dish, beaker, or pan" will certainly appear at first glance to be less suited to a Goddess than the meaning of "Pallas." The reason that the possibility of this derivation, which was hypothesized by a great linguist, is being brought under consideration is the well-known close connection of Athena to pottery. A monument to this connection is the potters song in the popular biography of Homer. The extraordinary significance of ceramics for prehistoric and historical Athens must be recognized, even if one is not inclined to label Athena a potters' Goddess on the basis of this etymology. Pottery forms the precondition for metallurgy and thereby for bronze objects. Only in a later period was the festival of Chalkeia -- named such after the material and art of the founders and smiths -- celebrated exclusively by artisans as though it were a festival of Hephaestus. Earlier it belonged among the most important festivals of Athena. The nine-month interval, during which the peplos for the Goddess (begun during Chalkeia) was completed, bound this festival to the festival of Panathenaea. --
«Plátano» < lat. Plátanus < Grec. Plátanos < platanistos < *platanissos
< *kertanishu.
Como já se viu esta deidade era a mesma que Nut / Hator conhecida também por Mehetweret.
Meheturet, Mehetueret, Mehurt, Mehetweret o Mehurit (también Methyer, según el historiador Plutarco), en la mitología egipcia, es una diosa madre celeste del nacimiento, muerte y fertilidad, que personifica las aguas primordiales. Divinidad presente desde el período predinástico, aparece en los Textos de las Pirámides durante el Imperio Antiguo.
Se la asocia o asimila, principalmente, con las diosas Neith, Isis y Hathor. Principalmente, con la última, repitiendo muchas de sus características. Como todas ellas, se podría llamar también "Ojo de Ra".1 Plutarco, en su obra De Iside et Osiride (capítulo 56), la identificó con la diosa Isis. Se confunde, a veces, con la diosa vaca Bat.
Esta deusa seria então a «Micas das Caretas», Medusa, Macarena ou a mãe taurina de Creta e por isso associada ao «plátano» pelo termo virtual *kertanishu, a árvore à sombra da qual a deusa mãe *Keretana descansava…e à «panela» de fazer as sopas com que se alimentavam os guerreiros da deusa mãe e que então se chamaria *kar(ti)tana, senhora da vida e da morte que a todos alimentava com as suas sopas naturais e nutritivas.
Etrusc. Al-than-ulus < Etrusc. a(r)-tena < har(ti)tan < *Kertena
                                                                 > Etrusc. al-T(i)tana.
"El árbol de la Virgen" es un viejo sicomoro que se encuentra en el-Matariya, El Cairo, Egipto. La tradición recoge que en él la Virgen María descansó durante su huida a Egipto.
Fica assim explicado que em etrusco atena fosse uma taça de barro para sacrifícios tal como as artes de Atena podem ficar a dever a um elo perdido que nos arcaicos falares egeus seria algo como *hertena.
Como sabemos um dos nomes desta deusa mãe das cobras cretenses dói, além de Dictina e Britomartis, Pitpituna.
Diktynna < Thiki-Tuna < Kiki-Tuna > Phiphituna > Pipituna.
                                  Tunes < Tunis < Ish-Tuna < At-Tuna > Atena.
                                                                                                > Tuna-at
> Tanet > Tanit.
E temos assim o caminho da etimologia do «prato» que quando usado como sertã ou caçarola deu em «panela» que assumiu esta fonética por conotação com o deus Pan das sopas da pedra e dos cozidos com todos!
«Panela» < *pannella, diminut. do baixo latim panna ( frigideira) < panina
*patna < patina < Greek pa-tane < P(l)atana < *Keretana.
Pois bem, do mesmo modo que *Medusha *Keretna era uma deusa mãe das cobras cretenses, protectora da árvore da vida do bem e do mal e protectora da vida animal como Pótnia Teron, esta antepassada de Atena e Artemisa eram também deusas das águas vivas primordiais e por isso deusas do «pote».
O «pote» aparece na mitologia de Atena Potinija e à cabeça de Nute.
Quanto ao «pote» propriamente dito ninguém se entende a respeito da sua origem ainda que o seu uso seja comum nas línguas mais próximas do latim.
Pot (n.1) = "vessel," from late Old English pott and Old French pot "pot, container, mortar" (also in erotic senses), both from a general Low Germanic (Old Frisian pott, Middle Dutch pot) and Romanic word from Vulgar Latin *pottus, of uncertain origin, said by Barnhart and OED to be unconnected to Late Latin potus "drinking cup."
«Pote» = Del francês pot ("pote"), y este del francés medio pot ("pote"), del francés antiguo pot ("pote"), del latín vulgar pottum o pottus ("pote"), del protogermánico *puttaz, del protoindoeuropeo *budn-.
Pote = La palabra pote viene del catalán pot (vasija, tarro) y este del latín vulgar *pottus. No se sabe el origen, pero dicen que es preromano y que no está relacionado con potare (beber, ver: potable y potomanía), pero sí está relacionada con potaje.
La palabra francesa potage, que entró en castellano como potaje (DRAE), debe su nombre a pot [leer: po], el recipiente que sirve para prepararlo (olla, puchero). Pot, que se debe al latín vulgar *pottus, potus (s. V), de origen precéltico, entra en un sinfín de voces y giros. Antiguamente, el 'potage' era todo cuanto se echaba en el pot, antes de limitarse a caldo, sopa en el s. XVI.
A palavra «pote» será de origem pré celta como muitas outras de uso comum a começar por púcaro que se parece com sumério e panela que como se viu pode ser pré helénica. Até prova em contrario o pote relaciona-se com o pote de água de Nut e se não deriva do nome deste deriva de um parédro desta deusa que era P(u)tá-Nuno de que derivou o nome de Neptuno, o nome russo de Putin, e seguramente potamos, o genérico grego para rio e o nome do deus Potos.
Potamos = word-forming element meaning "river," from comb. form of Greek potamos"river," perhaps literally "rushing water," from PIE *pet- "to rush, to fly" (see petition).
Se potamos deriva ou não de uma PIE *pet-, que em rigor apelaria mais para os pés do que para as asas já que ter asas nos pés como Hermes dependia do pet-a-shu que este usava, não temos provas disso e por tanto prefere-se suspeitar que estamos no domínio da mitologia do deus P(u)tá-Nuno, possível equivalente egípcio mais arcaico de Potos. Como se confirma segundo os eruditos tanto o pote como o rio grego potamos são de origem incerta e por isso a aventura de encontrar uma relação mítica entre as potinijas, os rios gregos, o deus Potos dos desejos líquidos e Neptuno / Ne-pot-Anu / Pta-Nuno e a deusa do porte Anut e do caos primordial (que Neit / Mehet-Weret também foi como Nuno) é irrecusável.
Atena | Pronoia < Pronaia = Pró-| Naya < Naua < Nawia < Nute / Neide.
                                                                                             > Nabia.
Pronaea (Pronaia), a surname of Athena, under which she had a chapel at Delphi, in front of the temple of Apollo. (Herod. i. 92; Aeschyl. Eum. 21; Paus. ix. 10. § 2.) Pronaus also occurs as a surname of Hermes. (Paus. l. c.)

Ver: POTOS (***) & POTINIJAS (***)

(…) The signification of "a kind of vessel, a dish, beaker, or pan" will certainly appear at first glance to be less suited to a Goddess than the meaning of "Pallas." The reason that the possibility of this derivation, which was hypothesized by a great linguist, is being brought under consideration is the well-known close connection of Athena to pottery. A monument to this connection is the potters song in the popular biography of Homer. The extraordinary significance of ceramics for prehistoric and historical Athens must be recognized, even if one is not inclined to label Athena a potters' Goddess on the basis of this etymology. Pottery forms the precondition for metallurgy and thereby for bronze objects. Only in a later period was the festival of Chalkeia -- named such after the material and art of the founders and smiths -- celebrated exclusively by artisans as though it were a festival of Hephaestus. Earlier it belonged among the most important festivals of Athena. The nine-month interval, during which the peplos for the Goddess (begun during Chalkeia) was completed, bound this festival to the festival of Panathenaea. (…)
At one time this religion included and gave form to the whole of life. The possibility that one aspect of its supreme Goddess had to do with the production of one of the most important ancient arts of man must be admitted. An analogy to her name -- if indeed "Athena" originally meant a vessel -- is preserved in Greek as well as in Roman religion. Like Hestia and Vesta, whose names refer to the hearth, Athena could also, according to her name, be associated with the hearth, as eschara, a fire container which in its portable form was a coal pan. The Goddess's sanctuary on the Athenian Acropolis, the Erechtheum, which -- comparable to the aedes Vestae in Rome -- enclosed within itself so many of her mysteries, contained a fixed hearth of this sort. Granted, neither aspect of the Goddess is fully explained in the fire vessel, or in the concept of a fire vessel, as little as the other aspect is explained in the shield. However, an image of motherhood, of a golden core-concealing femininity, can be contained in the name "Athena" if it means the vessel of the sacred fire. --
Eschara < Ishaura > Isaura
                 Ishaura < Ishkur => Ishtar.
Astan (also known as Āstāneh) is a village in Rudbar Rural District, in the Central District of Damghan County, Semnan Province, Iran. At the 2006 census, its population was 305, in 89 families.
Astana (em russo e cazaque: Астана, transliterado: Astana, pronunciado: [astaˈna]) é a capital do Cazaquistão. Ele está localizada ao longo do rio Ishim no norte do país, na região Akmola, embora seja administrada separadamente como uma entidade independente.
La palabra Astaná en idioma kazajo significa literalmente Ciudad Capita. Antiguamente tenía el nombre Tselinograd y después de Akmola (tumba blanca) hasta el 1998 año en el que pasó a ser la nueva capital de Kazajistán no adquirió su actual nombre.
O sufixo persa stan (ver línguas indo-iranianas) significa "terra" ou "lugar de", por isso Cazaquistão significa "terra dos cazaques".
Istanu (Ištanu; from Hattic Estan, "Sun-god") was the Hittite and Hattic god of the sun. In Luwian he was known as Tiwaz or Tijaz. He was a god of judgement, and was depicted bearing a winged sun on his crown or head-dress, and a crooked staff.
In Hurrian mythology, the Hutena are goddesses of fate. They are similar to the Norns of Norse mythology or the Moirai of ancient Greece. They are called the Gul Ses (Gul-Shesh; Gulshesh; Gul-ashshesh) in Hittite mythology.

Ver: NUT & NEIT (***)

Atena Ergane, a esforçada e trabalhadora.
                                                        > Warisha > Avest. vareza
Ergane < Erg- < Her-ki < Kar-tu > Phor-ti > Lat. Fortia > «força».
                                                        > Werk > PIE root *werg?
           Lat. Bellona < Bel > Wer > Engl. War >
                                     «Guerra» > Sumer. Gerra > Erra.
Work = O.E. weorc, worc "something done, deed, action, proceeding, business, military fortification," from P.Gmc. *werkan (cf. O.S., O.Fris., Du. werk, O.N. verk, M.Du. warc, O.H.G. werah, Ger. Werk, Goth. gawaurki), from PIE root *werg- "to work".

EPÍTETOS DE ATENA
Existiram muitas invocações antigas no culto de Atena:

ΑΘΗΝΑ
ΑΤΡΥΤΩΝΗ
ΓΛΑΥΚΩΠΙ
ΕΡΥΣΙΠΤΟΛΙ
ΟΒΡΙΜΟΠΑΤΡΗ
ΠΑΡΘΕΝΕ
Athena
Atrutone
Glaukopi
Erusiptoli
Obrimopatre
Parthene
Athena
Unwearied
Bright-eyed
City-protectress
of-al-mighty-father
Daughter
< *At An
< *At Urkian
< *Kaur Kar
< Heru-phitauri < *Kar Ki-Kar


ΠΤΟΛΙΠΟΡΘΕ
ΑΡΕΙΑ
ΓΟΡΓΩΠΙ
ΕΡΓΑΝΕ
ΥΓΙΕΙΑ
ΠΡΟΝΟΙΑ
Ptoliporthe
Areia
Gorgopi
Ergane
Hugieia
Pronoia
Sacker-of-cities
Arean
Gorgon-faced
Worker
Health
Providence
< Phitaur Worki < *Ki-Kar Kar-ki
< Kar(ia) + an > Arina
*Kor(é)-Kor(é)
< *Kar Kian
< Hugiheia < Kuki Keia
< *Kar An(ia)
ΑΛΑΛΚΟΜΕΝΗ
ΗΦΑΙΣΤΙΑ
ΑΓΕΛΕΙΑ
ΠΟΛΙΟΥΞΕ
ΔΕΣΠΟΙΝΑ
ΦΙΛΗ
Alalkomene
Hephaistia
Ageleia
Polioukhe
Despoina
Phile
Protectress
Hephaistian
Gatherer
City-ward
Lady
Beloved
< *Kor(é)-Kor(é) Kimean
«Sebastiana» < Kiwasti-an > Hebat.
< Akirhya < *Kaurkia
Phori Kauke < *Kar Kaki
< Deos Potina < Kia Potinija <
Kyre < *Kaure < Kar (ia)

Por todos estes epítetos se pode ficar a ver tanto o caracter arcaico e cosmopolita desta deusa, que acumulou tantas invocações ao longo da pré-história, como correlativamente a importância do papel cultural que esta longa tradição dos cultos maternais teve na evolução da linguagem grega. A verdade é que, se na origem a etimologia de todos estes epítetos se revela monótona o certo é que a variedade de termos e conceitos implícitos nestes teónimos de Atena só pode espantar, mesmo tratando-se do culto de uma deusa da Sabedoria, pelo labor cultural que lhe é pressuposto! Ora bem, a referia monotonia étmica pode ser apesar de tudo dividida em dois grandes grupos de origem: por um lado os étimos sem labiais relativos aos arcaicos deuses do fogo derivados de Kaki (que originaram o nome de Atena) e, por outro, os étimos com labiais relativos aos cultos solares da juventude em nome de Eros/Kar, o “deus menino da Virgem Mãe” e “filho de deus”, o pai do céu! Claro que estamos no domínio de virgens mães enquanto jovens grávidas em início de puberdade e então Kar tem por contraponto Koré, a filha da Deusa Mãe, ou seja, os núcleos semânticos dos epítetos de Atena escondem mal a sua natureza de variante de Prosérpina, esposa do deus dos infernos que seria também Hefesto, uma vez que Atena era carinhosamente chamada de Cória, a jovem e divina Koira ou Koré.
Cleitor has also, at a distance of about four stades from the city, a sanctuary of the Dioscuri, under the name of the Great Gods. There are also images of them in bronze. There is also built upon a mountain-top, thirty stades away from the city, a temple of Athena Coria will, an image of the goddess. -- Paus. 8.21.4.
Entre os dois tipos podemos apreciar a existência de alguns nomes que são inequivocamente mistos em relação a estes critérios étmicos. Ora bem, seria espantoso, senão impossível, que todo este intenso labor cultural de génese mítico-religiosa, que se aceita como pressurosamente arcaico, não englobasse, pelo menos, toda a tradição cultural Egeia desde a cultura da Creta minóico até à Anatólia hitita e indo-europeia.

Ir para: ATENA HEFESTIA OU HEFAÍSTIA (***)

domingo, 21 de fevereiro de 2016

DEUSES DA MORTE DOS AZETECAS (Apêndice dos deuses da morte), por Artur Felisberto.



Figura 10: Mictlantecuhtli, deus azeteca da morte e Tezcalopoca, deus azeteca da guerra, irmanados no mesmo afinco de levar as almas dos humanos para o céu para alimentarem os deuses vampiros com sangue de humanos.
Mictlantecuhtli (en náhuatl: mictlanteuctli, ‘señor del mictlán’ o ‘señor del lugar de los muertos’‘mictlān, Mictlán o lugar de los muertos,desde miquitl, muerto; teuctli o tecuhtli, señor’)?1 en la mitología mexica, zapoteca y mixteca es el dios del inframundo y de los muertos, también era llamado Popocatzin (en nahuatl: popocatzin, ‘ser humeante’‘popoctli, humo, fuego; catl, ser: popocatl o popoca, ser humeante, humeante, ardiente; tzintli, diminutivo’)?, por lo tanto era el dios de las sombras. Junto con su esposa Mictecacíhuatl, regía el mundo subterráneo o reino de Mictlán.
Nahuat. miquiztli (muerte) < miquishtri < Ma-Ki-ush-tyr
> Ma-wi-ush-tir > Mau-stir < Ma-ur-te > Morte.
Nahuat. miquitl, muerto < Mikitr < Mawirtr < mauirt > Mot-er
> «Morte».
A relação da morte com a deusa mãe é óbvia e quase universal pelo que encontra a deusa mãe terra *Ma-Ki na etimologia da morte não espanta!
Também já não nos surpreende constatar que o nauatle seja quase falar ibérico deformado. O que é de facto fascinante é verificar que o nahuatl nos esclarece que a morte pode derivar do fenício Mot e esta da deusa mãe egípcia Mut enquanto deusa mãe guerreira responsável pela vida e morte e pela mitologia do Amenti.
Amenti era o nome que os egípcios davam ao templo onde as almas dos mortos eram reunidas depois da morte, para serem julgadas e onde a alma da pessoa era destruída por Ammit, devorada e engolida.
De facto amenti é corruptela de Ammit e esta de ama-Mut que por sua vez é uma redundância de deusa mãe. Então, novamente nos espantamos: o mito de mictlan decalca o amenti Egípcio ainda que o não apareça.
Amenti < Ama-An-tu = Mãe das Antas = Mãe-mae = avó
= mãe e senhora avó brava = Ama-An-Mut + ur (=> Ama
⬄ Ki) Ma-Ki-ana-tu-ur > Macarena < Ma-Ker-Ana < Ma-ki-tur-na.
Por outro lado Mot-er é quase a latina mater. A passagem de moter a morte deve ter acontecido por ressonância com Marte, que era o deus que mais mortos mandava para o outro mundo, ou com a deusa do mar que era a mesma *Ma-Ker-Ana e o principal cemitério dos povos marinheiros da cultura egeia.
El Míctlān o Mictlan (en náhuatl: mictlān, ‘'lugar de muertos'’‘mic- 'muerto'; -tlānlocativo’) en la mitología mexica o nahua -que se puede considerar representativa de Mesoamérica-, era uno de los posibles recintos post mortem.
A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou "fazer deitar") foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos.
A cerâmica (do grego κέραμος "argila queimada" ou κεραμικὀς, translit. keramikós: 'de argila')
Cerâmico, também chamado de Cerameico, é um cemitério situado na região da Ática na Grécia, região esta onde estava localizada a pólis ateniense. O cemitério estava localizado a noroeste da ágora numa região onde também estava localizado o subúrbio de Atenas.
O distrito antigo ganhou o seu nome do herói grego Céramo (também chamado Kéramos), que era filho de Ariadne e Dionísio e herói dos oleiros, ou porque, na antiga Atenas, este era o lugar onde ficavam os oleiros (kerameis).
A mitologia deve quase tudo a uma certa tendência dos povos para a etimologia popular. Obviamente que o Kerameikos terá sido antes de mais um cemitério desde logo porque Ker foi deusa da morte súbita e violente. Os oleiros vieram trabalhar para este local seguramente porque era neste que eram procurados os vasos de cerâmica votivos (onde se guardavam as cinzas dos incinerados) e os vasos votivos. Porque a morte violenta e súbita era uma forma de Morte Negra, porque negra era Ker por ser Nut e porque negra seria a argila deste local uma das etimologias populares acabou por ser local da argila e do ocre negro. Fosse como fosse a verdade é que é possível uma relação étmica entre este termo, o «cemitério» e o miclan azeteca.
Kerameik(os) + Anu > Ker-ami-con < Mi-ka-ker-on > Mika-ther-ion
> kimitírion ⬄ coemeterium
Nahuat. mictlan < Ma-ki-te-ra (no) < Ki-ma-ter-ana
> kimitírion ⬄ coemeterium > «cemitério».