domingo, 14 de abril de 2013

DEUSES GERONTES DO MAR, por artur felisberto.

clip_image001

 

PONTO

clip_image002

Figura 1: Um velho deus hermafrodita ente golfinhos com cauda de Serpente e barbatanas de golfinho só pode ser Ponto ou Dagon!

Na mitologia grega, Ponto (em grego Πόντος, transl. Póntos, "alto-mar") é o antigo deus pré-olímpico do mar.

Segundo Hesíodo em sua Teogonia Ponto nasceu, tal como Urano, por partenogénese de Gaia, a Terra, ou seja, Gaia gerou Ponto por si própria, por sem ajuda masculina. Já Higino afirmou que Ponto é filho de Gaia com o Éter, o Ar.

Foi pai com Gaia do velho do mar, Nereu, e de Taumante, dos aspectos perigosos do mar, Fórcis e sua irmã e esposa Ceto, e de Euríbia. Com Talassa (cujo nome também significa "mar", mas com uma raiz pré-grega), foi pai dos Telquines.

Na mitologia grega, Taumante ou Taumas (antigo grego Thaumas Θαύμας, 'maravilha', 'milagre') era o filho de Gaia e Ponto. Ele foi um dos deuses dos mares primordiais. Ele juntou-se à ninfa oceânica Electra, e deles nasceram: Iris, mensageira da deusa Hera, sua irmã gémea Arce (o orvalho da manhã) e as Harpias: Aelo (a borrasca), Ocípite (a de voo rápido) e Celeno (a obscura).

Thaumas Θαύμας < Tauman-te = (Teos) Thaum-an < *Atuminus

> Egipt. Atum / Nuno.

De todos os filhos de Ponto o mais interessante e intrigante é Tauman-te por estar relacionado com o deus virtual *Atuminus, o possível antepassado comum de todos os deuses meninos de morte e ressurreição solar. Por outro lado, é interessante notar como a prol deste deus teria servido para polarizar o conjunto dos acontecimentos mais miraculosos da beira-mar: A escuridão, o voo rápido das aves marinhas que seriam as Harpias e que precede a borrasca e o arco-íris que anunciam a bonança e por fim, o orvalho matinal.

Na língua hitita aruna era o nome do mar e *arinna era o nome das nascentes e fontes. Assim, não é muito difícil de concluir que aruna seria a variante hurrita de Urano, ambos designando o deus primordial que dava nome tanto ao mar como ao céu que numa primeira paroximação seriam a continuação da mesma realidade que parecia contrapor-se à Terra Mãe, Gaia.

Supostamente durante a revisão do panteão no reinado de Tudalia IV ocorreu também a sistematização da cosmologia e geografia míticas acabando Urano por ficar senhor do céu e o Ponto como senhor do mar profundo em contraponto com o mar próximo da terra que seria uma filha desta, Talassa ou *Tellusha. Literalmente Ponto / Ponte seria o deus *Pon termo para já hipotético mas que imediatamente se reconhece como próximo do deus protágono dos órficos o deus Fanes da luz e do Amor primordial e que só pode corresponder ao obscuro e arcaico deus grego Pan que foi Fauno entre os latinos e pode quase seguramente ter estado na origem da raiz Dan- do nome de Dioniso, o eterno “deus menino”. Assim, não será por acaso que esta raiz irá aparecer no nome de muitos rios da Europa. Ora, não terá sido por mero acaso que os latinos tiveram um deus Fons de que se nomearam as fontes.

Fonte (em latim: Fontus ou Fons) era uma divindade da mitologia romana, associada às fontes e nascentes. Era considerado como filho do deus Jano e da ninfa Juturna.

                  «Fonte» < Fons < Fontus < Phon-te-ush > Pontos.

Dagon < The- | Kon < Ki-Anu = Te + Phon = Tifon.

 

Ver: SUÁSTICA I, SÍMBOLO DE DAGON / PONTO (***)

 

Pensar que na ausência de registos fidedignos os nomes de deuses arcaicos correspondessem a verdades divinas infalíveis e pura estultícia. As variantes em dialectos locais seriam várias e por vezes divergentes mas e quase sempre possível seguir o rasto ao tema comum. O deus Tipon combatido por Zeus era seguramente o mesma entidade que a cobra Piton que Apolo combateu em Delfos.

clip_image003

Figura 2: Tifon ou Dagon ou mera variante de Ponto. (Vaso coríntio).

Quando Hera descobriu, por meio de Íris - sua mensageira e confidente - que a ninfa Leto estava grávida de seu marido, Zeus; proibiu que ela desse à luz em terra firme, quer no continente, quer em qualquer ilha. Pior, colocou no encalço de Leto, a gigantesca serpente Píton, com a incumbência de devorá-la.

Porém a mitologia reporta outra Piton muito mais célebre e possivelmente bem mais original que era a de Delfos onde residiria o culto pré olímpico de Dagon / Tifon.

El nombre de Pito fue tomado de la serpiente Pitón (Πυθων) que vivía en una cueva de estos parajes y a la que el dios Apolo dio muerte para apoderarse de su sabiduría y ser él quien presidiera el oráculo.

Dagon < Tha-Ki-An > Tiphon < Phiton < Ki-Tan > Piton.

A forma grega de Urano / Ouranos deriva seguramente da confusão entre a forma *Haurano, de que derivaria Crono, por falta duma ligação explícita deste deus com os mares em virtude de estes terem Poseidon por patrono desde a talassocracia cretense. Entretanto ter-se-ia perdido o rasto dos epítetos guerreiros de Poseidon, seguramente na forma dum cortejo infindável de filhos deste deus grego, prolixo e tão promíscuo quanto todos os marinheiros.

In Greek mythology, it is Proteus, whose name means "First Man," who most closely resembles Oannes, Enki, and Vishnu-Matsya. Some say that his name was actually Nereus, father of the Nereids (sea nymphs), Wise Old Man of the Sea, who had the ability to rapidly transform himself into any other animal. If you wanted to consult Proteus's oracular knowledge you had to go down to the seashore and catch him. But he might change himself, as he did with Agamemnon, according to the Iliad, into a lion, a serpent, a panther, a boar, running water, or a leafy tree. Only if you could hold him fast, would he prophesy. -- Metzner, Ralph, Mythological traces of aquatic human ancestry.., Vol. 18, ReVision, 09-01-1995, pp 44.

Um deles foi Nereu que, já entre os hititas, era denominado Nérik, um deus autónomo das tempestades, seguramente só quando marítimas já que das terrestres o soberano era Teshub. Outro poderia ter sido Dóris.

Lantaru < Rantaur < Uran-*Thaurish

              «Douro» < Dóris < *Thaurish < Kurish

= Iscur, uma variante de Kauran.

Assim, pelo menos entre os ibéricos Neptuno era um touro do céu!

Lantaru - Deus aquático venerado na Ibéria, equivalente a Neptuno greco-romano.

 

Ver: ISCUR (***)

 

clip_image004

Nhstis (Nêstis), < Ne-ph-tis < *Enki-ish, lit. «a filah de Enki».

Qalatta (< Thalatta, Sea Water), < *Kal-atu => Galaturu, o nome do homem da «agua da vida eterna» criado por Enki para salvar Inana da morte. (=> Galatos).

O Pontos (ho Pontos, the Open Sea), < Phi-Antu < *Ki-Antu.

O Ombros (ho Ombros, the Water), < Aum-Wuros < Kaum-Phur < *Kima-Kura.

Ferrefatta (Pherrephatta, a poetic form of Persephonê) < Pher-Rephat-ta < *Pher-Urkiat-ta.

Afrodith (Aphroditê),

Dunamis (Dunamis, Power) and < Thun-amish lit. «A cobra que domina as dunas» < Ti-An-Am-At > An Tiamat.

Nefqus (Nephthys) < An-Ki-at, lit. «esposa de Enki» e por isso é que Neftis foi esposa de Set, o deus Satan dos estrangeiros cretenses.

All reduce to 3. (Except for Dunamis, Pherrephatta, Aphroditê and Nephthys, these are all names used by Empedocles for Water.) -- Biblioteca Arcana page.

E é assim que o nome dos deuses clássicos dos mares começa a emergir à tona das águas. Classicamente estes deuses eram Neptuno entre os romano e Poseidon entre os gregos. Poseidon/Neptuno que podem ter estes dois nomes em comum?

Poseidon < Posei-than / Posei-tan

Neptune < Ne phia tan.

À primeira impressão partilham apenas o núcleo divino *Atan de Adonis o que já não seria pouca coisa pois, como se viu já, Adonis tem relações étmicas com Enki, se é que não eram a mesma personagem.

Neptuno < Nepo-tan(u), lit. “a cobra Nebo | < Neku < Enki | ó An Phot uno < Enkitano, literalmente Enkiano, deus do mesmo tipo que Enki.

Neptuno é obviamente um nome que nos reporta sem qualquer dificuldade para o Sumério Enki.

Porém, Poseidon, que deve ter sido o deus dominante do panteão grego nos tempos da talassocracia cretense, já não revela tão facilmente a sua relação anfíbia com Enki, como a sua consorte, como a seu tempo se verá.

 

Ver: POSEIDON (***) & ABZU (***) & Ver: NUNO (***)

 

OCEANO

Na mitologia grega, Oceano (grego Οκεανος, okeanos), é o imenso rio que rodearia a Terra, personificado pelo titã de mesmo nome, filho de Urano e Gaia que tem um corpo formado por um torso de um homem, com garras de caranguejo tal qual chifres na cabeça e grande barba, terminando com a cauda de uma serpente.

Alguns estudiosos consideram que Oceano representava originalmente todas as massas de água salgada, incluindo o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, as duas maiores massas conhecidas pelos antigos gregos. Contudo, com a evolução dos conhecimentos geográficos, Oceano passou a representar apenas as águas desconhecidas do Atlântico (também chamado de "Mar Oceano"), enquanto Posidão reinava no Mediterrâneo.

clip_image006

Figura 3: Oceano no casamento de Tetis e Peleu. (Restauro cibernético do autor a partir de fotografia de vaso do vaso de 580 a.C. do museu Britânico). Esta representação em nada difere da dos restantes deuses dos mares: Deus idoso e barbudo com cauda de serpente e com poderes proféticos, neste caso representados pela serpente da mão esquerda do deus.

É duvidoso que o Oceano tenha representado toda e qualquer massa de água salgada porque esse papel seria o de Ponto. De facto, se na cosmografia mítica o Oceano representava “o imenso rio que rodearia a Terra” este deus só poderia ser o dos Abismos, esposo de Tiamat, ambas as deidades consideradas como serpentes marinhas. Etimologicamente o Oceano cumpre esta tradição porque nos reposta para Caco e o Caos primordial que se supunha serem os abismos de Tiamat.

«Oceano» < Okeanos < Hauke-(na) < Cacus > Cahos > «Caos».

Pois bem, começa a ser possível identificar três entidades primordiais como sendo meras variantes sinónimas e que irão permitir a proliferação do nome dos deuses e das coisas.

Caco < Ka-ki º Ki-An / Enki º Kur º Abzu.

Estes teónimos primitivos podiam ser associados e levarem a nomes compósitos como Kur-Caco, de que deriva Proteu, Forcis e Glauco, e Kur-Kian de que deriva Tritão.

 

PROTEU

Según Homero, la arenosa isla de Faro, situada frente al delta del Nilo era el hogar de Proteo, el profético Anciano Hombre del Mar y pastor de las bestias del mar. (…).

Se convirtió en hijo de Poseidón en la teogonía olímpica, o de Nereo y Doris, o de Océano y una náyade, y fue hecho pastor de las manadas de focas de Poseidón, el gran macho en el centro del harén.

Obviamente que com tanta paternidade seguramente que Proteu não seria filho senão o órfico Fanes, o Deus Protágono ou Eros, filho da Deusa mãe primordial como o seu nome o sugere.

Pró-teo < Πρωτεύς < Micenic. Po-ro-te-u < PrwteÚj (m.h.n.)

< Micenic. Prî-toj = «pri-meiro» > Grec. Pró-.

Kur-ish > *furisto ó Phri-tish > phirtish > Engl. first.

Minotauro <= Kur-min > Phri-Min > primnus > Lat. Primus.

First = Old English fyrst "foremost," superlative of fore; from Proto-Germanic *furisto- (cf. Old Saxon fuirst "first," Old High German furist, Old Norse fyrstr, Danish første, Old Frisian ferist, Middle Dutch vorste "prince," Dutch vorst "first," German Fürst "prince"), superlative of *fur-/*for-, from PIE *per- (cf. Sanskrit pura "before, formerly;" see pro-).

Pro-teu era literalmente o deus Pró que ficou em grego e em português como mera proposição de primacialidade correlativo do latino Pri-mus…e de todas as variantes proto-indo-europeias. Sendo literalmente o deus Protágono como Eros / Hórus seria então um *Kuristeu, o Minotauroo couro e o touro da Deusa Mãe Primordial que, como a etimologia sugere, teria sido Afrodite Urânia. Assim, o mito que faz esta deusa do Mar Primordial de Tiamat uma sequela dos salpicos de esperma da castração de Urano será um mero delírio teológico paternalista porque este deus do céu seria inicialmente a luz do dia e o sol ou seja o “deus menino” filho da Deusa Mãe Primordial e logo, apenas uma variante de Fanes, Eros e Proteu.

De facto, Proteu, suposto filho de Tetis, poderia ter sido Phro-tito, filho A-Phro-Tite, literalmente a deusa das Sacras Tetas, a Deusa Mãe da dupla montanha que “transporta o Ka da vida”!

O deus marinho Proteu aparece na mitologia grega como filho dos titãs Tétis e Oceano, ou ainda de Poseidon. Proteu era o pastor dos rebanhos de Poseidon.

Reverenciado como profeta, tinha o dom da premonição e assim atraía o interesse de muitos que queriam saber as artimanhas do poderoso destino. Porém, ele não gosta de contar os acontecimentos vindouros; então, quando algum humano se aproxima, ele foge ou metamorfoseando-se, assume aparências monstruosas e assustadoras. Porém, se o homem for corajoso o bastante para passar por isso, ele lhe conta a verdade.

Sua filha, a ninfa Eidotéia, ensinou a Menelau, rei de Esparta, o que ele teria que fazer para fazer Proteu contar como seria possível voltar a Esparta após a guerra de Tróia. A ninfa Cirene também ensinou seu filho Aristeu o que fazer para poder saber do deus como reparar os seus enxames perdidos.

O poder profético e metamórfico de Proteu atraiçoa a teologia olímpica porque o torna o mesmo que Nereu, ou quanto muito pai deste.

Proteus (Πρωτεύς), el profético anciano hombre del mar (halios geron), aparece en las más antiguas leyendas como un súbdito de Poseidón, y se le describe como capaz de ver a través de toda la profundidad del mar y como el pastor de las manadas de focas de Poseidón. Residía en la isla de Faro, a un día de distancia de la desembocadura del Nilo o Egipto, por lo que también era llamado Egipcio.

Se indubitavelmente Nereu deu nome ao rio Nilo ele foi então Proteu porque nenhum outro deus grego teve mais a ver com o Egipto do que este.

Pero Ponto, el gran mar, era padre del veraz Nereo que nunca miente, el mayor de sus hijos. Le llaman el Viejo Caballero porque es digno de confianza, y apacible, y nunca olvida qué es correcto, sino que los pensamientos de su mente son benignos y rectos. -- Hesíodo, Teogonía 233

En la Odisea Menelao lucha con «el veraz anciano de los mares, el inmortal Proteo egipcio, que conoce las honduras de todo el mar y es servidor de Poseidón».

Na verdade, Nereu da Teogonia de Hesíodo pode ser confundido com Proteu da Odisseia de Homero.

Um aspecto importante que permite repostar Nereu e Proteu como variantes do mesmo deus é precisamente o facto de Proteu ou não ser representado na iconografia grega seguramente por ser o mesmo que Nereu. Ora, ambos os deuses têm como características morfológicas essenciais o facto de serem velhos e terem seios de mulher ou sejam serem hermafroditas como seriam os deuses protágonos e primordiais do patriarcado sobretudo na concepção Egípcia. De facto, os equivalentes egípcios seriam Atum e Nuno.

 

Ver: ATUM (***) & NUNO (***)

 

Etimológica e miticamente relacionado com Proteu está Porcis.

Este deus e mais um dos delírios dos poetas teológicos gregos por que sabemos já que os monstros foram criados pela Deusa Mãe Primordial Tiamat como defesa pessoal na Titanomaquia. De facto, Ce-to, literalmente a deusa Ce seria apenas uma corruptela de Geia / Gaia e ambos variantes da suméria Deusa Mãe Ki, esposa de Anu / Ûrano e mãe de Enki.

Então, Fórcis seria uma mera variante dialéctica de Proteu.

Proteu < Phro-teto < Kur-Kiko > Phor-kush > Phórkys.

                                                                             > Lat. porcus > «porco»!

clip_image007

Figura 4: Fórcis num mosaico romano.

Fórcis é uma divindade marinha da mitologia grega. Filho de Pontos, deus do Mar e de Gaia, deusa da Terra. Casou-se com sua irmã Ceto, que engendrou filhos monstruosos: as Górgonias, o dragão Ladão, as Greias e Equidna, a ninfa víbora.

Segundo Homero Fórcis é um príncipe marinho, um deus poderoso que se oculta dos olhos humanos, porém não deixa de causar males aos navegantes.

Ele é assim como Nereu e Proteu um dos anciãos do mar, mas de modo diverso, ele não profetizava como os outros.

Assim, sendo Fórcis uma variante em confronto com Proteu, teria acabado mal visto e maldito porque terá ficado associado aos monstros da Deusa Mãe, como Quingu e por isso mantinha a capacidade para se ocultar mas não a de profetizar…precisamente porque os poderes mânticos ainda eram benfazejos. No entanto com um pouco de imaginação poder-se-ia suspeitar que a magia negra era um dos poderes com que Fórcis «forçava» as coisas!

 

Ver: GLAUCO (**)

 

NEREU

Na mitologia grega, Nereu ou Nereus (em grego antigo, Νηρεύς, translit. Nêreús, de νέειν / néein, "nadar") é um deus marinho primitivo, representado como um personagem idoso – “ velho do mar”

Era filho de Pontos e de Gaia. Desposou a oceânide Dóris e foi pai de cinquenta filhas, as Neréiades, e de um filho, Nérites. O seu reino era o Mediterrâneo, e mais particularmente, o Egeu. Era conhecido por suas virtudes e por sua sabedoria. Píndaro celebra sua justiça benfazeja, daí seus epítetos "verídico", benfazejo", "sem mentira nem esquecimento".

Tinha o dom da profecia e, como outras divindades, podia mudar de aparência. Ajudou vários heróis, como Hércules, que sempre conseguia descobri-lo, mesmo quando mudava de forma.

Nereu é representado em obras de arte, assim como outros deuses dos mares, com um tridente e algas, que representam o seu cabelo e a sua barba. Parece ser a personificação do deus do mar anterior a Poseídon, quando Zeus destronou Cronos.

Existem muitas coisas na mitologia que não batem certo! Desde logo a sua suposta derivação do verbo grego para nadar, νέειν / néein, a que falta o erre que pode emudecer mas nunca ressuscitar do nada! Sendo assim, quanto muito é o verbo grego νέειν < νέr-ειν que deriva de NER-EU!

clip_image008

Figura 5: Nereu, o rei do mar Egeu, numa representação dum vaso grego com aparência de homem adulto, nem muito jovem nem demasiado velho!

Por outro lado, o seu suposto filho Ner-ites seria apenas o deus Nero de que Nereu seria mera variante nominativa.

NEREE. (Pl. XX.) Si l’on en croit les enseignements mythologiques des Collèges, et mène les opinions de la plupart de nos archéologues, Nérée ne joue qu'un rôle très subordonne dans l'assemblée des divinités grecques- il est tout au plus un dieu du troisième ordre. Quelques savants cependant pénètrent plus en avant dans le Système religieux des anciens, en accordant a Nérée un rang plus élevé' ce dieu leur parait occuper la même dignité parmi les tritons que Silence parmi les satyres, ou Chiron parmi les centaures. Nous ne fatiguerons pas le lecteur par un récit détaillé de tout ce que les mythographes grecs et latins ont débit sur ce personnage fabuleux - notre tache se bornera à faire ressortir les traits caractéristiques de Nérée, d'après les témoignages des anciens auteurs et d’après les monuments de antiquité figuré. Dans celle-ci, Nérée parait principalement dans deux circonstances remarquables: la première nous montre le dieu marin presque dompte par Hercule, et force d'indiquer au héros thébain le séjour des Hespérides -, dans la seconde, Nérée ne figure plus comme protagoniste Pelée et Thétis forment le centre de la composition, Nérée n'assiste que comme témoin aux noces de sa fille.

Dans une monographie sur les noces de Pelée et Thétis, M. de Witte a fait remarquer que Neptune lui-même remplace quelquefois le monstre marin sans altérer le sens du sujet.

clip_image009

Figura 6: Nereu representado no Cílice referido por Theodor Panofka, no livro: Musée Blacas: Monuments grecs, étrusques et romains”.

Cet archéologue a également indique les formes différentes sous lesquelles Nérée parait dans cette sorte de compositions, tantôt comme monstre marin et ne gardant de la forme humaine que la partie supérieure du corps, tantôt sous les traits d'un homme âgé, souvent un vieillard à cheveux blancs. Ce qui mérite surtout de fixer notre attention, c'est qua l´occasion des noces de Pelée et Thétis, Nérée, lors même qu'il conserve la queue de poisson, se présente cependant toujours vêtu; dans la lutte avec Hercule il a un air bien plus sauvage, et se montre le plus souvent dans une nudité complète.

La kylix que nous publions nous offre l'image de Nérée sous la forme la plus vénérable qu'on puisse désirer. II y parait comme sur une belle peinture de vase publiée par M. Millingen, avec une tunique richement brodée, telle que nous la voyons souvent chez des personnages royaux ou des divinités du premier ordre. La couronne qui décore son front et, plus encore, le trident qu'il tient de sa main gauche, révèlent un dieu bien plus puissant que ne le serait un simple ministre de Neptune. Quant à l'élément dans lequel il séjourne, la queue de poisson ondulée l´indique d'une manière suffisante, et pour ne pas nous laisser indécis sur le véritable nom de notre personnage, le peintre a ajoute le nom NHPEYS en grands caractères, dont les trois premières lettres sont écrites, comme sur des inscriptions d'époque romaine, en monogramme, et les deux dernières isolément.

clip_image010

Figura 7: O rei Nereu a pescar.

Ce ne peut guère être par un effet du hasard que le bras droit de Nérée parait entièrement enveloppe dans le peplus \ cette particularité caractérise Némésis et d'autres divinités, soit infernales, soit mystérieuses: elle désigne ici l´extrême profondeur des eaux, que Nérée choisit pour séjour habituel, profondeur ä laquelle les poètes grecs et latins font allusion dans plus d'un passage. La barbe touffue que Nérée porte sur notre peinture l'assimile à Posidon, auquel ce détail convient de préférence elle remplace, si je ne me trompe, les cheveux blancs que Nérée porte sur d'autres monuments, et qui désignent évidemment la blancheur des flots.

A Gythium, en Laconie, on adorait Nérée sous le nom de Vieillard (geron) marin; il s'identifiait dans cette localité évidemment avec Posidon lui-même, et je croirais volontiers que cette forme moitie animal révèle un Posidon d'une plus haute antiquité que celui adopte par les poètes et les artistes d'une époque postérieure.

Gythion (also spelled Gytheio, Gythiam or Gythium) was (and is) the port of ancient (and modern) Sparta. Located about thirty miles (forty km) away, where the mouth of the Gythius River meanders (in a similar direction) from the northwestern section of the Laconian Gulf, the ancient town was damaged by an earthquake.

Gutium da lacónia seria literalmente um *guteião, ou seja um porto e grande centro comercial e religioso dedicado a Gu-tiu, o deus Gu do ribeiro que desaguava na cidade e que era o mesmo dos marinheiros dos reinos dos mortos dos “povos ocidentais” situados na Lusitania e na Andaluzia!

Avec cette dignité, que les anciens ne séparaient jamais de l'idée de vieillard, s'accordent aussi le renseignement que nous devons à Pindare au sujet du dieu marin. D’après le poète thébain, Nérée conseille de louer cordialement et avec justice même son ennemi toutes les fois qu'il fait de belles actions. Une maxime aussi belle de morale dans la bouche de Pindare, serait difficile à combiner avec l’idée commune qu'on a de Nérée, et avec le nom de monstre marin dont on le gratifie.

N'oublions pas une des qualités principales de Nérée, sur laquelle M. Bröndsted a dirige tout récemment l'attention des antiquaires, son talent de divination, qu'il partage avec Glaucus et Phorcus, cette faculté de connaître les choses futures, attribuée au dieu marin, tient a une idée plus générale, répandue chez les Grecs, savoir que l'eau, et notamment les sources, inspiraient les poètes, et par conséquent aussi les prophètes.

clip_image012

Figura 8: Nereu ou Poseidon Hípio.

La source Hippocrène, que le cheval Pégase fait jaillir, devient celle des poètes par excellence. Cette même idée est également reproduite dans le culte de Posidon Hippios, d’après Pausanias, une des divinités les plus sacrées et les plus mystérieuses de Mantinée, et à laquelle Trophonius et Agamède avaient bâti le temple le plus ancien. En observant que le nom Mantineia  contient évidemment le mot mantis, devin; nous sommes oblige de rattacher le culte de Posidon à Mantinée, au Neptune devin, le Nérée de notre kylix la ville même avait pris le nom Mantinée, du Neptune mantis, c'est-à-dire de Nérée. D'ailleurs, le témoignage de Pindare, d’après lequel les guerriers de Mantinée portaient un trident comme emblème de leurs boucliers, confirme singulièrement cette conjecture. -- Panofka, Theodor Musée Blacas: Monuments grecs, étrusques et romains.

Obviamente que o dom da profecia de Nereu foi herdado do sumério Enki…e possivelmente do arcaico deus do mar egeu, Dagon. Se Poseidon Hípio tinha um misterioso culto num dos mais antigos templos de Mantineia tal seria tanto porque nele se prestava preito a Neptuno adivinho mas por nele Poseidon não ser propriamente o deus dos cavalos mas um deus arcaico que teria dado nome à cidade ou seja, *Man-this! Este deus cujo nome ressoa ao deus Mendes de Heródoto no Egipto não seria senão Montu ou seja Minos na forma de um golfinho como Dagon e que viria a ser Poseidon transportado por um hipocampo.

O metamorfismo de Nereu resultaria precisamente de o deus do mar Egeu ter tido múltiplos e variados nomes e tantas personalidades quantos os seus locais insulares de adoração, como adiante se verá!

Nereu está longe de ter sido um deus menos porque muito possivelmente terá sido o deus primordial, ou seja, uma variante de Urano, ou pelo menos de um filho seu, como Crono e então irmão de Afrodite Urânia.

Nilo < Nero < Nereu < Anério < Anu-Ur-ico = Uran-ico

                                                   > We-Nério = Vénus = Afrodite.

Na cultura caldeia teria sido Nerig ou Nerik, o importante “deus das tempestades” da cidade hitita de Nerik, por sinal também um deus Salvador do mundo que se afogou nos sete mares do mundo para remissão dos pecados da humanidade. Além do Nilo são vários os rios eslavos que devem o nome a Nereu.

Nerik, deus hitita das tempestades que aparece associado com o mito dos «nove mares» que circundam o mundo por se ter afogado neles por mágoa dos pecados da humanidade.

Ênu-rêštu or Nirig. = Whether Ênu-rêštu be a translation of Nirig or not, is uncertain, but not improbable, the meaning being "primeval lord," or something similar, and "lord" that of the first element, ni, in the Sumerian form. In support of this reading and rendering may be quoted the fact, that one of the descriptions of this divinity is ašsarid îlani âhê-šu, "the eldest of the gods his brothers."

Nirig ó Nerik < neruku < nureku < Ên-urêš-(tu) < Anu-Urash.

O rio Neris (actualmente Neris em lituano, historicamente também Vilija e em bielorrusso, Vialla, ou Wilia em polaco) é o rio que atravessa Vilnius. Nasce na Bielorrússia e é um afluente do rio Ne(®?)man em Kaunas.

O rio Narew é um rio que nasce no oeste da Bielorrússia, adentra o território polônes e desagua no Vístula.

O rio Nereva (Neretva) é um rio da Bósnia e Herzegovina e da Croácia.

O Narva ou Narova (estoniano: Narva jõgi; russo: Нарва) é um rio que nasce no Lago Peipus e segue pela fronteira da Estônia e da Rússia.

O Nera (romano: Nera, sérvio: Nera, húngaro: Néra) é um rio da Romênia e da Serbia, tributário da esquerda do Danúbio.

 

Ver: MINOTAURO (***)

 

Nérik < Neriw > Nereu.

                       < *Anu-Urki < Ki-Ur-Anu > *Kaurano.

Na verdade, Enki + lu, lit. “marinheiros, guerreiros de Enki”.

=> Enkiru < Ki-Ur-An > *Kauran > Hauran > Aruan > Hit. Aruna.

To Nereus and Doris were born the Nereids, whose names are Cymothoe, Spio, Glauconome, Nausithoe, Halie, Erato, Sao, Amphitrite, Eunice, Thetis, Eulimene, Agave, Eudore, Doto, Pherusa, Galatea, Actaea, Pontomedusa, Hippothoe, Lysianassa, Cymo, Eione, Halimede, Plexaure, Eucrante, Proto, Calypso, Panope, Cranto, Neomeris, Hipponoe, Ianira, Polynome, Autonoe, Melite, Dione, Nesaea, Dero, Evagore, Psamathe, Eumolpe, Ione, Dynamene, Ceto, and Limnoria. -- Apollodorus, Library and Epitome (ed. Sir James George Frazer).

 

NINIP / NIRIG

Hoa occupies, in the first Triad, the position which in the classical mythology is filled by Poseidon or Neptune, and in some respects he corresponds to him. He is "the lord of the earth," just as Neptune is [Greek]; he is "the king of rivers;" and he comes from the sea to teach the Babylonians; but he is never called "the lord of the sea." That title belongs to Nin or Ninip. Hoa is "the lord of the abyss," or of "the great deep," which does not seem to be the sea, but something distinct from it. His most important titles are those which invest him with the character, so prominently brought out in Oe and Oannes, of the god of science and knowledge. He is "the intelligent guide," or, according to another interpretation, "the intelligent fish," "the teacher of mankind," "the lord of understanding." One of his emblems is the "wedge" or "arrowhead," the essential element of cuneiform writing, which seems to be assigned to him as the inventor, or at least the patron of the Chaldaean alphabet. Another is the serpent which occupies so conspicuous a place among the symbols of the gods on the black stones recording benefactions, and which sometimes appears upon the cylinders. -- THE SEVEN GREAT MONARCHIES OF THE ANCIENT EASTERN WORLD, BY GEORGE RAWLINSON, M.A, 1862–67.

Heâ was the god of chaos, or the deep; he was the king of the abyss who determines destinies. In later times he was also called the god of the waters, and from him some of the attributes of Neptune may be derived. It was said that Chaos was his wife. In later mythology, however, Nin-ci-gal, instead of Chaos, was the wife of Heâ.

(…) Ninip, the lord of strong actions, finds an echo in Hercules of Grecian mythology, who received his bow from Apollo, his sword from Mercury, his golden breastplate from Vulcan, his horses from Neptune, and his robe from Minerva.

The Assyrian Dagon was usually associated with Anū, the sky-god, and the worship of both was carried as far west as Canaan. ASSYRIAN MYTHOLOGY By MRS. ELIZABETH A. REED. The Congress of Women: Held in the Woman's Building, World's Columbian Exposition, Chicago, U. S. A., 1893.

It would seem that Merodach as Jupiter displaced at Babylon Nebo as Saturn, the elder god, as Bel Enlil displaced the elder Ninip at Nippur.

(…)The Babylonian Saturn, as we have seen, is black, and its god, Ninip, was the destroying boar, which recalls the black boar of the Egyptian demon (or elder god) Set. The Greek Cronos was a destroyer even of his own children. All the elder gods had demoniac traits like the ghosts of human beings. (…)

Ninip (nin´ip, or Nin´ib), as Nirig and destroying sun (…) , the son of Enlil, who was made in the likeness of Anu, he waged war against the earth spirits, and was furiously hostile towards the deities of alien peoples, as befitted a god of battle. Even his father feared him, and when he was advancing towards Nippur, sent out Nusku, messenger of the gods, to soothe the raging deity with soft words. Ninip was symbolized as a wild bull, was connected with stone worship, like the Indian destroying god Shiva, and was similarly a deity of Fate. He had much in common with Nin-Girsu, a god of Lagash, who was in turn regarded as a form of Tammuz. (…)

Before he became king, Sargon of Akkad, the Sharrukin of the texts, was, according to tradition, a gardener and watchman attached to the temple of the war god Zamama of Kish. This deity was subsequently identified with Merodach, son of Ea; Ninip, son of Enlil; and Nin-Girsu of Lagash. He was therefore one of the many developed forms of Tammuz -- a solar, corn, and military deity, and an interceder for mankind.

In the Babylonian Creation legend Ea is supplanted as dragon slayer by his son Merodach. Similarly Ninip took the place of his father, Enlil, as the champion of the gods. "In other words," writes Dr. Langdon, "later theology evolved the notion of the son of the earth god, who acquires the attributes of the father, and becomes the god of war. (…)

Saturn was Nirig, who is best known as Ninip, a deity who was displaced by Enlil, the elder Bel, and afterwards regarded as his son. His story has not been recovered, but from the references made to it there is little doubt that it was a version of the widespread myth about the elder deity who was slain by his son, as Saturn was by Jupiter and Dyaus by Indra. It may have resembled the lost Egyptian myth which explained the existence of the two Horuses--Horus the elder, and Horus, the posthumous son of Osiris. At any rate, it is of interest to find in this connection that in Egypt the planet Saturn was Her-Ka, "Horus the Bull". Ninip was also identified with the bull. Both deities were also connected with the spring sun, like Tammuz, and were terrible slayers of their enemies.

(…) A bilingual list in the British Museum arranges the sevenfold planetary group in the following order: —

The moon, Sin.

The sun, Shamash.

Jupiter, Merodach.

Venus, Ishtar.

Saturn, Ninip (Nirig).

Mercury, Nebo.

Mars, Nergal. (…)

As the planet Saturn, Ninip was the ghost of the elder god, and as the son of Bel he was the solar war god of spring, the great wild bull, the god of fertility. He was also as Ber "lord of the wild boar", an animal associated with Rimmon. (…)

Ninip resembled Kronos and Saturnus as a father, but he was also at the same time a son; he was the Egyptian Horus the elder and Horus the younger in one. Merodach was similarly of complex character--a combination of Ea, Aim, Enlil, and Tammuz, who acquired, when exalted by the Amoritic Dynasty of Babylon, the attributes of the thunder god Adad-Ramman in the form of Amurru, "lord of the mountains".

                       -- Donald A. Mackenzie - Myths of Babylonia and Assyria.

Que os Assírios tenham achado ou não que o poderio marítimo pertencia a Ninip a verdade é que tradicionalmente o papel de deus marítimo coube a Enki e foi possivelmente reforçado enquanto missionário da agricultura neolítica que o terá transformado também num deus do cereal que necessita de morrer na terra para ressuscitar na multiplicação dos grãos das espigas como aparece relatado entre os judeus.

The ancient Sumerian city of Eridu, which means "on the seashore", was invested with great sanctity from the earliest times, and Ea, the "great magician of the gods", was invoked by workers of spells, the priestly magicians of historic Babylonia. (…)

The mythological spell exercised by Eridu in later times suggests that the civilization of Sumeria owed much to the worshippers of Ea. At the sacred city the first man was created: there the souls of the dead passed towards the great Deep. Its proximity to the sea — Ea was Nin-bubu, "god of the sailor"— may have brought it into contact with other peoples and other early civilizations. -- Myths of Babylonia and Assyria, by Donald A. MacKenzie.

Os assírios nunca foram um império naval. O facto de teram atrubuido o poder da frota ao deus das tempestades de Ninive resulta possivelmente de pouco ou nada terem de marinheiros de alto mar (pois Ninive, a sua capital, nem sequer ficava na margem de um grande rio) e desconhecerem por isso as tradições e os antigos deuses marítimos.

A verdade porém é que a tradição da divisão tripartida do mundo já vem do tempo dos sumérios que acreditavam que esta era tão antiga como os deuses e anteriror à criação do homem:

Quando os deuses, como os homens,

Faziam [todo] o trabalho, transportavam as cargas,

O jugo dos Anunnaki era grande demais,

Eles trabalhavam demais, muito se preocupavam,

Os grandes Anunnaki faziam os Igigi

Carregar sete vezes uma carga maior.

Anu, o pai de todos os deuses, era rei,

Tendo como conselheiro o jovem guerreiro Enlil,

E como chanceler, Ninurta,

O controlador dos canais era Ennugi.

Eles tomaram a caixa de dados

Eles lançaram os dados, os Anunnaki fizeram a divisão.

Anu subiu aos céus,

E Enlil tomou a terra para seu povo.

O cadeado que barra os mares

Foi dado ao sábio Enki.

Assim sendo, Nerik era uma das muitas confusões de conveniência dos panteões relativas aos deuses supremos das tempestades que sempre estiveram relacionados com as guerras e a soberania suprema.

Pelo epíteto Ninip é fácil de ver que seria o patrono da cidad Assíria de Ninive.

Ea was "Enki", "lord of the world", or "lord of what is beneath"; Amma-ana-ki, "lord of heaven and earth"; Sa-kalama, "ruler of the land", as well as Engur, "god of the abyss", Naqbu, "the deep", and Lugal-ida, "king of the river". As rain fell from "the waters above the firmament", the god of waters was also a sky and earth god. -- Myths of Babylonia and Assyria, by Donald A. MacKenzie.

Bu [FLIT] (10x: Old Babylonian) wr. bu; bu2; wu "to flit, chase about" Akk. Našarbuţu. Bu [PERFECT] (28x: Old Akkadian, Ur III) wr. bu; bu2 "perfect" Akk. Gitmalu. Bu [Secret] (1x: Old Babylonian) wr. bu-u2bu-u2 "secret".

Bu-lu-úh, bu-luh, bu-úh, bu-bu-luh = para tremer, estremeça, seja amedrontado. Ma-La = barqueiro; Ma-Lah = marinheiro.

Ninip < nin´ip < Nin´ib < Nin-ub < Nin-bu ó Naq-bu

ó Nin-| bu-bu (deus dos marinheiros) < Ku-ku | < *Nin-Caco

Ξ *Nin-(Malah) bu-bu-(luh).

*Nin-(Malah) bu-bu-(luh) seria assim o nome de Enki nas funções equivalentes de “enosigaios” dos deuses dos maremotos, típicas dos deuses marítimos dos povos do mar Egeu. Este poder era partilhado pelos deuses continentais das tempestades e teria por isso sido o de Ninip / Nerig.

Nínive < Acadic: Ninua < Pers. Nainavā < Nin-Nawa => Lusa. Nábia

< Ana-Ki-a > Ana-ti < Anat.

A patrona de Ninive era seguramente Ana-Ki, a Sr.ª Ki, mãe e esposa de Enki que por evolução semântica evoluiu para *Nabia que seria virtualmente irmã e esposa de Nabo…se pudéssemos provar que Tashmetum seriam um mero epíteto desta deusa.

Parece que Estrabão visitou Borsipa e que achou cheia de morcegos e onde Nabu era Apolo e Tashmetum, Artemisa.

Nabu é uma divindade da mitologia suméria. É o deus da escrita e da sabedoria. É o filho de Marduk e casado com Tashmetum. É mencionado na Bíblia como Nebo.

clip_image013

Figura 9: Ninive.

Os montículos antigos de Nínive, Kouyunjik e Nabī Yūnus, estão localizados num nível da planície perto da confluência do rio Tigre e Khosr com uma área de 1800 acres circunscrita por uma muralha de tijolos de 12 kilômetros. Esse espaço extensivo inteiro é hoje uma imensa área de ruínas sobreposta em partes pelos novos subúrbios da cidade de Mosul.

(Tasmetu, Tashmit o) Tashmetum é uma deusa babilônica e seu nome, derivado do acádio shamu, significando "aquela que concede pedidos". Tashmetum é a esposa de Nabu, o deus patrono dos escribas e astrólogos. Juntamente com Nabu, Ela era adorada em Borsipa. Muitos rituais e preces do período Babilônico posterior e Assírios mostram-na como uma mediadora misericordiosa, protectora contra todos os males, bem como deusa do amor e potência sexual. Em termos astronómicos, Ela era identificada com Capricórnio, vista como esposa no sentido tradicional como Deusa, Jovem Soberana e Herdeira. -- [1]

Tashmetum < Ta-shamu-tu < Te Ashma-tu, a deusa dos suspiros

< Ashma < Ka-Kima

 

Ver: *KIMA (***)

 

TRITÃO

clip_image014

Figura 10: Nereid and Triton Mosaic from Ephesus Terrace Home.

Tritão seria então a variante do deus do mar derivada de Kur-Kian.

Tritão < Triton < Tir-ton < Taur-Than, literalmente touro-cobra,

cavalo marinho, golfinho de Poseidon < Kaur-Kia < Kur-Enki.

clip_image015

Figura 11: Hércules & Triton.

Tritão (Triton) na mitologia grega, é um deus marinho, filho de Poseidon (Neptuno na mitologia romana) e Anfitrite (Salácia), geralmente representado com cabeça e tronco humanos e cauda de peixe. É um fiel servidor de seus pais, actuando como seu mensageiro e acalmando as águas do mar para que a carruagem de Poseidon deslize com segurança. Para tal ele se utiliza de búzios como instrumento, produzindo assim uma música apaziguadora.

clip_image016

Figura 12: Hercules fights with Triton, son of Poseidon, with a dance of the Nereids, inside cup, painted terracotta, Greek, 6th Century B.C.!

In the Iliad' the epithet halios geron, with overtones of gentility and wisdom, is applied exclusively to the father of the Nereids, who, though he in fact remains anonymous, Cate only be Nereus. It is in the Odyssey (and then in later authors) that the epithet is shared with other seadeities: it refers once again to Nereus,' then to Proteus, and finally to Phorkys' Triton does not appear in Homer.

(…) No literature of any period describes a struggle between Herakles and Triton: this motif is introduced on Attic vases and monuments in the sixth century B.C. (…)

Although the motif of Herakles struggling with a sea-deity is predominantly Attic, it is not exclusively so. The earliest representation is on an island gem of the last quarter of the seventh century B.C., and shows Herakles running alongside a non-mutating fish-tailed man. The example on the Argive shield-hand relief has already been described. Three fragments from Perachora arc said to carry the motif: one is completely unintelligible, the second of uncertain interpretation (the monster may not even be fish-tailed), and the third not Triton but surely Typhon. (…)

These three cups clearly illustrate that the artist(s) must have considered Nereus and Triton as two quite distinct deities, and that the change had taken place by 560 B.C. The change in Heraklcs' opponent is definite and deliberate, and lest the two should be confused old Nereus loses his tail. The name "Triton" appears on three later representations and is never found outside Attic art. Since the original myth of Herakles grasping a mutating sea-god has been provided with an alternative iconography, the inevitable conclusion is that Herakles with Triton represents something quite different. (…)

clip_image017

Figura 13: Luta entre Hércules e Tritão, com várias testemunhas a comprovarem a supremacia de Hércules no papel de herói de Atenas.

The canonic type may he defined as follows: Triton has a full head of hair and is bearded; he may wear a fillet, and occasionally, early on, wears a tunic; he is invariably fish-tailed, the joining of man and fish sometimes being quite unsatisfactorily rendered in that he may be given a very odd chest in order to accommodate the tail. Triton's arms arc held in one of three positions: he may actively resist Herakles by gripping both the hero's arms or hands in an attempt to wrestle free; he may grip with one hand, the other remaining free, gesturing submission or raised to his head in dismay; or he may have both arms free offering no resistance, in the manner of the early Nereus figures. He may carry one or two dolphins, though these appear far less frequently than one might expect. Herakles faces in the direction in which he is going, and wears his lionskin; his array of weapons varies and he is fully armed only once. (…)

Boardman suggested that the Herakles-Triton motif may have had something to do with the Athenian amphibious success against Megara for the possession of the island of Salamis. This line of inquiry is worth further investigation since it does seem reasonable to assume that a sea encounter of sonic sort lira behind these representations. Whatever the historical event which prompted such commemoration, it must have been of no mean significance either to Athens or to Peisistratos, for the subject of Hcraklcs wrestling with Triton did appear on two Akropolis pediments. The motif is also found on the unorthodox Doric Temple of Athena at Assos in the Troad. - Herakles, Nereus and Triton: A Study of Iconography in Sixth Century Athens, RUTH GLYNN

Em conclusão, Tritão seria a variante ática do “velho lobo-do-mar” que seria o deus protágono marinho. Possivelmente, o epíteto Atena Tritogénia estaria relacionado mais com o facto de este deus ter sido parido por partenogéneses natural pela sempre eterna Virgem Mãe que também foi Atena.

 

Ver: ATENA GLAUKORIS / ATENA TRITOGÉNIA (***)

 

clip_image018

Figura 14: When he returned, Amphitryon was so angry that his wife had welcomed a lover in his absence, that he tried to burn her alive on the altar where she fled for refuge. But Zeus sent the Clouds to extinguish the flames, Amphitryon relented, and in due course Alkmene gave birth to twin boys: Herakles, who was the son of Zeus, and Iphikles, fathered by Amphitryon.

Amphictyonis < Amphictryonis < Amphitry Kones

<= Amphitrite < Enki Taurite

=> Amphi \ Try Kones > Tri Thones > Tritão > «tridente».

O bastão de Poseidon só passou a ser o tridente de três pontas depois do nascimento do Tritão e da percepção da homofonia com o número três!

Amphictyonis na mitologia grega é a deusa do vinho e da amizade entre os povos, uma forma local de Deméter que era adorada sob este nome em Anthela, porque era um lugar de encontro para os Amphictyons de Termópilas, que lhe oferecia sacrifícios no início de cada reunião.[2]

O facto de se saber assim que Deméter era adorada em Antela revela-nos o nome secreto desta deusa que afinal era a Sr.ª Tellus, a deus da Terra Mãe.

Claro que o termo Amphictryonis é mais do que virtual pois é um facto que não foi deste que derivou o termo português «anfitrião» mas do nome de Anfitrião que era marido de Alcmena.

Na mitologia grega, Anfitrião era marido de Alcmena, mãe de Hércules. Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua forma para deitar-se com Alcmena e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia, para montar guarda no portão. Uma grande confusão foi criada, pois Anfitrião duvidou da fidelidade da esposa. No fim, tudo foi esclarecido por Zeus, e Anfitrião ficou contente por ser marido de uma escolhida do deus. Daquela noite de amor nasceu o semideus Héracles. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa". O mesmo ocorreu com sósia — "cópia humana", ou seja, semelhança humana.

No entanto entre o boné de Anfitrião e o de Amphictyonis deve ter existido um elo de ligação que poderia de facto passar por Amphictryonis fazendo derivar desta o nome de Anfitrião, que assim este de o ser já o era porque relacionando ao mesmo tempo Amphictyonis com Anfitrite e os «tritões» enquanto deuses das águas e por isso mesmo da bebidas de libação de reuniões e actos sacrificiais, e das poções mágicas.

 

Ver: DEUSES DO MAR I (***)



[1] http://www.gatewaystobabylon.com/gods/ladies/ladytash.html

[2] Amphictyonis in Greek mythology is a goddess of wine and friendship between nations, a local form of Demeter. Demeter was worshiped under this name at Anthela, because it was a meeting place for the amphictyons of Thermopylae, who offered sacrifices to her at the start of every meeting.

sábado, 13 de abril de 2013

MANIAS; MENADES & BACANTES, por arturjotaef

clip_image002

Figura 1: Menade.[1]

En la mitología griega, las Ménades son seres femeninos divinos estrechamente relacionados con el dios Dioniso (Baco para los romanos), dios supuestamente originario de Tracia y Frigia. Las primeras ménades fueron las ninfas que se encargaron de su crianza, y que posteriormente fueron poseídas por él, quien les inspiró una locura mística. Esto las contrapone a las Bacantes o Basárides, mujeres mortales que emulan a las ménades, que se dedican al culto orgiástico de Dionisios. No hay unanimidad, sin embargo, en estas acepciones. En muchas fuentes Ménades y Bacantes son sinónimos, entendiéndose por Bacante la acepción latina de Ménade. 

Literalmente Ménades puede traducirse por "las que desvarían". Se las conocía como mujeres en estado salvaje y de vida insana con las que era imposible razonar. Se decía de ellas que vagaban en bandas rebeldes o Thiasoi por las laderas de las montañas. Los misterios de Dionisios, el dios del vino, el misterio y la intoxicación, les llevaban a un frenesí extásico. Se permitían dosis importantes de violencia, derramamiento de sangre, sexo y auto-intoxicación y mutilación. Se las representa pictóricamente a menudo ataviadas con coronas de hojas de vid, vestidas con pieles de cervatillo, llevando el Thirsus, (del griego Thyrsoi), una varita con una piña en la punta y adornada con hiedra u hojas de vid, y danzando con el abandono salvaje a la naturaleza primaria. Se supone también que llegaban a practicar en su éxtasis el sparagmos, o desgarro de sus víctimas en trozos tras lo que ingerían su carne cruda (homofagia).

En el relato mítico de la muerte Orfeo, las Ménades despedazan a Orfeo por rechazar éste el culto a Dionisios en favor del culto a Apolo, identificado con el sol. Según otras fuentes lo hacen afrentadas por su misoginia, sustituida por homosexualidad.

Correlacionado com fenómenos mais ou menos reais deste tipo terão estado as crises mensais da psicologia feminina comandadas pelo ciclo menstrual dos estrogénios, que por ter ritmo lunar e ser este astro ligado à licantropia e à “loucura divina” permitiu a confusão da histeria com a «mania» tendo feito resultar esta do contexto biológico da condição menstrual das mulheres!

clip_image004

Figura 2. Menade.

Ménades, palavra que significa supostamente, «as furiosas», designam as bacantes. De facto eram possuídas dum tipo de «loucura furiosa» quando celebravam os mistérios de Dionísio! Outros autores fazem derivar esta palavra de mania que seria o estado desta loucura divina! A verdade é que a relação entre a «mania» das Ménades e outras loucuras sagradas devem ter tido varias etiologias que não descartam a possibilidade de terem começado por intoxicações alimentares acidentais (como era o caso frequente do ergotismo) e terem acabado em usos rituais de drogas senão mesmo (e sobretudo) em grande bebedeiras colectivas, não fora Dionísio o deus da vinha e da embriagues! De igual modo se deve colocar a possibilidade de a revolução a agrícola do neolítico ter criado crises cíclica de penúria alimentar que se manifestaria em mulheres grávidas, por exacerbação de desejos alimentares, particularmente por carne, devido a carência de ferro.

Este fenómeno, ainda hoje conhecido por “desejos alimentares da gravidez” que tanto podem ser alimentares como desejos súbitos por elementos estranhos não alimentares, como gelo, barro, areia, giz, cinza ou tinta. Este distúrbio denomina-se picamalácia, ou simplesmente pica, e está associado a uma anemia por deficiência alimentar anterior em ferro que seria outrora frequente em épocas de canícula e ter degenerado em formas de canibalismo ritual que terão estado por detrás do nome das festas do Carnaval.

 

Ver: CARNAVAL (***)

 

Uma das partes mais divertidas da gravidez é sentir desejos e ver toda a gente preocupada em tentar satisfazê-los. No entanto não há qualquer estudo científico que comprove ou refute a veracidade das vontades e/ou aversões nutricionais descritas pelas gestantes. Toda esta questão pode até ser uma forma de a mulher conseguir atrair as atenções, afinal a tarefa de gerar um ser não é fácil e a mulher pode muito bem sentir-se no direito de ter mimos e de os ver atendidos…

clip_image006

clip_image008

clip_image010

clip_image012

Figura 3: Ménades bailando. Cópias romanas de um baixo-relevo grego atribuído a Calímaco. (dos finais do sec. V a. C. Museu do Prado, Madride).

Existe un grupo de seis modelos de Ménades en éxtasis báquico, en relieve que se le atribuyen, probablemente en bronce y pintadas, donde se destaca la vaporosidad de las vestimentas y la elegancia de su desarrollo, probablemente las más refinadas del llamado "estilo bello" y que serían realizadas aproximadamente entre 410 a. C. a 423 a. C.. Existen varias copias romanas, como las de Roma o las de Madrid. En el Museo del Prado se conservan cuatro, en mármol blanco de grano fino, de hacia 120 - 140.

Dito de outro modo, ainda hoje este fenómeno da “picamalácia” parece estar associado a uma mera mania ou capricho de mulher, ainda por cima grávida!

Mena era a deusa romana da menstruação seguramente correlacionada com a deusa Mania, que seria de estranhar se não tivesse tido mais responsabilidades no nome das “crises de mania” do que Mena, que no entanto até Aristóteles pensava estar responsável pela histeria, literalmente a doença do útero!

Dans la mythologie grecque, Mania ou Manea est une divinité personnifiant la Folie. Parfois considérée comme multiple, elle est souvent rapprochée des Érinyes, avec qui elle pourrait se confondre : comme elles, elle tourmente les coupables et les laisse sans répit. Pausanias rapporte qu'elle possédait un sanctuaire en Arcadie entre Mégalopolis et Messène.

Mean is an Etruscan Goddess of Fate and Fame. She is an associate of the Lasas, though not necessarily one of them, though like Them, She is depicted with wings.

In Roman and Etruscan mythology, Mania (or Manea) was the goddess of the dead. She, along with Mantus, ruled the underworld. She was said to be the mother of ghosts, the undead, and other spirits of the night, as well as the Lares and the Manes.

Mena (also spelled Menes, Meni, or Min) is referenced as "the goddess who supervises women's periods" by St. Augustine in his City of God (Book IV, Chapter 11, "dea Mena, quam praefecerunt menstruis feminarum").

Both the Greek and Latin Mania derive from PIE *men-, "to think". Cognates include Ancient Greek menos ("life, vigor") and Avestan mainyu, "spirit".

Como é habitual a etimologia dos nomes divinos têm uma relação às arrecuas com o indo-europeu.

 

Ver: MANES (***)

 

Assim, é bem possível que o nome das Ménades tenha derivado do culto destas divindades no contexto helénico sendo de concluir que foram estas que deram nome à mania e não o contrario! Na verdade, as Ména-des eram filhas ou sacerdotisas da Mania que por sua vez seria Mena ou filha desta e esposa ou irmã de Min. Porventura inicialmente as Ménades seriam mesmo apenas e somente Mena-Dis, Proserpina ou qualquer uma das muitas variantes do nome da deusa dos infernos e do mundo dos mortos ou seja a esposa de Dis-Pater, que obviamente até foi Minos, o juiz dos mortos, ou seja uma variante do nome de Osíris.

As variantes semânticas e funcionais deste mitema são, alias, fáceis de entender e explicar. De todos estes diversos nomes o que fica mais próximo da semântica primitiva seria Mean, que tanto pode significar mãe do céu como leis divinas. De qualquer modo a conotação de autoridade divina da Mãe das cobras cretenses parece explícita no nome da deusa hindu Manasa.

A forma Grega ficou relacionada com a loucura por ser um dos castigos que as Erínias infligiam aos que infringiam as leis lunares de Mean / Mena. Os cultos etruscos e romanos parecem conter as duas variantes ora na forma de deusas ctónicas dos mortos como Mania, esposa de Mantus que no Egipto foi Montu e que seria uma mera variante de Minos. E por outro lado, Mena de que pouco se sabe a não ser que seria deusa lunar que regulava o ciclo menstrual ou Mean que faria a ponte entre esta e o culto das Erínias por meio do culto dos deuses da fama e do destino.

Les Minyades sont les filles du roi d'Orchomène en Béotie, Minyas[e roi éponyme des Minyens, nom des habitants d'Orchomène à l'époque homérique].

Elles étaient au nombre de trois et se nommaient Leucippé, Arsinoé (ou Arsippé) et Alcathoé (ou Alcithoé). Selon la légende, elles refusèrent de se rendre à des bacchanales et de s’adonner au culte de Dionysos. Pour se venger le dieu les punit en les frappant de folie: elles démembrèrent Hippase, le jeune fils de Leucippé. Elles furent ensuite transformées en corbeau, chauve-souris et hibou. Ce crime sanglant et son expiation sont à la base de la fête béotienne des Agrionies.

As Ménades seriam afinal a sobrevivência dos cultos das deusas das cobras da época cretense de que pouco ou nada se sabe porque o pouco que ficou escrito desta civilização em linear a ainda é indecifrável. A deusa hindu Manasa era uma das sobreviventes desta arcaica mitologia cretense.

Ménades < maenads < Ancient Greek mainádes < Minyades

< Μινυάδες < Minu-Athes.

Ménades < Menathes < Menat-ish, lit. «filhas de Menat» < Mena-at

ó Menasha > Menaja > Manaia > Mania ó Mena, esposas de Minos.

                     > Hind. Manasa.

Assim sendo parece que a semântica de todos estes termos em torno das manias das mulheres e do nome das deusas dos Manes e das Ménades parece estar relacionada com o poder terrível da deusa mãe minóica das cobras cretenses que seria afinal a mãe do deus da virilidade fértil que era Mios.

Manasa é uma deusa das cobras de povo hindu, adorada principalmente em Bengala e outras partes de Índia do nordeste, principalmente para a prevenção e cura de mordedura de cobra e também em cultos de fertilidade e prosperidade.

clip_image014

Figura 4: Manasa é a irmã de Vasuki, rei das Nagás (cobras) e esposa do sábio Jagatka-ru (Jaratka-ru). Também é conhecida como Vishahara (destruidora de veneno), Jagadgauri, Nitya (eterno) e Padmavati. Os mitos dela a enfatizam o seu temperamento ruim e infeliz, devido à rejeição pelo seu pai Shiva e marido, e ao ódio da sua madrasta, Chandi (a esposa de Shiva). Em algumas escrituras, o sábio Kashyapa é considerado como sendo o pai dela, em lugar de Shiva. Manasa é descrita como bondosa para com os seus devotos, mas severa para com as pessoas que recusam adora-la. Tendo-lhe sido negada a divindade plena pelos seus diversos parentes, o único objectivo teológico de Manasa era estabelecer a sua plena autoridade como deusa adquirindo devotos fanáticos.

clip_image016

Figura 5: Dança das musas de Romano Giulio.

A tensão entre a inteligência emocional de Dionísio e a emoção controlada pela inteligência social de Apolo pode ter resultado em mitos alternativos corteses e bem-educados como terá sido o de Apolo e as musas.

Nas mitologias paternalistas orientais, as deusas da sexualidade reprodutora acabavam em demónios de sensualidade como foi o caso do deus persa Aka Manah Ou acabaram deuses lunares como o letão Meness, seguramente paredro de uma deusa que foi entre os hindus Manassa.

Aka Manah (Akaman) Aka Manah is one of the Daevas. He is the personification of sensual desire who was sent by Ahriman to seduce the prophet Zarathustra. His eternal opponent is Vohu Manah.

Mehen = An Egyptian serpent god. He defends the solar bargue of the sun-god during his nightly passage through the underworld.

Men-ess - Old Latvian moon-god, husband of the sun-goddess Saule and tutelary god of travellers. He was invoked before setting out on a military campaign and at the consecration of a standard. He also played a part in exorcism and incantation.

Men-ulis (another forms Men-uo) - The moon-god in the belief of the anciant Lithuanians. Mythologically the husband of the sun, but living apart from her, as he is in love with the morning star.

Mandulis es el nombre griego del dios Meruel, de origen nubio, que personifica la juventud solar en la mitología egipcia. Fue identificado con el Sol y la luna llena, como ojos que le daban agudeza visual. Nombre egipcio: Meruel (otras grafías: Merw, Merwl, Merwil, Merweter, Menrwil o Menlil).

Mihr (Mehr, Meher) - Armenian sun-god. He was taken to be the son of Aramazd. On earth, he manifested himself in the form of fire. He is accompanied by a black raven and he lives in a cave-symbols in sharp contradiction with his solar nature.

O facto de o letão Meness ser deus dos comerciantes e viajantes obriga a pensar em Hermes e assim a fazer a ponte do juiz dos mortos que foi Minos para o juiz dos mortos e dos vivos que foi Hermes pelo lituano Men-ulis (ou pelo egípcio Mandulis), pelo Arménio Meher, e por Baal Hermon (que pode ter sido Cadmo).

                                              > Men(a)-ish > Men-ess > Jud. Manasses.

Men-U(l)-o < Men-Ul-is(h) < *Men(a)-Kur > Meher => Meru-el

                           Minotauro < *Men(a)-Th(a)ur > Menthur > Mandulis.

                                                                               > Me(n)-Her = Her-men

 > (Baal) Her-Mon ≡ Hermes.

A relação do egípcio Mandulis com este mitema minóico de deuses taurinos e das cobras do sol e da lua encontramo-la na sua relação com o sol e com a lua cheia e pela sua relação fonética com o lituano Menulis com o qual inevitavelmente terá tido relações em épocas antigas indetermináveis.

Men-| uo < ulis < Sulis < *Kurish => Men-Kaur > Minotauro.

                        Mandulis < Menthur < Men-Kaur.

 

Ver: MINOTAURO (***) / MANDULIS



[1] Restauro a nível da cabeça da figura, do autor.