sexta-feira, 30 de agosto de 2013

AMAZONAS, SACERDOTISAS DA DEUSA MÃE, por Artur Felisberto.

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Figura 1: Pentasileia morre às mãos de Aquiles!

Then, as the story goes, Vesosis waged a war disastrous to himself against the Scythians, whom ancient tradition asserts to have been the husbands of the Amazons. (…)

VIII (56) Fearing their race would fail, they sought marriage with neighboring tribes. They appointed a day for meeting once in every year, so that when they should return to the same place on that day in the following year each mother might give over to the father whatever male child she had borne, but should herself keep and train for warfare whatever children of the female sex were born. Or else, as some maintain, they exposed the males, destroying the life of the ill-fated child with a hate like that of a stepmother. Among them childbearing was detested, though everywhere else it is desired. (57) The terror of their cruelty was increased by common rumor; for what hope, pray, would there be for a captive, when it was considered wrong to spare even a son? Hercules, they say, fought against them and overcame Menalippe, yet more by guile than by valor. Theseus moreover, took Hippolyte captive, and of her he begat Hippolytus. And in later times the Amazons had a queen named Penthesilea, famed in the tales of the Trojan War. These women are said to have kept their power even to the time of Alexander the Great. -- [1]

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Mesmo os autores clássicos divagavam e trocavam os nomes à salgalhada de episódios anedóticos em torno de ciclos épicos em que os heróis alternavam em antiguidade e bravura, só faltando Perseu neste conjunto!

“Une dernière étymologie, proposée par Hérodien, serait celle d'Amazo, fils d'Ephesos, fondateur d'Ephèse (autre lien avec Artémis), lui-même produit des amours d'Achille et de Penthésilée, dans une variante peu connue du mythe. Cette version s'appuie sur l'emploi attesté du mot amazovides.”

Se, como diz o mito, Pentasilea foi morta por Aquiles não se percebe como, em plena guerra de Troia, teve um filho desta. Também não se poderia entender que o poder desta rainha tivesse chegado à época de Alexandre, a amenos que se trate duma metáfora relativa ao poder dos Citas e Partos.

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Mas, como pôde passar despercebido aos autores modernos que um neto possa dar nome ao reino de sua avó se Pentasilea já era rainha das amazonas antes de ter nascido Amázio, a quem Éfeso teria, muito mais logicamente, dado o nome em honra do reino de sua mãe?

Porém, levar os mitos a sério leva a estas intrigas. Seria coisa estranha encontrar uma rainha cita no grupo dos aliados de Troia?

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Figura 2: Amazonomaquia.

Déjà, Hérodote avait abordé le problème de l'étymologie du nom des Amazones. Mais, hélas, il s'est contenté de donner l'étymologie du mot, qui est le vocable scythe traduisant le µ grec et rien ne dit que la construction étymologique soit la même.

Les scythes appellent les Amazones Oiorpata ; ce mot signifie en langue grecque "tueuses d'hommes"; car les scythes appellent l'homme oior, et pata veut dire "tuer".

Cette simple affirmation est par ailleurs contestée par Emile Benvéniste. Cette querelle est donc une bonne introduction à une étude étymologique du mot Amazones car lui aussi soulève plusieurs interprétations. Michel Tichit en relève plus d'une douzaine. En fait, il est à craindre que chaque scientifique ou littéraire qui s'est penché sur la question a trouvé l'étymologie qui correspondait le mieux à sa propre vision du mythe. C'est d'ailleurs pourquoi il faut traiter cette question avant toute catégorisation.

 

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Le seul initial autorise plusieurs lectures. S'agit-il d'un a privatif, comme le croit, entre autres, Hippocrate ou d'un a augmentatif, voire d'un a unitaire dissimilé plus tard.

Le reste du terme peut-être également interprété différemment. Provient-il de mazun, le sein ou de maza, le pain ? Enfin, le préfixe est-il le bon? Car on peut aussi diviser le mot en ama, avec, associé à zun, la ceinture ou à zos , vivant.

De plus, il faut ajouter les étymologies non grecques. Le mot Amazones pourrait venir du slave, où le mot omocena signifie femme forte, comme de l'arménien, où il se traduirait par "femmes de la lune", c'est à dire adoratrices ou prêtresses d'Artémis dont la lune est le premier symbole.

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Une dernière étymologie, proposée par Hérodien, serait celle d'Amazo, fils d'Ephesos, fondateur d'Ephèse (autre lien avec Artémis), lui-même produit des amours d'Achille et de Penthésilée, dans une variante peu connue du mythe. Cette version s'appuie sur l'emploi attesté du mot amazovides.

Ainsi, par le jeu des possibles étymologiques, se dessine une première typologie des Amazones :

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- Les femmes au sein coupé (pour mieux tirer à l'arc),

- Les femmes au sein voilé (un seul sein montré),

- Les femmes à la belle poitrine (parce que dénudée ou volumineuse),

- Les femmes sauvages (mangeuses de chair),

- Les guerrières (à la ceinture d'Arès),

- Les vierges (à la ceinture d'Artémis),

- Les tueuses (qui vivent sans hommes),

- les lesbiennes (qui s'aiment entre elles),

- les femmes fortes (du slave),

- les prêtresses d'Artémis (les femmes de la lune en arménien)

- les filles d'Ephèsos (fondateur d'Ephèse).

Mais tout ceci doit être nuancé par les récits dont elles sont les héroïnes et par les attributs qu'on leur prête.

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L'armement des Amazones est particulier. Leur arme la plus fréquente est la hache bipenne, la sagaris ou labrys, également symbole de la fécondité mais remontant sans doute beaucoup plus loin.

Enfin,

Robert Graves attribue aux Amazones l'usage d'un signe de la main d'origine phrygienne (trois doigts levés, le pouce, l'index et le médius, et deux repliés, l'annulaire et l'auriculaire) qui était celui de la bénédiction au nom de Myrina. Ce signe a été repris par la suite par l'église catholique pour symboliser la trinité.

Claro que se depreende que o mito das amazonas só por mera distracção diferiria dos restantes mitos antigos. Se algum fundo de veracidade chegou a ter com algum costume bárbaro antigo, quiçá relacionado com o culto da deusa do fogo Cita, o essencial do mito não pode senão corresponder a uma lenda baseada nas tradições matriarcais de antiquíssimos cultos do fogo. Por um lado porque a etimologia o sugere, por outro porque “leur arme la plus fréquente est la hache bipenne, la sagaris ou labrys” que em Creta correspondia ao culto da deusa mãe.

Amazona < Ama-Chu-ana < Ama-Kiki-ana = Kima-Kina >

Thimekina > Damkina.

 

SR.ª DO PARTO

Quanto ao “signe de la main d'origine phrygienne (trois doigts levés, le pouce, l'index et le médius, et deux repliés, l'annulaire et l'auriculaire)” não seria senão, [2], uma referência simbólica (e possível equivalente feminino duma simbologia fálica) ao toque vaginal utilizado pelas deusas parteiras para o diagnóstico precoce do sinal de parto que consensualmente se admite como possível a partir de 3 dedos de dilatação e abertura do canal cervical do colo do útero?

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Figura 3: «tridigito» encontrado num hipogeu de Malta.

A ideia de que os primitivos hipogeus malteses, e não só, eram simultaneamente templos e túmulos faz sentido enquanto metáforas uterinas da Deusa Mãe Terra, a quem eram dedicados os mais importantes cultos da chamada época matriarcal. Se alguma coisa de útil e pragmático, em termos de sobrevivência da espécie humana, teriam tido estes cultos essa teria estado relacionada com os primeiros esforços institucionais de “cuidados materno infantis” que são particularmente patentes nos restos arqueológicos dos templos de malta onde as deusas deitadas seriam mulheres em trabalho de parto e as estranhas “ex-votos” na forma de 3 dedos esculpidos, que se tornaram no símbolo das amazonas, seriam um representação mágica dos 3 dedos de dilatação necessária para um bom desencadeamento do parto!

Que a Igreja católica o tenha transformado em símbolo da trindade e da “chave para o reino dos céus” não é de admirar pois esta religião não teria sobrevivido no poder mais de dois mil anos se não tivesse uma forte inteligência adaptativa e uma grande sensibilidade para se aculturar ao que existe de fundamental na tradição. Ora esta foi, neste particular como em muitos outros, herdada do culto de Cibel cujo último templo se erguia onde hoje é o Vaticano.

Assim, a tragédia da perda do ser amado, subjacente a todos os mitos de morte e ressurreição, terá começado precisamente com as primeiras angústias de parto da fêmea humana. A espécie humana tornou-se no filho querido da Deusa Mãe Terra precisamente porque, quando andava à procura da imortalidade inacessível, comeu o fruto da envenenado da árvore da sabedoria e, por castigo mítico, a mulher ficou a sofrer dores de parto e o homem, senão perdeu o paraíso, pelo menos ficou com saudades dele. Como é realçado por todos os antropólogos modernos, as dores e risco do trabalho de parto do homo sapiens deve-se precisamente ao facto de a aquisição da sabedoria ter exigido o aumento da cabeça humana que começa logo no aumento do diâmetro cefálico do feto humano o que tornou a maternidade num mistério tão invejado quanto temível, tão maravilhoso e desejado quanto fonte de dores e angústias. Na verdade, o parto seria a maior causa de mortalidade familiar e de grande causa da descoberta da morte pela espécie humana a partir da qual se desenvolveu toda a cultura.

Ora, nem por acaso, um dos mais antigo testemunho de cultura humana, por ser o mais antigo indício de ritualidade é, precisamente, a sepultura em Portugal, no Vale do Lapedo, Leiria, em 1998, e que revolucionou as teorias da origem do Homem. “Os arqueólogos descobriram a sepultura de uma criança de quatro anos e meio e que viveu há 25 000 anos. Os ossos desta criança têm simultaneamente características do Homem de Neanderthal e do Homem Sapiens Sapiens.” A época dos homens do Neanderthal ou dos “homens das cavernas” aconteceu na Euro-Ásia ocidental desde há cerca de 120.000 anos até há cerca de 35.000 anos. Estes homens tinham um esqueleto robusto, a face muito desenvolvida, o nariz grande e largo, e grandes dentes mas o tamanho do crânio é semelhante ao do homem moderno. Parece que enterravam os mortos e, pela forma como o faziam, infere-se que já praticavam rituais. Por exemplo: “na sepultura de um velho, em Shanidar, no Iraque, foram descobertas, restos de flores. (...) Mais para Oriente, na sepultura de uma criança encontrou-se uma enorme quantidade de chifres de Íbex”. No geral, existem “algumas evidências de enterros propositados, talvez alguns bens de sepultura, mas isto é raro, bem como ainda, controverso. [3]

The discovery of an early Upper Paleolithic human burial at the Abrigo do Lagar Velho, Portugal, has provided evidence of early modern humans from southern Iberia. The remains, the largely complete skeleton of a clip_image0104-year-old child buried with pierced shell and red ochre, is dated to ca. 24,500 years B.P.

Other things associated with early modern humans include ritual burials, such as that at Abrigo do Lagar Velho (Lapedo, Leiria), Portugal, where a child's body was covered with red ochre before being interred 24,000 years ago. (…) Há algumas evidências de que bebés e crianças foram enterrados em covas rasas, e outras em fissuras naturais como também em campas rasas. Possíveis bens de sepultura sérios incluem fragmentos de osso e ferramentas de pedra, mas estes são novamente um pouco controversos. -- Alguns Fatos Importantes sobre Neanderthals”. [4]

 

CONCLUSÃO

De todas as etimologias propostas a que mais se relacionará com a etimologia mítica será a que refere que “le mot Amazones pourrait venir du slave, où le mot omocena signifie femme forte, comme de l'arménien, où il se traduirait par "femmes de la lune", c'est à dire adoratrices ou prêtresses d'Artémis dont la lune est le premier symbole.”

Ora, os eslavos podem ter adoptado o termo a partir da mesma origem que os gregos, ou seja da mesma fonte (dita indo-europeia) a que os Citas pertenciam. A própria deusa Artémis seria originária da Cítia onde seria parédro de Argimpasa or Artimpasa = Aphrodite Urania e também deus da lua.

A tradição do culto da deusa mãe do fogo Tabiti foi célebre na Cítia, a terra das amazonas pelo que, o mais provável serias então que as amazonas tivessem sido sacerdotisas de Artémis (deusa masculinizada das artes e da caça, como Diana), possível parédro feminino do referido deus cita da lua, Artimpasa que andou confundida com Afrodite e com Artemisia de Éfeso. Ora tal confusão deve ser muito antiga pois já os clássicos a faziam.

Porém, alguma coisa de positivo se retira destas divagações etimológicas à l´envers e à posteriore. O culto de Artemisia talvez tenha sido levado na forma de um meteorito para Éfeso pelos Citas como culto do fogo lunar.



[1] JORDANES. THE ORIGIN AND DEEDS OF THE GOTHS, translated by Charles C. Mierow.

[2] ...e afirmo-o enquanto médico de «planeamento familiar»!

[3] Some evidence of purposeful burial, perhaps some grave goods, but this is rare and controversial as yet. Some evidence that babies and infants were buried in shallow pits, and others in natural fissures as well as shallow excavated graves. Possible grave goods include bone fragments and stone tools, but these are again somewhat controversial. -- A Few Important Facts about Neanderthals. K. Kris Hirst.

[4] Some evidence of purposeful burial, perhaps some grave goods, but this is rare and controversial as yet. Some evidence that babies and infants were buried in shallow pits, and others in natural fissures as well as shallow excavated graves. Possible grave goods include bone fragments and stone tools, but these are again somewhat controversial. -- A Few Important Facts about Neanderthals. K. Kris Hirst.

PERSEFONA OU A DESCIDA DE AFRODITE AOS INFERNOS, por arturjotaef.

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Figura 1: Perséfona & Hades.

Figura 2: Perséfona & Deméter.

Quando os sinais da grande beleza e feminilidade de Perséfone começaram a brilhar, em sua adolescência, Todos os deuses masculinos, Hermes, Ares, Apolo e Hefestos todos a cortejaram mas apenas o deus Hades a foi pedir a Zeus em casamento.

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Figura 6: Rapto de Proserpina.

Este, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Ciana, ou segundo os hinos Homéricos, a deusa estava também junto de suas irmãs Atena e Artemis. Hades levou-a para seus domínios, desposando-a e fazendo dela a rainha dos infernos.

Leucipe e Ciana são quase que seguramente componentes arcaicas do nome de Perséfone. Eram epítetos de Perséfone Ctonica, significa do submundo e Leptynis, significa destruidora.

Ciana < Quitana < Kitónica ó Ti-Anica > Tanit.

Leucipe < Lep-| Ki > Ti | + Anu > Lephi-Tunis > Leptunis.

Leucipe < Reuciphe > Reshef + Kiana => Reshefina / Proserpina.

Existem variantes do nome de Per-séfone em vários dialectos: Persefassa (Περσεφάσσα), Persefatta (Περσεφάττα), Persefoneia (Περσεφονεία), Pherefafa (Φερέπαφα).

«Marafona» < Ár. mara haina, (> «taina») ??? = mulher enganadora; • (prov.) mulher desleixada; • prostituta. «Matrafona» < Alent.) mulher desleixada no vestir; • marafona; • boneca de trapos. < Grec. Mêtrophonos < mêtrophthoros  = mãe. «Fona» < • (< Gót. fon, fogo), s. f. centelha que se apaga no ar; => «Fona viva»• azáfama, lufa-lufa. s. m. indivíduo fraco, efeminado, mulherengo.

Se «marafona» deriva do árabe porque não haveria «matrafona» ter também derivado por esta via por andou Perséfona. Mesmo «fona» poderia ter tido a mesma origem, pelo menos na semântica relacionada com o conceito de «indivíduo fraco, efeminado, mulherengo», seguramente relacionado com o deus Fauno/Pan, o deus das «tainas» e da sexualidade sem freios como viria a ser a «matrafona» dos prostíbulos onde se encontrariam tanto os homens mulherengos de visita, quanto os efeminados de serventia!

«Matrafona» = Mater- | Fauna < F(i)ona < Ki-Ana.

As marafonas fazem parte da tradição de Monsanto na Festa das Cruzes, celebrada no dia 3 de Maio se for Domingo, caso contrário, no Domingo seguinte. Durante a festa, as raparigas casadoiras bailam com as marafonas. Depois da festa as bonecas são deixadas em cima da cama onde têm o poder de livrar a casa das tempestades de trovoada, e de maus olhados. No dia do casamento guardam-se debaixo da cama (como não têm olhos nem orelhas nem boca, nada vêem, nada ouvem nem nada podem contar) para trazer fertilidade e felicidade ao casal. As marafonas estão associadas ao culto da fertilidade. A marafona faz parte da tradição na localidade de Podence, no concelho de Macedo de Cavaleiros, mais propriamente na festa dos Caretos de Podence, onde a marafona é, também, uma rapariga mascarada que anda com a cara escondida por baixo de uma renda e leva um lenço à cabeça. Estas marafonas são os únicos seres que os caretos respeitam nas suas brincadeiras.

Claro que a variante alentejana «matrafona» seria um dos arcaicos epítetos no sul da Lusitânia para Proserpina a deusa da venalidade na sua qualidade de «Vaca Mãe» da terra e do céu (= Ki-Ana).

Que as deusas da venalidade foram deusas do fogo explica que “fona viva” acabasse por significar o ardor da centelha do fogo da paixão que “arde sem se ver” e se apaga no ar dos amores de ocasião!

 

Leu

ci

 

pe

 

Per

se

< ish

Fassa < Passa < Phasha <

Ki-asha

Per

se

< ish

Fatta < Pha-ta < Phi-ata

Ki-asha

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(s)e

< ish

Pafa < Phapha => Pafos

Ka-ka

Per

se

< ish

Fone < Fiona < Ki-Ana

Ki-Ana < CIANA

Per

se

< ish

Fone-ia < Phion- | ija < Isha |

Ki-Ana > Ciana

 

Parece assim que os nomes nucleares desta deusa seriam *Pher-ish-kina ou seja *Kuriskona, a Senhora esposa de Ishkur e rainha dos infernos do Kur. Enquanto *Pheriskaka seria a que traz o fogo dos infernos!

O deusa elamita Napirisca, parédro dum deus do fogo Inshushinak, seguramente um dos Elohim, filhos do deus do fogo do Kur que foi Enki, é ele próprio também um obvio deus do fogo derivado de *Amphurisca e por isso um possível esposo de Anfitrite / Athirat e, logo, epíteto do deus supremo.

Inshushinak < En Xu-Shi an aki < Enki an Kaka.

Napirisca < Amphyrish < Ankurkika => Anfitrite.

Per-pereion < *Kurkurion = Korê.

Per-sephonê, Pher-sephonê, Pher-sephoneiê,

Per-sephonê < Pher-Xu-phon < Ker-ish-kaun < Iscur-Kian.

                                                    > Baal Saphon.

Per-sephassa, Pher-sephassa, Pher-sephatta, Pher-rephatta,

<= *Pher-ish-Kiash-An = An-Kur-Ish Kiat = Afrodite + Hesta.

=> «Princesa» < Lat. principissa | < Prein < Grec. Pereion | -sephassa.

                                                       ó Lat. princips (< primus-capio???)

| < Prein < Kurian | + Sheph = An-| *Kur-shef

=> Reshef, literalmente o chefe do Kur.

=> Ker-Shef ó Sher-hif > \Sher"eef\, Sherif \Sher"if\, n. [< Ar. sher[=i]f > Engl. Sheriff!          ó gerclip_image006fa ó Arb. Sher-hif.

                                         = Engl. shire | clerk < Greek klclip_image006[1]rikos

< klclip_image006[2]ros < Ker-(lu)-shus ó Kur-ikus > Kur-Kikus > Kur-Ki-Xu > *Kur-shef

Sher[=i]f = noble, holy, n., a prince.] A member of an Arab princely family descended from Mohammed through his son-in-law Ali and daughter Fatima. The Grand Shereef is the governor of Mecca.

Perséfone, lit. *Kur-Shephone, “a princesa” do Inferno, que é o mesmo que dizer a chefona do Kur.

Ali, seria esposa de Rechefe, ou seja o chefão, rei e chefe, o deus solar Rê, na sua passagem nocturna pelos infernos. Por outro lado, a etimologia do Lat. princips não passará de uma mera conotação por analogia com primus-capio, algo que nunca teria existido no plano linguístico, mesmo que virtualmente pudesse conter a semântica do que apanha e primeiro lugar”. A probabilidade de tal etimologia não é sequer maior do que a proposta pela etimologia oficial para o inglês Sheriff. A verdade é que o Old English scclip_image007rgerclip_image006[3]fa seria uma frase, e não um termo, ou seja, um *gerefa de um shire.

Sheriff < Middle English, the representative of royal authority in a shire, from Old English scclip_image007[1]rgerclip_image006[4]fa: scclip_image007[2]r, shire + gerclip_image006[5]fa (reeve = king's agent). = shire | clerk < Middle English, clergyman, secretary, from Old English clerc, and Old French clerc, clergyman both from Late Latin clclip_image006[6]ricus, from Greek klclip_image006[7]rikos, belonging to the clergy, from klclip_image006[8]ros, inheritance, lot.]

Ser·geant < Middle English sergeaunte, a common soldier, from Old French sergent, from Medieval Latin serviclip_image006[9]ns, servient-, servant, soldier, from Late Latin, public official, from Latin, present participle of servclip_image007[3]re, to serve, from servus, slave.]

Do mesmo modo se pode suspeitar que «sargento» (< Fr. Sergent) não derivará de servo porque a semântica de um “militar de classe superior à de cabo e inferior à de alferes” o não permite, mas de um termo cretense *Kurkiantu que terá sobrevivido entre os gauleses ou da mesma raiz de Reshef, de que deriva a semântica de chefia relacionada com o poder do Senhor dos infernos do Kur!

A verdade é que o próprio termo latino “primus” derivaria da sua relação semântica com Korê, a primeira filha da “Deusa Mãe Terra” *Kima! Será sempre bom lembrar que o mito de Korê era também um mito da primavera pelo que *Primavera terá sido um dos nomes virtuais de Perséfone.

Kur-*Kima > Phor-Hima > «Forma» ó (Afrodite) Morfo.

                     > Phur-hima > Fauhima > Lat. Prima +Wer > «Primavera»!

Per-sephonê / Proserpina < Perse phone = a que fala persa ou a que tem a prosa duma Hárpia?

Proserpina < Phro-Sher-| < Kaur-Ker | Phina < Kur-Kur-Kina.

Obviamente que o nome de Perséfona foi vítima de alteração linguística por uso e abuso duma intensa actividade cultural mítica pois existem todas as razões para suspeitar que o nome latino seria mais fiel ao original e constitui uma corruptela a partir do hitita com remanejamento posterior por ressonância fonético com o mundo oriental representado pelos persas.

De facto, a variante Perpereion seria um verdadeiro elo fóssil desta evolução, por sinal conservado em muito más condições de integridade linguística.

Proserpina < Phro-Sher-| < Kaur-Ker | Phina < Kur-Kur-Kina.

                                             > Phor-jer-phaun > *Phor-phere-jaun >

Perpereion.

Um dos nomes latinos desta deusa teria sido Averna, literalmente a deusa das cavernas infernais?

Averna < Há-Wer-na < Taver | => Taveret | -Ana < Ka-Kur-Ana

=> Sacurana, Lit. a esposa de Sacar / Saturno!

 

Ver: CAVERNAS (***)

 

Deméter era mãe de Korê ou Perséfone, um avatar de Afrodite.

Esta tradição de entregar as filhas à sedução do pai seria uma forma de manter o matriarcado pela manutenção do “macho dominante” na mesma linha de relações matrilineares. Já então se intuiria o quanto os machos eram volúveis e a juventude feminina fugaz, sobretudo quando sobrecarregada por gravidezes precoces e numerosas!

Sendo assim, Dionísio acabaria por vir a ser o “deus menino” e benjamim na mão de três bruxas, a avó, a mãe e a esposa (J!)!

Persephone is also called Eubouleia, especially in the Orphic lamellae: Powell, Classical Myth, pp. 314-317.

Eubouleia = Eu-bol-eia < Kau-phol-eja < Sakar-isha.

                                                            > Apolo (Scotaios?).

Eleusinian Mysteries, sacred rituals that were the most important of the religious festivals in ancient Greece. Like the Eleusinia, a biennial festival in honour of the Greek divinities Demeter and Persephone, the Eleusinian mysteries derived their name from the town of Eleusis, in Attica, near Athens. Long before the rise of Athens, the people of Eleusis observed the mysteries, which were subsequently adopted by Athens as an official festival. The Eleusinian priesthood was retained in charge. The most important part of the festival, the initiation of the candidates, took place every year for centuries in the Telesterion at Eleusis. This initiation was the climax of a series of rituals that began early in the spring with the celebration of the Lesser Mysteries at Agrae, near Athens. At that time the mystoe, the candidates for the first of four stages in the revelation of the mysteries were told the legend of Demeter and Persephone, the latter of whom was referred to as Kore (Grk., “the maiden” = donzela). Purification rites were also part of the ceremony of the Lesser Mysteries. The autumn ceremonies, called the Greater Mysteries, began with the fetching of sacred objects from Eleusis to Athens by youths known as ephebi. The ceremonies included an address by a priest to the candidates, a cleansing in the sea, a sacrificial rite, and a great procession from Athens to Eleusis, where the initiation occurred in secret ceremonies.[1]

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Figura 3: Idem, Triptolemos

Figura 4: Hefesto num caro alado.

A verdade é que a tradição antiga tem indícios de assim poderia ter sido pois, pelo menos Hefesto, uma presença constante no cortejo de Dionísio, quiçá por ter sido pai deste, foi representado no carro alado de Deméter, do mesmo modo que Triptolemos.

Personne ne sait exactement quand fut introduit le culte de la Grande déesse Mère dans l'Histoire humaine, souvent associé avec une maternité virginale. Ce culte matriarcal archaïque est lié à un type de société et de vie en communauté à la période où le mariage n'existait pas.

Coïncidence frappante, certaines tribus indiennes du Mexique célébraient dès l'époque pré-colombienne le jour de fête de leur reine céleste au... 8 septembre !

Malgré que nos deux mondes ne communiquaient pas entre eux, l'Eglise de Rome a choisi la même date pour célébrer la naissance de la Vierge Marie. Il y a donc un rapport avec la fête du 8 septembre du calendrier Julien -2000 ans avant notre ère où l'étoile la plus brillante de la Vierge nommée SPICA pénétrait dans les rayons du soleil (naissance héliaque) et en ressortait le 15 Août !... (au coucher héliaque)

Est-ce un hasard si le signe du lion précède celui de la Vierge et si les habitants d'Asie Mineure représentèrent leur Grande Reine divine Cybèle avec un lion à ses pieds? Ou si le signe des Gémeaux vient neuf mois après celui de la Vierge devenue mère?

Les sumériens honoraient depuis l'antiquité LA MERE des dieux, des hommes, des animaux et des plantes! A l'époque babylonienne, la sumérienne Inanna devint Ishtar: la mère suprême et la reine des moissons.

L'étoile la plus brillante de la constellation de la Vierge dans le Zodiaque s'appelait "Spica, l'épi de blé" or on représentait généralement la déesse Ishtar en jeune femme portant dans sa main : un épi de blé!

"Spica, l'épi de blé" => «Espiga»

En ce qui concerne l'image de la reine du ciel enfantant un dieu, elle remonte aux origines de la civilisation humaine et il n'est pas rare de trouver dans beaucoup de religions une vierge qui met au monde un enfant divin et le porte ou l'allaite sur ses genoux.

Sous l'époque d'Alexandre les grecs célébraient également la naissance d'un petit "éon" né d'une vierge le jour du solstice d'hiver (21 décembre). Tandis que la déesse Eos qui personnifiait l'aurore ouvrait toutes grandes les portes du ciel pour laisser passer chaque matin le char de son frère Hélios : le soleil...

Chez les arabes ce signe de la Vierge représentait la mère nourricière de tous les humains, Etrange également cette inscription datant de l'époque romaine près El Margeb où on a retrouvé gravé sur une pierre en caractères punique cette inscription :

" Sainte Reine du ciel, sois-nous favorable ! "

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Figura 5: Hera na função de Deméter preside aos cultos dionisíacos, onde costuma aparecer Triptolemos o primeiro homem a semear trigo. Seria este, uma mera variante de Dionísio como o vinho é da cerveja?

Les cultes de Marie, d'Isis en Egypte, d'Ashtarté de Phénicie, de Lakshmi en Inde, de Cybèle en Anatolie, de Tanit à Carthage, ou de la déesse atzèque Tetlo-Inau... ont des points communs parce qu'ils nous rappellent que nous étions et restons des enfants fragiles qui avons besoin de l'élément féminin pour être aimé, protégé et consolé.

La conviction d'avoir au ciel une mère secourable qui veille sur nous et en particulier sur les plus démunis et les situations sans espoirs est un formidable cadeau d'espérance du ciel qui bouleverse toutes les valeurs humaines et fait renaître une étincelle d'espoir à ceux qui sont perdus dans une nuit noire...

Secret rites were a part of the worship of several Greek deities, such as Hera, queen of the gods, Aphrodite, goddess of love, and Hecate, goddess of the underworld. Many foreign religions adopted by the Greeks and Romans had mysteries connected with the worship of the divinity; these religions included the worship of the Phrygian goddess Cybele, the “great mother” of the gods; the Egyptian Isis, goddess of the moon, nature, and fertility; and the Persian Mithras, god of the sun. The worship of these deities spread throughout the Graeco-Roman world and was extremely popular in the early centuries of the Roman Empire. Isis, who at an early date had been identified with Demeter, was worshipped in Italy as late as the 5th century AD.[2]

 

Ver: HEROGAMOS (***)

 

AS VIRGENS NEGRAS

Como Astoret e Isis, Persefone era uma virgem negra como o carvão que tisnava as deusas do fogo.

Sendo assim é suspeito de que o nome de Anfitrite derive de uma anterior denominação da Deusa Mãe das cobras infernais dos cretenses que seria An-kur-kiki, nome que afinal parece mais próximo do nome sumério da Senhora da Montanha, Ninkursag, do que do nome da deusa suméria do fogo dos infernos, Ereshkingal, a esposa de Nergal.

A análise exaustiva da mitologia comparada acaba por confirmar inferências feitas noutras circunstâncias. Já se suspeitava no estudo da mitologia de Hades que este seria a evolução do caldeu Adade. A prontidão com que Zeus concedeu a mão de Proserpina a Hades vem confirmar esta suspeita pois Adade / Iskur eram também os reis dos infernos e senhores das tempestades.

A história de Ereshkigal é um pouco a de Perséfona mas em posições contrárias. No mito grego o deus dos infernos raptou a filha da Deusa Mãe enquanto no mito caldeu foi Nergal que desceu aos infernos onde foi seduzido por esta. A proximidade temporal duma mentalidade matriarcal era ainda aqui manifesta.

 

Ver: PIETA (***) & ERESHKIGAL (***)

 

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Figura 7: Seal with Ereshkigal "the Great to give birth" and her lover Erra making love in Underworld and under the bed is Scorpio around 3000 BC.

These three "persons" are from the Animal Round and Ereshkigal is Water-snake and womb of earth.

Erra is Bearwatcher and both are the growing season and Scorpio the harvester. In other connections they tell that Erra is the gods' warrior and in the seal of Sargon he is the Archer. Some star in Scorpio could be used as fixstar from around 4000 BC.

… the two embraced each other

and went passionately to bed

they lay there, queen Ereshkigal and Erra

for a first day and a second day …

… and the passion lasted for seven days: But there are several versions and in another the lover is Nergal, the moon. In one Inanna myth she makes love to the herd Dumuzi and give her seed to sister Ereshkigal. In the article Inanna myth I use also another myth about Enlil, the stormgod and Ninlil as "the first lovers" to get rational metaphors about the agriculture myths. Inanna with spread legs leaving her seed to Ereshkigal we have on many rock carvings in Scandinavia. -- Idols and Myths[3]

Porém, a possibilidade de terem existido diversas variações destes mitos de morte e ressurreição solar é grande na medida em que o mito do “decesso de Inana” tem algo a ver com esta mística de morte divina bem como a versão em que Enlilis also banished to the nether world (Kur) for his rape of Ninlil”.

Nesta versão encontramos a figura legal do rapto, castigado com a condenação aos infernos do Kur, em tudo idêntico ao do rapto de Proserpina. Na verdade, Enlil sendo deus dos ventos sê-lo-ia também das tempestades e, portanto, variante de Ishkur e Nergal.

Eresh-Ki-kar < Er(ra)-ash-Ki-kur ou seja, a *kiphura, esposa do deus da guerra, Erra???

Claro que já é foneticamente muito estranho nos falares lusos que o deus da guerra do sumérios tenha sido Erra > Gerra, mas mais estranho é e, neste caso necessariamente muito mais significativo, que a deusa do inferno sumério tivesse sido uma deusa do fogo e da guerra, casada com um deus «Belo» e «Giro».

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Figura 8: Afrodite, com a pomba da Paz, disposta a dar o descanso do guerreiro a Ares.

Ora bem, deve ter sido por causa da reminiscência desta traição que Afrodite, que sendo deusa dos amores incontroláveis teria por destino atraiçoar vezes sem conta o seu legítimo marido (não estranha coincidência mítica também ele um deus do fogo infernal, ou seja um heterónimo de Enki/Kur), logo havia de cair nas malhas dos ciúmes vulcânicos por andar de amores com Ares, o deus da guerra. O facto de a representante caldeia de Perséfona ter sido esposa de Nergal, equivalente de Ares, explica o facto de as deusas do amor clássicas serem amantes preferenciais dos deuses da guerra e levanta a dúvida de saber se Istar e Ereshkigal não seriam irmãs gémeas porque teriam sido em épocas arcaicas a mesma entidade divina filhas da Deusa Mãe e de Enki, também pai amantíssimo e esposo.

Afinal, Eresh seria apenas Ares em fonética suméria a meio caminho da etimologia de Eros! Eros, o deus protágono, Fanes da luz da aurora primordial, seria tanto deus do Amor quanto deus da guerra!

O mito de Perséfona seria afinal a ritualização da tragédia ancestral da violação das filhas pelos pais, muitas vezes com a cumplicidade das mães!

 

SARPANITO

A meu ver esta versão mítica, mais do que espelhar a incoerência do princípio nascente de fidelidade sexual paternalista mascarava uma antiga relação incestuosa entre estes dois irmãos belicosos que teriam sido outrora Ishtar & Iscur!

Desta antiga tradição já só restavam reminiscências no nome dos planetas da astrologia babilónica:

 

N. Babilónico

etimologia provável

N. Sumério

Planeta

Delebat

< Thele Wat < *Pher--Wat < *Kur Kiat

Lahamu

Venus

Salbatanu

< *Kar-Wat-Anu < *Kur-Phiat-Anu

Mu-Ud-Na

Mars

 

De facto, entre Delebat e Salbatanu existe exactamente a mesma semântica etimológica pois Delebat seria uma deusa astral cujo nome completo ficaria bem sendo An Delebat ou Delbatana que com Salbatanu permitiria um étimo virtual comum de divina e incestuosa irmandade na forma *Kur-Phiat-| (An) |-kur-kitu => Anfitrite / Afrodite. Aliás, as voltas mais prováveis destes nome devem ter passado pelo nome da esposa de Marduque que sendo Sarpanito pode ter tido nome derivado de *Kar-Wanito, do qual teria derivado também o de Vénus.

Ou seja, a que veio a ser a Hera e deusa suprema dos gregos por ter sido antes esposa do deus supremo dos babilónios, demonstra, sem disso se ter apercebido na mítica clássica, que o seu epíteto de Zarpanitum seria correlativo da «zarabatana», pelo que Marduk, o guerreiro que derrotou a sua avó Tiamat, foi deus da guerra e do planeta Marte também.

«Zarabatana» • (Ár. zarbatana), s. f. tubo comprido, pelo qual se impelem com o sopro setas ou bolinhas. Zarpanitum (Sarpanitum): (< Kar-Phian-itum) Goddess of pregnancy, spouse of Marduk in Babylon. Also called Erua (> Hera).

Do mesmo modo

                      > Zarbanitu > *Zarbatina > Ár. Zarbatana > «Zarabatana».

Zarpanitum = Sar-Wanito > An-kur-kitu => Anfitrite.

                                              => Sarasvati.

                     > Kur-| Wanitu > Venish| = > Car(a) Vénus, Deusa Mãe dos infernos.                      Sarpanito => Anfitrite = Kur-Vénus = An Delebat.

                                                                  > Kurbana, a missa dos babilónicos.

 

Ver: VENUS-I (***)

 

A mitologia romana revela indícios deste crime ou do equívoco resultante do facto de Vulcano e Marte terem sido o mesmo deus (ou Ares e Hefest) no nome duma estranha deusa Nério que virtualmente nunca ninguém chegou a conhecer bem! No entanto a origem semântica deste nome deve ter andar relacionada com Nergal, um dos nomes do deus da guerra sumério, ou pelo menos com An-Ur/Uran/Enki, de que Nergal seria um dos nomes enquanto deus do Kur. De resto, os deuses da guerra raramente encontravam quem honestamente se quisesse meter com eles, a não ser por amor, como no caso das deusas deste nome!...

Na caldeia, o deus dos infernos era Nergal[4] < An Ur Kar <= Kur (> Taur), que era também, por coincidência funcional, o deus que mais gente para lá mandava, o qual tinha na Grécia o nome de Hades.

 

Ver HADES (***)

 

Nerio = A minor Roman goddess, and the consort of Mars.

ð    Nergal = Gal Nerio

ð    = «Rei Nerio».

Neuri -- Slavic. A race of sorcerers who change into wolves for several days once each year.

Evidentemente que chamar «feiticeiros» a este Neuri eslavos não é mais do que uma forma de nos referirmos numa linguagem preconceituosa de influência cristã a antigos sacerdotes dos deuses lunares que «vestiam a pele de lobo» em festividades idênticas às Lupercais, que, como sabemos, eram também festividades relacionadas com Vénus.

Relativo a Venus, «venério» < Wen ur (> «Ben-hur» < Uenurio < Eunurio

< Neurio < An-Ur-yo >) Urano = o macho guerreiro de Venus.

Ou seja, tudo se ajusta na mitologia para que as deusas do amor tenham sido em tempos deusas infernais e assim se explicam os mitos da passagem pelos infernos de Innana e de Coré.

Minta (Menta), dizem os homens, era uma donzela do mundo subterrâneo, a Ninfa do Cocito, e ela deitava-se no leito de Aidoneus (Hades); mas quando ele raptou a jovem Perséfone no monte Aitnaian [na Sicília], então ela protestou em voz alta com palavras arrogantes e enlouquecida pelo ciúme estúpido, e Deméter espezinhou-a com os pés, destruindo-a. Pois ela havia dito que era mais nobre de forma e mais excelente em beleza do que a Perséfone de olhos negros, e gabou-se que Aidoneus voltaria para ela e baniria os demais de seus salões: tal paixão caiu sobre sua própria língua. E da terra ramificou-se na frágil erva que leva seu nome.

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Figura 9: Perséfone nos infernos do Kur de seu esposo Hades, afinal, um deus subterrâneo da agricultura.

Embora Adônis fosse seu amante, o amor que Perséfone sentia por Hades era bem maior. Os dois tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos.

Perséfone, com Hades, é mãe de Macária, deusa de boa morte.

Nos cultos órficos, Dionisio era também amante de Persefone, o deus passava intervalos de tempo na casa da rainha dos mortos, e junto com ela era cultuado nos mistérios órficos como símbolo do renascimento. Conta-se, ainda, que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente. Preciosas informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma filha com Zeus: Sabázio e Melinoe era de uma habilidade notável, e foi quem coseu Baco na coxa de seu pai. Com Heracles, (Algumas versões citam Zeus ou até mesmo Hades) teve Zagreus, que seria a primeira reencarnação de Dionisio.

Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Tinha também como irmã, filha de sua mãe, uma deusa chamada Despina (ou Despoina), que foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer.

Perséfone tem muitos Epitetos, entre eles estão:

Despoina, significa senhora;

Karpophoros, significa frutífera;

Ctonica, significa do submundo;

Leptynis, significa destruidora;

Megala Thea, significa grande deusa;

Prôtogonê, significa primogénita;

Sôteira, significa salvadora;

Hagne, significa sagrada;

Daeira, significa sábia;

Praxidikê, executora da justiça;

Epaine, significa temível.

Se a deusa do amor era Turan então, pela regra do paralelismo dos géneros, era esposa dum deus taurino, e por isso uma deusa infernal também. Na Grécia, por força das vicissitudes da mitologia política, limitou-se a ser apenas a amante de Ares. Tal não significa que tenha sido sempre assim e, neste caso, a deusa do amor foi em tempos a que depois foi casta, Atenas. Por alguma razão esta deusa taurina foi a micénica Areja, esposa de Ares, que tinha por apelidos, entre outros, Pallas e Potinija. Mas, as deusas do amor não seriam taurinas apenas por serem deusas das prostitutas que acompanhavam todos os exércitos. Elas foram taurinas por serem deusas mães e depois deusas dos cultos agrícolas da fertilidade que passaram a ter no touro tanto o símbolo da potência viril como do amor fecundo. Idêntica origem terão tido as Harpias e as «carpideiras» e as Walkirias. Ora, próximo destes estava Kaphura, a deusa das cobras.

Walkirias < Warkerhia(n) < Karkarkian.

Aphrodite married Hephaestos (Vulcan) who, after being told by Helios of his wife's amorous liaisons with Ares, caught both of the perpetrators in a cunning net of his own design, and brought them before Zeus, demanding punishment.

Hefaesto, enquanto marido de Afrodite, ainda conserva, de facto, o radical *esto de Ishtar deixando a ligeira suspeita de que teve por nome, ou pelo menos poderia ter tido sem grande escândalo etimológico, a variante virtual *Aphôresto ou *Afrodesto, tal como Afrodite, a variante Afrodesta! Claro que a má fama desta deusa só pode resultar de equívocos étmicos relacionados com os nomes deste deus.

Afrodite resulta da evolução de Ishtar de tal modo que:

Ishtar = Afrodite + Artemísia = *Afrodísia, uma variante virtual muito plausível do nome desta deusa. Neste caso, Afrodite seria, como todas as deusas do amor doutros povos, uma deusa guerreira e taurina logo esposa do deus da guerra que, no caso grego, era Ares. De facto, demonstra-se noutras mitologias que os deuses do fogo eram também deuses da guerra, aspecto bem evidente em Melkart.

Então: Melkart º Hercules + Hermes = Hephaestos + Ares.

O deus que melhor atesta esta relação é o deus celta Argetlam. De facto, entre o deus etrusco do fogo Sethlans e um dos nomes do deus supremo dos celtas Argetlam existe apenas a diferença menor dum nome a mais que é o de Ares, o deus da guerra.

Argetlam, meaning: He ofthe Silver Hand, in Celtic mythology, was Nuada a war god of the Gaels equivalent roughly to the Greek Zeus in that he was the supreme god.

 

Sethlans

<             Ki + T(au)ran

 

Se

Thlans

 

 

Kaur

Ki

T(au)ran

Argetlam

< Haur + Ki + T(au)ran

Ar

Ge

Tlam

 

Ora, se Argetlam era comumente chamado por Nuada < Nuatha <= At + Anu, pelo que se suspeita que este deus foi o consorte de Atena (At-Ana), a mesma que a grande mãe celta Ana.

 

Ver: APOLO ARGUROTOXO (***)

 

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Figura 10: Korê.

"In the southwest corner of Annex A was found the headless body of the beautifully decorated female figure known as "The Lady of Phylakopi" (0.45 m. high), probably a Mainland product of the LH IIIA2 period. Next to her was a crudely modelled female figure and nearby the "Lady's head". In the niche referred to above were four wheel made bovine figures and a grotesque female human head with a protruding tongue or chin. Just north of the door opening to the west out of the main room was found a splendid seal of rock crystal decorated with a couchant goat."

Claro que nestas circunstâncias seria difícil a Afrodite, que ora era a deusa mãe Taurina, ora a lunar e fértil Artemísia ora a casta Atena, ser esposa fiel de esposos que ora eram deuses supremos, ora senhores da guerra ora meros deuses ferreiros aleijadinhos!

É ainda esta função de arcaica deusa “da água e fogo”, que coloca Afrodite no Inferno como virgem negra e bruxa dos deuses, que nos permite compreender a sobrevivência medieval do nome diabólico de Nosferatu < Neferat, de muito provável proveniência egípcia (< Neferhet?), seguramente uma variante de Lúcifer na forma esférica de deus que transporta o fogo do céu” (< An Pher ash).

Da Creta minóica pouco ou nada sabemos a não ser que ela seria ai a reconhecida figura da “deusa das cobras”. Um importante local arqueológico de creta relacionado com deuses femininos tem o sugestivo nome de Phyla-kopi. Estranho seria se este nome não fora tão arcaico quanto o local do templo ali descoberto.

Phylacory é literalmente sinónimo de “amiga dos rapazes”, os celebérrimos Kauroi que povoaram de jovens heróis nus a estatuária da Grécia arcaica, o que seria um sugestivo eufemismo de «prostituta».

Ora, um das definições funcionais de Afrodite poderia ter sido «prostituta sagrada». De facto:

(3) Phyla cory < Phila-Kaur > Aphri-thy(ri)a The(ia) => Afrodite. Evidentemente que não se poderia aceitar que Phylacory tivessse a mesma origem étmica de Afrodite mas, têm sufucientes similitudes e pontos de tangência para que não seja de todo em todo diaparatado establecer uma correlação semântica entre estes dois nomes por intermédio de uma muito verosímil correlação histórica e cultural.

 



[1]"Eleusinian Mysteries," Microsoft® Encarta® 97 Encyclopedia. © 1993-1996 Microsoft Corporation. All rights reserved.

[2]"Mysteries," Microsoft® Encarta® 97 Encyclopedia. © 1993-1996 Microsoft Corporation. All rights reserved.

[3] http://freepages.history.rootsweb.com/~catshaman/13Sumerian/0myths.htm

[4] In the mythology of Sulawesi Island, Ndara (< Nathar < Na®kal > Nergal) is the god of the underworld.