quarta-feira, 28 de agosto de 2013

DIONÍSIO, O DEUS MAL PARIDO DOS BACANAIS, (Atualizado a 09/07/14)por Artur Felisberto

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Figura 1: Dionísio & Pan, ou Paposileno. (Dionísio Ludovisi, Museu Nacional Romano).
CXLV — Os Gregos consideram Hércules, Baco e Pã como os mais novos dos deuses. Entre os Egípcios, ao contrário, Pã passa pelo mais antigo, estando mesmo incluído na categoria dos oito primeiros deuses. Hércules figura entre os deuses de segunda ordem, conhecidos pela designação de doze deuses, e Baco entre os de terceira, gerados pelos doze deuses.
Já fiz ver, pouco mais acima, como os Egípcios contam o período decorrido desde Hércules até o rei Amásis. Diz-se ser ainda maior o período que vai de Pã a Hércules, sendo, entretanto, bem menor o que vai deste último a Baco. De Baco até Amásis contam-se quinze mil anos. Os Egípcios consideram esses fatos incontestáveis, pois têm o hábito de anotar rigorosamente o transcurso dos anos. De Baco, que se diz ser filho de Sémele e Cadmo, até nós, medeiam cerca de mil e seiscentos anos, e de Hércules, filho de Alcmena, perto de novecentos anos. Pã, que os Gregos afirmam ser filho de Penélope e Mercúrio, é posterior à guerra de Tróia, e, por conseguinte, o período que decorre dele até os nossos dias não vai além de oitocentos anos.[1]
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Figura 2: A forma romana de representar os cortejos de Dioníso / Baco era já mais retórica do que real porque em 186 a. C. o Senado Romano proibiu e reprimiu os bacanais. Assim sendo, os bacanais deste sarcófago sãos seguramente idealizados ao ponde de ser evidente que os deuses pastorais e silvestre como Pan se desdobram em sátiros caprinos. Neste, Dioníso / Baco aparece acompanhado por Silvano / Hércules indeciso entre o amor de Ampelos e Ariadne adormecida.
CXLVI — Todos têm plena liberdade de adotar entre essas duas opiniões a que lhes parecer mais razoável. Assim, contento-me em expor a minha. Se esses deuses foram conhecidos na Grécia e se ali envelheceram, tais como Hércules, filho de Anfitrião; Baco, filho de Sémele, e Pã, filho de Penélope, pode-se dizer também, embora não tenham sido eles mais do que homens, que estavam adotando nomes de deuses nascidos em séculos anteriores. -- HistóriaHeródoto (484 A.C. - 425 A.C.). Traduzido do grego por Pierre Henri Larcher (1726–1812). para o português de J. Brito Broca.
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Figura 2: Dionísio Sardanapalo.
Se Heródoto, o agnóstico helenista, já suspeitava que os mitos eram velhas lendas de factos reais esquecidos porque o não terão suspeitado outros racionalistas e positivistas? É evidente que Semele foi o nome duma rainha grega que recebeu o nome duma antiga variante de Deméter, uma arcaica Deusa Mãe de nome Quimera que viria a dar nome aos khmers do Camboja...e degenerado numa monstruosa quimera.
Os Khmers são um grupo étnico maioritário do actual Estado do Camboja, que no passado consolidou um império capaz de dominar, em seu apogeu, do século IX ao XII, a maior parte da Indochina. Sua origem, segundo historiadores, decorrem da migração de populações do norte da Indochina e Índia, identificados sob traço cultural comum, que se estabeleceram nas terras férteis do delta do Rio Mecong.
Semele < Xi-mele < Ki-Mere ó *Ki-Ma-Ker > Deméter.
                                                  > «Quimera» => Khmers.
Modern scholarship has dismembered this awe-inspiring myth completely and has reversed its meaning. Semele, so it explains, must have been a goddess from the beginning. She was first made into the daughter of Cadmus by a poet who, according to Wilamowitz, cannot have been active prior to 700 B. c. This poet, then, is supposed to have taken some real event as his starting point and arbitrarily invented from it this myth, whose deep significance any unprejudiced person senses. In the process, however, he supposedly did not anticipate that the human nature of the mother of Dionysus could eventually become significant. -- Dionysus: Myth and Cult, Walter Friedrich Otto.
Penélope, porque foi na lenda mãe dos filhos de Ulisses, não foi mãe de Pan porque este deus de aspecto arcaico já seria nascido há época da guerra de Tróia.
Claro que Heródoto se enganou em relação a Penélope, o modelo da mulher fiel, que esteve 20 anos sem marido e apenas gerou Telémaco de Ulisses. Quanto muito Heródoto referia-se a outra Penélope, que (quem sabe?) teria sido o nome da ninfa que pariu Pan!
Pan = Khnum ó Hércules ó Hórus «o velho», filho de Osíris.
Osíris = Dionísio.
A ideia que se pode ter é que os deuses clássicos Hércules, Baco e Pã, onde se pode incluir Hermes, correspondiam a mitemas arcaicos que já vinham dos cretenses pelo menos e que por isso tinham correspondentes egípcios supostos dos mais arcaicos segundo os cálculos fantásticos e fantasistas dos sacerdotes egípcios helenistas que os vendiam aos gregos como hoje venderiam idênticos aos turistas.
Ver: PENELOPE (***)

CASTRAÇÃO DIVINA

Na verdade, Dioniso poderia ser literalmente filho de Pan e de Isis, ou seja, o deus menino que Isis, a deusa mãe terra tem sempre ao colo. Só que esta criança a que os Egípcios chamavam Harpocrates era Hórus supostamente o filho de Osíris.
Outros mitos referem que Set assassinou Osíris e dispersou o seu corpo em seis pedaços, um em cada canto do mundo.
Dioniso = Dion < Thian < *Kian > Pan | Isio.
Isis < Hikis < Ki-ki.
Uns mitógrafos dizem que às três deusas da vida de Osiris se juntou Toth e Anpu, que encontraram todas as partes do deus, com excepção do membro genital, que havia sido devorado por um «ossirinco» (= espécie de esturjão do Nilo)
«Ossirinco» < *Oshyr Enko, lit. “animal de Enki = peixe de Osíris”.
Outros mitos referem que Isis foi à procura desses pedaços e apenas encontrou o pénis do deus que colocou num «sarcófago», com o qual se masturbava até ficar grávida do defunto marido (e dai a origem do godmichê!)
«Sarcófago» < Sacar | phago < kako > «figo » / «bago»|
O sarcófago seria a arca dos figos de Sacar / Saturno o deus dos mortos a quem eram oferecidos sacrifícios humanos em tempos arcaicos!
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Figura 3: Sarcófago com cenas da infância de Dionísio.
Quer dizer que já no mito egípcio existia uma certa relação entre um divino «pénis amputado» e a ressurreição seguida do nascimento dum «deus menino». O tema da castração divina existiu também no mito de Urano mas agora como paradigma da castração do pai pelo filho.
Na verdade o esperma pode perdurar viável durante 3 dias num cadáver humano!
Como teria Ísis conseguido o milagre da erecção do defunto Ísis e que é de algum espanto! O mais provável e que o mito se reporte a um facto lendário de uma rainha desesperada casada com um deus estéril e grávida do seu amante que se submete à humilhação dum coito necrófilo com o testemunho dum sacerdote de Anubis para legitimar o direito do seu filho bastardo ao trono do Egipto.
Then Zeus came in the form of a serpent and coupled with Rhea, who is also Demeter and whose name perhaps means Earth-mother), and She gave birth to Persephone. When She was grown, Demeter gave Her as bride to Zeus and caused Him to come as a serpent to the daughter, and to mate with Her, so that She begot Dionysos. (He is said to be horned because He is the son of Persephone.) And the mystery is that Demeter and Persephone are both said to be the mother of Dionysos, for Zeus has joined Himself with Rhea, Demeter and Persephone, who are the Crone, Mother and Maiden.[2]
Existe um mito arcaico do nascimento de Dionísio que reza assim:
Um dia, narra o mito, a grande deusa Deméter chegou à Sicília, vinda de Creta. Trazia consigo sua filha, a deusa Perséfone, filha de Zeus. Deméter tencionava chamar a atenção do grande deus, para que ele percebesse a presença de sua filha e se apaixonasse por ela. Deméter descobriu, próximo à fonte de Kyane, uma caverna, onde escondeu a donzela.
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Figura 4: Mas já no Egipto o mito é estranho pois nele se reza que, tendo ficado sozinha com o sarcófago de seu esposo defunto, Isis tentou tudo, empregou encantamentos e fórmulas mágicas para trazer o esposo à vida. Nesta representação Anpu, o deus daabertura da boa”, acompanha Isis. Transformou-se em falcão e, agitando sobre ele suas asas para agitar o ar e lhe restituir o “sopro da vida”, milagrosamente ficou fecundada.
Pediu-lhe, então, que fizesse com um tecido de lã, um belo manto, bordando nele o desenho do universo. Desatrelou de sua carruagem as duas serpentes e colocou-as na porta da caverna para proteger sua filha.
Neste momento Zeus aproximou-se da caverna e, para entrar sem despertar desconfiança na deusa, disfarçou-se de serpente. E na presença da serpente, a deusa Perséfone concebeu do deus. Depois da gestação, Perséfone deu à luz a Dionísio na caverna, onde ele foi amamentado e cresceu. Também na caverna o pequeno deus passava o tempo com seus brinquedos: uma bola, um pião, dados, algumas maçãs de ouro, um pouco de lã e um zunidor. Mas entre seus brinquedos havia também um espelho, que o deus gostou de fitar, encantado.

VERSÃO CANIBAL DO NASCIMENTO MORTE E RESSURREIÇÃO DE DIONÍSIO.

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Figura 4: New Guinea. Mudmen tribe gathers for a celebration of a pig killing.
IV. Selon quelques mythologues, il y a eu un autre Bacchus beaucoup plus ancien que celui-là. Il naquit de Jupiter et de Proserpine; quelques-uns lui donnent le nom de Sabazius. On célèbre sa naissance; mais on ne lui offre des sacrifices, et on ne lui rend les honneurs divins que la nuit et clandestinement, à cause de la honte qui s'attache à ces assemblées. Il avait, dit-on, l'esprit très inventif; il attela le premier des boeufs à la charrue pour ensemencer le sol. C'est pourquoi on le représente cornu. -- Bibliothèque historique de Diodore de Sicile - Livre IV.
Figura 5: Dionísio e sua mãe/avó, Deméter.
Entretanto, o menino foi descoberto por Hera, a esposa de Zeus, que queria vingar-se da nova aventura do esposo. Assim, quando o deus se estava a olhar distraído no espelho, dois Curetas titãs enviados por Hera, horrendamente pintados com argila branca, aproximaram-se de Dionísio pelas costas e, aproveitando a ausência de Perséfone, mataram-no.
O vir Deméter de Creta prova a antiguidade do mito e a sua origem em prováveis ritos de “sacrifícios humanos” perpetrados na talassocracia cretense.
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Continuando sua obra deplorável, os titãs cortaram o corpo do menino em sete pedaços e ferveram as porções em um caldeirão apoiado sobre um tripé e as assaram em sete espetos. Atenas viu a cena e, mesmo não podendo salvar o menino, resgatou o coração do deus.
Mal tinham acabado de consumar o assassínio divino, Zeus apareceu na entrada da caverna, atraído pelo odor de carne assada.
O grande deus viu a cena e entendeu o que se havia passado. Pegou um de seus raios e atirou contra os titãs canibais, matando-os. Zeus estava desolado com a morte do filho, quando a deusa Atenas apareceu e entregou-lhe o coração do deus assassinado. Zeus, então, efetuou a ressurreição, engolindo o coração e dando, ele próprio, à luz seu filho. E essa é a origem do deus morto e renascido, relatada pelos antigos e celebrada nos mistérios...
Ver: DAMUZ (***)
«Guiana» < Kuiana < Kyane < Kijane < Ki-ki-An < *Ki-anu
> Ki-an = En-ki.
Atana < At-na < Ki-ki-An < *Ki-anu
> Phan, avatar da cobra Piton de Tanit.
A fonte de Kiana, se existiu, seria então, a confirmação da relação deste mito com Pan e com Tanit. De qualquer modo, a cobras da carruagem de Deméter só provam que estamos de facto perante uma variante da Deusa Mãe das cobras cretenses que viria a ser, entre outras, Antu, Atena, Anath ou Tanit.
Na verdade, o mito mais conhecido faz Dionísio filho da rainha dos infernos!
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Figura 6: «carro de cobras» de Medeia, uma variante lendária, trágica e carniceira, de Deméter.
As pinturas de guerra destes cabiros são as mesmas de algumas tribos negras africanas. Obviamente que estamos perante uma versão masculina do mito agrícola de Persefone. Hera, a terrível, faz aqui o papel de “bruxa má” que é sempre o da madrasta ou da esposa traída! No entanto, esta personalidade de Hera típica das rainhas helénicas não é senão a herança da arcaica mitologia da terrível Deusa Mãe da Aurora primordial que quotidianamente matava e comia o filho ao sol-posto para o parir (ou vomitar!) pela manhã.
Quer assim dizer que Hera seria a versão aristocrática adaptada aos tempos clássicos da deusa dos abismos cavernosos do Kur.
Kur > Ker > -Her > Hera.
Titã < Ti-tan < Ki-tan
Pois bem que titãs eram estes?
Titã, literalmente a serpente da terra, seriam as próprias serpentes colocadas por Demeter a guardar o filho e que não seriam senão companheiras de Zeus também chamados curetas no mito de nascimento de Zeus! De facto, a meninice de Dionísio nesta segunda variante do mito do seu nascimento é um dupleto do nascimento de Zeus.
Apollonius Rhodius, Argonautica 2. 1231 ff (trans. Rieu) (Greek epic C3rd B.C.) : In the days when he ruled the Titanes in Olympos and Zeus was still a child, tended in the Kretan (Cretan) cave by the Kouretes (Curetes) of Ida."
Strabo, Geography 10. 3. 11: [11] In Krete (Crete), not only these rites, but in particular those sacred to Zeus, were performed along with orgiastic worship and with the kind of ministers who were in the service of Dionysos, I mean the Satyroi (Satyrs).
Nonnus, Dionysiaca 9. 160 ff (trans. Rouse) (Greek epic C5th A.D.) : The goddess [Rhea] took care of him [the baby Dionysos on Mount Kybele in Phrygia]; and while he was yet a boy, she set him to drive a car drawn by ravening lions. Within that godwelcoming courtyard, the tripping Korybantes (Corybantes) [i.e. Kouretes] would surround Dionysos with their childcherishing dance, and clash their swords, and strike their shields with rebounding steel in alternate movements, to conceal the growing boyhood of Dionysos; and as the boy listened to the fostering noise of the shields he grew up under the care of the Korybantes like his father [Zeus]."
De certo modo o mito, sobretudo pela sua confusa mistura de entidades maternas, está mal contado e faz lembrar o canibalismo de Crono, esposo de Reia. Saturno seria o deus do canibalismo arcaico das saturnálias e tal como Set(urano) teve o mesmo papel em relação a seu irmão Osíris! Este Zeus cretense que nasceu guardado pelos curetas e morreu como Dionísio, possivelmente devorado pelos mesmos titãs que eram os deuses crónidas, era o jovem Zeus Velcheno, seguramente o mesmo que Júpiter Dolicheno. De facto, Velcheno não é senão um dos curetas e Dolicheno a variante taurina deste mesmo deus, adorado em Creta como touro porque teria sido esta uma das metamorfoses que o deus tomou para se defender dos titãs antes de ser morto.
Velcheno < Wer-ish-an < Ker-ish Anu > Kertu-an > Kretan.
Dolicheno < Tor-ish-an <                       > Keret > Kouretes.
Por alguma razão existem mitos que falam da morte e ressurreição de Zeus, ou seja que outrora Zeus foi um «deus menino» emulado no altar da deusa mãe pelo próprio pai ciumento e morto e enterrado em Creta todos os anos.

VERSÃO «COXA» DO NASCIMENTO DE DIONÍSIO!

No caso, a sobrevivência da teofagia pela qual Zeus, então, efetuou a ressurreição, engolindo o coração e dando, ele próprio, à luz seu filho pela barriga das pernas é uma forma admirável de refazer o mito e nem mais nem mesmo do que uma variante masculina do mito da aurora!
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Figura 7: Sarcófago com cenas do nascimento de Dionísio.
Asseguram os Gregos que, logo que Baco nasceu, Júpiter coseu-o à sua coxa e levou-o para Nisa, cidade da Etiópia, acima do Egito. Com relação a Pã, ignoram para onde foi transportado logo depois do seu nascimento. Parece-me evidente terem os Gregos aprendido os nomes desses deuses muito depois dos outros, determinando a data do seu nascimento pela época em que deles ouviram falar. -- HistóriaHeródoto (484 A.C. - 425 A.C.). Traduzido do grego por Pierre Henri Larcher (1726–1812). para o português de J. Brito Broca.
Some say that Zeus took the recovered limb of Dionysos and prepared a potion, which He gave to Semele, which is the Phrygian name for Khthonia, the Underworld Goddess.
Semele < Kemera < *Kima-ura <=> «Quimera» => Ama-Kiwer > Mãe Cibel
= Khthonia < Ki-Atania, lit.
“A Terra Ki, a deusa das cobras dos subterrâneos”.
Para Hera, Semele era culpada, e carregava em seu ventre a prova de seu ato ilícito. Sabendo que as suas reprovações aos actos de Zeus não surtiam nenhum efeito, resolveu vingar-se da jovem e destruí-la. (...) Hera, então, transformou-se em uma velha senhora, (...) a cópia exata de Beroe, a ama de Sêmele.
Nesta parte do mito estamos perante a versão primitiva da velha bruxa má das histórias da «branca de Neve»
(...) Então Hera disse que ela deveria pedir uma prova de que seu amante era realmente Zeus, e ainda mais; que, sendo Zeus, aparecesse em sua forma gloriosa, a mesma que ele aparecia perante Hera, e só assim a abraçasse. (...) Assim dizendo, Hera conseguiu colocar a suspeita no coração da jovem, e ela dirigiu-se à Zeus, pedindo uma prova de seu amor. Ele respondeu dizendo que qualquer coisa que lhe  pedisse seria atendida. (...) Semele, feliz com o juramento, selou seu destino com o seu pedido: "Mostre-Te para mim da mesma maneira como Te apresenta a Hera (...)!"
(...) Lamentando muito a tarefa que estava prestes a realizar, Zeus subiu ao alto, juntou as nuvens obedientes e as nuvens de tempestade, relâmpagos, ventos e trovões!
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Figura 8: Nascimento de Dionísio pela barriga da perna de Zeus!
Tentou reduzir ao máximo a sua ostentação de glória, mas a estrutura mortal de Semele não podia suportar a visão do visitante celestial, e ela foi queimada até as cinzas pelo seu presente de casamento. Seu bebé, ainda incompletamente formado, saiu do útero calcinado de sua mãe, e alojou-se na coxa de Zeus, até que se completasse a sua gestação, pela barriga da perna!
A inveja de Hera leva Dionísio a ficar louco, e vagar por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Reia / Cibele curou-o e instruiu-o nos ritos de Atis e ensina-o a cultivar a vinha. Ao se tornar homem, Dionísio se apaixona pela cultura da uva e descobre a arte de extrair o suco da fruta.
Curado, ele atravessou a Ásia ensinando a cultura da uva.
According to tradition, Dionysus died each winter and was reborn in the spring. To his followers, this cyclical revival, accompanied by the seasonal renewal of the fruits of the earth, embodied the promise of the resurrection of the dead. The Romans identified him with Liber and Bacchus, who was more properly the wine god.
Entre as coisas consagradas a Dionísio, podemos notar a videira, a hera, o loureiro, e asphodel; o golfinho, a serpente, o tigre, o lince, a pantera, e asno; mas ele odiou a visão da coruja. (Paus. viii. 39. § 4; Theocrit. xxvi. 4; Plut. Sympos. iii. 5; Eustath. anúncio Hom. pág. 87; Virg. Eclog. v. 30; Hygin. Poët. Astr. ii. 23; Philostr. Imay. ii. 17; Vit. Apollon. iii. 40.) as imagens mais precoces do deus eram o mero Hermae com o falo (Paus. ix. 12. § 3) ou onde penas a cabeça era representada. (Eustath. anúncio Hom. pág. 1964.) Em obras de arte posteriores ele aparece em quatro formas diferentes:
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Figura 9: Dionísio é entregue por Pan à guarda de Hermes.
1. Como uma criança entregada por Hermes para as suas amas, ou como bébé divertindo-se com os sátiros e as ménades.
2. Como um deus varonil com barba, a que comummente se chamou o Baco do Indo. Ele parece-se no carácter com um monarca oriental; as suas características são expressivas de sublime tranquilidade e mansidão; a sua barba longa é macia, e a sua veste (bassara) Lídia é longa e ricamente dobrado. Às vezes o seu cabelo flutua em caracóis pendentes e outras vezes é preso em volta da cabeça, e um diadema lhe adorna frequentemente a testa.
3. Baco Tebano, denominado o jovem, foi elevado à beleza ideal por Praxiteles. A forma do seu corpo é varonil e com esboços fortes, mas ainda se aproxima da forma feminina pela suavidade e arredondamento das formas. A expressão do semblante é desfalecida e mostra um certo desejo sonhador; a cabeça, com um diadema ou uma grinalda de videira ou hera, pende um pouco para um lado; a atitude dele nunca é sublime, mas fácil, assim de um homem que é absorvido em doces pensamentos, ou ligeiramente inebriado.
Frequentemente apoia-se nos seus companheiros e é visto montando numa pantera, num asno, tigre, ou num leão. A melhor estátua deste tipo está na vila Ludovisi. (Welcker, Zeitschrift, pág. 500, &c.; Hirt. Mythol. Bilderb. i. pág. 76, &c.)[3]
4. Muitas vezes Dionísio era representado na forma animal, principalmente na forma de um touro (ou pelo menos com os seus chifres. Assim, ele era conhecido como "Com Face de Touro", "Com Forma de Touro", "Com Chifres de Touro", "Chifrudo", "Touro". Em seus festivais, acreditava-se que ele aparecia como um touro.
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Figura 10: Dionísio Taurocéfalo é levado ao sacrifício pela mão de Nike.
The identification of the god with an animal suggests totemism. In one of the early culture stages it was believed that the spirit of the eponymous tribal ancestor existed in a bull, a bear, a pig, or a deer, as the case might be. Invariably the animal was an edible one -- the source of the food-supply, or the guardian of it. Osiris, in one part of Egypt, was a bull and in another a goat. He appears also to have had a boar form. Set went out to hunt a wild boar when he found the body of Osiris and tore it in pieces.
The sacred animal was tabooed for a certain period of the year, or altogether. In Egypt the pig was never eaten except sacrificially. (...)
According to one of the Cretan legends regarding Zeus-Dionysus, as related by Athenæus, the animal which nourished with its milk the young god of the cave was a sow. "Wherefore all the Cretans consider this animal sacred, and will not taste of its flesh; and the men of Præsos perform sacred rites with the sow, making her the first offering at the sacrifice." The pig taboo extended as far as Wales, Scotland, and Ireland, and is still remembered.
Dionysus was also associated with the goat, as we have seen. A clay impression of a gem from Knossos shows an infant sitting beside a horned sheep. Possibly we have here another form of the legend. The various animals may have been totemic. Different tribes claimed descent from different animals which were associated with the culture-god whom they adopted.
It would appear that the bull tribe achieved ascendancy in Crete, for the horns of that animal, a piece of "ritual furniture", which Sir Arthur Evans refers to "by anticipation" as "the horns of consecration", is the commonest cult objective on pottery, frescoes, gems, steles, and altars. The horns were evidently a symbol of the god of fertility. It would appear that before Zeus-Dionysus was depicted in human shape he was worshipped through his symbols or attributes. -- Myths of Crete and Pre-Hellenic Europe, by Donald A. Mackenzie, [1917], at sacred-texts.com.
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Figura 11: Nike / Hebe dando de beber ao touro sacrificial das grandes dionisíacas.[4]
"Venha aqui, Dionísio, ao seu templo sagrado junto ao mar; Venha com as Graças ao seu templo, correndo com seus pés de touro, Oh bom touro, Oh bom touro!"
De acordo com uma versão do mito da morte e renascimento de Dionísio, foi como touro que ele foi despedaçado pelos Titãs, e os habitantes de Creta representavam os sofrimentos e morte de Dionísio despedaçando um touro. Aliás, o ato de matar ritualmente um touro e devorar sua carne era comum aos ritos do deus, e não há dúvidas que quando os seus adoradores faziam esses sacrifícios, acreditavam estar comendo a carne do deus e bebendo seu sangue.
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Figura 12: Dionísio caprino ou um avatar de Pan.
Outro animal cuja forma era assumida por Dionísio era o cabrito. Isso porque para salvá-lo do ódio de Hera, seu pai, Zeus, o transformou nesse animal. E quando os deuses fugiram para o Egito para escapar da fúria de Tifon, Dionísio foi transformado em um bode. Assim, seus adoradores cortavam em pedaços um bode vivo e o devoravam cru, acreditando estar comendo a carne e bebendo o sangue do deus.
No caso do cabrito e do bode, quando o deus passou a ter sua forma humana mais valorizada, a explicação para se sacrificar o animal veio de um mito que narrava que uma vez esse animal havia despedaçado uma vinha, objeto de cuidados especiais do deus. Note que neste caso perdeu-se o sentido de sacrificar o próprio deus, tornando-se um sacrifício para o deus.
Uma vez, quando Dionísio quis navegar de Icaria para Naxos, ele entrou em um navio pirata tirreano. Os piratas, entretanto, ignoravam a identidade do deus, e tencionavam vendê-lo como escravo na Ásia. Quando percebeu que estavam indo para outra direção, Dionísio fez brotar heras pelo navio e transformou o mastro em uma grande serpente. Ouvia-se o som de flautas, e o doce aroma do vinho podia ser sentido por toda a embarcação. Os piratas enlouqueceram, e atirando-se ao mar foram transformados em golfinhos.
A relação de Dionísio com os golfinhos é seguramente uma reminiscência da sua origem cretense como Zeus.
A relação de Dionísio com a mítica oriental da árvore intoxicante da sabedoria seria um caso particular da sua relação geral com a vegetação primaveril da Pascoa.
Seguramente que a cultura da vinha era apenas uma das facetas da agricultura que tinha no cultivo da oliveira e na semeadura de cereais os aspectos mais importantes da lavoura mediterrânica. No entanto, a vinha deve ter sido a cultura agrícola que mais contribuiu para o desenvolvimento da civilização mediterrânica.
Dizares ou Diasar = Divinidad pétrea de los árabes pre-islámicos, negro monolito cuadrangular de 1,219 m de altura por 0,610 m de ancho, erguido sobre un pedestal, de atribuciones análogas a las de Baco y Marte del panteón Greco-Romano.
Dushares < Dizares ó Diasar ó Kakiar ó Ishkur
                                              Lat. César ó Kaiser > Haisar > Ausar > Osíris.
Ver: FOLIAS (***) & OSÍRIS (***)
        & MISTÉRIOS ANTIGOS DO VINHO DE DIONÍSIO (***)

HERMES, O PAI, IRMÃO MAIS VELHO OU A VERSÃO ADULTA DE DIONÍSIO.

Zeus entregou o bébé a Hermes, que o confiou ao casal Ino e Athamas, advertindo-os a cuidar de Dionísio como se ele fosse uma menina.
Entretanto, Hera descobriu que o bebê havia nascido e que estava sendo criado escondido dela. Indignada, levou Ino e Athamas à loucura. Athamas caçou o próprio filho, Learcus, como se fosse um veado, matando-o, e Ino, para livrar seu outro filho, Melicertes, da loucura do pai, o atirou ao mar, onde foi transformado no deus do mar Palaemon
Pala-me-an < Kara-me-an.
Como foi em homenagem deste que Sísifo instituiu os jogos do Istmo < Ish-*kima
Kar me An + Ish kime => An Kar(ki)ma-is =>
deusa Artemisa/deus Hermes!
Are they not also pomegranites, fig branches, ivy leaves, round cakes and poppies? In addition there are the un-utterable symbols of Ge-Themis < Ki kemis , majoram, a lamp, a sword and a woman's comb?" [kteis - symbol of her genital organ] (Mylonas 274).
Sendo Hermes a versão helénica do hermético Enki, Dioniso ou seria filho deste ou de Athamas (meio Tamuz, meio Adónis) e Ino < Ino(an) < Inana.
Borvo (Bormanus, Bormo) = "To Boil". The Gallic god of hot (mineral) springs and healing. In the Provence (France) he was known as Bormanus, and in Portugal as Bormanious. He was identified with Apollo by the Romans.”
Borvo < Waurwahu < *Kur Kako > Ish-Kur.
Bormo < Waur-ma < *Kur-Ama.......................................
Hermanus < Borm-anio-us = Borm-an-us = Bormo-An => Borvo/Bormo
ó Waur-ma-ku < *Kur-(A)ma-Chu => Hermes.
Bromius < Wormius < Borm(anio)us => Hermes, filho de (Herma
ó Carma, a deusa mãe ptimordial)!
Bromios "The thunderer" or "he of the loud shout", an epithet of Dionysys.
Engl. Warm < Old Engl. wearm, from Germanic[5] 
< *Warme ó Bormo deus infernal das aguas tépidas termais!
Parece que Dionísio pode ter sido inicialmente um deus infernal tanto poderia ter sido filho de Hermes como ter sido este mesmo deus dúvida mítica que pressupõe um paradoxo geracional insolúvel mas que está longe de ser sequer um absurdo no plano mítico uma vez que «Deus pai e Deus filho» ainda hoje são considerados como sendo duas pessoas distintas numa mesma divindade única!
De facto, Dioniso tanto pode significar o genitivo filiativo de Diwos, o Deus/Zeus pai micénico (Zeus < K/Ziws < DI-WO < Thiuo > Teos) que pariu Dioniso pela barriga da perna, como corresponder a uma manipulação mitológica feita nesta perspectiva e em cima dum nome mais antigo e que poderia ser Phian Ikio (Kian Isis = Pan, filho e esposo de Isis).
Iakkhos Ho Theos < Iakcos O Qeos < Jakikos Kau Kehios.
IAKCOS O QEOS (Iakkhos Ho Theos, The God Iacchos, the mystic name of Bacchus used in the Eleusinian Mysteries)
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Figura 13: Dionísio, o filho da mamã no Dorso do leão da deusa mãe aparece como Novo Eros, um deus de amor e felicidade nesta cena de autêntico triunfo da luxúria agrícola. Contrariamente ao cânon habitual, as estações do ano são jovens masculinos.
IAKCOS O QEOS seria uma invocação em linguagem pré micénica dirigida ao deus menino *Kakiko, que, à distância linguística em que nos encontramos, tanto poderia ter sido literalmente a preciosa «pequena (Kiki) vida (ka)», como a vida gerada pela deusa mãe Kiki, como já mais tarde uma expressão comum para o príncipe e o rebento vital de *Kako, Zeus arcaico e deus da luz e o fogo, representado pela presença de Hefesto nas suas festividades. De facto, os cultos dionisíacos deixam-nos um sabor arcaizante na memória e a suspeita de que Dioniso é apenas um filho adoptivo de Zeus cujo nome secreto, Zacareu (= Zeus + Sacar), é uma mera metáfora dum mistificação jupiteriana em cima do nome de Sacar. Ora, Sacar era no Egipto um parédro de Osíris (< O-kyries < O-phiuris).
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Figura 14: Hermes entrega Dionísio aos cuidados das ninfas (ménades) de Naxos.
Aliás, o latino fillium (< Hit. *Phiallyum?), pode significar literalmente o orgulho de Phi (> wa > aba), pai ou de Ki, mãe. Sendo assim Dionísio, o filho de Sacar/Osíris, é Hórus criança, o deus Carpocrates (Kar p®o kaurates = o futuro recruta de Kar) facto que encobre mal a sua origem pré-histórica.
DIONÍSIO NA ÍNDIA.
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Figura 15: Dioniso na Índia. (Walters Art Museum).
Dionísio é seguramente um diminutivo com o significado de “Deus Menino”, filho de Dione ou Kiki e do deus neolítico do fogo solar que foi Kur / *Kar.
Zeus went to the East toward the dawn, where Dionysos was reborn on Mt. Nysa, which is why He is called Dio-Nysos. His Nurses were called the Nysai.
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Figura 16: Paposilenos, o pai dos Sátiros, acompanha Dionísio a cavalo dum Tigre sagrado, numa procissão de comediantes carnavalescos, as bacantes! Esta moda de fazer Dionísio andar em cima de um tigre deve ser invenção do helenismo alexandrino e seguramente uma leitura apressada do mito hindu de Crisna.
Por isso, é que Karistos podia ser confundido com o filho de Deus, o que permitiu a mais ou menos oportuna confusão com a tradução grega do menino Jesus, o Messias.
Jesus < Zezus < Jacus + Zeus
<= Iacchos + Zagreu < Sacar-eu <= Zeus + *Kar
Karistos < Caresto < Cresto < Karish > Cristo.
O mito de Dionísio faz parte de um círculo de romances mitológicos em torno do tema da morte e ressurreição. Então existiram versões em que praticamente todos os elementos da trindade divina que foram chamados a desafiar a morte e a renascerem como os astros, desde a lenda de Osíris a Dionísio!
E digo lenda porque não será possível demonstrar que não se tratou da história dum arcaico rei Egípcio, de fundo tão verosímil como o de Jesus Cristo. Por alguma razão Cristo fugiu com seus pais para o Egipto e Dionísio andou perdido pelas Índias orientais como S. Tomé.
No vertente caso Dionísio seria uma espécie de continuação da saga familiar em que agora não seria Set a perseguir o irmão mas a esposa deste, Hera na versão helénica, a perseguir o sobrinho Dionísio, Horus se filho de Isis e que, na Suméria, foi Xara, filho de Inana. Assim, Dionísio seria neto de Hermes na medida em que este foi filho de seu filho Damuz.
Finalmente, Zeus iludiu Hera transformando Dionísio num cabrito, e Hermes levou-o para ser criado pelas ninfas de Nysa...
Nash: Pronounced form of Nanshe (< Nin Enki). Daughter of Ea, cult center Sirara near Lagash.
Mais tarde Dionísio resgatou Semele dos infernos e levou-a ao Olimpo, onde Zeus a transformou em deusa.
Nysa < sumeria Nash? <= Ninazu < Ninanzu < Nin Anzu.
Ninazu: God of Eshnunna. Temple called E-sikil and E-kurmah. Son of Eresh-kigal, father of Nin-gishzida. Replaced by Tishpak as patron of Eshnunna. Babylonian god of magic incantations.
Cicero, De Natura Deorum 3. 21- 23 (trans. Rackham) (Roman rhetorician C1st B.C.): "We [the peoples of the Roman Empire] have a number of Dionysi [gods identified with Dionysos]. The first [the Orphic god Zagreus] is the son of Jupiter [Zeus] and Proserpine [Persephone]; the second [the Egyptian god Osiris] of Nile--he is the fabled slayer of Nysa. The father of the third [Phrygian Sabazios] is Cabirus; it is stated that he was king over Asia, and the Sabazia were instituted in his honour. The fourth [the Thraco-Orphic god Sabazios] is the son of Jupiter [Thrakian sky-god] and Luna [Bendis]; the Orphic rites are believed to be celebrated in his honour. The fifth [the Theban Dionysos] is the son of Nisus [Zeus] and Thyone [Semele], and is believed to have established the Trieterid festival."
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Figura 17: Dionísio a cavalo de um burro como Jesus Cristo no domingo de Ramos.
Os cristãos puseram o Cristo dionisíaco da procissão de domingo de ramos a cavalo dum burro que sabemos ser, além do tigre hindu, o animal sagrado de transporte de Dionísio.
Ver: CRISNA & CARTIQUEIA (***)
Thus previous attempts to explain the madness of the Dionysiac orgies in terms of human needs, whether spiritual or material, have ended in complete failure. Their conclusions are not only unbelievable in themselves, but they are intolerably contradictory of the most important and the most explicit sources.



[1] The Greeks regard Hercules, Bacchus, and Pan as the youngest of the gods. With the Egyptians, contrariwise, Pan is exceedingly ancient, and belongs to those whom they call "the eight gods," who existed before the rest. Hercules is one of the gods of the second order, who are known as "the twelve"; and Bacchus belongs to the gods of the third order, whom the twelve produced. I have already mentioned how many years intervened according to the Egyptians between the birth of Hercules and the reign of Amasis. From Pan to this period they count a still longer time; and even from Bacchus, who is the youngest of the three, they reckon fifteen thousand years to the reign of that king. In these matters they say they cannot be mistaken, as they have always kept count of the years, and noted them in their registers. But from the present day to the time of Bacchus, the reputed son of Semele, daughter of Cadmus, is a period of not more than sixteen hundred years; to that of Hercules, son of Alcmena, is about nine hundred; while to the time of Pan, son of Penelope (Pan, according to the Greeks, was her child by Mercury), is a shorter space than to the Trojan war, eight hundred years or thereabouts. It is open to all to receive whichever he may prefer of these two traditions; my own opinion about them has been already declared. If indeed these gods had been publicly known, and had grown old in Greece, as was the case with Hercules, son of Amphitryon, Bacchus, son of Semele, and Pan, son of Penelope, it might have been said that the last-mentioned personages were men who bore the names of certain previously existing deiteis. But Bacchus, according to the Greek tradition, was no sooner born than he was sewn up in Jupiter's thigh, and carried off to Nysa, above Egypt, in Ethiopia; and as to Pan, they do not even profess to know what happened to him after his birth. To me, therefore, it is quite manifest that the names of these gods became known to the Greeks after those of their other deities, and that they count their birth from the time when they first acquired a knowledge of them. Thus far my narrative rests on the accounts given by the Egyptians.
[2] Eoster Mysteries of the Resurrected Child (c) 1996, John Opsopaus.
[3] Among the things sacred to him, we may notice the vine, ivy, laurel, and asphodel; the dolphin, serpent, tiger, lynx, panther, and ass; but he hated the sight of an owl. (Paus. viii. 39. § 4; Theocrit. xxvi. 4; Plut. Sympos. iii. 5; Eustath. ad Hom. p. 87; Virg. Eclog. v. 30; Hygin. Poët. Astr. ii. 23; Philostr. Imay. ii. 17; Vit. Apollon. iii. 40.) The earliest images of the god were mere Hermae with the phallus (Paus. ix. 12. § 3), or his head only was represented. (Eustath. ad Hom. p. 1964.) In later works of art he appears in four different forms: 1. As an infant handed over by Hermes to his nurses, or fondled and played with by satyrs and Bacchae. 2. As a manly god with a beard, commonly called the Indian Bacchus. He there appears in the character of a wise and dignified oriental monarch; his features are expressive of sublime tranquillity and mildness; his beard is long and soft, and his Lydian robes (bassara) are long and richly folded. His hair sometimes floats down in locks, and is sometimes neatly wound around the head, and a diadem often adorns his forehead. 3. The youthful or so-called Theban Bacchus, was carried to ideal beauty by Praxiteles. The form of his body is manly and with strong outlines, but still approaches to the female form by its softness and roundness. The expression of the countenance is languid, and shews a kind of dreamy longing; the head, with a diadem, or a wreath of vine or ivy, leans somewhat on one side; his attitude is never sublime, but easy, like that of a man who is absorbed in sweet thoughts, or slightly intoxicated. He is often seen leaning on his companions, or riding on a panther, ass, tiger, or lion. The finest statue of this kind is in the villa Ludovisi. (Welcker, Zeitschrift, p. 500, &c.; Hirt. Mythol. Bilderb. i. p. 76, &c.).
[4] Rectangulação cibernética do autor.
[5]"warm," Microsoft® Encarta® 99 Encyclopedia. The Concise® Oxford Dictionary,  9th Edition. (c) © Oxford University Press. All rights reserved.

ARTIMISION, TEMPLO DE ARTEMISA EM ÉFESO, por arturjotaef.

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Figura 1: Idealização do Templo de Artemisa (Diana) em Éfeso, uma das sete maravilhas do Mundo Antigo.

Uma das mais belas representações da Deusa Mãe está relacionada com o seu antigo Templo de Artemisa em Éfeso, “uma das sete maravilhas do mundo” clássico!

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Figura 2: Outra reconstrução idealizada do Templo de Artemisa em Éfeso.

There used to be a small Kybele temple in the same place. This first temple was facing west, typical to all the Kybele temples. There are some ceramic bowls found from the 7th century B.C. during the excavations. These certainly indicate that the site belonged to a holy Kybele temple during the early settlement periods of Ionians. It is widely believed that this first temple was destroyed during a Kimmer attack. -—

O prestígio do templo de “Artemisa em Éfeso” não deve ter resultado inteiramente das leis do acaso, aliás ditadas pelos caprichos da «Fama» (< *Ki-Ama), a extremosa Deusa Mãe Terra primordial, que fazia jus à evidência de que nunca havia «fumo («fumo» < Phime < *Kima) sem fogo» nem, sem este, «bons petiscos e dos belos cozinhados».

Não deixa assim de ser uma ironia da história, a cujas leis do destino nem os deuses conseguem fugir, que “It is widely believed that this first temple was destroyed during a Kimmer attack.” Ora, estes quiméricos Quimeros não seriam mais que os Cimérios de Heródoto, povo amazónico que muito teriam a ver com Artemisa, a Quimera, mãe de todas as bestas quiméricas!

 

Ver: KIMA (***) & SANTA EUFÉMIA (***) & FAMOIROS (**)

Ver: TÉMIS & TROIA/EFIGENIA (***)

 

Artemisa foi seguramente uma variante dos deuses do «fogo da aurora» de que restam lembranças no facto de esta deusa partilhar com Vesta e Hecate a função lunar e o culto do fogo que inspiram o respeito dos cães e dos lobos!

[7] After re-entering the Altis by the processional gate there are behind the Heraeum altars of the river Cladeus and of Artemis; the one after them is Apollo's, the fourth is of Artemis surnamed Coccoca, and the fifth is of Apollo Thermius. As to the Elean surname Thermius, the conjecture occurred to me that in the Attic dialect it would be thesmios (god of laws), but why Artemis is surnamed Coccoca I could not discover. [8] -- Pausanias, Description of Greece 5.15.7-8.

Artemisa | Coccôca <= *Kau-Ki-Kauka < Kaka-kiki > Shaushka > Sausga.

                                                                         Kakuska > Sawuska > Sauska.

Thermius > Hermius > Hermes.

Shaushka = “She Who is Armed”. Hittite-Hurrian love and fertility goddess of Hurrian origin. She was also a goddess of war and healing.

Como irmã gémea de Apolo que Artemisa era deveriam os seus nomes ter mais semelhanças fonéticas do quê que se sabem. O epíteto de Apollo Thermius supera em parte esta falta de ressonância fonética pois que

As correlações etimológicas de Pausânias são por demais suspeitas pelo que o nome de Apollo Thermius apenas evidencia a suspeita de que existiu outrora o conhecimento de que Apolo era irmão gémeo de Hermes e ambos de Artemisa. De resto, Thermius seria uma variante que os latinos conheciam por Teminus.

Claro que o princípio da simplificação mítica típico do pensamento mágico primitivo acabava por fazer juntar num mesmo conceito de Virgens Mães tantos deusas inférteis não tinham ainda parido por falta de idade para serem mães e terem marido como as que deixaram de poder parir por viuvez ou climatério! Na Grécia clássica e racionalista a separação dos méritos da castidade deve ter começado a exigir provas de virgindade real pelo que Artemisa e Diana eram claramente Virgens do tipo das, que, embora em idade fértil, não eram mães porque não tinham, nem queriam ter, marido! Ora, a Deusa Mãe adorada em Éfeso só terá deixado de ser Hebat, uma variante hitita de Vesta (=Hécate) depois da queda do império hitita e quiçá por influência de Esmirna [< Ish-ma-Irina < Kiki-Ama-Ur-Ana > (An) Ar-ki-ma-ki =>] para continuar a ser, mesmo assim, Artemisa.

Dito de outro modo, Artemisa só apareceu como Virgem Mãe do deus sol, mesmo deixado de ser fértil com a menopausa e com o exercício de funções de deus lunar e dos mortos, na Anatólia, particularmente em Éfeso.

Come se poderá ver na cópia napolitana de Artemisa de Éfeso ela foi uma «virgem negra», seguramente um meteorito caído do céu como o palladium de Atena, ou seja uma deusa nocturna e lunar, telúrica e mortífera, de natureza selvagem tão bela, fértil e aprazível quanto madrasta, caprichosa e cataclísmica ou seja, tão ambivalente quanto todas as deusas Mães!

A relação de Éfeso com os frígios foi duplamente pressagiada primeiro pelo gosto refinados dos frígios em matéria de arquitectura templar e depois porque o lendário rei Cresus era Frígio e estes herdeiros de velhas tradições artísticas indo-europeias que permitem relacionar a região Arménia com a cultura clássica.

 

Ver: CÍBELE (***) & APILIA (***)

 

Quer dizer que o culto anatólico da Deusa Mãe era uma devoção muito arcaica que derivava dos cultos citas à «deusa do fogo» Tabit (< Hebat < Ki-Wat) de que Artimpasa seria a filha Artemisa.

They were replaced by Phrygians about 900 B.C. The Phrygians continued to worship the same fertility goddess, renamed Kybele (or Cybele, our modern Sibyl). [1]

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Figura 3: The Temple in Musasir from Botta, (P.E. Monuments de Nineve. volumes, Paris, 1849-1850, elephantine folio; with illustrative line drawings by Eugene Flandin.)

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Figura 4: O mesmo templo da figura anterior reconstruído "virtualmente".

It depicts the pillaging of this temple erected to the warrior God Haldi by the soldiers of Sargon's army, but our concern at this moment is not in robbery but in artistry. Notice the pitched or gabled roof of either wood or stone, the vertical triangular end from eaves to ridge of roof with a high pediment. The portico or facade has six columns or piers or pilasters, if you will. The effect is definitely like a Greek temple similar to the Partheonon in Athens with which everyone is familiar. That Greek edifice was built around the year 500 BC or 425 years later than the Armenian temple of our Araratian forefathers.

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Figura 5: Uma das várias reconstruções virtuais do templo de Artemisa em Éfeso.

Up till now, no monument has been found in Mesopotamia similar to the Musasir temple except in Asia Minor. In Phrygia, during the 8th to the 5th centuries, great facades were carved on rock-cut faces representing temples for the cult of the Great Mother. These too became the prototypes for the classical Greek temples.

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Figura 6: Cena de vaso grego estátua votiva de Artemisa caçadora, já com a tiara da cidade à cabeça.

However one approaches this problem, what the Musasir monument does show is the affinity of Armenian architecture in the ninth century BC, with the architecture of Asia Minor and of Greece - an important fact, since Armenia at a later date was under Mesopotamian influence. This fact was attested to by K. J. Basmadjian's the editor of Panaser and a member of the Societe Asiatique in 1903. In writing to the Society he says, "My strongest argument is the similarity of the pediment of both the Parthenon and that of the temple of Musasir. In both cases exactly the same triangle is preserved. The oldest monument in the world having this triangular pediment is the temple of Musasir. Neither Assyria nor Babylonia, the two great powers which have always been in touch with the Araratians, have ever had this triangular form. From Armenia it was evidently transmitted to Phrygia and Lydia, and through these countries it was introduced to Athens, and afterwards back to Persia... the temple was probably constructed during the reign of Ishpuhini (828-784 BC), king of Ararat (Urartu), for this was the first king who marched upon Musasir and conquered it "(6). -- Musasir - The Prototype for the Classical Greek Temples

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Figura 7: Variante da anterior mas em que a divindade parece alada como uma esfíngica Istar e plurimamelada como Artemisa de Éfeso.

The very early statues of Kybele were carved of wood. Then in the western Anatolia as the Ionian civilization started to gain momentum, Kybele became Artemis, the goddess of nature and other gods and goddesses. She was also representing land and fertility.

É certo e seguro que as construções monumentais mesopotâmicas e egípcias teriam as mesmas exigências de telhado das casas comuns que não necessitavam de tectos inclinados porque ali nem chovia nem nevava o suficiente.

Os templos clássicos gregos derivarão assim duma tradição que veio do norte porque parece que a tradição arquitectónica minóica, herdada do megalitismo das ilhas mediterrânicas, era também de tectos mediterrânicos em terraço.

Os templos clássicos gregos derivarão assim duma tradição que veio do norte porque parece que a tradição arquitectónica minóica, herdada do megalitismo das ilhas mediterrânicas, era também de tectos mediterrânicos em terraço.

Ora, tudo aponta para que estas estátuas fossem a petrificação de antigas “imagens de vestir” feitas de madeira, tradição arcaica muito comum no mundo mediterrânico (e que veio até hoje, como se verá a propósito da Virgem de Macarena) e que, por ser deusa do fogo, um qualquer fogo do céu teria destruído! Esta tradição recorda-nos a tradição do palladium de Atena que outros autores fizeram cair em Tróia mas que pode ter de facto caído como meteorito gigante numa qualquer ilha minoica ou Atlântida do mar Egeu o no mar Morto, como vários autores de teorias catastrofistas[2] o afirmam.

That earliest temple contained a sacred stone, probably a meteorite, that had "fallen from Jupiter." (...) -- [3]

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Figura 8: Imagem de madeira duma Vénus/Cíbele de vestir e que bem poderia ser uma das antepassadas de Artemisa de Éfeso.

A ideia de que a deusa, a ter sido adorada primitivamente em Éfeso, teria sido Cíbele decorre do facto de algumas das suas representações, terem pouco de uma jovem “virgem casadoira amante da caça” e muito mais de uma telúrica e todo poderosa Deusa Mãe da Natureza.

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Por exemplo, Artemisa do Museu Nacional de Nápoles, tal qual como Cíbele, aparece segurando a sua cidade à cabeça não apenas ladeada pelas suas duas leoas de estimação mas transportando nos braços, quase ao colo, uma ninhada de leõezinhos!

A relação mítica de Éfeso com o fogo continuou lendária!

Xoana / xoanon ancient (wooden) cult images

This temple didn't last long. In 550 B.C. King Croesus of Lydia conquered Ephesus and the other Greek cities of Asia Minor. During the fighting, the temple was destroyed. Croesus proved himself a gracious winner, though, by contributing generously to the building of a new temple. (...)-- [4]

O rei Cresus da Lídia fez guerra expansionista à cidade-estado Éfeso e de terá destruído o templo de Éfeso presumivelmente pelo fogo, como soía acontecer durante assédios militares.

 

Ver: XOANA (***)

 

Outro piromaníaco relacionado com o templo de Artemisa de Éfeso foi Herostratus.

Herostratus was a young Ephesian who would stop at no cost to have his name go down in history. He managed this by burning the temple to the ground. The citizens of Ephesus were so appalled at this act they issued a decree that anyone who spoke of Herostratus would be put to death. -- [5]

Como em templo de “deuses do fogo” os espetos deveriam ser de ferro acabando por ser frequentes as destruições pelo fogo dos arcaicos templos de madeira de que derivam os templos gregos, a antiga população de Éfeso acabou por teimar erguer à deusa mãe do fogo um monumento «à prova de fogo», o Templo de Artemisa em Éfeso, o primeiro da história inteiramente construído em mármore e uma das sete maravilhas do mundo antigo!

The Artemis temple in Ephesus was one of the seven wonders in the antiquity. The largest structure of the Hellenistic world and the first building made up of marble fully. The Artemis temple of Ephesus was demolished and rebuilt seven times, according to the famous historian Strabon. It was built always to the same site. (...)

Before it was built by the architects, Theodoros from Samos, Chersiphon and his son Metagenes from Knossos of Crete. [6]



[1] http://www.thanasis.com/artemis.htm

[2] Velikovsky em "Worlds in Collision" and "Ages in Chaos".

[3] http://unmuseum.mus.pa.us/unmuseum.htm. Copyright Lee Krystek 1998..

[4] http://unmuseum.mus.pa.us/unmuseum.htm. Copyright Lee Krystek 1998..

[5] http://unmuseum.mus.pa.us/unmuseum.htm. Copyright Lee Krystek 1998..

[6] Myth Man's pages. Web, myth narration & graphics created & maintained by Nick Pontikis. mailto:mythman@mythman.com