domingo, 8 de junho de 2014

ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA! Invocação Da Aurora Ao «Deus Menino» Pascal. por Artur Felisberto.

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The Ôskhophoria, in honor of Dionysos, occurs on the same day as the Puanepsia. It may seem odd to honor Apollo and Dionysos, so often taken as polar opposites, on the same day, but we must remember that They share Delphi, and this is the time of year when the changing of the guard occurs. An ancient pot shows Them shaking hands over the Omphalos (World Naval) at Delphi.

The procession is led by the Oskhophoroi, two men dressed as women in ankle length tunics; this commemorates the two youths whom Theseus disguised as maidens to protect the other maidens. They carry vine branches still bearing grapes (ôskhoi). The herald carries a wand with a garland wrapped around it, rather than on his head, to signify the triumph of Theseus return mixed with the grief for his father's death. The procession also includes "Dinner Carriers," women bringing the Sacred Meal, which represents the meat, bread, and encouraging tales that the parents brought to the Twice-seven Children, who went to Crete with Theseus. When the procession, which starts at temple of Dionysos, arrives at the Shrine of Athena Skira (Athena as protectress of the grape harvest), there are cries of "Eleleu! Iou! Iou!" [1]

Eleleu! Iou! Iou! The yell is paradoxical in that "Eleleu!" (pronounced "e-le-LOO!") is a cry of encouragement (from elelizo, to rally), whereas "Iou!" (pron. "yew!") is a cry of woe (Latin Heu!). This was explained by the mixed joy and grief of Theseus' return and his father's death, but it also celebrates the death and resurrection of Dionysos as Vegetation God. -- [2]

22. 1. Quando ja se encontravam perto da Atica, devido ao jubilo que os possuia, Teseu esqueceu-se, e o seu piloto igualmente se esqueceu, de icar a vela que deveria assinalar a Egeu que regressavam incolumes. Egeu, num acto de desespero, atirou-se do cimo de um rochedo e pos assim termo a vida. 2. Uma vez desembarcado, Teseu celebrou pessoalmente, em Falero, os sacrificios que tinha prometido aos deuses no momento em que levantara ancora.76 Enviou, entretanto, um arauto a cidade, com a noticia de que tinham chegado a salvo. Este arauto encontrou, pelo caminho, muitas pessoas que choravam a morte do rei e outras que, cheias de alegria, como e natural, se mostravam desejosas de manifestar a sua simpatia e de o coroar pela noticia do feliz regresso. 3. E ele recebeu as coroas, com que cobriu o seu caduceu. De volta em direccao ao mar, uma vez que Teseu nao tinha ainda concluido as suas libacoes, mantevese a parte, para nao perturbar a cerimonia. Concluida esta, anunciou a morte de Egeu. 4. E foi por entre gritos e gemidos que todos tomaram, a pressa, o caminho para a cidade. Dai provem o costume, diz-se, que ainda hoje se mantem, de nao coroar o arauto, mas sim o seu caduceu, na festa das Oscoforias e de, no momento da libacao, os participantes gritarem eleleu, iou, iou. O primeiro grito e o que se costuma lancar ao fazer libacoes e entoar um pean, enquanto que o segundo assinala a dor e a agitacao. -- Plutarco, Vidas Paralelas. Traducao do grego, introducao e notas de Delfim F. Leão Universidade de Coimbra

O grito litúrgico "Eleleu! Iou! Iou!" referido para estas festas seria já uma corruptela, se bem que menor do que o "Ololugê", dum grito litúrgico de aleluia ainda mais arcaico e já conhecido nos cultos de Adónis do corredor Sírio e, de forma bem flagrantemente sonora, a «aleluia» judaico-cristão, seria a sobrevivência desse arcaico grito guerreiro transferido para a cerebração da vitória dos deuses da Primavera!

The true God will be called Jeu, the father of all the Jeus; his name in the tongue of my Father is this: ... But when he is set up as head over a11 the treasuries, in order to emanate them, this now is his type which I have finished setting forth. -- The First Book of IEOU

«Aleluia» < Hebr. Allelu-iah, louvai a Jeová

> Greek form of transcription, Hallelouia

> Variante judaica Hallelujah.

Hallelu-jah < Alellu | < Hal-El-lu! Ai! Ai! < (k)al, Her +Ai! Ai!

                                                                      > Alelu-(a)i-a(i) > «Aleluia».

Hallelujah, Halleluyah, or Alleluia, is a transliteration of the Hebrew word הַלְּלוּיָהּ (Standard Hebrew Halləluya, Tiberian Hebrew Halləlûyāh) meaning "[Let us] praise (הַלְּלוּ) Jah (Yah) (יָהּ)" (Sometimes rendered as "Praise (הַלְּלוּ) [the] LORD (יָהּ) or God"). It is found mainly in the book of Psalms. It has been accepted into the English language. The word is used in Judaism as part of the Hallel prayers. Alleluia is the Latin form of the word; it is used by Catholics in preference to Hallelujah. (…) Halleluyah is a composite of Hallelu and Yah (Jah). It literally translates from Hebrew as "Praise Yah, [third-person plural]!" or simply "Praise Yah!" Yah is the shortened form of the name YaHWeH (JeHoVaH), referred to as the Tetragrammaton.

"It was from the divine name Yah that the Greeks took 'Ie' in the invocations of the gods, especially the god Apollo. The name 'Ie' was written from right to left and inscribed over the great door of the temple of Apollo at Delphi (Taylor, p. 183). Iao, a variant of the Tetragrammaton, was applied to the Graeco-Egyptian god Harpocrates or Horus. Horus was called Harpocrates by the Greeks. The ancient Greeks had an acclamation similar to Hallelujah (Praise you Yah). They used Hallulujee in the beginning and ending of their hymns in honor of Apollo." - Taylor, p. 183. Source: b[3]

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Figura 1: Red Lehua Flower.

Halelehua – “casa del fiore di legua” (hawaiiano, legua, fiore della pianta 'ohi'a)

One day Pele, the goddess of the volcano, met a handsome young man named Ohia. She desired to have him as her sweetheart. He confessed that he already was in love with another young girl, Lehua. This enraged Pele and she used her magical powers to transform the young man into the ugly Ohia tree. Lehua was terribly sad and pleaded with Pele to return the young man back to his human form. Pele refused so Lehua begged the gods to help her to be reunited with Ohia.

Instead of changing Ohia back to a human, the gods transformed Lehua into a lovely red blossom to adorn the Ohia tree. Now when anyone picks a Lehua blossom, it will rain because the lovers have been separated.

Neste grito homenageia-se trifuncionalmente em sumério (ou uma outra língua arcaica universal), o deus supremo, Kal/r, o exército, Her e o guerreiro, uru! Seguia-se o nome do deus da guerra, Chu ou Ju(piter)! Uma sobrevivência deste grito pode ser o incitamento guerreiro português «Sus! Sus!» referido nas crónicas medievais[4]

Outro, de idêntica origem poderá ser a saudação académica coimbrã: «Aferriá-ha! Urra! Urra!»

Nesta estranha interjeição de sabor bélico parece ouvir-se uma muito mais arcaica variante do «Aleluia».

«Urra!» é uma obvia aclamação do deus Urano (Uras em sumerio e Ra ou Horus no Egipto) e «Haferriá!» < Aki Erri Ya(u) < Enki, Her, Yau. Sendo Enki = Kar podemos inferir que afinal a saudação académico seria uma variante do «Alelluia».

Porém, não espantaria se «Haferriá/Urra!» fora apenas a invocação do mais arcaico casal divino: Kafura e Urash!



[1] Ancient Greek Samhain Festivals John Opsopaus(c) 1996.

[2] Copyright © 1998 D.H. Killaly Barr. Last modified: September 28, 1998

[4] (de que virá a palavra susto).

quarta-feira, 4 de junho de 2014

EURICO, o chefe da guerra dos góticos, por Artur Felisberto

Dedicado ao deus Inominado
Según ciertos autores, los kallaikoí son ateos; mas no así los keltíberes y los otros pueblos que lindan con ellos por el Norte, todos los cuales tienen cierta divinidad innominada, a la que, en las noches de Luna llena, las familias rinden culto danzando, hasta el amanecer, ante las puertas de sus casas. Geografia II-4 – Estrabão.

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Figura 1: Petroglyphs from Scandinavia (Häljesta, Västmanland in Sweden). The glyphs are painted to make them more visible. It is unknown whether they were painted originally. Composite image. Nordic Bronze Age.
«Eurico» é um nome que tipicamente marca a passagem dos godos pela península Ibérica ainda que a sua utilização como nome próprio seja um revivalismo romântico decorrente da leitura de “Eurico, o presbítero”, novela histórica de Alexandre Herculano.
Eric, em escandinavo, significa "rei absoluto" e "soberano poderoso" o que pode ser já uma evolução semântica adaptada ao regime das monarquias escandinavas do sec. 17. Na verdade, a semântica da monarquia absoluta e centralizada foi sempre alheia à cultura germânica que teve de esperar pelo sec. 19, para alcançar a primeira unidade política alemã.
Em rigor, este nome é Eirik > Erik > Eric na Escandinávia, Eric em língua inglesa e na Dinamarca e Erich em alemão.
A origem escandinava deste nome sofre das mesmas incerteza da origem das chamadas “línguas germânicas”, oficialmente também supostas originárias da mais boreal das penínsulas europeias mas que, possivelmente, seriam apenas os falares dos povos que passaram a ocupar as regiões deixadas a descoberto pelo fim da última época glaciar, tanto a partir do centro continental caucasiano, como por via marítima ao longo de toda a costa europeia ocidental seguindo desde tempos imemoriais, primeiro as pisadas da talassocracia cretense e depois a dos “povos do mar”.
Mais do que uma unidade geográfica em torno do mar báltico ou étnica com base numa suposta raça pura ariana, os povos germânicos teriam partilhado de forma semi-nómada e ao sabor dos fluxos e refluxos dos glaciares uma cultura neolítica recentemente herdada dos povos peri-mediterrânicos enxertada numa mais arcaica cultura megalítica do final do paleolítico famoiriana de que resultou a mitologia nórdica pré-romana e que tinha como centro cultural o refúgio sueco de além-mar formado em torno da cidade santa de Upsala e fronteira ocidental da península da Dinamarca, por sinal terra dos Címbrios pré-germânicos.
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Figura 2: O rei Domalde é sacrificado em Upsala para expiar três anos seguidos de más colheitas, Painting by Carl Larsson (1853-1919). Since 1992 on a wall in the Swedish National Museum.

Ver: GERMANOS (***)

Eric, Erik, Erec, Eirik, Eirík, Eiríkr é um nome com raízes próximas na Noruega, derivado da forma antiga Eirikur que era um nome comum para reis e nobres como no caso do Viking Eirik “o vermelho”, explorador que fez a descoberta da Groenlândia.
*Urish-Kur => Eri(sh)-Kur > Eirukr > Eiríkr > Eirík > Eirik > Erik
> Eric (> Erec).             > Erich < Sumer. Eresh.
Sob o ponto de vista etimológico há que notar a pertinácia do étimo eiri- e a transformação por possível latinismo do sufixo terminal ikur ó ik-o.
A raiz etimológica de Eurico seria cognato com a raiz gaulesa –orix (Ver-singet-orix) de chefia e realeza correlativa também da tradição egeia dos kauroi.
Erec, a character from Arthurian legend.
Alrek & Eirík (em escandinavo antigo Alrekr e Eiríkr) eram dois reis lendários da Suécia.
Pois bem, estes dois mesmos nomes lendários vão aparecer no império visigótico Espanhol em gerações régias sucessivas.
Eborico (Euric) Rey suevo de la Gallaecia (583-584). También llamado Eurico. Sucedió a su padre Miro tras su muerte. Se vio obligado a reconocer a los visigodos como superiores, lo que provocó la sublevación de la aristocracia y el destronamiento del monarca.
Eur-ico em espanhol e português, também conhecido como Eurik, Evaric ou Erwig, foi rei dos visigodos (depois de assassinar o seu irmão, Teodorico II), entre 466 e 484. Era filho de Teodor-ico e sucedeu-lhe o seu filho Alar-ico II. [1]
                                                                    => A-vares.[2]
Eborico < E-wor-ik > *E-Wer-ik > Hi-Wer-ik > Iberish > Iberos.
      Eurico < Eurik ó *E-Wer-ik ó Hi-ber-ik > Heber.
                                 > Evrik ó Ervik > Got. Er-wig > Ervigio[3] > Arvigo.
*E-Wer-ik < E-kur-ik ó Kur-kike > *Her-Wik = Guerreiro do exercito.
                                   Lud | < laud |-wig < Wik = “Guerreiro louvado!
> Lo(d)uix > Louis > Luís.
Arvigo é uma municipalidade dentro sul do cantão suíço de Graubünden próximo a Ticino. O idioma oficial da municipalidade é italiano.
Como quase todas as entidades lendárias devem o nome a uma deusa tutelar que estes guerreiros defendiam e sob a qual se protegiam, é possível postular que Eurico ficou a dever o nome à deusa nórdica Eir.
Eir ("ayuda" o "piedad") es, en la mitología nórdica, una Ásynjur; conocía las propiedades medicinales de las hierbas y era capaz de la resurrección. Solo las mujeres podían aprender el arte de la curación en Escandinavia. Era buena amiga de Frigg.
Iria < Irene < Eirene < Eir-Ana, lit. Sr.ª Eir ou Iria | < Iriha < Iri-ka |.
Esta deusa era seguramente a mesma que foi Elaine entre os celtas e Eirene na Grécia.

Ver: MATER (***)

Parece estranho que o nome duma deusa da paz tenha andado associada a lides guerreiras mas, a verdade, é que em todos os tempos a paz dependeu sempre da guerra, facto que só aparentemente é paradoxal. De resto, quase todos os deuses marciais apenas entravam em acção no Outono, ou seja no fim da época das colheitas, e como Marte, que foi surpreendido em amores primaveris com Vénus, foram primordialmente deuses de fertilidade agrícola que a defesa do solo mátrio obrigavam a lutar. Por serem deuses primaveris, estes deuses eram também pascais, ou seja relativos a mitos de morte e ressurreição solar. Assim, Eir, Eirene ou Iria seriam variantes de Eresh, a rainha dos infernos dos sumérios que foi Perséfone entre os gregos a jovem filha de Deméter, mãe dos cereais, que foi raptada pelo rei dos Infernos, e que por intervenção de sua extremosa mãe ficou 6 meses como senhora da abundância primaveril e outros como e esposa do senhor dos exércitos do Kur, Ish-kur, Nergal, Erra / Erragal possivelmente com a variante mais arcaica *Urish-Kur, origem da forma gótica Erish-ik > Eir-Kur. O espantoso é que nos países nórdico tivesse focado como verdadeiro arcaísmo o eco do deus dos inferno sumérios que foi o Sr. Enki-Kur.


[1] Eric, in Norse, means "ever kingly" and "powerful ruler".
Alrek and Eirík (Old Norse Alrekr and Eiríkr ) were two legendary kings of Sweden. Eirik is a name with roots in Norway. It is derived from the old form Eirikur which was a common name for kings and noblemen. Famous people bearing the name of Eirik includes the Viking and explorer Eirik Raude
[2] Os ávaros eram originalmente da Ásia ocidental, considerados um grupo túrquico proto-mongol, que migrou para a Europa Central e Oriental no século VI d.C. O domínio ávaro sobre a Planície Panônia (a região entre os Cárpatos, os Alpes Dináricos e os Bálcãs) persistiu até o início do século IX.
[3] Arvigo is a municipality in south of the Swiss canton of Graubünden next to Ticino. The official language of the municipality is Italian.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

AFRODITE, UMA DEUSA MÃE, por Artur Felisberto.

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Figura 1: São raras as representações de Afrodite cuidando dos filhos, os Erotes.
Segundo as convenções mitológicas da época Afrodite estava reduzida às funções degradadas da prostituição sagrada transformada em prostituição comum na forma de Afrodite Pandemos. Por isso, nas intimidades de Afrodite os Erotes são filhos crescidos partilhando dos cuidados de beleza da diva. Neste caso particular, Afrodite recebe os carinhos de um dos Erotes mas o autor parece ter tido o rebate de consciência de representar a cena como sendo parte das intimidades entre mãe e filho e não uma forma velada de pedofilia como acontece nas representações convencionais de Eos perseguindo jovens adolescentes masculinos.
PLANCHE XLII. Nous voyons sur la pl. XLII le groupe amoureux de Vénus et de son fils, ou bien de Psyché et de son amant. La déesse, assise sur un rocher, est vêtue d'une tunique talaire recouverte d'un ample péplus parsemé d'étoiles. Elle a des chaussures aux pieds, un collier autour du cou, des bracelets aux poignets. L'Amour, debout devant elle, jette ses bras autour de sa mère, et, la couvrant de ses ailes, l'embrasse avec volupté. Une guirlande de perles descend, en forme d'écharpe, de son épaule droite sur le flanc gauche. Derrière ce groupe, on voit un miroir enrichi d'ornements et probablement à manche d'ivoire, commue on en trouve quelquefois dans les tombeaux étrusques. (...) En comparant ce groupe d'Aphrodite et d'Adonis à celui que nous avons sous les yeux, on comprend encore mieux ce qui a été dit plus haut sur le dogme religieux du dieu mari de sa mère, dogme que l'on retrouve aussi bien en Egypte et en Assyrie, qu'en Grèce. -- Elite des monuments ceramographiques, 4. Charles Lenormant and Jean de Witte.
Mesmo assim ainda há autores de séculos puritanos passados que consideram a cena deste vaso grego como sendo voluptuosa demais para ser maternal postulando que possa ser uma representação de Eros e Psiquete. No entanto, batas observar a cena desassombradamente para considerar que a diferença de idades é demasiada para ser de jovens enamorados. Obviamente que o dogma religioso do casamento sagrado (herogamos) da mãe com o filho é o pressuposto lógico de uma teogonia baseada na partenogénese da Virgem Mãe que por sua vez gera toda a criação acasalando com o deus Protágono, Eros / Fanes, do amor e da luz, criadores primordiais!
 
In all African and Arabian dialects, Nana and not Ishtar is the commonest term for Mother, the usual initial being Ma, Ya, Ye, Ni, and rarely Om and On; see the long list of over one hundred names given by Sir John Lubbock as those of the ‘non-Aryan nations of Europe and Asia’ and of ‘East Africa.’ There we see Ma and even Ama occasionally used for Father, perhaps because among some tribes the strange custom existed of his going to bed to protect and warm the infant as soon as born. (…). The Assyrian often represented Ishtar as the upright fish, probably because of the fecundative powers of the fish, and as the creature par excellence of water. The great mythic queen Semiramis, wife of Ninus, the founder of Nineveh or Ninus, was said to have sprung from a fish some twenty-three centuries B.C., and to be representative woman, Eva or Mary. -- Title: Fishes, Flowers, and Fire as Elements and Deities in the Phallic Faiths and Worship of the Ancient Religions of Greece, Babylon, Author: Anonymous.
Figura 2: Aphrodite Uraniana com o menino Eros.
Aphrodite is draped from hips downwards. In her left hand is an apple, her sacred fruit. Beside her stands Eros, naked, his right hand stretching up towards the apple.
Esta figura de Afrodite corresponde a uma arcaicas mitologias da Deusa Mãe com o «Deus Menino» Eros pela mão e a Quem dá a comer a «maçã de todo o carinho deste mundo».
Eros < Hero(i)s < Kerush > Ka(u)rish
< Iscur, o filho da «Sr.ª da Montanha»
(= «terra selvagem» = Ki-Ur)
que surgiu do seio de Tiamat
(< Ki-Ama-ish),
a deusa mãe do mar primordial.
 
Ver: EROS / KAR(o)
 
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Irnini (Irnina): Goddess of war assimilated with Ishtar.
Irnini < Irnina < Urnina < Urinanna < Ur + Innana > Uraniana.
Ora bem, a tradição de Afrodite Uraniana vem precisamente do nome desta deusa.
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Figura 3: Afrodite, a deusa mãe dos Erotes esvoaçantes como anjinhos no céu, filhos do mesmo cisne divino que emprenhou Latona.
Apenas judeus lúbricos poderiam encontrar erotismo preverso em tais cenas e, por isso, um dos equívocos bíblicos da venalidade feminina foi a fruta sagrada das deusas do amor, a maçã (lat. malum), que parece ter dado o nome ao mal do “pecado original” que por causa do deus menino (Dionísio) veio ao mundo e que, em boa verdade, nada tem de erótico tal como as representações de Isis, ou da deusa Eirene
(> Irene, cuja representação vem de seguida) ou, de facto, Eros só se torna suspeito de erotismo pedófilo com a decadência antiga e com o moderno classicismo.
Figura 4: Eirene, ou a «Nª.Sª. da Paz».
Em mitologia grega, Eirene ou Irene estava a deusa que personificou paz. Embora ela não fez um papel ativo em muitos mitos, Eirene ainda era uma fonte de inspiração para vários artistas antigos, escritores, e poetas. Em mito grego, o Horae seja deusas das Estações. O poeta Hesiod, no Theogony dele, reivindicações que estas deusas são as filhas de Zeus e Themis. Hesiod nomeia a Legalidade de Estações (Eunomia), Justiça (Dique), e Paz (Eirene).
Irnina acabou como Eirene (do mesmo modo que Urinana acabou como Urania, a musa da astronomia) já não deusa da guerra, que os gregos, emburguesados pela prosperidade do comércio marítimo começavam a abominar, mas, então, da paz.
Elaine = In Celtic mythology, Elaine (Lily-Maid) was a virgin goddess of beauty and the moon. She was the matron of road-building and a loveable leader of hosts.
Eir ("ayuda" o "piedad") es, en la mitología nórdica, una Ásynjur; conocía las propiedades medicinales de las hierbas y era capaz de la resurrección. Solo las mujeres podían aprender el arte de la curación en Escandinavia. Era buena amiga de Frigg.
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Elaine < Eraine < Eir + ene < Irnina.
                          > Irl. Eiru > (Santa) «Irene» > Iria.
 
Ver: ISIS & DEUSAS MÃES DOS HINDUS (***) & IRIA (***)
 
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Figura 5: Deméter & Triptolemos ladeados por Perséfona e Hecate num cortejo eleusino.
A forma atestada mais antiga do nome de Deméter é Da-ma-te, escrito em Linear-b Micénico). O seu carácter como deusa-mãe é identificado no segundo elemento do seu nome meter (μήτηρ) derivado PIE "mater" (a mãe). Já na Antiguidade foram apresentadas diferentes explicações para o primeiro elemento do seu nome. É possível que Da (Δα) (o qual se tornou no Ático De (Δη)), seja a forma Dórica Ge (γή); o antigo nome da ctónica deusa terra e Demeter seja a Mãe-terra. Esta raiz também aparece na inscrição em Linear-b E-ne-si-da-o-ne, “tremor de terra", como um aspecto do deus Poseidon. Porém, o elemento da- não é assim tão simplesmente comparado com "terra" de acordo com John Chadwick: [1]
[Chadwick, The Mycenaean World, Cambridge University Press, 1976, p. 87) "Every Greek was aware of the maternal functions of Demeter; if her name bore the slightest resemblance to the Greek word for 'mother', it would inevitably have been deformed to emphasize that resemblance. [...] How did it escape transformation into *Gā-mātēr, a name transparent to any Greek speaker?" Compare the Latin transformation Iuppiter and Diespiter vis-a-vis *Deus pāter.]
O elemento De pode ser relacionado com Deo, um sobrenome de Demeter que provavelmente derivou da palavra cretense deai (δηαί), jónio zeai (ζηαί) significando "cevada", de forma que ela é mãe do cereal e a doadora de comida em geral.
Quando os eruditos são teimoso e só vêm o que está em cima das suas cátedras existe a tendência para o culto das explicações mais rebuscadas que por consenso tácito inter pares permite a coexistência das mais variadas em volta do mesmo erro.
La terre, étant comme le sein qui reçoit les germes de la vie, ils lui donnent le nom de Mère. C'est pour une raison analogue que les Grecs l'appellent Déméter, nom qui diffère peu du mot Ghemeter (terre mère), par lequel on désignait anciennement la terre. C'est pourquoi Orphée a dit: «De tout être la terre est mère et bienfaitrice». -- DIODORE DE SICILE. BIBLIOTHÈQUE HISTORIQUE. TOME PREMIER : LIVRE I. Traduction française : FERD. HOEFER
No entanto teria bastado tropeçar no micénico Da-ma-te para se suspeitar que este seria de origem arcaica e cretense, como se sabe ser a raiz Da, e por isso seguramente próximo do conceito que chegou até a suméria como Tiamat por meio da língua franca cretense de que o sumério seria mera variante.
Tiamat < Ki-Ama-At > | Ge > Te > De | mat
> Micenic. Da-ma-te + Ur > Deméter.
 
Ver: TIAMAT
 
Quem estiver à espera de ver o nome de Deus ou da Deusa escrito nas estrelas para acreditar neles mais facilmente levará o criticismo cínico ao limite da dívida de os não ver onde eles estão. Obviamente que Deméter foi Deo porque foi a Deusa por antonomásia tal como foi a Deusa Mãe por excelência não apenas dos cretenses e micénicos mas também de todos os gregos contemporâneos destes com variantes e dialectos bem como de todos os que vieram depois com novidades teonímicas que a estas tiveram que se adaptar.
Quando à «cevada» cretense ser a causa do nome de Deméter por ser deai como era em jónio zeai só por pura blasfémia, ilógica e absurda, se pode postura tal coisa. Obviamente que foi a cevada que tomou o nome da deusa mãe de todas as coisas, incluído particularmente o alimento dos humanos que era o cereal que teve Ceres por patrona, porque era uma variante latina do culto de Deméter.
«Cevada» < *cibata < Lat. cibare, alimentar
< Lat. cibu, m. s.
< Ceva < Ki-Wa > Ziua > zeia.
                                       > Tea > Dea.
 
 


[1] The earliest attested form of Demeter's name is Da-ma-te, written in Linear B (Mycenean Greek). Her character as mother-goddess is identified in the second element of her name meter (μήτηρ) derived from PIE "mater" (mother). In antiquity, different explanations were already proffered for the first element of her name. It is possible that Da (Δα)  (which became Attic De (Δη)), is the Doric form of Ge (γή); the old name of the chthonic earth-goddess and Demeter is "Mother-Earth". This root also appears in the Linear B inscription E-ne-si-da-o-ne, "earth-shaker", as an aspect of the god Poseidon. However, the da- element is not so simply equated with "earth" according to John Chadwick:
The element De may be connected with Deo, a surname of Demeter probably derived from the Cretan word deai (δηαί), Ionic zeai (ζηαί) meaning "barley", so that she is the Corn-Mother and the giver of food generally.