sexta-feira, 13 de junho de 2014

PROMETEU, O DEUS QUE PREVIU E CUMPRIU! Por Artur Felisberto.

Prometeu ensinou os gregos a observar as estrelas, a cantar e a escrever; mostrou como fazer para subjugar os animais mais fortes; demonstrou-lhes como fazer barcos e velas e como poderiam navegar; ensinou-os a enfrentar os problemas quotidianos e a fazer unguentos e remédios para suas feridas. Por último, deu-lhes o dom da profecia, para o entendimento dos sonhos; mostrou-lhes o fundo da Terra e suas riquezas minerais: o cobre, a prata e o ouro e a fazer da vida algo mais confortável. Prometeu significava, literalmente, “aquele que prevê”. -- Publicado por Joana em 08:02 PM[1]
Quem prevê é profeta e sábio como Enki na suméria e Atena na terra dos gregos. Atena seria a própria mãe de Enki.
Prometeu, um titã primo de Zeus que tinha dado o fogo aos homens, um elemento natural misterioso de cujos benefícios até então somente os deuses tinham desfrutado.
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Figura 1: A ira divina de Zeus por Prometeu ter roubado o fogo dos deuses para o dar aos homens foi tal que, como supremo castigo por tal crime sem perdão, lhe passou literalmente a «roer os fígados» para toda a eternidade, na forma de uma águia!
A Prometeu e seu irmão Epimeteu foram dadas as tarefas de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu se a supervisionar depois de pronta. Assim Epimeteu atribuiu a cada animal dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, que deveria ser superior a todos os animais, Epimeteu já gastara todos os recursos e assim, recorre a seu irmão Prometeu que com a ajuda de Minerva roubou o fogo que assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses.
Tinha também ensinado os homens a oferecerem aos deuses apenas a gordura e os ossos em sacrifícios de animais, mantendo as melhores partes para eles próprios.
Prometeo era filho do Titã Japeto, irmão de Cronos. Prometeo tinha um irmão chamado Epimeteu e ambos representam os dois lados da natureza humana. Prometeo inicialmente se aliou a Zeus, na guerra contra Cronos. Mais tarde assistiu ao nascimento de Atenea, a quem ensinou a arte da arquitectura, astronomia, navegação, matemáticas e medicina entre muitas coisas. Numa ocasião, Zeus considerado por Prometeo como um tirano, quis repartir um boi oferecido em sacrifício em duas partes uma para os deuses e outra para os homens. Prometeo pegou nos restos do animal e distribuiu por duas bolsas, numa pôs a carne cobrindo-a com as entranhas do animal e na outra os ossos cobertos pela gordura. Zeus escolheu os ossos e ao dar-se conta do engano encolerizou-se com Prometeo. Zeus quis-se vingar e arranjou uma bela mulher a quem lhe chamou Pandora e a mandou a Epitemeo, que se apaixonou por ela, ainda que o irmão lhe tivesses dito para não aceitar qualquer oferenda de Zeus.
Para punir Prometeu, Zeus acorrentou-o num alto penhasco das montanhas do Tártaro. Outros terão encontrado o seu rasto nos montes Cárpatos porque um seu equivalente Proteus era originário desta ilha grega entre Creta e Rodes. Diariamente enviava uma águia para lhe comer o fígado, que voltava a crescer à noite.
Esse castigo devia durar 30.000 anos.
Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos se dedicou a aventuras por sua conta e risco. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.
Zeus tem neste mito o papel de Enlil e deve ter sido muito desagradável para o homem da cultura clássica ouvir dizer que o seu deus supremo ficou em tempos supremamente zangado pela façanha humanista de Prometeu! Na verdade, tal como Enlil, Zeus não era um deus muito popular entre os gregos que o preferiam a Hermes e Apolo.
Não suficientemente contente, Zeus resolveu vingar-se do próprio Prometeu, entregando-o a Hefesto, seu filho, e aos seus seguidores, Krakós e Bia (o Poder e a Violência).
De forma implícita o mito sugere que Prometeu teria sido um deus do fogo, possivelmente uma forma de Hermes Agoraios.
Hermes Agoraios is a fire-god, invested with many solar attributes, and represents the quickening forces of nature. In this capacity the invention of fire was ascribed to him as well as to Prometheus; He was said to be the friend of mankind, and was surnamed Ploutodotes, or "the giver of wealth."( [2])
Prometeu < Phorme, lit. deus Forma < Kur ma Kiku > Hermex < Hermes.                > Prau-ama-tu > Hindu Par-ama-ta.
Sendo assim, Prometeu não seria senão a forma de Hermes mais próxima do pai da criação que foi Kuku, o deus do fogo do Kur, Enki/Zeus!
Hermes as an inventor of fire is a parallel of the titan Prometheus. -- [3]
Funcionalmente, o deus da criação no Egipto foi Fta, deus do fogo e da «nafta» altamente inflamável como Prometeu.
 

Ver: TEFNU (***) & CARMENTA & ADAPA

 
Proteus - first man. A son of Poseidon, god of the sea, his attendant and the keeper of his seals. Proteus knew all things past, present, and future but was able to change his shape at will to avoid prophesying. Each day at noon Proteus would rise from the sea and sleep in the shade of the rocks on the island of Carpathus with his seals. He was subject to the sea god Poseidon, and his dwelling place was either the island of Pharos, near the mouth of the Nile River, or the island of Carpathus, between Crete and Rhodes. Anyone wishing to learn the future had to catch hold of him at that time and hold on as he assumed dreadful shapes, including those of wild animals and terrible monsters. If all this proved unavailing, Proteus resumed his usual form and told the truth.
Este mito solar óbvio é um dos muitos que terão pretendido explicar a quotidiana mortalidade do sol que nasce entre as duplas montanhas «escarpadas» das ilhas do oriente e se esvai ensanguentado nas cores alaranjadas do poente! A relação com a ilha de Faros é óbvia e possivelmente posterior à construção do farol de Alexandria. Faros seria uma antiga variante deste nome deste deus solar.
Proteu seria então uma variante possível e com sentido do nome deste deus mortal filho do Kur.
            < Phrautu < Phartu > Pharush > Faros.
Proteu < Phro-teus < Kur-kius, filho de Enki-Kur!
Proteu = Pró-(ama)-teus ó Prometeu.
Por outro lado é quase seguro ter existido confusão entre Proteu e Prometeu.
Do ponto de vista da teologia mítica, Prometeu foi uma variante do nome de uma dos primeiros «filhos de deus» sacrificados pelo pai para salvação da humanidade. Na verdade, a águia é, como se sabe, um dos animais totémicos dos deuses supremos das tempestades e, por isso, neste mito só pode ser o próprio Zeus. Deste modo o mito encobre a antiga antropofagia divina que os sacrifícios humanos representavam e que se mantiveram até à queda das civilizações ameríndias.
In the myths relating to Prometheus, the lightning-god appears as the originator of civilization, sometimes as the creator of the human race, and always as its friend, suffering in its behalf the most fearful tortures at the hands of the jealous Zeus. In one story he creates man by making a clay image and infusing into it a spark of the fire which he had brought from heaven; in another story he is himself the first man. In the Peloponnesian myth Phoroneus, who is Prometheus under another name, is the first man, and his mother was an ash-tree.
Por outro lado, pela sua etimologia era a forma solar, simpática, humanista e benfazeja do «filho do deus»« do fogo que era etimologicamente o próprio Zeus.
Phoroneus > Pró-(Ana)-Heus º Pro-(Amat)heos > Prometeu.
Prometeu = Phorma-teo, lit. «Deus *Forma», filho / esposo da Deusa Mãe, Afrodite Morfo
<= Pro |< *Phro < Phar < Kar | + me + Teo = Kar me Kiu.
De acordo com algumas fontes, Prometeu acabou sendo libertado por Hércules, mas outras dizem que foi libertado por Zeus, quando finalmente concordou em contar-lhe um importante segredo.
Já por aqui se vê que começa a ser suspeita a fidedignidade da mitologia. Hércules foi seguramente um dos epítetos solares do deus supremo.
Quanto ao conteúdo seguinte do mito, em que o próprio deus supremo tem receios de profecias de mau agoiro, tal só pode ser reflexo duma óbvia mistificação mítica em que se confundem histórias de intrigas palacianas verosímeis e velhos mitos de deuses primordiais do fogo.
Ora, o relevante segredo de Prometeu relacionava-se com o mistério do nascimento de Aquiles e a deusa Tétis, que era tão bela que contava com vários deuses entre seus admiradores, incluindo Poseidon e o próprio Zeus; entretanto uma profecia conhecida apenas por Prometeu predisse que o filho de Tétis estava destinado a ser mais importante que seu pai. Ao saber disso, Zeus abandonou rapidamente a ideia de ser o pai de um filho de Tétis, decidindo, ao invés, que se a deveria casar com o mortal Peleu; o filho nascido deles seria Aquiles, o maior dos heróis gregos em Tróia.
Este mito dum filho de Deus tão ou «mais importante que seu pai» atravessou a história cultural até ao aparecimento de Cristo, filho de deus sentado à direita do pai e que acabou por construir um império religioso cristão maior do que o povo judeu, o eleito do pai!
 
Ver: TETIS / PELEU & TETIS (***)
 
CROM CRÚACH
Civilizações de origem coeva mas que terão permanecido imóveis no tempo e, por isso, mais arcaicas, permitem-nos chegar ao irlandês Crom Crúach. Também este deus celta seria uma serpente emplumada como o disco solar alado dos egípcios. O significado de crescente sangrento seria uma forma mal decorada duma mais antiga relação deste deus com a cobra mãe primordial e, portanto teria o significado de “guerreiro filho da mãe” como Hermes. Uma variante egípcia do deus cobra Tifon/ Piton foi Set que já por si seria até certo ponto uma mera variante de Hóros-o-velho.
Set < Seth < She-Pta > Grec. Hepta < *Hauphita < Kau-Kita
> Ki-O-phita, a cobra primordial + an
=> Apolo | Piton < Phiton ó Tiphon.
Crom Cruach = The chief idol of Eirin. This huge object stood on the plain of Mag Sleact (the plain of adoration or prostration) in County Cavan in Ulster. Situated around him were twelve smaller idols made of stone while his was of gold. To him the early Irish sacrificed one third of their children on Samain (November 1) in return for milk and corn and the good weather that insured the fertility of cattle and crops. The god was held in horror for his terrible exactions; it was even dangerous to worship him, for the worshippers themselves often perished in the act of worship. It is said that his cult was introduced by a pre-Christian king names Tigernmus. During the prostrations one Samhain night, he and three fourths of his followers destroyed themselves.
The twelve lesser idols that encircle Crom have led to the assumption that he was a solar deity; certainly a fertility god. However, he has not been identified with any of the ancient Irish gods. According to legend, St. Patrick, the patron saint of Ireland, cursed and destroyed it (the idol sunk back into the earth). The saint preached to the people against the burning of milk-cows and their first-born progeny.
Crom Cruach, or Cromm Crúac means bloody crescent or bloody bent one and is mentioned as such in the 6th century Dinnshenchas in the Book of Leinster. It is also referred to as Cenn Crúaic (bloody head) in the Tripartite Life of Patrick. Another name is ríg-íodal h-Eireann, the king idol of Ireland -- by Micha F. Lindemans.
Crom | < Kraum < Kur-ma | Cru-ach | <
                                Kur-ish => Kur-ma-ish > Hermes
Tigernmus < Tigerminus < Te-Kur-minus => Hermes Trimegisto, nome que é uma verdadeira redundância como Crom Cruach
                                                                           > Croma-tos, o deus da cor púrpura como Mirtilho.
Assim, o culto antigo de Hermes seria o de um deus cobra que mais não seria do que Tamuz, o deus de morte e ressurreição e os sacrifícios humanos que permaneceram na Irlanda, entre os Maias e os Azetecas. Hermes Trimegisto era o patrono do esoterismo e, portanto, a sobrevivência pitagórica de antigos cultos de iniciação pascal o que reforça a ideia que os sacrifícios humanos seriam o resultado distorcido de uma mística exacerbada de autosacrífício que entre os maias ainda era paralelo com o sacrifico humano. A iniciação seria um acto de desafio no final da preparação guerreira e o sacrifico humano terá começado por ser o resultado duma prova de bravura e coragem durante o qual o novo guerreiro vencia um inimigo, ganhava o seu escalpe primeiro troféu de guerra sacrificando-as senhores da vida e da morte que era Antu / Anat e o seu filho Enki. Este culto teria tido origem no antigo império minóico. A lenda de que ¾ dos seguidores do rei Tigermnus teriam perecido durante uma cerimónia do dias dos mortos pode ser a reminiscência da catástrofe que destruí a talassocracia cretense colocando-nos na pista de que este deus seria o vulcão faroleiro do mar egeu cuja explosão destruí a ilha de Tera.
 
 
PANDORA
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Figura 2: O Nascimento de Pandora.
Zeus deu a Pandora uma caixa que retinha todos males, dizendo-lhe em seguida para não a abrir nenhuma situação, mas Pandora curiosa quis abrir a caixa e todos os males se estenderam aos humanos.
"Pandora" means "all giver" or "all endowed," and even Hesiod says that Athena gave her skill in the crafts, and Aphrodite gave her charm and attractiveness. (Her failings - shamelessness and treachery - are credited to Hermes.) She is also called Anesidora, "Sender-forth of all Gifts," which is a name of earth goddesses. Indeed, Pandora was probably originally an earth goddess; in some early representations we see her emerging from the ground like Kore, and it is said that she was created from clay and water. But she was an earth goddess of a special kind, for she was made (by Hephaistos, Prometheus, or Epimetheus, in different versions). Thus the myths stress the close connection of women and the earth, but also show that the feminine was a cooperative creation of primordial humanity and the earth. By this creation, humankind was completed, and we came into the ills and opportunities of our full humanity. (Gantz 163-5; Kerenyi, Gods 219-20; OCD s.v. Prometheus)
De Pan terão surgido:
Anesidora (> Ana Isa-dora) < Aneshi (Anaís)|
< Enki = Kian |-Thaura > *Phan-Kaura > Pan-Thora > Pandora
                                         > Centaur < Kiantaur > *Pan-Kaura
                                        > Panthaurus > Pandaurus > Píndaro.
Dhanvantrai is the doctor of gods. He had a sacred pot in his hand. The pot contained the celestial nectar, which when consumed would result immortality.
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Figura 3: Pandora filha ou irmã de Atenas, e filha ou irmã, e esposa de Hefaístos?
Na mitologia grega, Pandora ("bem-dotada") foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo. Em sua criação os vários deuses colaboraram com partes; Hefestos moldou sua forma a partir de argila, Afrodite deu-lhe beleza,
Apolo deu-lhe talento musical, Deméter ensinou-lhe a colheita, Atena deu-lhe habilidade manual, Poseidon deu-lhe um colar de pérolas e a certeza de não se afogar, e Zeus deu-lhe uma série de características pessoais, além de uma caixa, “a caixa de Pandora”.
Por ordem de Zeus, Prometeu foi preso e condenado a ficar acorrentado no alto de uma montanha, onde todos os dias um corvo gigante vem comer-lhe as vísceras que são regeneradas à noite, ficando fadado a sentir dores por toda eternidade. Antes, porém, ele deixou uma caixa contendo todos os males que poderiam atormentar o homem com seu irmão Epimeteu, pedindo-lhe que não deixasse ninguém se aproximar dela. Os homens começaram a devastar a Terra e, a fim de castigá-los, os deuses reuniram-se e criaram a primeira mulher, a qual foi baptizada como Pandora e incumbida de seduzir Epimeteu e abrir a caixa. Naquela época os deuses ainda não moravam no Olimpo mas em cavernas. Epimeteu colocara duas gaiolas com gralhas no fundo da caverna e a caixa entre elas. Caso alguém se aproximasse, as gralhas fariam um barulho insuportável, alertando Epimeteu. Seduzindo-o, Pandora conseguiu convencê-lo a tirar as gralhas da caverna sob o pretexto de que tinha medo delas. Após terem-se amado, Epimeteu caiu em sono profundo. Pandora foi até a caixa e a abriu: um vortex de males tais como mentira, doenças, inveja, velhice, guerra e morte saíram da caixa de forma tão assustadora que ela teve medo e fechou antes que saísse a última delas: o mal que acaba com a esperança.[4]
Pandaurus = “In Greek mythology was the leader of the forces of Zeleia in Lycia at the Trojan War.
Dhanvantrai < Than | Wantari < Pantaurus > Panthaura > Pandora.
Como primogénita, Pandora seria seguramente uma gigante titânida e/ou uma centaura filha do velho e satírico Pan, se não tivera acabado como a primeira mulher das teogonias helénicas, aquela de quem todos os males vieram ao mundo, como se diz no génesis a respeito de Eva, mito seguramente em moralismo patriarcal paralelo. Na verdade, Eva tem, foneticamente, algo de Eia pelo que não se lhe podem recusar ligações ao mesmo mito de Pandora, seguramente filha de Enki/Ea. Interessante será referir que entre os etruscos T(a)urana era Vénus e taurina era Ishtar, mulheres dos desejos incontidos por causa dos quais tantos males vinham aos homens!
Pandora < Pan-Thaura < Pan-| Kaura
> Kora | , lit. a mãe de todos os guerreiros e koras como Macarena.
As titânidas eram deusas antigas primordiais possivelmente hititas. No entanto, Pandora enquanto “senhora do pote” seria uma “Sr.ª das Dores” portadora dos lenimentos curativos como Nut / Anat, logo seria uma variante da Deusa mãe primordial. Daí o facto de os atenienses não conseguirem negar que Atena tivesse sido amante de Prometeu / Hefesto (/ Enki / Hermes).
Pois bem, que existiu uma verdadeira transferência de cenários míticos a partir dos deuses primordiais para os primeiros mortais é patente em vário mitos como por exemplo, no do persa Gaiomard, literalmente Marte Gaio.
A mesma relação semântica que existe entre Gayomard e Ganimedes pode ser extraída da relação entre Pandora e as deusas das bebidas alcoólicas que, nem de propósito, passam pelo nome de Hebe, a deusa da ambrósia, que não seria senão uma variante étmica de Eva, a mulher que deu o pomo da sabedoria afrodisíaca a Adónis, Adão.
O rasto da relação do mito da mãe Gaia primordial terá chegado à china na forma de Gaomai, que na boa tradição da passagem do matriarcado ao patriarcado passou de homem a mulher, quando originalmente seriam um par de gémeos.
Gaomei = Originally an ancient Chinese goddess whose name, means "first mother". She was later changed into a male divinity.
 
 


[1] http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/087585.html
[2] Myths and Myth-Makers: Old Tales and Superstitions Interpreted by Comparative Mythology, by John Fiske. Section III.
[3] http://www.mlahanas.de/Greeks/Mythology/Hermes.html

HERMES TRIMEGISTO O TRIO DE HADES/OSIRIS, HERMES/TOTH & ANUBIS/APOLO LICEU. Por Artur Felisberto.

clip_image002Figura 1: Hermes como juiz dos mortos na morte de Sarpedon num belíssimo vaso de Eufrónios.

HERMES UM JUIZ DOS MORTOS

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Figura 2: Hermes pesando a almas dos heróis perante a surpresa de Eos.

Hermes é quase o nome de Hímeros, um dos Erotes, ao contrário, o que não terá sido inteiramente ao acaso visto que Hermes era não apenas mais um anjo, do mesmo tipo dos filhos de Afrodite, como seria quiçá o pai dos filhos desta, obscura razão pela qual ainda apresentava na iconografia clássica alguns apêndices alados no caduceu do bastão, no chapéu e nas sandálias e era pelos gregos, por equivoco semântico possivelmente assim originado, considerado por antonomásia o «mensageiro» dos deuses.

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Figura 3: Hermes seria um dos Erote adulto e um mensageiro de Afrodite e pai dos amores!

Quand on étudie les noms divins de la Grèce et de l'Italie, on s'aperçoit qu'ils passent aisément d'une forme simple à une forme plus compliquée. Le nom ´Eriounniosç que porte Hermès donne l'idée pour ce dieu d'un nom élémentaire qui devait se confondre avec celui d'Éros. Iris, dont le caducée est l'attribut, est de même antérieure à Hersé. De Y Hermès hellénique on passe au Tunns des Etrusques, le même que le Terminus des Latins. Hersé conduit à Pcrsé ou Perséis, dont la forme masculine est Persès; Persé est, à son tour, le principe du nom compliqué de Perséphatta, comme Persès fournit Perseptolis. Vouloir comprendre encore le nom latin de Mercure dans cette recherche, ce serait peut-être pour le moment forcer la mesure et nous nous en abstiendrons. Mais on peut annoncer d'avance que ce nom rentre dans les mêmes conditions que celui d'Hermès. – Charles Lenormant; Jean Joseph Antoine Marie de Witte, Élite des monuments céramographiques: matériaux pour l'histoire des religions et des moeurs de l'antiquité (Band 3).

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Figura 4: Psicostasia .

Har-nedj-itef (Harendotes) - An Egyptian guardian god, one of the manifestations of Horus. In this form, he guards his father Osiris in the underworld and therefore called "Horus the savior of his father". also protects the dead and is portrayed as a falcon on sarcophagi.

É estranho que neste caso Harendotes, a versão de ouvido dos gregos, pouco tenha a ver com a etimologia de Trimegisto mas, algo se passou que fez com que seja também foneticamente afastada de Har-nedj-itef.

Harendotes < Harendjotesh < Kar-Endji-tef

< Kur-Enki-teku > Har-nedji-tef.

Para Enki = Minus => Kur-Enki = *Kerminus, e então =>

Karme-tishu > Karme tisho > *Thurme Phiasto

> Tryme-kesto > Trimegesto > Trimegisto => Hermêz!

Possivelmente ambas as versões sofreram mutações fonéticas difíceis de compreender por agora. O certo é que Hermes Trimegisto era considerado o Deus Egípcio do ocultismo que costumava também adorar relacionado com Tote. Sabemos que foi Tote e não Horus quem foi identificado pelos gregos com Hermes, o deus dos mortos da «4ª feira de Cinzas»!

Figura 5: Tot no Tribunal de Osíris.

The god of wisdom, Thoth was said to be self-created at the beginning of time, along with his consort Maat (truth), or perhaps created by Ra.

Dito de outro modo, seria o mesmo que dizer que Tote era uma variante do nome de Enki.

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Thoth < Tahuti < Ta-| Kuti < Ki-ut < Teo | Kuki > Kauki > Caco / Enki.

Thoth was depicted as a man with the head of an ibis bird, and carried a pen and scrolls upon which he recorded all things. He was shown as attendant in almost all major scenes involving the gods, but especially at the judgement of the deceased. He served as the messenger of the gods, and was thus equated by the Greeks with Hermes.

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Figura 6: Psicostasia dos heróis da guerra de Tróia.

Ora bem, sendo assim, Tote não precisava dos adereços voláteis de Hermes para voar pois ele era afinal a serpente emplumada em forma de pelicano. Ora, se entre as mulheres divinas encontramos a tradição das «tridivas» também aqui encontramos as três formas divinas do deus dos mortos: Osíris o «morto vivo», Anubis/Anpu, o «lobisomem» apolíneo, e o hermético pelicano ou ave de pescoço de «serpente emplumada» que pode ter sido Tote.

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Figura 7: Toth, Tot, Tôt, Thoth

ou Zonga é o nome em grego de Djehuty (ou Zehuti), um deus pertencente ao panteão egípcio, deus da sabedoria um deus cordato, sábio, assistente e secretário-arquivista dos deuses.

É uma divindade lunar (o deus da Lua) que tem a seu cargo a sabedoria, a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos.

Era frequentemente representado como um escriba com cabeça de íbis (a ave que lhe estava consagrada). Também era representado por um babuíno.

Thoth served in Osirian myths as the vizier (chief advisor and minister) of Osiris. He, like Khons, is a god of the moon, and is also the god of time, magic, and writing. He was considered the inventor of the hieroglyphs.

Seguramente estes deuses eram, na tradição piedosa de sincretismo religioso dos egípcios, variantes e avatares do arcaico deus do fogo que teia sido Kako/Enki. As semelhanças de Toth com Khons permitem a correlação com o canídeo Anpu, (< também Khaunus, o «cão» < kaunuki < Kian Kaku) e não deixam de ser expressivas quanto a estas virtualidades.

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Figura 8: Hermes pesando os keres dos heróis!

Sometimes the whole complex conception is wrapped up in the notion of a single dog, the messenger of the god of shades, who comes to summon the departing soul. Sometimes, instead of a dog, we have a great ravening wolf who comes to devour its victim and extinguish the sunlight of life, as that old wolf of the tribe of Fenrir devoured little Red Riding-Hood with her robe of scarlet twilight. Thus we arrive at a true werewolf myth. The storm-wind, or howling Rakshasa of Hindu folk-lore, is "a great misshapen giant with red beard and red hair, with pointed protruding teeth, ready to lacerate and devour human flesh; his body is covered with coarse, bristling hair, his huge mouth is open, he looks from side to side as he walks, lusting after the flesh and blood of men, to satisfy his raging hunger and quench his consuming thirst. Towards nightfall his strength increases manifold; he can change his shape at will; he haunts the woods, and roams howling through the jungle." [1]

À primeira vista parece espantoso que a primeira preocupação cultural da humanidade tenha sido com a vida para além da morte quando era a vida neste mundo que deveria ter sido motivo das maiores preocupações, de tão precária e quase efémera que ela era então tanto em termos de longevidade/mortalidade quanto de qualidade/morbilidade. Porém, a verdade é que a lógica dos instintos vai precisamente no sentido de que, quanto mais precária e esforçada for a sobrevivência, mais valor tem e mais custa deixa-la.

Assim sendo, os cultos dos mortos apenas reflectem o quanto a humanidade aprendeu, na luta pela sobrevivência, a valorizar o gosto de viver de forma culturalmente digna e civilizadamente humana!

Pela vasta e acumulada experiência nas suas funções de juiz das almas dos mortos, foi convidado para ser um dos juízes do primeiro concurso de beleza celestial, ao lado de Páris, razão pela qual se pode pressupor que esta entidade mítica não era senão uma manipulação política posterior feita a pretexto de um facto verosímil relativo a um dos muitos episódios do ciclo da guerra de Tróia e em torno de um mito solar mais arcaico relativo a Apolo, o deus do sol diurno, em contraste com Hermes que era o deus do sol-posto.

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Figura 9: Hermes, numa cena do julgamento de Paris dum vaso grego arcaico. Notar que o caduceu seria um «bastão (do poder) das cobras» (cretenses) utilizado como sinal de poder de bons curativos e de melhores julgamentos, uma vez que nesta cena é transportado também por Paris, também ele no papel de juiz dum concurso de beleza divina. Por outro lado, Hermes é o juiz de todas as contendas representadas em múltiplos vasos gregos. Por ser um juiz dos mortos que os gregos mais respeitavam, Hermes acabou por ser o juiz por antonomásia, ou seja, o símbolo do proprio julgamento e uma espécie de juiz divino do supremo tribunal da verdade!

De facto,

Páris < Phar ish < *Kar-Kaka

 => Kaka-kar + lu > Apkallu > Aphallu > Apolo (Licaios).

 

Ver HADES & O INFERNO (***) & APOLO (***) & SOL-POSTO (***)

 

Hades and Persephone were also seen to be judges of the dead, and in this capacity they were assisted by three heroes whose earthly deeds had identified them as great in wisdom and justice. They were called Minos, Rhadamanthys (< Urash-Ama-Antu-ish) and Aeakos (< Ayacos < Hajacos < kaxacos < *Kakikos), the last also being the gatekeeper of the lower region of Hades.

Parece que existem outras versões em que o terceiro juiz era Sarpedon.

History: (Greek-Roman Myth) - Tartarus is the underworld to which the spirits of the dead, particularly those who worshipped the Olympian Gods, were escorted by the god of death known as Thanatos. Upon arrival in Erebus, the ferryman Charon carried the dead across the Styx. Guarded by Cerberus as they entered into Hades, they were judged over by Minos, Sarpedon and Rhadamanthys who judged over the dead as to whether they were good or evil in life. Those who gained the favor of the gods were allowed to spend the afterlife in the region of Elysium while those judged evil were imprisoned in Tartarus for punishment. After being judged, the spirits of the dead were required to drink from Lethe, a spring that made them forget their lives on Earth.

A prova de que as tradições clássicas nesta matéria não eram uniformes confirma-o o facto de Hermes ser, afinal, o juiz dos mortos mais popular e nem sequer parecer fazer parte da tróica minóica. No entanto, como adiante se verá, Hermes pode ter tido uma variante *Carminos que pode, por sua vez, ter sido um dos nomes de Sarpedon e de Eros.

 

Ver: PIETA / SARPEDON (***)

 

Ora, com Sarpedon a fazer parte desta junta de Juizes de resurso supremo temos então possibilidade de comparar estes deuses com identica trilogia avéstica.

Legends, which are probably not those of Zarathushtra's original teachings are: After death, the urvan (soul) is allowed three days to meditate on his/her past life. The soul is then judged by a troika Mithra, Sraosha and Rashnu. If the good thoughts, words and deeds outweigh the bad, then the soul is taken into heaven. Otherwise, the soul is led to hell. -- Farhand Mehr, "The Zoroastrian Tradition", Element Books, (1991)

Mitra < Mi(n)tar < Minotauro, lit. o touro de (ou o próprio) Minos.

Radamanto < Rhadaman-Tis, lit. o deus Ratha-Minos

=> o deus Ratha = Anu | Urat > Urash > Rash | > Rash-anu > Rashnu.

Sarpedon = Sar-Phit-on < *Kar-Kiki-(anu) > Sra-aush > Saraosha.

*Kar-Kiki > *Ka®kikos > Hashacos > Hajacos > Ayacos > Ajax.

Mitra é seguramente Minos, Rashnu, Radamanto e Sraosha, Sarpeidon, cuja variante etimologicamente mais deteriorada seria Ayacos, ou seja, a tradição persa conserva a tradição grega. A primeira impressão seria pensar que esta era uma partilha indo-europeia mas começamos a suspeitar que a chamada tradição indo-europeia não será mais do que a primitiva tradição minóica, por esta cultura espalhada por todo o mundo, mas cujas ligações directas foram perdidos com a destruição da Atlântida. Claro que se poderia contrapor que teriam sido os gregos que, na sua infantil ignorância do passado confirmada pelo sacerdote saíta de Platão, teriam remontados as suas tradições mais arcaicas aos tempos minóicos do mesmo modo que as gentes do povo português costumam reportar lendas e ruínas antigas ao tempo da dominação árabe falando em “moiras encantadas” e, concretamente em pelo menos um lugar duma aldeia de Seixas, no alto douro, chamando “fonte da moira” a um legado facilmente inidentificável como de origem romana. No entanto, embora tal objecção não elimine a realidade minóica de que os gregos tinham, apesar de tudo, alguma lembrança, seria difícil que tivessem incorporado sistematicamente no nome de alguns dos seus deuses primordiais étimos incontestavelmente minóicos.

 

Ver: MITRA / ABATUR (***)

 



[1] Myths And Myth-Makers, John Fiske.