sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

TALASSA, a deusa mãe do mar Egeu, por artur felisberto.

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Figura 1: Esquadra da talassocracia cretense.
Thálatta! Thálatta! ("O Mar! O Mar"!) foi este o grito de alegria quando os vagueantes e fugitivos 10.000 gregos viram o Ponto Euxino (o Mar Negro) de Monte Theches (Θήχης) na Armênia, depois de participarem na marcha falhada de Ciro, o Jovem, contra o Império Persa no ano 401 AC. A montanha estava só a cinco dias de marcha da cidade litoral amigável Trapezus. A história é contada por Xenofonte no seu livro Anabasis. Thálatta (θάλαττα) é a forma ática da mesma palavra. Em Iônico, Doric, Koine, bizantino e o grego Moderno esta é thálassa (θάλασσα). [1]
O povo grego chegou à sua terra por caminhos terrestres e pelo norte. Errara durante tanto tempo pelas estepes da Ásia e da Rússia, caçando ou empurrando diante de si o seu magro gado, que esquecera o nome da extensão marinha, designada por palavras semelhantes em quase todos os povos indo-europeus, seus parentes. A essa planura líquida que o latim e as línguas que desta se derivam chamam mare, iner, etc., as línguas germânicas Meer, See, sea, etc., e as línguas eslavas more, morre, etc., não tinham já os Gregos nome para 1he dar...[2]
Se as coisas antigas tivessem acontecido desta forma romanceada, talhadas à medida da mitologia de povos indo-europeus em movimento: tão desordenadas porque esfomeadas quanto o foram mais tarde as invasões barbaras, (que afinal já eram o que sempre terão sido enquanto os antigos povos de caçadores nómadas se não sedentarizaram!) seria difícil de explicar porque é que estes povos pré-gregos, que também ditos indo-europeus e que se vieram a revelar mais tarde tão engenhosos, desconheciam o mesmo mar que os restantes povos indo-europeus, referidos como exemplo, teriam conhecido. No entanto, nem sequer se reparou que os ingleses teriam que ser qualificados de modo idêntico porque Ger. See, Engl. sea terão muito mais a ver com talassa do que com a raiz *mar-. De facto, parece que o mesmo esquecimento ou ignorância das verdadeiras e grandes dimensões do mar se terá dado com os povos nórdicos que parece que teriam ignorado a diferença entre «lago» e «mar».
Sea - O. E. "sheet of water, sea, lake", from P. Gmc. *saiwaz, of unknown origin. Gmc. languages are unusual in having no firm distinction between "sea" and "lake," either by size or by salt vs. fresh. This may reflect the Baltic geography where the languages are thought to have originated. Goth. saiws means "lake," O. N. cognate sær is "sea," Dan. is usually "lake" but "sea" in phrases. Ger. see is "sea" (fem.) or "lake" (masc.).
A tese da origem báltica das chamadas línguas indo-europeias tem menos de verídico do que a tese da origem da raça caucasiana. No entanto, nestas paragens existiam grandes mares, como é o próprio Báltico tal como teria sido o caso dos povos pré gregos que para terem chegado dos Urais ao mar Egeu teriam que ter visto por perto o Mar Negro e o Cáspio.
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Figura 2: Vénus Marina de pompeia
Quanto a iner, teria mais a ver com Nério do que com Mar, embora a deusa Venérina, esposa de Nério, tenha sido também Moira!
Sumer: A-Ma-Ru = Flood
Mor <= *Ma-Ur < *Ama-Ur > Amaru.
Maru > Mari + Ana > Mariana > Marina.
Maru > Mari > Lat. Mare > Maer > Fr. Mer
Maru > Mari > Lat. Mare > «mar > maré.»
Maur + Ka > Mairha > Maera > Moera > Moira.
Epítetos de Afrodite:
Mari – sea. Marina – ocean.
Maera - destroying fate. Moera - older than time. Moira - strong one
Mare, is, n. [root mar-, gleam, glimmer (cf. hals marmareê, Il. 14, 273); Gr. marmaros; Lat. marmor; Sanscr. mîras, sea; Goth. marei; Angl. - Sax. mere; Germ. Meer. Curtius, however, refers these words to root mar-, die; cf. morior, marceo], the sea, opp. to dry land. => Mŏrĭor , mortŭus, (...) [Sanscr. root mar-, die; Gr. mor- (mro-, bro-), mar; brotos, marainô; cf.: morbus, marceo] , to die (cf.: pereo, intereo, oc-cĭdo, oc-cumbo, obeo, exspiro; class.). [3]
Em português arcaico o nome do mar ainda era feminino como em francês! Porém, esta raiz nem sequer teria nada a ver com «mar» na sua origem mas mais com o glamuroso brilho das ondas prateadas do glauco mar em noites de luar! O «mar» e a «morte» têm etimologias comuns, nas línguas que as manifestam, pela simples razão, do saber comum, que os marinheiros morrem afogados ou são devolvidos mortos ao mar. A Deusa Mãe da Aurora partilhava com a terra fecunda e o mar também fecundo mas profundo as funções de mortífera parideira precisamente porque os povos insulares sabiam que o sol nascia e morria quotidianamente no mar!
«Maria» < Maruia < «Maruja» < Mar-usha < Ma-Urki-ki.
Claro que o conceito poético do brilho marmóreo do mar ao luar não terá sido a principal qualidade que os povos primitivos viram nas águas, nem sempre espelhadas, dos mares agitados e profundos. É obvio que este brilho particularmente sublime em maré de lua cheia é meramente um epifenómeno secundário nas qualidades principais do mar. O mar de “Mar-mar-a” pode ter dado o nome ao mármore sem o ter recebido deste material de construção, predilecto dos clássicos, nem tento pelo seu brilho mas quiçá por ser material muito comerciado por aquelas bandas!
A comparação do nome do mar em várias línguas revela-se interessante na particular unicidade semântica da mitologia que os informa.
Albânia = Detar | ó D / M-a- Ter | < Te(a) | Tar ó Tala | .
Argélia-Dardja = zemm < Djemim < *Shimum < Ki-Mamu???
Bascos = its-aso < ??? > (tal)-asso
Bengali = shAgor < ??? <= Iscur?
China = hai, hoi, <= ??? < *Kaiu / Enki. Yang, gaai
Checos = mor’e < Lat. Mare
Dinamarca = Noruega = hav (ó Pt. rio «Ave») < ? kaw < *Kaiu 
< *Caco.                                                     > aua ó «agua»
Holanda = zee < zele < Zere? ó (Rio) Zêzere? <= Zu < EnZu /Enki?

Estonia = meri; attr. meri, mere-. Laine-tus, Laine < Uraine < Urano.
Finelandia = meri.
Almanha = Meer, See, Ozean
Húngria = óceán, tenger (< Tan-Ker > Tânger), erős 
(ó Eros?) hullám-zás, Soka-ság (proximo do basco its-aso?)

Indonesia = laut < raut < Urat < Urash. Gelomb-ang

< geront-ank lit. velho Enki?

Japonês = watat-sumi, < wat-at | < Kiat-at | sumi < *Shimu

< *Ashmu => humi > umi. Unabara < Anu-| War + Ki

ó port. «barco, varina, varejo»

Latvian = jūra < shaur < Kur.

Malta = bahar < Wakar < War-ki < War + Ki.

Pali = samudda < samu | shamu < *Ashmu | thitha < Kika |.

Polónia = mor-ski < mor- | sik < Kiki => ? See?

Roviana = lamana < lamina < Kur-Min.

Russo = море = more

Sânscrito = samu-dra- < *Shimu-| tar > Tala.

Sérvia = more, valjanje mora, talasi, okean, masa, obilje, mor-ski,

pučina (ó Potinija), po-mor-ski, valovi (< *warauki < *var-oco

ó Tlaloco => Tala), venoštvo, (< wen-ostivo, filho de Vénus,

º Eros dos Húngaros?), morski talas <= Tala.

A Sérvia, enquanto centro da manta de retalho étnico que foi a Jugoslávia parece ter conhecido todo as variantes do nome do mar. A unidade linguística das supostas línguas indo-europeias não passou pelo mar o que ou confirma a tese da origem continental ou a falácia deste mito!

Da análise de todos estes nomes de mar fica-nos a ideia de que os arcaicos deuses sumérios de mar e da aurora estiveram na origem de todos eles.

O nome do «mar», de muito provável origem itálica e por isso espalhado com a latinidade das legiões romanas, impôs-se sobretudo em locais continentais, como era o caso dos eslavos, onde o mar era distante e, por isso, onde os deuses marinhos não eram particularmente conhecidos e venerados!

As variantes com a componente semita *Ashmu, próxima do hebraico Asmudeu, que seria uma corruptela de Tiamat e deve ser de origem suméria, só aparecem a ocidente na Argélia e tiveram sobretudo expressão a oriente da índia o que deixa a suspeita de que a colonização do extremo oriente por comerciantes saídos da foz dos rios da Mesopotâmia se deve ter dado desde os primórdios do neolítico!

Os húngaros parecem ter nomes estranhos para o mar que vão de tenger (< Tan-Ker, lit “a cobra do Kur”), erős hullámzás, neste caso tão estranho como o sérvio venoštvo. Sabendo que na cosmogonia clássica Eros foi o filho primordial da Deusa Mãe podemos intuir que Vénus foi Tiamat, deixando de ser estranho o mito do nascimento marinho de Afrodite:


Swahili = bahari < wakaru ó Sakar.
Suécia = hav < hav < ? Kaw < *Kaiu; Sjö < ???

Tamazight (berber) < Tiamat = Ill, ilel < En-lil ó Nilo.
Turquia = deniz < Then-ish < Tan-ish, lit. «o filho da cobra Tiamat».

Ukrania = море. < more.

Urdo = samandar < saman | < Shamu < *Shimu-| dar < Kar < Kur.

A primeira conclusão a tirar seria a de que o «mar» teria sido, antes de mais, propriedade dos eslavos e dos latinos...ou seja, de povos reconhecidamente continentais, o que seria absurdo! Porém, com um pouco de boa vontade pudemos inferir que o “pecado original” da continentalidade absoluta teria sido partilhado por todos os indo-europeus, excepto pelos latinos? É evidente que o mais provável será pensar que, a haver uma cultura responsável pelo nome do «mar» ela teria que ser um povo muito antigo e também muito ligado ao mar como foi o caso da talassocracia cretense. Assim, o que se estranharia seria que os latinos não tivessem herdado dos cretenses o nome do mar. De facto, é bem possível que o termo latino «mare» tenha surgido em Malta, país arcaico da origem do neolítico que chegou ao Egipto e lhe deu nome de Tamar.[4]


Tamar, lit. Ta-mar = «o mar»

ó Mar-ta > Mal-ta > Malita > Milita!


Ver: VENUS GENITRIX (***), &

         OS DEUSAS DA CORNUCÓPIA (***)

         DEUSAS DO AMOR / MILITA (***)

Ver: DEUSES «MANDA-CHUVA» (***)

Ver: DEUSAS DO AMOR / AFRODITE MORFO (***)

Ver: AFRODITE (***)

Malta, a ilha mãe da civilização insular neolítica deve o seu nome tanto à deusa mãe Milita como ao «mar».

Mareia, (…) = E. Marea in Lower Egypt.

Os gregos, ainda assim partilhavam alguns étimos marítimos herdados do Egipto ou de vizinhos, ou mesmo da antiga Creta minóica que bem podia ter mais do que um nome para a vasta substância fundamental do seu império!

Muraina, hê, (muros) sea-eel or murry, Muraena helena, coupled with echidna as a sea-serpent, mu_rios, numberless, countless, infinite. Muros, ho, a kind of sea-eel,

... Foram obrigados a ir buscar uma palavra às populações que encontravam no solo que ia ser a sua terra: e disseram thalassa. Foi com estas populações, bem mais civilizadas do que eles eram, que aprenderam a construir barcos. Ao princípio cheios de terror diante do elemento pérfido, arriscaram-se, apertados pela «dura pobreza... a fome amarga... e a necessidade do ventre vazio», dizem os velhos poetas, a enfrentar o reino das vagas e dos ventos, a conduzir os barcos carregados de mercadorias por sobre as profundezas abissais. Neste ofício se tornam, não sem trabalho e dano, o mais empreendedor povo marinheiro da antiguidade, destronando os próprios Fenícios. Ora Povo de camponeses, ora povo de marinheiros, tais são os primeiros passos da civilização dos Gregos. --.[5]

De Ta-Mar a Ta-(ma)lassa pode ter ido apenas o pequeno salto que vai da «bacia» com o deus menino e a água do banho deitados ao lago... e do lago ao mar onde nasceu Afrodite, a Deusa Mãe do amor e do mar!

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Figura 3: The Bacchino: Valerio Cioli's satiric portrait of court dwarf Pietro Barbino ("Morgante") as Bacchus in the Boboli Gardens.

Evidentemente que o Bacchino da figura 2 é uma brincadeira renascentista mas seguramente que em torno da relação de Baco com o «bacio» / «penico» e quiçá dos problemas de próstata do cortesão Pietro Barbino que o fariam urinar com a calma duma tartaruga. Na verdade, as fontes onde Baco é representado como um “deus menino” ou *Penico, a urinar para um taça ou pequeno lago, eram frequentes na arquitectura romana e continuaram a ser na dos jardins modernos.

Por outro lado é possível que o lado prazenteiro que o acto de urinar, depois de copiosa bebida, fosse relacionado com Baco que por isso mesmo terá ficado como deus *Penico e do «bacio».

Por outro lado, Dionísio Bassareu seria uma variante do egípcio Bês que seria a forma caricata e divertida com que alguns bacios de bebés seriam enfeitados.

Como a língua lusa guarda rastos etimológicos de quase todas as línguas próximas rapidamente nos salta aos ouvidos o nome com a ressonância mais próxima que é «bacia».

«Bacia» • s. f. recipiente redondo, afunilado, de bordas largas, próprio para lavagens; • salva, bandeja; (…) • bacia fluvial: a planície cortada por um rio e cercada de montanhas; • bacia geológica: o conjunto de camadas que preenchem uma cavidade ou depressão num solo inferior de natureza diferente; • bacia hidrográfica: o conjunto de declives de onde correm os riachos e ribeiros afluentes de um rio.

Quer dizer que morfologicamente o termo «bacia» tem semântica suficiente para ser relacionada com albufeiras ou mar mas obviamente que não é intuitivo relaciona-las com sea, o nome inglês do mar. No entanto a raiz do sifixo –cia, soa como tal.


«Bacia» < «bacio» < Cat. bací < Lat. ba-ccinu (= vaso de noite, para recolher urina).

Como a ortografia portuguesa costuma ser conservadora é pouco provável que o «bacio» tenha derivado do mesmo conceito morfológico do «seio» < Lat. sinu, que deu nome também ao «sino» e à forma angular do «seno»…e mais próximo do mar à «en-sea-da» dos rios que parece que derivam de «en-sea-r» que por sua vez deriva de «seio», o forma morfológica mais intuitiva dos golfos onde acalma o mar e aportam os barcos. Se não existem coincidências para além das homofonias fortuitas há que suspeitar que quando estas se encostam à homossemias é quase seguro que terão étimos comuns. A saber, é muito provável que o nome do mar dos nórdicos derive do nome da enseada dos galegos mas já não é tão seguro que o bacio latino tenha muito a ver com as bacias hidrográficas para além da conotação que a semântica do termo português moderno lhe emprestou uma vez que o «bacio» terá sido ab inicio baccinu, quiçá por ter a forma ridícula dum pequeno Baco idêntico a Dionísio Bassareu ou Bês.

Ver: DIONÍSIO BASSAREU / BÊS (***)

É quase seguro que talassa seria um nome compósito, e por isso de expressão complexa para gente rude e arcaica, que só os cretenses cultos utilizassem de forma completa. A síncope do «l» é tipicamente lusitana pelo que se infere que os ingleses a terão levado da Lusitânia antes nos tempos de Gaidelos.


Talassa > Taassa > «taça»

                            > (Ta) sa > Frisian see > Engl. Sea

< latinização por sinus > *sa-ius > Gotico saiws > Alto Alemão sēo.

Sea = Etymology: Middle English see, from Old English s[AE]; akin to Old High German sēo, Gothic saiws.(?)

Sea = brim; flot, n; geofon, m/n; holm; holm; hwælweg; sæ (![6])

A forma final que os termos germânicos vieram a ter poder ter resultado duma ressonância por analogia com a última sílaba de Talassa mas como a etimologia o comprova estes termos podem ter derivado de termo autónomo.


«Mar» < Lat. mare < Grec. maura < Ama-ura.

Thalassa < Thalatta < Thalamtta < Ta-| Lamita < Ramita

< *Uramet > Ur-Ma-te > Mater > Mar-te.

Ama-ura, era outra variante do nome do mar alto que apelava directamente para uma Deusa Mãe poderosa e violenta que foi Tiamat…e que entre os cretenses seria também Ta-Lamita.

Thalassa tha^, Att. thala^m-tta IG12.57 -- Perseus Digital Library

Aruna-, quase Urânia como continuação da transparência nocturna a terra e o céu parece que era o nome do mar entre os hititas. Aliás o carácter guerreiro da deusa Mãe do Mar parece ter prevalecido na derivação de alguns nome lusos em que, tal como o próprio nome «luso» parecem ter origem directa no conceito arcaico de entidade selvagem e aguerrida. Dito de outro modo, Ta-lux = Talos & talassa.

Tiamat is cognate with the Babylonian tiamtu, tamtu, "the ocean," rendered Thalatth by Berosus in his Chaldean cosmogony. There is here likewise the reference to the waters of wisdom, the divine wisdom and the lower wisdom of manifestation.[7]


Ta-lassa + uria > Ta-la-ush-uria > (ta) luxuria > *Lassyria

                             Ta-la-ush > tal- | lux > Lish > «Liz».

                           Ta-la-isha > Ta- | liça > «Leça».

*Lassyria > Louciri => «lezíria» > lehiria > Levira > «Leiria».

O «Leira» e outras terras de marachão, alagadas e pantanosas de que teria derivado o nome de Leiria teria recebido influências ainda do próprio rio Liz, pela sua relação com um nome genérico dos rios lusitanos que teria sido parecido como o nome do rio Levira.

Louciri – Divindade adorada localmente no centro da lezíria da Lusitânia.

Ver: NEPTUNO / LAGOS E RIOS (***)

De facto, já houve quem tentasse explicar esta singularidade linguística opinando que thálassa (= *ta-laka, lit. “a” cisterna > “a” lagoa > “o” lago»[8]) seria o nome dado ao «mar» por um povo continental que até aí só tinha visto lagos, nas esteira poética do texto acima referido.

«Lago» < raiz lak- [rasgar, Gr. lakos, lakeros, lakkos; Lat. lacer, lacinia, lacuna, lâma, cf. lacerna, daí originalmente qualquer coisa oca, terra rasgada] < rak- < hurak < Ki-ur-aco > Kura-ku > *fur-(aco) (< Lat. forâmen? ) > «buraco».

Embora os puristas ingleses não encontrem esta relação de Ki-ur-aco “rasgão na terra” a verdade é que ela existe também nos termos anglo-saxões «well» e «hole».

Well (n.) "hole dug for water, spring of water," O.E. wielle (W.Saxon), welle (Anglian), from wiellan (see well = to spring, rise, gush," O.E. wiellan (Anglian wællan), causative of weallan "to boil, bubble up" (class VII strong verb; past tense weoll, pp. weallen), from P. Gmc. *wal-, *wel- "roll" (cf. O. S. wallan, O. N. vella, O. Fris. walla, O. H. G. wallan, Ger. wallen, Goth. wulan "to bubble, boil"), from PIE root *wel- "to turn, roll" (see vulva), on notion of "roiling or bubbling water."

Hole (n.) = O. E. hol "orifice, hollow place, cave, perforation," from P. Gmc. *hul (cf. O. S., O. Fris., O. H. G. hol, M. Du. hool, O. N. holr, Ger. hohl "hollow," Goth. us-hulon "to hollow out"), from PIE root *kel- (see cell < from Latin cella ).


Engl. Hole < O. E. hol <= PIE root *kel- < Ker < Kur < Ki-ur > rak-

> Lat. (la)cer                                   > Lat. cella > Engl. Well > Lat. valla

> «vala» ó Lat. valle > «vale».

O interessante destas divagações etimológicas é o facto de elas contraporem um mesmo conceito Ki-ur com conotações aparentemente opostas (V / ^) vale pico que em boa verdade já estava presente no sumério onde o Kur tanto significa montanha quanto caverna subterrânea. Agora fica mais fácil de entender esta aparente dualidade ambivalente decorrente de um conceito mais arcaico com o mero significado de acidente orológico tanto côncavo quanto convexo. Que a «vulva» enquanto «buraco» anatómico do eterno feminino apareça precocemente nestas divagações pelas raízes linguísticas não deve espantar porque o culto mais arcaico das cavernas era precisamente votado à vulva da Deusa Mãe dos montes da Aurora que quotidianamente paria o Sol. Por outro lado parece confirmar-se que o indo-europeu não é senão uma manifestação das emigrações dos povos do mar relacionados com a cultura egeia.

A ideia de que Talassa poderia ser então literalmente A-lagoa parece ser confirmada com a queda do artigo ta tipicamente egeu nos termos lusos para as «leiras e «lezírias». A verdade é que entre «lezírias» e «lagos» tudo é terra de marés, inundações…e mar! Tal retórica só não colhe pela simples razão de que os «grandes lagos» podem de facto ter tanto a mesma aparência como a mesma semântica do «mar» e, com o mesmo critério de terem os proto gregos andado errantes durante tanto tempo pelas estepes da Ásia e da Rússia”, também os eslavos não deveriam ter nome para o mar. A inversa também é verdadeira: qualquer um dos povos indo-europeus referidos teve mais de dois mil anos para a ter aprendido a fenícios, gregos ou latinos. E depois, porque é que thálassa não poderia ter derivado de *thálas-sa < *The-helas-sea, que poderia ser literalmente em inglês antigo uma redundância relativa ao mediterrâneo enquanto “mar dos helenos”?! Claro que uma etimologia deste tipo daria tanto para rir como a que propõe que «cadáver» deriva da contracção duma metáfora latina «ca(ro)-da(to)-ver(mis)»! Ora bem, se esta última proposta é inequivocamente ridícula porque resultaria dum derivacionismo linguístico hiper erudito e charadístico já *The-helas-sea não o será tanto porque, afinal, sendo suposto que tanto o inglês como o grego são línguas indo-europeias bem poderiam ter sido semelhantes na origem de muitas das suas palavras! Porém, o mar inglês não pode ter derivado da expressão virtual *The-helas-sea pela mesma razão pela qual o mar dos gregos também não pode: o mar dos gregos derivou do nome da deusa *Talasha / Thálassa, que seria a deusa Istar dos minóicos no tempo em que o gigante de bronze com o nome Talo vigiava noite e dia as costas da ilha de Creta.

Sendo assim não foi o mar grego que adquiriu um artigo egeu «ta» mas foi o «lago» que aparenta tê-lo perdido seja porque assim suou aos povos que criaram o termo seja, porque como acima se viu, a etimologia o permite já que *Talasha era a deusa mãe terra que poderia ser chamada também de *Ki-ur-aca.

Ver: DAGON II / SALACIA (***)

Tálassa (do grego θάλασσα, Θάλασση ou Θάλαττη "mar") foi, na mitologia grega, uma deusa primordial do mar, filha de Éter e de Hemera. Ela era a personificação feminina do mar Mediterrâneo. Outros nomes: Att. Thalatta, Thalath e Thalamtta.

Com Pontos, ela foi a mãe da ninfa Hália, às vezes também do Gigante Egeon, a personificação do Mar Egeu, dos nove Telquines e de todos os peixes e seres do mar. 

Quando o sêmen de Urano a fecundou, ela teve Dione, a deusa das ninfas. Outra versão coloca Dione como uma das oceânides e essa mesma versão coloca Tálassa como mãe de Afrodite com Urano.

Talaya é uma deusa Canaanita da chuva, do orvalho ou a própria chuva personificadas. Ela é um das três nobres "noivas" e a segunda filha ou um cônjuge de Ba'al, o deus das Tempestades, pelo que também é chamada uma filha da grande Deusa Mãe Athirat. O nome completo desta deusa é Talaya bat Rab, "Filha da Chuva", e as suas irmãs são Aretsaya, deusa da Terra (Arsai, Arsay, Arsy. Ela está relacionada com a acádica Allatum, uma Deusa dos Infernos e cônjuge de Nergal, Deus de Guerra e da Peste), Pidraya (Pidray, Pidrai, Pdry. Ela pode ser o Peraia mencionou por Philo), deusa de Luz e do Raio. A terra de Canaã, intercalada entre as montanhas e a costa, não era um deserto como era o caso das áreas interiores, mas devido à combinação de ar húmido que se evaporava do mar de encontro a montanhas altas próximas, era santificado com chuva regular. No inverno chega a ter fortíssimas tempestades; e no Verão a humidade caiu como orvalho peculiarmente pesado, muito parecido como um bom chuvisco. Talaya é a Deusa deste orvalho de Verão.

Na Epopéia de Ba'al, Ela tem um palácio bonito que desperta o ciúme de Ba'al; quando Ele constrói finalmente o seu próprio, recusa pôr nele qualquer janela porque Ele tem medo que Yam o seu inimigo possa sequestrar Talaya ou Pidraya — por outras palavras, os seus poderes dele para causar tempestades com chuva e raios., Porém, assim que Ele derrote Yam finalmente deixa-se persuadir para construir um palácio com portas e janelas de forma que as sua filhas possam sair e ir pelo mundo fora abençoando-o com a chuva fertilizadora.

Outras ortografias: Talay, Talai, Talliya, Tly.

Obviamente que a grega talassa era a mesma que veio a ser a deusa fenícia e canaanita Talaya.


Talassa < Tal-asha > Tal-aja > Talaya > Talay > Talai > Tly.

                Tal-isha > Talliya > Tália.

Também seria seguro que faria parte dum grupo de tridivas que seriam a filhas aguerridas da Deusa mãe e do deus das tempestades que entre os cretenses seriam sobretudo marítimas e na fenícia já seriam apenas costeiras.

O nome de Aretsaya significa "filha da Terra", e na Epopéia o seu título completo é 'Aretsaya bat Ya'abdar. Ya'abdar "tem vários significados que andam à volta de ideias de "largo", "fluindo", e "campos", e normalmente é interpretado como "Aretsaya, filha de Amplos Fluxos", referindo-se talvez às enchentes decorrentes das tempestades que inundaram e irrigaram campos. Outra interpretação faz do nome dela "a Filha do Largo Mundo" dos infernos. Sendo Adad o senhor dos infernos e natural que o conceito Ya'ab-dar derive vagamente do nome deste. Aparentemente Aretsaya seria mesmo a mais aguerridas das irmãs porque na Lusitânia acabaria como deusa da guerra dos minhotos e galegos.  De resto, contem a raiz do nome do deus da guerra dos gregos, Ares.

Arencia (Ar-En-Tia, Arantia, Arengia) – Deusa guerreira Lusitana, ela representa a vitória dos que lutam pelo seu povo. Ela é a esposa de Arencio, e é representada por uma égua.


                                                      > Aret-usha > Aretusa.

Arsai < Arsy <Arsay < Aret-saya < Haret | Karet | - | Saya

<= Ashasha => Ishat.

O título completo de Pidraya é Pidraya bat'Ar que se traduz por "Flamejante ou Luminosa, filha de Luz ou do lusco-fusco", e também é a Moça da Luz.


Pidrai < Pdry < Pidray < Pidraya < Phi-thar-ya < Ki-Kur-Asha

> | Ki / An | - Kur-kika => Afrodite.

Na verdade, não sabemos como evoluíram estas tridivas com a revisão do panteão olímpico pois se Pidraya poderia ser etimologicamente AfroditeAretsaya e que seria esposa de Ares, que pelos vistos era também Afrodite, quando não era Hefesto / Vulcano. Sabendo-se que o que restaria do grupo de tridivas supremas no panteão olímpico se juntou no julgamento de Paris, Atena e Hera ficam um pouco ausentes nas semelhanças fonéticas com as tridivas cretenses do séquito de Techuva. Porém, funcionalmente Aretsaya poderia ser Hera e Atena ser Talaya, ou vice-versa, o que já não importa nestas considerações porque na verdade pouco transitou do arcaico panteão cretense para o olímpico que maioritariamente recebia influências do panteão Hitita / Hurrita.

O importante é confirmar que o padrão matriarcal prevalente na cultura cretense, tal como nas culturas arcaicas que dela herdaram arcaicas influências como os celtas e os nórdicos, seria o das tridivas.

Porém, os gregos tinham outros étimos para o mar que bem poderia estar relacionados com as raízes virtuais da Hélade!

En la mitología griega Halia (en griego Άλια, «mar») era una ninfa marina hija de Ponto y Talasa y hermana por tanto de los telquines. Crió al dios Poseidón, con quien tuvo una hija, Rodo (epónima de la isla de Rodas, donde habitaba), y seis hijos más. Estos últimos osaron insultar a Afrodita, que en venganza hizo que enloquecieran y violaran a su madre. Al ver a su amada tan ultrajada, Poseidón hundió a los culpables bajo tierra, donde se convirtieron en demonios. Halia decidió acabar con su vida y se arrojó al mar, donde fue deificada con el nombre de Leucótea.


*Hela-> alios > alas <= *Thala > hala- > hali- > -alios!


Enalios also einalios = in, on, of the sea. Halade, Adv. (< hals) = to or into the sea. Hali-êchês = resounding like the sea. Hali-bromos = murmuring like the sea. Hupeiralios Ep. a form of *huperalios =  on the sea.

Ver: IRLANDA


Old English: saē 'sea'

Greek:= thalassa

Dutch: = zee

Latin: = mare

Old High German: = sēo

Irish: = muir

Icelandic: = saer

Lithuanian: = jara.

Danish: =

Hindustani: = samundar

Gothic: = saiws

Old Persian: = drayah

Pois bem, o Gótico saiws deve ser tão antigo como o basco itsaso e como o chinês gaai. Dito de outro modo, a origem do nome do mar dos ingleses e nórdicos pode ser idêntica à dos bascos e chineses por derivada directamente do nome do reprodutor primordial, o senhor dos abismos das águas doces, Abzu / Enki.

Engl. Sea < Middle English see < Old English  < Old High German sēo 
< Gothic saiws < P.Gmc. *sai-waz.
Sumer: A-Ab-Ba = Sea (the) ó Abzu.
Abzu < Apa-Zu < Aka-Shu < *Kaka-ush 
  ó *Kaki-uhs > *Kius > Gothic saiws < Kaius > Gaio ó Egeu.
                                             P.Gmc *saiwaz > Gaia / Gaio > Chin. Gaai 
ó Velho ibérico *Gua.

In Greek mythology, Aegeus, also Aigeus, Aegeas or Aigeas, was an archaic figure in the founding myth of Athens. The "goat-man" who gave his name to the Aegean Sea was, next to Poseidon, the father of Theseus, the founder of Athenian institutions and one of the kings of Athens.

Na mitologia grega, Egeu era filho de Pandion II, pai de Teseu e rei de Atenas. Em algumas versões, ele não é o pai de Teseu, que seria filho de Poseidon.

«Egeu» < Aegeus / Aigeus / Aegeas / Aigeas < A-E-Ge, literalmente “a-(quático) templo de Ge / Gaia, a terra mãe.

Na Suméria o mar era Tiamat, a mãe dos abismos primordiais.

Mummu (One who was born) = Tiamat (Chaos of the Sea).

clip_image004[10]clip_image005[8]

TI.GÉME

Tiämat, o mar primordial.

= Ti-

Ama

-at





º Grec. Tetis

= Ti

Ki

-at





º Grec. Talamatta

= Ta

lama

ta

Claro que o «mar» tem sobretudo a ver com o nome da Deusa Mãe, a que os sumérios chamavam Tiamat, a senhora do mar primordial que circundaria o mundo e que se chamaria também Omoroca.

A pessoa que presidiu sobre eles era uma mulher com o nome de Omoroca; o qual significa no idioma caldeu Thalatth (Thalaatha, Eu. Ar.) e Thalassa em grego, o mar; mas que poderia ser interpretado igualmente como Lua. Estando todas as coisas que estão nesta situação, Belus veio e cortou a mulher ao meio: e de um a metade dela formou-se a terra, e da outra metade fez os céus; e ao mesmo tempo destruiu os animais que estavam dentro dela. Ttudo isso (diz ele) era uma descrição alegórica de natureza. Pois, sendo o universo inteiro constituído por humidade e os animais continuamente gerados dela, a deidade acima mencionada tomou a sua própria cabeça com a qual os outros deuses misturaram o sangue que esguichou dela com a terra e assim foram formados os homens. Por isso é que eles são racionais e participam de conhecimento “divino”. - Fragmenta História de Ofchaldæan, Berossus,: De Alexander Polyhistor, Syncel. Chron. 28.- Euseb. Chron. 5. 8.[9]

Se os tradutores ou intérpretes gregos de Berosus relacionaram esta deusa caldeia com a deusa Talassa que deus nome ao mar da talassocracia cretense tal significa o que parece ressoar: que o nome latino do mar deriva do nome da deusa mãe primordial que seria conhecida na Anatólia como *Te-Amaur-oca, ou simplesmente a deusa do Mar. Por sua vês pode inferir-se que o nome grego seria uma variante elíptica deste.


O-mor-oca < | Au < Hau < Kau > Tau > Tea > Te | Ama-ur-usha

= Mãe | Te-ur-usha > Lat. Telus > Tha-la-atha

> Cald. Thalatth > Grec. Thalassa.

Ver: AMORCA (***)

 Se até aqui não tínhamos ainda compreendido porque é que os gregos davam ao mar o estranho nome thálassa (= Att. thalamtta) já podemos começar a entender porquê. Primeiro porque teriam herdado este nome de ressonâncias cretenses dos minóicos.


Thá-la-ssa º Att. Tha-la-mtta < Thala-mit-ta < Tara-Mut-at, lit.

«Tara ou Turan, a filha da mãe (Mut)!» Ou seja,

                        Thala-(mit)a ó Talata < Talasha ó Talassa!

Istar ó Kur-ish > Tar-ish > Tal-ash > Talasha ó thálassa.

                             > Phar- (la)ash > «parracha».

Terra + ash ó Tellus > *tallasha > «tarraxa» <

Cast. tarraja > «tarracho», masculino de *tarraxa???.

Tarracho = • s. m. (prov.) homem atarracado, < metaforismo de achatado sobre a terra (???).

Esta filha do mar primordial, Tiamat, e de Enki só poderia ter sido Istar. Esta deusa terá sido considerada o mar mediterrânico por ser considerada, de certa forma, a grande «parracha» ou vagina do mundo, esposa virtual de *Tarracho, que pode ter sido Bés / Enki. Esta deidade teria sido a deusa Baba, antecessora de Cibele, mãe de Bés, e por isso uma «parreca» ou “Peraia mencionou por Philo”.

Mais impressivo é o ático thalamtta que parece ter ressonâncias fonéticas junto do nome do Atlântico e da Atlântida.

Depois porque nos fica a suspeita de que o mar Egeu teria tido nos tempos da talassocracia cretense o nome de *Tarashisha em homenagem à grande deusa *Ta-lasha ou *Trasha, variante de Kertu e de Estar e mãe de Talo, o vulcão de Santorini que seria o grande farol natural Atlântida proto cretense. O equívoco da mítica Tartessos dos hebreus derivaria duma relação cultural dos povos do corredor sírio com uma esta tradição arcaica herdada pelos fenicios.

Moreover, the term "ships of Tarshish" is rendered by Jewish scholars "sea-ships" (comp. LXX., Isa. ii. 16, p???a ?a?a????). Jerome, too, renders "Tarshish" by "sea" in many instances; and in his commentary on Isaiah (l.c.) he declares that he had been told by his Jewish teachers that the Hebrew word for "sea" was "tarshish. -- Copyright 2002 JewishEncyclopedia.com.


Tarshish (> Tartish <) Kertis, lit. Deusa Ker, ou Kertu a deusa de Creta.

Grec. Talassa < *Tarashisha > Hebr. Tarshish.

De resto, como thálassa era um nome que os gregos reservavam sobretudo para designarem genericamente a «água do mar» e que só usavam este mesmo termo especificamente para nomearem o «Mar Mediterrâneo», estranha-se que o tal povo virtual e continental (da Trácia ou Macedónia) não tivesse inventado um termo semanticamente mais adequado com esta circunstância tal como, *megalassa ou *megaraça!

De qualquer modo Talasha era sem dúvida um nome alternativo para as deusas do mar e da aurora que permitiam que no seu seio líquido infinito se depositasse quotidianamente o corpo solar!

No entanto, é evidente que Talasha pode ter sido *Te-(U)r-asha ou Teresa, literalmente deusa Urraca, filha de Te-ra, a deusa Re, ou Rea, esposa de Crono e filha ou mera variante da deusa primordial Ki / Gea. Na verdade, não seria por mero acaso que água em basco é ura…e a «urina» (Lat. urina < Gr. oûron) água doirada!

Ou seja, a redução ao denominador comum e à expressão mais simples faz de Talassa um mero nome de Talo / Talia, nome guerreiro da deusa mãe Rea.

Ver: GEIA (***)& Ver: TALIA (***) & ATLÂTIDA (***)


Como o Kur era o senhor dos abismos do Oceano que também era o Ponto (< Pha-Antu, lit. nascido de Ki e de An)...

Pontisma, = that which is cast into the sea. Pontonde, Adv. = into the sea.

...o mar era também o império marítimo dos cretenses e pelágicos e daí chamar-se pélago!

Pelagitis, idos, fem. Adj. = of or on the sea. Pelagosde, Adv. = to, into, or towards the sea.

Foi o mar quem deu nome ao comércio protegido por Hermes/Enki, o detentor dos me sumérios, das tábuas as leis do destino e das artes e ofícios! *Thala- é um étimo relacionado com Enki e, por meio deste com as artes e ofícios que permitiram à humanidade o fabrico e comércio marítimo de bens de civilização!

«Tala-bar» = «bar»[10] de *Thala-???. Não sei se na origem os *«talabares» (= ta-lu-bares < lu = «escravo» em sumer.) não terão sido mesmo locais de comércio de escravos tal como os Karhum eram de gado! Seja como for, acabaram por vir a ser locais de comércio de tudo exactamente como os Karum.


Ver: TALABRIGA (***)


Karhum, plural de Karhu < *K(a)ur-ku(a) > Thal-ku > Ki-Talo.

«Tartana» < Ár. tartaneh < *Tala-tan, lit. «a tala-cobra»!

«Tartana» • (< Ár, tartaneh), s. f. barco de forma alongada, com um só mastro e vela latina; • carroção coberto com toldo, mas aberto nos dois topos.

Quer dizer que o termo *Tala ou *Talla foi usado por povos que deviam a sua prosperidade ao comércio marítimo como foram outrora os cretenses minóicos, os fenícios, etruscos, os cartagineses, e como terão sido sempre os povos ribeirinhos de todos os tempos e lugares.

A este respeito há que reparar que Tlaloc, o «manda chuva» dos Azetecas, teve também o epíteto em nauatl de Yacateuctli que se traduz por «deus dos comerciantes», como Enki/Hermes.

Yacatecuh-Tli - "The Long-Nosed God" = "The God of Merchants".

Ora, nem por acaso, sabemos que:

En la época en la que los españoles, capitaneados por Hernán Cortés, comenzaron la conquista, en 1519, el gran mercado de Tlatelolco atraía a unas 60.000 personas diarias. Las mercancías llegaban a manos aztecas gracias a los acuerdos sobre tributos establecidos con los territorios conquistados. Muchas de esas mercancías se exportaban a otras zonas del imperio azteca y a América Central..


Tlatelolco < Tla-tel-orco < Tala-tela-urco ó Telatelo-wrgo

=> Talóbriga!              > tala-tera < *Tala-kura > Talawura => Talavera.


Ø    Taavura > Távora

Ø    Taawira > Tavira.

Perguntar-se-á, que teria a língua nahuatl dos azetecas a ver com uma arcaica língua lusitana? À partida nada mas... de regresso as probabilidades são quase tudo!

Ver: CANIBAL (***) & TLALOC (***) & AZTLAN (***)

In Aztec mythology, Tlazolteotl was the goddess of licentiousness.


Tlazol-teotl < Talashol-(teotel) < Talashoila < Talassa-la, lit. «A mulher dos marinheiros?»

De qualquer modo, o facto de haver suspeitas de os Azetecas terem tido influências mais ou menos directas (por via da sua colonização ibérica?) com os etruscos poderemos aceitar que esta deusa era uma variante de Turan / Istar.






[1] Thálatta! Thálatta! ("The Sea! The Sea!") was the shouting of joy when the roaming 10,000 Greeks saw Euxeinos Pontos (the Black Sea) from Mount Theches (Θήχης) in Armenia, after participating in Cyrus the Younger's failed march against Persian Empire in the year 401 BC. The mountain was only a five-day march away from the friendly coastal city Trapezus. The story is told by Xenophon in his Anabasis. Thálatta (θάλαττα) is the Attic form of the word. In Ionic, Doric, Koine, Byzantine, and Modern Greek it is thálassa (θάλασσα).

[2] CIVILIZAÇÃO GREGA – DA ILÍADA AO PARTENON, André Bonnard.

[3] Charlton T. Lewis, Charles Short, A Latin Dictionary

[4] Tamar da Nazaré, cidade de marinheiros na costa ocidental lusitana, terra de estranha gente e de ainda mais estranhas tradições e origens.

[5] Idem. CIVILIZAÇÃO GREGA – DA ILÍADA AO PARTENON, André Bonnard.

[6] Modern English to Old English Vocabulary

[7] http://www.piney.com/

[8] [root lak, to tear; Gr. lakos, lakeros, lakkos; Lat. lacer, lacinia, lacuna, lâma; cf. lacerna; originally any thing hollow, hence].

[9] The person, who presided over them, was a woman named Omoroca; which in the Chaldæan language is Thalatth (Thalaatha Eu. Ar.) in Greek Thalassa, the sea; but which might equally be interpreted the Moon. All things being in this situation, Belus came, and cut the woman asunder: and of one half of her he formed the earth, and of the other half the heavens; and at the same time destroyed the animals within her ("In the abyss." Bry.— "Which had composed her empire." Fab.—quæ in ipsa erant Eu. Ar.) All this (he says) was an allegorical description of nature. – Fragments Ofchaldæan History, Berossus: From Alexander Polyhistor, Syncel. Chron. 28.—Euseb. Chron. 5. 8


[10] Tal como taberna < Ta-bar-ana!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

AS TRÊS-MARIAS NA VIDA DO “DEUS MENINO”, por Artur Felisberto

AS TRÊS-MARIAS NA VIDA DO “DEUS MENINO”, por Artur Felisberto

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Figura 1: Isis, a virgem mãe no meio das duas tias do deus menino.
Existe uma teoria, não inteiramente despropositada de todo como se verá, que faz com que as “Três-Marias” da vida de Osíris não sejam senão variantes da mesma entidade.
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Figura 5: O trio divino da vida de Osíris. Néftis, a “Sr.ª do castelo” que, tal como Cibele, transporta a cidade à cabeça Hathor, a “Sr.ª da Aurora” que não consegue esconder a sua vontade de engravidar para ser mãe de Hórus, o sol, e Isis, a “Sr.ª do trono” (ó throno helkes terion ?).
Just as Lady Isis's title as "Home of Hero" became the name Hathor, the name of Nephthys comes from her title of "Lady Of The House" - Nob*t Hut. (Hellenized later into Nephthys).
Her crown plays a similar role as visual and verbal pun: the hieroglyph for "home" is drawn standing on its end, with the hieroglyph for "lady" on top. Drawn this way, the hieroglyph for Isis is hidden inside, showing that a home is shaped by souls in love.
Ísis era a deusa do amor e da magia, considerada também a mãe de todo Egipto e teve vários títulos que a identificavam como deusa do amor e da fertilidade: "Grande deusa Mãe" e "Força fecundadora da natureza" e "deusa da maternidade e do nascimento". Porém, estes papéis mitológicos eram os da vaca Hator e por isso, Isis e Hator acabaram por ser representadas como sendo a mesma entidade sobretudo quando se tratava de representar Isis como uma deusa vaca dando de mamar ao deus menino Harpocrates. Assim, Isis e Hator tiveram o mesmo toucado de ave encimado pelo disco solar despontando entre os cornos duma vaca sagrada. Do mesmo modo Néftis acabou sendo identificada com Hator à medida que o seu culto divergia localmente para o de uma grande “deusa Mãe”!
In an abundance of temple texts and inscriptions, Nephthys quite often was described as a youthful, nubile, and exceedingly beautiful goddess - attributes which would facilitate her later identification with Hathor (or perhaps proceed from that identification). While intrinsically related to Isis in almost every aspect, Nephthys yet retained certain qualities that differentiated her from her sister: she was, seemingly deliberately, the more intangible, unpredictable half of the dyad.
Nephthys also, like Isis, has many forms, for she is one of the two Maat goddesses, and she is one of the two Mert goddesses, and she is one of the two plumes which ornamented the head of her father Ra. In her birth-place in Upper Egypt, i.e., Het-Sekhem, or "the house of the Sistrum," the goddess was identified with Hathor, the lady of the sistrum, but the popular name of the city, "Het," i.e., the "House," seems to apply to both goddesses.
Como Isis e Néftis eram irmãs gemias que tiveram filhos do mesmo irmão Osíris ao culto do qual acabaram associadas teriam forçosamente que acabar por serem confundidas, neste caso por fusão no mesmo culto de Ísis. Do mesmo modo, com a difusão do grande culto à grande deusa mãe dos egípcios feita pelos helenistas Hator e Néftis acabou concretizada no culto oriental dos mistérios de Isis.

Ver: TRIDIVAS (***)

AS TRÊS NOSSAS SENHORAS

De igual modo as «Três-Marias» da “Semana Santa” Sevilhana de Triana são difíceis de identificar com alguma figura do evangelho porque eram: a Virgem María Santísima del Mayor Dolor y Trapaso, María Santísima de la Esperanza Macarena, e a Nuestra Señora de las Angustias.
Poderíamos estar em presença duma mera coincidência de significado especial se no mínimo esta trindade de Marias fosse uma consequência dos evangelhos! Ora, clareza por literalidade, a verdade é que pelo menos as referências a Maria Madalena nos passos da “via-sacra”costumam ser mais explícitas!
Se as «Três-Marias» do evangelho da Paixão não estavam «justa cruxem”dolorosas para cumprimento de nenhuma profecia, a verdade é que talvez respondessem a um apelo profundo da tradição religiosa dos cultos de “mistérios de morte e ressurreição” pois já na corte de Osíris eram três a deusas que o acompanhavam: sua esposa Isis (mãe do Deus filho, Horus), a irmã de seu irmão, Néftis, e Hator, tão prostituta quanto Madalena.
A estranheza pode ir ainda mais longe se repararmos que existem semelhanças fonéticas entre Madalena e Macarena!
*Ama-Kaur-Ana, lit. «a mãe do («deus menino), kauroi do céu”
> Macarena > Matharena > Madalena!
                                           > Materana > Matrona.
Na Grécia existiu pelo menos uma cidade na Arcádia com o nome de Macareae, lit. “a terra da mãe dos kauroi”.

Ver: MACARENA (***)

Both this name and Tanuetheira have special reference to her flowing locks. And why? Because the hair, the glory of the woman-earth, is, like the Samsonian locks, the sign and symbol of the force and vigour of vitality; and as such is dedicated to the Eiver-gods as representatives 'of the strength and daily flow of human life, and Semele is thus fitly the mother of Dionysos Eurychaites, the Flowing-tressed; not the unshorn tresses of Apollon Akersekomes, but the earth-vigour of the telluric spirit of the world Kallietheiros, Adorned-with-lovely-locks. Such appears to be the root idea of the myth of Semele, but since Hesiodos and Pindaros pictured her as a mortal maiden, daughter of the Phoenician Kadmos, it may easily be perceived how the elements of the myth came to appear in their present form. (…)
As the lord of ever-renevdng life and vitality he is Kissophoros the Ivy-bearer, Kissodotas the Ivy-crowned, and Eukissos the Ivy-girt As a kosmogonic divinity he is the Assistant of Demeter, the great Earth-mother ; and appears as Eurychaites the Flowing-tressed, son of Semele the foundation of material existence, who is addressed as Tanuetheira the Long-haired, and Heli-kampjrx Curling-hair-circlet-girt, these flowing locks of mother and son typifying the flow and force of the life-vigour of the world. The great Dionysiak myth, Robert Brown.
A raiz tanu- contem ainda a conotação relativa a coisas longas e compridas como as cobras o que permite para tanuetheira uma tradução literal que vai desde uma variante da Madalena (= magdalena lit. “a que tem grande lã”??? < Melkartana???) Arrependida e desgrenhada, que limpou os pés do Sr. com os seus longos cabelos de hetaira, a uma evolução conotada com a “crina dos cavalos” em resultado duma eventual corrupção tardia dum epíteto arcaico da Deusa Mãe!
Tanuetheira < Tan-| Wetheira < Phiteria > Afrodite Quitéria |
< *Ki-An-Ki-Kur-kika, lit. “a cobra da montanha entre a terra e o céu”.
Chartres was supposedly the center of the cult of the Magdalene. For those not currently in the know, not only was a disciple of Christ, but also were supposedly his wife and lover, and there is currently research supporting this theory. The church, however, in its strive for power and patriarchal control, suppressed all information related to any female disciples and permanent relationships. The labyrinth at Chartres became no more than a decorative feature as did anything that was remotely female following this period of time. But the power of the spiral never diminished or disappeared; it was only temporarily lost in the conscious scheme of things. Copyright .2001, Dawn Abel, All Rights Reserved.
A razão pela qual Chartre foi um local de culto de Maria Madalena deriva seguramente da sua intrínseca origem arcaica, naturalmente rica em antiquíssimas tradições celtas nem sempre fáceis de compatibilizar com as verdades oficiais vigentes nos tempos e nos locais que lhe andaram próximos.
A Lua (a Senhora do Destino) era a grande trindade feminina de Donzela, Mãe e Anciã, as três fases visíveis da lua de que decorriam representações muito arcaicas da Deusa Mãe na forma de deusas de três cabeças.
No tempo dos celtas, por terem os romanos decidido eliminar os druidas da Gália, tidos por responsáveis pelas frequentes insurreições dos celtas, e, no tempo cristão, pela má reputação dos gnósticos albigenses.
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No entanto, Chartre seria seguramente um local muito antigo e antes de se ter tornado cristã teria sido um local de adoração celta dum grupo de tridivas.
Ora, uma destas, chamada “N. Sr.ª Subterrânea, seria uma antiga “virgem negra” da gruta que existiria neste mesmo local e terá sido a verdadeira N. Sr.ª de Chartre, a deusa das cobras cretenses, *Kertu, de que derivou Ker, a deusa grega «da morte negra».
Chartre < Charter < Kertu-Ur, lit. «a cidade de *Kertu
O conceito mítico de “N.ª Sr.ª Subterrânea teria tido por equivalente o de “N.º Sr. do Sub-mundo” enquanto “deus menino”, filho da terra mãe primordial! Pois bem, variantes deste nome seriam o duriense “N.º Sr. das Furnas”, seguramente o mesmo que o célebre Endovélico lusitano!

Ver: DEUSES LUSITANOS (***)

Derrière le nom de la Dame de Chartres il y a trois représentations principales dans la Cathédrale de Chartres.
Notre Dame de la Belle Verrière dont le vitrail est expliqué sur ce site.
Notre Dame du Pilier, taillée dans du bois de poirier devenu noir avec le temps et l’oxydation, ce qui lui vaut le nom usurpé de Vierge Noire. Elle fut peinte à l’origine. Celle que l’on peut voir dans la chapelle est une copie puisque l’originale fut brûlée à la Révolution. Notre Dame de Sous Terre, qui comme son nom l’indique est visible dans la crypte. « La Lumière s’est cachée dans l’inaccessible obscurité » (Scott Erigène).[1]Traveling to the Mediterranean, in the province of the Camargue, we will visit the seaside village of Ste. Maries de-la-Mer, where Mary Magdalene, Mary Salome, Mary Jacobe and their party are said to have first come ashore on their journey from the Middle East. Here in this rich delta the Rhone River pours out into the sea and Van Gogh painted the giant sunflowers that grow here so extensively. At Ste. Maries de-la-Mer we will take part in the annual Gypsy Festival for Saint Sara who is said to have accompanied the Marys across the Mediterranean. Gypsies from all over Europe to celebrate Sara’s feast as they take her out of the crypt of the church at Ste. Maries de-la Mer by horseback to the sea. The Gypsies also call Sara, their Patron Saint, Sara-la-Kali. Our journey then continues on to the magnificent shrine in the mountains of northern Spain, outside of Barcelona, to the Patron of Spain, the Black Madonna at Montserrat.
Porém, esta história, mais do que uma lenda deve ser um mito medieval e só poderia ter acontecido muito depois da Paixão de Cristo quiçá depois da queda de Jerusalém no ano 70 d. C. Então, quem estaria grávida poderia não ser Maria Madalena mas uma tal Sara que, quem sabe, seria a esposa do mesmo Barrabás, filho do mestre Jesus.
Em conclusão: se Cristo não foi casado com o anónimo discípulo amado, que assim se revelaria como Maria Madalena, oculta por dois milénios de misoginia patriarcal então Cristo seria sido um dos primeiros homossexuais exclusivos assumidos. Não é que tal facto pudesse constituir uma impossibilidade moral absoluta para a respeitabilidade de Cristo porque já foram feitos estudos neste sentido e chegou-se à conclusão de que a maioria dos britânicos não deixaria de ser cristão só por isso até porque a cultura nórdica parece já ter feito a sua própria revolução sexual silenciosa a contento dos tempos anti-natalistas em que vivemos! Porém, não se estranha que lógica dos paradoxos dogmáticos do catolicismo não tenha levado a esta conclusão nos países mediterrânicos porque, ao aceitarem a tradição católica dum Cristo que tratava os seus discípulos por amados como aparece nos evangelhos gnósticos (que eram secretos e lá saberiam porque) mais angelical do que divino, porque os deuses antigos copulavam e tinham esposas e os anjos bizantinos é que perderam o sexo, renunciaram ao Jesus humano continuando por isso a denegar a sua própria situação homossexual refugiando-se no álcool e nas drogas.
Four pieces of Gospel evidence strongly point to Mary Magdalen as a temple priestess of the Goddess. The first is her title "Magdalen," almost identical to "Magdala," noted earlier to be the name of the triple-towered temple of the Goddess Mari-Anna-Ishtar. Literally, "Mary of the Magdala" signifies "Mary of the Goddess Temple. "Christian tradition has said that Mary is of the town "Magdala" or "Migdal," which was known as "The Village of Doves," a place where sacred doves were bred for the Goddess temple. In either case, two threads of strong symbolism link the name Magdalen to contemporary Goddess worship. -- [2]
Os mitos e as lendas em torno de Maria Madalena respondem à ansiedade cultural gerada pela destruição dos cultos das deusas do amor, tais como Vénus, Afrodite e Astarte. Assim, se o sobrenome de Madalena não lhe foi atribuído à posteriori por contextualização com a retórica mítica do culto de Adónis, Maria Madalena seria de facto o que se supõe aqui, ou seja, uma sacerdotisa dum templo pagão, razão pela qual a tradição judeizante, ainda presente nos primórdios do cristianismo, teriam tentado apedrejar, como prostituta sagrada que era. Em boa verdade, não seria uma vulgar prostituta que iria preocupar o alto clero judeu ao ponto de provocarem um incidente que iria ficar celebrizado nos evangelhos. A prostituta que os judeus pretendiam apedrejar seria uma poderosa rival dos cultos do templo de Mari-Anna-Ishtar.
To this day, Mary Magdalene remains a most elusive and mysterious figure. Speculation about her role in the development of early Christianity is not new. She has been the subject of many different theories and myths throughout ecclesiastical history. Such speculation is the result of the deafening silence from the Scriptures regarding this woman who is cited by all four Gospels as being present at both the Crucifixion of Jesus and the Empty Tomb on the morning of the Resurrection. Why is it that we know virtually nothing else about her? Has she made contributions to the development of the early church of which we are not aware?
A ideia de que o puritanismo ocidental é uma herança judaico-cristã só em parte é verdadeira porque, por um lado, imputa ao judaísmo um puritanismo angelical e misógino que nunca teve, na medida em que se limitava a condenar o adultério e a excluir a prostituição sagrada relegando a sua prática às escravas e às estrangeiras, e por outro porque sugere que o cristianismo teria sido puritano ab inicio quando, a este respeito Jesus se revela muito mais tolerante do que os próprios judeus tradicionalistas.

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[1] Copyright © Gérald Béhuret - 27/06/1999.
[2] http://www.thewhitemoon.com/mary/main.html