SSA SENHORA DE ALCAMÉ, A ARTEMISA LUSITANA, por arturjotaef
Conta-se na Lezíria Ribatejana que, em seu tempo, um pastor encontrou uma pequena cobra e se dedicou a criá-la, alimentando-a com o leite das ovelhas. Caiu doente e esteve largos meses sem ir ao campo. Quando lá voltou, foi ao mouchão e assobiou pelo réptil, como costumava fazer. Este apareceu mas não reconhecendo o seu protector, atacou-o de goelas abertas. Na aflição, o homem invocou a protecção da Virgem, que apareceu em sua glória, e lançou para a boca da serpente uma maçã. Engasgada e sufocada, a cobra morreu e o pastor salvou-se. Este mito, transmitido oralmente entre as gentes da Lezíria, não possui data nem testemunho escrito, como convém aos ritos iniciáticos que se contam em segredo, e não se registram em crónicas. |
A serpente, alimentada com leite, representa a força telúrica, instintiva, que o pastor, figura do neófito, tenta domesticar. Mas ao regressar, já transformado pela doença, é atacado por aquilo que ele próprio nutrira. Tal como nas fábulas ancestrais compiladas por Esopo, “quem alenta cobras ao peito acaba mordido por elas”.
A intervenção da Virgem, lançando uma maçã à boca do réptil, mais do que um milagre, é a encenação repetida de gerações em gerações de um gesto arquetípico: o fruto proibido, seja maçã, romã ou uva, é símbolo de iniciação, de saber oculto, de passagem entre mundos. A Virgem de Alcamé, Senhora dos Trigais, assume aqui o papel de deusa agrária, filha simbólica de Deméter, domadora de feras como Artemisa, e guardiã dos mistérios como Inanna.
O local do milagre, o mouchão, o «marachão» entre terra e água, é um temenos sagrado, espaço liminar onde se realizavam ritos de fertilidade e regeneração. A ausência de outras localidades a reivindicar este culto reforça a hipótese de que Alcamé seja uma divindade local, cristianizada, mas enraizada em práticas agrárias pré-cristãs. Assim, o mito não é apenas uma história de salvação: é um fóssil vivo de um rito arcaico, onde o iniciado enfrenta o caos, invoca o princípio feminino, e renasce sob a bênção da Terra Mãe. Alcamé não é apenas Virgem porque é a memória viva da deusa mãe que protege, alimenta e transforma.
Apesar de a igreja ser dedicada a Nossa Senhora da Conceição, o povo deu-lhe o nome de Nossa Senhora de Alcamé. Este nome Alcamé é de origem árabe e significa “trigo”. Ou seja, Nossa Senhora dos Trigais. O termo ‘Alcamé’ é o aportuguesamento da palavra árabe-marroquina de fonética ‘achmé’, significando trigo. Outros autores defendem que deriva de uma expressão árabe que significaria ‘lugar de descanso à sombra’, embora ali não houvesse árvores de grande porte. A romaria de Nossa Senhora de Alcamé, do lado de Samora Correia, insere-se nas festas ligadas ao ciclo da criação do gado. Por isso, a sua ocorrência no tempo e a cerimónia da bênção das reses. Do lado de Vila Franca, ocorrendo em Julho, depois das ceifas, insere-se nas festas do ciclo do trigo. Em
Nª Sr.ª de Alcamé terá nome árabe, marroquino, tuaregue ou meramente lusitano? A verdade é que entre trigais e escassos lugares à sombra nunca saberemos a verdadeira origem do nome e do culto de Alcamé[1]! As etimologias populares e arcaicas são o resultado da sedimentação de muitos conceitos próximos e, neste caso, todos plausíveis uma vez que não temos fundamentos arqueológicos nem argumentos racionais para as refutar. De facto, aceitando que se trataria de um culto a Nossa Senhora dos Trigais teríamos algo que etimologicamente é simples e parece fazer sentido.
Alcamé < Alchamé < Al-achmé.
No entanto, como então este culto já seria cristão a quando da chegada dos árabes por transformação duma deidade romana, se tivera sido a latina Segetia, então, ao nome desta se devera parecer porque a romanidade andou por cá tanto ou mais tempo que a cultura árabe. Assim, o mais possível é que seja um culto a uma deusa agrícola muito mais arcaica onde andará metido o temo grego para «húmus» que era precisamente χαμαί, de que derivaria o termo luso para «cama», sobretudo quando referida às «camas» de arada que os lavradores faziam para deitar as sementes à terra. Sendo assim o nome desta deusa do «húmus» ribatejano seria algo próximo duma deusa (e depois Sr.ª) *Archamete que os árabes traduziram por *Al-cameda ó Alcamé. No entanto as dúvidas originais, que ora reportam para achmé e logo um arcaico culto das searas, ora para cultos taurinos de bênção das reses acabadas de marcar com o ferro em brasa, e que nada terão a ver com “descanso à sombra”, são suficientes para podermos descartar a origem árabe que sói ter pouco a ver com cultos marianos e corresponder quase sempre a uma sobrevivência de tradições fenícias arabizadas. Do mesmo modo é quase seguro que “a própria palavra lezíria não deriva do árabe al-jazirâ — “a ilha” — porque poucas e raras vezes a lezíria se transforma em ilha e raras são as ilhas do Tejo que teriam dado, por antonomásia, nome a todo o Ribatejo. Pelo contrário, a lezíria derivará o seu nome do marachão ou *ta-lassa-yria que era a lezíria quando amada por Poseidon, o deus do mar Egeu, que fecundaria Talassa, a deusa grega do mar, durante as inundações do Tejo.
O mito fundador original do culto mariano, contado de acordo com a retórica bíblica, é suficientemente explícito para dever ser relacionado com a deusa das cobras cretenses.
Alcamé < **Archamete < *Har-Ki-Metis < *Kartu-Metis => Artemisa.
Na verdade, os árabes terão afeiçoado ao falares semitas muitos topónimos lusos que não entendiam coisa que terá acontecido a Alcamé, a Alfama e muito outros como o local de Nossa Senhora de Fátima!
Como Samora Correia se desenvolveu como enclave agrário de povoamento antigo, e não havendo outras localidades a reivindicar o culto de Alcamé, é quase seguro que esta Virgem seja a sobrevivência cristianizada de uma antiga deusa samorense, cultuada fora da urbe num temenos sagrado, onde hoje se ergue a ermida. O nome Çamora < Ash-Ama-Ur, revela a filiação etimológica da “cidade da Mãe Viva”, e Alcamé, como lugar de bênção das reses e das searas, seria o epicentro ritual dessa divindade telúrica. A localização isolada da ermida, sujeita às cheias do Tejo, reforça a sua natureza liminar — entre terra e água, entre vida e morte — como convém às deusas da fertilidade e da regeneração.
Ainda que o presente estudo se concentre na génese simbólica e mitológica da Virgem de Alcamé, não se pode ignorar que, na contemporaneidade, a sua figura se encontra envolta numa disputa de pertença entre Samora Correia e a Companhia das Lezírias, entidade gestora do território onde se ergue a ermida. Esta tensão, embora recente, parece ecoar uma antiga dualidade entre o culto popular e a posse institucional — como se a deusa telúrica, outrora venerada por pastores e campinos, tivesse sido apropriada por estruturas administrativas que desconhecem o húmus simbólico da sua origem. A ausência de outras localidades a reivindicar este culto reforça a hipótese de que Alcamé tenha sido, em tempos arcaicos, uma divindade local de Samora, cultuada num temenos fora da urbe, onde hoje se ergue a ermida — espaço liminar entre o sagrado e o profano, entre o povo e o poder.
Ver: ARTEMISA, Sr.ª DA SAÚDE (***)
*KIMA = TERRA MÃE
Kshumai = deusa da fertilidade. Kafir [Afeganistão]. Uma deusa benéfica aparecendo disfarçada de cabra. Diz a lenda que ela, ou sua filha mais velha, é a mãe do deus MON. Diz-se que ela deu à humanidade a bênção de cabras, uvas, outras frutas e vegetação em geral. Ela foi chamada em tempos de doença. Ela é retratada em estátuas de madeira com seios longos proeminentes e vulva. Também Kime[2].
Haumea = Mother goddess. [Hawaiian.] She is the daughter of PAPATUANUKU, the primordial earth mother, and is revered by many people of
Ktêma, (< ktaomai, = «ganhar») anything gotten, piece of property, possession, (…) wealth, i.e. on the wealthy. ó ktêmat-ikos, possessed of wealth, opulent.
Ktêma < ktaom(ai) ó Kton-ama.
Esta entidade terá estado presente na fundação da cidade de Carquemiche, como a deusa da fertilidade e da agricultura, e poderá ter sido invocada sob nomes diversos em diferentes culturas, como Ki, Amma, ou mesmo Artemisa em contextos lusitanos. A sua presença é telúrica, húmica, e profundamente ligada ao ciclo da decomposição e regeneração da matéria.
Ki-ma < Ki-ama > Haumea — esta equação simbólica permite postular a existência de uma deusa virtual do húmus, da fermentação telúrica e da regeneração cíclica. Haumea, venerada na tradição havaiana como deusa da fertilidade e da criação, é aqui convocada como arquétipo da terra viva que transtorna a morte em puro renascimento. Ao ser integrada nesta cosmogonia, Haumea representa a consciência húmica da Terra Mãe, não como figura histórica, mas como potência simbólica que atravessa culturas navegantes e cultos agrários. Ela é o elo entre o húmus ancestral e a tradição globalista arcaica que se disseminou por rotas invisíveis, como sementes lançadas ao vento.
Esta entidade — que em diferentes culturas se manifestou como Kshumai, Haumea ou Artemisa — terá estado presente na fundação da cidade de Carquemiche (< Kar Ki meash < Kartu Ama-Kaki, lit. «*Kartu, a filha da mãe»?) de que Artemisa teria sido a padroeira.
De facto, Carquemiche seria literalmente *Kartemisha.
“Carchemish the Sacred City”, I give an exhaustive proof, historical, topographical, and geographical to the thesis that
Obviamente que aqui Artemisa seria aqui Pótia Teron, a deusa mãe da fecundidade de Éfeso e não a Virgem macha dos gregos.
Sakurajima (桜島?), também romanizado como Sakurashima, é um estratovulcão ativo e antigamente era uma pequena ilha com o mesmo nome que agora está ligada com a ilha de Kyūshū, uma das quatro grandes ilhas do Japão e localiza-se na Província de Kagoshima no sul do país. O fluxo de lava da erupção de 1914 causou a ligação da antiga ilha com a Península de Osumi, literally "Cherry Blossom Island".
QUEMÓS
Quemós (Moabite: KAMAS; em hebraico: Kəmōš; eblaíta: Kamiš, acadiano: Kâmuš ) era o deus nacional dos moabitas. Ele é mais notavelmente atestado na Estela moabita de Mesa e na Bíblia Hebraica. Embora seja mais facilmente associado aos moabitas, de acordo com o Livro dos Juízes (Juízes 11:23-24), ele parece ter sido a divindade nacional dos amonitas também, apesar do antigo patrocínio de Milcom.
O nome do pai de Mesa, Chemosh-melek ("Quemós é malique" ou "Quemós é rei"; compare a Pedra Moabita, linha 1), indica a possibilidade de que Quemós e malique (ou Moloque) fossem a mesma divindade.
Na mesma Pedra moabita aparece o seguinte:
“E Quemós disse-me: Vai e toma [o Monte] Nebo a Israel. Assim, eu fui de noite e combati contra ela, desde do raiar aurora até meio-dia, tomando-a e matando todos, 7 mil homens, mulheres, rapazes, raparigas e servas, por que se tinham tornado anatma para Ashtar-Quemós”.
De acordo com a Bíblia, o rei moabita Mesa ofereceu-lhe seu filho primogênito como holocausto quando a sua cidade, Qir-Hareset, foi sitiada pelos exércitos aliados do rei de Israel, Jorão, e do rei de Judá, Josafá.
Chemosh aparece como uma divindade menor em um texto ugarítico e em uma lista acadiana de divindades, na qual ele é equiparado a Nergal. Kemosh aparece como um elemento teofórico em vários nomes de reis moabitas e em nomes de indivíduos encontrados em selos ou papiros egípcios. Sob a influência da cultura grega, ele foi então assimilado ao deus grego da guerra, Ares. Dibon, a capital de Moabe, foi renomeada Areópolis.
Aceita-se que o culto de Chemos surgiu com as invasões dos povos do mar que se estabeleceram na costa Síria e perto dela.
A etimologia de "Quemós" é desconhecida.
No entanto, o contexto deste deus de sacrifícios humanos possivelmente filho e amante de sua mãe Ashtar, com quem era adorada em simultâneo na forma de Ashtar-Quemós só pode ser o que parece: *Kima-ush, literalmente o filho de Kima. Sendo assim seria de origem cretense, ctónico e infernal, e teria com os deuses da guerra e do amor; dos banquetes e sacrifícios humanos e seria um antepassado cretense comum *Kiamazu / *Ataminus de que iria derivar Tamuz / Damuz.
Do mesmo modo, Artemisa terá dado o nome a Cachemira (< Kakimeura).
While Kali is dark and Lalita is bright, Jvalamukhi is both and neither.
Jvalamukhi < Shiwarmukaki < Ki Karma ish > Kar Kima ish > Artimísia!
Ora, o interessante é encontrar neste estranho e compósito conceito mítico, implícito no nome da antiga cidade de Carquemiche, o étimo *Kime de toda uma metafísica das artes do fogo relacionada por um lado com as artes culinárias, primeiro antepassadas remotas da «alquimia» e depois com as «ciências químicas».
Ki-ma > *Kime- => «Química» < Ash-Ama > *Ashma > Achmia > shem.
Ama-Ash > Macha > «moça».
Achmia era uma deusa do destino semita ocidental relacionada à deusa acadiana Shimti ("destino"), que era uma deusa por direito próprio, mas também um título de outras deusas, como Damkina e Ishtar . Damkina, por exemplo, foi intitulado banat shimti, "criador do destino". O nome Ashima pode ser traduzido como “o nome, quinhão, lote ou destino”, dependendo do contexto. Está relacionado com a mesma raiz do qisma árabe e do kismet turco. Ashima foi uma das várias divindades adoradas nas cidades individuais de Samaria que são mencionadas especificamente pelo nome em 2 Reis (2 Reis
One of her designations is shem b`l, Name of Ba`al, as reconstructed on the basis of KTU
*Kime < Ki-ama, lit. «Terra Mãe» > Thame + ish, lit. «filho de *Kima»
> Damuz, o amante humano de Innana.
=> *Kime-ku, «macho de *Kime > *Kimu => Kama
= o deus hindu do erotismo e do desejo sexual
=> «cama» o espaço português onde o desejo se consuma.
=> Cama. => *Kema > Themis, dos «temas»
> gr, thimos, os sentimentos.
=> *demos de povo e democracia,
=> *Kime > Gr. «kimos», o alimento > gr. «zimos», o fermento,
< Gr. hima/hema = peça de roupa.
=> *Kome > gr. «komos», o banquete => «comer» => Soma => «sumo». Etc.
Cam-enae = deusas romanas identificadas com as musas, embora pareçam ter se originado como ninfas aquáticas. Eles tinham seu próprio bosque e nascente na Porta Capena. [3] Cama = Deusa romana dos órgãos internos, especialmente o coração. Seu festival era 1º de junho.
Camenae < Cama-Na-ki, lit. “séquito de Cama” o que, de passagem, levanta a suspeita de as musas serem variantes de *Kima e, por isso mesmo, uma certa forma de Fama / Pheme.
Grec. Chôma = elevação de terra, um banco de areia, um monte.
Kιμαί: χυμὸς πύρινος, and κιμαός: χυλὸς μορέας,
Kimai: chumos, purinos, = Sumo, fogo ígneo. &
kimaos: chulos moreas. = amoras, fruto da amoreira.
KA-MA-E-U [kamaeus (?)] Embora este título ocorra tanto em Pylos quanto em Knossos, em Knossos pode ser não mais do que um nome pessoal. O termo parece descrever uma forma de proprietário de terra cuja propriedade (kama = terra) difere de uma forma ainda indeterminada das propriedades do wanax, dos lawagetas e dos telestai, chamados temenoi. Os homens que levam o título de kamaeus parecem ser humildes e incluem um padeiro (?) E um "escravo do deus". -- [4]
B
Ver: DAGON (***)
Hama-te, ou Chamo-ti em hebraico: יתמח (pronuncia-se Chămâthîy), foi um dos filhos de Canaã, filho de Cam e, posteriormente, filho de Noé. Hamate significa "fortaleza" ou "cercado de ira". Seus descendentes foram conhecidos como "hamateus", ou ainda, "hamatitas" e habitaram a antiga cidade de Hamate, atual cidade de Hama, na Síria.
Hama (em árabe: حماة,; "fortaleza" ) é uma cidade nas margens do rio Orontes, no centro da Síria, ao norte de Damasco. É a capital provincial do distrito homônimo. É o local da cidade histórica de Hama-te.
«Fumo» < Lat. fumus < Proto-Italic *fūmos, < Proto-Indo-European *dʰuh₂mós (“smoke”). Cognates include Ancient Greek θυμός (thumós), Sanskrit धूम (dhūmá) and Old Church Slavonic dymŭ, English dust.
Figura 1: O Fama, a divindade da famae do rumor, da edição de Sebastian Brant da Eneida de Virgílio 1502.
Θυμός < Proto-Hellenic *tʰūmós < Proto-Indo-European *dʰuh₂mós (“smoke”). Cognates include Sanskrit धूम (dhūmá), Lithuanian dūmas, Latin fūmus, Old Church Slavonic дмъ (dymŭ) and Albanian tym.
θῡμός (thymós) m (plural θυμοί) < Ancient Greek θυμός (thumós), < Proto-Hellenic *tʰūmós, < Proto-Indo-European *dʰuh₂mós (“smoke”).
θῡμός = 1. alma, como a sede da emoção, sentimento e pensamento 2. alma, vida, respiração 3. alma, coração 4. desejo, vontade 5. temperamento, paixão, disposição 6. ódio, raiva, ira 7. coração, amor 8. pensamento, mente.
Φήμη = Fama nasceu de Gaia, logo após os gigantes Céos e Encélado. Habitava no centro do mundo, nos confins da terra, do céu e do mar. No seu palácio sonoro, construído de bronze, com milhares de orifícios, captava tudo que se falava, por mais baixo que fosse e, amplificando-o, propalava-o de imediato. Cercada pela credulidade, o erro, a falsa alegria, o terror, e a sedição e os falsos boatos, Fama supervisionava o mundo inteiro. Na representação clássica, possuía múltiplos olhos e ouvidos, que tudo viam e ouviam e de outras tantas bocas para divulgar. Dotada de asas (o que denota uma divindade ctônica, ligada aos mortos) deslocava-se rapidamente, quando necessário, para qualquer parte do Cosmo com a intenção de averiguar a veracidade dos fatos ou propagá-los pessoalmente.
Na mitologia romana é a divindade poética, mensageira de Júpiter, tendo sido afastada por ele para viver na companhia da Credulidade, do Erro, das falsas Alegrias, do Terror, da Discórdia e dos Boatos. Andava tanto a noite como durante o dia e sem conseguir calar-se, colocava-se sobre os lugares mais altos para levar ao público todo tipo de novidades, as falsas e as verdadeiras. Fama era representada pela figura de um ser alado, muito agitado e de feições assustadoras.
Homero, Ilíada 2. 93 ss (trad. Lattimore) (épico grego C8 a.C.): "[Os gregos] marcharam em ordem por companhias para a assembléia, e Ossa (Rumor) andou em chamas entre eles, mensageiro de Zeus, para apressá-los ao longo." Homero, Odyssey 2. 216 ff (trad. Shewring) (épico grego do século
ὄσσα = ὄττα < proto-helênico *woťťa, a raiz de *wokʷs (ὄψ (óps); < protoindo-europeu *wekʷ- > vox, vocis < proto-itálico *wōks, < proto-indo-europeu *wṓkʷs (“fala, voz”) < *wekʷ- (“falar "). Os cognatos incluem sânscrito वाच् (vā́c), grego antigo ὄψ (óps) e o ves albanês.
ὄσσε < proto-helênico *óťťe, < protoindo-europeu *h₃ókʷih₁, dual de *h₃ókʷs (“olho”), < raiz de *h₃ekʷ- (“ver, olho”). Os cognatos incluem oculus latino ("olho"), sânscrito अक्षि (ákṣi), armênio antigo ակն (akn), աչք (ačʿkʿ), gótico augō, proto-eslavo *oko, inglês antigo ēage (> eye inglês).
ὄψ = olho, face < ὄψις = olhar, aspecto, aparência < proto-helênico *wókʷs, < protoindo-europeu *wókʷs. Relacionado a ἔπος (vezes) e ἰπεῖν (eipeîn). Os cognatos incluem o latim vōx, o sânscrito vach (vā́c) e o tocharian wak.
«Fama» < Lat. Fāma , ae, f. < fa-ri, = φήμη, < Proto-Indo-European *bʰéh₂meh₂, < *bʰeh₂- (“to speak”). ó Greek φήμη (phḗmē, “talk”).
E etimologia indo-europeia é difícil de entender porque termina em becos sem saída e sem etimologia aceitável. De factos qual é a etimologia do proto-indo-europeu *wṓkʷs? No entanto fica mais clara a etimologia de ὄψ por Ὄφις.
Notar que a raiz latina fa- se reporta à fala enquanto que a grega pha- se reporta à luz de Fanes e da visão! É patente que os povos antigos ouviam com os olhos e viam com os ouvidos e falavam por todos os sentidos ou seja, os termos relativos aos órgãos faciais implicados na comunicação gestual e fonética permitiam meter os pés pelas mãos com muita facilidade e existem sobrevivências disso em certos verbos irregulares portugueses onde se mistura o ver com o vir, o falar com o ouvir.
No que respeita aos olhos é evidente que a relação da visão com o dom divino do profetismo e da adivinhação teria que meter as cobras de olhar lancinante pelo meio.
ὄψ < ὄψις < ὤψ < ὀφ-(θαλ-μός) < raiz ὀπ (cf. oculus) < Ὄφις > Ofião.
< kaukis < Ka-Ki-ish. > Lat. Ops.
Assim sendo o monte ou a lusa serra de Ossa tem relação com a Fama porque neste monte grego se adoraria a deusa Ossa dos rumores e da boa e má Fama que se propalava de monte em monte, pelos vozeirões das cornucópias da Fortuna, das trombetas da Glória pelos sinais de «fumo»...da Fama e seria perto do fumo da lareira que começavam as vozearias da má-língua das calhandreiras, da intriga e da calúnia que faziam o infortúnio dos que caíam nas garras das Erínias por força da Húbris e da má sorte.
O Monte Ossa (em grego: Όσσα), também chamado Kissavos (em grego: Κίσσαβος) é uma montanha da Grécia, com
«Hosana» < latim osanna, hosanna, < grego antigo ὡσαννά (hōsanná), < aramaico 'ōsha'nā < do hebraico bíblico hōsha' nā, " salve, por favor ".
Sendo assim parece que hōsha' significaria Salvar.
No dia de Hoshana Rabbah, o dia que conclui o ciclo de feriados de Tishrei, ocorre uma cerimônia fascinante conhecida como "Hoshanat". A cerimônia inclui sete voltas ao redor do rolo da Torá e termina com o bater de ramos de salgueiro no chão. Qual é o significado desta cerimônia? (...)
Hosanna Rabbah é uma das minhas orações favoritas, mas nem sempre foi assim. Nos meus vinte anos, eu me considerava um racionalista seguindo a abordagem do Rambam e sempre senti que havia algo de tribal ou primitivo nessa oração. Costumava imaginar o que poderia passar pela mente de uma pessoa parada do lado de fora e observando homens de turbante andando por aí em círculos em seus pães e etrogs e recitando a palavra Hoshana repetidas vezes.Naquele momento não havia chances de eu considerar seriamente a explicação do ritual oferecida neste artigo. No entanto, na última década, minhas opiniões sobre esta cerimônia e seus objetivos mudaram. Em vez de ver os rituais judaicos como "ações racionais" com profundo significado filosófico, agora os vejo como ações que expressam verdades psicológicas profundas - ações que contribuem para a ventilação emocional e a cura espiritual. Há uma verdade profunda embutida na cerimônia de Hoshanat. À medida que o novo ano começa, nos encontramos cheios de preocupações. Tememos que nós ou nossos entes queridos fiquemos doentes ou que possamos perder nosso sustento. Temos medo do terrorismo ou da guerra. Tememos que nosso casamento desmorone ou que nossos filhos sigam um caminho ruim. Temos medo de não ser bem-sucedidos ou de não merecermos ser bem-sucedidos. Queremos chamar Deus e falar com Deus diretamente, mas não podemos. Como afirmado em Eclesiastes - o livro que lemos todos os anos no Shabat, o feriado de Sucot - o mundo simplesmente não funciona dessa maneira. Portanto, todos os anos enfrentamos esses medos e tensões e através de rituais tão extraordinários abrimos um canal de comunicação com Deus. Com a ajuda de nossa cerimônia de convocação, supostamente forçamos Deus - o mesmo Deus que ensinou Josué há milhares de anos como fazer isso - a entrar em nossas sinagogas, e podemos abrir nossos corações a ele. Este é o ponto culminante das férias de Tishrei, um final adequado para uma temporada de esperanças e sonhos. -- Dr. Rabi Zeev Farber.
Figura 2: A Sinagoga Portuguesa de Amesterdão na festa do Sucot. Gravura de Bernard Picard 1720.
Nā ᴵ interj. please, I pray, I pray you. [Related to Syr. נֵא, נִי (= I pray, I pray you), Ethiop. na‘ā, Amharic nā (= welcome’).]
«Ouçam» lá, as hossanas judaicas e semitas que têm a ver com a serra de Ossa e com os rumores da palavra divina? Oxalá que para além da semelhança fonética e semântica tenham ainda mais por intermédio dos anjos e mensageiros de Deus!
«Cama» < Lat. tardio cama, atestada pela primeira vez em Isidoro. Provavelmente um empréstimo de um substrato ibérico galaico-português de origem minóica. < Possivelmente do grego antigo χαμαί (khamaí) (perto do chão) como Isidoro disse: Cama est brevis [lectus] et circa terram; Graeci enim χαμαὶ breve dicunt" = Cama é um pequena [leito] e perto do chão; os gregos «chamam» χαμαὶ às coisas pequenas e chãs).
Χαμαί < Proto-Indo-European *ǵʰm̥meh₂y, a case form (perhaps dative or a fossilized directive?) of Proto-Indo-European *dʰéǵʰōm (whence also χθών (khthṓn, “earth”). Confer cognate forms with the same semantics: Sanskrit क्ष्मया (kṣmayā́), Sanskrit ज्मया (jmayā́) (instrumental), Sanskrit क्षमा (kṣamā́) (also instrumental), and Sanskrit क्षामि (kṣā́mi), Latin humī (locative). Also compare πάλαι (pálai) and παραί (paraí).
Χθών < Proto-Hellenic *kʰtʰṓn, full transference to n-stem (cf. εἷς (heîs), χῐών (khiṓn)), from Proto-Indo-European *dʰéǵʰōm, with the Proto-Indo-European cluster *dʰǵʰ- metathesizing into Proto-Greek *kʰtʰ- from an earlier Proto-Hellenic *tʰkʰṓn, since G.
Χθών < Proto-Helénico *kʰtʰṓn, < protoindo-europeu *dʰéǵʰōm???
Χθών = «chão», solo, superfície da terra, campo, mundo, terra, país.
«Chão» < Galaic. chan < Lat. planu(m) > *Chon ó Χθών.
Como parece mais razoável a palavra galaico-portuguesa «chão» é de origem galaica e minhota ou seja minóica e por isso pré grega como a etimologia de xθών que, por isso mesmo nada deverá ao indo-europeu. Pelo contrário, o suposto indo-europeu deverá ser de origem minóica. Assim sendo o latim planus apenas influenciou a fonética de *chon para o galego chan. Já a perca do th de xθών é fácil de entender pela equação seguinte:
«Chão» ó monte «Sião» < Ki-Anu ó Ki-Ki-Anu > Ki-ti-an > xθών.
=> *Kume => o «cume», a chaminé no tecto é o sinal evidente da cozinha e o indício seguro do lar => lat. «domus» => Phume > Grec. Pheme > Lat. Fama e «fumo».
Lat Caminus = 1. lareira. 2. fornalha, forja. 3. (poética) Forja de Vulcano. 4. (figurativamente) fogo < Grego antigo κάμῑνος (kámīnos). < Um empréstimo técnico de origem desconhecida. A comparação com καμάρα (kamára, “câmara abobadada”) tem pouco valor, enquanto a do proto-eslavo *kamy (“pedra”) é possível. Observe que o sufixo "-ῑνος" é típico do pré-grego. > κάμινη (káminē) > francês cheminée < latim tardio camīnāta, < caminus < grego antigo κάμινος (káminos, “forno”).
Italiano «camino» = lareira chaminé < Latin camīnus < Ancient Greek κάμῑνος (kámīnos) = forno, fornalha, chaminé, conduta para aquecer um espaço.
O facto de a arquitectura termal ter criado o conceito de condutas de vapor quente para aquecimento das casas pode ter aberto assim o caminho para a etimologia da «caminhada».
No entanto a etimologia de κά-μῑνος parece pouco conclusiva e suposta ser um empréstimo técnico de origem desconhecida. A comparação com καμάρα (kamára, “câmara abobadada”(?) tem pouco valor, enquanto aquela com proto-eslavo *kamy (“pedra”) é possível. De passagem observe-se que nem tanto o sufixo "-ῑνος" que é típico do pré-grego mas -μῑνος que aparece em termos e nomes arcaicos também no latim, estando obviamente relacionados com a lei e a ordem minóicas, ou seja de estarmos perante conceitos muito arcaicos que remontam aos tempos em que em Creta uma «cama» feita com «camadas» de terra, húmus e estrume eram os primeiros passos para uma agricultura bem sucedida. Assim, o postulado da deusa *Kime ou *Kima como deusa da terra e do húmus e quase uma necessidade linguística.
Hŭmus , i (archaic form of the I.abl. sing. humu, Varr. ap. Non. 488, 6 and 48, 26), f. (archaic masc. humum humidum pedibus fodit, Laev. ap. Prisc. p. 719 P.: humidum humum, Gracch. ib.) [from the prim. form XAM, whence χăμαί, χăμόθεν, χăμαλός, Lat. humilis; kindr. with Sanscr. Xám, earth; Gr. χθών], the earth, the ground, the soil.[5]
From Proto-Italic *homos, from Proto-Indo-European *dʰǵʰomós, from *dʰéǵʰōm (“earth”). Cognates include Sanskrit (kṣa), Ancient Greek χθών (khthṓn), and Old Church Slavonic земл (zemlja). Related to homō (“human being, man”)[6].
Os Kitán (chineses: 契丹; Pinyin: Qìdān), também conhecidos como Khitan, Kitanos ou Kitai, eram um grupo étnico proto-mongol que dominava grande parte da Manchúria. É classificado como um dos grupos étnicos Tungu, atualmente denominado Ewenki. (...) El erudito japonés Otagi Matuo considera que el nombre Kitán fue originalmente “Xidan”, que significa “la gente similar al pueblo Xi” o “la gente que vive entre los Xi”.
Com que fundamentos o erudito japonês Otagi Matuo o confirma? Intuição! Na verdade os cita e os ciganos podem ter a mesma etimologia. A deusa Mãe Ki ou Xi teria, em tempos arcaicos, sido mais universal do que hoje é.
Χθών (khthṓn) < Proto-helênico *kʰtʰṓn < Ki-t(h)na > χῐών (terra gelada, neve)[7]
> Sião.
«Chão» < chano <???> plano < Xi-na.
«Cama» < From Old Portuguese cama, from Late Latin cama.
Possivelmente do grego antigo χαμαί (khamaí) (perto do solo), como Isidorus disse: "Cama est brevis [lectus] et circa terram; Graeci enim χαμαὶ breve dicunt" (Cama é uma pequena [cama] perto do solo; os gregos chame χαμαὶ para pequenas coisas). Outras etimologias podem incluir origem celta (gaulesa) ou ibérica.
Pois bem, se de «câmara» derivou a «cama» enquanto espaço para esta este espaço acabou em português como quarto não por conotação com a «quarta» parte da casa de habitação, mas porque assim se chamaria na Lusitânia ou por ressonância com termo ibérico importado do egípcio qerti, câmara ou espaço reservado da habitação.
Por outro lado, sendo o nome dos «caminhos» de Santiago um aporte moderno da época do baixo latim podemos então analisar a etimologia dos caminhos como derivados da analogia com as condutas de vapor de agua das termas que os romanos espalharam por toda a parte inclusivamente nas Gálias e na Península Ibérica.
< Grego antigo κάμῑνος (kámīnos) = lareira > chaminé > conduta de vapor.
«Caminho» < português antigo caminno, camỹo < latim vulgar tardio Visigótico cam-mīnus (“caminho”, atestada pela primeira vez por escrito no final do século VII na Espanha.) < emprestado do gaulês *kam-man; ó kamanom celtibérico ó céim irlandês (“passo, grau”). de Proto-Celtic *kengeti, de Proto-Indo-European *(s)keng- (“mancar”)???.
Ou < Gaulês *cammano- ou *cammino- < Palavras reconstruídas a partir de uma inscrição em celtibero kamanom e em latim medieval cammino na origem chemin, camino, etc. Formado a partir da raiz *cam para um nome da prata ou instrumento. J.-P. Savignac o faz vir de a * cang-sman-p do verbo * cing- "ir, andar", que viria da raiz indo-européia *ghengh-.
Comparável, além das palavras acima mencionadas, ao antigo irlandês céimm, galês cam, bretão kamm, etc. (???)
Pois bem, pretendendo derivar o caminho de uma origem extra latina mais prático teria sido procurar esta origem, na mesma, do verbo inglês «to come».
Come = verbo intransitivo elementar de movimento, inglês antigo cuman "mover-se com o propósito de alcançar, ou de modo a alcançar, algum ponto; chegar por movimento ou progressão;" também "mover-se à vista, aparecer, tornar-se perceptível; vir a si mesmo, recuperar; chegar; montar" (verbo forte de classe IV; pretérito cuom, com, particípio passado cumen).
Engl. come < Proto-Germanic *kwem- (source also of Old Saxon cuman, Old Frisian kuma, Middle Dutch comen, Dutch komen, Old High German queman, German kommen, Old Norse koma, Gothic qiman) < PIE root *gwa- "to go, come."
Obviamente que *gwa- pode ter a ver com go mas nada tem a ver com como mas é possível que todos tenham a ver com a Terra seja por Gea seja pelo «cume» do caminho que seria nem mais nem menos a cama pisada no húmus da terra mãe *Kima pelas leis de Minos e daí *cam-minus herdado pelos ibéricos directamente dos minóicos.
Claro que a suposta raiz PIE *gwa- deixa muito a desejar porque se tem evidente conotação fonética com «to go» já não tem qualquer semelhança fonética como «to come» que, quase de certeza, tem tudo a vir com a mesma origem dos termos latinos e pré-latinos para «cume», «cimo», «domo», «cama», chama, chaminé e cumeadas e sobretudo com a semântica de vir ao de cima ou caminhar até lá cima para chegar ao cume do monte onde se faziam os sacrifícios sagrados em honra da deusa mãe Artemisa e da senhora do monte.
In Aztec mythology, Chalchiuhtlicue was the goddess of running water. She was the sister of Tlaloc.
Chalchiuhtlicue = Chalchiuh-tlicue
Chalchiuh< *Karki-ush + Ma => Artemisa | <
Tlicue < Tel-Coa, lit. «Telus (que se es)coa (pelos rios abaixo)!
Ver: HEKATE & HEBE (***)
Claro que a «cozinha» rústica nos reporta para o «domínio» domestico da casa e do lar, de que a «domus» foi a expressão latina e dama/damu a mais arcaica referência aos donos da casa, de que o casal Innana/Damuz teria sido uma das representações mítica do início da revolução agrícola. É obvio que estes factos só foram possíveis quando o homem primitivo começou a fazer reservas alimentares e se defrontou com a deterioração fermentativa dos alimentos vegetais frescos e com a inevitabilidade da putrefacção dos alimentos cárneos que apenas o fogo e o sal conseguiam atrasar. De qualquer, a realidade da fermentação foi correlacionada com o fogo, quer pelo calor que produzia quer pela espuma ebulitiva que a acompanha pelo que, pelo menos na língua grega, o termo zimos deriva do conceito mítico *Kima, Neter no Egipto, a Mãe das “leis da Natureza”, a Terra Mãe!
Obviamente que o conceito ternurento da natureza como Terra Mãe sobreviveu até aos nossos dias ainda que o termo original *Kima se manifeste raramente em termos relacionados com a natureza, tirando um ou outro de origem grega como o nome da Química dos elementos naturais termo que, sabe-se lá porque mistério, foi sujeito ao revivalismo semântico de aparecer com a conotação de atracção sexual em expressões idiomática da gíria do português falado no Brasil. No entanto, na mitologia persa ainda era o termo dominante para o conceito de Terra Mãe na forma de Zam!
Zam, Zamin, Zamyad, Zam-Armatary = "The Earth" called the 'Spirit of the Earth'. She is the Yazad earth goddess whose name is etymologically related to the Thraco-Greek goddess Semele, the Latvian 'earth-mother' Zemes Mate, and the Russian earth goddess Mati Syra Zemlya. Zam is also associated with the thirteenth day of the waning moon. She is also known as Amurdat, 'immortal'.
*Kime > Sime > Zem >Zam.
Quimera < *Kime+ Uru > Sime-ula > Semeila > Semele.
Zemeila > Zemlya.
A variante Zamyad parece mesmo uma forma evolutiva paralela ao nome de Tiamat!
Zamyad < Semiath < *Kimu-at, lit «a mulher de Dimu(z)» > Tiamat.
Porém, a expressão mais importante do poder químico de *Kima na cultura persa encontra-lo na mitologia do Soma védico.
Ver: SOMA (***)
Figura 3: Komos, o filho de Dionísio comendo «sopas de vinho»!
"[Nereides:] Kymodoke who, with Kymatolege and Amphitrite, light of foot, on the misty face of the open water easily stills the water and hushes the winds in their blowing." -- Theogony 252-254
Na Grécia este concito teve em tempos arcaicos o nome de (*Kima > Thami > ) Damia > Deme + (Ne < An) ter = (An = deusa) Demeter.
Damia = An alternative form of Demeter in ancient
Auxesia (< Hekate < Haushekia < Kikakia >) Hit. Kauskia.
Eumênides (< | Haume < Kimê | anithes, lit. «senhoritas de *Kima» ) = Antigos espíritos da terra ou deusas associados à fertilidade, mas também tendo certas funções sociais e morais. Tradicionalmente em número de três, as Eu-mênides eram adoradas em Atenas e em terras fora da Ática. Embora seu nome por vezes queira dizer "as benevolentes", "as graciosas" e "as veneráveis," as deusas eram normalmente retratadas como as Górgonas, criaturas com cobras ao invés de cabelos e olhos injetados de sangue. Sua aparência vai de encontro com sua identificação, em outras lendas, com as Erínias, três deusas vingativas do mundo inferior.
Eu-mênides < *Au-menides < | Haume
< Kimê | anithes, lit. “senhoritas de *Kima”
> Eu-Min-ates > Eu-menades,
lit. as verdadeira ménades de Dionísio.
Tanto no mito como na etimologia virtual se nota uma origem obscura e ambígua destas deidades. Evidentemente que se as Eumênides fossem apenas “verdadeira ménades” de Dionísio não haveria lugar para lucubrações etimológicas por se tratar dum nome composto. Sendo espíritos da terra mais provavelmente teriam etimologia derivadas desta sendo então senhoritas de *Kima.
Na cozinha rústica manipulava-se toda a química alimentar com que se preparavam os banquetes e a «comida» e onde se iniciou a arte do controle das fermentações alimentares que levariam à descoberta das bebidas alcoólicas que quase sempre levavam as pessoas do leito do banquete ao leito da alcova!
As cozinhas arcaicas eram seguramente mais poluidoras do que s modernas. Ora, as técnicas de transmissão de informação por sinais de fumo não deve ter sido exclusivo dos ameríndios pelo que se aceita como evidencia o facto de a «Fama» («fumo» < Phime < Ki-Ama) ser um heterónimo duma deusa do fogo! Sabe-se que a técnica da transmissão de informações vitais a longas distâncias por sinais de fuma era ainda utilizada com eficiência atém finais da dinastia Ming ao longo da “grande muralha da china”.
Ver: FESTAS, FOLIAS E CULTOS FÁLICOS / COMOS (***)
E como “não há «fumo» sem fogo” Artemisa foi uma deusa do «fogo» pela simples e mera razão de ser esta uma das mais arcaicas funções divinas relacionadas com a deusa mãe desde os primórdios da humanidade, logo, Artemisa enquanto arcaica Deusa Mãe e seguro avatar de Atena, esteve sempre a par de todo o saber tanto do que ficava nos segredos dos deuses guardados por Enki, como eram seus os saberes da magia, e daí que o termo sumério me derive muito simplesmente do seu nome ma, de mãe!
Dai que o mito da falsa dádiva de Enki a sua filha Inana “muito amada” das sagradas “Medidas, Motes e Mesuras”.
(INANNA AND ENKI)
Enki, swaying with drink, toasted Inanna:
'In the name of my power! In the name of my holy shrine!
To my daughter Inanna I shall give the High Priesthood! Godship!
The noble enduring crown! The throne of kingship!’
Inanna replied: I take them!
'Truth! Descent into the Underworld! Ascent from the Underworld!
The art of lovemaking! The kissing of the phallus!'
Inanna replied: I take them!
Enki raised his cup and toasted Inanna a third time:
‘In the name of my power! In the name of my holy shrine!
To my daughter Inanna I shall give the holy priestess of Heaven! The setting
up of lamentations! The rejoicing of the heart! The giving of judgements!
The making of decisions!’
(14 times Enki raised his cup to Inanna
14 times he offered his daughter the mes
14 times Inanna accepted the holy mes)
Then Inanna, standing before her Father,
Acknowledged the mes Enki had given to her.
Refeito da bebedeira preparada pela própria filha Enki pretende os “segredos dos deuses” de volta e envia o seu servo mensageiro Isimud (< Ish-ama-tu => Tamuz) para a Inana os retirar!
Ver: INANA (***)
Nada será possível opor a esta tese de que o mito se reportou a factos reais, já lendários à época em que o presente mito foi escrito, relacionados as celebérrimas “guerras entre sexos” iniciadas desde o começo do mundo! Na verdade este mito servirá mais tarde de base teórica, e de partida, para a uma espécie de revisão da história, no mito de Marduque, aliás suposto filho de Ishtar/Inana. O importante é suspeitar que nesta revisão nem tudo será inteiramente falsificação e manipulação pois aí se confessa implicitamente que Tiamat, a Deusa Mãe primordial foi a detentora dos poderes supremos que Enki, seu filho herdaria! Ai se referee que: She gave Qingu the Tablet of Destinies to facilitate his command and attack.
Entre o termo Qingu < K(au)-Enku = «bestas de Enki» não haverá muitas diferenças semânticas. Dito de outro modo, as leis que Inana roubou ao pai eram os arcaicos segredos de cozinha da Deusa Mãe e pode ter sido esta a razão que levou inana aos calabouços do inferno no mito do «Decesso de Inana»!
Kutha was also the capital of the underworld, Irkalla, and poetry refers to this underworld.
Kutha < Ki-ut-ka, a terra (onde repousam) os ka (almas).
Ver: GIGANTOMAQUIA (***) & TÉMIS (***)
EUFÉMIA
Figura 4: Santa Eufémia com a palma do martírio, da Casa de arte Sacra de Fânzeres. Santa Eufêmia (Ευφημία, o “bem falante”) nasceu na Calcedônia por volta de 284, de pais ricos e cristãos. Ela morreu como uma mártir em 305. Ela é descrita como uma "megalomártir". Comemoração em 16 de setembro. Esta Santa da geografia bizantina e ortodoxa foi e ainda é particularmente venerada pelos portugueses, particularmente beirões, que a popularizaram muito cedo possivelmente por a sua festa antecipar a vindimas. Assim a «feira dois cestos» da vindima pode também remeter-nos para a tradição de tecelagem e cestaria associada aos trabalhos femininos. |
Obviamente que todas estas etimologia valem tanto como quaisquer outras fantasias e por isso nos espanta a facilidade com que os lusitanos, habituados aos falares gregos passaram de Femina a fémia, quem sabe por força da conotação eclesiástica foemina com o nome da Santa Eufémia não como a bem falante, mas como a verdadeira mulher, que como outras tantas têm a Fama de falam pelos cotovelos da vaidade feminina, sua e da alheia.
Eufémia < Eu-| phemia < Eu-Kimia
«Fêmea» < Lat. femina < proto-itálico *fēmanā
< Phi-Minia < *Ki-Mina
??? Do proto-itálico *fēmanā, do proto-Indo-europeu * dʰeh₁-m̥h₁n-éh₂ ("(aquela que) está dando de mamar, amamentando"), o particípio médio passivo feminino de * dʰeh₁ (y) - ("chupar, sugar"). Relacionado a fīlius, fellō, fētus.???
< fe-, fev-, = Gr. φύ-ω, produzir; > fe-to, fe-cundo, faeno, felix; cf. Sanscr. bhuas, bhavas, tornar-se; Lat. fi-o, fu-turus. -- Charlton T. Lewis and Charles Short, A Latin Dictionary, Oxford: Clarendon Press, 1879.
Então se autores existem que fazem derivar este termo do grego φύ-ω, sem disso darem provas cabais então também poderemos sem grandes receios relacionar femina com φημία e precisamente por *Ki-Mina ó *Kima
* Ki-Mina > Ki-mia > Grec. Φημία < φή-μη = oráculo, voz divina =
Aeol. and Dor. Φάμα > Lat. Fama.
Portanto, se valorizamos raizes supostas indo-europeias para o Lat. femina por fe-, fev- = Gr. φύ- então temos de considerar como possíveis cognatos com φή- do nome de Eufémia bastando para meter a má fama da língua feminina e da capacidade geradora da palavra divina que a Fama era pois que et verbum caro factum est. (Ioannes 1,14).
HOMEM & FÊMEA
Em português as antinomias homem / mulher e fêmea / macho não revela parentesco gramatical de género.
No entanto, em espanhol temos hombre ó hembra.
La palabra "hembra" proviene del latín fémina, equivalente de ginaika griego. - Gracias: Maximiliano…Mas, «Hay que tener en cuenta el indiscutido legado de la lengua árabe a la española y que la palabra e'mra (que significa hembra en árabe) es más parecida a la palabra hembra en español que el latín femina». - Gracias: daubet.
El mero "parecido" accidental no es un criterio válido aquí, aparte de que todo parecido es siempre subjetivo. Esta palabra árabe se pronuncia así únicamente en el nivel de lengua culta que se llama فصحى (fus-hà), pero en el nivel de lengua hablada se suele decir mara, no imra'a, y así se habría dicho en al-Andalus si la palabra tuviera ese origen.
Se conocen perfectamente todos los pasos entre el latín femina y el español hembra, porque son comunes a tantas otras palabras que pueden considerarse ejemplos paradigmáticos de las reglas de la evolución del latín al español:
ESP: Femina, -ae > fémina (m) > fémna > fémra > fémbra > hémbra (hembra).
Arab. e'mra ó fémra > *hémvra > hémbra.
PT: Femina, -ae > fémina (m) > fémi~a > fêmia.
Se a passagem da femina latina para a fêmea portuguesa apenas necessitou a desnazalização do infixo ina > ia, porque razão teriam que acontecer as voltas rebuscadas assim descritas?
El acusativo de femina perdió la vocal postónica y se hizo femna. Esto es general, pasó lo mismo con el de homo, -inis, "hombre", que de hominem pasó a homne y con fames, -inis, "hambre", que de faminem pasó a famne, y con nomen, -inis, "nombre", que de nominem pasó a nomne.
La n sufre el fenómeno de conversión en r, provocada probablemente por la necesidad de disimilación de las dos nasales en contacto, y femna se convierte en femra. Esto también es muy frecuente, y es lo mismo que le ha pasado a las otras palabras citadas antes, que tienen un paso evolutivo homre, famre y nomre.
Aparece una epéntesis labial entre m y r, debida a un acortamiento de la nasalización de la m que deja en contacto con la r sólo su rasgo de labialidad sonora: -mr- > -mbr-, por lo que femra se hace fembra. Esto también es de lo más corriente, y le ha sucedido lo mismo a las tres palabras testigo que estamos usando: hombre, fambre y nombre.
La f- inicial se convierte en h-. Es un rasgo característico y muy conocido del español, así que fembra se convirtió en hembra, que en algunos sitios todavía se pronuncia jembra. No obstante, en el DRAE[8] aún figura esta forma fembra, última etapa en la evolución, como desusado. Este cambio sólo se ha dado en uno de los tres testigos, la que empieza también por f-, como es obvio: fambre > hambre (aún pronunciada jambre en algunos sitios).
Obviamente que todas estas voltas ocorreram por analogia fonética intrínseca aos falares andaluzes que sofriam a interferência ressonante da língua árabe, neste caso Lat femina ó e'mra e ocorreram precisamente nos meios eruditos mossárabes que produziram o espanhol moderno a partir dos falares andaluzes e não no seio do povo sujeito ao jugo dos poderosos da época.
O interessante é que em espanhol a dicotomia hom-bre ó hem-bra que parece reportar ambos os termos para a mesma raiz arcaica hom-ó hem- que, como veremos todos os etimologistas referem como relacionada como terra que interessantemente *Kima seria enquanto Terra (Ki) Mãe (Ama).
La palabra hombre viene del latín homine y esta podría venir de humus (tierra), pues acuérdate que tierra somos y a la tierra volveremos (ver: inhumar, humano, inhumado, humildad y póst-umo).
Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris.
Homo sum et nihil humani a me alienum
La palabra latina humus se vincula con la raíz indoeuropea *dhghem-(¿??) (tierra), y estaría presente en el griego χαμαί (khamai = en tierra) y la palabra cama-león.
Assim sendo parece que o espanhol reflete a fonética priordial da raiz do nome dos homens e das mulheres que seria h?m- e que apelaria para a mãe terra *Kima / χαμαί.
*H?m- + Anus = Senhor(a) da terra < Ku-Ama-Anus > ho-mine(m)[9].
*H?m- + Ana = Senhor(a) da terra < Ki-Ama-Ana > phi-Mean > fe-mina.
Human = This is in part from PIE *(dh)ghomon-, literally "earthling, earthly being," as opposed to the gods (from root *dhghem- "earth"), but there is no settled explanation of the sound changes involved. Compare Hebrew adam "man," from ad-amah "ground." Cognate with Old Lithuanian žmuo (accusative žmuni) "man, male person.
Man = Old English man, mann "human being, person (male or female); brave man, hero;" also "servant, vassal, adult male considered as under the control of another person," from Proto-Germanic *mann- (source also of Old Saxon, Swedish, Dutch, Old High German man, Old Frisian mon, German Mann, Old Norse maðr, Danish mand, Gothic manna "man"), from PIE root *man- "man."
Notar que embora em grego os homens sejam ᾰ̓νήρ, ᾰ̓νδρός, ou seja, sem qualquer semelhança com homo, inis, a verdade é que de algum modo existiu uma relação arcaica que permitiu preservar no grego o termo homo com a conotação de semelhante, ainda que não possamos garantir que este conceito se refira a todos os que são nossos semelhantes como os restantes humanos.
Assim, na composição do nome dos humanos, além do nome da terra mãe *Kima temos o nome do lei e da ordem que iria determinar o papel dos géneros o deus anatólico Men, que foi Minos em Creta e o touro de cobrição Min no Egipto.
Interessante é notar que um importante amuleto contra o mau-olhado norte africano comum à cultura árabe e judia é a hamsá ou chamsá referido também como Mão de Fátima segundo a filha de Muhammad, a Mão de Maria, a Mão de Miriam e a Mão da Deusa e considerado muito anterior às civilizações monoteístas abraãnicas pois seria literalmente a vulva ou a mão com o olho de Tanit.
«Chamsá» < Chamchat < Xam-xat < *Kima-Ishat.
Ishat era a prostituta dos deuses como parece que Tanit e Afrodite seriam. A Mão-de-Vênus (ou de Afrodite), a Mão-de-Maria, era usada para proteger as mulheres do mau-olhado, aumentar a fertilidade, promover a lactação e uma gravidez. Outra teoria traça as origens do hamsa em Cartago, onde a mão (ou em alguns casos a vulva) da divindade suprema Tanit foi usada para afastar o mau-olhado, devido às suas doenças venéreas com infecções vaginais contínuas que provocavam um cheiro desagradável que afastava os maus espíritos[10]. |
A razão porque acabou significando o número cinco entre judeus e árabes é obvia: o amuleto era uma mão com cinco dedos.
EPHENAI
Ephesos, Ephesus, Afasus, Efes: assim é o nome da cidade em grego, em latim, em árabe e em turco, e é muito provável que já tivesse este nome antes de colonização grega da Ásia Menor.
O nome da cidade não é certamente de origem grega: a hipótese segundo a qual poderia derivar de - ephenai - («tocar terra») é rejeitada por todos os etimologistas.
Depois de buscas exaustivas, em vez do termo ephenai consegue-se encontrar o termo epheinai, uma forma do verbo ephiêmi, que tem o significado de “enviar contra, incitar, desejar” numa conotação que anda de forma intrigantemente relacionada com o conceito muito nu e cru de “levar o macho à fêmea”, ou vice versa.
Ephiêmi = hiêmi = epi-ti-thêmi = ka-thiêmi = epi-thume-ô = ana-ti-thêmi
= immitto = permitto, etc.
Uma das características da língua grega, que salta aos olhos de um leigo, é a sua multiplicidade lexical. Esta só pode resultar da convergência de vários dialectos e falares que, de origem geográfica dispersa na insalubridade Egeia, acabaram por vir a ser democraticamente aceites na assembléia vasta e rica da mesma língua cultural do helenismo.
Assim, se todos os etimologistas rejeitam a hipótese duma relação entre o verbo grego ephenai e o nome da cidade da Ásia Menor, onde a N. Sr.ª da Aurora “tocou a terra” numa epifania da “Virgem Mãe de Deus”, o sol, o «Lumen Cristi» ressuscitado, se calhar...é porque também eles não encontraram nem esse termo, nem este significado.
No entanto, o mais provável é que o nome da cidade de Éfeso possa andar envolta nos mistérios arcaicos ínsitos na semântica deste termo grego. O conceito de “levar o macho à fêmea” deve ter correspondido a rituais de fertilidade originados nos primórdios da agro-pastorícia nos começos do neolítico.
Facilmente se repara que o núcleo central é -themi e ephi- o prefixo mais provável. De facto, Hu-poka-thêmai < hu-perkata-keimai => ephêmai = «acessor», lit. “a que está sentada no trono”, em representação de > hêmai = “estar sentado” no trono como Deusa Mãe *Kima.
Ephet-mê < ephêmosunê, hê < ephiêmi = command, behest = comando, ordem
Ver TRONO (***)
Então, é possível entender a relação de fertilidade acima referida como derivando deste modo:
Ephem-en, Ep. para epheinai, de Ephiêmi < Epi-themi < Ephi-Themis lit. «a que está em cima, no trono da justiça» como Themis < Keimai < An *Kima. Quer isto dizer que, houve tempo em que a posição canónica era inversa da do missionário!
Phêmi, phêis, phêis = «dizer que sim, afirmar» (no tribunal de Themis).
Porém, em torno do verbo Ephiêmi e Phêmi andam inflexões tais como:
Éfeso <= E-phêsô < e-phêsa < e-phiesai < e-phieto < e-pheito < e-phiesthai < e-phêstha ó Hefesto
Ø e-phato > phêstha («festa > fausto») > phaskô > phasa > phêsô > phasô.
Ø e-phês > e-phê > phê > pha > phô, phêis, phêi.
Ø phai-ên < e-pham-ên < E-phem-en < pham-en < phaim-en < Phêmi < *Kima!
Ø aphesis, eôs, hê, (aphiêmi) = libertar.
Em conclusão, o nome da cidade de Artemisa de Éfeso andou etimologicamente ligado à deusa mãe *Kime, que foi também Témis, a deusa das «ordens» judiciais, sentada no trono festivo (> phêstha) de Cíbele, fazendo luz (pha > phô ) sobre a escuridão da mentira e permitindo a «epifania» (< Gr. epi-phaneía < epiphainô = luz sobre) pela afirmação da verdade permitindo assim libertar os inocentes da escravidão.
Aphesios, ho, Releaser, epith. of Zeus.
Se Ephenai poderia ter sido também (ou não!) «tocar a terra» não seria de todo em todo um disparate semântico já que:
Enaphesios = terratenente => En-aphesios, lit. «Sr. da terra» = o que liberta = Zeus!
Êpei-ros = «terra firme» e epêi-onios = «costa»
Isto implica que *Aphei ou *Êphei < E-Ki, lit. “o templo da Deusa Mãe Terra, a terra mãe, a Pátria” => Egeia > Ewa > Eva.
*Ephenai < *e-pheinô, < E-Phê-Anu > E-Phan, lit. “templo da luz do céu”, que como a luz do dia toca e ilumina a terra < E-Ki-An, lit. “aquele/a que faz a sua casa na terra a partir do céu”, pois só os deuses conseguem começar os templos pelo telhado e, mesmo assim, conseguirem fazer dela uma das “sete maravilhas” do mundo! O certo é que, se, por razões afloradas antes, uma tal epifania da “Virgem Mãe” não foi comum nos cultos helénicos, foi-o pelo menos de forma explícita e exuberante em Éfeso.
*ASHMA, «A FILHA DA MÃE».
Indícios da existência duma poderosa deusa mãe denominada *Ashma podemos encontra-los entre os celtas pois que:
Belisama < Bel-| Ishama < *Ashma > Atma > Temis > «Dama»
Belisama = The Gaulish/Celtic goddess of light and fire, the forge and of crafts. She is the wife of the god Belenus.
Por outro lado, fica explicada a particular devoção das gentes transmontanas por uma St.ª Eufémia que mais não seria do que a metamorfose duma arcaica “filha da Deusa Mãe” que teria tido o nome original...
Eufémia < Euphimia < Kaukimia < Kakimia ó *Ashma.
> Phathima > Fátima!
Although we may never be certain of the sources on which Abraham Rockenbach and other cometographers drew in mentioning a comet in connection with the Deluge, the great medieval rabbinical authority Rashi was probably among them. Rashi [11]wrote concerning Khima, a celestial body mentioned in Job 9:9 and 38:31, and in Amos 5:8, that it is “a star with a tail,” or a comet. In the Talmud, Khima is associated with the Deluge, and this seems to have been the source of the cometographers’ assertion that a comet appeared in conjunction with that event. (4)
Hebr. Khima < Kaki-Ama > *Ashma.
Figura 5: deus Sésamo. Sésamo, Shesmu ou Shesemu é um deus do submundo do Antigo Egito com um carácter contraditório, benéfico, mas também cruel. Ele foi adorado desde o início do período do Império Antigo. Ele era considerado um deus de pomadas, perfumes e dos lagares. Nessa função, ele foi associado a festivais, danças e cantos. Mas ele também era considerado um deus do sangue, que podia matar e desmembrar outras divindades. Acredita-se que os antigos egípcios usassem o vinho tinto para simbolizar o sangue em oferendas religiosas, o que explica por que Shesmu está associado tanto ao sangue quanto ao vinho. Shezmu era conhecido por destruir os malfeitores, colocando horrivelmente suas cabeças em lagares para remover o sangue. Ele era conhecido como o 'Carrasco de Osíris'. Shezmu seguiu os comandos do Deus dos Mortos e, portanto, às vezes recebia o título de "Matador de Almas". Ele inicialmente parece ser uma divindade feroz do submundo, mas Shezmu foi bastante útil para os mortos. |
Embora fosse um severo carrasco dos ímpios, era também um grande protector dos virtuosos. Shezmu ofereceu vinho tinto para aqueles que faleceram. Além do vinho, ele cuidava de objectos terrenos, como óleos de embalsamamento e perfumes. Entre os deuses, seu trabalho era usar os corpos e o sangue dos mortos para criar sustento para Unas.
Osíris foi quem ordenou que o sangue do perverso fosse transformado em vinho.
Às vezes, ele recebia o título de "Demónio da Prensa". Em uma nota mais sombria, a afinidade de Shezmu com a cor vermelha o ligava ao mal. Carmesim era uma cor temida e odiada entre os egípcios. Não é apenas a cor universal do sangue e, portanto, da morte, mas também a cor do deus do caos, Seth. Como também era a cor do sol poente, o vermelho estava associado à escuridão que se aproximava e ao reinado de Apep, também conhecido como Apophis em grego, o demónio da serpente. Ele parecia ter a cabeça de um leão, presas e crina encharcadas de sangue. Diz-se que ele usava crânios humanos em volta da cintura como um cinto. Como muitas outras divindades egípcias, Shezmu às vezes era retratado como um homem com cabeça de falcão. Para conectá-lo ainda mais com sangue e destruição, ele assumiu a forma de um homem com cabeça leonina. Isso talvez fosse uma ponte entre ele e Sekhmet, a deusa da vingança. Além disso, ele está associado a Nefertem tanto por sua aparência quanto pela conexão com os perfumes. Shezmu parecia ser representado como um grande mal e uma entidade do bem. Em muitos lugares ele é tido em alta consideração pelo deus Osíris, e é adorado como um deus protector. No entanto, ele também era temido como o punidor implacável dos condenados. Seu maior culto foi centrado em Faiyum, mas seus adoradores também foram amplamente distribuídos em Dendera e Edfu. Devido à sua cor, o vinho tinto tornou-se fortemente identificado com o sangue e, assim, Shezmu foi identificado como o senhor do sangue. Visto que o vinho era visto como algo bom, sua associação com o sangue era considerada de rectidão, fazendo-o ser considerado um carrasco dos injustos, sendo o matador de almas. Quando a principal forma de execução era por decapitação, dizia-se que Shezmu arrancava as cabeças daqueles que eram perversos e as jogava em um lagar, para serem esmagadas em vinho tinto, que era dado aos justos mortos. A decapitação era comumente realizada pela vítima descansando a cabeça em um bloco de madeira e, portanto, Shezmu era conhecido como o Destruidor dos Perversos no Bloco. Esse aspecto violento levou à representação, na arte, como um homem com cabeça de leão, sendo assim conhecido como rosto feroz. Em tempos posteriores, os egípcios usaram a prensa de vinho para produzir óleos em vez de vinho, que era produzido por esmagamento a pé. Consequentemente, Shezmu tornou-se associado a unguentos e óleos de embalsamamento e, portanto, à preservação do corpo e da beleza. No sarcófago de Ankhnsneferybra da 26ª Dinastia, a inscrição diz que Shesmu foi o fabricante do Óleo de Ra. Ele era considerado o Mestre dos Perfumes por causa da maneira como os egípcios infundiam óleo para criar seus perfumes. Foi no seu papel de deus do perfume que se ligou ao culto mortuário. Não apenas um deus do submundo, ele também era um deus que fornecia os óleos sagrados para o processo de embalsamamento. Acreditava-se que ele impedia a putrefacção e a decomposição da carne após a morte com seus unguentos e óleos especiais. Depois que o falecido morreu, foi ele quem pegou os pecadores para punição. No capítulo 175 do Livro dos Mortos, Shezmu era conhecido como "Senhor do Sangue". Foi sob as ordens de Osíris que ele cortaria os maus, pegaria suas cabeças e as jogaria em um lagar, tratando as cabeças como se fossem uvas para criar vinho de sangue.
Se esta suposição estiver correta, Ashem de Ashem, Grande Ashem dos Ashemu", significa "Falcão de Falcão, o Grande Falcão dos Falcões", e como o falcão não era apenas um deus para os egípcios pré-dinásticos, mas seu maior e mais antigo deus, sendo de fato o espírito do que está acima, isto é, o céu, a passagem "Ashem de Ashem, Grande Ashem do Ashemu", pode muito bem ser traduzida como "deus de deus, grande deus dos deuses".
Ashem = «falcão» < ache-mu < Ash-Min > Acme > Cume.
> Asma > «fumo».
> turbilhão do Espírito Santo, cobra da criação > Chnobis.
Ver: CHNUM, O DEUS CARNEIRO DA CRIAÇÃO (***)
Claro que não é necessário ir buscar ao termo sumério gidim a relação de tëmu com os espíritos porque podemos encontra esta relação no mesmo étimo da «Fama» sem a qual os oráculos eram improdutivos por ficarem ignorados!
Amashaspan = Zoroastrian ‘Holy, Immortal’.
Amashaspan < Ama-ash Ashpan ó *Ashma Phanos => «Fantasma».
«Fumo» < Phime < *Ki-Ama > «Fama».
*Me-Ash-ma > Gr. míasma, exalação impura > «miasma», pestilência!
*Ki-Ash-ma > Gr. chíasma «traves de madeiras dispostas em cruz ,
X [qui], numa armação (como a lenha na fogueira?) > «quiasma»!
*Ki-antu-ashma > Gr. phántasma, visão do «icon» de Pan = «pânico»
> Lat. phantasma > «fantasma».
*Ma-Ur-ashma < Gr. marasmós, «magreza extrema» > «marasmo».
*Ash-ma > aestma > Gr. ásthma, respiração curta, penosa
> Lat. asthma > «asma».[12]
Addresses To The Four Rudders Of Heaven: Hail, thou Beautiful Power, thou Beautiful Rudder of the Northern Heaven. Hail, thou who circlest, Guide of the Two Lands, Beautiful Rudder of the Western Heaven. Hail, Splendour, Dweller in the temple of the Ashemu gods, Beautiful Rudder of the Eastern Heaven. Hail, Dweller in the temple of the Red gods, Beautiful Rudder of the Southern Heaven. --- Livro dos mortos.
Que significado poderia ter no contexto do livro dos mortos dos egípcios o termo Ashemu senão fosse uma invocação dirigida aos deuses arcaicos das cinzas dos mortos? Ashmu seria então o mesmo que Asmodeu, o demónio da luxúria e da cobiça!
Eshm = Aesma Daeva = "Fury". One of the Daevas, he is the demon of lust, anger, wrath and revenge. His enmity is mainly directed towards the cow. He is the personification of violence and revels in conflict and war. Together with the demon of death, Asto Vidatu (<?), he tries to catch the souls of the deceased when they rise to heaven. He was the derivation of the Jewish evil spirit Asmodeus. His eternal opponent is Sraosa.
No entanto o nome deste demónio deixa o rabo da mentira à mostra de modo tal que pudemos ter quase a certeza de que se trata da afirmação encapotada de que um antigo deus judeu que veio a torna-se no demónio Acham.
Acham - the demon of Thursday.
A quinta-feira é o dia do sacerdócio e do deus taurino supremo que pode ter sido um deus *Achamita antes de vir a ser Zeus, Yavé ou Jove. Por alguma razão existe a lenda judaica de que o templo de Salomão teria sido edificado por Asmodeu, literalmente o deus Asmo, (deus do fumo e do espírito maçónico da construção e da sabedoria de Salomão!).
A verdade é que o nome deste dia da semana é em hebreu Yom Chamishi facto que permite ousar postular que aquele demónio seria o mesmo que Chemos e ambos uma evolução do caldeu Shamas.
Demons are the fallen evil angels of the fourth world, that of action, the lowest regions of which constitute the seven infernal halls wherein the demons torture the poor mortals whom they betrayed into sin in this life. The prince of the demons is Samael (the angel of poison or death); he has a wife called the Harlot; but both are treated as one person, and are called "the Beast". (The Zohar--The Kabbalah).
Samael <= Shama –el, lit. «Sr. Shamash, o deus sol babilónico e seguramente uma mera variante de *Mashu.
Mazzikim < Mazzik < Mash-Ash-ki, lit. «*Mashu, o fogo da terra, filho ki!
Mazzikim: One view is that God created them on the eve of the first Sabbath but choose to make them spirits without a body (Aboth v. 9). They are called the Mazzikim and are thought of as evil disembodied spirits. (Everymans Talmud p. 260).
So the Soul (Nishimta) entered the body of Adam and he stood erect and talked, and Hiwel Ziwa taught him reading and writing, how to marry, how to bury the dead, how to slaughter a sheep, and all knowledge. Ruha saw this, and she wished that she might have her race, her people, and her portion. -- from E.S.Drower: The Mandaeans of
(Nishimta < In-Ishmat < *Anu-ashma-at < Anat-Asma, lit. “o sopro do fumo de Anat? Ou apenas a esposa do deus das almas o Sr. Ashma/Mashu ou Ashmodeu, lit. “deus (e Sr. de) *Ashma”.?
Aesma Daeva One of the Daevas, Aesma Daeva ("madness") is the demon of lust and anger. His wrath is mainly directed towards the cow. Together with the demon of death, Astovidatu, he chases the souls of the deceased when they rise to heaven. The Jewish evil spirit Asmodeus is derived from his image. His eternal opponent is Sraosa.
O conceito de filha da mãe implícito no termo virtual *Ashma parece estar presente no conceito mítico persa Yimaka.
Yimak, Yimeh, Yimaka = The first woman and wife and twin sister of Yima. She is found in Hindu religion as Yami, the first woman and wife of Yama, the first mortal man.
De facto,
Kima-kaka > Zim-aka > Yimaka > Yimak > Yimaka.
Num conjunto de termos etmicamente tão próximos e semiologicamente tão díspares (quão tenazes na manutenção dum mesmo significante que chega ao termo mandaieno Nishimta para alma) seria de procurar entender qual teria sido a lógica semântica que da sua formação ou até mesmo qual a unidade etimológica, necessariamente subjacente, de todos eles! Quanto a mim tudo começou com a Deusa Mãe Tiamat, a deusa das fogueiras e dos «quiasmas» das encruzilhadas da sorte e da morte e sobretudo da criação da natureza a partir das caóticas lamas do fundo do poço do vortex da infinita indeterminação primordial!
In early religions it was understood that life must emanate from both male and female sources - the primary male god was associated with the sun or the sky and the primary goddess had her roots in the earth, the sea and fertility. Some Old Testaments name god's co-creator as Hokhma (Wisdom).[13]
Hokhma = Jewish name for the personalised wisdom, that assisted God in the creation..
Hokhma < *Kau-Kiki-ma < Ki-At-Ama > Tiamat.
De facto, foi o lado subterrâneo e telúrico de Antu que emprestou a conotação negativa a todos estes termos. Dito de outro modo, a mitologia judia disfarçou-se de teologia e foi mais um dos contributos culturais para a criação de termos genéricos a partir do nome de Deus.
Na língua grega o radical -asma já só tinha uma conotação com a falta de ar mas isso não significa que não existam indício duma arcaica relação deste radical helénico com o fumo dos deuses do fogo! Como «não há festa sem fogo» o nome das boreasmas, por serem festas dos ventos Boreais, terão que ter tido alguma relação com fogueiras a menos que se prove que eram festas em honra dos ventos para bem dos asmáticos. Pelo contrário, não seria mais provável que o termo consagrado pela medicina derivasse destas festas em honra dum deus da ventilação?!
Boreasmas = Bore-asmas = Festas (asmas) atenienses em honra a Bóreas, particularmente venerado na Ática.
No entanto, manda a lógica do nexo de causalidade que tudo deva ter começado com a «asma» enquanto a “falta de ar” que faz com que os mortos acabem num «(ar) que se lhes deu»! A conotação de “mau ar», com que o povo aplicava antigamente, sem o saber, a teoria miasmática hipocrática, mantem-se na origem erudita de «miasma”! Porém, os «fantasma» da erudição lembram-nos que o pânico relativo a súbitas aparições de «bruxas e lobisomens» fazia com que os deuses telúricos da morte se transformassem no fumo das fogueiras da noite dos tempos!
Por conjuração de maus espíritos nos quiasmas das encruzilhadas da vida precisavam de fumigações e estas de fogueiras que, quando intensas como nos incêndios e queimadas provocavam falta de ar seguido de asfixia e morte.
Ora, a inalação directa do fumo das fogueiras se não mata por asfixia provoca sensação de “falta de ar”, ou seja, de «asma».
«Asma» < Lat. asthma < ἆσθμα < ??? < *ἄνσθμα (*ánsthma), potencialmente um derivado do proto-indo-europeu *h₂enh₁- (“respirar”) com um sufixo de origem obscura.
Na verdade, grande parte da etimologia grega posterior à idade das trevas é de origem obscura...e por isso, muitas vezes inventada desde a origem por aproximação a formas de etimologia popular que todos os povos da fase oral cultivaram mas de que os gregos usaram e abusaram.
Ora se estamos ainda no analogia de que a grande forma de transmissão de informação à distância, nos tempos arcaicos, eram os sinais de fumo que os ameríndios ainda usavam com mestria na época da colonização norte americana então temos que pensar que esta transmissão de informação se fazia também no mundo grego por sinais (σῆμα) de fumo, bandeias sinaléticas, σημάδιον, σημαία. Então, é bem possível que “sinal de fumo” fosse = σῆμα (sinal) + θυμός (fumo) acabando por se fixar no termo de origem obscura ἆσθμα.
Pois bem, terá sido a partir da fixação deste significado de “falta de ar” no termo da «asma» que passou a ser aplicada às acalmias marítimas perniciosas para a navegação à vela, ou seja «marasmo» = «mar» + «asma» = «mar com falta de ar» => «estagnação» na navegação => «esgotamento» das reservas alimentares e das bebidas em alto mar > • fraqueza geral > • apatia profunda > • magresa extrema!
Se não foi assim, seria «bene trovato» se o fora!
Ver: AFRODITE (***) / «espuma/escuma».
Encontramos outros indícios em termos gregos tais como os seguintes:
Asêmos, Dor. asamos, on, without mark or token, <= asêm-antos, on, without leader or shepherd,
...onde o conceito de “sem marca” justaposto a “sem dono” só pode estar conotado com o conceito da “gado marcado com ferro em brasa”! Na mesma esfera semântica mas por antinomia estariam os seguintes:
Astoch-êma, atos, to, failure, fault. => asemnos, on, undignified, ignoble.
...onde a conotação de «pecado» e «indignidade» significará o mesmo que ferrete moral, ou seja, “gado marcado com ferro em brasa”!
Pois bem, depois de explicar a origem da relação do «fogo» > «fumo» > «Fama»,
= Kiki + Ama > *Ashma => Ki-Ama > *Kima > Kama.
com «fumo» > «asma»,
«fumo» + «fama» + «asma» => «fantasma» etc...ficamos a entender porque é que faz e não faz muito sentido quando Tzvi Abusch claims that tëmu (intelligence) represents the link between life and afterlife, because it is phonetically present in the word etemmu. In fact, only etemmu, the spirit (in Sumerian gidim) survives death, it is the spirit of the dead. It has been suggested that etemmu is the ghost, not the spirit because the word is used only in conjunction with the dead.
Como o termo etemmu (= espectro) = e-temmu = E + tëmu (= intelligencia), lit. “casa do espírito”, estaremos perante um conceito que é mais o de vector do que o de coisa em si!
Sendo o fumo uma mera forma de ar visível os espectros das almas eram análogos a fumos e também exorcizáveis por fumigações e defumadouros...que eventualmente provocariam “falta de ar” transitória a quem os fazia!
O resto, é pura metafísica que, perante a simplicidade e crueza empírica do pensamento sumério, nem os milénios de especulação filosófica nos ajudam a adiantar muito mais. Dito de outro modo, a revelação que temos hoje sobre a complexidade de conceitos como o da inteligência (e da sua relação desta com a imortalidade) são a mesma que teriam os sumérios pelo que, tentar compreender porque é que, já então, seria diferente o conceito abstracto de espírito (inteligência) do conceito concreto de espírito «fantasma» seria pouco mais do que pura perda de tempo com querelas teosóficas. Na verdade, mesmo nesses tempos, os espíritos dos mortos não se materializariam sempre em espectros e fantasmas. Nas terras do Vale do Côa da minha infância, mesmo depois de milénios de santos exorcismos inquisitórios, ainda se acreditava às portas do sec. XXI em espíritos, bruxas e lobisomens! Porém, só se temiam as aparições das «almas penadas» quando estas morriam com votos por cumprir!
A este propósito importa referir que o jogo de palavras almas «penadas» / «(de)penadas» faria mais sentido do que almas que metiam pena e provocavam dó porque se referia a almas que não entravam na eternidade (fosse ela do paraíso ou do inferno) por falta de penas nas asas que lhes permitisse subir e chegar ao seu destino no outro mundo! Ora, o pressuposto de que para ir para o céu dos astros era preciso passar pelo céu sublunar, o dos pardais, implicava o corolário de, para tal, ser preciso, no mínimo, ter asas o que era tão obvio como a evidência de que o sol se movia no «alto do céu» de oriente a ocidente e por isso era uma “cobra alada e emplumada”!
Figura 6: Insecto minoico, abelha ou traça? Quer dizer que etemmu era um sinónimo de algo como o Ba, uma espécie de insecto ou ave, que, como o Ba no egipto, transportava o s(h)a, o sopro vital para o céu! Um bom candidato a este papel seriam as borboletas ou as traças sobretudo porque relacionadas com as larvas da putrefacção! Ora, na arqueologia minóica foi encontrada a representação esculpida dum insecto que mais se parece com uma traça do que com uma abelha! |
De acordo com a elementos da tradição gnóstica podemos supor que este vector mistico era o PNEUMATIKON OXHMA = Pneumatikon Okhêma
The words H AHR (the Aêr), O AIQHR (the Aithêr), ZEUS (Zeus) and OURANOS (Ouranos, Heaven) all reduce to 9. (These are all names used by Empedocles for Air.) Related words that reduce to 9 include PNEUMA (Pneuma, Spirit) and TO PNEUMATIKON OXHMA (to Pneumatikon Okhêma, the Spirit Vehicle). -- Biblioteca Arcana page.
Ochêma, atos, to, anything that bears or supports: hence, Zeus is called gês ochêma stay of earth (gaiêochos).
ð *Kauhêma > Okhêma > «ashma» > ásthma.
Ver: APÍLIA (***)
Ora a ideia de que o último suspiro da morte significava a saída do sopro de vida permitiu confundir, no termo grego pneumos (< Phi-an-ama-us < An-*Kima), a alma com a inalação vital e os fantasmas com fumos no ar. Como *Ka-Kima º *An-Kima => significa que pneumos < Phian-Hema, (lit. «da terra ao céu, acima Oh, Deusa Mãe!) + ish = «fantasma», o espectro e suporte físico do espírito?) teria sido uma origem redundante a partir do étimo de okhêma.
De qualquer modo a tradição gnóstica foi útil em conservar essa misteriosa e arcaica relação entre «espírito de transporte e espírito transportado» que o antigo sumério e-temmu e o gnóstico *Ka-Kima esclarecem! Mas, quem mais agradece é a etimologia que vê assim esclarecida a origem do seu «étimo» < Lat. e Gr. étymon < Sumer. e-temmu <= *Kau-Kima => Oci-Thema > okhêma, lit. «transportador de espíritos e sentido étmicos» para as regiões ocidentais do mondo, lá para as bandas ibéricas da morte!
Ora Hebr. tkuma = «renascimento» < ka-Kima lit. “a vida saída da terra mãe com a aurora”?
Em toda esta semântica fazem sobretudo sentido as «larvas» que devem o seu nome às deusas da morte dos latinos e o seu sentido à sua relação com a metamorfose das larvas em borboletas e/ou das abelhas.
«Larvas» < Larukas < Karrukas => Harpias
Ver: HARPIAS (***) e A DEUSA DAS BORBOLETA (***)
Repare-se: «metamorfose» / «metamórficas» > meta-morfigas > *meta-formifas, lit «as formigas que ganham asas e voam < *Meat-Maur-Phiash, conceito complexo que envolve a trilogia dos poderes da Deusa Mãe enquanto «Macha» (< Maish, « jovem filha da mãe»), Moira, Sr.ª da morte e do destino, e *Phiash, deusa Vesta do fogo! A respeito de Afrodite descobre-se que Morfo e Moira foram importantes epítetos da Deusa Mãe.
Figura 7: Anel creto-micénico em que aparece um estranho cortejo de sacerdotisas (amphiboloi?) com galhetas liberatórias ("vidae aqua = «agua viva» ó hidromel, «licor de mel»?"!) mascaradas de insectos ajaezada com vestes acolchoadas de que resulta ilusão de óptica de aspecto de crisálidas de insectos? A verdade é que toda a composição da cena sugere um rito agrário de morte e ressurreição como sol, no topo central cercado de espigas de cereal, e o crescente lunar invertido. Na base, um friso parecido com conchas complementarmente justapostas mas que, ou são «bichos-de-conta, ou «larvas» de insectos! Este motivo estilístico deve ser o que aparece estilizado na forma de «anel de tracejado de cadeado» junto ao trono do palácio de Knossos! O interessante é que, qual Hórus, uma ave falcoeira aguarda pela alvorada atrás do trono da Deusa mãe! Obviamente que esta ave de rapina acabou como cuco de Hera e mocho de Atena.
Ver: AFRODITE MORFO (***)
Nesta mitologia etimológica desaguaria a origem do epíteto de Hermes, o Psicopompo = Psico (< Phi-ish-kau) + Pompo (> «pampo» = «pâmpano» < Lat. pampinu, deus dos pampos, ou deus que faz despontar («subir ao céu») os rebentos de sarmento (= *Kar-ama-Antu, que transportam a vida da uva tal «como o sol é transportado ao colo da deusa mãe»! ) < «pombo» < luso antigo «comba», a pomba branca de Afrodite que transporta a alma < *Ki-Ama-Ki = Tiamat??!
[1] Bem como a razão pela qual a Companhia das lezírias mandou fotografar o retábulo da sua capela joanina um ano antes de esta ter sido roubada, não se sabendo ainda por onde para!
[2] Kshumai = Fertility goddess. Kafir [
[3] Camenae = Roman goddesses synchronized with the Muses, though they seem to have originated as water nymphs. They had their own grove and spring at the Porta Capena.
[4] KA-MA-E-U [kamaeus(?)] Although this title occurs at both Pylos and
[5] Charlton T. Lewis and Charles Short, A Latin Dictionary,
[6] De Vaan, Michiel, “humus”, in Etymological Dictionary of Latin and the other Italic Languages (Leiden Indo-European Etymological Dictionary Series; 7)[1],
[7] Cieiro = Aspereza e gretadura na pele causadas pelo frio. = SEBO < latim cerium, ii, espécie de inchaço ou de úlcera. Na linguagem corrente o sentido original de sebo deslizou para cieiro primeiro por causa da conotação com o cio e com as boqueiras candidíasicas por DST e depois para o seu agravamento pelo vento cieiro, muito frio e seco, e aí sim com interferência ressonante com o xion grego.
[8] Diccionario de la lengua española de © Real Academia Española.
[9] Cuestión aparte es que en principio habríamos esperado *«huembre», con la misma diptongación que vemos por ejemplo en fŏnte > «fuente».
[10] Jews, Myth and History: A Critical Exploration of Contemporary Jewish Belief and Its Origins by Alan Silver (2008-10-10).
[11] “Rashi” is an abbreviation for Rabbi Isaac ben Solomon; he lived in the south of
[12] => aisma, atos, to, (aidô) song, esp. lyric ode, hymn.
[13] The worship of women throughout the ages, by lucath.