domingo, 12 de maio de 2013

O ALTÍSSIMO DEUS DO CÉU, por artur felisberto.

EL. 1

HELEL. 3

ELYON.. 6

ASHUR.. 9

_____________________________________________________________________

 

Ver: Enki = Enlil (***)

 

EL

EL: The Father of the Gods, the Creator of Created Things, The Kindly, Kodesh. Asherah is his wife. When he was young, El went out upon the sea, and there met Asherah and Her companion Rohmaya. He then roasted a bird and asked them if They would be His wives or daughters. They chose to be His wives. El mates with these Goddesses and Shachar and Shalim (Dawn and Dusk) are born. This family then builds a sanctuary and lives in the desert for eight years. This episode may be the closest we have to a Creation story involving El. El wears bull horns upon his helmet, and He is a grey haired and bearded patriarch. He resides at "the Source of Two Rivers" upon Mt. Lel.

Rohmaya < Rau-ki-Maja < Ki-ura-Mashu > Hormasho

> Hermes, um dos guardiães das montanhas da aurora.

Lel < Al-al < Arali < Arallu, as montanhas da aurora

ó Aruru, a deusa mãe da Aurora! < Kur-Kur!

Fazendo parte do mito do Génesis é bonito reparar nas referências à S.ª da Montanha da Aurora nos alvores da cultura humana. É também interessante pensar que El seria pai de Rohmaya que por sua vez seria irmão de Baal, este então uma abreviatura de Apolo. Neste caso, Ashera seria a Virgem Mãe primordial de Rohmaya, ou seja, de Hórus Hormacho.

Mas é sobretudo interessante verificar que El participa no mesmo tipo de simplificações fonética que permite ir de Kur-kur a Lel.

El's consorts are Asherah, Astarte, and Anat, all of whom are counterparts of the Mesopotamian Ishtar. Asherah and Astarte are El's wives or, in some contexts, his sisters; Anat is his daughter. Asherah is often referred to as a creator who gives birth to 70 deities.

Antes de se ter transformado no Deus misógino dos judeus El era um patriarca oriental típico, mulherengo e sedutor. Do seu Harém faziam parte as três divas canaanitas mais conhecidas, Asherah, equivalente de Hera, Astarte equivalente de Afrodite e Anat de Atena. O curioso é verificar que Anat era também esposa de seu filho Baal o que faz deste deus promíscuo um inveterado incestuoso. E boa verdade, a promiscuidade foi o resultado da acção desastrada dos poetas que fizeram a teologia de El porque estes nomes são meras variantes da mesma divindade que foi Inana/ Istar na Caldeia. Porém, a renovação judaica não só falhou em repor a verdade como se limitou a omitir de forma sobranceiramente misógina o lado feminino da divindade.

However, here is what is certain: the word Elohim occurs in Genesis as the name of the Creator(s), and it is a plural word. It is the plural of the word Eloah, which is the feminine form of the name El. When you try to find out why this feminine plural noun is used as the name of the Creator(s), information gets sketchy. -- Elohim by Mark Raines.

Se Eloah é um plural feminino de El então foi, de forma convenientemente ideológica, transformado num genitivo seguramente por sacerdotes revisionistas que desconheciam os meandros do aramaico.

El is the name by which the supreme Canaanite deity is known. This is also a name by which God is called in the Old Testament -- El, the God (Elohim) of Israel (el elohe yisrael: Gen. 33:20).

El < El-ah < El-oah => Elohim.

No entanto, é possivelmente o parédro feminino de El o elemento semântico que pode permitir descortinar a etimologia do nome deste deus.

Asherah, Athirat ("Lady Asherah of the Sea", "she who gives birth", "wet-nurse of the gods") (Canaanite and Hebrew). Ishtar ("light-giving queen of heaven").

Se Asherah for realmente equivalente de Hera então restaria apenas entender em que tipo de leitura (ou por causa de que ortografia!) e...porquê!

Asherah = As-Hera-h < Ash-Her-ash ó At-Hir-at.

                                      > Ash-*Kertu > Sacar-tu, lit. “a que pariu Sakar” e, por isto mesmo, a que deu à luz a aurora e amamentou o «deus menino»!!

Nas línguas arcaicas, o infixo ash, e suas variantes, quando sufixo é geralmente genitivo o parto, ou um diminutivo, ou mesmo um feminino. Quando prefixo pode ter significados derivados desta semântica. Pode significar “acha de lenha” como variante de verga ou rebento nascido da “árvore da vida” ou mesmo como variante do conceito de parir e “dar à luz”! Na verdade, Em tema próprio sobre esta divindade ressalta-se o facto de esta deusa ser considerada na literatura judaica como sendo um tronco da “árvore da vida” ou seja uma espécie de «acha» de lenha, ou seja ainda, uma deusa do fogo como Vesta.

A própria etimologia de Vesta faz pensar no fogo como sendo, qual lava vulcânica, o “filho das entranhas da terra”. Esta mesma metáfora ocorreria ao pensamento mítico arcaico durante as temíveis queimadas mediterrânicas. Por outro lado sendo uma deusa do parto que dava à luz a aurora era como Istar, “estrela da manhã” e “rainha que ilumina o céu”! Claro que a Hera falta o sufixo genitivo de Ashera, por mera vicissitude linguística, mas a verdade e que Hera foi também adorada pelos micénicos como sendo um tronco da «árvore da vida».

Ashera era uma variante de Tiamat pelo que seria tão aguerrida quanto veio a ser a sua filha Ishtar / Astoret. Hera seria também uma generala! O étimo que deu origem a muitos termos militares é precisamente Her-, presente tanto em Hera quanto em Ashera! Ora, podemos ir etimologicamente de Her a El passado por Hel!

 

Ver: KAURAN / HER- (***) & HERA (***) & ASHERA (***)

 

“Cognates of 'el indicate the divine in most Semitic languages throughout the different periods of language development (ilu in Akkadian; il in Ugaritic; 'l(1) in Aramaic, Palmyrene,Phoenician and Punic; 'lh(1) in Aramaic, Hatra, Nabatean, Palmyrene and Samal; Ethiopic is the only exception). The derivation or etymology of 'el and its related forms is unclear. There is even debate whether 'eloah and 'elohim, which are clearly related, are from the same root as 'el...In numerous texts reflecting the Ugaritic Canaanite culture, El was the proper name of the titulary head of the hierarchy of deities (as in numerous other Semitic cultures).” [OT:DictOT5, s.v. “God, names of”] -- http://www.christian-thinktank.com/trin02.html

A etimologia de El só não é clara porque não se que que o seja. Na verdade, este nome só pode ser uma derivação constritiva do nome do deus das tempestades e do vento que era o sumério Enlil, irmão gémeo de Enki, o deus da sabedoria, cuja relação com o pássaro Anzu nos reporta para a ave do Espírito Santo.

Pois bem, as confusões fonéticas e semânticas podem começar agora. Os registos mitológicos antigos referem a tanto a existência de deuses com nomes como Hel / El como Ellel e de Hellel!

El já era conhecido dos hititas!

Ellel = (Ellilus) Hittite god taken over from Babylonian's Enlil ('Lord of the Air/ Sky'), the father of the gods. He equated to the Hurrian father-god Kumarbi. Ellil (Illil, Sumerian Enlil)

Enlil aka Ilu aka Abba aka Illulu. Lord of the Air and Earth. With Enki became joint Guardian of the Table of Destiny.

                                                                > El-lu > Illu > Ilu > Illulu.

                                           *Hel-| Lelu > Li-lu > Lil => Enlil.

Erra-Gal => *Hel-Hel > *Hel-Lelu < *Hellilu > *Hellel > Helel.

                 El-lel < El-lil(us) < El-lil < *Hellilu ó En-lil > Il-lil.

An º Il < El < Hel.

Enlil < An-| Lil < *Lilu > Akkadian. Ilu > Ugaritic 'l > El => etc.

Quer dizer que Anu já podia ser substituído por El ou Il na mesopotâmia. Seria então El um teónimo imotivado criado à imagem e semelhança do pensamento semita ou um termo arcaico derivado de Hel e que acabou El / Il por ressonância fonética com o lil de Enlil, tal como com Bel de Wer? A resposta mais provável passa pela possibilidade de El ter aparecido pelas seguintes vias linguísticas.

 

HELEL

How hast thou fallen from heaven, Helel's son Shaher!
Thou didst say in thy heart, I will ascend to Heaven.
Above the circumpolar stars I will raise my throne
And I will dwell on the Mount of Council in the back of the North
I will mount on the back of a cloud.
I will be like unto Elyon.

(…) Another possibility -- Note that in my last post to you the Hebrew word is noted as "hel-lel" in the footnote of the New World Translation of the Holy Scriptures, and that you say in the Phoenician FAQ that "Mt. Lel" is where El lives. Could "Hel-lel" be "Hel of Lel?" -- [1]

Num campo cultural como a mitologia que vive de paredes-meias com as insuficiências linguísticas todas as virtualidades são plausíveis. O Difícil é saber quais, de todas estas são entre si compatíveis porque muitas serão mutuamente exclusivas ainda que outras possam ter sido meramente alternativas. De facto as possibilidades ortográficas seriam várias:

Hel-el, lit. “Sr. Hel dos exércitos (celestes)”, não tem nada de relevante!

*Hel-Lelu, lit. Hel, O que habita nos montes Lel da aurora (como El!?)”

*Hel-Hel < Her-Gal, “Erragal o rei dos exércitos (celestes)”.

De todas, a menos verosímil por parece com uma mera analogia circunstancial é de facto Hel-Lel. Sem outras provas adicionais arrisca-se a ser apenas uma segunda leitura a fortiore, por parecer um aproximação por encomenda. De qualquer modo, como nas paralogias da leitura mítica tudo flúi e reflui podemos aceitar esta alternativa como uma prova virtual de que Helel foi o próprio El na origem deste nome. Por outro lado, Elyon aparece aqui como variante de Hélio. Então, El / Elyon no papel de Hélio seriam um deus da primeira geração, Shaher / Sakar seria Saturno /Crono, da segunda geração, e Helel seria um deus da terceira geração como Apolo. No entanto, aprece neste mito como Fotão /Lúcifer, filho de Apolo. Obviamente que a mitologia nunca foi uma ciência exacta como a matemática e, quando se trata de fazer correspondência entre mitologias de culturas diversas há que contar com discrepâncias que tanto podem resultar de variantes linguísticas quanto de alterações semânticas por idiossincrasias locais, de natureza política, geográfica ou outras.

O interessante é constatar que Helel seria um teónimo de Athar.

Athar = The Canaanite god of the morning star. After his failure to replace BAAL he is made ruler of the underworld.

Shara: Sumerian city-god of Umma, modern tell Djoha, North-East of Uruk. Son of Ishtar. Epithet: Hero of Anu.

Athar < Ashar > Shar(a) º Helel.

 

Ver: EROS / ATAR (***)

 

Helel: Or Lucifer. The Light Bringer, the Morning Star. Son of Shachar. Helel once attempted to take his Father's Throne, but failed (another myth concerning Venus' place as the last star in the sky each morning, as if trying to defy the Sun). This is the very Myth which spawned the Christian Myth of the War in Heaven (see Issaiah 14:12- which, in Hebrew, says "Helel", and not "Lucifer"). Hel, Hela: Teutonic Goddess of the kingdom of the dead, not considered as a place of punishment.

Se Her- veio de Hera, Helel veio de Hel / Hela! A verdadeira etimologia de Hela teria então sido *Helila, mãe de Helilu.

Mais uma vez se suspeita assim que o panteão nórdico foi para ali levado por navegante e missionários fenícios ou minóicos.

Elohay Tz'vaot - God Of Hosts, or God of Armies: (2 Samuel 5:10). The Strong One is a mighty warrior and is the commander in chief of the armies of Heaven and His people on earth.

Antes da complexificação dos panteões paternalistas, o deus primordial era precisamente o filho da Virgem Mãe, Eros, Hórus, Kur, ou o “deus menino da aurora”, Lúcifer, ou qualquer outro!

Se El era deus dos exércitos era *Her-Hel, “Erragal o rei dos exércitos (celestes)”, título que passou para o deus dos infernos Helel, como é de regra, desde Nergal.

Chelius ó Hel(ios) => Hel(ios) + | Kar, lit. “o que transporta o Sr. Hel, o sol”

> | Hal > Al(to) ó Hel-al ó Helel < Hel-hel < *Her-Hel

«Alto» < Lat. altu < altiu, lit. “Deus Al”?

A raiz étmica presente na semântica de transporte deste nome semita tem pouco a ver com o pher dos gregos e muito a ver com o germânico de que derivaria o francês haler. O nome do deus dos infernos Helel pode assim fazer luz sobre a origem do nome do deus dos judeus, herdado afinal do nome do deus supremo dos canaanitas. Por outro lado a expressão nazi “Heil Hitler” era mais semita do que os seus utilizadores se atreveriam a pensariam!

The word El is a generic name for "god" in Northwest Semitic (Hebrew and Ugaritic) and as such it is also used in the Old Testament for heathen deities or idols (Ex. 34:14; Ps. 81:10; Is. 44:10). The original generic term was 'ilum; dropping the mimation and the nominative case ending (u) becomes 'el in Hebrew. It was almost certainly an adjectival formation (intransitive participle) from the root "to be strong, powerful" ('wl), meaning "The Strong (or Powerful) One." -- The Religion of the Canaanites [2]

Il = A Semitic name for god, similar to El. Wer = Semitic weather-god of Mesopotamia.

Bel: Title, "Lord". taken by various gods as head of their local pantheon. The term refers to Marduk in Babylon, Assur in Assyria, and Ninurta in the epic of Anzu.

There can be no doubt of the identity of the names Ba'al and Bel, the Babylonian god mentioned in the Old Testament, the Bel or Belos of the Greeks, i.e., the Assyrian Belu (Bilu) contracted from Be'el, which is modified from Ba'al by the influence of the guttural.[3]

 

Ver: BAAL (***)

 

Ba´al, enquanto filho de El, pode ajudar-nos a compreender a etimologia deste teónimo tão constrito! A hermenêutica dos assuntos bíblicos esta cheia de rasteiras em resultado de exegeses feitas e refeitas pelos mais diversos interesses etiológicos ao longo da história. Ba´al só era o babilónico Bel na aparência! O mais provável é que, sendo aba aramaico e sumério abba = pai tivéssemos.

                                                                        > Abel.

Sumer. Abba > Arama. Aba + El > Aba-el > baael > Ba´al.

Ou seja, Ba´al foi sempre cananneu e foi confundido com Bel babilónico por mera analogia fonética. Por outro lado, os babilónicos Bel ou Bil eram variantes fonéticas de Wer, por sua vez todos variantes do nome do Kur. Não é por acaso que Kurie / Kyrie, seguramente variantes pouco evoluídas do nome kur, significam Senhor em grego!

Como se viu que Hel também era evolução fonética do nome do Kur, Ba´al / Bel e El seriam na origem variantes do nome de Eros Protágono, o que apoia a tese evolucionista dum monoteísmo minimalista primordial.

De facto, seria pouco provável que o nome do filho viesse a ser a origem étmica do nome do pai mesmo no paradoxal mundo da mitologia! No entanto, um dos senhores dos exércitos babilónicos, Bel, o deus que foi Ver das estações do ano e o celta Beltano, pode ter sido a origem a origem da moda fonética, mas não da via étmica, que iria levar a forma constrita do nome de deus El!

El < Il(um) < ul ? < ? ´wl < Wul < Wer < Kur > Hul > Hil > Hel

                     > Il-il > Lil > Il > El. Etc.

A contraparte árabe seria Allah!

Quer dizer que terão existido no mundo semita todas as variantes:

Al, El, Il, ol? e Ul?

Allath ó Alleta ó All-ush > All-Uza

                         All-Caco > All-aka > Allah!

                                              El-aka > Elat(a) > Elah.

Allah-Taalai = El dios supremo, creador y glorificador, adorado principalmente en el país de Hedjaz, Arabia Pétrea, antes del advenimiento de Mahoma.

Tallai era assim um termo com o memo étimo do grego tel- presente no nome de Talos, Tellus, e Telepinus, etc. Então, é bem possível que Taalai seja a evolução dum nome alternativo de Allah.

Tellus < Talala < Kal-Kal, o rei dos reis

> *Kallaki, o rei dos reis de toda a terra! > Hallahi > Allah.

Em boa verdade, o sol é (Al)tíssimo e também é de facto Deus! El, é também em espanhol e em português arcaico um pronome definido, O, Aquele que É.

De Helel teria surgido também a expressão consagrada El-Elyon.

 

Ver: PRIAPO (***)

 

Em conclusão, o sr. supremo foi nos primórdios o próprio sol que deu por isso nome ao deus altíssimo a partir do nome do sr. do Kur. Afinal o nome do deus dos céus nasceu nos infernos do Kur.

 

ELYON

A expressão El-Elyon < El-El y An, que traduzida literalmente significava «Altíssimo Senhor Deus», foi redundância enfática muito vulgar nas liturgias antigas, facto de que o «Kyrie» constitui uma evidente reminiscência fóssil.

A verdade é que Kírie Eleison = «Senhor, misericórdia»! Assim sendo, deveria ser muito mais correctamente traduzido por, cordial senhor, obrigado senhor, ou qualquer outra formula enfática de apaziguamento diplomático, ou pedido de clemência diante duma autoridade toda-poderosa. De facto Khai're era uma saudação grega! Quanto a Elison só pode ser uma variante de El-Elyon, quiçá mais arcaica e muito mais significativa pois tudo indicia que:

Kyrie Eleison < Kur Ya El ishan

< Kario, senhor do fogo celeste ou filho do deus altíssimo

< Kur-kiu An Kurisco = *Kur-kiu An Ishkur,

... ou seja quase tão redundante e confuso como o *Kaki Ishkur Kius de Oestosyros, o equivalente de Apolo dos citas.

No Corredor Sírio reinava o deus canaaneu El, (also called Latipan, and possibly Dagon) uma inegável evolução do nome do deus solar Kar.

Kur > Kar > Hal > Hel => Helios e El!

Se El era D®agon, era Enki e, então, Baal era Ishkur!

 

ALEYIN

Aleyin - El Elion (of the Bible), "the All Highest," also Elioun or Elyon, was called "The Baal of the Earth," Rode the clouds with 7 companions and 8 wild boars. At Salem (the early Jerusalem) Melchizedek worshipped El Elion (translated in the OT as "the most high God"). Son of Baal and Asherah, his consorts were his sister Anat and his mother. The same as Amurru and Reshef (See Anat) [4].

Este deus que começou por ser o senhor deus altíssimo e acabou no significado genérico de Senhor por antonomásia era adorado a par de Ba´al de que um dos epítetos rituais era...

´al´iyn, ´al´iyanu, aleyin, eleyin, aliyin, eliyan, elioun .[5]

...o qual costuma ser traduzido por: «Majestoso, Altíssimo, Supremo, Omnipotente, Todo-poderoso», ou seja, genericamente tudo e nada de específico!

´Al´iy- > aley- > eley- > aliy- > eliy- > eli-| n < in < un < oun < an < Anu|

ó *´al´iy-Anu < Harij-Anu < Kar-ish-An < Ishkuran.

Aleyin < ´al´iyn < ´al´iyanu < *Halish + Anu > Elioun < Elyon

                                                 Alalush ó Karish = Ish-Kur.

´El `olam, = "God/ ´El the Eternal One", worshipped at Beer Sheba.

El `olam ó El-| Hauram < Kaur-ma => Herma |

                                               Kaur-An óEl-Elyon.

The Most High God is the Hebrew, El-Elyon. This is the first time it is used in the Bible, and Abraham must have liked the Name, because he immediately used El-Elyon in Verse 22 to declare who God was to the pagan king of Sodom.

El-Elyon < Karkarian < Sacar (i)an < Hercal (i)an!

É obvio que a invocação hebraica El-Elyon constitui uma mera redundância grandiloquente, hercúlea e solar deste mesmo epíteto, facto que não faz mais do que reforçar a falta de originalidade da teologia judaica, pelo menos nos tempos anteriores ao 1º milénio!

Interestingly, we find a personage in Hurrian (borrowed by the Hittites) mythology called Alalu, who was an early king of heaven, supplanted by Ani. I believe this name is a contraction of an earlier *Alawa- alawa (becomes *Alâlû). (for details, see Christopher B. Siren (1996) Hittite/Hurrian Mythology REF, ver. 1.1)

In addition, we have the Hebrew hallelûyâh, which is supposed to be derived from hallêl, "praise"; and to mean "may (all) praise the Lord!". Could this be a popular etymology? [6]

Ora bem, se o hitita Alalu tem a ver com o «aleluia!» pascal tudo tem a ver com os antigos mitos solares de morte e ressurreição primaveril de que Hércules seria uma das manifestação helénicas, aliás reduzida ao seus aspectos de círculo heróico das caserna e, por isso, manifestamente tardia e dessacralizada!

Halelehua - casa del fiore di lehua (hawaiiano, lehua fiore della pianta 'ohi'a)

A equação proposta que vai de a *Alawa a Alalu prece implicar uma contracção drástica. No entanto, como se referiu logo no início, faz sentido relacional o deus que habita os montes Lel com os montes da Aurora..

*Alawa (> Lat. alba > «alva», s. f. primeiro alvor da manhã)

> *Alawa-alawa[7] > *Alâlû > Alalu.

No entanto, ela foi de facto necessária para, ao passar por Tróia, trazer a «Aurora» do matutino «Alba Longa» da Anatólia ao Lácio!

«Aurora» < Awrawra < Araw-araw < *Alawa-alawa.

Se foi isto que terá acontecido com a Aurora pelo menos confirma-se a suspeita de que este tipo de epítetos solares hercúleos têm um carácter semântico inegavelmente redundante! Assim, por esta mesma lógica etimológica, poderá ter acontecido o mesmo com Alalu restando apenas saber como se chegou a *Alawa. E tudo indica que *Alawa < Harphia < Kar-kia, literalmente a Deusa Mãe, a Sr.ª da Montanha cósmica que dá à luz o sol! Então já podemos entender, pondo de parte o manifesto apriorismo da suposta origem caucasiana das chamadas línguas indo-europeias, o que se segue:

If, in fact, *jnw-jnw (*Nwnw) and *Alâlû are cognate, this would be a name for the primeval ocean dating back to the time when Nostratic and the Caucasian languages were forming in Southern Russia (circa 60K BPE). [8]

 

Ver: NUN (***)

 

Ora este conceito coloca-nos na esteira da importância emergente do conceito do «Pai solar» que a psicanálise reconhece como sendo nuclear para a estruturação da personalidade humana como sublimação do «complexo de Édipo».

Ora, ainda em Creta, na época Micénica, aparece escrito em linear B numa placa de Knossos o nome do Deus E-NU-WA-RI-JO que se supõe ser a origem do epíteto da época clássica, Enyalios, de Ares.

Claro que Ares < Har(es) < Kar, é mais uma variante helénica da faceta de solar de Enki enquanto deus dos exércitos que foi o deus Amom do signo do carneiro, no Egipto enquanto Pan era deus da virilidade do cabrito montês!

Ora, a fonética deste divino nome micénico permite-nos suspeitar de que:

                El-Elyon < Har-Helyan < Kaur-Heli-Anu > Her-galy-an, lit. «o rei dos exércitos do céu» => Hércules ó Enu Warijo

Enu | Warijo < Anu War-ishu < Anu Ishkar < Ishkuran! E ainda...

                                    > Karilho >Kaur-Heli(o) > Shaulheli > Fr. Soleil.

Enu | Warijo < kurijo> Karilho > português, «Caralho»

                       ó Kar-lu + Aka =>

Ishkur-lu > Aka-Kar-lu > Haphar-lu > Apallo > Apolo.

Na verdade, se Apolo era o deus do Sol, Hélio era o seu nome em grego e perto deste nome esteve o nome do deus supremo dos urartianos, Haldis, lit. «o deus (lat. dis) Hal» povo remanescente dos hititas de que *Kar era o sumeriograma com que a revolução efectuada no panteão por Tudália nomeava o sector dos deuses cordiais. E de *Kar derivaram quase todos os deuses solares conhecidos como se viu.

Ora, sendo a psicanálise sobretudo aceitável como paradigma interpretativo da correlação entre a evolução da bio-psicologia para a psicossociologia humana o paradigma do «complexo de Édipo» / «Pai solar» transpõe-nos para o âmago da origem do pecado original como reminiscência simbólica da própria dinâmica do regime do «macho domin»ante que impunha o conflito individual violento de como forma do acesso ao poder das novas gerações.

 

ASHUR

The Assyrians of today always referred to themselves, as confirmed by many historians, as Atourayeh, to their land in the plains of Nineveh as the land of Atour, and to their God as Ashur, hence their neighbors called them Ashuriyeen (singular Ashuri) reference to their God Ashur.

Assyrians were known too as Athouriyeen and Athour for the people and the land respectively in Aramaic and Arabic. When the Greek under Alexander the Great passed by the land of Atour in 337 BC, he called the inhabitants ‘Assyrians’ instead of ‘Ashurians’ since the Greek do not have the letter ‘Sh’ in their alphabet.

Later the Greek modified the term to Syrians in a wider range to refer to Assyrians and when used with "The" as the definite article (al, in Arabic), it appeared as ‘The Syrians’, in Arabic it read ‘al-Syrian’ or as truely pronounced ‘al-Sir-yan’ (‘Sir-ya-ni’ in singular form) and in our mother language Syriac ‘Su-ra-yeh’ and the singular ‘Su-ra-ya’.[9]

clip_image002

Figura 3: Ashur corresponde a uma representação do deus supremo dos assírios em forma de «disco solar» alado. Claro que uma representação tão explícita como esta não deixa dúvidas quanto ao facto de este deus ser o Sol. Por outro lado, também fica evidente que esta figuração aglutina simultaneamente o disco solar alado dos egípcios a pomba do espírito santo correlativa do pássaro Anzu

Notar a similitude entre o nome “Su-ra-ya” e o do deus hindu do sol, Suria!

 

Ver: SURIA (***)

 

Uma das etimologias possíveis do nome deste deus seria:

Ashur < Ã-ashur  < Anshur < An Ishkur.

                                Anshar ó Sumer. An gal, lit. «Rei do Céu»!

Assim, a etimologia deste deus pareceria não deixar dúvidas de que o «rei do céu», que era obviamente o sol, era também Enki, por ser também Kar, aqui significativamente representado como a pomba do Espírito Santo que atira do céu flechas de sabedoria na forma de raios de luz solar que iluminam o mundo e permitem ver a verdade das coisas!

Entretanto, com os progressos no domínio da domesticação animal que levaram à revolução agro-pastoril pós diluviana o Homem descobriu que podia ser Pai.

Uma vez na posse deste saber não só se aproveitou dele para reforçar a sua legitimidade de «macho dominante» como para construir um novo regime de fundamentação da autoridade social a que chamamos patriarcado, baseada na consagração do princípio da primazia das relações familiares patrilineares com as quais passou a ser possível a transmissão hereditária da riqueza e do poder, que entretanto tinha passado a ser possível de acumulação.

Assim sendo, a análise do nome de Apolo revela-nos epifania dos primeiros passos no sentido da elaboração do «eu ideal» a partir interiorização da imagem mítica do Pai[10] Solar / Mãe telúrica e lunar, por sublimação do complexo de castração pós-diluviano com que começou o patriarcado.

Aceitando que o sol foi o deus supremo Kar Kar An, pouco mais afirmamos do que a definição do papel de rei dos reis do deus supremo que, sendo Enki, coloca este deus na qualidade de digno do epíteto de Kar.

Este facto sugere, tanto pela fonética como pela personalidade de deus solar da sabedoria, relações com a divindade sumério Apkallu = homem de Apkal, o deus Enki.

Assim uma das primeiras possibilidades para a origem do nome de Apolo poderia será:

Apkal + lu = Ap ki al lu => Aphaullu > Aphulu > Apullu > hit.Apulun > Apôllon > Apolo.

Irkalla < Er(ra)kalla < Karkalla, Ereshkigal, irmã (ou mãe) de Ishtar, e ambas seguramente esposas de Hercules / Karkaran / Enki.

"And naked, with her splendor, and her power, and her beauty all gone from her, the Lady of the Gods came before Irkalla. And Irkalla (< Kurkalla => hind. Kali), the goddess of the World Below, had the head of a lioness and the body of a woman; in her hands she grasped a serpent."

A correlação da componente sexual do poder com o calor dos raios solares por intermédio dos aspectos óbvios do ardor amoroso estiveram patentes no mito da potencia viril de Hércules e permanecem patentes na grosseiras conotação fálica do «caralho» do calão português etmicamente o mesmo que carago e o «carajo» espanhol!

 

No quadro seguinte resumem-se as correlações semânticas dos nomes ofídicos e solares mais importantes da mitologia antiga.

 

Kur kur, «rei dos reis» < Kaur Kur

Ka

Kur

ur

 

< Ur

Kafura, a deusa cobra

Ka

Phur

ra

< Ura

< Ur

Sakar < Sakara

Sa

Kar

ra

< Ura

< Ur

Saturno < Satur + An

Sa

Tur

 

 

 

Herkules < Ka Ur Kul <

Ka

Kur

ru

< Uru

< Ur

Apolo < Ha phal lu < =

A

Pol

lu

< Ulu

< Ur

 

Como se vê por este quadro, Kur Kur[11] é o núcleo semântico central de todos este nomes e constitui uma redundância linguística do nome de Kar com o significado metafórico de «rei dos reis» e dos seres celestes, como era o caso do sol.

 

HÉLIO

Se Tudhaliya, rei hitita, tem ligado ao hieróglifo do seu nome um Sol alado é porque Haliya = sol, glória, destino triunfal!

clip_image003

Hélio = [12]Na mitologia grega mais antiga Hélio era deus do Sol, filho dos titãs Hipérion e sua irmã Téia, irmãos de Selene e de Eos, deusa da aurora. Todo dia conduzia seu carro de ouro através do céu, proporcionando luz a deuses e mortais.

Many think that Apollo becomes the Olympian "sun god", but this idea is mostly based on speculation and assumption. The equivalent of Helios in Roman mythology is Sol.

Figura 1: Hélio, deus do sol grego.

Então, «Sol» = hélios < Haliya jacta est = «a sorte (dos dados) esta lançada»! Ora, se abandonarmos por instantes o plano metafórico da mitologia e passarmos ao da realidade astrológica confirmamos que. «O Rei dos reis do céu» só pose ser o Astro Rei que é o Sol.

A vantagem da escrita ideográfica é a de permitir leituras subjectivistas sem com isso perder a força informativa.

[10.17.9] When the Carthagineans were at the height of their sea power, they overcame all in Sardinia except the Ilians and Corsicans, who were kept from slavery by the strength of the mountains. These Carthaginians, like those who preceded them, founded cities in the island, namely, Caralis and Sulci. Some of the Carthaginian mercenaries, either Libyans or Iberians, quarrelled about the booty, mutinied in a passion, and added to the number of the highland settlers. Their name in the Cyrnian language is Balari, which is the Cyrnian word for fugitives. [13]

Caralis < *Kar Helios > *Kar-Hal(th)is,

... ou seja, os que precederam os Cartagineses seriam hititas adoradores de Haldis?

Sulci, lit. «terra de Sul, ou seja, cidade do sol, o que equivale a dizer que ambas a cidades teriam sido hititas na medida em que foram realmente os povos da antiguidade mais explicitamente adoradores do sol! O nome de Hélio, que é assim fácil de derivar do nome de *Kar, o arcaico deus solar, redundaria...no nome de Hércules.

Lat. Hercul(es) < Grec. Hercal(es) < Hel-Kar(ish) < *Kar Helios

ó *Carhal-thys > Caralis.

Como Heródoto notou, só na Grécia é que Hércules não eram o deus primordial ficando-nos assim a suspeita de o mito deste deus corresponder a uma relação equívoca entre um fundo lendário duma antiga epopeia micénica cujo herói teria, por mero acaso ou por remanejamento posterior, um nome arcaico de Deus, já esquecido pelos gregos!

Perhaps the most famous and celebrated of all the Greek heroes, and himself a demigod and more, Hercules was born as a son to Zeus and Alkemene, (rasto da porção solar do mito) the wife of Amphitryon, a descendant of Perseus (resto lendário).

Porém, o facto de o nome da mãe deste deus ser Alquimene, nome demasiado aparentado com o de Artemisa, e, mais ainda, de Climene, deixa-nos a suspeita de a lenda de Hércules ter sido moldada sobre um antigo mito solar em que o «Deus menino» nasce, no equinócio do Inverno, duma virgem deusa mãe!

 

Ver HERCULES (***)

 

Na verdade, muito antes dos deuses terem sido nomeados pela primeira vez, o poder e a autoridade omnipotente foi qualidade do «macho dominante» dos símios superiores, o guerreiro e campeão do harém onde a Deusa Mãe era a todo poderosa senhora das cobras, rainha dos céus nocturnos lunares e estrelados e dos infernos subterrâneos .A correlação entre a característica essencial da posse privilegiada do «poder de fogo sexual», depositada nas entranhas do corpo da Mulher pela Deusa Mãe, que era característica do regime antropo-social de «macho dominante», com o poder calorífico do sol diurno era tão óbvia que acabaria por ser inevitável. Porém, explicita ou implicitamente o sol foi sempre o soberano absoluto do Céu. A correlação entre a característica essencial da posse solitária do poder de fogo sexual, depositada nas entranhas do corpo da Mulher pela Deusa Mãe, própria do regime de «macho dominante», com o poder calorífico do sol diurno era tão óbvia que acabaria por ser inevitável. Na verdade, explicita ou implicitamente o sol foi sempre o Deus Supremo do Céu. Ficamos então a saber que o nome de Hércules deriva dum antiquíssimo epíteto solar tal como o «caralho» que é mais interditos dos palavrões portugueses! Assim, pelo menos em Portugal guarda-se ainda na mais arcaica forma de expressão que é o calão a memória do nome do deus primordial supremo que foi Kar, o «rei dos reis» e de todos os astros, o Sol.

 

Ver: CARALLIU (***)

 

Hêlios, ho, Ep. êelios , as always in Hom. (…) and Hes., cf. Hp.Alim.42: Dor. aelios (…), but halios [a_], S.Tr.96, E.Alc.395 (a^elios S.Tr.835): Cret. abelios (i.e. a W-), Hsch.: Aeol. aelios Sapph.79(= Oxy.1787Fr.1.25), Supp.25.7; alios Sapph.69 (s.v.l.): Arc. aelios (or ha- ) IG5(2).4.12 (Tegea, iv B.C.):--sun.

De todas as variantes a que mais arcaica será a cretense.

Cret. Abelios < Awelios < Aker-(ios) > Egipt. Aker.

                                        > *Ahelios > Dor. Aelios > Ep. êelios

                                                          > Arc. Halios > Grec. Hélios.

ð Abellio = The Gallic god of apple trees. A local deity of the Garonne valley.” => «Abel, Abelardo, Abílio etc.».

ð Abel(lio) => B(a)el > Baal > Beli > Bile => Belenus = Belanos (Belenus, Belanos [Gaul], Beli [Briton & Cymru]),[14] = “The Celtic god of light and healing.” => Bellona.

 

Ver: LÚCIFER

 

Phaethusa = Phaethusa, or Phaetusa ("radiance") was a daughter of Helios and Neaera, the personification of the brilliant, blinding rays of the sun. With her sister, Lampetia, she she cared for her father's flocks on the island of Thrinacie. Faetonte = Filho de Hélio e da ninfa Clímene.

Fetusa tem uma semântica interessante pois significa, a “brilhante” pastora dos rebanhos do sol, possivelmente as estrelas.

Faetonte < Pha-et-onte que, por analogia com Fetusa deveria ser:

                                           Pha-et-usho

   Fetusa < Pha-eth-usa < Phaeth-usha, lit. a filha de Pha-eth([15])

Ki-at > Phe-at > Fta.

Isto implica que o pai destes filhos do sol tivesse tido também o nome Pha-et, o filho primogénito da deusa mãe Ki. Quer também isto dizer que Hélio era uma variante do egípcio Ftá, por sua vez variante de Neptuno. Na verdade Ftá representa o sol nascente e tem o significado de escultor ou gravador por ser o deus de todas as artes. Entre os gregos o deus da luz era Fanes.

Most scholars identified Phanes/Protogonus with Eros, the Greek primeval god of love. Like in Hesiod's account about the Creation, Eros sprung out of Chaos at the same time as Gaea and Tartarus, so Eros was a primeval god, unlike later myths, where he was known to the Hellenistic as the mischievous son of Aphrodite (Venus), whom the Roman called Cupid. As Eros, he was often called Bromios (Thunderer), which is the same epithet as Dionysus. There is some confusion of whether Nyx (Night) was his mother, wife or daughter. The source that I have with me is that Nyx was his daughter, whom he had sex with, to beget Heaven (Uranus) and Earth (Gaea). As Phanes, he was seen a sun god or the god of light. Phanes has four eyes, and heads of various animals. Phanes was depict as a sexless god or a god with both sexes (androgynous being, ie a Demiurge) with golden wings. Phanes was also invisible but he radiated pure light.

Fanes seria não apenas o deus sol como sobretudo o deus da luz primordial de 4 olhos e que seriam, o sol e as 3 fazes da lua. No Egipto a mitologia deste deus seria a do pássaro Benu e na síria a da Fénix, sempre mitos relativos à aurora primordial. Correlativos a ocidente seriam o arcaico deus rural Pan e o deus Fauno dos latinos. Aliás. Fanes / Fauno são quase a transcrição fonética do grego para o latim do nome duma mesma entidade divina. Se não soubéssemos por uma mitologia registada muito mais antiga como foi a suméria que o deus filho solar primordial foi Enki ficaríamos um pouco confusos sobre a etimologia destes nomes.

                                                   > Phenuish > Fénix = «Fenícia».

Fauno < Faunus < | Pha-Anu | -ish > Phan-es.

                     Pan < Ki-Anu = Enki > Wa-(a)nu > Benu.

clip_image005

Figura 2: A barca solar transportando o sol-posto.

Não nos podemos esquecer de que a mitologia era também uma cosmografia que descrevia o movimento do sol depois do pôr-do-sol sobre o mar atlântico como um regresso a casa do sol numa barca de oiro feita por Hefesto (que etimologicamente seria o mesmo que Ptá, logo o autor da sua própria barca de Amom-Rá).

 



[1] From: Gwen Saylor , To: Christopher B Siren , Subject: Re: Helel

[2] http://www.theology.edu/canaan.htm.

[3] The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, Vol. I: Aachen – Basilians, by Philip Schaff

[4] From: Gwen Saylor <gwen@wave.park.wy.us

[5] Mightiest, Most High, Supreme, Powerful, Puissant - Qadash Kinahnu Temple Directory.htm.The Temple of the Deities - Room One. The Major Deities in the Myths of Ugarit.

[6] creation-1.htm, comments by Patrick C. Ryan (1/10/98).

[7] Assim, a expressão portuguesa «vá lá! Vá lá!», (podia ser pior, por ex.) pode ser uma mera reformulação adaptativa duma antiga e arcaica interjeição solar!

[8] creation-1.htm, comments by Patrick C. Ryan (1/10/98).

[9] The Assyrian continuity by Fred Aprim.

[10] Dado o conservantismo do Direito, próprio das antiquíssimas ciências que se renovam a partir do melhor que podem herdar do passado, nele podemos encontrar conceitos operativos que são verdadeiros fosseis ideológicos, como é o caso da figura legal do «bom pai de família», prevista no N.º 2 do Artigo 487º do C. C. P., enquanto critério de avaliação da culpa. No domínio da culpabilidade com que se tece e sublima o «super eu» cabe ao pai mítico o papel da ordem cósmica com que se definem os limites da licitude criativa através dos instrumentos da repressão autoritária ou pelo perdão paternalista.

[11] Entre outros derivados negativos deste nome poderia citar-se «crápula», (a)«pulha», etc.

[12] In earlier Greek mythology, the sun was personified as a deity called Hêlios (Greek for "the sun"), whom Homer equates with the sun titan Hyperion. Other sources say Helios is Hyperion's son by his sister Theia. Helios was seen driving a fiery chariot across the sky. He has two sisters, the moon goddess Selene and the dawn goddess Eos. Many think that Apollo becomes the Olympian "sun god", but this idea is mostly based on speculation and assumption. The equivalent of Helios in Roman mythology is Sol.

[13] Pausanias Description of Greece 10.17.9.

[14] by Lisa Spindler

[15] > La-Fayett.

DEUSES «MANDA CHUVA» II, por artur felisberto

INDRA, O divino «manda chuva» hindu. 1

 

INDRA, O DIVINO «MANDA CHUVA» HINDU.

Indra era el dios principal de la primitiva religión védica (previa al hinduismo) en la India. Aparece como héroe y figura central en el libro Rig vedá (hacia el siglo XI a. C.). Es considerado el dios de la guerra, la atmósfera, el cielo visible, el rayo, y la tormenta que era representado como una espada con ondulaciones (como un rayo).

clip_image001

Figura 1: (Indra (alias Sakra) and Sachi Riding the Divine Elephant Airavata, Folio from a Jain text, Panchakalyanaka (Five Auspicious Events in the Life of Jina Rishabhanatha [Adinatha]), circa 1670-1680, Painting in LACMA museum, originally from Amber, Rajasthan)

Posteriormente, en el hinduismo, se convirtió en el rey de todos los semidioses (dioses inferiores) y fue superado por los dioses Brahmá, Vishnú y Shivá.

Su arma es el relámpago (vashra).  Su vajana (vahana: ‘vehículo, montura’) es el elefante Airavata, que representa la nube de la cual Indra hace descargar su lluvia. 

Indra é o deus das tempestades no hinduísmo, filho da deusa mãe Aditi com o sábio deus Kashyapa. Rei de todos os deuses no passado, perdeu importância no período pós-védico.

In Puranic mythology, Indra is bestowed with a heroic and almost brash and amorous character at times, even as his reputation and role diminished in later Hinduism with the rise of the Trimurti.

A lenda relata sua fúria quando seus seguidores abandonaram seu culto e passaram a venerar Krishna. Quando Indra enviou uma tempestade para puni-los, eles oraram a Krishna, que ergueu uma montanha para protegê-los da força da tormenta.

The Veda itself sustains this view. It is certain that the victory of Indra over Vritra is essentially the same as his victory over the Panis. Vritra, the storm-fiend, is himself called one of the Panis; yet the latter are uniformly represented as night-demons. They steal Indra's golden cattle and drive them by circuitous paths to a dark hiding-place near the eastern horizon. Indra sends the dawn-nymph, Sarama, to search for them, but as she comes within sight of the dark stable, the Panis try to coax her to stay with them: "Let us make thee our sister, do not go away again; we will give thee part of the cows, O darling." According to the text of this hymn, she scorns their solicitations, but elsewhere the fickle dawn-nymph is said to coquet with the powers of darkness. She does not care for their cows, but will take a drink of milk, if they will be so good as to get it for her. Then she goes back and tells Indra that she cannot find the cows.[1]

clip_image002

Figura 2: Indra o rei dos deuses Védicos. (restauro cibernético do autor)

Na versão hindu da façanha que envolve Hércules num conflito mortal com Caco pela posse do «gado do céu», a semelhança com o roubo do gado de Apolo levado a cabo por Hermes chega ao ponto de Indra ter tido a ajuda de Sarama, etmicamente uma irmã de Hermes, equivalente fonético de Artemisa factos míticos que no final colocam os Panes (Pan e os Penates) no lugar de Caco e Apolo.

Sarama < Shar-Hama < Ish-har-kama ó Artemisa.

Indra tem muitos epítetos, notavelmente vr.s.an, o touro, e vr.trahan, assassino de Vrtra. Indra parece-se com o nome de um arqui-demónio oa Zoroastrismo, enquanto Verethragna se aparece como um deus de vitória.

Quer dizer que do mesmo modo que nas mitologias caldeias o deus das tempestades era um “manda chuva” de eficácia irregular que nem sempre era benéfico como deus supremo, nem sempre tão fértil como desejado nem tão vantajoso como o esperado nas lides guerreiras pelo que passou de rei dos deuses a divindade secundária com a criação da trindade védica, Trimurta.

 

Ver: HERMES, O DEUS DA CLÉPTOMANIA (***) & HÉRCULES & GERIÃO (***)

 

Quem era então Indra na tradição mítica mais arcaica representada nas mitologias ocidentais? Indara, o que parece ter pouco a ver com a evolução que o nome tem na geografia do extremo oriente.

"....As other discovered texts proved, the Hittite pantheon was in fact borrowed from (or through) the Hurrians. But this particular treaty held a special surprise: toward the end of the tablet, among the divine witnesses, there were also listed Mitra-ash, Uruwana, Indar, and the Nashatiyanu gods - the very Mitra, Varuna, Indra, and the Nasaya gods of the Hindu pantheon!

Indar = The Old Iranian god of warfare, courage and bravery. The Indra = One of the seven Daevas and the personification of apostasy; not to be confused with the Indian god Indra. His eternal opponent is Asha vahishta.

Indar seria o nome do deus indo-ariano anterior à rivalidade entre persas e hindus. A ideia duma invasão ariana da Índia fica assim comprometida pela evidência duma rivalidade que remontará precisamente à época desta suposta invasão. Esta rivalidade visceral teria passado a ser de tal monta que os deuses da guerra em voga num lado se tornaram nos diabos do outro. Quando se verifica que Indar era Indra na índia, seguramente por uma transformação fonética por ressonância com o próprio nome hindu, os persas conseguiram o supremo milagre, ou o maior dos crimes de blasfémia e apostasia que foi o de terem transformado o poderoso deus dos exército no seu oposto. Claro que os hindus terão reagido ideologicamente do mesmo modo. Porém, o dualismo mazdaista era muito mais exclusivo do que o politeísmo tradicional dos hindus para os quis deuses e demónios eram entidades de igual dignidade e respeito.

Na tradição budista, Indra é chamado também S'akra (Pali: Sakka).

Ele é conhecido em birmanês como algo pronunciado como ðadʑá-mɪ́ɴ, em tailandês como Phra Intra, em malaio como Indera, em Tamil como Intiran, em chinês como Dìshìtia-n, e em japonês como Taishakuten.

Ishtaran (Angal): - Patron god of Der, a city East of the Tigris.

Sak(ir)ka < S'akra < Sakura > Sírio, Sacar ó Saturno.

Ðadʑá-mɪ́n < Thadza Min, literalmente *tedusha, o deus menino, Min.

Chin. Dì-shì-tian ó Jap. Ta-ishaku®-ten

Persic. Tish-trya

Phra | Intra < In-dera < In-tir-an < Istaran < Ish-kur-an

ó Luv. Tar-hun (variantes) = Tar-hunt, < Tar-huwant < Tarhunta

< Hattic *Taru = Hurrian Te-Chuwe.

Pois bem, uma revisão etimológica deixa-nos a suspeita de que teria existido uma forma *Mnutar / *Intar muito mais arcaico do que Indar em relação com Mitra, directamente relacionada com o Minotauro da tradição egeia, berço de toda a civilização arcaica.

De facto, o lado guerreiro de Indra permite a sua correlação com Marte quanto mais não seja porque os seus marotos assistentes eram chamados Maruts! A correlação com os restantes deuses «manda chuva» do próximo oriente pode ser feita a partir da correlação entre do Egípcio Min e do caldeu Iscur por meio do Minotauro.

Indra, the god of firmament and the king of the abode of gods, is probably the most colorful character in Hindu mythology. The ebb and tide of his career, the rise and fall of his power provides a very fascinating story to all, who are interested in the lives of Hindu gods and goddesses. His parents were the sky god Dyaus Pita and the earth goddess Prthivi; he was born fully-grown and fully armed from his mother's side. His wife was Indrani, and his attendants were called the Maruts.

   Maruts < Marutish,filhos de Marut < Sumer. Martu > Marte.

Minutar > Mnutar > Mutar > Mitra < Mitar ó Martu.

Minutar > Mintar > Nithar > Indar > Indra.

O antepassado destas entidades foi seguramente Enki, protótipo arcaico de todos os deuses de morte e ressurreição.

The monk Georgius, in his Tibetanum Alphabetum (p. 203), has given plates of a crucified god worshipped at Nepal. These crucifixes were to be seen at the corners of roads and on eminences. He calls it the god Indra.

Enki era o deus das «águas doces do céu» na forma judiciosamente proposta por Kramer de senhor do Kur, ou seja *En-kur, o mesmo deus que deu nome à cidade de Ankara e à civilização lacustre de Ankor e que se encontra presente na etimologia do conceito persa Angra Mainyu.

                              > An-Kar > Angal.

Anhur < *An-Kur > *En-kur.

               *An-Kur + Chu > An-Wer-ish > Onouris > Onuro

ó Ourano.

                                       > An-*Kertu > Anhert > Inher.

A relação de Onuro com aquele que conduz o carro do sol confirma o quanto este deus era luciferino e portanto verdadeiramente An-kur, o Sr. Dos infernos do Kur.

                                                 ó Nethura > Natura.

Indar < Indra ó Indira < En-Thura < En-kur => «Ankor» / «Ankara».

                           Ner-gal ó < An-ki-ur = An-ur-ki > Ner-Ki > Hit. Nérik.

                                         En-Kur ó An-Kur > Anhur > Onur(is).

 

Ver: HERMES (***)

& CHU, O “MANDA CHUVA DO EGIPTO” (***)

 

Vritra, no mesmo plano da analogia, seria Gerião.

Vritra < Weri + tar, lit «3 x Wer ó Geri + An.

Indra é aqui o vaqueiro apascentando o seu gado, ora «branco e dourado» pela manhã ora violeta alaranjado ao pôr-do-sol e que são as nuvens no céu, tal qual Apolo, o deus do sol diurno que se diverte em «danças de manda-chuva» com «milagres do sol».

Mas este gado teria que ter asas para poder voar no céu e para cumprir com as regras do bom senso comum e então seriam mais provavelmente aves, seguramente gigantescos patos brancos e cisnes!

Another story, which I cite from Mr. Tylor, shows that Malays, as well as Indo-Europeans, have conceived of the clouds as swan-maidens. (...) "If the cloud was supposed to be a great bird, the lightnings were regarded as writhing worms or serpents in its beak. These fiery serpents, elikiai gram-moeidws feromenoi, are believed in to this day by the Canadian Indians, who call the thunder their hissing." [ Baring-Gould, Curious Myths, Vol. II. p. 146. Compare Tylor, Primitive Culture, Vol. II. p. 237, seq.]

As nuvens das tempestades sujeitas a serem mordidas por víboras flamejantes de relâmpagos serpentinos e perfuradas por raios como tridentes seriam acompanhadas pelas aves agoirentas que anunciam a morte do gado, os abutres e as hárpias.

clip_image003

Figura 4: Indra com os relâmpagos na mão era tipicamente um deus «manda chuva» védico.

Indra, the god of light, is a herdsman who tends a herd of bright golden or violet-coloured cattle. Vritra, a snake-like monster with three heads, steals them and hides them in a cavern, but Indra slays him as Jupiter slew Caecius, and the cows are recovered. The language of the myth is so significant, that the Hindu commentators of tile Veda have themselves given explanations of it similar to those proposed by modern philologists. To them the legend never became devoid of sense, as the myth of Geryon appeared to Greek scholars like Apollodoros. These celestial cattle, with their resplendent coats of purple and gold, are the clouds lit up by the solar rays; but the demon who steals them is not always the fiend of the storm, acting in that capacity. [2]

The Sanskrit parvata, a bulging or inflated body, means both "cloud" and "mountain." "In the Edda, too, the rocks, said to have been fashioned out of Ymir's bones, are supposed to be intended for clouds. In Old Norse Klakkr means both cloud and rock; nay, the English word CLOUD itself has been identified with the Anglo-Saxon clud, rock. See Justi, Orient und Occident, Vol. II. p. 62." Max Muller, Rig-Veda, Vol. 1. p. 44.

«Nuvens» < Lat. * nubine, por nube < Anukinas, lit. filhas de Enki ou < Ninki, esposa de Enki esparramadas no céu!

Engl. Cloud < Anglo-Saxon clud < *Kruth =>

Kluk > Phluw > Lat. pluvius > «chuva»

=> Klak-kar, lit. as que transportam a chuva? > Old Norse Klakkr

< *Kruth < Kurat < Iscur, o epíteto de Enki, ou de um filho seu, em funções de deus das tempestades e da chuva «esparramadas» sobre a terra.

 = *Kruth > Kaurwat > phar-vata = Ninki.

Ninki, literalmente a Sr.ª Ki, era a mãe e esposa de Enki, a deusa homónima de Afrodite e, facto agora esclarecido, cavalgava ao colo dum cisne no céu como as bruxas numa vassoura (seguramente um «cavalo de pau» em representação simbólica grosseira e improvisada duma «cobra solar alada» ou do colo dum cisne!).

Quando o paradigma do «gado do sol» cedeu à pressão fertilizante dos touros as nuvens transformaram-se em vacas aladas o que obrigou a imaginação criativa dos caldeus a criarem os majestosos e magnificou touros alados, os lamachu, supostas imagens do aguerrido deus do «curros», Nergal.

They are stolen every night by Vritra the concealer, and Caecius the darkener, and Indra is obliged to spend hours in looking for them, sending Sarama, the inconstant twilight, to negotiate for their recovery. Between the storm-myth and the myth of night and morning the resemblance is sometimes so close as to confuse the interpretation of the two. [3]

clip_image004

Figura 5: Lamachu, o touro alado do gado do deus das tempestades.

It is the old story of the shield with two sides; and a comparison of the ideas fundamental to these myths will show that there is no valid ground for disagreement in the interpretation of them. The myths of schamir and the divining-rod, analyzed in a previous paper, explain the rending of the thunder-cloud and the procuring of water without especial reference to any struggle between opposing divinities. [4]

Ora, se as nuvens são o «gado do sol» então o mito do «roubo das nuvens» decorre da evidência dum céu limpo o que só constitui um mau presságio quando corresponde a um paradigma interpretativo muito primitivos mas subtil da temível canícula por falta de chuva, tão comum nas regiões do mediterrânico.

Many legends which Max Muller explains as myths of the victory of day over night are explained by Dr. Kuhn as storm-myths; and the disagreement between two such powerful champions would be a standing reproach to what is rather prematurely called the Science of comparative mythology, were it not easy to show that the difference is merely apparent and non-essential.

Assim sendo, entre um mito de tempestade fecundante, onde o que é roubado pela deusa mãe é o sol fecundante e não as nuvens, e um mito banal da aurora podemos encontrar duas soluções mais acertadas:

1º – A que corresponderia a uma interpretação genérica dum mito meteorológico e climatérico.

2º – A que corresponderia a uma interpretação específica dum mito de triunfo do deus das tempestades, enquanto o grande «manda chuva» fecundador da terra.

A interpretação seguinte carece duma subversão completa do que o senso comum sempre soube: que a luz do sol nada tem a ver com as nuvens a não ser na sua capacidade para ocultarem o sol e serem por isso umas responsáveis pelo roubo meteorológico da luz do sol.

But in the myth of Hercules and Cacus, the fundamental idea is the victory of the solar god over the robber who steals the light. Now whether the robber carries off the light in the evening when Indra has gone to sleep, or boldly rears his black form against the sky during the daytime, causing darkness to spread over the earth, would make little difference to the framers of the myth. To a chicken a solar eclipse is the same thing as nightfall, and he goes to roost accordingly. Why, then, should the primitive thinker have made a distinction between the darkening of the sky caused by black clouds and that caused by the rotation of the earth? He had no more conception of the scientific explanation of these phenomena than the chicken has of the scientific explanation of an eclipse. For him it was enough to know that the solar radiance was stolen, in the one case as in the other, and to suspect that the same demon was to blame for both robberies.

Pois eu diria que no mito de Cacos encontramos vários mitos sobrepostos: Pelo menos um relativo ao mito de Cacos que, enquanto deus vulcânico, teria roubado as nuvens do céus para esconder na sua caverna do mundo subterrâneo dos infernos donde são expelidas pelas chaminés vulcânicas ao ponto de ocultarem a luz do sol sendo neste caso um mito específico de ocultação solar por explosão vulcânica.

 

VARUNA

Varuna < Wer-Anu ó Pher-Anu, «o que transporta o céu», ou seja, metaforicamente o mar, representado como um monstro marinho metamórfico, e que tem encima de si o céu!

 

Ver: KAIUS (***) & HÉRCULES E GERIÃO (***)

 

A relação semântica que faz Varuna passar de deus cósmico para deus do mar deve ser idêntica à de Aruna- dos hititas, seguramente relacionada com Arina, deusa da aurora solar. De facto,

Varuna < Wer-Anu ó Pher-Anu< Kauran > Hauran > Hit. Aruna.

                                                                           > Grec. Ouranos > Urano.

De qualquer modo, a tradição semântica destes deuses do Verão e do mar manteve-se no português em termos como «varina e vareiro»

Varina = • (afér. de ovarina?), s. f. rede de arrasto, mais pequena que a neta, e de malha mais miúda; • (Lisboa) vendedeira ambulante de peixe; • mulher da beira-mar, entre Aveiro e o Porto.

Vareiro = • (de ovareiro, de Ovar ?), adj. relativo à beira-mar, entre Aveiro e Porto, aproximadamente;

clip_image005

Figura 6: Varuna, who as god of the cosmic order, featured with some prominence in the Vedas, gradually drifted into obscurity becoming merely god of the oceans. He is shown with two or four arms and his main weapon is the pasha (lasso). He rides a beast called Makara that is part fish and part antelope.

A cobra era o que restava da semiologia enquiana e o laço seria um precursor dos nós de marinheiro?

Muhra: "face both ways", name of the two-faced gatekeeper in the Underworld. See also Ushmu. Usmu, Ismud: Sumerian god, two-faced vizier of Absu. Perhaps known in Akkadian as Muhra.

Makara < Maukaura

> Mu-Kar => Muhra?

A relação destes termos com Ovar só secundariamente poderia ser relevante porque, doutro modo, seriam, de facto, relações etimológicas primárias demais! Já agora também as varas dos varadoiros derivariam de Ovar?!(J)! Claro que estamos perante etimologias muito arcaicas que vão de varão a vara e de vara a varino e de varino a marujo embarcadiço ao serviço de *Var-ano, variante de Enki na forma de Sr. do Kur, *Kur-Anu = *En-kur, o deus arcaico do mar alto, que manteve a mesma fonética no nome de Viracocha!



[1] Myths and Myth-Makers: Old Tales and Superstitions Interpreted by Comparative Mythology, by John Fiske.Section II

[2] Myths and Myth-Makers: Old Tales and Superstitions Interpreted by Comparative Mythology, by John Fiske.Section II

[3] Myths and Myth-Makers: Old Tales and Superstitions Interpreted by Comparative Mythology, by John Fiske.Section II

[4] Myths and Myth-Makers: Old Tales and Superstitions Interpreted by Comparative Mythology, by John Fiske.Section II