Figura 1: Dionísio & Pan, ou Paposileno. (Dionísio Ludovisi, Museu Nacional Romano).
CXLV — Os Gregos consideram Hércules, Baco e Pã
como os mais novos dos deuses. Entre os Egípcios, ao contrário, Pã
passa pelo mais antigo, estando mesmo incluído na categoria dos oito
primeiros deuses. Hércules figura entre os deuses de segunda ordem,
conhecidos pela designação de doze deuses, e Baco entre os de terceira,
gerados pelos doze deuses.
Já
fiz ver, pouco mais acima, como os Egípcios contam o período decorrido
desde Hércules até o rei Amásis. Diz-se ser ainda maior o período que
vai de Pã a Hércules, sendo, entretanto, bem menor o que vai deste
último a Baco. De Baco até Amásis contam-se quinze mil anos. Os Egípcios
consideram esses fatos incontestáveis, pois têm o hábito de anotar
rigorosamente o transcurso dos anos. De Baco, que se diz ser filho de
Sémele e Cadmo, até nós, medeiam cerca de mil e seiscentos anos, e de
Hércules, filho de Alcmena, perto de novecentos anos. Pã, que os Gregos
afirmam ser filho de Penélope e Mercúrio, é posterior à guerra de Tróia,
e, por conseguinte, o período que decorre dele até os nossos dias não
vai além de oitocentos anos.[1]
Figura 2: A forma romana de representar os cortejos de Dioníso / Baco era já mais retórica do que real porque em 186 a.
C. o Senado Romano proibiu e reprimiu os bacanais. Assim sendo, os
bacanais deste sarcófago sãos seguramente idealizados ao ponde de ser
evidente que os deuses pastorais e silvestre como Pan se desdobram em sátiros caprinos. Neste, Dioníso / Baco aparece acompanhado por Silvano / Hércules indeciso entre o amor de Ampelos e Ariadne adormecida.
CXLVI
— Todos têm plena liberdade de adotar entre essas duas opiniões a que
lhes parecer mais razoável. Assim, contento-me em expor a minha. Se
esses deuses foram conhecidos na Grécia e se ali envelheceram, tais como
Hércules, filho de Anfitrião; Baco, filho de Sémele, e Pã, filho de
Penélope, pode-se dizer também, embora não tenham sido eles mais do
que homens, que estavam adotando nomes de deuses nascidos em séculos
anteriores. -- HistóriaHeródoto (484 A.C. - 425 A.C.). Traduzido do
grego por Pierre Henri Larcher (1726–1812). para o português de J. Brito
Broca.
Figura 2: Dionísio Sardanapalo.
Se Heródoto, o agnóstico helenista, já suspeitava que os mitos eram velhas lendas de factos reais esquecidos porque o não terão suspeitado outros racionalistas e positivistas? É evidente que Semele foi o nome duma rainha grega que recebeu o nome duma antiga variante de Deméter, uma arcaica Deusa Mãe de nome Quimera que viria a dar nome aos khmers do Camboja...e degenerado numa monstruosa quimera.
Os
Khmers são um grupo étnico maioritário do actual Estado do Camboja, que
no passado consolidou um império capaz de dominar, em seu apogeu, do
século IX ao XII, a maior parte da Indochina. Sua origem, segundo
historiadores, decorrem da migração de populações do norte da Indochina e
Índia, identificados sob traço cultural comum, que se estabeleceram nas
terras férteis do delta do Rio Mecong.
Semele < Xi-mele < Ki-Mere ó *Ki-Ma-Ker > Deméter.
> «Quimera» => Khmers.
Modern
scholarship has dismembered this awe-inspiring myth completely and has
reversed its meaning. Semele, so it explains, must have been a goddess
from the beginning. She was first made into the daughter of Cadmus by a
poet who, according to Wilamowitz, cannot have been active prior to 700
B. c. This poet, then, is supposed to have taken some real event as his
starting point and arbitrarily invented from it this myth, whose deep
significance any unprejudiced person senses. In the process, however, he
supposedly did not anticipate that the human nature of the mother of
Dionysus could eventually become significant. -- Dionysus: Myth and Cult, Walter Friedrich Otto.
Penélope, porque foi na lenda mãe dos filhos de Ulisses, não foi mãe de Pan porque este deus de aspecto arcaico já seria nascido há época da guerra de Tróia.
Claro que Heródoto se enganou em relação a Penélope, o modelo da mulher fiel, que esteve 20 anos sem marido e apenas gerou Telémaco de Ulisses. Quanto muito Heródoto referia-se a outra Penélope, que (quem sabe?) teria sido o nome da ninfa que pariu Pan!
Pan = Khnum ó Hércules ó Hórus «o velho», filho de Osíris.
Osíris = Dionísio.
A ideia que se pode ter é que os deuses clássicos Hércules, Baco e Pã, onde se pode incluir Hermes, correspondiam
a mitemas arcaicos que já vinham dos cretenses pelo menos e que por
isso tinham correspondentes egípcios supostos dos mais arcaicos segundo
os cálculos fantásticos e fantasistas dos sacerdotes egípcios helenistas
que os vendiam aos gregos como hoje venderiam idênticos aos turistas.
Ver: PENELOPE (***)
CASTRAÇÃO DIVINA
Na verdade, Dioniso poderia ser literalmente filho de Pan e de Isis, ou seja, o deus menino que Isis, a deusa mãe terra tem sempre ao colo. Só que esta criança a que os Egípcios chamavam Harpocrates era Hórus supostamente o filho de Osíris.
Outros mitos referem que Set assassinou Osíris e dispersou o seu corpo em seis pedaços, um em cada canto do mundo.
Dioniso = Dion < Thian < *Kian > Pan | Isio.
Isis < Hikis < Ki-ki.
Uns mitógrafos dizem que às três deusas da vida de Osiris se juntou Toth e Anpu, que encontraram todas as partes do deus, com excepção do membro genital, que havia sido devorado por um «ossirinco» (= espécie de esturjão do Nilo)
«Ossirinco» < *Oshyr Enko, lit. “animal de Enki = peixe de Osíris”.
Outros mitos referem que Isis
foi à procura desses pedaços e apenas encontrou o pénis do deus que
colocou num «sarcófago», com o qual se masturbava até ficar grávida do
defunto marido (e dai a origem do godmichê!)
«Sarcófago» < Sacar | phago < kako > «figo » / «bago»|
O sarcófago seria a arca dos figos de Sacar / Saturno o deus dos mortos a quem eram oferecidos sacrifícios humanos em tempos arcaicos!
Figura 3: Sarcófago com cenas da infância de Dionísio.
Quer
dizer que já no mito egípcio existia uma certa relação entre um divino
«pénis amputado» e a ressurreição seguida do nascimento dum «deus
menino». O tema da castração divina existiu também no mito de Urano mas agora como paradigma da castração do pai pelo filho.
Na verdade o esperma pode perdurar viável durante 3 dias num cadáver humano!
Como
teria Ísis conseguido o milagre da erecção do defunto Ísis e que é de
algum espanto! O mais provável e que o mito se reporte a um facto
lendário de uma rainha desesperada casada com um deus estéril e grávida
do seu amante que se submete à humilhação dum coito necrófilo com o
testemunho dum sacerdote de Anubis para legitimar o direito do seu filho bastardo ao trono do Egipto.
Then Zeus came in the form of a serpent and coupled with Rhea, who is also Demeter and whose name perhaps means Earth-mother), and She gave birth to Persephone. When She was grown, Demeter gave Her as bride to Zeus and caused Him to come as a serpent to the daughter, and to mate with Her, so that She begot Dionysos. (He is said to be horned because He is the son of Persephone.) And the mystery is that Demeter and Persephone are both said to be the mother of Dionysos, for Zeus has joined Himself with Rhea, Demeter and Persephone, who are the Crone, Mother and Maiden.[2]
Existe um mito arcaico do nascimento de Dionísio que reza assim:
Um dia, narra o mito, a grande deusa Deméter chegou à Sicília, vinda de Creta. Trazia consigo sua filha, a deusa Perséfone, filha de Zeus. Deméter tencionava chamar a atenção do grande deus, para que ele percebesse a presença de sua filha e se apaixonasse por ela. Deméter descobriu, próximo à fonte de Kyane, uma caverna, onde escondeu a donzela.
Figura 4: Mas já no Egipto o mito é estranho pois nele se reza que, tendo ficado sozinha com o sarcófago de seu esposo defunto, Isis tentou tudo, empregou encantamentos e fórmulas mágicas para trazer o esposo à vida. Nesta representação Anpu, o deus da “abertura da boa”, acompanha Isis.
Transformou-se em falcão e, agitando sobre ele suas asas para agitar o
ar e lhe restituir o “sopro da vida”, milagrosamente ficou fecundada.
|
Pediu-lhe,
então, que fizesse com um tecido de lã, um belo manto, bordando nele o
desenho do universo. Desatrelou de sua carruagem as duas serpentes e
colocou-as na porta da caverna para proteger sua filha.
Neste momento Zeus aproximou-se da caverna e, para entrar sem despertar desconfiança na deusa, disfarçou-se de serpente. E na presença da serpente, a deusa Perséfone concebeu do deus. Depois da gestação, Perséfone deu à luz a Dionísio na caverna, onde ele foi amamentado e cresceu. Também na caverna o pequeno deus passava o tempo com seus brinquedos: uma bola, um pião,
dados, algumas maçãs de ouro, um pouco de lã e um zunidor. Mas entre
seus brinquedos havia também um espelho, que o deus gostou de fitar,
encantado.
VERSÃO CANIBAL DO NASCIMENTO MORTE E RESSURREIÇÃO DE DIONÍSIO.
Figura 4: New Guinea. Mudmen tribe gathers for a celebration of a pig killing.
IV.
Selon quelques mythologues, il y a eu un autre Bacchus beaucoup plus
ancien que celui-là. Il naquit de Jupiter et de Proserpine; quelques-uns
lui donnent le nom de Sabazius. On
célèbre sa naissance; mais on ne lui offre des sacrifices, et on ne lui
rend les honneurs divins que la nuit et clandestinement, à cause de la
honte qui s'attache à ces assemblées. Il avait, dit-on, l'esprit très inventif; il attela le premier des boeufs à la charrue pour ensemencer le sol. C'est pourquoi on le représente cornu. -- Bibliothèque historique de Diodore de Sicile - Livre IV.
Figura 5: Dionísio e sua mãe/avó, Deméter.
Entretanto, o menino foi descoberto por Hera, a esposa de Zeus, que queria vingar-se da nova aventura do esposo. Assim, quando o deus se estava a olhar distraído no espelho, dois Curetas titãs enviados por Hera, horrendamente pintados com argila branca, aproximaram-se de Dionísio pelas costas e, aproveitando a ausência de Perséfone, mataram-no.
O vir Deméter de Creta prova a antiguidade do mito e a sua origem em prováveis ritos de “sacrifícios humanos” perpetrados na talassocracia cretense.
|
Continuando
sua obra deplorável, os titãs cortaram o corpo do menino em sete
pedaços e ferveram as porções em um caldeirão apoiado sobre um tripé e
as assaram em sete espetos. Atenas viu a cena e, mesmo não podendo salvar o menino, resgatou o coração do deus.
Mal tinham acabado de consumar o assassínio divino, Zeus apareceu na entrada da caverna, atraído pelo odor de carne assada.
O grande deus viu a cena e entendeu o que se havia passado. Pegou um de seus raios e atirou contra os titãs canibais, matando-os. Zeus estava desolado com a morte do filho, quando a deusa Atenas apareceu e entregou-lhe o coração do deus assassinado. Zeus, então, efetuou a ressurreição, engolindo o coração e dando, ele próprio, à luz seu filho. E essa é a origem do deus morto e renascido, relatada pelos antigos e celebrada nos mistérios...
Ver: DAMUZ (***)
«Guiana» < Kuiana < Kyane < Kijane < Ki-ki-An < *Ki-anu
> Ki-an = En-ki.
Atana < At-na < Ki-ki-An < *Ki-anu
> Phan, avatar da cobra Piton de Tanit.
A fonte de Kiana, se existiu, seria então, a confirmação da relação deste mito com Pan e com Tanit. De qualquer modo, a cobras da carruagem de Deméter só provam que estamos de facto perante uma variante da Deusa Mãe das cobras cretenses que viria a ser, entre outras, Antu, Atena, Anath ou Tanit.
Na verdade, o mito mais conhecido faz Dionísio filho da rainha dos infernos!
Figura 6: «carro de cobras» de Medeia, uma variante lendária, trágica e carniceira, de Deméter.
As
pinturas de guerra destes cabiros são as mesmas de algumas tribos
negras africanas. Obviamente que estamos perante uma versão masculina do
mito agrícola de Persefone. Hera, a terrível, faz aqui o papel
de “bruxa má” que é sempre o da madrasta ou da esposa traída! No
entanto, esta personalidade de Hera típica das rainhas helénicas não é
senão a herança da arcaica mitologia da terrível Deusa Mãe da Aurora primordial que quotidianamente matava e comia o filho ao sol-posto para o parir (ou vomitar!) pela manhã.
|
Quer assim dizer que Hera seria a versão aristocrática adaptada aos tempos clássicos da deusa dos abismos cavernosos do Kur.
Kur > Ker > -Her > Hera.
Titã < Ti-tan < Ki-tan
Pois bem que titãs eram estes?
Titã,
literalmente a serpente da terra, seriam as próprias serpentes
colocadas por Demeter a guardar o filho e que não seriam senão
companheiras de Zeus também chamados curetas no mito de nascimento de
Zeus! De facto, a meninice de Dionísio nesta segunda variante do mito do
seu nascimento é um dupleto do nascimento de Zeus.
Apollonius Rhodius, Argonautica 2. 1231 ff (trans. Rieu) (Greek epic C3rd B.C.) :
In the days when he ruled the Titanes in Olympos and Zeus was still a
child, tended in the Kretan (Cretan) cave by the Kouretes (Curetes) of
Ida."
Strabo, Geography 10. 3. 11:
[11] In Krete (Crete), not only these rites, but in particular those
sacred to Zeus, were performed along with orgiastic worship and with the
kind of ministers who were in the service of Dionysos, I mean the
Satyroi (Satyrs).
Nonnus, Dionysiaca 9. 160 ff (trans. Rouse) (Greek epic C5th A.D.) :
The goddess [Rhea] took care of him [the baby Dionysos on Mount Kybele
in Phrygia]; and while he was yet a boy, she set him to drive a car
drawn by ravening lions. Within that godwelcoming courtyard, the
tripping Korybantes (Corybantes) [i.e. Kouretes] would surround Dionysos
with their childcherishing dance, and clash their swords, and strike
their shields with rebounding steel in alternate movements, to conceal
the growing boyhood of Dionysos; and as the boy listened to the
fostering noise of the shields he grew up under the care of the
Korybantes like his father [Zeus]."
De
certo modo o mito, sobretudo pela sua confusa mistura de entidades
maternas, está mal contado e faz lembrar o canibalismo de Crono, esposo
de Reia. Saturno seria o deus do canibalismo arcaico das saturnálias e tal como Set(urano) teve o mesmo papel em relação a seu irmão Osíris! Este Zeus cretense que nasceu guardado pelos curetas e morreu como Dionísio, possivelmente devorado pelos mesmos titãs que eram os deuses crónidas, era o jovem Zeus Velcheno, seguramente o mesmo que Júpiter Dolicheno. De facto, Velcheno não é senão um dos curetas e Dolicheno a
variante taurina deste mesmo deus, adorado em Creta como touro porque
teria sido esta uma das metamorfoses que o deus tomou para se defender
dos titãs antes de ser morto.
Velcheno < Wer-ish-an < Ker-ish Anu > Kertu-an > Kretan.
Dolicheno < Tor-ish-an < > Keret > Kouretes.
Por alguma razão existem mitos que falam da morte e ressurreição de Zeus, ou seja que outrora Zeus foi um «deus menino» emulado no altar da deusa mãe pelo próprio pai ciumento e morto e enterrado em Creta todos os anos.
VERSÃO «COXA» DO NASCIMENTO DE DIONÍSIO!
No caso, a sobrevivência da teofagia pela qual Zeus, então, efetuou a ressurreição, engolindo o coração e dando, ele próprio, à luz seu filho pela
barriga das pernas é uma forma admirável de refazer o mito e nem mais
nem mesmo do que uma variante masculina do mito da aurora!
Figura 7: Sarcófago com cenas do nascimento de Dionísio.
Asseguram
os Gregos que, logo que Baco nasceu, Júpiter coseu-o à sua coxa e
levou-o para Nisa, cidade da Etiópia, acima do Egito. Com relação a Pã,
ignoram para onde foi transportado logo depois do seu nascimento.
Parece-me evidente terem os Gregos aprendido os nomes desses deuses
muito depois dos outros, determinando a data do seu nascimento pela
época em que deles ouviram falar. -- HistóriaHeródoto (484 A.C. - 425
A.C.). Traduzido do grego por Pierre Henri Larcher (1726–1812). para o
português de J. Brito Broca.
Some say that Zeus took the recovered limb of Dionysos and prepared a potion, which He gave to Semele, which is the Phrygian name for Khthonia, the Underworld Goddess.
Semele < Kemera < *Kima-ura <=> «Quimera» => Ama-Kiwer > Mãe Cibel
= Khthonia < Ki-Atania, lit.
“A Terra Ki, a deusa das cobras dos subterrâneos”.
Para Hera, Semele era culpada, e carregava em seu ventre a prova de seu ato ilícito. Sabendo que as suas reprovações aos actos de Zeus não surtiam nenhum efeito, resolveu vingar-se da jovem e destruí-la. (...) Hera, então, transformou-se em uma velha senhora, (...) a cópia exata de Beroe, a ama de Sêmele.
Nesta parte do mito estamos perante a versão primitiva da velha bruxa má das histórias da «branca de Neve»
(...) Então Hera disse que ela deveria pedir uma prova de que seu amante era realmente Zeus, e ainda mais; que, sendo Zeus, aparecesse em sua forma gloriosa, a mesma que ele aparecia perante Hera, e só assim a abraçasse. (...) Assim dizendo, Hera conseguiu colocar a suspeita no coração da jovem, e ela dirigiu-se à Zeus, pedindo uma prova de seu amor. Ele respondeu dizendo que qualquer coisa que lhe pedisse seria atendida. (...) Semele,
feliz com o juramento, selou seu destino com o seu pedido: "Mostre-Te
para mim da mesma maneira como Te apresenta a Hera (...)!"
(...) Lamentando muito a tarefa que estava prestes a realizar, Zeus subiu ao alto, juntou as nuvens obedientes e as nuvens de tempestade, relâmpagos, ventos e trovões!
Figura 8: Nascimento de Dionísio pela barriga da perna de Zeus!
Tentou reduzir ao máximo a sua ostentação de glória, mas a estrutura mortal de Semele não podia suportar a visão do visitante celestial, e ela foi queimada até as cinzas pelo seu presente de casamento. Seu bebé, ainda incompletamente formado, saiu do útero calcinado de sua mãe, e alojou-se na coxa de Zeus, até que se completasse a sua gestação, pela barriga da perna!
|
A inveja de Hera leva Dionísio a ficar louco, e vagar por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Reia / Cibele curou-o e instruiu-o nos ritos de Atis
e ensina-o a cultivar a vinha. Ao se tornar homem, Dionísio se apaixona
pela cultura da uva e descobre a arte de extrair o suco da fruta.
Curado, ele atravessou a Ásia ensinando a cultura da uva.
According to tradition, Dionysus died each winter and was reborn in the spring. To his followers, this cyclical revival, accompanied by
the seasonal renewal of the fruits of the earth, embodied the promise
of the resurrection of the dead. The Romans identified him with Liber and Bacchus, who was more properly the wine god.
Entre
as coisas consagradas a Dionísio, podemos notar a videira, a hera, o
loureiro, e asphodel; o golfinho, a serpente, o tigre, o lince, a
pantera, e asno; mas ele odiou a visão da coruja. (Paus. viii. 39. § 4; Theocrit. xxvi. 4; Plut. Sympos. iii. 5; Eustath. anúncio Hom. pág. 87; Virg. Eclog. v. 30; Hygin. Poët. Astr. ii. 23; Philostr. Imay. ii. 17; Vit. Apollon. iii. 40.) as imagens mais precoces do deus eram o mero Hermae com o falo (Paus. ix. 12. § 3) ou onde penas a cabeça era representada. (Eustath. anúncio Hom. pág. 1964.) Em obras de arte posteriores ele aparece em quatro formas diferentes:
Figura 9: Dionísio é entregue por Pan à guarda de Hermes.
1. Como uma criança entregada por Hermes para as suas amas, ou como bébé divertindo-se com os sátiros e as ménades.
2.
Como um deus varonil com barba, a que comummente se chamou o Baco do
Indo. Ele parece-se no carácter com um monarca oriental; as suas
características são expressivas de sublime tranquilidade e mansidão; a
sua barba longa é macia, e a sua veste (bassara) Lídia é longa e
ricamente dobrado. Às vezes o seu cabelo flutua em caracóis pendentes e
outras vezes é preso em volta da cabeça, e um diadema lhe adorna
frequentemente a testa.
3.
Baco Tebano, denominado o jovem, foi elevado à beleza ideal por
Praxiteles. A forma do seu corpo é varonil e com esboços fortes, mas
ainda se aproxima da forma feminina pela suavidade e arredondamento das
formas. A expressão do semblante é desfalecida e mostra um certo desejo
sonhador; a cabeça, com um diadema ou uma grinalda de videira ou hera,
pende um pouco para um lado; a atitude dele nunca é sublime, mas fácil,
assim de um homem que é absorvido em doces pensamentos, ou ligeiramente
inebriado.
Frequentemente
apoia-se nos seus companheiros e é visto montando numa pantera, num
asno, tigre, ou num leão. A melhor estátua deste tipo está na vila
Ludovisi. (Welcker, Zeitschrift, pág. 500, &c.; Hirt. Mythol.
Bilderb. i. pág. 76, &c.)[3]
4. Muitas vezes Dionísio era representado na forma animal, principalmente na forma de um touro
(ou pelo menos com os seus chifres. Assim, ele era conhecido como "Com
Face de Touro", "Com Forma de Touro", "Com Chifres de Touro",
"Chifrudo", "Touro". Em seus festivais, acreditava-se que ele aparecia
como um touro.
Figura 10: Dionísio Taurocéfalo é levado ao sacrifício pela mão de Nike.
The identification of the god with an animal suggests totemism.
In one of the early culture stages it was believed that the spirit of
the eponymous tribal ancestor existed in a bull, a bear, a pig, or a
deer, as the case might be. Invariably the animal was an edible one --
the source of the food-supply, or the guardian of it. Osiris, in one
part of Egypt, was a bull and in another a goat. He appears also to have
had a boar form. Set went out to hunt a wild boar when he found the
body of Osiris and tore it in pieces.
The sacred animal was tabooed for a certain period of the year, or altogether. In Egypt the pig was never eaten except sacrificially. (...)
According to one of the Cretan legends regarding Zeus-Dionysus, as related by Athenæus,
the animal which nourished with its milk the young god of the cave was a
sow. "Wherefore all the Cretans consider this animal sacred, and will
not taste of its flesh; and the men of Præsos perform sacred rites with
the sow, making her the first offering at the sacrifice." The pig taboo extended as far as Wales, Scotland, and Ireland, and is still remembered.
Dionysus
was also associated with the goat, as we have seen. A clay impression
of a gem from Knossos shows an infant sitting beside a horned sheep.
Possibly we have here another form of the legend. The various animals
may have been totemic. Different tribes claimed descent from different
animals which were associated with the culture-god whom they adopted.
It
would appear that the bull tribe achieved ascendancy in Crete, for the
horns of that animal, a piece of "ritual furniture", which Sir Arthur
Evans refers to "by anticipation" as "the horns of consecration", is the
commonest cult objective on pottery, frescoes, gems, steles, and
altars. The horns were evidently a symbol of the god of fertility. It
would appear that before Zeus-Dionysus was depicted in human shape he
was worshipped through his symbols or attributes. -- Myths of Crete and Pre-Hellenic Europe, by Donald A. Mackenzie, [1917], at sacred-texts.com.
Figura 11: Nike / Hebe dando de beber ao touro sacrificial das grandes dionisíacas.[4]
"Venha
aqui, Dionísio, ao seu templo sagrado junto ao mar; Venha com as Graças
ao seu templo, correndo com seus pés de touro, Oh bom touro, Oh bom
touro!"
De
acordo com uma versão do mito da morte e renascimento de Dionísio, foi
como touro que ele foi despedaçado pelos Titãs, e os habitantes de Creta
representavam os sofrimentos e morte de Dionísio despedaçando um touro.
Aliás, o ato de matar ritualmente um touro e devorar sua carne era
comum aos ritos do deus, e não há dúvidas que quando os seus adoradores
faziam esses sacrifícios, acreditavam estar comendo a carne do deus e
bebendo seu sangue.
Figura 12: Dionísio caprino ou um avatar de Pan.
Outro animal cuja forma era assumida por Dionísio era o cabrito.
Isso porque para salvá-lo do ódio de Hera, seu pai, Zeus, o transformou
nesse animal. E quando os deuses fugiram para o Egito para escapar da
fúria de Tifon, Dionísio foi transformado em um bode. Assim, seus
adoradores cortavam em pedaços um bode vivo e o devoravam cru,
acreditando estar comendo a carne e bebendo o sangue do deus.
No
caso do cabrito e do bode, quando o deus passou a ter sua forma humana
mais valorizada, a explicação para se sacrificar o animal veio de um
mito que narrava que uma vez esse animal havia despedaçado uma vinha,
objeto de cuidados especiais do deus. Note que neste caso perdeu-se o
sentido de sacrificar o próprio deus, tornando-se um sacrifício para o
deus.
Uma
vez, quando Dionísio quis navegar de Icaria para Naxos, ele entrou em
um navio pirata tirreano. Os piratas, entretanto, ignoravam a identidade
do deus, e tencionavam vendê-lo como escravo na Ásia. Quando percebeu
que estavam indo para outra direção, Dionísio fez brotar heras pelo
navio e transformou o mastro em uma grande serpente.
Ouvia-se o som de flautas, e o doce aroma do vinho podia ser sentido
por toda a embarcação. Os piratas enlouqueceram, e atirando-se ao mar
foram transformados em golfinhos.
A relação de Dionísio com os golfinhos é seguramente uma reminiscência da sua origem cretense como Zeus.
A relação de Dionísio
com a mítica oriental da árvore intoxicante da sabedoria seria um caso
particular da sua relação geral com a vegetação primaveril da Pascoa.
Seguramente
que a cultura da vinha era apenas uma das facetas da agricultura que
tinha no cultivo da oliveira e na semeadura de cereais os aspectos mais
importantes da lavoura mediterrânica. No entanto, a vinha deve ter sido a
cultura agrícola que mais contribuiu para o desenvolvimento da
civilização mediterrânica.
Dizares ou Diasar = Divinidad
pétrea de los árabes pre-islámicos, negro monolito cuadrangular de
1,219 m de altura por 0,610 m de ancho, erguido sobre un pedestal, de
atribuciones análogas a las de Baco y Marte del panteón Greco-Romano.
Dushares < Dizares ó Diasar ó Kakiar ó Ishkur
Lat. César ó Kaiser > Haisar > Ausar > Osíris.
& MISTÉRIOS ANTIGOS DO VINHO DE DIONÍSIO (***)
HERMES, O PAI, IRMÃO MAIS VELHO OU A VERSÃO ADULTA DE DIONÍSIO.
Zeus entregou o bébé a Hermes, que o confiou ao casal Ino e Athamas, advertindo-os a cuidar de Dionísio como se ele fosse uma menina.
Entretanto, Hera descobriu que o bebê havia nascido e que estava sendo criado escondido dela. Indignada, levou Ino e Athamas à loucura. Athamas caçou o próprio filho, Learcus, como se fosse um veado, matando-o, e Ino, para livrar seu outro filho, Melicertes, da loucura do pai, o atirou ao mar, onde foi transformado no deus do mar Palaemon
Pala-me-an < Kara-me-an.
Como foi em homenagem deste que Sísifo instituiu os jogos do Istmo < Ish-*kima
Kar me An + Ish kime => An Kar(ki)ma-is =>
deusa Artemisa/deus Hermes!
Are
they not also pomegranites, fig branches, ivy leaves, round cakes and
poppies? In addition there are the un-utterable symbols of Ge-Themis < Ki kemis , majoram, a lamp, a sword and a woman's comb?" [kteis - symbol of her genital organ] (Mylonas 274).
Sendo Hermes a versão helénica do hermético Enki, Dioniso ou seria filho deste ou de Athamas (meio Tamuz, meio Adónis) e Ino < Ino(an) < Inana.
Borvo (Bormanus, Bormo) = "To Boil". The Gallic god of hot (mineral) springs and healing. In the Provence (France) he was known as Bormanus, and in Portugal as Bormanious. He was identified with Apollo by the Romans.”
Borvo < Waurwahu < *Kur Kako > Ish-Kur.
Bormo < Waur-ma < *Kur-Ama.......................................
Hermanus < Borm-anio-us = Borm-an-us = Bormo-An => Borvo/Bormo
ó Waur-ma-ku < *Kur-(A)ma-Chu => Hermes.
Bromius < Wormius < Borm(anio)us => Hermes, filho de (Herma
ó Carma, a deusa mãe ptimordial)!
Bromios "The thunderer" or "he of the loud shout", an epithet of Dionysys.
< *Warme ó Bormo deus infernal das aguas tépidas termais!
Parece que Dionísio pode ter sido inicialmente um deus infernal tanto poderia ter sido filho de Hermes como
ter sido este mesmo deus dúvida mítica que pressupõe um paradoxo
geracional insolúvel mas que está longe de ser sequer um absurdo no
plano mítico uma vez que «Deus pai e Deus filho» ainda hoje são
considerados como sendo duas pessoas distintas numa mesma divindade
única!
De facto, Dioniso tanto pode significar o genitivo filiativo de Diwos, o Deus/Zeus pai micénico (Zeus < K/Ziws < DI-WO < Thiuo
> Teos) que pariu Dioniso pela barriga da perna, como
corresponder a uma manipulação mitológica feita nesta perspectiva e em
cima dum nome mais antigo e que poderia ser Phian Ikio (Kian Isis = Pan, filho e esposo de Isis).
Iakkhos Ho Theos < Iakcos O Qeos < Jakikos Kau Kehios.
IAKCOS O QEOS (Iakkhos Ho Theos, The God Iacchos, the mystic name of Bacchus used in the Eleusinian Mysteries)
Figura 13: Dionísio,
o filho da mamã no Dorso do leão da deusa mãe aparece como Novo Eros,
um deus de amor e felicidade nesta cena de autêntico triunfo da luxúria
agrícola. Contrariamente ao cânon habitual, as estações do ano são
jovens masculinos.
IAKCOS O QEOS seria uma invocação em linguagem pré micénica dirigida ao deus menino *Kakiko, que, à distância linguística em que nos encontramos, tanto poderia ter sido literalmente a preciosa «pequena (Kiki) vida (ka)», como a vida gerada pela deusa mãe Kiki, como já mais tarde uma expressão comum para o príncipe e o rebento vital de *Kako, Zeus arcaico e deus da luz e o fogo, representado pela presença de Hefesto nas suas festividades. De facto, os cultos dionisíacos deixam-nos um sabor arcaizante na memória e a suspeita de que Dioniso é apenas um filho adoptivo de Zeus cujo nome secreto, Zacareu (= Zeus + Sacar), é uma mera metáfora dum mistificação jupiteriana em cima do nome de Sacar. Ora, Sacar era no Egipto um parédro de Osíris (< O-kyries < O-phiuris).
Figura 14: Hermes entrega Dionísio aos cuidados das ninfas (ménades) de Naxos.
Aliás, o latino fillium (< Hit. *Phiallyum?), pode significar literalmente o orgulho de Phi (> wa > aba), pai ou de Ki, mãe. Sendo assim Dionísio, o filho de Sacar/Osíris, é Hórus criança, o deus Carpocrates (Kar p®o kaurates = o futuro recruta de Kar) facto que encobre mal a sua origem pré-histórica.
DIONÍSIO NA ÍNDIA.
Figura 15: Dioniso na Índia. (Walters Art Museum).
Dionísio é seguramente um diminutivo com o significado de “Deus Menino”, filho de Dione ou Kiki e do deus neolítico do fogo solar que foi Kur / *Kar.
Zeus went to the East toward the dawn, where Dionysos was reborn on Mt. Nysa, which is why He is called Dio-Nysos. His Nurses were called the Nysai.
Figura 16: Paposilenos, o pai dos Sátiros, acompanha Dionísio a cavalo dum Tigre sagrado, numa procissão de comediantes carnavalescos, as bacantes! Esta moda de fazer Dionísio andar em cima de um tigre deve ser invenção do helenismo alexandrino e seguramente uma leitura apressada do mito hindu de Crisna.
Por isso, é que Karistos podia ser confundido com o filho de Deus, o que permitiu a mais ou menos oportuna confusão com a tradução grega do menino Jesus, o Messias.
Jesus < Zezus < Jacus + Zeus
<= Iacchos + Zagreu < Sacar-eu <= Zeus + *Kar
Karistos < Caresto < Cresto < Karish > Cristo.
O mito de Dionísio faz parte de um círculo de romances mitológicos em torno do tema da morte e ressurreição. Então existiram
versões em que praticamente todos os elementos da trindade divina que
foram chamados a desafiar a morte e a renascerem como os astros, desde a
lenda de Osíris a Dionísio!
E
digo lenda porque não será possível demonstrar que não se tratou da
história dum arcaico rei Egípcio, de fundo tão verosímil como o de Jesus
Cristo. Por alguma razão Cristo fugiu com seus pais para o Egipto e
Dionísio andou perdido pelas Índias orientais como S. Tomé.
No vertente caso Dionísio seria uma espécie de continuação da saga familiar em que agora não seria Set a perseguir o irmão mas a esposa deste, Hera na versão helénica, a perseguir o sobrinho Dionísio, Horus se filho de Isis e que, na Suméria, foi Xara, filho de Inana. Assim, Dionísio seria neto de Hermes na medida em que este foi filho de seu filho Damuz.
Finalmente, Zeus iludiu Hera transformando Dionísio num cabrito, e Hermes levou-o para ser criado pelas ninfas de Nysa...
Nash: Pronounced form of Nanshe (< Nin Enki). Daughter of Ea, cult center Sirara near Lagash.
Mais tarde Dionísio resgatou Semele dos infernos e levou-a ao Olimpo, onde Zeus a transformou em deusa.
Nysa < sumeria Nash? <= Ninazu < Ninanzu < Nin Anzu.
Ninazu: God of Eshnunna. Temple called E-sikil and E-kurmah. Son of Eresh-kigal, father of Nin-gishzida. Replaced by Tishpak as patron of Eshnunna. Babylonian god of magic incantations.
Cicero, De Natura Deorum 3. 21- 23 (trans. Rackham)
(Roman rhetorician C1st B.C.): "We [the peoples of the Roman Empire]
have a number of Dionysi [gods identified with Dionysos]. The first [the
Orphic god Zagreus] is the son of Jupiter [Zeus] and Proserpine
[Persephone]; the second [the Egyptian god Osiris] of Nile--he is the
fabled slayer of Nysa. The father of the third [Phrygian Sabazios] is
Cabirus; it is stated that he was king over Asia, and the Sabazia were
instituted in his honour. The fourth [the Thraco-Orphic god Sabazios] is
the son of Jupiter [Thrakian sky-god] and Luna [Bendis]; the Orphic
rites are believed to be celebrated in his honour. The fifth [the Theban
Dionysos] is the son of Nisus [Zeus] and Thyone [Semele], and is
believed to have established the Trieterid festival."
Figura 17: Dionísio a cavalo de um burro como Jesus Cristo no domingo de Ramos.
Os cristãos puseram o Cristo dionisíaco
da procissão de domingo de ramos a cavalo dum burro que sabemos ser,
além do tigre hindu, o animal sagrado de transporte de Dionísio.
Ver: CRISNA & CARTIQUEIA (***)
Thus
previous attempts to explain the madness of the Dionysiac orgies in
terms of human needs, whether spiritual or material, have ended in
complete failure. Their conclusions are not only unbelievable in
themselves, but they are intolerably contradictory of the most important
and the most explicit sources.
[1] The Greeks regard Hercules, Bacchus, and Pan as the youngest of the gods. With the Egyptians, contrariwise, Pan is exceedingly ancient, and belongs to those whom they call "the eight gods," who existed before the rest. Hercules is one of the gods of the second order, who are known as "the twelve"; and Bacchus belongs
to the gods of the third order, whom the twelve produced. I have
already mentioned how many years intervened according to the Egyptians
between the birth of Hercules and the reign of Amasis. From Pan to this period they count a still longer time; and even from Bacchus, who is the youngest of the three,
they reckon fifteen thousand years to the reign of that king. In these
matters they say they cannot be mistaken, as they have always kept count
of the years, and noted them in their registers. But from the present
day to the time of Bacchus, the reputed son of Semele, daughter of Cadmus, is a period of not more than sixteen hundred years; to that of Hercules, son of Alcmena, is about nine hundred; while to the time of Pan, son of Penelope (Pan, according to the Greeks, was her child by Mercury),
is a shorter space than to the Trojan war, eight hundred years or
thereabouts. It is open to all to receive whichever he may prefer of
these two traditions; my own opinion about them has been already
declared. If indeed these gods had been publicly known, and had grown
old in Greece, as was the case with Hercules, son of Amphitryon, Bacchus, son of Semele, and Pan, son of Penelope, it might have been said that the last-mentioned personages were men who bore the names of certain previously existing deiteis. But Bacchus, according to the Greek tradition, was no sooner born than he was sewn up in Jupiter's thigh, and carried off to Nysa, above Egypt, in Ethiopia; and as to Pan,
they do not even profess to know what happened to him after his birth.
To me, therefore, it is quite manifest that the names of these gods became known to the Greeks after those of their other deities,
and that they count their birth from the time when they first acquired a
knowledge of them. Thus far my narrative rests on the accounts given by
the Egyptians.
[2] Eoster Mysteries of the Resurrected Child (c) 1996, John Opsopaus.
[3]
Among the things sacred to him, we may notice the vine, ivy, laurel,
and asphodel; the dolphin, serpent, tiger, lynx, panther, and ass; but
he hated the sight of an owl. (Paus. viii. 39. § 4; Theocrit. xxvi. 4;
Plut. Sympos. iii. 5; Eustath. ad Hom. p. 87; Virg. Eclog. v. 30; Hygin.
Poët. Astr. ii. 23; Philostr. Imay. ii. 17; Vit. Apollon. iii. 40.) The
earliest images of the god were mere Hermae with the phallus (Paus. ix.
12. § 3), or his head only was represented. (Eustath. ad Hom. p. 1964.)
In later works of art he appears in four different forms: 1. As an
infant handed over by Hermes to his nurses, or fondled and played with
by satyrs and Bacchae. 2. As a manly god with a beard, commonly called
the Indian Bacchus. He there appears in the character of a wise and
dignified oriental monarch; his features are expressive of sublime
tranquillity and mildness; his beard is long and soft, and his Lydian
robes (bassara) are long and richly folded. His hair sometimes floats
down in locks, and is sometimes neatly wound around the head, and a
diadem often adorns his forehead. 3. The youthful or so-called Theban
Bacchus, was carried to ideal beauty by Praxiteles. The form of his body
is manly and with strong outlines, but still approaches to the female
form by its softness and roundness. The expression of the countenance is
languid, and shews a kind of dreamy longing; the head, with a diadem,
or a wreath of vine or ivy, leans somewhat on one side; his attitude is
never sublime, but easy, like that of a man who is absorbed in sweet
thoughts, or slightly intoxicated. He is often seen leaning on his
companions, or riding on a panther, ass, tiger, or lion. The finest
statue of this kind is in the villa Ludovisi. (Welcker, Zeitschrift, p.
500, &c.; Hirt. Mythol. Bilderb. i. p. 76, &c.).
[4] Rectangulação cibernética do autor.
[5]"warm," Microsoft® Encarta® 99 Encyclopedia. The Concise® Oxford Dictionary, 9th Edition. (c) © Oxford University Press. All rights reserved.