quinta-feira, 19 de setembro de 2013

OS DEUSES DO EGIPTO – HORUS, O HÉRCULES DO EGIPTO, por Artur Felisberto

clip_image001[4]

Refere Hiródoto em EUTERPE, 2º livro da sua História:

“The account which I received of this Hercules makes him one of the twelve gods. Of the other Hercules, with whom the Greeks are familiar, I could hear nothing in any part of Egypt. That the Greeks, however (those I mean who gave the son of Amphitryon that name), took the name from the Egyptians, and not the Egyptians from the Greeks, is I think clearly proved, among other arguments, by the fact that both the parents of Hercules, Amphitryon as well as Alcmena, were of Egyptian origin. Again, the Egyptians disclaim all knowledge of the names of Neptune and the Dioscuri, and do not include them in the number of their gods; but had they adopted the name of any god from the Greeks, these would have been the likeliest to obtain notice, since the Egyptians, as I am well convinced, practised navigation at that time, and the Greeks also were some of them mariners, so that they would have been more likely to know the names of these gods than that of Hercules. But the Egyptian Hercules is one of their ancient gods. Seventeen thousand years before the reign of Amasis, the twelve gods were, they affirm, produced from the eight: and of these twelve, Hercules is one.”

Como Amasias reinou na 26ª dinastia do Egipto, em 500 a. C, se Hércules e os primeiros deuses foram criados 17.000 anos antes significa que esta teogonia aconteceu há cerca de 16 500 anos ou seja em pleno período paleolítico ou, seja ainda, cerca de 10 mil anos antes do período histórico. Acontece que as gravura mais antigas encontradas em Foz-Côa datam precisamente dessa época pelo que nada obsta a que tenha sido criada nessa altura a primeira religião organizada em torno da Deusa mãe da Ki e de Kaur, deus guerreiro que iria ser Hórus no Egipto e Coirão ou Kawran (> «Cabrão & Chibo e Chifrudo»), por todo o lado! Heródoto não nos diz como foi possível a exactidão deste tempo que obteve dos sacerdotes egípcios do seu tempo que por sua vez o tinham obtido por investigação adequada em torno dos seus minuciosos registos escritos a que se tinha tido o cuidado de adaptar a tradição oral. Para o que era possível, com a tecnologia do tempo, os Egípcios tinham um saber muito mais enciclopédico do que o grego. A moderna tendência apriorística de considerar como míticas qualquer medida de tempo dos antigos não pode ser senão criticada, por ser precisamente preconceituosa no seu apriorismo. De resto a história Egípcia ainda hoje é considerada como uma referência cronológica fidedigna única nos tempos antigos. O registo dinástico não era um mero exercício de bajulação faraónica pois tinha a vantagem adicional de constituir o mais fiel método de registo do tempo de longo prazo. A história dinástica Egípcia começou há mais de 5 mil anos o que pressupõe 15 mil anos de registo oral. Supúnhamos que os sacerdotes egípcios eram senhores de métodos empíricos de cálculo do tempo pré-histórico que desconhecemos os quais, se não permitiam cálculos exactos, pelo menos permitiam um visão lata dos factos mais relevantes do passado próximo da humanidade. Como o conseguiam? Possivelmente da maneira mais óbvia e simples possível, ou seja decorando o tempo que mediava desde o presente até ao facto passado. Não tendo uma data de referência cristã o tempo passado era contado em anos a partir do presente na forma: tal facto aconteceu há tantos anos! Ora bem, quem decorava um facto tinha que actualizar automaticamente em cada ano o tempo do facto memorizado.

O uso comum das genealogias, que nos evangelhos cristãos é já meramente formalismo decorativo, seria uma parte deste método em que o sacerdote ou xaman responsável pela memorização do tempo funcionava como um autêntico anuário vivo.[1] Só uma memória elefantina!

No entanto, necessita de pouco esforço intelectual ou seja o algoritmo de cálculo é infantil. Possivelmente o tempo seria actualizado apenas no momento em que era aprendido ou então sempre que o sacerdote responsável pela memorização dos factos morria e passava o seu saber aos seus (os seus) discípulos. Há indícios antropológicos de que seria assim que se registavam os dados doutrinários de toda uma vasta cultura oral antes da descoberta duma escrita fonética de utilização fácil e corrente. Possivelmente alguns dados seriam corrigidos de vez em quando por debates inter pares de acordo com o princípio da redundância e multiplicidade das fontes orais. O método seria altamente falível se não tivera sido altamente formalista e conservador, fanático e castigador. Este princípio de aprendizagem, ainda hoje comum, faz da tradição um saber escravo da memória e da forma como única garantia da certeza.

Hercules < Heracles < Hercales < Her-Ka + lu > Her Kaules > Her Kaures.

At any rate, it is of interest to find in this connection that in Egypt the planet Saturn was Her-Ka, "Horus the Bull". -- -- Donald A. Mackenzie - Myths of Babylonia and Assyria.

No entanto as fontes modernas da mitologia egípcia não revelam nenhum deus com um nome foneticamente idêntico (além de Hórus) ao de Hércules ou seja, nada sabemos de fontes egípcias sobre este Deus. Porém, os eruditos do helenismo identificaram Hércules com Harsaphes.

 

Ver: OS DEUSES «MANDA-CHUVA» / HARSAPHES = O BOM PASTOR (***)

 

HER-WER = HÓRUS, O VELHO

O valor semântico das traduções mitológicas dos antigos é de pouco crédito porque se enganaram muitas vezes. De facto tanto fonética como semanticamente muito mais próximo podem considerar-se as várias formas do nome de Horus.

Na sua de forma deus da fúria de sol do meio-dia Hórus, o Gavião, tomava o leão como símbolo e o nome de Heru-Behudti.

clip_image002[4]

Figura 2: Her-wer (Horus the Elder) From the museum in Cairo, a perfect golden Her-wer head.

Her-wer (Har-wer; G/R Haroeris) - "Great Heru/Heru the Elder" Heru in His most abstract, "original" form is known as a hawk, primarily a divinity of sky, even on Predynastic pottery and other objects. The hawk of Her-wer came to be associated with the kingship and was depicted seated atop the ruler's name in the original "serekh" (palace facade) style of hieroglyphic rendering. Her-wer is viewed as a brother, rather than son, of Wesir; His main opposite being Set, the Lord of the Red Land, and the storms in Her-wer's placid blue sky. Confusion of Her-wer's attributes with Heru-sa-Aset's led in later times to both Netjeru being intertwined;

however, in His earliest depictions, Her-wer is strictly a celestial and sometimes solar divinity; only later is He associated with the kings and with the myth cycle of the Wesirian cult. -- House of Netjer Homepage.

clip_image004[4]

Figura 3: Isis & Hórus, o «Deus Menino», Harpocrates nome que é literalmente uma redundância por significar em grego o «fruto» (= carpo < Karkio, lit filho de *Kar), o sol nascente que viria a ser, Hóreris, Hórus o velho, o sol do meio-dia, o luminoso Apolo! A redundância semântica continua quando o mesmo Hórus solar aparece representado como sol da aurora entre os cornos de «Vaca sagrada» que era Isis, enquanto a Deusa Mãe.

Her-wer < Herphelis < Herkyris > Herkalis.

Este impiedoso deus guerreiro (heru-ur) da clava, do arco e das flechas destruiria o dragão da noite do mesmo modo que tinha destruído o seu pérfido tio, o deus Shet, por este ter morto Osíris, seu pai. Com um perfil como este compreender-se-ia que Heródoto o confundisse com Hércules.

Além do mais, como Hórus dos dois horizontes, tinha ainda o nome grego de Harmachis, a Esfinge e ainda, enquanto Hórus Criança, o nome de Harpocrates ou Carpocratas (Kar p®o kaurates = Kar o futuro recruta)[2]. Assim a suspeita de que a semelhança não seja apenas formal começam a avolumar-se.

Heru-ra-ha - A composite deity in Crowley's quasi-Egyptian mythology; composed of Ra-Hoor-Khuit and Hoor-par-kraat. The name, translated into Egyptian, means something approximating "Horus and Ra be Praised!" Of course, this could simply be another corruption due to the inferior Victorian understanding of the Egyptian language, and it is possible Crowley had something entirely different in mind for the translation of the name. "Horus the Elder". He was the patron deity of Upper (Southern) Egypt from the earliest times; initially, viewed as the twin brother of Set (the patron of Lower Egypt), but he became the conqueror of Set c. 3100 B.C.E. when Upper Egypt conquered Lower Egypt and formed the unified kingdom of Egypt.

Ra-Horakhty (Ra-Hoor-Khuit) - "Ra, who is Horus of the Horizons." An appelation of Ra, identifying him with Horus, showing the two as manifestations of the singular Solar Force. The spelling "Ra-Hoor-Khuit" was popularized by Aleister Crowley, first in the Book of the Law (Liber AL vel Legis).

Heru-Behudti, A form of Horus worshipped in the city of Behdet, shown in the well-known form of a solar disk with a great pair of wings, usually seen hovering above important scenes in Egyptian religious art. Made popular by Aleister Crowley under the poorly transliterated name "Hadit", the god appears to have been a way of depicting the omnipresence of Horus. As Crowley says in Magick in Theory and Practice, "the infinitely small and atomic yet omnipresent point is called HADIT." [3]

HARPOCRATE

HARMAKHIS

HARSOMTOUS

HORNEDJITEF

Horus enfant assis sur les genoux d'Isis

Horus dans l'horizon infini

Horus qui unit les deux terres

Horus qui prend soin de son père

 

Harendotes (< Hor-Ne-Dua-Tesh < Hor Ndye Her Atef)

Horus Vengador de su Padre.

*Harpra (Har Pa Ra)

Horus el sol.

Haroeris (Her-Ur)

Horus el Grande / Horus el Viejo.

Harpócrates (Har Pa Jard)

Horus el Niño.

Harsiase (Har Sa Aset)

Horus Hijo de Isis.

Harsomtus (Hor Semataui)

Horus Unificador de las Dos Tierras.

*Horajti (Hor Ajti)

Horus en el Horizonte.

*Hor Behedeti (Hor Behedeti)

El que es Originario de Behedet.

*Horimyshenut (Hor Imy Shenut)

El que Está en Shenuet.

*Hormerty (Hor Merty)

Horus el de los Dos Ojos.

*Hornejeny (Hor Nejeny)

Horus el que es Originario de Nejen.

*Horpanebtaui (Hor Pa Neb Taui)

Horus Señor de las Dos Tierras.

A noter que le nom Harmakhis désignait également à partir du Nouvel Empire le sphinx gardien des portes de l'autre monde.

Harmakhis

Her < Har

Ka is > khis

ma < me

> Herkaiame > Artemis

Ra-Hoor-Khuit

Her > Hoor

Ka kuit > Khuit

Ra

> Herka(kut)ra > Hercal Kika

Heru-Ra-Ha

Her > Heru

ka < há

Ra

> Herkara > Hercala

Harpocrate

Her < Har

ka > po > ba

Kartes > krates 

> Her(Ka)Kar(t)es > Hercales

Heru-Behudti

Her > Heru

ka > ba > be

kadit > hudti 

> Herka(r) katit > Hercal Kakika

 

Este estudo revela que o étimo *her- da heroicidade guerreira está mais ou menos evidente em todos. O étimo *Ka-, bem conhecido da doutrina Egípcia, também está presente de forma mais ou menos espontânea. A 3ª redundância de Uru nem sempre é explícita e quanto a Harmakis, é obvio que não é um antepassado de Hercules mas de Artemisa, quem sabe, um antigo parédro seu!

 



[1] Para quem já é difícil decorar o próprio número de telefone esta tarefa pode revelar-se elefantina pela memória que parece pressupor!

[2] , de que deriva a seita herética dos carpacracianos.

[3] "F. A. Q. and Information about Egyptian Mythology", 8 May 1994 revision, by Shawn C. Knight."

BÊS, O DEUS BOBO DOS BEBÉS, por arturjotaef.

Bês era uma antiga divindade egípcia representada por um anão robusto e monstruoso. Era o bobo dos deuses, senhor do prazer e da alegria.

clip_image001

Figura 1: Gorgonião, representação esquemática da cabeça leonina duma gorgonia, seguramente a Medusa / Artemisa, ou dum filhote da arcaica deusa mãe das cobras cretenses, antepassada da deusa Coatlicoa azeteca e de Kali hindu. Seria seguramente a mãe de Bês.

Um anão gordo e barbudo, feio ao ponto de se tornar cómico. Ele é muitas vezes representado com a língua de fora e segurando um chocalho. Quando esculpido ou pintado na parede, ele nunca aparece de perfil, mas sempre de frente, o que é único na arte egípcia.

Também existem representações de Bês com características felinas ou leoninas. Bes é um deus pouco vulgar. Ele não parece ser egípcio, mas de onde ele vem é desconhecido. Ele parece-se com deuses encontrados na África central e do sul. Bes era inicialmente o protector do parto. Durante o nascimento, Bés dançava à volta do quarto, abanando o seu chocalho e gritando para assustar demónios que de outro modo poderiam amaldiçoar a criança.

Nesta perspectiva Bês seria o deus do ba dos nascituros, representado no vagido das crias humanas e dos “bichos” domésticas e no som do guiso e do chocalho com que se sossegavam as criancinhas recém-nascidas.

Morfologicamente Bês era a representação dum deus arcaico cretense, com turbante de penas filistino e aspecto de gárgula de Medusa! A sua forma de criança barbuda faz apelo a uma representação num espelho etrusco de um Hércules barbudo mamando nas tetas de Hera. Seria assim uma variante perdida pelos gregos do filho da Medusa, de falo gigante como viria a ser Príapo, outra variante estranha e cómica do deus menino apenas conservada entre os romanos.

En ocasiones se le puede identificar con el amor sexual y los placeres libertinos. (…) Los fenicios de Gadir fundaron un asentamiento en la isla de Bes (<איבשם> ʔybšm *ʔibošim), en 654 a. C., a la que los romanos llamaron Ebusus, y que hoy conocemos con el nombre de Ibiza.

O seu aspecto leonino, possível responsável pelo seu posterior aspecto de criança barbuda e velha, faz dele uma cria felina da Deusa Mãe, antepassado da pele de leão sacerdotal de Hércules e da relação de Dionísio com os felinos.

 

Ver: PRIAPO (***)

clip_image002

clip_image003

Figura 2 & Figura 3: figuras de Bês com aspecto de filho da Medusa, seguramente o deus menino Monotauro e de origem filistina.

Bes (also spelled as Bisu), his name appears to be connected to a Nubian word for "cat" (besa) which literally means "cat", and indeed, his first appearances have the suggestion of a cat god.

Beset by Paul Zimmerman, Clarksville Middle School

Beset was a goddess of ancient Egyptian mythology. She was the female version of the dwarf-god Bes. Beset was an Egyptian guard. She protected people from evil spirits, snakes, and misfortune. Beset was also a goddess of human pleasures. Some of these pleasures were music, dance, and jollity. Beset had a protruding tongue, bow legs, and the ears, mane, and tail of a lion.

Na mitologia egípcia, Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ail-uros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protectora das mulheres grávidas. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. (…) Podia também ser representada como um simples gato. Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. O que acabou originando a deusa Bastet.

Tendo o cuidado de pesquisar todas as possibilidades acabamos por encontrar os elos de ligação entre deidades que parecem distintas mas que afinal seriam meras variantes alteradas pela oralidade e pela má tradução de crenças estrangeiras. A terrível Sekhmet estava para a Medusa como Bastet estava para Artemisa. Entre estas perder-se-ia Beset se não nos fosse agora necessários estabelecer o elo de ligação deste deus arcaico, com todos os aspectos de ter sido o “deus menino”, filho da terrível deusa mãe da cobras cretenses e dos leões de Cibele.

Bes < Bast > Bisu > Ba-Su < Wa-Zu < *Wiashu > Baco ó Caco.

Ba-Su era um deus “manda-chuva” que na suméria foi Zu / Su, deus do sémen fertilizante que era a chuva, e seria perifrasticamente *Ba-Su-Na.

«Básico» < Lat. base < Gr. Bás-is = planta do pé.

No Egipto poderia ser literalmente *Ba-Xu, a alma de Xu, o deus egípcio da guerra e das plumas que deu origem a Jú-piter e a Te-Xu-p e pode ser uma variante fonética de Zeus e Te-Ush.

Formalmente era representado como um deus «básico», “su-per terra et su-b cellu” e que cosmologicamente era o axis mundi pois os seus braços eram as colunas de Hércules que su-stentavam o céu de Zeus. De facto, existem indícios de que o Ba-Su sumério ou Bês egípcio seria o “deus menino” da pedra de toque”, basanos, que veio a ser Dionísio Bassareu, o deus alegre do vinho, da cerveja e de todas as bebidas fermentadas e espirituosas, o Sumo do ser, o Soma védico, o corpo e o sangue do deus menino que os bêbados alegres, filósofos e profetas adoram comer e beber para consolo do coração inebriamento da alma!

Ba-Su + ur > Wa-Shur > Basyleus ó Bas-sar-(eus) < Waxar-eus < Kakar(ush) > Sakar(ios) > Zagreus > Busiris ó Uashar > Ausar > Osíris.

Por último, é quase seguro que tenha sido a partir desta identificação fonética que Dionísio chegou à Índia, na forma leonina de Visnú.

Narasinha < An-urash-et, lit. “filho da deusa mãe Urash”.

A narrativa purânica diz que um demónio muito poderoso quis solicitar ao criador a bênção da imortalidade. Seguramente que estamos perante uma diversão relutante do uso e abuso da oralidade relativa ao mito de Enki / Adapa completamente desfigurado e modernizado e reduzido a uma história anedótica paradoxal.

Brahma disse que a imortalidade era algo impossível de ser obtida já que ela não faz parte da criação (todo ser criado deve ser mortal). Por esperteza esse demónio (Hyran-yakshipu) pediu a Brahma que não fosse morto por qualquer criatura jamais criada, ou por qualquer criatura nascida de uma mãe, de um pai, de um ventre, de um ovo ou gerada por qualquer outra entidade viva criada, nem de dia nem de noite, que não morresse em um canto de lugar algum, nem na terra, nem na água e nem no ar, que não fosse morto por qualquer tipo e arma, que o metal jamais perfurasse sua carne, que sempre estivesse livre de doenças provocadas por microrganismos, que sempre fosse protegido de catástrofes naturais e que o seu próprio corpo e mente não fossem jamais causa da sua morte. Vixnu se encarnou como Narasinha (entidade viva sem forma definida, mais parecida como um leão) e jocosamente cumpriu as bênçãos proferidas por Brahma: a sua forma era inusitada e jamais havia sido criada por Brahma, ele surgiu do meio de um pilar de pedra e não foi gerado por uma mãe, pai, ventre, ovo, etc., sua morte ocorreu no crepúsculo, nem de dia e nem de noite, Vixnu o matou sobre o seu joelho usando a unha para estripá-lo (sobre o joelho é o tipo de “lugar nenhum,” nem na terra, nem na água e nem no ar, e a unha não é um arma de metal) e foi assim que o demónio morreu gozando de excelente saúde!

clip_image004

Figura 4: Vixnu encarnou como Narasinha, entidade viva sem forma definida, mais parecida como um leão.

De resto, Narasinha parece Ninazu, filho de Ner-gal e de Ereshkigal, pai de Damuz, ou seja, uma mistura do nome de Ner-(gal) com (Nin)-Azu.

Para finalizar, o conceito de vida prazenteira e feliz da eterna juventude e da infantilidade de Bês e de Baco acabou por se fixar quer nas formas rechonchudas dos anjinhos católicos, que mais não são do que antigos eros clássicos, assim como a oriente na forma de Buda, o deus do nirvana e da paciente e pacata felicidade.

clip_image006

Figura 5: Buda sentado, ou buda feliz, variante oriental sublimada de Bês.

MISTÉRIOS DA GRANDE ESFINGE DE GUIZÉ, por Artur Felisberto.

The Great Sphinx at Giza, near Cairo, is probably the most famous sculpture in the world. With a lion’s body and a human head, it represents Ra-Horakhty, a form of the powerful sun god, and is the incarnation of royal power and the protector of the temple doors. During the eighteenth dynasty, the Sphinx was called Harmachis "Horus of the Horizon" and "Horus of the Necroplis." . [1]

clip_image001

Figura 1: Estado actual da Grande Esfinge de Gizé tal como Harmachis o solicitou a Tutmés.

The name was subsequently applied to the Egyptian and other arabic sphinxes because of their physical similarity to descriptions of the mythical Greek Sphinx, although the construction of the Great Sphinx certainly predates the Greek story. Although it is unknown what the Great Sphinx was originally called by the Egyptians, it is referred to circa 1500 B.C.E. as Hor-em-akht (Horus in the Horizon), Bw-How (Place of Horus) and also as Ra-horakhty (Ra of Two Horizons).[2]

clip_image002

Figura 2: Desenho da estela de Tutmés fotografada na figura seguinte e encontrada ao pés da esfinge de Gize depois das escavações a que foi novamente sujeita na actualidade.

clip_image003 Figura 3: Grande Esfinge de Gizé

Ver: ESFINGE (***)

 

Schwaller observed a curious physical anomaly in the pyramid complex at Giza. The erosion on the Sphinx, he noted, was quite different from the erosion observable on other structures. Schwaller suggested that the cause of erosion on the Sphinx was water rather than wind-borne sand. At the time, nobody understood the implications of this observation and it went largely unnoticed until the 1970s, when the independent Egyptologist John Anthony West took up the question.[…]

Ora bem, logo de início se poderia ter posto a hipótese de se estar perante uma consequência de outro facto bem conhecido, de a esfinge ter estado grande parte da sua existência submersa em areias! Uma delas deu origem à lenda seguinte:

Tutmés IV, cansado da caça deitou-se à sombra da grande pirâmide e adormeceu. Durante o sono teve um sonho em que a Grande Esfinge já não era uma pedra de rocha inerte mas sim o próprio deus, o grande Harmachis, Horus, o senhor da “dupla terra do Egipto” facto que devido à ortografia ideográfica dos antigos egípcios vira a ser descrito metaforicamente como deus das duas “linhas de terra”, os horizontes solares a este e a oeste!

Abriu os lábios e o deus falou assim ao rei que sonhava:

"Contempla-me, ó Tutmés, porque eu sou o deus-sol, o senhor de todos os povos. Harmachis é o meu nome, e Ré, e Khepri, e Atum. Eu sou teu pai e tu és meu filho e por mim todo o bem cairá sobre ti se escutares as minhas palavras. A terra do Egipto será tua: a Terra do Norte e a Terra do Sul. Em prosperidade e felicidade reinará durante muitos anos." Fez uma pausa e Tutmés teve a impressão de que o deus procurava libertar-se das areias que o sufocavam, pois a sua cabeça se via. "É como viste – concluiu Harmachis –, as areias do deserto estão a cobrir-me. Faz depressa o que te ordenei, ó meu filho Tutmés".

clip_image004

Figura 4: Fotografia antiga que mistura o fascínio da nostalgia dos anos loucos com o glamour misterioso da Grande Esfinge, a guardião das pirâmides de Gizé, parcialmente subterrada nas areias do deserto, nos aparece como teria estado no tempo de Tutmés.

A esta estela se refere a passagem seguinte:

The Great Sphinx was a carving with, as far as is known, no precedent. Later sphinxes tended to come in pairs, and were usually guardians of ways to significant places. Surely the first sphinx had this role: what could be more important than guarding the way to the three pyramids? On a stele between the paws (1000 years later than the sphinx itself) is an inscription which names him as "Kheperi Re Atum". These are the three names given by the Egyptians to the sun: in the morning, at noon, and in the evening. (It's not surprising that a country so exposed to the sun should have three gods for his three very different aspects.)[3]

Pois bem, estes dois factos terão que ser retidos para entender os mistérios da grande esfinge de Gize. A sua relação com o sol, particularmente na sua forma de Kheperi, “o escaravelho de transporte solar”, e a sua prolongada submersão nas areias do deserto. Em teoria pelo menos desde cerca de –2550 (data aproximada da morte de Kefren) a -1400 (data aproximada da morte de Tutmés IV), ou seja cerca de 850 anos!

West compared the erosion on the Sphinx, on its temples, and on the enclosure walls to the erosion of other structures on the Giza plateau. On the Sphinx and its nearby walls, the rock was worn badly, giving It a sagging appearance. Edges were rounded and deep fissures were prominent. On structures elsewhere on the plateau, the surfaces showed only the sharper abrasion of wind and sand. Egypt experienced torrential rainfall in the millennia that marked the post-glacial northward shift of the temperate zone rain belt. With some interruptions this period lasted from about 10,000 to 5000 BCE, turning the Sahara from green savanna into a desert. A shorter period of rainfall lasted from about 4000 to 3000 BCE, tapering off by the middle of the third millennium. West thought that flooding from the post-glacial transition caused the distinctive weathering on the Sphinx complex, which meant that the Sphinx must have been carved during or before the transition. […]

Então, pode extrair-se a hipótese, a estudar pelos geólogos, de que as águas das inundações do Nilo, ou das escassas chuvas da região, se terem infiltrado nas mesmas areias e determinados os aspectos erosivos que fizeram com que Schwaller suggested that the cause of erosion on the Sphinx was water rather than wind-borne sand.

É verdade que de seguida se presumem aspectos apenas compatíveis com erosão pelas chuvas mas é precisamente a partir daqui que se começa a notar a parte menos pericial e mais opinativa dos estudos dos geológicos de Schoch cujas conclusões começam a revelar-se de fundamentação menos clara, mais rebuscada e quase que programada para chegar às conclusões predefinidas pelas hipóteses de West! Disto de outro modo este tipo de estudos em parceria tendem a confirmar as teses de quem os encomenda!

Orthodox archaeologists refused even to consider West's hypothesis. But in 1990 West persuaded Robert M. Schoch, a geologist at Boston University, to examine the question. Curious, Schoch agreed and the two visited Giza in June 1990.

Archaeologists agreed that the Sphinx complex stood close to earlier flood levels and that flooding probably reached the base of the Sphinx on occasion. However, flood levels have declined since Old Kingdom times. Schoch observed that erosion was heaviest on the upper parts of the Sphinx and enclosure walls, not around the base, where flooding should have undercut the monument. This upper surface weathering was typical of damage by rainfall, as were the undulating impacting pattern and fissures on the Sphinx and nearby walls.

Pois bem, não tendo descartado a eventualidade de a prolongada submersão da Esfinge nas areias do deserto ter contribuído para este efeito erosivo tipicamente pluvial não me parece que se possa concluir grande coisa sobre esta questão no que respeita especificamente às condições de erosão da esfinge. De resto, duvido que em ciências exactas se aceite que um aspecto do género “typical of damage by rainfall” não possa fazer parte das situações que por via de regra estão sujeitas a várias excepções.

Schoch noticed that the limestone blocks on the Sphinx and Khafra Valley Temples were similarly eroded and that some of the refacing stones appeared to have been form-fitted to the eroded blocks behind them. Inscriptions suggest that the refacing stones dated from the Old Kingdom, which meant that the original walls must have eroded long before. […]

Todos sabemos o quanto os antigos Egípcios se afadigavam a restaurar os monumentos dos seus antepassados quando degradados. A lenda de Tutmés é exemplo disso! No entanto, a tese duma erosão pluvial generalizada na zona da “Sphinx and Khafra Valley Temples” obrigaria a rever toda a egiptologia, o que, quanto a mim, nada tem de espantoso, desde que seja feito sem parti prie nem sem uma prévia revisão exaustiva de todas as interferências causais possíveis!

Schoch and Dobecki discovered that the enclosure floor in front and alongside of the Sphinx had weathered to a depth of six to eight feet. They also discovered that the back of the enclosure had weathered only half as far. Schoch concluded that the floor behind the Sphinx may have been excavated during the Old Kingdom but that the sides and front of the monument were twice as old. Assuming a linear rate of weathering, Schoch estimated the date of the Sphinx and most of the enclosure to between 5000 and 7000 BCE, far earlier than the date of 2500 assumed by archaeology. Schoch noted that weathering could have been non-linear, slowing as it got deeper because of the increasing mass of rock overhead. On this assumption, the Sphinx could have been significantly older than 7000 BCE.

clip_image005

Figura 5: Em 1804 ainda a esfinge estava enterrada na areia até ao pescoço, conforme desenho da época da viagem de Ludwig Mayer ao Egipto!

Evidentemente que, se a Esfinge foi lapidada numa rocha natural pré existente, os fenómenos erosivos poderão ter-se iniciado muito para além desta data!

Ora, a “Grande Esfinge de Gizé” foi desenterrada não apenas por Tutmés IV como, muito mais tarde, também pelos romanos. Como vimos que esta fica subterrada em menos de 800 anos é bem possível que tenha passado longos séculos subterrada durante a história do antigo Egipto já que era assim que ela se encontrava no sec XIV depois de Cristo quando um xeque árabe lhe conseguiu mutilar o nariz! Com não há notícias de que os árabes tenham tido pena da “Grande Esfinge de Gizé” podemos concluir que, pelo depois de Cristo, ficou grande parte do tempo semi-subterrada!

O não ter sido tomado em conta este facto prejudica fatalmente esta hipótese que assim mesma se vê prejudicada com outras ilações paralelas menos fundamentadas, pelo afã de chegar à idade dos Atlantes do mito platónico!

Egyptologists dated the Sphinx to Khafra from several kinds of evidence. A stela from the New Kingdom reign of Thutmose IV (1401-1391 BCE) stands in front of the monument, and an inscription that has since flaked off contained the first syllable of Khafra's name. Statues of Khafra found in his Valley Temple also seemed to associate the complex with Khafra, and the Sphinx head was assumed to be his as well. Finally, the causeway from Khafra's pyramid was built into the Khafra Valley Temple.[..]

Se a estela de Tutmés refere ou sugere que a grande esfinge foi construída pelo faraó Kefren então, quem somos nós para duvidar do testemunho dum antigo muito mais próximo dos factos do que nós e com a infalibilidade papal própria dum deus vivo na terra. Claro que se trata de um testemunho de quase um milénio de antiguidade mas os antigos Egípcios eram reconhecidos por serem cautelosos apontadores dos factos importantes da história! Mesmo assim, o facto de os antigos, apesar da sua conservadora fidelidade à tradição, conterem algumas contradições factuais nesta matéria não deixa de ser estranho!

The Great Sphinx is mentioned in the famous stele attributed to Honitsen, the daughter and lover of Kheops, as existing in the times of her famous father. Moreover this stele also mentions the Great Pyramid as the tomb of Osiris. There are also other instances in ancient Egyptian records of the existence of the Great Pyramid before the times of Khufu (Kheops). Indeed, both this pharaoh and his whorish daughter are purely legendary, semi-divine characters who often figure in Egyptian tales as well as in those of other nations. [4]

Se Keops foi avô de Kefren e este o autor da “Grande Esfinge” dificilmente poderia entender-se que esta já existisse no tempo do avô do seu construtor. É certo que Honitsen não estava sujeita à infalibilidade dos faraós mas a ironia não encobre a estranheza deste facto que passou despercebido aos comentadores que defendem uma origem neolítica e Atlântida deste imponente monumento megalítico!

Já o facto de haver “an inscription that has since flaked off contained the first syllable of Khafra's name” nada prova porque afinal este nome era um dos epítetos do deus sol nascente de que a esfinge era um dos guardiães! Porém, o facto de este monumento estar próximo da mais antiga das grandes maravilhas do mundo antigo permite suspeitar que terá sido, senão construída, pelo menos enquadrada arquitectonicamente com o mesmo pretexto, ou seja na mesma época cultural e com os mesmos meios civilizacionais e tecnológicos!

O facto de estar no caminho de acesso à pirâmide de Kefren confirma a tradição mas, obviamente nada garante quanto à verdade dos factos ainda que, em arqueologia mítica a tradição seja quase tudo! E tanto é assim que, nesta aparente rendição da rebeldia da ciência especulativa à tradição, nada contra indica que o fenómeno da “Grande Esfinge de Gizé” não corresponda a um clímax criativo e a um momento particular de fervor religioso numa linha de continuidade cultural que já viria de tempos arcaicos imemoriais do paleolítico onde cabem datas coincidentes com os dos autores em análise!

After reviewing the standard reasons for dating the Sphinx to Khafra, Lehner asked the basic question raised by his colleagues in archaeology: where was the civilization that had to have existed to carve the Sphinx and build the temples so many millennia before the Old Kingdom? Archaeology had found no evidence of civilization in Egypt that far back. The Egyptians of the post-glacial transition were primitive "hunters and gatherers" who could not have built such a monument. [[5]]

E, até ver, este é, de facto, o grande óbice a todas as tentações atelantómanas! É certo que a estas objecções se podem contrapor os argumentos da cultura neolítica, por sinal tipicamente ciclópica e megalítica!

To the problem of archaeological context for an earlier Sphinx, Schoch replied that urban centers had existed in the eastern Mediterranean at Catal Huyuk from the seventh millennium and at Jericho from the ninth millennium BCE. At Jericho there were large stone walls and a thirty foot tower. No such settlement had been found in Egypt itself but clearly there was civilization in the region. More evidence could be under millennia of Nile river silt. [[6]]

Pois bem, nem sequer que se põe em causa que a “Grande Esfinge de Gizé” tenha sido precedida de um monumento megalítico qualquer, já com a mesma conotação mítica! Pelo contrário, é cada vez maior a convicção de que a idade das construções ciclópicas e titânicas do megalítico corresponderam a uma época de particular progresso geral da humanidade a que os historiadores chamam de “revolução agrícola do neolítico” e que terá correspondido aquilo a que os clássicos chamavam a idade dourada de Saturno! Ora, está provado que essa revolução agrícola do neolítico chegou ao Egipto já no seu auge, ou seja, apenas alguns séculos antes das grandes pirâmides do Egipto. De resto, esta época, que foi um caso único na história do antigo Egipto (aliás circunscrito ao século em que reinou a 4ª dinastia) de esplendorosas, e tão megalómanas quão megalíticas construções, representou na história da humanidade o clímax da revolução neolítica e, na história do Egipto, a referência recorrente do orgulho da sociedade do antigo Egipto, sobretudo em épocas de crise! E de tal modo assim foi que os ecos dos esplendores deste século (27º ª C.) se espalharam por todo o “império antigo” e foram para os Egípcios posteriores uma referência tanto mais real quanto histórica e por isso mesmo motivadora como o foi para os clássicos a mítica “idade de ouro”! De certo modo, para além do isolamento geográfico do vale do Nilo, foi a dinâmica cultural alcançada pela “revolução agrícola do neolítico” na 4ª dinastia que moldou a personalidade conservadora do antigo Egipto do mesmo modo que foi a nostalgia das suas glória visíveis de forma megalítica nas Grandes pirâmides e na Esfinge de Gizé (e, também por isso, vivida como real e histórica pela maioria do seu povo) que determinou a longa sobrevivência da requintada e riquíssima cultura do antigo Egipto que só a Egiptologia moderna permite reavaliar já que a cultura clássica dela teve apenas uma pálida imagem e dela fez uma valoração tão parcial quão superficial e xenófoba (em parte por culpa da próprio Egipto ptolemaico que, mesmo já em decadência, se recusava a admitir a grandeza da civilização helenista triunfante e que afinal iria ajudar a enriquecer com os despojos da sua própria cultura acumulada durante milénios!)

O que se pensa ser discutível é que se suponha que o papel de Kefren seja irrelevante na história da “Grande Esfinge de Gizé”! O que se aceita como pouco provável é que a “Grande Esfinge de Gizé” no seu aspecto fundamental, e sobretudo no seu estilo arquitectónico e escoliótico seja anterior a Kefren! Quanto ao resto só novas descobertas relativas ao neolítico do Egipto poderão deitar luz segura sobre este assunto!

Para que a as técnicas policiais pudessem ser válidas nesta tese seriam precisos alguns pressupostos prévios!

Primeiro que a “polícia científica” fosse, no campo da identificação criminal, uma ciência tão exacta que pudesse ser generalizada à antropológica à arqueologia. Depois que os artistas do antigo Egipto fossem tão exímios que conseguissem fazer cópias perfeitamente iguais do mesmo modelo. Ora, mesmo sabendo-se que as técnicas de escultura dos antigos Egípcios ainda não conseguiriam tais prodígios, pelo menos com a mestria dos gregos clássicos, nem sequer é seguro que o desejassem já que a regra estética dominante na época para a escultura dos retratos dos faraós não era a «da arte pela arte» enquanto mestria na perfeição da fidelidade ao modelo retratado mas a ideologia, baseada na divindade do faraó, pela qual se pretendia menos o realismo e mais a idealização!

clip_image006

clip_image007

clip_image008

Figura 6: A Grande Esfinge de Gizé.

Figura 7: retrato de estátua de Kefren

Figura 8: Reconstrução por sobreposição parcial.

West exploded one piece of supposed evidence. With the help of a New York City police artist, Detective Sgt. Frank Domingo, West compared the head of the Sphinx with a known head of Khafra. Sergeant Domingo generated profiles of the two heads by computer and by hand and found a very different facial structure in the profile of the Sphinx compared to the profile of Khafra. The difference is easily seen in photographs of the two heads. [[7]]

clip_image009

clip_image010

Figura 9: A Grande Esfinge de Gizé deve tanto ao mistério da sua origem mítica quanto à ambiguidade da sua pose de «Mona Lisa» da alta antiguidade. Como as Esfinges greco-romanas eram femininas esta teria que passar por sê-lo e tê-lo-á conseguido ser, em parte pela indefinição que as mutilações com que o tempo a maquilharam, e noutra por ter sido o rosto de um jovem faraó idealizado e por isso, efeminado com uma beleza que o senso comum considera como inerente à essência do género feminino!

Figura 10: Esfinge reconstruída pelo autor com pequenas colagens sobre a figura anterior e retiradas da estátua de Kefren!

Mesmo assim, e ainda que desconhecendo o resultado gráfico a que chegou o Detective Sgt. Frank Domingo, a suspeita de que muitas poderiam ser as variantes destas aproximações gráficas, é legítima, a começar pela que se apresenta aqui na figura anterior, e que afinal não contra indica em nada a tese de o modelo da Grande Esfinge poder ter sido Kefren!

Gauri circulated a short paper that attributed the erosion on the Sphinx primarily to geochemical effects associated with either an upward seepage of groundwater or with atmospheric condensation and evaporation, which occurred even in the dry climate of the area.

But in his own paper, Schoch addressed this objection. Until recently, the water table lay too far below the enclosure floor to be a serious factor. There was evidence of condensation damage to the Sphinx and its temples, but such damage was common to all of the structures on the Giza plateau and was the least serious kind of weathering. It could not account for the nature and severity of the impaction patterns on the Sphinx and its temples. [[8]]

No entanto, não nos podemos esquecer que a “Grande Esfinge de Gizé” esteve submersa de areia a maior parte do seu tempo de existência! Quanto ao resto, só a nostalgia do paraíso perdido durante a revolução agrícola de neolítico permite alimentar as «quimeras» dos reinos perdidos da Atlântida! De facto, as tentações para especular de modo platónico sobre a época da Atlântida são muitas!

The Giza monuments have long been a subject of mystery and speculation. Arabs called the Great Sphinx the "Father of Terrors," while many Western writers have seen in the Pyramids everything from tombs to secret wisdom. John Anthony West has suggested that an ice age date for the Sphinx raises anew the question of a lost ice age civilization, possibly the Atlantis of ancient legend.[ [9]]

 

Ver: ATLÂNTIDA (***)

 



[1] Mysteries of Egipte

[2] URL http://www.nmia.com/~sphinx/egyptian_sphinx.html

[3] The Classics Pages are written and designed by Andrew Wilson.

[4]

[5] Redating the Sphinx, The following is a re-edited version of my report to the World History Association on the Sphinx controversy that was published in the World History Bulletin, Vol. 11, No. 1 (Spring-Summer 1994), pp. 1-4.

[6] Redating the Sphinx, The following is a re-edited version of my report to the World History Association on the Sphinx controversy that was published in the World History Bulletin, Vol. 11, No. 1 (Spring-Summer 1994), pp. 1-4.

[7] Redating the Sphinx, The following is a re-edited version of my report to the World History Association on the Sphinx controversy that was published in the World History Bulletin, Vol. 11, No. 1 (Spring-Summer 1994), pp. 1-4.

[8] Redating the Sphinx, The following is a re-edited version of my report to the World History Association on the Sphinx controversy that was published in the World History Bulletin, Vol. 11, No. 1 (Spring-Summer 1994), pp. 1-4.

[9] Redating the Sphinx, The following is a re-edited version of my report to the World History Association on the Sphinx controversy that was published in the World History Bulletin, Vol. 11, No. 1 (Spring-Summer 1994), pp. 1-4.