domingo, 22 de setembro de 2013

DEUSES LATINOS – TUTELA, por Artur Felisberto.

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Figura 1: Tutela.

Tutela was a protective goddess, especially for cities. Representations appear in the imperial period, especially in the western provinces; she had no strong religious or ritual traditions and provides a good example of the way the Romans created allegorical figures (her name is the Latin word for “protector, guardian”). This silver and gilt Roman statuette shows Tutela with many allegorical symbols — an altar at her feet, a libation dish in one hand and two corncopias in the other, a mural crown (representing city walls), and a headdress with tiny busts of gods representing the days of the week.

Aceitando-se que possa não ter havido uma forte tradição ritual no culto desta divindade tal não significa que não possa ter existido, mesmo assim, alguma reminiscência do arcaico papel desta Deusa Mãe dos dias fastos da vida semanal das cidades latinas.

As duas cornucópias fazem dela uma deusa da boa sorte, felicidade e fortuna, como era apanágio das Deusa Mães do parto e da aurora! O facto de ter a «tutela» dos dias da semana aproxima-a do papel de Témis, a mãe das Horas. A verdade é que a postura de Cibel desta deusa, supostamente já quase só alegórica, permite estabelecer uma correlação semântica com esta e todas as restantes arcaicas Deusas Mães!

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Por outro lado Tutela aponta para uma alegoria da totalidade restante, dos deuses não mencionados no calendário, como protecção supersticiosa contra a vingança dos esquecidos como ocorreu no caso da deusa da Eris da Discórdia no casamento de Peleu que apareceu sem ser convidada com o pomo da discórdia do julgamento de Paris, deu origem à guerra de Tróia e ocorria em todos os tratados hititas que começavam por pedir a protecção de vários deuses relacionados com as cidades que se inter protegiam e que finalizavam com um apelo a todos os deuses não referidos nos tratados.

Cibel < Ki-wer < Ki kur / Ku kir > Thu-thyr > Tutela.

Tutela is a Romanized version of the deity Tyche (Fortune), who originated in the early Hellenistic period (fourth to third centuries BC) as the patron of the many new urban foundations which lacked mythological patrons or founders. The gods of the week were another Hellenistic innovation, brought to the west from Babylon, via Alexandria and other centres in the eastern Mediterranean.

Assim, Tutela só era alegórica na medida em que o panteão oficial dos antigos latinos a haviam esquecido, quiçá há muito, de tal modo que os romanos do classicismo já só dela reconheciam o conceito mítico genérico mas, ainda assim, ao ponto de lhes ter sido possível refazer, por «via erudita», o culto de uma antiga Deusa Mãe que tinha sobrevivido, seguramente, por «via popular», como variante próxima de Telus.

This ornate statuette shows Tutela, a popular deity in southern Gaul.

Como sabemos tu é um genitivo sumério presente no nome de Antu, de que deriva o sufixo do particípio passado latino, como em natu. Quer então dizer que Tutela poderia ter tido a forma:

Tutela < Ash-*Tela, «filha de Talo, ou seja, Tália» > «Estela»

                               ó Ish-Ter, «filha de Tara» ó Istar!

 

Ver: TALOS (***)

 

Esta deusa seria assim a mesma que Tela, ou seja, Tutela não significava outra coisa que não fosse tão-somente «Tu, (a que és) Tela»!

Titlos, Lat. titulus, title, inscription; also the stone bearing the inscription.

Titulus < titlos < *Tu-Tellus > Tutela.

Ou seja o título era inicialmente uma invocação mágica com o sentido de «Tu, O terra!» inscrita na pedra em honra da deusa mãe de todas as pedras, a Terra!

Claro que estar a supor que o nome desta deusa possa ter sido composto em português parece um anacronismo disparatado. A verdade é que, existem cada vez mais indícios de que a rica e diversificada língua portuguesa não surgiu por geração espontânea com a portugalidade porque lhe preexistia na arcaica lusitaniedade que tinha tanto ou mais direito do que o latim de partilhar com os restantes falares ibéricos a unidade linguística da bacia mediterrânica que teria sido bastante homogénea até à queda da talassocracia cretense e justificado o mito bíblico da unidade linguística perdido com a confusão das línguas acádicas durante a construção das torres babilónica pelo império Elamita. De facto, Tela era um nome mais próximo da fonética dos nomes femininos da latinidade ocidental o que permite a suspeita de Tutela era o nome que certos povos italianos, e quem sabe, ibéricos, dava a Telus. Na verdade, esta deusa seria assim chamada na Lusitânia antiga tendo dado nome a cidades famosas como Talabriga, a cidade tutelada por Tala. Outras variantes deste nome terão sido Tu(t)ela & Tuera, a Toira.

Tuela < Tuera > Tewra > Trew- + Arina   => Trebaruna.

              Tuera (eo) Deo.              + (A)Pola => Trebapola.

 

Ver: MACARENA / TREBARUNA (***)

 

Esteve ainda presente no nome de Tulhónio, equivalente do latino Telumno. Semanticamente falando ele seria um protector das tulhas e do seu precioso conteúdo alimentar. De qualquer modo, a herança semântica da deusa Tutela é de notável importância, nas doutrinas jurídicas derivadas do direito romano, pelo menos.

Tullonio: Génio ibérico protector do lugar e da família.

Tullonio < Tellau(mi)nu > Telumno, «filho e esposo de Tella».

    Thule < Tu(te)llaunio < Tutella-Anu.

 

Ver: TAL ABRIGA (***) & AZTLAN (***) & TETITLA (***)

DEUSES LATINOS - DAS VIRTUDES VIRIS / VIRTUS & HONOS, por Artur Felisberto

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Figura 1: Andrea Mantegna, Trionfo della Virtù
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Figura 2: Virtus & Honor.
The Roman god of courage and military prowess. Virtus (la Virilité) casquée et drapée debout à droite, tenant de la main gauche le parazonium (adaga ou punhal) et de la main droite, une haste renversée, le pied posé sur une tête ou un casque.
Honos. Deus romano da ética e da hora militar. Havia vários templos dedicados a este deus em Roma. Honos era representado como um jovem guerreiro usando uma lança e uma Cornucopia ("corno da fortuna")
Este deus Virtus não era senão o deus da virilidade e por isso tem na mão esquerda o parazónio, o punhal da oficialidade (símbolo fálico da virilidade que corta e penetra a ferida vaginal ou o arcaico varapau da verticalidade eréctil) e pisa com o pé esquerdo o crânio ou o casco dum vencido.
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Virtus standing left, holding shield and spear in left hand, in right holding up a statuette of Victory who crowns her with a wreath. - Billon antoninianus of Probus, 276-282 CE
Virtus standing right, spear held behind in right hand, parazonium in left hand, left foot on helmet. -- Coin Type: Silver denarius of Caracalla, Caesar Dec 195 - 28 Jan 198 CE, Augustus 28 Jan 198 - 8 Apr 217 CE.
VIRTVTI E-XERCITVS [Valor of the Army] Virtus advancing r. in military dress, r. holding transverse spear, l. shield and trophy over shoulder. -- Circa 312 A.D.  IMP C FL VAL CONSTANTINVS P F AVG laureate head.
Le Parazonium (parazônion) est un Glaive court attaché à un ceinturon (cinctorium), que portaient du côté gauche les tribuns et les officiers supérieurs des armées romaines, plus comme marque de distinction que pour l'usage réel tandis que le gladius, l'épée du simple soldat était suspendue, du côté droit, à un baudrier (balteus).
Virtude romana aparece sempre ataviada no pleno esplendor do virtuosismo militar. Literalmente a moeda romana de Constantino refere esta alegoria como exército da virtude enquanto coragem, valentia e virtuosismo estratégico capaz de garantir a vitória militar. Verdadeiramente o império romano nasceu numa cidade de caserna que teve patrona a deusa das prostitutas que costumam seguir os exércitos e que quanto se decidiu crescer pela via reprodutiva teve de raptar mulheres aos vizinhos e pacíficos serranos e agressivos agricultores sabinos que não se sabe se seriam aborígenes plágios ou colonos gregos da Magna Grécia.
Virtus teria que ser um deus da virilidade na medida em que vir significava varonia. Na suméria o termo birku significava virilidade e por uso metafórico era usado também para significar o pénis e os joelhos na medida em que o reconhecimento ritual da virilidade só acontecia quando o pai sentava o filho nos seus joelhos.
Virtus < Wir-tu-(ish) < Wer-tu, lit. o filho do deus guerreiro Wer > birtu > Ger. berto.                                               < *Kertu, ou seja o equivalente minóico de Horus > (Mel)Kart.
A estranheza que pode causar esta semântica reside apenas na ironia de o nome das virtudes cristãs derivar do nome do deus Wer e ter mais a ver com o poder fecundante da virilidade sexual do que com a castidade pacífica indispensável a uma adequada vida cristã. Do mesmo modo, a desonra só aparece hoje essencialmente conotada com a falta de virgindade feminina na medida em que, nos alvores do patriarcado heróico, esta era um corolário do que restava das leis do «macho dominante» do período matriarcal. A verdade é que a tradição clássica grega nos apresenta a virtude e o vício como elementos da formação militar de Hércules. Não é que não seja evidente que o culto da moralidade adequada não seja útil em qualquer actividade honrosa mas a verdade é que historicamente as rudes e difíceis civilizações heróicas, como foram quase todas as que precederam as épocas de estabilidade e prosperidade, privilegiaram os cultos das virtudes guerreiras em detrimento das religiosas e levíticas. Assim, podemos suspeitar que o nome dos mosaicos levitas da tribo de Levi herdaram o nome duma antiga casta guerreira, por sinal, formada em torno de *Urki uma deusa lunar e, por isso mesmo, possivelmente patrona duma classe de amazonas guerreiras que progressivamente se tornaram em sacerdotisas guerreiras que, com o patriarcado e a com concorrência funcional dele decorrente, vieram a ser substituídas por sacerdotes.
Levi(t) < Rewi(tu) < *Urki-at ó *Kertu > Wertu > Virtus.
                                                                    < Kaur-et > Hauret > Grec. Arete, lit. esposa de Ares.
Prodikos the wise expresses himself to the like effect concerning Arete (Virtue) in the essay 'On Herakles' that he recites to throngs of listeners. This, so far as I remember, is how he puts it: 'When Herakles was passing from boyhood to youth's estate, wherein the young, now becoming their own masters, show whether they will approach life by the path of virtue (arete) or the path of vice (kakia), he went out into a quiet place, and sat pondering which road to take. And there appeared two women of great stature making towards him. The one [Arete] was fair to see and of high bearing; and her limbs were adorned with purity, her eyes with modesty; sober was her figure, and her robe was white. -- Xenophon, Memorabilia
Se a virtude Arete era feminina na Grécia por ser a esposa de Ares a Virtus latina era masculina entre os romanos porque derivava do deus mesopotâmicos Wer, equivalente de Marte.
Notar que Virtus teria tido o nome minóico de *Vertumino (literalmente o redundante deus viril que foi Min) deus de que iria derivar o primaveril deus latino Vertumno.
Em contrapartida o deus da Honra era o deus do cavalheirismo, da dignidade e da justiça militar que garantia o sucesso na partilha dos troféus e dos despojos da vitória e o acesso às horárias dos triunfos na carreira militar.
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Figura 3: O prémio da Virtude era a Honra do triunfo que dava acesso às honrarias militares e a fortuna dos despojos de guerra. O culto da hora cívica decorre assim duma apropriação burguesa de valores que foram inicialmente abstracções psicológicas do chicote e a cenoura que determinavam a lógica da vida militar. A Virtude & Honra são inicialmente valores estruturantes da nobreza que acabam, com as necessárias adaptações de ética evolutiva, em valores cívicos pela relação mútua entre a ética de coesão do grupo e sucesso na vida! As virtudes cristãs aparecem assim como contraponto desta ética de sucesso social pela via da negação do valor do mérito e da riqueza que, os judeus nunca deixaram de cultivar com sucesso e esmero, mas que os católicos só toleraram pela separação do reino dos céus em relação ao poder temporal.
O acesso a bens de fortuna pela via do troféu de guerra e das honrarias militares fés do corno da cornucópia, passe o pleonasmo, um símbolo fálico permitindo que na origem a honra fosse uma questão de bravura bélica de que o machismo, masculinidade e virilidade por exibição da potência sexual explícita seria componente indispensável. Como Pan é próximo de Phanes, o deus protágono *Dionisho filho de Diana Lúcia, deus da luz e do amor solar primordiais, Fauno era um dos nomes do deus masculino primordial, natural seria que tivesse uma evolução semântica ligada à Deusa Mãe da «cornucópia».
Pan < Phanes > Fauno < Kau®anus > *Konus > Honos.
                              «Génio» < Ki-anius < Konius
Ou seja, é impossível saber se foi o «erre» da corno-copia que emudeceu ou se sempre houve nos primórdios da linguagem permutabilidade do nome do “deus menino” entre Cono / Corno, entre o filho de Ki-Ana / Diana e o Sr. do Kur (Kaurano). A verdade é que tem a forma, muitas vezes alada, dos latinos «génios», (lit. “os espíritos alados da sabedoria de Enki”, o deus que ensinou os mês das tácticas e estratégias militares a Atena, mãe de Eritónio, ou Honos (…ou seria Kornos ou Cronos?), «deus menino» das honras militares, que sempre fez a fortuna de muita gente de virtude e esperteza saloia para o saque e a rapina.

Ver: JUNO / GENIUS (***)

Na verdade, sendo o aparecimento das castas guerreiras uma exigência da defesa dos cultos religiosos emergentes o primordial mandamento dum guerreiro deveria ter sido desde sempre o de estar pronto e sempre ao dispor da defesa das necessidades da “Deusa Mãe”, incluindo a suas emergências de fertilidade e fecundidade, razão pela qual os deuses marciais começaram sempre por ser deuses de fertilidade agrícola. Notar ainda que a guerra psicológica teria começado muito cedo desde logo pelo recurso a maquilhagem de guerra e por praticas de exibicionismo teatral com postiços que exageravam o tamanho dos genitais masculinos com cornos, presas de animais ou caniços (etc), estratagema usado ainda por muitos homens de tribos primitivas actuais ou de épocas recentes.

Ver: ATENA OBTIMOPATER (***) & VERTUMNO (***)


DEUSES LATINOS – OPS e as antigas deusas mães italianas, por Artur Felisberto.

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A serpente aparece sempre ligada à grande Deusa Terra Mãe.

Para entender os temores ancestrais que a cobra inspira pelos fantasmas sexuais a que anda ligada não será sequer necessário recorrer à psicanálise pois basta reparar na forma fálica do corpo deste animal. Seja porque a cobra rasteja por não ter membros para se elevar, seja porque escava a terra, a que está mítica e simbolicamente ligada, para nela se esconder, entre a areia e o cascalho. Assim, a cobra sugere e simboliza a penetração agrária da terra e aparenta a forma do sexo masculino que é o brinquedo preferido da deusa mãe já que sem ele nenhuma deusa é mãe e, então, nenhuma terra seria fértil. Sendo sugestiva da penetração sexual (lat. fodeo = «lavrar» => «foder») a serpente é um símbolo universal de sexualidade a que os movimentos reptilíneos e sinuosos deste animal emprestam a sugestão de volúpia e sensualidade.

Na verdade, houve sempre conotações sexuais relacionados com a fertilidade nos termos agrícolas sobretudo nos que se relacionam com a actividade de lavra, sementeira e plantio. O verbo Lat. fodeo parece que significava «cavar» em latim, como se confirmava pelo gerundivo fossum, de que derivava os «fossos & fossas» enquanto resultado de duma acção de escavação! E disse parece, porque sempre acreditei nisso desde os tempos de iniciação à língua latina, apesar das evidências em contrário resultantes da similitude desse termo latino com o calão português «foder», porque hoje, tendo conhecimento do étimo dos ofídios, tenho algumas dúvidas! De facto:

«Foder» < Lat. fodeo (= lavrar) < *Pho-Deo, lit. «o deus da luz, Fanes ou *Phoeno, filho de Pena» < Phau-Te(o) < *Phot- < Phi-at < *Ki-at ó *Kaki-at >Hauphi Ophi(deo), deus *O-phi = «a grande «Serpente» primordial.

O deus Serpente primordial foi Enki, seguramente o mesmo que foi conhecido em Atenas como o seu deus e rei fundador, Cercops.

Cercops = Cerc-Ops, lit. «o afídeo que cerca o mundo?» < Kurki-Ophis.

Ops deve ter sido a forma latina de o étimo dos ofídios, significando este facto que os latinos da época clássica já se tinham esquecido da antiga ligação da cobra com a deusa da terra mãe!

*Ophi- < Auphi < Hauki < Kaku ó Caco,.

Este era o deus do fogo latino, seguramente uma variante de Vulcano e de Iscur, portanto um filho de Enki.

Taweret (Toeris, Taueret, Taurt, Apet) = “The Great One". A very popular Egyptian hippopotamus goddess of childbirth. She is a domestic deity who is portrayed on beds and on pillows. She was often found in the company of the dwarf god Bes, who had a similar function. She was depicted as part woman part hippopotamus, with sagging breasts, a swollen belly, and the head of a hippopotamus. Sometimes she also had the legs and arms of a lion, and the tail of a crocodile. She was often depicted holding the Sa amulet symbolizing protection. Also called Opet.

                                 Opet < Ophet < Auphet > Apet

Ops < Opis <  Ophis < *Ophi-ish < Hauphiat < *Kaphiat < Hekat < Kaki-at.

Um dos nomes da Grande Mãe era Ops que é, de todos os nomes da deusa mãe, o nome latino que prece fazer menos sentido etimológico dentro da terminologia latina habitual! A variante Opis já parece estar mais de acordo com a tradição linguística latina de que deve ter derivado o termo opus por consonância com opera.

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Figura 2: Juno Sospita.

O tesouro romano estava também no templo de Juno Moneta, pelo que se pode supor que estas divindades eram ambas a mesma Deusa Mãe da opulência!

Por alguma razão Juno teve também o nome de Sospita, por sinal uma deusa leonina guerreira como a hitita Shaush(i)ka, e sempre seguida por uma cobra.

 

Ver : PERSEFONE (***)

 

«Opa»• (Gr. opé, buraco?), s. f. espécie de capa sem mangas, que tem, no lugar destas, buracos por onde se enfiam os braços, e é usada em actos solenes pelos membros de irmandades e confrarias religiosas.

A «opa» < Gr. opé < *opheu, deriva quase que seguramente de ophis, ou seja da pele que as cobras expelem regularmente para crescerem.

Ops (Opis) The Roman goddess of the earth as a source of fertility, and a goddess of abundance and wealth in general (her name means "plenty").

«Opulência» < Lat. Opulentia (s. f. qualidade de opulento; • abundância de riquezas; • (fig.) grandeza, elevação, esplendor; • corpulência, grande desenvolvimento de formas; • luxo, fausto; • magnificência. ) < Opali(a)-Enki(a) < *Ophi-Urantia, lit. «a lua cheia» a grande cobra grávida celeste!

As goddess of harvest she is closely associated with the god Consus. She is the sister and wife of Saturn. One of her temples was located near Saturn's temple, and on August 10 a festival took place there. Another festival was the Opalia, which was observed on December 9.

On the Forum Romanum she shared a sanctuary with the goddess Ceres as the protectors of the harvest. The major temple was of Ops Capitolina, on the Capitoline Hill, where Caesar had located the Treasury.

Copia - "Plenty", Copia is the goddess of plenty. She is represented by a young virgin crowned with flowers, and holding the cornucopia.

Sospita < Shaus-Phita ó Lat. Sus-Ophita, lit. «a que segue a cobra»!

< Chu-Sophia > Chu- | Copia ó Kausphika > Hit. Shaush(i)ka.

Consus = The Roman god who presides over the storing of grain. Since the grain was stored in holes underneath the earth, Consus' altar was also placed beneath the earth (near the Circus Maximus). It was uncovered only during the Consualia, his festival on August 21 and December 15. One of the main events during this festival was a mule race (the mule was his sacred animal). Also on this day, farm and dray horses were not permitted to work and attended the festivities. He is closely connected with the fertility goddess Ops (Ops Consiva). Later he was also regarded as god of secret counsels.

Consus < Khons, filho de Mut, que era equivalente de Taveret e por isso adequadamente relacionada com Ops, que seria afinal a mãe de Consus.

Khons – O deus Egípcio da lua, representado como um homem; com Amun e Mut como seu pai e sua mãe, formando a tríade tebana.

A relação de Juno com as deusas Telúricas já não era muito evidente na época imperial em virtude desta deusa se ter transformado na divindade tutelar da soberania romana, a par do seu papel de deusa da estabilidade familiar de que decorria supostamente a coesão social e a grandeza e fortuna do estado. No entanto, a relação de Juno com a soberania não deve ser considerado aspecto lateral inerente a estas vicissitudes da esposa do deus supremo porque esta relação com a soberania já existia em Ops enquanto deusa da opulência que o cultivo da terra permitia. A soberania dos povos antigos dependia da posse da terra e os ricos eram sempre terratenentes. Já Cibel, uma deusa telúrica também andava com a cidade à cabeça! Ora, a majestade decorre semanticamente de Maiesta, que era Maia, parece que mera variante de Fauna e de Ops!

Maia = The goddess of whom the month of May is probably named after. Offerings were made to her in this month. She is associated with Vulcan and sometimes equated with Fauna and Ops. Maiesta The Roman goddess of honor and reverence, and the wife of the god Vulcan. Some sources say that the month of May is named after her. Others say she is the goddess Maia.

Dito de outro modo,

Maiesta, lit. «filha da mãe» ou < Mauesta < Ma-vesta, «mãe do fogo, como Vesta ó Maisha (> Macha) > Maja > Maia.

                                                < Ki-Ana

Fauna = Pha-Una < Phiauna > Fiona

                     < Pha-teia > Fatua.

= Fauna = Fatua < Phatuka < Kabatu < Hebat < *Kaphiat < Ophi-.

= Ops < Opis < Ophi-

= Opigena < Opi-gena <= Ophi-.

= Orbona < Orwi-na < Orphi-an ( > «orfão») ó O®phi < Ur-phi < Ur + Ki ó Ophi-.

Orbona = The Roman goddess invoked by parents who became childless, and begged her to grant them children again.

Afinal, todas estas deusas telúricas seriam variantes da mesma Deusa Mãe Terra, a que deve juntar-se Maia e Vesta, e ainda Telus, bem como Reia, Gaia e Hecate, e ainda muitas outras, tais como:

Jana, ó Jano ó Juno.

Juga < Chu-Ka

Juturna < Chu-Turan.

Matrona,

Manturnae,

Magna Mater,

Mater Mutata,

Matura, < Ma-Tura > Mater.

Morta, < Ma-Urta < Ama-Urat > *Maveretó Taveret.

Muta < Mut.

Nondina, < Nautina < Naut-na < Nut An

Numeria, < Anu-Ma-Ur

Orbona, < Urphian

Ossipaga, < Aushiphaga < Kauskikaka > Kaushka?

Panda (Wanda < Van-tu),

Partula < *Phartu-la

Patelana < Phater-ana, “lit. Sr.ª do pai” homóloga de Atena Apatúria.

Pax < Phi-ash < Ki-at

Pecunia < Phek-unia < Kakunia.

Pellonia, ó Pheronia < Ker-una

Perfica < Pher-kika < Phertu ó *Kertu ó Istar.

Pertunda < Phertu-Unta ó Abundantia.

Poena, < Pho(t)i-ana < Pho-Tan.

Potina < Photi-ana < Pho-Tan.

Pudicitia = Puti-citia < Puta =>

Puta < Phut- /Phot-  < *Kki-at.

Robiga < Urwika < Urphica.

Rumina < Urmina < Hermina < karmina.

Runcina < Ra-uncina < Uran-Kina.

Salacia < Karathia < *Kertu

Securitas < Sakur-et

Segestia < Ver: Ceres (***)

Seia < Sehia < Kekia.

Spes < Kiphes < Kauphis > Ophis > Ops.

Stata (Mater), < Estata < Ish-Teta > Tetis. ver Satus e Saturno

Stimula < Ish-Kimura

Strenia < Ish-ter-nia < Ishturnia > Saturnia.

Suadela < Chu-Atera < Ishturana > Ishturnia.

Tarpeia < Tar-ephia < Tar-ophi-a

Trivia < Truwia < Tarukia.

Valentia < War-Enkina

Vallina < War-Luna < Kar-Urana

Vallonia < War-Launia < War-Luna

Venilia < Vem-Iria

Vénus < Ver: Vénus (***)

Veritas, filha de Saturno.

Verplaca < Wer-Parka

Vica Pota, < Kika Pauta ó Atena potinija

Victoria, < Vica -Tauria ó Ishturia

Vitula < Witura < Kikura.

Volta, < Worta => Antevorta e Posverta

Voltumna, < Vol-tum-na

Volutas < Voluptas < Volúpia < Vol-Ophia.

Vulpicina. < Vul-| phikina < Kikina ó At-Ana.

Vulturna < Vul-Turan.  etc, etc!

Muitos destes nomes são de origem Egípcia o que prova que a religiosidade Egípcia se terá espalhado insensivelmente um pouco por todo o mundo mediterrânico se é que não fez parte dum fundo comum de religiosidade arcaica que teve afinal as ilhas mediterrânicas como local de origem!

 

Ver: CIBEL (***)

 

Como Maia º Ops ºMaiesta, esposa de Vulcano, então

Vulcano º Saturno.

Há quem relacione o nome de Saturno com satus.

“the word satus, which means "sowing or planting." Similarly, the name of His wife, Ops, means "bounty," for life is nourished by Her bounty, or it comes from opus, which means "toil," which is needed to bring forth the fruits of trees and fields”.

Ora, tal releva sempre da mesma lógica etimológica às avessas. Não será, pelo contrário, o termo latino satus que deriva do nome de Saturno? «Saturar, satisfazer» etc, não serão étimos relacionados também com o deus da satisfação, da mítica idade dourada dos tempos arcaicos da civilização minóica? O facto de a idade dourada de Saturno se reportar a uma Itália arcaica faz pensar ainda que, quiçá, tenha sido na Sicília vulcânica que a civilização neolítica começou!