sexta-feira, 4 de abril de 2014

PANTEÃO LUSITANO - ENDOVÉLICO, por Artur Felisberto.

Endovélico is one of the most famous pre-roman divinities whose cult has been adopted throughout the Portuguese territory.
He is also somehow well documented, due to the fact that the Romans also adopted Him. In fact, what is known from the Endovélico divinity originates, to a large extent, from the Roman sanctuary of Endovélico, which can be found in Alandroal, in the province of Alentejo, Portugal.
However, the geographical location of this sanctuary along with its Roman inscriptions indicates the possibility that this does not correspond to the original sanctuary. Furthermore, a new site has been discovered very recently nearby , which not only has the prerequisites known from other santuaries of Endovélico in other (distant) areas of Portugal, but also meets the stereotype landscape pattern adopted by the Celtic and other natives who built up such sanctuaries. The new site, located in a place known as "Rocha da Mina", constitutes a breathtaking scene on the side of the river Lucefecit, a river which embraces many memories of human occupation going back to upper Paleolitic era. Human settlements with 6 to 7 thousands years of age can also be found along the riverside, although the main period in this region dates back to the Iron age, where Celtics and, later, the Lusitans, have occupied the region.
Finally, it is noteworthy that the prefix endo constitutes a superlative. This may indicate the importance of this divinity for the settlements of this region.
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Figura 1: Reconsrução de endolélico
Endouelico: Espíritu infernal de la noche. Endovellico - Este é sem dúvida o mais conhecido dos Deuses Antigos da Lusitânia. O seu templo no outeiro de S. Miguel da Mota, no Concelho do Alandroal, foi estudado abundantemente. Leite de Vasconcelos explica o seu nome pelo céltico Andevellicos, comparando-o com nomes galeses e bretões, dando-lhe o significado geral de "o Deus Muito Bom" - curiosamente o mesmo espíteto do deus irlandês Dagda.
Atribui-lhe a caracteristica de deus tópico do outeiro onde seu culto se realizava e também de um deus da Terra e da Natureza. De origens antigas, foi no período celta que melhor se definiu (e daí o seu nome céltico), os romanos tendo-lhe prestado homenagem e culto, como se comprova pelos numerosos ex-votos por eles deixados.
Hoje, as investigações mais recentes mostraram que Endovellico está presente numa área geográfica maior do que se julgava e revelaram inclusive novos locais de culto de origem nitidamente indo-europeia, pelo que a atribuição de Endovellico aos celtas é por muitos aceite.
Endouelico < Enthu-Werico < *Enki-Kar-kiko > Inti-Pherico,
o que transporta o Intu < En-Uto, sol para o inferno”?
A ermida setecentista da senhora da Fonte santa, também localizada junto ao Lucefece, uns poucos quilómetros a montante, parecem demarcar um tramo do Lucefece particularmente rico em vestígios de antigas sacralidades, centradas nos santuários de Endovélico.
Tudo aponta para que as transmontanas festas dos rapazes culminassem os ritos de passagem dos festivais de Telefino que por aqui teria o nome de Oeste-Fan ou Estre-Fan, o “sol-posto” nas costas estremenhas, também conhecido por Endovélico, mas que seria apenas o genitivo de Endo-Belo. E seria então que apareceria a hitita Lel-vanis, variante de Vénus, possivelmente a Senhora dos remédios que salvava da morte o “deus menino”.
Indíbil (h. 258 a. C. – 205 a. C.) fue un rey de los ilergetes, un pueblo prerromano de la península Ibérica. (...)
Las fuentes para conocer la historia de Indíbil proceden fundamentalmente de autores romanos. Entre estos, Tito Livio utiliza el nombre Indíbilis; Polibio lo denomina Andóbales. Otros utilizan el término Indebilis. Los autores contemporáneos consideran que Ando- e Indo-, y el sufijo -beles son de origen ibérico, aunque una minoría considera que se trata de una construcción híbrida entre ibero y otras lenguas indoeuropeas.
Não deixa de ser espantoso que dum extremo ou outro do grande continente euro-asiático seja possível encontrar dois deuses arcaicos com etimologias que, se não são, poderiam ter sido coincidentes!
Endo-vel-ico (Endovellico, Indovellicus) – Deus mais importante em todo o sul da Lusitânia. É o Deus curador ligado aos milagres e à fé, assim como da medicina, saúde, da terra e da natureza, mas também é um deus do mundo subterrâneo e protector da vida após a morte. É o deus da sabedoria e o génio da montanha. Chamam-lhe: “O Bem-Bom”. Também foi adoptado pelos cristãos como o arcanjo São Gabriel padroeiro de Portugal. Tem diferentes naturezas e manifestações.
Eno-bol-ico (Indi-bilis) – Manifestação negra original e infernal do Deus lunar Endovélico, senhor do submundo. Está relacionado com os elementos terra e água.
ANDOVELICO – Manifestação celestial ou evolutiva solar do Deus supremo curandeiro e dos céus Endovélico. Representa o bem e está relacionado com os elementos ar e fogo.
ENOBOLICO (INDIBILIS) – Manifestação negra original e infernal do Deus lunar Endovélico, senhor do submundo. Está relacionado com os elementos terra e água.
Enobolico / Tusca / Olia / Tauri f(ilia) / pro Quinto / Statorio / Tauro m(arito) / v(otum) a(nimo) l(ibens) s(olvit).
Place of Finding = Terena, Alandroal, Évora, Portugal.
Foram também encontradas 3 novas aras, uma delas com uma denominação de Endovélico única até à data: "Ennouolico" (já era conhecida uma outra variação muito semelhante: "Enobolico"). Nesta mesma ara, a fórmula ritual com que se refere ao deus, "Deo Domino", "deus Senhor", é também inédita. [1]
Endovellico - Este é sem dúvida o mais conhecido dos Deuses Antigos da Lusitânia. O seu templo no outeiro de S. Miguel da Mota, no Concelho do Alandroal, foi estudado abundantemente. Leite de Vasconcelos explica o seu nome pelo céltico Andevellico, comparando-o com nomes galeses e bretões, dando-lhe o significado geral de "o Deus Muito Bom" - curiosamente o mesmo epíteto do deus irlandês Dagda.
Endovélico era um deus da Idade do Ferro de medicina e segurança, de carácter simultaneamente solar e ctónico, venerado na Lusitânia pré-romana. Depois da invasão romana, o seu culto espalhou-se pela maioria do Império Romano, subsistindo por meio de sua identificação com Esculápio ou Asclépio, mas manteve-se sempre mais popular na Península Ibérica, mais propriamente nas províncias romanas da Lusitânia e Bética. O culto de Endóvelico sobreviveu até ao século V, até que o cristianismo se espalhou na região.
(...) mostrei que a palavra Endovellicus pode ser céltica, e corresponder a Endovellicos, por Andevellicos = *Ande-vell-ico-s, onde o vulgar elemento ande é par- tícula intensitiva, e o elemento adjectival *vell-ico-s deriva do thema vello-, a que em gallês e bretão, dialectos célticos modernos, corresponde gwell «melhor», — vindo pois a palavra completa a ter pouco mais ou menos a si- gnificação de «Optimus», em português «muito bom».
Tal significação, é, como se vê, completamente vaga, pois tanto podia applicar-se a Endovellico, como a outro qualquer deus. Os exemplos porém de factos análogos abundam: na Gallia temos os díi Casses «les dieux três beaux», em Roma a Bona Dea, etc. Entro os nomes dos dedicantes que figuram no santuário de Endovellico existem algums cujo caracter céltico se pôde admittir; isto apoia a etymo- logia proposta a cima. Como base das dcducçSes linguisti- cas temos o facto de o santuário ficar situado numa região em que os Celtas estiveram, como se indicou a p. 60. – Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal (Volume 2)  - Vasconcellos, J. Leite.
Leite de Vasconcelos tem neste percurso etimológico o grave defeito de todos os racionalistas e depois positivistas: o de fazerem o protocolo religioso às arrecuas e passarem do rústico e banal ao excelso e sobrenatural sem qualquer vergonha pela blasfémia que isso representa.
Como resultado desta análise do nome de Endovélico traduzido como termo comum dnuma língua que deveria ser considerada crioulo do lusitano Leite de Vasconcelos chega apenas a um resultado genérico de deus «bem-bom» simplismo que deveria ter deixado o normalmente circunspecto racionalismo de Vasconcelos de pé atrás tanto mais que conseguido a martelo. De facto, -vell só e transliterado por gwell porque Vasconcelos assim o decidiu por uma mero palpite. Se Leite de Vasconcelos suspeitasse que parte da vis fonética lusitana é responsável pela particularidade do português moderno teria tentado supor que –-vell tem mais a ver com caravela e escaravelho do que com a banalidade galesa e bretonica do gwell ainda presente no Well inglês realidades linguísticas com as quais o lusitano nada terá tido a ver porque a haver alguma proximidade em assunto tão importante seria com o gaélico irlandês ou escocês. Ora, em gaélico antigo o termo mais parecido e -bil que deve ser mais próximo do português belo por Bel-Marquque do que de «bom» e de que o reportado por Vasconcelos derivará. De resto o étimo Voll
De resto a etimologia germânica apontaria para Bem e não para Bom o que tornaria o nome de Endovélico ainda mais vago.
Well (adv.) = "in a satisfactory manner," Old English wel, common Germanic (cf. Old Saxon wela, Old Norse vel, Old Frisian wel, Dutch wel, Old High German wela, German wohl, Gothic  waila "well"), from PIE root *wel- (2) "to wish, will" (cf. Sanskrit prati varam "at will," Old Church Slavonic vole "well," Welsh gwell "better," Latin velle "to wish, will," Old English willan "to wish;" see will (v.)).
Mas aponta também para desejar e querer como no italiano voglio.
Te voglio bene assai
ma tanto tanto bene sai
e' una catena ormai
che scioglie il sangue dint' e' vene sai.
Obviamente que qualquer deus amado pelos crentes é Bom e um supremo Bem e por isso Bem-Bom mas a ideia de que Ande é um intensitivo que substitui não se sabe se o bem se o bom é suspeita. Mas -ande ou -ante em gaélico antigo simplesmente não existe e end significa quase o mesmo que hoje em português por etimologia grega, “nele, dentro disso” > no interior.
Um deus com o significado de Bem Interior seria então o mais correcto e com algum fundo étmico religioso moderno mas com pouco ou nulo significado mitológico.
De facto a tentação para reconhecer em Endo- um conceito intimista místico e misterioso preferentemente a um hipotético intensivismo celta seria grande se não fosse simples demais. No entanto quase se apostaria que este conceito tem paralelo com o nome deste deus mas por vias etimológicas que por ora se desconhecem e não se vai discutir aqui.
Não podemos ter a certeza de que o culto de Príapo tivesse tido na Lusitânia equivalente com Endovélico até porque os romanos teriam identificado tal indecência que teriam aproveitado para difamar os obstinados lusitanos que lhes resistiram tanto tempo.
Mas podemos aqui identificar o prefixo Endo- < Ando ó En(n)o- ó Indi < Enti > «Ente», como adjacente e dispensável para entender a evolução do nome deste deus lusitano supostamente infernal.
Na Grécia «os deuses ctónicos, diz Bouché-Leclercq, são deuses médicos por excelência: é por isso que Demeter, Plutão, Dionísio, Pan, Serápis, e de modo geral os heroes que desceram ao seio da terra, são curandeiros; é por isso que a incubação, com seus sonhos e visões nocturnas, foi sempre o método particularmente adequado para a adivinhação médica». Que Endovellieo também representou papel do deus curandeiro consta de vários documentos. Segundo a inscrição do costeiro do Alandroal, Caio Júlio Novato cumprira um voto que havia feito a Endovellieo pela saúde, pro salute, da sua querida Vivennia Venusta. O mais importante documento desta espécie é contudo uma lápide em que se figura um hemiplégico (paralisia dos membros de um dos lados), a qual contém também uma inscrição (...); a hemiplegia é esquerda, e comprehende-se que o doente fosse melhorado ou curado por suggestão, o que prova que a doença era de origem nervosa. Talvez na lapide em que na mão esquerda de um devoto se representa uma ave (fig. 11.), esta tenha alguma relação com o gallo e gallinha que, segundo o tes- temunho dos antigos, se ofereciam a Esculápio, costume que tem um parallelo numa superstição do pais de Galles, referida por Simpson. No mesmo caso estará outra lápide. em que ee iigura a parte antenoi de nm animal que parece cão; encontraríamos assim mais um parallelo entre Endovellico e Esculápio. – Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal (Volume 2)  - Vasconcellos, J. Leite.
De “médico e de louco todo, o mundo tem um pouco” mas não me parece que Vasconcelos seja a pessoa mais indicada para saber se a hemiplegia esquerda deste Caio Júlio fosse nervosa porque a hemiparésia deste caso seria supostamente traumática por acidente militar e por isso de melhor prognóstico. Ora o grau e gravidade das lesões traumáticas cranianas é variável e como nada sabemos deste caso podemos postular que pelo menos não seria severo e que recuperou bem com a terapêutica termal e depois ocupacional que era a que por via de regra se praticava nesse tempo onde só os mortos desistiam de lutar pela sobrevivência.
Se este era pois divindade naturalística, e mais particularmente da montanha, haveria perto do templo alguma cavidade ou antro donde se recebessem as inspirações dele, como nos casos apontados por Bouché-Leclercq; assim se explicaria a fórmula ex imperato averno, que se lê numa inscrição do Museu Etnológico, numa ara turícrema (...):
ENDOVELLICO
SACRVM • L • T • M
ET • T • M • EX IM
PERATO AVER
NO • A • L • F
inscrição em que deve entender-se que a palavra imperirato é substantiva, e a palavra averno é adjectiva, — pelo que a expressão ou fórmula ex imperato averno significa «segundo a determinação de avernal», i. é, «segundo a determinação que emanou de baixo»; todavia o que digo da eixistencia do antro ou cavidade é meramente conjectural, pois embora os crentes supusessem que, conforme o que acabei de notar, os sonhos provinham do interior da terra, nãoo era de absoluta necessidade que as de terminações da divindade se recebessem num antro: podiam receber-se em sonhos, noutra qualquer parte. – Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal (Volume 2)  - Vasconcellos, J. Leite.
A confirmar esta autonomia original de um deus da medicina anterior a Apolo, ou pelo menos de um epíteto de um “deus menino” denominado Paião existe o mito de um deus com este nome filho de Poseidon, deus tutelar dos mares minóicos e que teria levado a talassocracia cretense até à Trácia, a partir do Helesponto, e onde teria o nome de Edono. Notar então que o nome do ibérico Endo-vélico pode ser uma síntese do deus Edono como o do latino Averrunco, literalmente o “deus menino” (Ico, Icaco) que transporta a vida do céu à terra”!
ALBU-CELA-INCUS- É uma divindade local menor venerada no coração da Lusitânia profunda.
Notar que no nome da deidade desconhecida Albu-Cela-Incus correspondente possivelmente a uma tridivia da Lusitânia profunda a raiz ou deidade Incus- está próxima dos incas e do seu deus Inti que seria afinal Endo / Don, o deus menino solar. Neste caso suspeita-se que Cela seria Ceres filha de Deméter a branca e Alba mais de ambos os irmãos, que na Lusitânia profunda seriam Cela / Cres e Inco / Baco.
Averruncus < Ka-pher- | Enki > Enti > Edon => Incus > Inti.
Edono | -ush > Endo-Wer-kico > Endovélico |
Em mitologia grega, Paeon era um filho de Poseidon por Helle que entrou no Helesponto. Em algumas lendas ele foi chamado Edonus. Ele era o irmão do gigante Almops. [[2]]
Edonus (Greek: Ἠδωνὸς) was the mythical ancestor of the Edonians in Thrace and Thracian Macedonia. The names Edonus, Edonian, Edonic is therefore used also in the sense of "Thracian," and as Thrace was one of the principal seats of the worship of Dionysus, it further signifies "Dionysiac" or " Bacchantic." Paeonians, a people of Macedónia.
Sendo assim, Endo-véll-ico seria o deus que trás (vell-) o deus menino (Endo / Deon > Don) que seria a luz protágona ou seja Faon ou Faeonte, como S. Cristovão, por acaso Cristó-bal em espanhol e Crsitó-foro em grego  e latim.
De resto o étimo Vell- ressoa demasiado a etimos gregos de movimento solar apolíneo presentes nos mitemos do ouróboro, discóbolo e dos hiperbórios.
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Segundo o Dictionnaire des symboles o ouroboros simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo. O símbolo contém as ideias de movimento, continuidade, auto fecundação e, em consequência, eterno retorno.
Quer isto dizer que o conceito grego de devorar Boro implicava um conceito de transportar do alimento para a boca ou de ir de encontro ao desejo devorador e era portanto um caso particular do movimento genérico representado pelo do sol.
Enobolico < Endouelico < Enthu-Werico < *Enki-Kar-kiko
> Inti-Pherico, «o que transporta o Intu, o sol para o «inferno».
Ente deus *Entiférico seria equivalente de Eosforo, Fósforo e Héspero.
Edovio – Deus adorado na Celtibéria hispânica.
Edóvio é seguramente uma corruptela sintética de endovelico.
Edóvio < E(n)dove(l)io < E(n)dove(l)i-(c)o.
Na mitologia grega Eósforo (Do antigo grego: Ηωσφόρος Eosphorus) ou Fósforo (Do antigo grego: Φωσφόρος Phosphorus), a Estrela d’Alva ou Estrela da Manhã,1 é filho de Eos, deusa da aurora, e irmão de Héspero (Do antigo grego: Ἓσπερος Hesperus), a Estrela Vésper. Seu equivalente romano era Lúcifer ( do Latim Luxferres, ou seja "portador da luz").
Na mitologia grega Eósforo (Do antigo grego: Ηωσφόρος Eosphorus) ou Fósforo (do antigo grego: Φωσφόρος Phosphorus), a Estrela d’Alva ou Estrela da Manhã, é filho de Eos, deusa da aurora, e irmão de Héspero (do antigo grego: Ἓσπερος Hesperus), a Estrela Vésper. Seu equivalente romano era Lúcifer (do Latim Luxferres, ou seja "portador da luz").
Entre nós, apesar da curiosidade que deviam naturalmente despertar antigualhas descobertas em S. Miguel da Mota, foi só depois da publicação das Antiquitates Luisitaniae de André de Resende, em 1593, e da parte l da, Monarchia Lusitana de Fr. Bernardo de Brito, em 1597, que Endovellico adquiriu celebridade. Com efeito, Resende publicou pela primeira vez oito inscripções, e Brito, reproduzindo e traduzindo algumas delas, contou a propósito uma historia maravilhosa e absolutamente fantastica, segundo a qual o templo de Endovellico fora fundado pelo capitão carthaginés Maharbal, e o deus não seria outro senão Cupido, do qual ahi houvera uma estatua de prata, com asas nos pés. (...)
Onde hoje está, antigamente estava
Aquelle templo sumptuoso e rico.
Do Deus Cupido, e que então chamava
O romance vulgar Endovellico. (...)– Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal (Volume 2)  - Vasconcellos, J. Leite.
Não sabemos se podemos dar algum crédito a esta relação de Endovélico com Cupido até porque um deus com asas nos pés aponta mais para Hermes e Mercúrio do que para um anjinho do amor.
Em 1760 publicou em Madrid o presbytero hespanhol D. Miguel Perez Pastor mais uma Disertación sobre el dios Endovellico y noticia de otras deidades gentílicas de la Espana antigua; suppõe que a palavra Endovellicos é céltica, explicando-a a seu modo por Bellenus e Belinus, e discute as etymologias expostas até então. (...)
Visitação Freire explica o nome do deus por End «divindade» e Beltis, Belenus, Bal etc. – Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal (Volume 2)  - Vasconcellos, J. Leite.
Pelo contrário, Hermes Psicopompo seria seguramente uma transliteração teológica adequada para o deus indígena *An-Tu-bal, que deve ter sido o seu nome verdadeiro sem a forma nominativa -eco de que os canteiros romanos terão usado e abusado por analogia com o nominativo latino.
Entre os mss da Bibliotheca da Academia de Historia de Madrid compulsei uma Discertatio de Enlovelíico et Neto Hispanonua diis de António Martinez de Quenada ( 1751), em que se julga provável que Endovellico corresponda a Apollo. Com esta dissertação estava uma «Nota de D, Miguel Casiri sobre el aios Endobelíico», em que o autor quer provar que o nome do deus é púnico, africano ou phenicio. – Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal (Volume 2)  - Vasconcellos, J. Leite.
Já a referência de que o “templo de Endovellico fora fundado pelo capitão cartaginês Maharbal” pode ter algum fundo de verdade já que *Antu-Bal tem mais ressonâncias com o deus Bal fenício do que o celta Belenos. De qualquer modo a tendência para o celtiberismo é uma moda correlata ao arianismo fascista e uma mera variante pomposa do preconceito anti-semita e anti-islâmico decorrente das cruzadas e reconquistas.
Na verdade, a lógica histórica e da corrente civilizacional manda suspeitar que as inovações culturais seguiram na bagagem dos inovadores civilizacionais que vieram sempre de oriente para ocidente em busca do túmulo do sol poente e do ouro e metais preciosos que era suposto existir por perto. De resto, Bel / Baal era adorado por perto entre os cónios, iberos da Bética e possivelmente também a sul da Lusitânia. Baal era a forma fenícia de Apolo e este deus podia ter cultos ctónicos de sol-posto e era também um deus médico e pai de Esculápio
Bel(a,e,i)nos < Belemnus < Beel-Minus => (Cicrano &) *Beltano.
Ora, *Beltano é literalmente um anagrama de Antubal e este um nome próximo de Setu-bal e de Tu-bal Caim!
Mais importante, embora não isenta de defeitos, é a memória de D. José Comide que vem apensa ao folheto precedente: nela publica o viajante espanhol (galego) as duas inscrições da igreja da Boa-Nova, e interpreta» embora sem razão, por Lucífero o nome do rio Luciféce (ou Luçaféce) que passa perto daquela igreja, supondo também sem fundamento que Endovellico era equivalente a Lúcifer; a esta memoria, que tem a data de 1801, juntou-se uma colecção das inscrições de Vila Viçosa e de Alandroal, que penso ser a mesma que citei a cima, na p. 116.
Que motivações terão levado Leite de Vasconcelos a considerar que a relação de equivalência entre o rio de Luciféce e o deus Endovélico não tinha qualquer fundamento? Apenas a de que ninguém é perfeito porque no melhor pano cai a nódoa!
Em toda a Península Ibérica, o único santuário comprovadamente dedicado à divindade indígena-romanizada conhecida sob a invocação de Endovélico situa-se em Terena, Alandroal (Alentejo), junto à ribeira actualmente denominada Luceféce / Luciféce / Lucifécit. O hidrotopónimo aparece registado sob as formas equivalentes de "oyada-luiceuez", no ano de 1231, e de "udia-luiciuez", no ano de 1262. A forma "Luçefece", a única que gráfica e prosodicamente sobreviveu até aos nossos dias, surge em plena época renascentista no Foral Novo outorgado pelo Rei D. Manuel I à vila do Alandroal em 1514.
A etimologia de Lucifer / Lucefece
A etimologia deste estranho e enigmático hidrónimo - o único conhecido em todo o território português e, creio, em toda a Península (se não em todo o Mundo) - tem suscitado diversas dúvidas por parte de diversos investigadores. De uma forma geral, foram maioritariamente sugeridas duas possíveis origens: uma raiz latina, proveniente de "lucifer", nome que em época cristã foi transformado em sinónimo de Satã/Demónio, ou uma raiz árabe, proveniente do substantivo "oucif", significando "negro".
*Al-oucif > 1231 (oyad)-al-uice-uez > 1262 (udi)-al-uici-uez < *Luci-wez
> Luci-fez > Lucifécit > 1514 Luçefece.
A interpretação do nome da humilde ribeira de Luçefece pelo árabe "oucif" é pouco credível por implicar um *Al-oucif cujo «efe» não se deveria ter perdido de 1231 a 1262 nas formas escritas em árabe Aluici-uez sem «efe» para voltar a ressuscitar 1514 em língua cristã como «efe» em Lucefece.
O culto a Lúcifer não necessita de um recurso directo aos latinos porque fosse como Apolo Loxias fosse como Lug deixou marcas diversas na Espanha.
Obviamente que se os árabes tivessem inventado o termo por "oucif" lhe teriam mantido a semelhança fonética. Ainda assim haveria de se procurar saber porque é que os árabes usaram a semântica da escuridão para uma ribeira inofensiva que veio a meter tal medo aos cristãos que nem lhe ousavam pronunciar o nome.
Interessa-me aqui particularmente a canção nº CCXIII, intitulada "Como Santa Maria livrou u ome bõo en Terena de mão de seus emigos que o querian matar a torto, porque ll' apõyan que matara a ssa moller". No texto descreve-se como um homem de Elvas, chamado Tomé, fora acusado de haver assassinado a mulher, pelo que procurara auxílio no santuário de Terena; a família da mulher assassinada também ali se deslocara em perseguição do acusado, mas apenas haviam encontrado o demónio disfarçado sob a forma de Tomé. Lê-se na cantiga: "(…) foron-sse contra Terena, u sen dulta o cuidavan achar; mas o dem' acharon en forma del na ribeira (…) Dun rio que per y corre, de que seu nome non digo (…)".
Já em 1906 o arqueólogo e etnólogo Leite de Vasconcelos afirmara que o verso "de que seu nome non digo" se tratava manifestamente de uma alusão à ribeira de Lucefece. E por que motivo não diria o autor da cantiga o nome do rio? Parece-me que a razão é bem clara: porque o hidrotopónimo se referia de facto a Lucifer, então entendido por todos os autores cristãos como sinónimo de Satã. (…)
Referi-me já em artigo anterior (…) ("Sinais do nascimento de Cristo na Hispânia: dos prodígios solares à queda de Endovélico") ao achado neste santuário romano, no ano de 2002, de um depósito de estátuas voluntariamente quebradas e que em data não conhecida foram cuidadosamente arrumadas na base da igreja cristã consagrada a São Miguel Arcanjo, (…). O culto a Endovélico manteve-se ali pujante pelo menos até ao séc. III e terá certamente continuado em época posterior. A quebra das imagens - evidentemente interpretadas como demónios - ocorreu certamente em época cristã (e recorde-se que o Codex de Teodósio ordenou em 15 de Novembro de 407, no seu livro XVI, 10, 19, a retirada das aras e das estátuas dos templos pagãos, com a sua destruição); e sobre essas deidades destruídas se edificou a igreja dedicada ao próprio arcanjo que expulsara Lucifer, (…).
Curiosamente, a ribeira de Lucefece - um curso de água que apresenta caudal permanente numa região hidrologicamente pobre e que estabelece a ligação entre a Serra de Ossa e o rio Guadiana, junto a Juromenha, num curso tortuoso e encaixado numa área de xistos extremamente árida - nasce na freguesia de Rio de Moinhos (Borba), onde existe, pelo menos desde 1556, uma pequena emida dedicada a São Gregório Magno, precisamente o Papa que no séc. VI promoveu a cristianização dos bárbaros pagãos.
(…) Por outro lado, na margem esquerda do rio Lucefece situa-se a estação arqueológica de Águas Frias, estudada por Victor S. Gonçalves e Manuel Calado. Aqui foi identificada uma verdadeira fábrica de placas de xisto decoradas, tão típicas da cultura megalítica alentejana: blocos de meteriais em bruto, blocos com o contorno de placas, placas sem qualquer gravura mas já polidas, placas polidas e gravadas e placas gravadas, mas sem estarem polidas. Esta oficina de "ídolos" data provavelmente dos dois últimos séculos do IV milénio do primeiro século do III milénio. (…)
(…) O hidrotopónimo Lucefece tem como origem etimológica o nome "lucifer", surgindo assim como um verdadeiro epónimo dessa velha "estrela da manhã" ou "portador da luz" que o cristianismo dos primeiros séculos (e a tradição cristã posterior) identificou com Satã. O nome foi dado em época histórica a um rio desde muito cedo sacralizado por sucessivas comunidades humanas, possivelmente por influência do vizinho santuário dedicado a Endovélico e numa "satanização" das inúmeras figurações escultóricas ali depositadas em voto de agradecimento ao deus pagão. -- Lucefécit/Lucifer e o santuário de Endovélico: um epónimo do "príncipe das trevas"? Por Heitor Baptista Pato.
Por último há que referir uma relação que não parece muito convincente de Endovélico com o culto das Antas.
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Figura 2: Altar rupestre em degraus de Rocha da Mina (Alandroal).
Assim como no sec. XVII Braz Garcia de Mascarenhas se lembrou de Endovellico, assim no XVIII o autor anonymo da tragedia intitulada Osmia, Lisboa 1788, embellezou o scenario do acto 1º com um «bosque consagrado ao deos Endovellico com a sua ara em forma de anta», e fez que na scena IV um dos protagonistas da peça dissesse voltado para a anta:
Estes povos quo ornárão tantas vezes
De festõens essas aras..............
ideias em verdade fantásticas, pois que as antas não eram aras mas assim se suppnnha então. – Religiões da Lusitania na parte que principalmente se refere a Portugal (Volume 2)  - Vasconcellos, J. Leite.
De facto a relação que Endovélico teria com as antas não seria tão anacrónica como a que seria de esperar duma obra de ficção do sec. XVIII. De qualquer modo sabemos que a cultura celta, como aliás, a posterior cristã que se seguiu, se serviram de monumentos que lhe eram anteriores como seria o caso das antas. No caso de Endovélico não teria sido necessário o recurso a antas porque existia perto um altar rupestre cavado na pedra da Rocha da Mina (Alandroal). No entanto, o culto a um deus das antes deve ser muito anterior porque o nome do deus aponta para antas não enquanto altares devotados ao deus mas enquanto cavernas artificiais por onde era suposto o sol entrar nas entranhas da terra na sua quotidiana descida aos infernos depois do sol-posto.
A proposta do nome de Endovélico como derivando duma proto linguagem do tipo *An-Tu-bal reposta-nos precisamente para o mito do por do sol nas antas naturais da terra que tanto a Andaluzia como a Lusitânia seriam. A estrutura monossilábica deste nome como se fora uma frase descritiva do papel de psicopompo deste deus reporta-nos para um grande arcaísmo e para a quase certeza de que este deus pré lusitano ou foi localmente gerado no início da cultura rupestre ou, importado da Anatólia por via da talassocracia cretense dos primórdios do neolítico.
Um deus que seria semelhante na função e na etimologia terá sido Obelleginus formado com o mesmo sufixo de Atégina de quem ambos seriam paredro.
Obelleginus (Obellegin[us]) = Se encontró este teónimo, desconocido hasta el momento presente, en un ara de Berruelo de Santullán, Palencia. Se conserva en esa misma localidad. El ara está dedicada por D e c i m u s, liberto del Ala Augusta o del Ala Asturum. La raíz del teónimo es aquitana-pirenaica a partir del elemento -bells. Los autores proponen que parece presentar alguna semejanza con la deidad aquitana Abelio / Abellio, o incluso con Endovellico, pero esta relación parece inverosímil. Podría relacionarse con el topónimo Villa-vellaco, próximo al lugar de aparición del ara. La fecha de la inscripción es la época julio-claudia.
Abelio / Abellio < Obelle-Ginus literalmetente o Génio dos devotos de Villa-vellaco e então o nome original teria sido Obelleco variante dialéctica de um virtual *Obellico sim senhor, que então seria o deus dos obeliscos celtas de Astérix, obviamente. A relação de Abellio e *Obéllico com Endovélico não tem nada de inverosímil porque seriam variantes alternativas do mesmo deus como fósforo era de Eósfero e ambos de Hespero e depois Lúcifer.
Todos estes deuses seriam variantes teofóricas se repostariam a Dis Pater que era suposto ser o pai dos gauleses e celtas porque teriam partido todos de Creta onde reinava Crono / Saturno antes da queda da cultura minóica.

SUCELLUS
Sucellus (Deus Pater) = El Sucellus céltico es el equivalente al romano Deus Pater. De él han aparecido varias imágenes en Hispania. Cuenta con dos aras. Una, con nueva lectura, se re-cogió en Burguillos del Cerro, Badajoz, pero el teónimo es totalmente irregular76; más segura es la dedicatoria repetida en Munigua, Sevilla, hoy conservada en el Museo Arqueológico Provincial de Sevilla, en la que se lee Dis Pater, al que se le dedica la estatua de un caballo de mármol que recuerda lo escrito por Suetonio (Cal. 55.3). El dedicante es Lucius Aelius Fronto.
Outro teónimo que poderia estabelecer a relação entre os deuses da aurora e o deus do sol-posto dos infernos que foi Dis Pater, Orco e Hades pode ser Sucellus que assim seria uma variante celta de Endovelico muito menos evoluída etimologicamente.
Sucellus < Su(b)-Tellus => «Sub- | solo» < Lat. solu / sola > solea > Esp suela / suelo. > Old French soeul, sueil > Anglo-French soil.
               < Su(b)-cellus < | Kerlus > «Carlos» |
                                        < Kerlus > Pherlico > Vellico
***Ka(u)ki-kur-kiko => *Subellico > Ubéllico > *Obéllico
=> Obelle-Ginus.
O limite da protolinguagem leva-nos a uma fonética gutural primitiva que englobava a semiologia gestual do movimento quoridiano do sol do duplo horizonte da terra (Ki-a-u-ki > Ka-ki) ou mar-céu vaginal que seria a *queca ou (Clo)aca da Deusa Mãe promordial Ker que o faria crescer transportando-o à cebeça no cimo da montanha primordial da Aurora (kur / Ker) no cume da montanha mais alta de Creta para voltar a fazelo desce-lo no antro da duplo horizonte mar/céu ((Ki-a-u-ki > Ki-ko) ao ser devorado pela «boca» (< Lat. bove > wauwe > Kuki > iko) da Noite primordial. Se não foi assim poderia ter sido ou seria mais oum menos assim e de qualquer modo bene trovato como totalidade semantica do grandioso espectáculo do percurso solar quotidiano que regia por completo a vida primitiva do homem da sabana Africana.
Endovélico e seus equivalentes deuses misteriosos e curativos eram a totalidade do movimento quotidiana do sol resumido na forma de um deus Todo Bem-Bom enquanto paradigma do eterno retorno cósmico, do monótono e cansativo processo que era o destino, a razão de ser e o valor da vida!
A busca da etimologia do termo solo é complexa. Na verdade não parece de imediato estar relacionado com nenhuma divindade telúrica ou agrária. Usando as propostas dos ingleses que tem termos idênticos importados dos franceses ou de origem germânica verificamos o seguinte:
soil (n.1)  = c.1300, originally "land, area, place," from Anglo-French soil "piece of ground, place" (13c.), from an merger or confusion of Old French sol "bottom, ground, soil" (12c., from Latin solum "soil, ground;" see sole (n.1)), Old French soeul, sueil "threshold, area, place" (from Latin solium "seat"), and Old French soil, soille "a miry place," from soillier (see soil (v.)). Meaning "place of one's nativity" is from c.1400. Meaning "mould, earth, dirt" (especially that which plants grow in) is attested from mid-15c.
Conhecemo o termo do direito de naturalização nas variantes jus soli / jus sanguinis. A origem parece decorrer ora do latim solum = solo; ora do latim solium = Assento < sentar < Lat. *sedentare, calcado em sedente < sed-ere = sentar < sed + ulla > se(d)ella > sella > «sela» = espécie de assento acolchoado que se coloca no dorso da cavalgadura, para comodidade do cavaleiro.
Pois bem, se não nos é fácil encontrar a etimologia para solium veremos que para sele é mais fácil.
Como em latim solium tinha a semantica do trono e do palanque dos deuses podemos considerar que a palavra resultou de uma confusão compromisso entre o «solo» e sella como base de assento do trono e o estado de solidão de quem se senta no trono. Por outro lado, um trono seguro teria que ser «sólido», ou seja estar bem acente no solo!
«Solo» < Lat. Solu > Lat. Soli(d)u > Solium.
From Middle English sole, soule, from Old French sol, soul (“alone”), from Latin sōlus (“alone, single, solitary, lonely”), of unknown origin. Perhaps related to Old Latin sollus (“whole, complete”), from Proto-Indo-European *solw-, *salw-, *slōw- (“safe, healthy”). More at save.
Obviamente que é um disparate procurar uma etimologia específica para a solidão quendo é uma óbia metáfora da forma solitária como «sol» rege a abóbada eleste!
Da latina sella também ninguém se atreve a postular uma etimologia que pode ser afinal um diminutivo de sed- como parece recordar-se na cela portuguesa dos cavalos e no celim das bicicletas.
Porem, fosse pelos latinos solu ou soliu a origem do nome do «solo» não parece ser clara porque tanto pode ser o que fica exposto ao sol como o que é pisado pela sola dos sapatos.
O termo teve seguramente ressonâncias do judaico Cheol!
From Middle English sole, soole, from Old English sole, solu (“shoe, sandal, sole”), from Proto-Germanic *sulô, *suljō (“sandal, shoe, sole”), from Latin solea (“sandal, bottom of the shoe”), from Proto-Indo-European *swol- (“sole”). Cognate with Dutch zool (“sole, tread”), German Sohle (“sole, insole, bottom, floor”), Danish sål (“sole”), Icelandic sóli (“sole, outsole”), Gothic sulja (“sandal”). Related to Latin solum (“bottom, ground, soil”). More at soil.
Por sua fez a sola dos sapatos parece reportar-nos para sandálias feitas de corda que terá sido o material mais antigo do calçado!
From Middle English sole, soole, from Old English sāl (“a rope, cord, line, bond, rein, door-hinge, necklace, collar”), from Proto-Germanic *sailą, *sailaz (“rope, cable”), *sailō (“noose, rein, bondage”), from Proto-Indo-European *sey- (“to tie to, tie together”). Cognate with Scots sale, saile (“halter, collar”), Dutch zeel (“rope, cord, strap”), German Seil (“rope, cable, wire”), Icelandic seil (“a string, line”). Non-Germanic cognate include Albanian dell (“sinew, vein”).
O culto de Dis Pater e dos deuses subterrâneos como Endovélico parece ser a marca genética dos celtas que quase seguramente terão tido maior relação com a cultura continental anatólica e semita do que os nórdicos que revelam na etimologia do termo que usam para a alma uma origem egeia.
Soul = (...) Old English sawol (...) from Proto-Germanic *saiwalo (cf. Old Saxon seola, Old Norse sala, Old Frisian sele, Middle Dutch siele, Dutch ziel, Old High German seula, German Seele, Gothic  saiwala), of uncertain origin.
Sometimes said to mean originally "coming from or belonging to the sea," because that was supposed to be the stopping place of the soul before birth or after death [Barnhart]; if so, it would be from Proto-Germanic *saiwaz (see sea). Klein explains this as "from the lake," as a dwelling-place of souls in ancient northern Europe.



[2] In Greek mythology, Paeon was a son of Poseidon by Helle, who fell into the Hellespont. In some legends he was called Edonus. He was the brother of the giant Almops.