domingo, 24 de janeiro de 2016

OS DEUSES DO NOVO MUNDO II, por Artur Felisberto.

TEZCATLI-POCAS
Figura 1: Concepção azeteca da árvore da vida dos quatro pontos cardeais (Codex Fejervary-Mayer). O deus central e o deus do fogo, Xiuhtecuhtli.
Com o início do patriarcado a deusa mãe e o deus filho fundiram-se num deus dual bissexual que teve no Egipto a máxima expressão do que foi a lenta ruminância mítica da transformação desta poderosa deusa das cobras solares na figura secundária das “três-Marias” da corte de Osíris.
The cults of Mary, of Isis in Egypt, of Ashtarte of Phoenicia, of Lakshmi in India, of Cybele in Anatolia, of Tanit in Carthage, or of the Tetlo-Inau by the Atzecs ... all have common aspects, as they remind us that we were all (and still remain) fragile children who need a mother's care, a wish to be liked, protected and comforted.
Teteo Innan = Toci - "Mother of Gods", Aztec conceptualization of the "Earth Mother" - "Heart of the Earth". Spelling may be Teteoh Innan and was also worshipped as "Goddess of the Sweathouse". Other spellings include Tlalli Iyollo and ToCih, "Our Grandmother", and known as Cihua-coatl, patron of women who die in childbirth.
She was associated with the Moon. She Who gave birth to the Sun.
Ix-cuina, Toci, Tla-el-quani, Teteo-inian.
Figura 2: Poderiam ser mas não são os quatro tescalipocas porque são Tlaloc, Xiuhtecuhtli, Mixcoatl, Xipe-Totec.
Atum era o nome deste deus no Egipto, relacionado com Ptá e este com Tot, com variantes fonéticas que poderiam ir de Caco a «Cuco», antes de acabarem irreconhecíveis em Neptuno!

Ver: ATUM (***)

I-te-mu < Atum < *Atumnu > At-um(e)-no
             < Te-Mu < *Ki-Ama-u > Komus > Grec. Homós => Ome.
O deus Grego Komus de que teria derivado o latino Comus dos comícios, que ainda hoje são em gíria política jantares eleitorais, e o Hindu Kama era um antigo deus da bebida felicidade e festividade, seguramente porque ligado a arcaicos deuses dos Ágapes amorosos e das artes culinárias de *Kima.
Figura 3: Ome-tecuh-tli & Ome-cihuatl, Senhor e Senhora da Dualidade ou dualidade primordial.
Ome-tecuhtli, O Senhor Deus (da duplicidade) e Ome-cihuatl, A Senhora Deus (da duplicidade), formavam a dualidade criadora na religião mexica.
Eruditos como Miguel León-Portilla traduzem Ometeotl/Omecihuatl como Senhor(a) da Dualidade, implicando um único deus de caráter dual.
Ome-tecuhtli representa a essência masculina da criação. É esposo de Ome-cihuatl e pai de Tezcatlipoca vermelho (Xipe Tótec), Tezcatlipoca preto (Tezcatlipoca), Tezcatlipoca branco (Quetzalcoatl), e Tezcatlipoca azul (Huitzilopochtli). Também é chamado de Tonacatecuhtli [tonaka'tekutli], "Senhor da nossa carne".
Ome-tecuh-tli & Ome-cihuatl, Senhor e Senhora da Dualidade.
Ometecuhtli - "Divindade Criadora". Reside no 13º céu de mitologia azeteca. O templo dele era o universo inteiro, onde estava só. Foi também chamado o "Deus Duplo". Segurava nas mãos uma gota de água onde havia uma semente verde que era a terra cercada pelo oceano. Na terra não havia nenhum templo erguido a Ometecuhtli. O seu lugar era a lareira situada no meio da casa onde era também adorado o fogo como uma deidade. Isto simbolizava o ser divino no centro de todas as coisas.
Ometeotl, the God that Didn’t Exist. Ometeotl is perhaps the most widely embraced concept within the Mexicayotl community and throughout the years, its original meaning has morphed into such ideas as monotheistic god, energy, and duality. What most people don’t know is that the word Ometeotl first appeared in secondary sources written by Miguel Leon-Portilla, La Filosofia Nahuatl and Aztec Thought and Culture and appears nowhere in any of the primary sources. After examination of Leon-Portilla work, it is clear that although well-intentioned, Leon-Portilla either intentionally or unintentionally invented the word.  Although Ometeotl is grammatically correct, it is not an Indigenous Nahuatl word.  There is nothing wrong ordinarily with creating words and native speakers create words all the time.  We see examples of this with words like tepoztototl (airplane) which surely did not exist in pre-cuauhtemoc times.  However, Leon-portilla’s Ometeotl is problematic for many reasons. First, Leon-Portilla bases his entire conception of Ometeotl on five primary sources, which, upon closer inspection, do not contain the word Ometeotl at all.  Second, he cites text from sources and claims they describe Ometeotl, when in all of these sources, it is clear that the original text is describing a different teotl.  Third, the way Leon-Portilla describes Ometeotl is very similar to the nepantla aspect of teotl which has been thoroughly researched by James Maffie. Maffie has expanded Leon-Portilla’s original thesis that our ancestors did indeed develop philosophy independently from the Greeks while also successfully cross-referencing many different sources to accurately define teotl. As a result, I am proposing that we stop using ometeotl since its origin is fabricated and does not properly represent Pre-Cuauhtemoc philosophy. The native Nahuatl concepts of teotl and nepantla are much more precise and valid alternatives to Ometeotl, and they successfully encompass the way Ometeotl is used today. -- Ometeotl, the God that Didn’t Exist By Iztli Ehekatl.
Mas o facto de ser suspeito que o termo e a divindade Ometeotl não existissem não ficou claro que não existissem Ome-tecuh-tli & Ome-cihuatl como deuses azetecas primordiais.
Possivelmente o conceito de deuses da duplicidade é uma especulação tardia porque estaria relacionada com um conceito surgido no Egipto a propósito do conceito do baixo e alto Egipto, em permanente conflito geográfico, e que levou os faraós a criarem a ideia de soberanos da dupla terra tuteladas pelas duas cobras, as deusas Nekhbet (abutre), Senhora do Alto Egito, e Wadjit (serpente) Senhora do Baixo Egipto, mitema que remonta à época pré-histórica. Esta relação com a cultura Egípcia parasse mais evidente no facto de um dos nomes destes deuses primordiais ameríndios ser Huehuetéotl.
Huehuetéotl (en náhuatl: huēhueh-teōtl, ‘dios-viejo’) es el nombre con el que se conoce genéricamente a la divinidad mesoamericana del fuego. Su culto fue uno de los más antiguos de Mesoamérica, como lo testifican las efigies encontradas en sitios tan antiguos como Cuicuilco y Monte Albán.
Não sabemos se este deus tinha nome de velho ou se huēhueh passou a significar velho em nahuatl por ser um deus arcaico. O certo é que sendo um deus do fogo podemos postular uma equação que relaciona dois deuses da Ogdoada (≈ octodeiada = 4*2 = oito deuses) egípcia com o conceito azeteca de :
Huēhueh < *Kua-Ku < Ki-Ku > Caco, o arcaico deus romano do fogo vulcânico.
                          Huh < Ki-Ku > Kuk.
The Ogdoad consist of four gods and four goddesses who together personify the essence of the primordial chaos before the creation of the world. They are Nun and Naunet (the primordial water), Huh and Hauhet (infinite space), Kuk and Kauket (darkness), and Amun and Amaunet (representing hidden powers).
Obviamente que não estaríamos à espera que a Ogdoada egípcia fosse, ipsis verbis, a mesma realidade do conceito, aliás artificial, do deus Omo-teotl mas já de espantar que sejam ambos mitos da criação cósmica com muitas semelhanças factuais e fonéticas.
Este es un dios antiguo, que no tenía templos, y era casi desconocido por el pueblo, pero muy nombrado en los poemas de las clases altas. Debido a que se lo menciona de una manera que parece ignorar el resto de la Cosmogonía mexica, León Portilla sugiere que tal vez los sabios mexicas estaban en un proceso de aglutinar a los demás dioses en esta deidad.
Estariam os sacerdotes, de facto a tenderem para uma espécie de monoteísmo ou apenas a fazer uma forma de sincretismo que todos os politeísmos acabaram por fazer mais tarde ou mais cedo? Não sabemos exactamente a resposta, obviamente, mas a verdade é que convinha aos conquistadores espanhóis pensar que sim e possivelmente o suposto deus Ometeotl virias mesmo a calhar para a conversão mexicana ao suposto monoteísmo católico não fosse o facto de este deus nunca ter existido fora da dualidade criadora mais parecida com Adão e Eva do que com Geová.
De qualquer modo, se Ometecuhtli, se existisse seria Tiamat e o seu aspecto másculo como Ome-tecuh-tli, seria o Apsu. De facto, se alguma ideia de um deus único primordial e criador existiu no politeísmo mais arcaico foi o conceito de Deusa Mãe da Noite e do Caos e, por isso, da Vida e da Morte. No entanto nenhuma mãe o é sem o seu filho e por isso o casal primordial estava subjacente à ideia de deusa mãe primordial e por isso a unidade materna implica necessariamente a dualidade do casal primordial.
Deste binário divino e invisível nasceram as quatro cores das quatro raças que, segundo os azetecas, povoam actualmente o mundo. Esta mesma crença aparece na bíblia como “tábua das nações”.
A mitologia deste deus azeteca é elucidativa quanto às suas origens ocidentais uma vez que decalca quase que literalmente a mitologia dos deuses criadores, o sumério Enki, deus dos abismos do Kur, e o egípcio Atum, o deus homo-sexual no sentido etimológico por ter sido o deus da ambivalência hermafrodita da auto-criação. Na verdade Omo é um prefixo grego que significa igual, similar, e já é estranho que seja parecido como ome- e mais ainda que este signifique dois, porque de facto há poucas probabilidades de haver mais dois seres iguais que não sejam o mesmo ou um casal primordial perfeito.
Em todos os deuses de raiz Ome- se pode inferir a mesma origem étmica dum arcaico mitema virtual *Kime, relacionado com o culto da Deusa Mãe do fogo doméstico nas lareiras primitivas da época paleolítica.
Este Deus-Deusa igual a Atum teve quatro filhos, os Tezcatli-pocas.
O sufixo -pocas, deve ser um diminutivo como o luso –oca e não deve ter sido por acaso que as «pipocas» de milho tostado no forno são borbulhas no Brasil.
Tez-coa-tli-| pocas < phocas < cocas| < Tês-coa-| tri > bri |
ou seja, filhitos (cocas) da Deusa Cobra, como eram os titãs.
Pó-po = carro infantil, porque apita ou porque faz pó? Obviamente que os onomatopaicos ressoam ao que nos parece que devem ressoar. Neste caso, acontecia que os automóveis mais antigos faziam muito pó antes de apitarem nas estadas ainda de terra batida. Pó é parecido com fumo não deixando de ser estranho que este fosse em nauatle popó.
En nahuatl: popocatzin, ‘ser humeante’‘popoctli, humo, fuego; catl, ser: popocatl o popoca, ser humeante, humeante, ardiente; tzintli, diminutivo’
E etimologia nauatl, como grande parte da etimologia clássica, é uma comprovação da tendência natural dos povos para fazerem etimologia popular sobretudo quando ignoram a origem da sua língua materna. In Aztec mythology, Omacatl ("two reeds", "Ome"-"Acatl") was a god of feasting, holidays and happiness, and an aspect of Tezcatlipoca. (...) He was also known as Tezcalipoca, and Titlacauan.
Figura 4: Omaca-tl.
CAPITULO XV, habla del dios llamado Omácatl. Quiere decir «dos cañas». Es el dios de los convites: Este dios de los convites decían que tenía dominio y poder sobre los convites y convidados, que es cuando los principales hermanos convidaban a toda su parentela para darlos de comer y mantas y flores y que bailasen y danzasen y cantasen en su casa. Y cuando este regocijo se había de hacer, el que le hacía llevaba la imagen deste dios a su casa. Llevábanla algunos sátrapas de los que servían en su templo. (...)
Y cuando hacían fiesta a este dios, que era de noche, comulgaban con su cuerpo. Y para esta comunión los principales y teupixques, y los que tenían cargo de los barrios, hacían de masa una figura de un hueso grueso, redondo y largo como un cobdo, y llamábanle el hueso deste dios.
Y antes que comulgasen comían y bebían pulcre. Después de haber comido y bebido, en amaneciendo, al que era la imagen deste dios punzábanle en la barriga con alfileres o con cosa semejante, y lastimábanle. (...)
Tenía en la mano derecha un cetro donde estaba una medalla redonda, agujerada a manera de claraboya. Estaba asentada de canto sobre una impugnadora redonda, y en alto tenía un chapitel piramidal. A este cetro llamaban tlachieloni, que quiere decir «miradero», porque encubría la cara con la medalla y miraba por la claraboya. -- HISTORIA GENERAL DE LAS COSAS DE NUEVA ESPAÑA FRAY BERNARDINO DE SAHAGUN. LIBRO PRIMERO: En que se trata de los dioses que adoraban los naturales desta tierra que es la nueva España.
Omoca-tl era o deus das duas canas porque, como o Komos grego, conduzia os foliões nocturnos com uma ou duas tochas (uma em cada mão?) mas é quase seguro que tal não passava de mera coincidência porque a verdadeira etimologia seria a partir de *Kakime-Caco.
Omaca-tl < Ome + aca-(tl) *Kakime-Caco > Hahuma-coco
> Grec. Komos.                            > Ometoch-tli.
En la mitología mexica, Ometochtli (en náhuatl: ometochtli, ‘dos conejo’‘ ome, dos; tochtli, conejo’)? es un espíritu o dios menor de la embriaguez, y es uno de los cuatrocientos espíritus o dioses menores de los borrachos, (...) hijos de Patécatl y Mayáhuel, el cual, venerado bajo la forma de un conejo, por otra parte, estaba asociado con la fertilidad vegetal y con el viento que toca los vegetales.
En ciertas fuentes se dice que éste lidera a los Centzon Totochtin, cuatrocientos dioses conejos de la ebriedad, a los que se sacrificaba los ebrios intoxicados, pero otras fuentes mencionan a Tepoztécatl como el líder de este colectivo.
Não deixa de ser interessante verificar que os azetecas veneravam também um deus Ometochtli, deus da bebida e embriaguez que na Grécia era suposto ser Dionísio, de nome parecido com Omocatl e quase o mesmo que o grego Komos, filho de Dionísio.
Figura 5: Grupo de foliões e comensais gregos que se juntavam em festas privadas como casamentos e comemorações familiares para celebrarem o deus Komos.

Ver: FESTAS, FOLIAS E CULTOS FÁLICOS (***)

Omoca-tl como Tlamatzincatl ou Coltzin foi considerado como dotado de “eterna juventude” o que o coloca na posição tanto de Komos como de Dionísio.
Haverá alguma relação mais explícita entre estes cultos azetecas e o do deus grego Dionísio? Obviamente que não é necessário que tal aconteça porque Dionísio era inicialmente um termo genérico para designar o «deus menino» Minotauro, o *Ish-ku®ish-anu, o filho de Dione ou Diana. Ora, já é de bastante espanto que Frei Bernadino de Sahagun tenha identificado Diana Artemisina com a deusa mãe dos azetecas Teteoínan, literalmente mãe dos deuses incluindo obviamente o «deus menino» da “eterna juventude” dos azetecas. Na verdade, é quase escandaloso não ouvir no nome desta deusa, o da mãe dos deuses irlandeses que por isso eram chamados Tuatha Dé Danann ("povo da deusa Danu").
Te-teoínan < De Theaunian < Dé Dananin > Dé Danann > Danu > Diana.
                                                                    > Atena.
Tlamatzin-catl < Tlamatzin < Tramazino < K(ur)-ama-ush-anu.
                     Mino-tauro < Taur ma(sh)-ino > T(r)amuz > Tamuz.
Coltzin < Kaur-zinho < *Taurino > Lat. Quirinus.
Te-zcatzón-(catl) < Ish-ku®ish-anu.
CAPÍTULO XXII, que habla del dios llamado Tezcatzóncatl, que es uno de los dioses del vino: (...). Lo mismo de cualquiera borracho, que si alguno murmuraba dél o le afrontaba, aunque dixese o hiciese mil bellaquerías, decían que habían de ser por ello castigado, porque decían que aquello no lo hacía él, sino el dios, o por mejor decir el diablo que estaba en él, que era este Tezcatzóncatl o alguno de los otros.
Este Tezcatzóncatl era pariente o hermano de los otros dioses del vino, los cuales se llamaban, uno Yiauhtécatl, otro Acolhua, otro Tlilhua, otro Pantécatl, otro Izquitécatl, otro Tultécatl, otro Papáztac, otro Tlaltecayohua otro Umetuchtli, otro Tepuztécatl, otro Chimalpanécatl, otro Colhuatzíncatl. -- -- HISTORIA GENERAL DE LAS COSAS DE NUEVA ESPAÑA FRAY BERNARDINO DE SAHAGUN. LIBRO PRIMERO: En que se trata de los dioses que adoraban los naturales desta tierra que es la nueva España.
Claro que seria fastidioso descamisar toda a corte infernal de deuses acompanhantes “deus menino” azeteca (que era taurino em Creta) Tezcatzón-catl, pai de Omo-catl, mas suspeitamos que seriam meros epítetos deste deus de que destacamos o de Pante-catel por nos ressoar ao arcaico deus caprino Pan-te ou Teos Pan, deus dos panascas e foliões e do pânico dos que o temem. Este velho deus rústico da Arcádia associado aos cultos dionisíacos do vinho como Hefesto, deus do fogo, era filho de Maia.
Figura 6: Mayahuel.
Mayahuel era a deusa asteca da agave (planta da qual se destila a tequila) e por consequência a deusa da embriaguês. É uma das deidades relacionadas com a terra.
Mayahuel era representada por uma jovem com o corpo pintado de azul que se assomava por uma penca de agave. Mayahuel é a esposa de Pa(n)tecatl.
(…) "Ometochtli - Tepoztécatl", dios del pulque está asociado con la fertilidad vegetal y con el viento.
Según un mito mesoamericano, Tepoztecatl fue uno de los innumerables hijos de los dioses Mayahuel y Pantécatl (diosa del maguey y dios que descubrió la fermentación del aguamiel para la obtención del pulque).
Obviamente que não estaríamos à espera de que a posição hierárquica geracional fosse a mesma entre os azetecas onde Maya-hel é esposa de Pantécatl e os povos egeus porquanto, na Grécia, Maia é supostamente avó de Pan.
Figura 7: Dionísio sendo adorado em altares privados na forma de Hermes.
De qualquer modo não deixa de ser surpreendente que Dionísio seja representado como Hermes sendo possível que tenham sido os gregos a lateral a divina filiação de Pan que afinal em vez de filho teria sido pai de Hermes o que afinal já se suspeitava por este deus rústico ser considerado um dos mais arcaicos da Arcádia.
1 – Tezcatlipoca Nergro.

Figura 8: Tezcatlipoca with a smoking mirror in place of one foot.
Tezcatlipoca es (...) el norte es una región árida por donde soplan los vientos fríos; él tenía la habilidad de conocer los pensamientos y los sentimientos, además de ser omnipresente; es el guerrero del norte, representa el cielo nocturno, la luna y las estrellas, es llamado "noche y viento, el árbitro, el que piensa y rige por su propia voluntad"; es el dios de la noche y la tentación, una de sus características más relevantes es poseer la juventud eterna, por eso era llamado telpochtli (el siempre joven); es invisible, virtud por la que se lo creía omnipresente y se le atribuye además el nombre yáotl (el enemigo), como la creación del aire y la música (en una mano porta flechas, en la otra una flauta). Es el dios que da y quita la riqueza, es el protector de los esclavos.
Tez-c(o)atli-poca, supostamente significando O «tisnado», era afinal um dos quatro deuses primordiais azetecas por antonomásia porque seria este um dos epítetos do “deus menino”.
Figura 9: Tezcatlipoca Negro do Códice Borgia.
Tez-c(o)atli-poca, o deus «tisnado». Quase que seguramente a forma mais primitiva de os guerreiros se prepararem para a guerra seria enfarruscarem-se com cinza e sarapintarem-se com tições. Os Titãs que mataram o “deus menino” fizeram o mesmo.
El lado norte del universo se identificaba con el Mictlán, región del reposo, y se llama Mictlampa, rumbo de los muertos. Se asocia con el color negro, con la imagen del Técpatl o cuchillo de pedernal, lo preside Yayauhqui Tezcatlipoca (Oscuro espejo su esplender). El norte es una región árida por donde soplan los vientos fríos. Tezcatlipoca es señor de los guerreros y gobernantes; guardian del frío que representa el cielo nocturno. Es un protector que tiene el don de la ubicuidad. Su atributo principal es el espejo que humea; su disfraz es el jaguar, el que va al corazón de la montaña (Tepeyolohtli) y su emblema un cuchillo de obsidiana, que representa el viento negro y cortante, como las palabras que desarmonizan el entorno y la comunicación cuando no se emplean adecuadamente. Tezcatlipoca es, junto con Quetzalcóatl, quien dio origen al mundo. Esta imagen procede del Códice Borgia.
Entre los toltecas, era un protector transformador que descendió del cielo a la tierra valiéndose de una tela de araña, para destruir la obra de Quetzalcóatl, a quién se le apareció bajo el aspecto de un viejo que le ofreció el brebaje de la inmortalidad, pero éste era en realidad una bebida enloquecedora.
«Tisnar» de *tiçonar, de «tição» < Lat. titione > + *Ti-Tão > Titã.
*Ti-teão, o deus da época dos gigantes, não terá sido senão o nome arcaico do filho de De-a / De-Ana, literalmente a deusa do grande e profundo mar alto, ou seja, E-a / Enki ou Kião. O deus etimologicamente mais próximo do classicismo terá sido Dion-ísio, o deus «tição» que os sátiros queimaram num rito canibal que os ameríndios ainda praticavam.
Figura 10: Códice Borgia: deus azeteca (Quazalquatl) com os olhos a saltar das órbitas de tanto se esforçar a segurar o mundo como Atlas. (Restauro cibernético).
A «tenaz» (< Lat. tenace, que segura) seria uma variante de A-tlas, o deus que com grande tenacidade segurava o céu e que acabou na forja dos ferreiros com Hefesto, nos cultos dionisíacos já que terá sido com ela que Atena recolheu *Tição, que era o coração do deus menino. Neste mito é patente a antinomia da guerra dos anjos referida em Enoque, na Titanomaquia e na epopeia suméria da criação, Enuma-Elish.
Tez-c(o)atli-poca é a variante negra de Apolo que primeiro foi Hermes e depois Dionísio.

2 – Tezcatlipoca Vermelho.
Figura 11: Xipetoteque, o deus esfolado.
Xipe-Tótec es una deidad de la mitología azteca. Es así mismo el Tezcatlipoca Rojo, su región es el este donde nace el sol. Es la parte masculina del universo, la región de la juventud y de la aurora, del maíz tierno, la abundancia, la riqueza y el amor. Representa la fertilidad y los sacrificios. Era también el patrono de los orfebres. Su nombre significa Nuestro Señor, el Desollado y se debe a que se quitó la piel para alimentar a la humanidad, símbolo de la semilla de maíz que pierde la capa externa antes de la germinación. Los sacrificados a él eran despellejados vivos. Era representado como una persona adulta y robusta de piel dorada o de obsidiana, con un tocado, una copa en la mano derecha y un escudo en la otra y viste la piel de los sacrificados (al igual que sus sacerdotes). También se le representa con la idea del más allá.
Xipeto-teque, supostamente significando “O corado”, deve corresponder à tradição italiana de Jepeto, variante mitologicamente próxima de José, o pai de Jesus mas que biblicamente corresponde na “tábua das nações” a um dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafet.
Xipeto-teque significava supostamente “O corado”, por razões que só o gosto azeteca poderia explicar cabalmente.
Anualmente, los esclavos eran seleccionados como sacrificios a Xipe Totec. Estos esclavos eran despellejados cuidadosamente para producir una piel casi entera que entonces era usada por los sacerdotes durante los rituales de la fertilidad que siguieron el sacrificio. Se han encontrado las pinturas y varias figuras de arcilla que ilustran el método de despellejado y el aspecto de los sacerdotes usando estas pieles.
Los totonacas de la ciudad de Cempoallan lo veneraron como su dios principal.
Xipe-Totec era considerado o deus da fertilidade para os astecas. Era o deus da vegetação primaveril, da Primavera eterna, dos vegetais. Significa "nosso senhor esfolado", coberto com a pele de uma vítima de sacrifício, que simbolizava a vegetação que cada ano cobre a terra.
Como símbolo de la nueva vegetación Xipe Totec usaba la piel de una víctima humana. Esta representaba la "nueva piel" que cubría la tierra en la primavera.
Durante el segundo mes ritual del año azteca, Tlacaxipehualiztli ("Desolladero de Hombres"), los sacerdotes sacrificaban víctimas humanas extirpando sus corazones. Desollaban los cuerpos y se ponían las pieles, las cuales eran pintadas de amarillo y llamadas teocuitlaquemitl ("vestiduras doradas").
O deus esfolado, como era debulhado o cereal, partilhava do forte mitema de que as cobras mudavam de pele e rejuvenesciam por morte e ressurreição como as larvas.
Fue él quien se despellejó vivo para darle de comer por primera vez a los hombres, la leyenda cuenta que a principios de la humanidad, Xipe Tótec se sacrificó a sí mismo arrancándose sus ojos y desollándose vivo para que el maíz pudiera germinar y así los humanos pudieran subsistir. Y debido a su gesto benéfico se le atribuían los sacrificios humanos, a las víctimas de los tributos se las desollaba vivas; se decía que con éstos se lograría la felicidad y algunas enfermedades serían curadas. En los últimos días, los que padecían algún tipo de dolencia realizaban una procesión para implorar su curación a Xipe Tótec.
O sufixo –tec não seria mais do que um diminutivo azeteca derivado de um teónimo arcaico do “deus menino”, *Te-Ku, o deus do «cu» do mundo que foi um dos epítetos do deus marinheiro Enki desde a suméria, onde era Gu, à Catalunha, onde era Gau-di…mas que, na Lusitânia, seria apenas Chico.
El náhuatl pone a la disposición de sus hablantes varios recursos léxicos y gramaticales para nombrar los lugares y sus habitantes. Hay toda una gama de sufijos toponímicos, como -tlan, -ko y -kan. Los gentilicios correspondientes suelen terminar con sufijos como -teco [-tēko] 'dueño de' (relacionado con tecuhtli [tēkʷtɬi] ‘señor’) o -teca(tl) [-tēka(tl)] ‘habitante de’, -e(h) ‘dueño de, poseedor de’, -hua(n) [-wa(n)] ‘dueño de, poseedor de’. Estos sufijos aparecen comúnmente en los nombres de los pueblos indígenas de México; tienen en común la idea de ‘persona asociada con’, refiriéndose la raíz sustantiva a la que se posponen. -- ¿Por qué tanta confusión? Nombres que frecuentemente causan confusión de lenguas indígenas de México, David Tuggy T. con la participación de: Doris Bartholomew, Nancy Collard de Hagberg, Benjamin F. Elson, Larry Hagberg, James K. Watters, Elizabeth Willett, Thomas Willett.
Figura 12: Tecciztecatl.
Tec-ciz-tec-atl (en náhuatl: tecciztecatl, ‘morador del caracol’ ‘tecciztli, caracol y por extensión luna; tecatl, morador de, habitante de, persona de’)? ].
*El sufijo -tecatl es utilizado únicamente para formar gentilicios. En realidad, el vocablo Tecciz-teuctli viene a significar Dios Lunar. Teuctli significa señor, amo, dios y dueño. Es normal encontrar palabras donde Teuc- se contrae en -Tec. Atl es un sufijo nominal.
Quando corremos o risco de fazer afirmações inauditas e incríveis depressa os gramáticos nos colocam os pontos nos is. Teuctli significa senhor porque deus é senhor em todas as culturas porque, etimologicamente, seria *teu-catil derivado de uma proto-linguagem egeia que seria *Teu-Ka-Ker, a deusa mãe terra que transporta a vida.
Teuctli < *teu-catil < *Te-u-Ka-Ker ≈ Ki-an-ish-taur ⬄ senex > sénior
> «senhor».              > Teca-tir < teca < θήκη, thēkē = caixa, caixa torácica.
< caixão < sepultura < cova > «toca» < Te-oca > Te-oikos = lugar de deus.
En la mitología mexica (Tecciztecatl), es el dios que se convirtió en la Luna, que pudo haber sido el Sol pero retrocedió ante la prueba, y en su lugar Nanahuatzin se convirtió en el astro del día. En algunos mitos, es homólogo del misterioso Tezcatlipoca, el cielo nocturno, antagonista de Huitzilopochtli.
Notar que no nome de Tec-ciz-tec-atl, a raiz tec- aparece duas vezes o que faz suspeitar que se trata de uma reiteração da ideia de um deus duplamente escondido na toca, primeiro da concha do caracol e depois na toca dos coelhos.
De facto, Tecciztecatl era um eufemismo para a lua enquanto deus que falhou a ressurreição solar por cobardia que os coelhos simbolizavam por só saírem da toca à noite com medo dos predadores.
Nanahua-tzin showed more courage and jumped into the fire. Tecciztecatl gained his courage and followed Nanauatl, thus forming two suns in the sky. The gods, being somewhat class conscious, were angry that rich and proud Tecciztecatl had to follow humble Nanauatl, threw a rabbit at Tecciztecatl leaving an imprint of the rabbit’s shape and dimming Tecciz-tecatl’s brightness to the point where he could only be seen at night.
In some depictions, Tecciz-tecatl carried a large, white seashell on his back, representing the moon itself; in others he had butterfly wings. He was a son of Tlaloc and Chalchiuhtlicue.
A relação do coelho com a silhueta lunar parece ser um mito recorrente do extremo oriente mas desconhecido no mundo ocidental excepto indirectamente.
In Mesopotamian myths, the rabbit was associated with feminine power because of their ability to procreate quickly and easily. They were also aligned with the triple goddess within their pantheon because of the rabbit's triangular teeth, and commonly having litters of three. --
Figura 13: Restauro cibernético da águia de duas cabeças com dois coelhos em suas garras do templo hitita de Alaja-Huyuk.
Sendo o coelho associado à sexualidade reprodutora feminina, tal como o bode era à sexualidade masculina, indirectamente seria um símbolo de submissão, sexual ou não, como o parece demonstrar o símbolo hitida da soberania.
Según el pensamiento religioso Mexica, y a falta de una definición más completa y formal, había una conexión entre el Dios y el individuo, lo que se manifestaba en la representación ritual del ‘dios’. Sin embargo, durante algunos de los rituales más importantes se veían conceptualizaciones de los dioses en los detalles de los vestuarios que portaban los actores. Los más apantallante y revelador era la convincente y costosa forma de los ixiptlas humanos, quienes eran ensamblados detalle por detalle hasta crear complejos íconos vivientes de una hermosura extrema. Las víctimas sagradas que estaban destinadas a morir en este tipo de actos religiosos, eran adaptadas para crear todo un espectáculo, pero ser ‘ixiptla’ era una categoría maravillosamente elástica. Para cubrir esta definición no se necesitaba morir; frecuentemente cuando una cabeza de familia ofrecía un banquete éste solicitaba la presencia de la ‘viva imagen’ del dios de las fiestas para que aportara bendiciones a tan esperada ocasión. Un hombre, de preferencia un sacerdote, acudía a la casa que se encontraba adornada adecuadamente, llevaba a cabo su ritual y se marchaba con una recompensa por su acto. Se pensaba que otras deidades habían tenido ixiptlas humanos, casi siempre sacerdotes, que vivían por siempre en sus templos. Ixiptlas eran los sumos sacerdotes que se ataviaban en sus trajes referentes a dioses y así observaban las muertes gladiatorias llevadas a cabo en el ‘Festival del Desollamiento de los Hombres’. Con estos trajes se identificaban como delegados, tenientes e imitadores de los dioses.
«Esfolar» < Lat. *exfollare.
Ixiptlas < Ex-ip-tra ⬄ ex-| tri-pa ⬄ «tripa» < Ár. tharb, peritoneu
⬄ «tripe» < Fr. tripé. espécie de estofo aveludado.
De qualquer modo, os deuses “manda-chuva” ficariam rubros de paixão e rancor nas tempestades e como era esta a cor do sangue da vida estaremos perante um deus tão marcial como foi Techuve, o deus hitita que mitologicamente veio a ser Júpit-er em Roma.
Xipeto-(Teque) < Xi-Peto > Jepeto, pai de Pinóquio.
Este deus das descamisadas do milho-rei teria sido no ocidente o deus das malhadas dos cereais e tinha funções de deus de fertilidade agrícola que entre os hititas era o papel de Telebino. Mas, como seria de esperar, as semelhanças entre mitologias da época oral, afastadas no tempo e no espaço e com o oceano Atlântico de premeio só poderiam ser ocasionais. No entanto, é inevitável postular que entre elas existiu outrora um fundo cultural comum e que os registos conhecidos a ocidente nunca foram tão sombrios apenas porque esta fase sombria da humanidade terá estado apenas relacionada com pequena glaciação que precedeu a época mítica do dilúvio e provocou no crescente fértil o aparecimento da agricultura organizada. Dito de outro modo, a lenda da guerra dos deuses registada nos primeiros escritos sumérios simboliza precisamente a ideologia paternalista emergente no crescente fértil e que marcaria o fim dos sacrifícios humanos à tenebrosa Deusa Mãe da vida e da morte.
Figura 14: Xipe Totec do Códice Bórgia.
Otras víctimas eran atadas a un marco y se les daba muerte con flechas; se creía que la sangre que brotaba de sus cuerpos simbolizaba las fértiles lluvias de la primavera. Un himno se cantaba en honor de Xipe Totec llamándolo Yoalli Tlauana ("Bebedor Nocturno") porque las buenas lluvias caían durante la noche.
Le agradecían por traer a la Serpiente Emplumada, símbolo de abundancia, y por prevenir la sequía.
No entanto, sendo a agricultura ocidental menos fértil a ocidente é de postular que a civilização minóica tenha continuado esta tradição de sacrifícios cruentos ou pelo menos nas regiões mas afastadas do centro mediterrânico, como entre os celtas e nórdicos ou concretamente entre os guanches das Canárias e nas diversas culturas ameríndias. Por outro lado, se é certo que o pouco que nos ficou da cultura minóica quase nada revela de sacrifícios humanos sistemáticos também é verdade que a suspeita de que estes tenham sido praticados perpassa no mito do Minotauro e de Talos, em alguns registos micénicos das oferendas aos templos, no agressivo e mortífero culto taurino e nos relatos de Homero a respeito de sacrifícios humanos a Artemisa.
De qualquer modo Xipeto-teque é como Techuve um deus “manda chuva”, deuses que a oriente deixaram indícios de terem sido também deuses de fertilidade agrícola primaveril que se tornavam marciais no Outono. Se os hititas acabaram por deixar este papel de deus de morte e ressurreição pascal para Telepino, filho de Techuve e porque terão sido outrora o mesmo deus e este último tenha acabado como chefe do panteão hitita.
«Delfim» < Tliphino < Te(le)-pino > Te-Kinu > *Te-Ku.
                                                               = Kuni > Huni > Etrusc. Uni.
São fortes suspeitas de este deus ter sido Sete, o deus que no Egipto matou o irmão Osíris e por isso era amarelo e bissexual.

3 – Tezcatlipoca branco.

Ver: QUETZALCOATL (***) & DIONÍSIO II (***)

4 – Tezcatlipoca azul.
Coatlicue era la madre del dios Huitzilopochtli. Ella dio a luz a Huitzilopochtli luego de que una pluma se le metiera en el vientre mientras estaba barriendo sobre el Coatepec (Cerro de la Serpiente). Ese embarazo misterioso ofendió a sus otros cuatrocientos hijos (los Centzon Huitznahua) que, instigados por su hermana Coyolxauhqui, decidieron matar a su deshonrada madre para vengar a su padre Mixcóatl.
Figura 15: Huitzilopochtli (traduzido por Beija-flor Azul ou Beija-flor Canhoto) era o deus do Estado e da guerra asteca.
Era o padroeiro da cidade de Tenochtitlán, capital da confederação asteca. También foi conhecido como Ilhui-catl Xoxo-uhqui e estava associado ao sol.
Según la tradición, Huitzilopochtli nació de Coatlicue, la Madre Tierra, quien quedó preñada con una bola de plumas o algodón azulino que cayó del cielo mientras barría los templos de la sierra de Tollan. Sus 400 hermanos al notar el embarazo de su madre y a instancias de su hermana Coyolxauhqui, decidieron ejecutar al hijo al nacer para ocultar la supuesta deshonra, pero Huitzilopochtli nació y mató a la mayoría.Tomo a la serpiente de fuego xiuh-coatl entre sus manos y le dio forma de hacha y venció y mató a Coyolxauhqui con una enorme facilidad, quien quedó desmembrada al caer por las laderas de los cerros. Huitzilopochtli tomó la cabeza de su hermana y la arrojó al cielo, con lo que se convirtió en la Luna, siendo Huitzilopochtli el Sol.
Huitzil-opoch-tli < Huitzil-| poca(-tli) | < Huitzil ⬄ Etrusc. Usil.
Huitzil ⬄ Quetzal = Colibri < Carib. Kol-ibris.
A relação étmica com Usil etrusco é demasiado óbvia para não ser uma prova evidente de que a mitologia arcaica ocidental foi partilhada pelos ameríndios que em parte terão tido origem ibérica, etrusca e fenícia, senão também egípcia, mauritana e senegalesa.
Huitzil-opochtli terá guardado de Apolo o sufixo –opochtli.
Opo-ch-tli < Aupo-ish-tel = Apo-te-lish = Te Apolish.
Kartu - (Temis = Shausca)
Kartu > Kau-ishaur > Co-ishol > Coyol.
Coyol-xauhqui tem aqui o papel da puritana Artemisa. No entanto na fonética apenas se descortina a hitita Shausca. Como se suspeita que Artemisa seja um nome compósito de Kar-Temis, Coyol seria uma corruptela de Kartu.
Coatlicue, a Terra, mãe do deus Sol, Huitzilopochtli deu à luz em primeiro lugar a Coyolxauhqul, identificada como a Lua, estando associada com um grupo de 400 deidades estrelares, conhecidas com o nome de Huitzauna, que se encontravam sob seu controle. Alguns povos a chamam de Coatli-cue (saia de serpente), outros de Cihua-coatl (mulher serpente) ou Ton-na-tzin (>” Dona-Cinha”, Nossa Mãe).
Também os Huitzauna seriam os Anunaki.
Anun-aki = aki-Anun < Kauki-anuna > H(a)u-shi-a(n)una > Hu-itz-auna < Huitzauna.

sábado, 23 de janeiro de 2016

RIO CÔA, (actualização de DAGON E O MISTÉRIOS DAS ILHAS PERDIDAS ocidentais), por Artur Felisberto.

Por outro lado, é quase seguro que esta variante fonética, que implica o étimo Gu- e Côa, seria tipicamente ibérica e faria parte dos falares locais pré-celtas que teriam sido exportados para as Américas em época paleolíticas por via das rotas marítimas que passavam nas Canárias!
A este propósito à que suspeitar das referências eruditas a respeito do nome deste rio que andam por aí referidas.
Côa. Do latim Cuda posteriormente Coda, com possível origem no pré-celta kut (javali) ou no basco kuto (porco). Está na origem de transcudano, que é relativo a Ribacôa (adjetivo), natural ou habitante de Ribacôa (nome) ou antigo povo da Lusitânia (nome no plural).
Fazer derivar o nome de uma rio da existência de porcos selvagens nas suas margens faz pensar nos perigos da imaginação fértil de estudantes que passam mais tempo a ler a banda desenhada de Astérix do que a fazerem investigação e acabam a confundir bascos com celtas e estes com gauleses que passariam a vida atrás de javalis. Obviamente que todos os equívocos etimológicos sobre o Côa resultam dos seus supostos habitantes de Ribacoa que seriam os Trancudanos.
Transcudanos, Transcudani, Transkutani (tribo celta de Lusitanos Lancienses do norte) [área do Sabugal e concelhos vizinhos].
Situados no planalto da Guarda / Sabugal, os Lancienses Transcudani viriam até ao rebordo desse planalto ou, mais concretamente, até às alturas de Cabeço das Fráguas.
Referiremos, em primeiro lugar, que a proposta de situar os Lancienses Transcudani na margem esquerda do Côa, apresentada por muitos autores, assenta na ideia de que o Côa se chamava Cuda. Fernando Curado (1988-94, p. 216) observou já que o nome antigo do rio seria Cola, ainda atestado na época medieval. J. P. Machado (1993, voc. Côa) considerou Cola dos documentos medievais como um falso latinismo mas não cremos, neste particular, que o autor tenha razão. Situados no planalto da Guarda / Sabugal, os Lancienses Transcudani viriam até ao rebordo desse planalto ou, mais concretamente, até às alturas de Cabeço das Fráguas (1018 m), S. Cornélio (1008 m) e Mosteiro (939 m), três elevações que se observam na paisagem a muitos quilómetros de distância. A sul, o limite passaria pela serra da Malcata (que, aliás, poderia ter sido a Cuda romana, nome não atestado literária nem epigraficamente mas pressuposto pela própria designação de Transcudani). -- Novas perspectivas sobre os Lusitanos (e outros mundos), por JORGE DE ALARCÃO.
Na localização dos Lancienses Transcudani as várias teorias multiplicam-se. A primeira dúvida vai para a designação Cuda, para uns referente ao Côa, para outros, respeitante a um acidente geográfico. Alarcão, na sua obra O domínio Romano em Portugal, delimita a zona de influência dos Transcudani entre a Serra da Malcata a Sul e a da Marofa a Norte, confrontando com os Aravi e Cobelci, podendo ocupar as duas margens do rio Côa, sendo limitado a oriente pelo rio Águeda e a ocidente pela Serra da Estrela. (...)
Mais recentemente a teoria de Alarcão sobre a localização destes Túrdulos alterou-se, defendendo a sua influência apenas na margem esquerda do Côa, abrangendo o planalto Guarda / Sabugal. Já Marcos Osório relembra as duas hipóteses: ou os transcudani se situavam entre o Côa e o Águeda, ou apenas na margem esquerda do Côa, para ocidente. Este mesmo autor relembra a existência de um documento do séc. XIII ou XIV em que o Côa é denominado de Coam ou Cola, o que leva a alguns a defenderem a alternância do “d” para “l”, atestando a hipótese de que Cuda se refere ao Côa, e logo transcuda significaria para além do Côa. Já Luis García Moreno defende que entre o rio Côa e o Águeda ficavam os Interamnienses, colocando os Transcudani na margem direita do Côa. – Vilar Maior – Evolução de um castelo e povoado raiano de Riba-Côa,  Maria Virgínia Antão Pêga Magro.
Portanto quando tentamos resolver o problema da origem do nome do rio Côa a partir do nome dos residentes locais acabamos por cair numa dificuldade ainda maior que é a de não saber muito bem quem vivia nas margens do Côa.
Os Interamnienses lusitanos, omissos em Ptolomeu mas citados na ponte de Alcântara e em inscrições da Idanha, confrontavam a leste com os Colarni, povo da margem direita do Côa, antigo Cola.
A cidade Colarnum, estaria aí por Vilar Maior, no concelho do Sabugal. O topónimo “Vilar” aplica-se na acepção de alcarial, o mesmo que ruínas, geralmente romanas. Os Colarnos são o quinto povo da inscrição de Alcântara.
Os Lancienses cognominados Transcudanos (sexto povo) ocupariam a aba setentrional da Serra da Estrela que seria, por esse tempo a Serra de Cuda, a originar a distinção de Transcudanos. -- http://lancia.com.sapo.pt/Lusitania.htm.
Como se vê ninguém se entende sobre a localização dos povos lusitanos pré-romanos e não se entende como poderia ser que estando os Coilarni na área de Lamego houvesse uma civitas Colarnum em Sabugal...que outros colocam no Alentejo. Tendo que tomar partido pelo melhor aceita-se com Jorge de Alarcão que o território dos Transcudanos seria sobretudo na planalto da Guarda e Sabugal num território cujo limite a sul por “passaria pela serra da Malcata (que, aliás, poderia ter sido a Cuda romana, nome não atestado literária nem epigraficamente mas pressuposto pela própria designação de Transcudani.)”
Claro que é um risco presupor que a serra da Malcata seria a “Cuda romana” que, quiçá, nem seria romana porque Cuda é seguramente pré celta.
Em primeiro lugar, Salamati está directamente relacionado com o nome moderno da área montanhosa de Jálama (1492 metros), que na Antiguidade era chamada Sálama. Sálama provavelmente cobria a área da Serra da Gata até à Serra da Malcata ou à Serra de Las Mesas, muito perto dos locais onde as inscrições foram encontradas. Em segundo lugar, se a interpretação de Melena estiver correcta, o nome Salamati aparece numa inscrição como D(eus) O(ptimus)..
E de súbito os céus se iluminam com a verdade revelada como gata escondida com rabo de fora. Afinal Cuda não seria o Côa porque a serra da Malcata teria dado nome aos transcudanos de forma muito indirecta porque terá tido nome ressente por mera analogia com a “serra da Gata” onde proliferava o lince ibérico que na serra da Malcata seria a «mala-gata» ou seja a «gata» má porque só com o latim eclesiástico do baixo latim é que a maçã (malum) do pecado se transformou por antonomásia em nome do mal! Então que nome teria a serra da Malcata? O melhor será dizer que não sabemos mas que não seria também ela a dar nome aos trenscudanos que não andariam apenas por cima dela pois estes rudes beirões de antanho seriam os que, como os transmontanos que viviam atrás dos montes, habitavam na região do Alto Côa e do Sabugal atrás das fragas (*cudo > «godo» > «gogo») como em Sortelha e Monsanto.
«Gogo» = Regionalismo: calhau rolado pelas águas; «godo» < Lat. cotu < cotulu, m. s.), s. m. seixo boleado pelas águas. . Pedra lisa e arredondada sobre a qual os sapateiros batem a sola.
http://i1.trekearth.com/photos/88188/castelo_de_monsanto.jpg
Sortelha.
Monsanto.
Por el contrario hay algunos términos exclusivos del arco cantábrico que deben pertenecer a un substrato local; sería el caso del santanderino cudon canto rodado de cierto tamaño (También Bourg. codon, piedra) si aceptásemos su etimología pré latina, porque Tienne reflejos toponímicos hasta Galicia y porque quizá en ese caso estaría relacionado con el rio portugues Côa que dio nombre en la antiguidad a los Lancienses Transcudani (CIL 760, 5261).
(* TovAtt 955:19-20; en ultimo lugar con la bibliografía anterior GUERRA 2003. s. v. Lancienses Transcudani: restos de una redacción anterior s. v. Lancienses (Vert.). n° 3. Se ha propuesto también una etimología latina. cos, cotis. cf. cat. Codina guijarro' port. dialec. Godinito 'piedra'.)
La voz canto 'piedra' (III en COROMINAS-PASCUAL), atestiguada desde Berceo y en las Cantigas, que no debe ser confundida con canto 'extremidad' es común a los romances hispánicos y sin duda prelatina. Existe una errónea etimología oculta basada en el falso corte galo **kantena que no existe ya que se trata de dekanten 'diezmo'; hay testimonios toponímicos, como Cantanhede, Cantalejo o Benacantil ampliamente repartidos por la Península pero es imposible atribuir la forma a un estrato lingüístico concreto. -- Onomástica galega II - Dieter Kreme.
Quanto à etimologia do rio Côa continuamos a navegar em águas inseguras porque teimamos em não aceitar a etimologia corrente que o relaciona com cuda que, como já sabemos agora, se relaciona com pedras o que não é característica única da nascente do Côa.
Côa; Codes; (...) Côja - o mesmo que Côa? Cua *(Gz.) - do grupo "Côa" (Cuda). Hidrónimos, ou Nomes de Rios
O autor do texto “Hidrónimos, ou Nomes de Rios” enferma do preconceito corrente que faz derivar Côa de Cuda que só seria válido para o rio Codes deixando de fora o rio Alcoa que nada tem de pedregoso...nem de suspeitos javalis gauleses. Em boa verdade a etimologia do Côa deve encontrar-se no que ainda parece ser: um rio que se «escoa» por entre as penedias graníticas e xistosas da Beira Arreiana e que por isso teria etimologia comum com o verbo «coar», do latim colare de que resulta o francês couler.
Latin Colare = From earlier *quelō, from Proto-Indo-European *kʷel- ‎(“to move; to turn (around)”). Many cognates including Ancient Greek πέλω ‎(pélō), πόλος ‎(pólos), τέλλω ‎(téllō), τέλος ‎(télos), τῆλε ‎(têle), πάλαι ‎(pálai), κύκλος ‎(kúklos), Sanskrit चरति ‎(cárati), English wheel. Same Proto-Indo-European root also gave Latin in-quil-īnus ‎(“inhabitant”) and anculus ‎(“servant”).
Obviamente que com este tipo de etimologias repleta de falsos e irreconhecíveis cognatos é mais fácil fazer etimologia do que cartomancia!
É muito mais plausível que o latim colare derive de *coluvrare e de coluber que significava serpente do que de qualquer outra coisa.
«Côa» < Coam < Co(l)am <= Lat. colare < coluare < *coluvrare
< colubra < Ka-lu-pher, a cobra macho => Kupra,
a cobra fêmea como Afrodite Cipíria .
Obviamente que esta seria a etimologia do termo latino colare que pode não ter tido outra semelhança com o Côa que não fora a de serpentear entre vales e penedias.
https://allunos.files.wordpress.com/2012/11/vale_coa.jpg
Em conclusão esta etimologia serpentina do Côa não invalida a sua remota relação como o deus Gu-a da água doce e da sabedoria dos abismos primordiais precisamente porque Gu-a, ou Chu-(w)a o senhor das aguas das chuvas era a cobra emplumada das tempestades e filho adorado de divina mãe a deusa cobra do mar primordial e das cobras cretenses.

Pois é bem possível que o nome do Côa só derive do conceito de escoar, de origem latina, de forma indirecta porque até mesmo o verbo «coar» seria já um afeiçoamento do latim aos falares locais dum verbo formado a partir da água que se côa e escoa e que em latim era aqua. Tal pressupões postular que o Côa seria de facto Kuda e não Cola como os romanos pensaram que seria ou seja o nome medieval do Côa suposto Cola seria uma latinização do nome local do rio que seria *Kua-dan e que deu nome aos transcudanos.

Então porque é que o Côa não veio a ser *Coda ou *Gôda? Porque o seu nome seria uma forma composta relativa ao deus Ku(a), a forma mais arcaica do deus taurino sumério que veio a der Gu, e por aqui as populações ainda saberiam isso. Então comprova-se a suspeita de que a linguagem nasceu erudita começa com a escrita e esta com os pictogramas do vale do Côa que já seriam uma forma arcaica de escrita.

Côa < Ku(a) > A-kua = água corrente (do deus Côa) > «água»[1].

Côa < Ku(a) + Dan > *Kua-dan > Trancudanos.

Notar que não terá sido por acaso que o rio mais próximo se chama Águeda.

Águeda é um rio internacional que nasce em Espanha na Serra da Gata; irmão gémeo do rio Côa; tem uma extensão de 130 km e desagua no Douro junto a Barca d'Alva no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. No seu trajecto passa pela espanhola Cidade Rodrigo.

Notar que há dois rios portugueses com o nome Águeda sendo um afluente do Douro na fronteira de Barca d´Alva e outro afluente do Vouga e notar também que ambos têm um afluente que se chama Agadão o que nos deixa a suspeita de que inicialmente todos estes cursos de água teriam o nome *A-Kua-Dan e que o Côa seria inicialmente *Kua-dan.



[1] Por estes lados da Foz do Côa a água ainda se chamava nos anos 50 aua.