quarta-feira, 16 de junho de 2021

I SAGRADA FAMÍLIA 4. AS TRÊS-MARIAS NA VIDA DO “DEUS MENINO”, por arturjotaef

 

AS TRÊS MULHERES DA VIDA DE OSÍRIS. 1

AS TRÊS NOSSAS SENHORAS. 2

AS TRÊS-MARIAS. 6

ALFEU OU ELPIS, 19

UMA DAS CONCUBINAS DE HERODES O GRANDE?. 19

 

AS TRÊS MULHERES DA VIDA DE OSÍRIS.

Existe uma teoria, não inteiramente despropositada de todo como se verá, que faz com que as “Três-Marias” da vida de Osíris não sejam senão variantes da mesma entidade.

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Figura 5: O trio divino da vida de Osíris. Néftis, a “Sr.ª do castelo” que, tal como Cibele, transporta a cidade à cabeça Hathor, a “Sr.ª da Aurora” que não consegue esconder a sua vontade de engravidar para ser mãe de Hórus, o sol, e Isis, a “Sr.ª do trono” (ó throno helkes terion ?).

Just as Lady Isis's title as "Home of Hero" became the name Hathor, the name of Nephthys comes from her title of "Lady Of The House" - Nob*t Hut. (Hellenized later into Nephthys).

Her crown plays a similar role as visual and verbal pun: the hieroglyph for "home" is drawn standing on its end, with the hieroglyph for "lady" on top. Drawn this way, the hieroglyph for Isis is hidden inside, showing that a home is shaped by souls in love.

Ísis era a deusa do amor e da magia, considerada também a mãe de todo Egipto e teve vários títulos que a identificavam como deusa da fertilidade: "Grande deusa Mãe" e "Força fecundadora da natureza" e "deusa da maternidade e do nascimento". Porém, estes papéis mitológicos eram os da vaca Hator e por isso, Isis e Hator acabaram por ser representadas como sendo a mesma entidade sobretudo quando se tratava de representar Isis como uma deusa vaca dando de mamar ao deus menino Harpocrates. Assim, Isis e Hator tiveram o mesmo toucado de ave encimado pelo disco solar despontando entre os cornos duma vaca sagrada.

Do mesmo modo Néftis acabou sendo identificada com Hator à medida que o seu culto divergia localmente para o de uma grande “deusa Mãe”!

In an abundance of temple texts and inscriptions, Nephthys quite often was described as a youthful, nubile, and exceedingly beautiful goddess - attributes which would facilitate her later identification with Hathor (or perhaps proceed from that identification). While intrinsically related to Isis in almost every aspect, Nephthys yet retained certain qualities that differentiated her from her sister: she was, seemingly deliberately, the more intangible, unpredictable half of the dyad.

Nephthys also, like Isis, has many forms, for she is one of the two Maat goddesses, and she is one of the two Mert goddesses, and she is one of the two plumes which ornamented the head of her father Ra. In her birth-place in Upper Egypt, i.e., Het-Sekhem, or "the house of the Sistrum," the goddess was identified with Hathor, the lady of the sistrum, but the popular name of the city, "Het," i.e., the "House," seems to apply to both goddesses.

Como Isis e Néftis eram irmãs gémeas que tiveram filhos do mesmo irmão Osíris ao culto do qual acabaram associadas teriam forçosamente que acabar por serem confundidas, neste caso por fusão no mesmo culto de Ísis. Do mesmo modo, com a difusão do grande culto à grande deusa mãe dos egípcios feita pelos helenistas Hator e Néftis acabou concretizada no culto oriental dos mistérios de Isis.

 

AS TRÊS NOSSAS SENHORAS

De igual modo as «Três-Marias» da “Semana Santa” Sevilhana de Triana são difíceis de identificar com alguma figura do evangelho porque eram: a Virgem María Santísima del Mayor Dolor y Trapaso, María Santísima de la Esperanza Macarena, e a Nuestra Señora de las Angustias.

Poderíamos estar em presença duma mera coincidência de significado especial se no mínimo esta trindade de Marias fosse uma consequência dos evangelhos! Ora, clareza por literalidade, a verdade é que pelo menos as referências a Maria Madalena nos passos da “via-sacra”costumam ser mais explícitas!

Se as «Três-Marias» do evangelho da Paixão não estavam «justa cruxem”dolorosas para cumprimento de nenhuma profecia, a verdade é que talvez respondessem a um apelo profundo da tradição religiosa dos cultos de “mistérios de morte e ressurreição” pois já na corte de Osíris eram três a deusas que o acompanhavam: sua esposa Isis (mãe do Deus filho, Horus), a irmã de seu irmão, Néftis, e Hator, tão prostituta quanto Madalena.

A estranheza pode ir ainda mais longe se repararmos que existem semelhanças fonéticas entre Madalena e Macarena!

*Ama-Kaur-Ana, lit. «a mãe do («deus menino), kauroi do céu”

> Macarena > Matharena > Madalena!

                                           > Materana > Matrona.

Na Grécia existiu pelo menos uma cidade na Arcádia com o nome de Macareae, lit. “a terra da mãe dos kauroi”.

 

Ver: MACARENA (***)

 

Both this name and Tanuetheira have special reference to her flowing locks. And why? Because the hair, the glory of the woman-earth, is, like the Samsonian locks, the sign and symbol of the force and vigour of vitality; and as such is dedicated to the Eiver-gods as representatives 'of the strength and daily flow of human life, and Semele is thus fitly the mother of Dionysos Eurychaites, the Flowing-tressed; not the unshorn tresses of Apollon Akersekomes, but the earth-vigour of the telluric spirit of the world Kallietheiros, Adorned-with-lovely-locks. Such appears to be the root idea of the myth of Semele, but since Hesiodos and Pindaros pictured her as a mortal maiden, daughter of the Phoenician Kadmos, it may easily be perceived how the elements of the myth came to appear in their present form. (…)

As the lord of ever-renevdng life and vitality he is Kissophoros the Ivy-bearer, Kissodotas the Ivy-crowned, and Eukissos the Ivy-girt As a kosmogonic divinity he is the Assistant of Demeter, the great Earth-mother ; and appears as Eurychaites the Flowing-tressed, son of Semele the foundation of material existence, who is addressed as Tanuetheira the Long-haired, and Heli-kampjrx Curling-hair-circlet-girt, these flowing locks of mother and son typifying the flow and force of the life-vigour of the world. The great Dionysiak myth, Robert Brown.

A raiz tanu- contem ainda a conotação relativa a coisas longas e compridas como as cobras o que permite para tanuetheira uma tradução literal que vai desde uma variante da Madalena (= magdalena lit. “a que tem grande lã”??? < Melkartana???) Arrependida e desgrenhada, que limpou os pés do Sr. com os seus longos cabelos de hetaira, a uma evolução conotada com a “crina dos cavalos” em resultado duma eventual corrupção tardia dum epíteto arcaico da Deusa Mãe!

Tanuetheira < Tan-| Wetheira < Phiteria > Afrodite Quitéria |

< *Ki-An-Ki-Kur-kika, lit. “a cobra da montanha entre a terra e o céu”.

Chartres was supposedly the center of the cult of the Magdalene. For those not currently in the know, not only was a disciple of Christ, but also were supposedly his wife and lover, and there is currently research supporting this theory. The church, however, in its strive for power and patriarchal control, suppressed all information related to any female disciples and permanent relationships. The labyrinth at Chartres became no more than a decorative feature as did anything that was remotely female following this period of time. But the power of the spiral never diminished or disappeared; it was only temporarily lost in the conscious scheme of things. Copyright .2001, Dawn Abel, All Rights Reserved.

A razão pela qual Chartre foi um local de culto de Maria Madalena deriva seguramente da sua intrínseca origem arcaica, naturalmente rica em antiquíssimas tradições celtas nem sempre fáceis de compatibilizar com as verdades oficiais vigentes nos tempos e nos locais que lhe andaram próximos.

A Lua (a Senhora do Destino) era a grande trindade feminina de Donzela, Mãe e Anciã, as três fases visíveis da lua de que decorriam representações muito arcaicas da Deusa Mãe na forma de deusas de três cabeças.

No tempo dos celtas, por terem os romanos decidido eliminar os druidas da Gália, tidos por responsáveis pelas frequentes insurreições dos celtas, e, no tempo cristão, pela má reputação dos gnósticos albigenses.

No entanto, Chartre seria seguramente um local muito antigo e antes de se ter tornado cristã teria sido um local de adoração celta dum grupo de tridivas.

Ora, uma destas, chamada “N. Sr.ª Subterrânea, seria uma antiga “virgem negra” da gruta que existiria neste mesmo local e terá sido a verdadeira N. Sr.ª de Chartre, a deusa das cobras cretenses, *Kertu, de que derivou Ker, a deusa grega «da morte negra». A filha da deusa mãe, Gorete, a rainha da Noite e dos infernos, como Perséfona e Ereshquigal.

Chartre < Charter < Kertu-Ur, lit. «a cidade de *Kertu

O conceito mítico de “N.ª Sr.ª Subterrânea teria tido por equivalente o de “N.º Sr. do Sub-mundo” enquanto “deus menino”, filho da terra mãe primordial! Pois bem, variantes deste nome seriam o duriense “N.º Sr. das Furnas”, seguramente o mesmo que o célebre Endovélico lusitano!

Derrière le nom de la Dame de Chartres il y a trois représentations principales dans la Cathédrale de Chartres.

Notre Dame de la Belle Verrière dont le vitrail est expliqué sur ce site.

Notre Dame du Pilier, taillée dans du bois de poirier devenu noir avec le temps et l’oxydation, ce qui lui vaut le nom usurpé de Vierge Noire. Elle fut peinte à l’origine. Celle que l’on peut voir dans la chapelle est une copie puisque l’originale fut brûlée à la Révolution. Notre Dame de Sous Terre, qui comme son nom l’indique est visible dans la crypte. « La Lumière s’est cachée dans l’inaccessible obscurité » (Scott Erigène).[1]Traveling to the Mediterranean, in the province of the Camargue, we will visit the seaside village of Ste. Maries de-la-Mer, where Mary Magdalene, Mary Salome, Mary Jacobe and their party are said to have first come ashore on their journey from the Middle East. Here in this rich delta the Rhone River pours out into the sea and Van Gogh painted the giant sunflowers that grow here so extensively. At Ste. Maries de-la-Mer we will take part in the annual Gypsy Festival for Saint Sara who is said to have accompanied the Marys across the Mediterranean. Gypsies from all over Europe to celebrate Sara’s feast as they take her out of the crypt of the church at Ste. Maries de-la Mer by horseback to the sea. The Gypsies also call Sara, their Patron Saint, Sara-la-Kali. Our journey then continues on to the magnificent shrine in the mountains of northern Spain, outside of Barcelona, to the Patron of Spain, the Black Madonna at Montserrat.

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Porém, esta história, mais do que uma lenda deve ser um mito medieval e só poderia ter acontecido muito depois da Paixão de Cristo quiçá depois da queda de Jerusalém no ano 70 d. C. Então, quem estaria grávida poderia não ser Maria Madalena mas uma tal Sara que, quem sabe, seria a esposa do mesmo Barrabás, filho do mestre Jesus.

Em conclusão: se Cristo não foi casado com o anónimo discípulo amado, que assim se revelaria como Maria Madalena, oculta por dois milénios de misoginia patriarcal então Cristo seria sido um dos primeiros homossexuais exclusivos assumidos. Não é que tal facto pudesse constituir uma impossibilidade moral absoluta para a respeitabilidade de Cristo porque já foram feitos estudos neste sentido e chegou-se à conclusão de que a maioria dos britânicos não deixaria de ser cristão só por isso até porque a cultura nórdica parece já ter feito a sua própria revolução sexual silenciosa a contento dos tempos anti-natalistas em que vivemos! Porém, não se estranha que lógica dos paradoxos dogmáticos do catolicismo não tenha levado a esta conclusão nos países mediterrânicos porque, ao aceitarem a tradição católica dum Cristo que tratava os seus discípulos por amados como aparece nos evangelhos gnósticos (que eram secretos e lá saberiam porque) mais angelical do que divino, porque os deuses antigos copulavam e tinham esposas e os anjos bizantinos é que perderam o sexo, renunciaram ao Jesus humano continuando por isso a denegar a sua própria situação homossexual refugiando-se no álcool e nas drogas.

Four pieces of Gospel evidence strongly point to Mary Magdalen as a temple priestess of the Goddess. The first is her title "Magdalen," almost identical to "Magdala," noted earlier to be the name of the triple-towered temple of the Goddess Mari-Anna-Ishtar. Literally, "Mary of the Magdala" signifies "Mary of the Goddess Temple. "Christian tradition has said that Mary is of the town "Magdala" or "Migdal," which was known as "The Village of Doves," a place where sacred doves were bred for the Goddess temple. In either case, two threads of strong symbolism link the name Magdalen to contemporary Goddess worship. -- [2]

Os mitos e as lendas em torno de Maria Madalena respondem à ansiedade cultural gerada pela destruição dos cultos das deusas do amor, tais como Vénus, Afrodite e Astarte. Assim, se o sobrenome de Madalena não lhe foi atribuído a posteriori por contextualização com a retórica mítica do culto de Adónis, Maria Madalena seria de facto o que se supõe aqui, ou seja, uma sacerdotisa dum templo pagão, razão pela qual a tradição judeizante, ainda presente nos primórdios do cristianismo, teriam tentado apedrejar, como prostituta sagrada que era. Em boa verdade, não seria uma vulgar prostituta que iria preocupar o alto clero judeu ao ponto de provocarem um incidente que iria ficar celebrizado nos evangelhos. A prostituta que os judeus pretendiam apedrejar seria uma poderosa rival dos cultos do templo de Mari-Anna-Ishtar.

To this day, Mary Magdalene remains a most elusive and mysterious figure. Speculation about her role in the development of early Christianity is not new. She has been the subject of many different theories and myths throughout ecclesiastical history. Such speculation is the result of the deafening silence from the Scriptures regarding this woman who is cited by all four Gospels as being present at both the Crucifixion of Jesus and the Empty Tomb on the morning of the Resurrection. Why is it that we know virtually nothing else about her? Has she made contributions to the development of the early church of which we are not aware?

A ideia de que o puritanismo ocidental é uma herança judaico-cristã só em parte é verdadeira porque, por um lado, imputa ao judaísmo um puritanismo angelical e misógino que nunca teve, na medida em que se limitava a condenar o adultério e a excluir a prostituição sagrada relegando a sua prática às escravas e às estrangeiras, e por outro porque sugere que o cristianismo teria sido puritano ab inicio quando, a este respeito Jesus se revela muito mais tolerante do que os próprios judeus tradicionalistas.

 

AS TRÊS-MARIAS

Maria, irmã de Lázaro, era outro caso típico de multiplicação de nomes de Maria fenómeno que não pode ficar meramente explicado pelo facto de se tratar de um nome comum na Judeia desse tempo. Precisamente por isso, meios formais expeditos deveriam ter existido para evitar confusões de identidade!

Pelo contrário, ou as mulheres que seguiam Jesus eram mais de três ou nem sequer existiram, o que seria apenas lamentável, ou não foram necessários porque se tratavam sempre das mesmas Três-Marias.

Havia três que sempre caminhavam com o Senhor: sua mãe, Maria, sua irmã e Madalena, que era chamada sua companheira. Sua irmã, sua mãe e sua companheira, todas se chamavam Maria. – Evangelho de Filipe.

Segundo o evangelho de Filipe andavam sempre três Marias com Jesus e todas estas que estavam junto à cruz, de acordo com S. João Evangelista e S. Marcos. João Marcos, supostamente um pseudónimo de Lázaro (ou vice-versa) e irmão mais novo de Maria Madalena, pela idade andaria nesse tempo quase sempre com mulheres tal como Sara (a filha de Maria Madalena de acordo com a tradição medieval francesa) é o mais bem informado sobre as andanças destas Marias. Segundo três evangelhos eram estas as mulheres juta cruxem dolorosas:

Marcos 15: 40 E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé, 41 as quais também o seguiam e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras que tinham subido com ele a Jerusalém.

Matesus, 27: 55 E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia, para o servir, 56 entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

João 19:25 "E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria, (mulher) de Clopas, e Maria Madalena."

Lucas, 23: 49 E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galiléia estavam de longe vendo essas coisas.

Lucas, o médico helenista amigo de S. Paulo, não teria a certeza sobre quem eram estas mulheres ou saberia demais e por isso nem se comprometeu a dar-lhes nome. No entanto este facto não deixa de ser estranho porque refere abertamente algumas (mas ainda só algumas!) das primeiras mulheres a anunciarem a ressurreição.

Lucas: 24: 9 E, voltando do sepulcro, anunciaram todas essas coisas aos onze e a todos os demais. 10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos.

Evangelho de Bartolomeu: De manhã cedo de Domingo as mulheres foram para o sepulcro. Elas eram Maria Madalena, Maria a mãe de Tiago a quem Jesus livrou das mãos de Satanás, Salomé que o tentou, Maria que o serviu e Marta sua irmã, Joana (ou. Susana) a esposa de Chuza que tinha renunciado a cama de matrimónio, Berenice que foi curado de um fluxo de sangue em Cafarnaum, Lia (Lea) a viúva cujo filho ele ressuscitou em Naim, e a mulher para quem ele disse, “teus muitos pecados te são perdoados. (…) Nota: Que Maria, a mãe de Jesus é identificada como Maria Madalena é típica do descuido histórico, frequente em outros documentos coptas. [3].

João, que deveria ser o mais bem informado, por ser supostamente o “discípulo amado”, é, de certo modo e neste caso, a fonte de todas as confusões, pela forma como descreveu a identidade das mulheres que estavam justa cruxem! Por causa deste incidente redactorial alguns autores multiplicam as mulheres desnecessariamente ao ponto de haver exegetas que vêm no grupo descrito por João, quatro mulheres:

Neste grupo (segundo grupo) nós vemos "a mãe de Jesus, e o irmã da mãe dele, Maria a esposa de Clopas, e Maria Magdalena e "o discípulo que Ele amou". Abaixo expõe-se uma comparação do relato de João e dos dois sinópticos, (Mt 27:56) e (Mark 15:40)[4].

Mateus

Marcos

João

Maria Madalena

Maria Madalena

Maria Madalena

Maria, mãe de Tiago e José.

Maria, mãe de Tiago e José.

Maria de Clopas

Mãe dos filhos de Zebedeu

Salomé

A irmã de sua mãe

 

 

Sua mãe, Maria

Havia quatro mulheres junto à cruz, três Marias nomeadas, e Salomé também nomeada. Maria quer dizer "amargo", enquanto Salomé quer dizer "paz". Como foi apropriado: a morte de Jesus foi amarga, mas ao mesmo tempo trouxe a paz. Da comparação, deduz-se que aquele Salome era a esposa de Zebedeu, a mãe de Tiago e João, e a irmã de Maria, mãe de Jesus. Isto faria de João um o primo de Jesus.[5]

A tradição das quatro mulheres da vida de Jesus vem desde Papaias, e resulta obviamente duma leitura distorcida de informações mal redigidas nos evangelhos canónicos!

3. (1) Maria, a mãe do Senhor; (2) Maria, a esposa de Cléofas ou Alfeu, que era mãe de Tiago, bispo e apóstolo, de Simão, de Tadeu e de um dos que se chamavam José; (3) Maria Salomé, esposa de Zebedeu, mãe de João, o evangelista, e Tiago; (4) e Maria Madalena. Estas quatro mulheres são encontradas no Evangelho. Tiago, Judas e José são filhos de uma tia do Senhor. Maria, mãe de Tiago, o menor, e José, esposa de Alfeu, era irmã de Maria, mãe do Senhor, e que João liga a Cléofas; eram irmãs por parte de pai, por parte da família do clã ou por outra ligação qualquer. Maria Salomé é chamada simplesmente por Salomé por causa de seu marido ou de seu vilarejo. Alguns afirmam que ela é a mesma pessoa que Maria de Cléofas, já que teria se casado duas vezes. Papias, fragmentos.[6]

Esta informação de Papias deve ser uma das muitas formas como a Igreja medieval pretendeu de forma fraudulenta fundamentar crenças que a tradição não conseguia reportar às origens fragmentárias do cristianismo. Papias terá sido um dos primeiros a tentar fundamentar a virgindade perpétua de Maria ao reportar os irmãos evangélicos de Jesus para o papel de filhos das suas tias. Porém, aquilo que este Papias não estaria a prever é que a sua mentira piedosa iria trazer mais confusão do que clareza ao processo da deificação Virginal de Maria. É que, se esta informação fosse inteiramente verdadeira, também os filhos de Zebedeu teriam sido reconhecidos como irmãos evangélicos de Jesus e a verdade é que só indirectamente acabam por ser considerados parentes de Jesus. Só mesmo uma leitura desatenta fará ver no Evangelho de João mais de três mulheres! De facto, o original grego e latino, não tendo vírgulas, não deixam margem para dúvidas de que as duas conjunções coordenativas enumeram necessariamente três elementos desta série descritiva de personagens.

Uma tradução literal do grego e do latim daria:

19:25 Eisthkeisan de para tw staurw tou ihsou h mhthr autou kai h adelfh thV

Estavam além disso perto do madeiro de Jesus a mãe dele mesmo e a irmã da

mhtroV autou maria h tou klwpa kai maria h magdalhnh

mãe dele mesmo (Maria a do Clopas) e Maria a (de?) Magdala

19:25 Stabant autem iuxta crucem Iesu mater eius et soror matris eius Maria

Estavam porém junto da cruz de Jesus a mãe dele e a irmã da mãe dele (Maria

Cleopae et Maria Magdalene

de Clopa) e Maria Madalena

Sendo assim, a melhor tradução deste versículo com as regras da pontuação portuguesa correcta seria:

19:25 Porém, estavam junto à cruz de Jesus a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Clopas, e Maria Madalena.

No entanto, os erros, em inglês pelo menos, aparecem na tradução do rei Jaime, ao colocar uma virgula depois de “his mother, (...)”, o que significa que muitos dos equívocos relativos às crenças arreigadas relativas a Jesus foram em parte reforçadas por traduções sistematicamente más e / ou tendenciosas! Por uma vírgula se perde ou se ganha o reino dos céus!

19:25 Now there stood by the cross of Jesus his mother, and his mother's sister, Mary the [wife] of Cleophas, and Mary Magdalene. -- King James Version

De facto, existem muitas variantes de tradução em língua inglesa e das sete apresentadas na página “Parallel Greek New Testament”, com o endereço electrónico http://www.greeknewtestament.com/index.htm, apenas a seguinte coloca as vírgulas nos locais certos com o papel de parêntesis! No entanto, esta versão vai mais longe no erro da versão do rei Jaime ao decidir que a irmã da mãe de Jesus era esposa de Clopas, coisa que nem o texto grego nem o latino o permitem decidir!

19:25 Now standing close to the cross of Jesus were His mother and His mother's sister, Mary the wife of Clopas, and Mary of Magdala.-- Weymouth New Testament

Comparando todos os restantes evangelhos chegam outros a ver cinco mulheres junto à cruz de Jesus!

Quadro I

Scripture

Woman #1

Woman #2

Woman #3

Wom.#4?

Woman #5?

John

19:25

His mother (Mary)

 

Mary Magdalene

 

His mothers sister1, Mary (the wife) of Cleophas.

Matthew 27:55-56

 

Mary the mother of James and Joseph

Mary Magdalene

 

Mother of the sons of Zebedee (James2 and John)

Matthew 28.1

 

other Mary

Mary Magdalene

 

 

Mark 15:40

 

Mary the mother of James the younger and of Joses

Mary Magdalene

Salome

 

Mark 16:01

 

Mary the mother of James

Mary Magdalene

Salome

 

Philip

Mary his mother.

Mary (sister of his mother)

(Mary) Magdalene

 

 

Bartholomew

 

Mary the mother of James

(Mary) Magdalene

Salome

 

1Sisters with the same name? (a) They may have been cousins or more distant relatives (the word used for sister is not conclusive); (b) Many manuscripts have the Virgin Mary as "Mariam", and the other Mary as "Maria", so they could have been sisters with similar but distinct names (both names are probably based on "Miriam", the name of the sister of Moses). 2Note that there are two disciples named James: one is the son of Alphaeus, and the other is the son of Zebedee.--

O óbice da existência de duas irmãs com o mesmo nome tanto é levantado pelos adeptos da virgindade perpétua de Maria como por autores que perfilham o contrário! Donovan Joise, no seu livro “A Outra História De Jesus” levanta a mesma dúvida para demonstrar que Maria, a mãe de Jesus, era esposa de Alfeu. Quer isto dizer que este argumento, meramente opinativo, vale pouco, na medida em que pode servir para provar teses contrárias tanto mais que, por outro lado, ainda hoje acontece haver “mais Marias na terra” e várias na mesma família, distinguíveis apenas pelo segundo nome. Obviamente que duas irmãs podem ter o mesmo primeiro nome desde que tenham um segundo nome diferente e Maria Madalena é um exemplo marcante em como isso era possível na sociedade judia do tempo de Jesus.

Na altura seria o nome de casamento ou uma qualquer outra alcunha que fariam o mesmo efeito. Pensar que a suposta confusão de nomes entre duas irmãs com apenas um nome poderia ser superado pelo mero artifício de dar a uma o nome de Miriam e a outra Maria, quando se suspeita que um e outro nome eram a mesma coisa é mesmo pretender tapar o sol com a peneira! De resto, existe a suspeita de que Maria ou Miriam significaria apenas uma forma genérica de dar nome a uma mulher.

Uma explicação simples para este facto insólito foi avançada há muito no pseudo-evangelho de Mateus ao ser ali afirmado que Maria, a irmã da mãe de Jesus tinha este nome porque os pais de Maria se quiseram consolar da perda que tiveram ao consagrarem Maria, a mãe de Jesus, a Deus! Como se vê, existem sempre explicações expeditas para factos insólitos que não sejam de todo em todo impossibilidades físicas já que as impossibilidades metafísicas podem sempre ser superadas pela fé na miraculosa vontade divina!

 

MARIA DE CLOPAS, DAMA DE COPAS OU CLEÓPATRA.

Se a explicação era engenhosa mais interessante parece ser a informação contida no texto de que Maria de Cleopa, suposta aqui irmã de Maria, a mãe de Jesus, teria obtido tal apelido do pai de ambas.

XLII 1. Cuando José iba a un banquete con sus hijos, Jacobo, José, Judá y Simeón, y con sus dos hijas, y con Jesús y María, su madre, iba también la hermana de ésta, María, hija de Cleofás, que el Señor Dios había dado a su padre Cleofás y a su madre Ana, porque habían ofrecido al Señor a María, la madre de Jesús. Y esta María había sido llamada con el mismo nombre de María para consolar a sus padres. -- EL EVANGELIO DEL PSEUDO-MATEO.

Quanto ao resto do texto destes evangelhos, já mesmo S. Jerónimo suspeitava da pouca exactidão do pseudo-evangelho apócrifo de Mateus!

Evangelist Matthew himself did not write for the purpose of publishing. For if he had not done it somewhat secretly, he would have added it also to his Gospel which he published. But he composed this book in Hebrew; and so little did he publish it, that at this day the book written in Hebrew by his own hand is in the possession of very religious men, to whom in successive periods of time it has been handed down by those that were before them. And this book they never at any time gave to any one to translate. And so it came to pass, that when it was published by a disciple of Manichaeus named Leucius, who also wrote the falsely styled Acts of the Apostles, this book afforded matter, not of edification, but of perdition; and the opinion of the Synod in regard to it was according to its deserts, that the ears of the Church should not be open to it. (…) There is extant another letter to the same bishops, attributed to Jerome: -- You ask me to let you know what I think of a book held by some to be about the nativity of St. Mary. And so I wish you to know that there is much in it that is false.

No entanto, no aspecto particular da origem do nome de Maria de Clopas, pode acontecer (o que não é de todo em todo infrequente!) que seja o texto menos fidedigno a ser o que apresenta a verdade mais adequada contrariando a verdade, até aqui oficial, que aponta para a possibilidade de Maria de Cleopa ter recebido o nome de seu pai e não de seu marido, ou seja, ser um diminutivo de Cleópatra nome próprio que ocorre em grego precisamente com o significado de o ser em memória do pai.

No entanto, a maioria dos autores que postulam a “virgindade perpétua de Maria” crêem ver no evangelho de João (John 19:25) argumentos que parecem atestar que o apelido de Clopas derivaria do marido de uma das Marias dos evangelhos. A verdade é que traduzir os genitivos Cleopae / Klwpa por “(wife) of Cleophas”, como é o caso da tradução inglesa do rei Jaime, constitui uma das formas de manipulação a que os textos sagrados continuaram e continuam a estar sujeitos nos tempos modernos!

There is a difference of opinion as to whether "Mary of Clopas" should be understood to be the wife of Clopas or the daughter of Clopas, but the former is more probable. We know from Matthew 27:56 and Mark 15:40 that there was a James who was the son of Mary, and that this Mary belonged to that little group of women that was near Jesus it the time of the crucifixion. It is quite likely that this Mary is the one referred to in John 19:25. That would make James, the son of Mary of Matthew 27:56, the son of Mary of Clopas. But Mary was such a common name In the New Testament that this supposition cannot be proven. .-- [7]

Então, se esta questão pareceria ficar assim definitivamente deslindada eis que aparece Hegesipo a lançar novos véus de confusão!

According to Hegesippus, Jesus’ putative father, Joseph, had a brother named Clopas[8].

The name Clopas is extremely rare. Only two other certain occurrences of it are known, and only one of these is in the New Testament. [9]According to John 19:25, three women stood by the cross while the Roman soldiers cast lots for Jesus’ clothes: Jesus’ mother Mary, Mary Magdalene and a woman named “Mary of Clopas.” *Clopas is not a place-name but rather the name of this Mary’s husband; the phrase could be worded “Mary belonging to Clopas.” Since Clopas is such a rare name, it probably refers to Joseph’s brother, Jesus’ uncle, as referred to by Hegesippus. Apparently an aunt of Jesus, as well as his mother, were among those Galilean women who accompanied him on his last journey to Jerusalem and witnessed the crucifixion. -- All in the Family: Indentifying Jesus’ Relatives, Richard J. Bauckham.

To learn more of Jesus’ collateral relatives, we must turn to the writer Hegesippus, who lived in Palestine in the mid-second century and recorded some local traditions concerning Jesus and his relatives. Except for a few fragments, his work unfortunately has not survived. What we know of his writings comes mostly from quotations by the famous third- to fourth-century Church historian Eusebius. Although the traditions in Hegesippus tend to be legendary, the legends are attached to historical figures who were revered as Christian leaders and martyrs in the memory of the Jewish-Christian communities of Palestine. Though the tales about them might not always ring true, we can be sure that these people did exist and were related to Jesus in the way Hegesippus claims.-- All in the Family: Indentifying Jesus’ Relatives, Richard J. Bauckham.

As citações de Hegesipo não são a melhor fonte da verdade!

Por um lado porque são citações em segunda mãe feitas por um autor, Eusébio, que muitos historiadores consideram o maior falsário da história! Por outro porque o próprio Hegesipo pode ter sido um dos responsáveis pelo lado legendário da história de Jesus!

De qualquer modo, Hegesipo não afirmou que Clopas era o marido de Maria de Clopas mas que S. José teve um irmão chamado Clopas.

Mas será que S. José terá existido ou foi inventado, como a fuga para o Egipto e a matanças dos inocentes, pela cristandade emergente do início do 3º século por causa da conveniência de fazer de Jesus uma entidade aparentada com os deuses concorrentes de morte e ressurreição, Adónis ou Atis?

Sendo assim, podemos admitir que entre o evangelho pseudo-Mateus e a informação de Hegesipo pode haver uma verdade comum que é a de que Maria de Clopas era Cleópatra, filha de pai eminente.

Só que então, este não seria pai de Maria, mãe de Jesus, mas irmão de S. José. Neste caso, o parentesco entre estas duas Marias e Jesus seria mais estranho do que parece. O viúvo S. José teria casado com uma sobrinha filha de Clopas, seu irmão mais velho, entretanto já grávida de seu irmão mais novo, o tal Alfeu, possivelmente um levita essénico. Para confirmar esta tese será apenas necessário confirmar que a tradição natalista judaica permitia casamentos entre tios e sobrinhos o que é quase seguro tanto mais que estamos num domínio muito especial do remanescente da família real judaica escondida no anonimato do deserto da Judeia onde prevaleciam as regras da estranha cultura messiânica dos essénicos.

Esta tese tem o mérito de confirmar todas as tradições não enjeitando a afirmação peremptória do evangelho de João, eventualmente corroborada por Filipe, de que Maria de Clopas era irmã de Maria, mãe de Jesus! Sendo assim somos obrigados a por em questão a informação em segunda mão de Hegesipo. Na verdade, é quase seguro que Eusébio, ou Hegesipo, tenha sido um dos primeiros causadores da confusão entre o nome de Clopas e o de Alfeu!

A confusão entre estes dois nomes, Clopas e Alfeu, só apareceu como “deus ex machina” para salvar a “virgindade perpétua” de Maria fazendo coincidir a Maria, mãe de Tiago (filho de Alfeu), dos sinópticos e do evangelho de Bartolomeu, com a Maria de Clopas de S. João!

Cleophas = "my exchanges", the father of James the less, the husband of Mary the sister of the mother of Jesus.

(…) (b) James, who was the son of Mary, was the same person as the James, the son of Alpheus. Granting the supposition under (a), this would not prove the identity of Clopas and Alpheus unless this supposition can also be proven, but it seems impossible to either prove it or disprove it.

(c) That Alpheus and Clopas are different variations of a common original, and that the variation has arisen from different pronunciations of the first letter ("ch") of the Aramaic original. There are good scholars who both support and deny this theory. [10]

Claro que existem sempre bons alunos capazes de pronunciar o inefável em nome de boas causas, neste caso o da “virgindade perpétua de Maria”! No entanto, não importa em que linguagem, se Clopas e Alfeu são nomes idênticos, então, está-se perante um verdadeiro milagre fonético da Virgem Maria!

 

Ver: ALFEU (***)

 

Voltando à questão das Três-Marias damos conta que é precisamente Filipe, o gnóstico e possível herodiano e filho desta Cleópatra de Jerusalém, quem afirma que eram três as mulheres que acompanhavam Jesus em permanência, sendo todas elas Marias. Pelo contrário, Lucas, o gentio quase sempre mal informado, é uma péssima fonte de informação histórica sobre a verdadeira vida de Jesus.

Lucas 8: 1 E aconteceu, depois disso, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele, 2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demónios; 3 e Joana, mulher de Cuza, procurador de Heródes, e Susana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas. (...) 24: 10 E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam as que diziam estas coisas aos apóstolos.

Ora, Susana e Joana seriam irmãs de Jesus, por sinal Joana já até casada com o procurador de Herodes e teriam as suas próprias vidas e famílias e, se não se quer dizer que não andassem também no cortejo de Jesus a verdade é que o fariam, seguramente com muito menor regularidade do que as Três-Marias da vida de Jesus!

In addition, Matthew 13:56 and Mark 6:3 both indicate that Jesus also had sisters, who are named in the Panarion and Ancoratus of Epiphanius as being Mary, Salome and Anna (Joanna). The sisters of Jesus are also mentioned in the Protevangelion of James, in the Gospel of Philip, and in the Church's Apostolic Constitutions. In the New Testament Gospels, they appear at the cross and the tomb of Jesus, along with Mary Magdalene. Mary and Salome appear, for example, in Mark 15:47, while Joanna and Mary appear in Luke 24:10, and Mary features again in Matthew 28:1. -- The James Ossuary and the Jesus Ossuary, Brothers and Sisters of Jesus By Laurence Gardner.http://graal.co.uk/ossuary.html

Como ao lado de Joana falta, na lista de Marias, o nome da mãe de Jesus infere-se como quase certo que esta não era senão a mãe de Tiago.

The steward of Herod Antipas was Chuza and Joanna was his wife. We know that Manaen, the foster brother of Herod, was in after days a Christian, and we know that among the women who ministered to Christ of their substance was Joanna, the wife of Chuza, Herod's steward. Chuza has been connected as being the officer with the dying son at Capernaum, an official in Herod's administration.

Joanna was among the women helping in the journeying - cooking meals on the road perhaps - but they provided money as well. Mary Magdelene and Joanna were both at the tomb on Easter morn. Chuza must have been a tolerant husband to allow his wife so much time out of the house. It may have been his son, Caper who Jesus healed in Cana (following the wine miracle). The Courtier believing in Christ with his whole house conjectured to be Chuza. [309, 318] -- Frederic Farrar's Life of Christ.

E ainda há quem não compreenda a razão por que é que Jesus se mexia tão à vontade na cena política da Judeia do seu tempo quando tinha conhecidos influentes junto de Heródes, amigos de Pilatos e membros do sinédrio, como José de Arimateia, etc.

Uma coisa é certa, Maria Madalena esteve sempre presente o que indicia uma relação muito íntima com Jesus o que, de acordo com o mais elementar do bom senso comum e do decoro esta seria a sua esposa, como adiante se demonstrará, já que a rígida moral da época não teria permitido que fosse sua amante. O essencial da verdade de todos os evangelhos resume-se, a este respeito na versão minimalista de Filipe, ou seja, no facto de que as Três-Marias que acompanhavam constantemente Jesus seriam o seu núcleo familiar alargado composto por sua mãe, sua tia e sua esposa! A partir desta constatação basta enquadrar as inconsistências dos diversos textos de forma a adaptarem-se racionalmente a esta verdade nuclear. Pois bem, tal é possível de modo tão simples que se estranha que tenha até hoje passado despercebido aos mais argutos exegetas.

Mary (2), mother of James the Less and Joseph, wife of Alphaeus was the sister of Mary the mother of the Lord, whom John names of Cleophas, either from her father or from the family of the clan, or for some other reason. Mary Salome (3) is called Salome either from her husband or her village. Some affirm that she is the same as Mary of Cleophas, because she had two husbands. -- Fragments Of Papias From The Exposition Of The Oracles Of The Lord.

Como facilmente se vê, as informações de Papias, a este respeito, eram extremamente duvidosas e, por tanto, demasiado insuficientes para fundamentarem o dogma da Virgindade Perpétua de Maria. Numa coisa Papaias parece ter razão: quando afirma que alguns afirmam que Salomé é a mesma que Maria de Clopas. E com verdadeira razão se poderá dizer mas não necessariamente porque teria tido dois maridos porque a poliandria é coisa extremamente rara que só é oficialmente reconhecida no Nepal, era desconhecida do mundo antigo e seria sacrilégio inaudito entre judeus! Papias, como muitos mestres de parcos recursos que quando não sabem inventam tinha uma grande tendência para o lado legendário da história e talvez preferisse a asneira ao sapientíssimo silêncio!

É certo que na questão sensível da irmandade de Jesus a confusão das exegeses bíblicas é tanta que autores existem que ainda hoje lêem as escrituras ao atravessado que chegam a incluir Salomé na série dos irmãos de Jesus.

Once we can identify who James the Less truly was and who his father and mother were we can see that the scripture aligns him with Jude or Judas, Simon, and Joses as well as at least one sister Salome. The next two scriptures identifies Salome as the child of one of the Mary's who attended to Jesus' burial rites and stood afar off while he was being crucified. She and another brother Joses were with her on the hill overlooking the crucifixion. Could they have been too young at the time to understand the situation? "There were also women looking on from afar, among whom were Mary Magdalene, Mary the mother of James the Less and of Joses, and Salome," (Mark 15:40) " Now when the Sabbath was past, Mary Magdalene, Mary the mother of James, and Salome bought spices, that they might come and anoint Him." (Mark 16:1).-- [11]

Esta tese é seguramente de um protestante que, além de leitor tão desatento que nem reparou que a série dos filhos de Maria acabou em José, é também desconhecedor da vida dos santos que os católicos e ortodoxos veneram. Esta tese minoritária das quatros mulheres tem antiga tradição porque resulta da mera mistura por adição aritmética e literal do relato de Marcos com idêntico de Mateus feita no evangelho harmónico denominado Diatessaron[12].

Diatessaron Section LII. 21 And there were in the distance all the acquaintance of Jesus standing, and the women that came with him from Galilee, those that followed him and ministered. One of them was Mary Magdalene; and Mary the mother of James the little and Joses, and the mother of the sons of Zebedee, and Salome, and many others which came up with him unto Jerusalem; and they saw that.

Em rigor, a harmonização dos dois evangelhos deveria ser:

One of them was Mary Magdalene; and Mary, the mother of James the little and Joses, and Salome, the mother of the sons of Zebedee, and many others which came up with him unto Jerusalem; and they saw that.

Há que dar conta que esta Salomé era nem mais nem menos Maria Salomé, a mesma a que os gregos deram o nome de Santa Irene, mãe de S. João (supostamente evangelista) o discípulo que, por nunca ter sido considerado irmão de Jesus deve ter sido, ainda assim, um seu parente próximo, mas filho de Zebedeu.

Saint Mary Salome = St. Mary Salome is one of the prominent female figures in the Gospels and is mentioned by St. Matthew as the wife of Zebedee and the mother of James and John. The name Salome is derived from a Hebrew word meaning peace and prosperity and corresponds to the Greek name Irene. Many biblical scholars think that Salome is a cousin of Mary, the Mother of Jesus. One of the "three Marys," the holy women who ministered to Jesus during his earthly ministry, and may have accompanied him on his travels.[13]

Na verdade, na linha de raciocínio em que nos encontramos, S. João deveria mesmo ser considerado seu primo uma vez que Maria Salomé, não sendo a mãe de Jesus, teria que ter sido a sua tia! De facto existe nos evangelhos apócrifos de pseudo-evangelho de Mateus já referidos uma passagem que apesar de constituir um descarado exagero no uso da retórica miraculosa, ao bom gosto do “maravilhoso fantástico” da época helenística, parece confirmar, no entanto, esta tese:

3. Y José había ido a buscar comadronas. Mas, cuando estuvo de vuelta en la gruta, María había ya parido a su hijo. Y José le dijo: Te he traído dos comadronas, Zelomi y Salomé, mas no osan entrar en la gruta a causa de esta luz demasiado viva. Y María, oyéndola, sonrió. Pero José le dijo: No sonrías, antes sé prudente, por si tienes necesidad de algún remedio. Entonces hizo entrar a una de ellas. Y Zelomi, habiendo entrado, dijo a María: Permíteme que te toque. Y, habiéndolo permitido María la comadrona dio un gran grito y dijo: Señor, Señor, ten piedad de mí. He aquí lo que yo nunca he oído, ni supuesto, pues sus pechos están llenos de leche, y ha parido un niño, y continúa virgen. El nacimiento no ha sido maculado por ninguna efusión de sangre, y el parto se ha producido sin dolor. Virgen ha concebido, virgen ha parido, y virgen permanece. -- EL EVANGELIO DEL PSEUDO-MATEO.

S. José ter-se-ia limitado a chamar Maria Salomé, sua cunhada e irmã de Maria. Zelomi é obviamente uma desastrada patranha inventada a partir dum trocadilho com o nome de Salomé (quem sabe, sob o efeito duma escorregadela do inconsciente cultural no nome de Semele, mãe de Dionísio) com a intenção de transformar a “virgindade perpétua de Maria” numa questão médico-legal de provas irrefutáveis! Mas esta História referir-se-ia ao nascimento da Virgem Maria e não à de Jesus.

 

Ver: PAIS DE JESUS (***)

 

Sendo a 3ª Maria, Salomé, então, esta seria a mesma que se veio a casar, não com Alfeu como até aqui têm vindo a supor os que confundem Cleopas com Alfeu, mas...com Zebedeu! Claro que esta conclusão traz como corolário a constatação de que Salomé seria, de todas, a mais bem fornecida de nomes pois era Maria Salomé de Clopas, mãe dos filhos de Zebedeu!

No entanto é quase seguro que assim não fosse. Tudo leva a pensar que quase seguramente Maria de Clopas era a viúva de Herodes o grande, Cleópatra de Jerusalém, que teria casado depois de enviuvar com um irmão de Mariana, um qualquer filho de Simeão, e teria tido uma filha de nome Salomé que veio a ser amante de Herodes Antipas e responsável pela cabeça de S. João Batista.

Daí as confusões dos diversos evangelhos que ora se referiam à mãe de Salomé ora à filha.

Então, começamos a ficar em condições de fazer a primeira correcção óbvia ao anterior Quadro I que, de forma desnecessária à luz do que se sabe da tradição sagrada, apresenta cinco mulheres na comitiva permanente de Jesus!

 

Quadro II

Scripture

Woman #1

Woman #2

Woman #3

Wom.#4?

John

19:25

His mother (Mary)

His mothers sister1, Mary the wife of Cleophas.

Mary Magdalene

 

Matthew 27:55-56

 

Mary the mother of James and Joseph

Mary Magdalene

Mother of the sons of Zebedee (James2 and John)

Matthew 28.1

 

other Mary

Mary Magdalene

 

Mark

15:40

 

Mary the mother of James the younger and of Joses

Mary Magdalene

Salome

Mark

16:1

 

Mary the mother of James

Mary Magdalene

Salome

Philip

Mary his mother.

 

(Mary) Magdalene

Mary (sister of his mother)

Bartholomew

 

Mary the mother of James

(Mary) Magdalene

Salome

1- The Gospel of the Holy Twelve

His mother

His mother’s sister, Mary, the wife of Cleophas

Mary Magdalene

 

2- The Gospel of the Holy Twelve

 

Mary the mother of James and Joses

???

mother of Zebedee’s children

3- The Gospel of the Holy Twelve

 

Mary the mother of Joses

Mary Magdalene

other Mary

22. Now there stood by the cross of Jesus his mother and his mother’s sister, Mary, the wife of Cleophas, and Mary Magdalene.[14] (…)

29. And many women were there, which followed from Galilee, ministering unto them, and among them were Mary the mother of James and Joses, and the mother of Zebedee’s children and they lamented, saying, The light of the world is hid from our eyes, the Lord our Love is crucified. (…)

5. And Mary Magdalene and the other Mary, and Mary the mother of Joses beheld where he was laid. There at the tomb they kept watch for three days and three nights. -- The Gospel of the Holy Twelve.

Verdadeiro ou falso o “evangelho dos doze” (possivelmente mais falso do que verdadeiro na medida em que, sendo supostamente uma descoberta do século 19, o original aramaico deveria estar ainda disponível!) a verdade é que este evangelho mantém a mesma incerteza que permitiu fundamentar a tese da pureza mariana, seguramente um óbice suplementar à autenticidade deste evangelho na medida em que se percebe pelos canónicos que os apóstolos que conheceram Jesus não tinham por Maria a importância apostólica e admiração piedosa que a tradição mediterrânica da romanidade lhe veio a emprestar!

Obviamente que a cadência mística das Três-Marias parece suspeita mitologia à maneira das Tridivas mas a verdade é que Filipe o afirmou peremptoriamente e a maioria das fontes vai nesse sentido…fosse por tradição mística fosse porque a realidade social em que Jesus vivia a isso se adaptava.

9 Concerning whom we testify that the Lord is he who was crucified by Pontius Pilate and Archelaus between the two thieves (and with them he was taken down from the tree of the cross, Eth.), and was buried in a place which is called the place of a skull (Kranion). And thither went three women, Mary, she that was kin to Martha, and Mary Magdalene (Sarrha, Martha, and Mary, Eth.), and took ointments to pour upon the body, weeping and mourning over that which was come to pass. And when they drew near to the sepulchre, they looked in and found not the body (Eth. they found the stone rolled away and opened the entrance). – Epistle Of The Apostles. [15]

Sendo assim, a única forma de enquadrar as mulheres que estavam justa cruxem na trilogia que é mais comum a quase todas as escrituras só pode ser a seguinte:

 

Quadro III

Scripture

Woman #1

Woman #2

Wom.#3

John

19:25

His mother (Mary)

Mary Magdalene

His mothers sister1, Mary of Cleophas.

Matthew 27:55-56

Mary the mother of James and Joseph

Mary Magdalene

Mother of the sons of Zebedee (James2 and John)

Matthew 28.1

Other Mary???

Mary Magdalene

Other Mary???

Mark

15:40

Mary the mother of James the younger and of Joses

Mary Magdalene

Salome

Mark

16:1

Mary the mother of James

Mary Magdalene

Salome

Philip

Mary his mother.

(Mary) Magdalene

Mary (sister of his mother)

Bartholomew

Mary the mother of James

(Mary) Magdalene

Salome

1- The Gospel of the Holy Twelve

His mother

Mary Magdalene

His mother’s sister, Mary, of Cleophas

2- The Gospel of the Holy Twelve

Mary the mother of James and Joses

???

Mother of Zebedee’s children

3- The Gospel of the Holy Twelve

Mary the mother of Joses

Mary Magdalene

Other Mary

 

A conclusão lógica incontornável é que a primeira Maria, Mãe de Jesus, é a mesma que a Maria, a mãe de Tiago menor e de José.

Como todos os autores sagrados são unânimes em considerar que Tiago, o menor, era filho de Alfeu, isto tem por consequência lógica a conclusão de que Maria, mãe de Jesus e de Tiago, era esposa deste mesmo Alfeu.

O segundo corolário é o de que Maria de Clopas não era esposa de Alfeu e que Clopas e Alfeu eram personagens diversos.

Uma outra conclusão é a de que sendo Maria de Clopas mãe dos filhos de Zebedeu teria recebido o sobrenome de Cleópatra de seu pai, possivelmente num ambiente restrito familiar e para a distinguir de sua irmã Maria. Então coloca-se a questão de como foi acontecer que tivesse havido duas marias na mesma Família? Possivelmente por serem apenas meias-irmãs! Se seria também Salomé é duvidoso e tudo apontando para que a confusão tenha ocorrido por causa do nome da sua mal-afamada filha Salomé que deste modo acabou misturada na história evangélica santificada pelo quase anonimato.

Outro corolário inevitável é que os chamados irmãos de Jesus, ou os meios-irmãos, segundo S. Jerónimo não o são por serem filho dum primeiro casamento de S. José mas por serem filhos de Maria, mãe de Jesus...e de Alfeu, seja no sentido de primogénito, o que será o mais correcto, seja no de um qualquer parentesco que os diversos textos omitiram por incómodo!

Aliás, só assim se compreenderia que, numa linha de sucessão messiânica derivada de S. José, Jesus tivesse sido considerado o primogénito.

Por outro lado é quase seguro que é neste Alfeu, fosse ou não irmão mais novo de S. José, que reside o verdadeiro mistério do pai de Jesus!

 

Ver: PAI BIOLÓGICO DE JESUS (***) & ALFEU (***)

 

A engenhosa tese de Donovan Joise, no seu livro: “A Outra História De Jesus”, de postular que o evangelho de S. João foi manipulado de propósito para confirmar a tese da “virgindade perpétua de Maria”, afigura-se desnecessária. [16]

This title occurs only in John, xix, 25. A comparison of the lists of those who stood at the foot of the cross would seem to identify her with Mary, the mother of James the Less and Joseph (Mark, xv, 40; cf. Matt., xxvii, 56). Some have indeed tried to identify her with the Salome of Mark, xv, 40, but St. John's reticence concerning himself and his relatives seems conclusive against this (cf. John, xxi, 2). In the narratives of the Resurrection she is named "Mary of James"; (Mark, xvi, 1; Luke, xxiv, 10) and "the other Mary" (Matt., xxvii, 61; xxviii, 1). The title of "Mary of James" is obscure. If it stood alone, we should feel inclined to render it "wife of (or sister of) James", but the recurrence of the expression " Mary the mother of James and Joseph" compels us to render it in the same way when we only read " Mary of James". Her relationship to the Blessed Virgin is obscure. James is termed ' of Alpheus", i.e. presumably "son of Alpheus". St. Jerome would identify this Alpheus with Cleophas who, according to Hegesippus, was brother to St. Joseph (Hist. eccl., III, xi). -- The Catholic Encyclopedia, Volume IX

 

ALFEU OU ELPIS,

UMA DAS CONCUBINAS DE HERODES O GRANDE?

Le roi Hérode avait alors neuf épouses : d’abord la mère d’Antipater et la fille du grand-prêtre, dont il avait eu un fils, nommé comme lui Hérode. Il avait également épousé une fille de son frère et une de ses cousines germaines; ni l’une ni l’autre n’eut, d’enfant. [20] Il avait aussi parmi ses épouses une Samaritaine qui lui avait donné pour fils Antipas et Archélaüs, pour fille Olympias; celle-ci fut plus tard la femme de Joseph, neveu du roi; quant à Archélaüs et à Antipas, ils étaient élevés à Rome chez un particulier. [21] Il avait, encore épousé Cléopâtre de Jérusalem dont il eut deux fils, Hérode et Philippe, ce dernier aussi élevé à Rome. Une autre de ses femmes était Pallas, mère d’un fils, Phasaël. Enfin il avait encore Phèdre et Elpis qui lui donnèrent deux filles, Roxane et Salomé. [22] De ses filles aînées, sœurs utérines d’Alexandre, que Phéroras avait dédaigné d’épouser, il maria l’une à Antipater, fils de sa sœur, l’autre à Phasa-ël qui était, lui, le fils de son frère. Telle était la famille d’Hérode.

No entanto a verdade pode ter sido ainda bem mais terrível e sinistra mas nem, por isso mesmo, isenta de se tornar muito mais fecunda em explicações. Na verdade Alfeu, o pai de Tiago menor, é apenas um nome de alguém omisso em toda a história neo-testamentária.

Se em relação ao Alfeu, pai de Mateus, isso causa pouca interferência na história de Jesus, o nome de Alfeu / Clopas pode já ser um pouco mais comprometedor porque nos reporta para a possibilidade de coisas muito estranhas como, por exemplo, a mãe dos filhos de Alfeu ser a Virgem Maria não por os ter gerado mas por ser sua madrasta, visto serem filhos de Elfis, esposa de Herodes o Grande de quem a mãe de Jesus seria a esposa Mariana II.

Então Alfeu seria uma forma mal escrita, porque de legibilidade inaceitável, mãe dos filhos de Elfis, logo filhos / enteados de Maria / Mariana II.

Cleópatra de Jerusalém, mais conhecida por (Maria) Cleopas seria tia herodiana de Jesus. Porque é que a mãe dos filhos de Zebedeu pretendia que estes se sentassem ao lado de Jesus na sua glória? Porque seriam filhos duma destas mulheres de Herodes e, por isso primos e candidatos ao trono messiânicos do reino de Israel. Maria (a mãe) de Salomé seria simplesmente Herodias.

Em resumo, estavam junto à cruz:

1º Mariana II secretamente mãe de Jesus e madrasta dos Alfeus ou filhos de Elfis. Ou seja, seria Mariana II que cuidaria deles já que Elfis seria uma herodiana convicta. Sendo assim, Maria seria uma mera viúva de Herodes que cuidava dos sobrinhos.

2º Maria Madalena.

3º Maria Cleópatra de Jerusalém, que teria tido filhos extramotrimoniais ou depois da viuvez e seria irmã de Mariana II por não haver outro nome a dar ao laço que as unia enquanto esposas do mesmo Herodes I. Salomé, ainda que tendo sido sempre crítica em relação ao messianismo de Jesus terá tido por ele uma particular afeição desde os tempos da morte de João Batista.

Eventualmente estariam também no grupo algumas herodeanas mais jovens ou solteiras como Joana, Susana e Salomé.

Obviamente que Josefo só regista os filhos que estas esposas de Herodes tiveram com ele. Em vão procuraremos nestes registos os nomes dos apóstolos. Mas bastardos numa casa real como a de Herodes o grande que teve 10 esposas oficiais fora as ocasionais seria pedir demais a estas judias para quem a fertilidade era a única razão de viver. Talvez apenas Filipe seja um dos Filipes herodianos! Mas nada impede que estas tivessem filhos com outros homens fosse por infidelidades no recato do harém fosse depois de viúvas ou repudiadas. De qualquer modo estes filhos ilegítimos de Herodes só teriam sobrevivido à caça dos herodianos escondidos no reduto dos essénios.

As referências de Josefo a Jesus seriam demasiado negativas e incómodas para os cristãos e foram seguramente alvo de meticulosas manipulações sendo hoje impossível tê-las como fonte segura para inferir ou refutar qualquer tese pudesse relacionar Jesus com os herodianos.

No entanto as más relações de Jesus com a família teriam que ter alguma explicação e, sobretudo, a legitimidade de Jesus ao reino de Israel ou era um facto que Pilatos usou politicamente na crucificação ou era ficção delirante de Jesus que os discípulos ingenuamente aceitaram decorrendo implicitamente da sua qualidade de filho de Deus. De qualquer maneira Pilatos nunca iria usar a crucificação de Jesus para gozar com a dignidade do reino da Judeia sobretudo depois da recente amizade com Herodes, filho de Herodes o grande, o maior dos últimos reis deste reino! Pelo contrário, Pilatos apenas pretendeu fazer um favor a Herodes, rei da Galileia que ainda não teria desistido de recuperar o reino da Judeia, dando-lhe a entender que a cruz seria o destino de todos os candidatos ao trono da Judeia que não tivessem o aval dos herodianos e de Roma.

 



[1] Copyright © Gérald Béhuret - 27/06/1999.

[2] http://www.thewhitemoon.com/mary/main.html

[3] Early in the morning of the Lord's day the women went to the tomb. They were Mary Magdalene, Mary the mother of James whom Jesus delivered out of the hand of Satan, Salome who tempted him, Mary who ministered to him and Martha her sister, Joanna (al. Susanna) the wife of Chuza who had renounced the marriage bed, Berenice who was healed of an issue of blood in Capernaum, Lia (Leah) the widow whose son he raised at Nain, and the woman to whom he said, 'Thy sins which are many are forgiven thee'. (…) Not: That Mary the mother of Jesus is identified with Mary Magdalene is typical of the disregard of history, and we have seen it in other Coptic documents. -- Gospel Of Bartholomew, From "The Apocryphal New Testament". M.R. James-Translation and Notes. Oxford: Clarendon Press, 1924

[4] In this group (second group) we see “Jesus mother, and His mother's sister, Mary the wife of Clopas, and Mary Magdalene," and "the disciple whom He loved.". Below is a comparison of John's account with the accounts of Matthew (Mt 27:56) Mark (Mark 15:40).

[5] In this group (second group) we see “Jesus mother, and His mother's sister, Mary the wife of Clopas, and Mary Magdalene," and "the disciple whom He loved.". Below is a comparison of John's account with the accounts of Matthew (Mt 27:56) Mark (Mark 15:40).

Matthew

Mark

John

Maria Madalena

Mary Magdalene

Mary Magdalene

Mary, mother of James and Joses

Mary, mother of James and Joses

Mary, wife of Clopas

Mother of Zebedee's sons

Salome

His mother's sister

 

 

His mother, Mary

There were four women present at the cross, three named Mary, and one named Salome. Mary means "bitter", while Salome means "peace." How appropriate: Jesus death was bitter, but at the same time brought peace. From the comparison, it appears that Salome was Zebedee's wife, the mother of James and John, and the sister of Mary, Jesus' mother. This would make John Jesus' cousin. -- Copyright ã 1997-1998 by Gregory J Thomas, all rights reserved.

[6] This fragment was found by Grabe in a ms. of the Bodleian Library, with the inscription on the margin, “Papia.” Westcott states that it forms part of a dictionary written by “a mediæval Papias. [He seems to have added the words, “Maria is called Illuminatrix, or Star of the Sea,” etc, a middle-age device.] The dictionary exists in ms. both at Oxford and Cambridge.”

[7] The International Standard Bible Encyclopedia.

[8] Quoted in Eusebius, Hist. Eccl. 3.11; 3.32.6; 4.22.4.

[9] The other is an Aramaic document from the early second century C.E., found at Murabba‘at (Mur. 33, line 5).

[10] The International Standard Bible Encyclopedia.

[11] Did Jesus have half-brothers and sisters? Bible Study, www.biblestudy.org

[12] The Diatessaron (c.170 A.D.) is a harmony of the gospels that Tatian wrote in either Syriac or Greek. Tatian lived from 110-172 A.D.

[13] Montfort Archives.

[14] Esta parte é um plágio de João (19:25)

[15] From "The Apocryphal New Testament", M.R. James-Translation and Notes, Oxford: Clarendon Press, 1924.

[16] Com uma simples deslocação da posição da porção de frase “et soror matris eius(ou com a deslocação deste nome Maria de Cleopa) alteramos por completo o sentido desta oração, sem que no entanto se possa falar de verdadeira manipulação do texto mas de mera correcção piedosa ou de clarificação gramatical do mesmo.

Ioan: 25 Stabant autem iuxta crucem Iesu mater eius (et soror matris eius), Maria Cleopae, (et soror matris eius) et Maria Magdalene.

Eisthkeisan de para tw staurw tou Ihsou h mhthr autou kai (h adelfh thv mhtrov autou), Maria h tou Klwpa (h adelfh thv mhtrov autou) kai Maria h Magdalhnh.

Outra possibilidade poderia ter sido a mera aposição entre comas (meramente elucidativas e que só posteriormente teriam passado a vírgulas) do nome Maria de Cleopa ou a deslocação deste nome da posição inicial, coisa que não seria de estranhar na medida em que foi com esta simplicidade que Filipe referiu o mesmo dizendo: “Mary his mother and her sister and Magdalene”. A forma sui géneris com que o redactor do texto de João teria alterado o texto inicial confirma que para os teólogos o importante não é tanto a verdade gramatical mas a “virgindade perpétua de Maria”!