quarta-feira, 23 de março de 2016

A COSMOLOGIA PRIMORDIAL COMEÇOU A SER ESCRITA NA SUMÉRIA, Por Artur Felisberto.

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Figura 1: O famoso estandarte de Ur que demonstra inequivocamente que o cavalo de tiro e o carro militares não foram introduzidos na História pelos indo-europeus mas pelos sumérios. Os Hititas limitaram-se a criar os carros com rodas de ferro e os citas iniciaram a pratica do hipismo criando o mito dos Centauros.
Numa primeira impressão fica-se com a ideia de que as culturas indo-europeias, de que nasceram as culturas clássicas, receberam influências teológicas mais dos sumérios e povos da mesopotâmia, com que estavam em constante contacto geográfico a sul dos montes Urais, em torno do mar negro, na Anatólia e na Arménia, do que dos egípcios que, pela sua localização perto do corno de África, só poderiam ter tido influência sobre a cultura cretense dos minoicos. Ora, pelo contrário, talvez seja possível demonstrar que aquilo que neste caso aconteceu foi precisamente o ter sido Creta quem introduziu no Egipto a monarquia no período chamado tinita uma vez que o nome mítico do primeiro faraó, Ménes, tem estranhas ressonâncias com Minus, podendo ser ambos os nomes referências a uma cultura comum da ordem, do poder e da lei que na Suméria levava o nome me e no Egipto maat. Ou seja, no Egipto nem sequer a cultura cretense terá sido a de maior influência que, pelo contrário, terá recebido desta a cultura neolítica comum desta época na sua forma Suméria. Creta, com a sua esquadra e a sua celebérrima talassocracia, teria sido o elo de ligação entre os diversos pontos de evolução cultural peri-mediterrânicos do final do neolítico.
Din Gir Im = deus das tempestades =Ishkur – Odad
Din Gir U = God – Io
Dingir = Deity = Heaven = High = Spirit.
A Suméria (ou Shu-meria, ou Shinar; na bíblia, Sinar; egípcio Sangar; ki-en-gir na língua nativa), geralmente considerada a civilização mais antiga da humanidade, localizava-se na parte sul da Mesopotâmia apropriadamente posicionada em terrenos conhecidos por sua fertilidade, entre-os-rios Tigre e Eufrates. Alguns arqueólogos afirmam que os sumérios procediam, de fato, das planícies mesopotâmicas. Outros sugerem que o termo ‘Suméria’ deveria se restringir à língua suméria, baseando-se no fato de que não havia grupos étnicos ‘sumérios’ avulsos. O próprio termo ‘sumério’ é geralmente usado para uma língua isolada no campo da linguística, já que ela não pertence a nenhuma família linguística conhecida – ao contrário do acádico, por exemplo, que pertence ao hamito-semítico, ou às chamadas línguas afro-asiáticas. O termo "sumério" é na verdade um exônimo aplicado (e, provavelmente, cunhado) pelos acádios. Os sumérios auto-descreveram-se como sag-gi-ga (o povo de cabeças negras) e chamaram à sua terra Ki-en-gi, o lugar dos senhores civilizados...ou de Kingu, o senhor dos exércitos da deusa mãe Tiamat. A palavra acádica Shumer representa possivelmente esse nome num dialecto diferente.
A respeito dos sumérios, donos de língua, cultura (e, provavelmente, aparência) diferentes da dos seus vizinhos semíticos e sucessores, acredita-se que foram invasores ou migrantes, ainda que seja difícil determinar exactamente quando tal ocorreu ou mesmo as suas origens geográficas, possivelmente cretenses. Etimologicamente o nome dos curdos reporta-nos para o nome de Creta. Ora, os proto-sumérios surgiram no Norte da caldeia, no actual Curdistão e a civilização suméria que não era originalmente semita foi sendo miscigenada desde sempre por povos do deserto que a circundavam tendo sido invadidos nos tempos babilónicos por povos semitas vindos do sul.
The Sumerians called themselves Mah-Gar-ri "God’s exalted children".


Akk. Šumerum < Shu-mer-u(m) < *Gu-Mah-Gar-ri < Zu-me-Gi-r(u)
ó Ki-An-Gi-r(u).
O endónimo Mah-Gar-ri ressoa de imediato a Macários mas não é desde logo intuitivo e credível ressoasse a um nome de aparência tão egeia.
El nombre propio Macario viene del griego Μακάριος (Makarios), derivado de μακάρ (makar = feliz, afortunado y bendecido). Se vincula con una raíz *mak- (hacerse largo). Originalmente, se usaba para referirse a dioses y luego a muertos bendecidos por los dioses. (...)
Pero aparte de referirse primero a dioses (eso es sobre todo el adjetivo μακάρ más que μακάριος) y luego a muertos bendecidos por los dioses (que es el uso que principalmente le da Platón), acaba también significando todo aquel que tiene buena gracia y buena suerte en general, e incluso Polibio en el s. II lo usa con el valor de rico y opulento, que tiene gran fortuna.
Relacionada com a etimologia de Macário estaria a Virgem de Macarena, a protectora da bem aventurança dos toureiros mortos abençoados pelos deuses. No entanto parece-nos que este nome seria muito mais arcaico do que os grego clássico o sugere e estaria relacionado com *Ma-Kaur, literalmente o guerreiro de sua mãe e então os Mah-Gar-ri seriam estes mesmo marinheiros e guerreiros de sua mãe que teriam saído da matriarcal pátria cretense e ido colonizar e civilizar a Suméria nos seus primórdios. Este termo recorda traiçoeiramente o nome dos Magriços que fizeram parte da equipa de futebol nacional de Portugal que alcançou o terceiro lugar no Mundial de 1966 na Inglaterra, alcunha baseado na baseado no tema contado por  Camões n'Os Lusíadas,   de veracidade duvidosa em que Álvaro Gonçalves Coutinho, apelidado de O Magriço, um cavaleiro Português do século XIV, que, juntamente com 11 colegas, viajou para a Inglaterra para participar num torneio para defender a honra de doze damas inglesas que não conseguiam encontrar cavaleiros na Inglaterra dispostos a fazê-lo. Como Magriço deriva de «magro» e tal, como Macário deriva do grego «macro» com semântica aparentemente oposto é quase seguro que estamos perante termos arcaicos da mesma origem pelo que talvez Camões tenha inventado a lenda dos Magriços a partir de uma mitologia local muito mais antiga relacionada com a lenda de S. Macário, que, por ter dado à costa seria marinheiro como os seus antepassados cretenses que deram à costa como Anedotos ou Oanes no golfo pérsico do início da mitologia fundadora da Caldeia.

É bem possível que a cultura Suméria tenha tido pouco de único e original a não ser a escrita que lhe permitiu aparecer aos olhos da história como sendo a primeira civilização a conhecer o nome dos deuses. Porém, estes nomes seriam um tesouro cultural comum da humanidade peri-mediterrânica acumulado por longos anos de evolução oral desde os alvores da arte rupestre e que progressiva e lentamente se mundializou desde o final da última glaciação causadora de grandes subidas no nível da água dos mares propícia à criação mítica do dilúvio, cera do 8 milénio a. C.
Os sumérios e caldeus desenvolveram uma cosmogonia própria, preservada em poemas épicos, como Gilgamesh e Enuma Elis. A criação era representada como um processo de procriação. Os deuses seriam elementos naturais que formaram o universo. Segundo os babilónios, Marduque foi o único deus que conseguiu derrotar o general Kingu de Tiamat, o dragão, que representava o caos e as águas do mar primordial. Esta mitologia seria desenvolvida de forma livre até à exaustão pelos egípcios que a desenvolveram de forma ainda mais elaborada nas pinturas dos seus túmulos.
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Figura 2: Esquema cosmológico do mundo arcaico.
Figura 3: Esquema do mundo Aristotélico e medieval.
O sol nascia todas as manhãs pela grande vagina da Deusa Mãe, Mat / Mut, que era o mar mediterrânico, ascendia ao céu no seio dos montes duplos da aurora e era devorado ao por do sol navegando pelos infernos do sub-mundo durante a noite na barca solar que era o crescente lunar.
Estas cosmologias míticas, elaboradas no vazio da imaginação pura, permitiram um esboço astrológico e cosmológico que pode ser resumido no esquema anexo.
Os sumérios tinham quatro grandes divindades criadoras:
An = superior, no Céu;
Ki = inferior, na terra;
Enlil no ar e Enki na água.
clip_image008[4] = AN + clip_image010[4] = KI => Enki.
An e Ki teriam sido o casal primitivo correspondente ao Céu e à Terra.
Ki, inicialmente deusa mãe-terra, passou mais tarde a ser a deusa Ninhursarg (Nin + kur sarg), a (N.) Sr.ª da Montanha.
Enlil < an+ lil < céu + lil (vento, sufixo sugestivo de tudo o que é lábil e volátil. Os ventos alísios tiveram aqui a sua origem étmica) = deus do ar atmosférico.
Enki < an+ ki < céu + terra = Universo = água Primordial = E(nk)I(a) > Eia > Ea, amigo de Dam kina (dama ki (a)na) = deus da água
No Céu havia outra Santíssima Trindade: Nana deus ou deusa Lua da lua; Utu, do sol e Inana a deusa mãe do Céu que era a Estrela da manhã.
Como se vê, com dois astros maiores como deuses masculinos e uma grande deusa mãe do céu, não é claro que esta trindade seja já uma sagrada família patriarcal. O que mais parece é de facto uma grande matriarca com os seus dois filhos predilectos: o deus do dia e o deus da noite! No entanto este matriarcado não seria das simpatias dos sacerdotes do início da história que se apressaram a afirmar, segundo Carl Grimberg, que a origem das coisas resultava de dois princípios sexuais opostos: Apsu, princípio da masculinidade bondosa e Tiamat, da maldade feminina.
As quatro divindades criadoras não seriam ainda entidades divinas personalizadas mas princípios divinos (metafísicos) de criação, equivalente remoto dos quatro elementos dos filósofos gregos e das causas primeiras de Aristóteles. Os Babilónios, segundo Pierre Amiet, acreditavam na trindade criadora dos sumérios:
Anu, deus do céu; Enlil, do ar e Enki/Ea, da agua mas chamavam Sin à lua e Shamahs (Xa mash = centro sublime) ao Sol e Istar a Inana que também relacionavam com o planeta Vénus. Marduque, que teria começado como deus menor das tempestades e dos trovões foi elevado por Hamurabi à categoria de deus supremo, por ser o deus local da cidade da Babilónia, quando esta cidade se tornou a capital do mundo de então, pelo que não pode ter, neste caso, relação genérica com a tradição primordial do nome de Deus, sendo antes pelo contrário um possível teónimo tardio de Enki relacionado como o conceito do Mar.
Na mitologia mesopotâmica, no princípio do mundo existia Abzu e Tiamat, os elementos, masculino e feminino, das águas.
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Figura 4: A dança dos Kingu de Tiamat.
Tiamat criou o céu, de quem nasceu Ea (casa da água), que produziu MarduqueMarduque venceu os demais deuses e dividiu o corpo de Tiamat, separando o céu da Terra e produziu o primeiro homem, usando o sangue de Kin-Gu, o monstro dragão e general de Tiamat, derrotado.
Dito de outro modo, Marduque seria literalmente uma definição teológica de Enki, o Senhor da Terra e das águas doces, quanto passou a ser também o Senhor do Mar, como viria a ser Poseidon, depois da queda da talassocracia cretense, matriarcal e draconiana.

Ver AN/ANU (***)

Ki – A TERRA MÃE – NINHURSAG
No entanto, se a mitologia suméria parece apontar para uma hereditariedade semântica que faria do sumério uma língua aglutinante artificialmente teológica, a verdade é que esta língua seria um esforço das escolas religiosas para darem alguma coerência e ordem tanto à linguagem erudita quanto a teologia seja por meio de analogias naturalistas seja porque seria o próprio conhecimento empírico da natureza que obrigava os sábios e sacerdotes a colocarem os poderes da natureza sobre a ordem de certos deuses fosse porque a sucessão das gerações culturais e a evolução da posição relativa das cidades estados obrigava à evidência de que os parentescos míticos poderiam alterar a posição relativa dos deuses mas não anulariam necessariamente as suas antigas denominações e funções que acabavam por levar a compromissos paradoxais e aos primeiros esboços do que seria corrente na mitologia Hindu, ou seja a multiplicação dos avatares divinos e no Egipto a fusão de divindades ou a atribuição à divindade dominante o poder de antigas divindades secundárias.
O mito de Enki e Ninhursag = Este mito é relatado nas tabuletas de argila que datam da época de Ur III e da paleo-Babilónia, na antiga Mesopotâmia. A lenda refere como Enki abençoou a terra paradisíaca de Dilmun, a pedido de Ninsikil, fazendo com que brotasse água do subsolo, e que navios de Tukric e de outras partes levaram ouro e pedras preciosas à mítica cidade de Dilmun. O texto prossegue narrando as relações incestuosas de Enki, Ninhursag e suas filhas, Ninsar, Ninkurra e Uttu. Após Enki ter mantido relações sexuais com suas filhas, Ninhursag vinga-se dele causando-lhe oito doenças. Mais tarde, Enlil, com a ajuda de uma raposa, trai Ninhursag que havia jurado não vê-lo jamais com bons olhos, até ao dia da morte de Enki. Finalmente, concorda em desfazer a maldição e cria oito divindades para curar cada uma das oito enfermidades que causara.


Ki is likely to be the original name of the earth goddess, whose name more often appears as Ninhursag (queen of the mountains), Ninmah (the exalted lady), or Nintu (the lady who gave birth). It seems likely that she and An were the progenitors of most of the gods. She is the mother goddess and assists in the creation of man. There she added constructive criticism to Enki as he shaped several versions of man from the heart of the clay over the Abzu. In Dilmun, she bore eight new trees from Enki. When he then ate her children, she cursed him with eight wounds. After being persuaded by Enlil to undo her curse, she bore Enki eight new children which undid the wounds of the first ones. Most often she is considered Enlil’s sister, but in some traditions she is his spouse instead.
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Nammu / Tiamat é a Deusa de Suméria do mar primordial, criador de todas as coisas. Ela deu à luz Anu (céu) e Ki (terra), assim como também Enki, o mestre-de-obras do mundo. Ela instruiu Enki na forma de como criar o homem, e ajudou-o aos forma-lo do barro.
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Ninhursag é uma Deusa suméria da fertilidade. Ela também suplantou Ki como Deusa da terra e mãe dos Deuses. Os Mitos da origem desta deusa variam mas em muitos ela é a irmã de Enlil, que lhe faria dela uma filha de Ki e Anu. Seja qual for a sua origem, Ninhursag tem Enki como o cônjuge.
N.ª Sr.ª = Bil-At < Wir-ash < Kurish < Ishkur => Ishtar
N.ª Sr.ª do Céu = Nin-Ana-Si(
= Ninsar (< Nin | Shar < Kar < *Kaur > Kur)
N.ª Sr.ª do Este, (Sr.ª da Aurora) = Nin-shubur < Nin | Shauwur < Kaukur > Kaphura|!
N.ª Sr.ª do Vento = Nin-Lil
N.ª Sr.ª da Batalha = Lahamu < Rakamu < Hurkima < karkima > Artemis!
N.ª Sr.ª do Parto = Nintu < Nin Antu.
N.ª Sr.ª da Terra = Nin-Ki > Nin-Thi > Nin-Ti = N.ª Sr.ª da Vida.
Se é evidente o arcaismo conservador destes nomes também é certo que muitos deles (por exemplo Ninshubur) revelam uma evolução linguistica tal que os torna quase impossíveis de identificar na sua origem mais autêntica.
1.      Alguns dos nomes caldeus da Grande Deusa Mãe Ki:
2.     Nin-hur-sag(a) = «Senhora do Cabeço do Monte». < *Nin Kur Kaki => Afrodite!
3.     Nin-tur = "a Senhora do O (do parto)". < Nin Ta(u)r > Antu(r?) > Antu > «mãe do céu ou deusa mãe».
4.     Aruru < possivelmente Kur-Kuru, a «Senhora da Serra» > *Alulu => Alu + Antu => Allatu.
5.     Belet-ili (ó Lilith) < Bil-At-*Alulu < Wir-ash-aruru < *IshkurAruru.
6.     Dingir-mah – Nin-mah < Nin Meash, lit. “Sr.ª mãe dos filhos” = senhora da mecha ou seja, das leis do fogo” = "Deusa Augusta = Sublime Senhora".
7.     Mama < Mami, > Mammi, > + Antu = Mammitum, > Mammetum:
8.     Nammu = A «Grande Mãe».
9.     Ninmenna < Nin Mean = Senhora do deus Min, a que tece no seu regaço as malhas do destino da vida e da morte como Ariadne!
10. Damkina < Tham-ki-Ana < *Ki-Ama Ki-Ana.
11. Damgalnunna < Dam-gal-nunna < < *Kima Kal-Inana > Dama-Karenina .
12. Gulu < Gullu < *Ki-ili > Kali, a deusa mãe dos hindus.
13. Ninka / Ninlil.
But, the bull symbol is also seen for her being the cow goddess, Ninhursag, guardian of the fields and herds (Johnson 288). Pointing back to one D. O. Cameron, Buffie Johnson also believes that the bull’s head is a metaphor for the woman’s reproductive organs (272).[1]
Claro que uma afirmação como esta só pode fazer sorrir e desconfiar de certas análises para-científicas. Na verdade uma das condições da sobrevivência da metáfora é a existência de uma qualquer coerência analógica entre o referente e o referenciado. Claro que sumariamente os contornos em sombras chinesas da cabeça de um touro pode ser superficialmente semelhante ao esboço do aparelho reprodutor feminino mas, … só para quem o sabe desenhar sumariamente. Ora, é duvidoso que o comum dos sumérios já soubesse anatomia bastante para tanto!
Fora da Grécia a deusa funcionalmente mais parecida com Afrodite foi, sem sombra de dúvida e com alguma semelhança fonética, a deusa sírio-babilónia Ishtar descendente linguística de Inana a antiga deusa Suméria do amor e da Lua, astro com que costuma ser funcionalmente identificada.
In Nippur, Ki, Mother Earth, also known as Urash, Ninmah, and Ninhursag felt strongly that Enlil should suffer the hardest of all punishments for his conduct.
O ser esta Ki, a Deusa Mãe primordial, é mais um dos truques ou equívocos de memória cultural colectiva de que os mitológicos se serviam para dar personalidade autónoma a nomes da mesma divindade. A verdade é que o seu aspecto, tal como vem representado na reconstrução da Figura 5, é ainda o de uma arcaica deusa mãe da fertilidade!
Damkina or Damgalnunna; alias Ninka, (< Nin-Ki-a => Hia > Hay ) goddess wife of Ea — Sumerian god of sweet waters.
As Ninlil wife of Enlil;
as Ninki wife of Enki (Ea).
The temple of Ninmah, goddess of the underworld, was built by Ashurbanipal near the Ishtar gate. [2]
Ninka < Nin + Ki-a <=> Hia > Hay > Aia & Ea.
Aya (Ai): "Dawn," the spouse of the Babylonian sun-god Shamash. Epithet: "The daughter-in-law."
Assim sendo, é bem possível que estejamos em presença de Ki, a deusa primordial de que derivaria por mero crescimento linguístico Ninhursag <= An + Kur + Saki => A(n)-Phur-Thati > Afrodite!
Epithets of Ninhursag:
Sassuru, = "womb-goddess" < Sashuru < Kaki-kuru => *Kaphura;
Tabsutili = "midwife of the gods" < Kaphi-Shut < *Kaki Ishatu;
Kurkurratili "smelter of the gods" "mother of the gods" and "mother of all children"
She was the wife of the water-god Enki.
=> Spouse of Shulpae[3] and then of Nergal[4].
Shrine at Kesh (< Kiash, a «terra do fogo») in central Mesopotamia, still not identified. A goddess in Sumerian and Mesopotamian mythology, the earth-mother.
Como Ninhursag foi seguramente uma Deusa Mãe é possível que tenha sido também Nammu a deusa que copulou freneticamente com o próprio filho, como teria que ser o caso de qualquer deusa primordial desde Gaia & Urano. Assim, é plausível a suspeita de que os mitólogos se tenham desencontrado com esta sucessão de nomes nasalados e mudos, de mistura com prováveis epítetos do trio de deusas primordiais.
Como esta foi mãe de Uttu que foi, por sua vez, deusa da terra e das plantas chegamos à conclusão que qualquer deusa Suméria que tivesse sido mãe era esposa de Enki e, talvez por isso ou pelo conjunto equipotencial de funções, “Grande Deusa da Terra Mãe”. Pelo caminho poderia suspeitar-se que Uttu/Uto tenham sido um divino casal de irmãos sendo assim de inferir que Utto foi Inana, filha e esposa de Enki. Uma coisa parece confirmar-se: que *Kar vem de Kur!
Claro que Inana poderia, mesmo assim, ser irmã de Uto. No mínimo, meia irmã. Porém, o cúmulo do paradoxo mítico seria que tivesse sido miraculosamente mãe e irmã de Uto e, mais tarde, sua esposa real!
Em conclusão, não há nada que invalide a tese de que Inana foi, pelo menos no plano gramatical, o lado feminino de Nana! Se há quem proponha para este posto a deusa Nanar, porque não propor Inana, que já se sabe que era imã gémea do sol?
(?) Nannar: Also, "Sin". The Babylonian moon-goddess, twin-sister of Shamash.
Porém, dadas as relações privilegiadas de Inana com seu pai Enki, temos que ficar com fortes suspeitas de que Nana, o deus lunar, não era senão Enki/Kur, o “sol-posto”!
Being agricultural, the people of Mohenjo-Daro and Harappa had religions that focused on fertility, on the earth as a giver of life. They had a fertility goddess, whose naked image as a figurine sat in a niche in the wall of their homes. Like the Egyptians they also had a bull god. They worshiped tree gods, and they had a god with three heads and an erect phallus, which they associated with fertility. Like some others, including the Egyptians, they buried objects with their dead. And they had taboos, especially about cleanliness.
Não deixa de ser interessante que os templos sagrados de Utu/Shmash em Sippar e Larsa, se chamassem E-babbar, literalmente a casa do pai War < Kar.
Na verdade, se Kaku foi supostamente Enki então Kaka teria que ser sua filha a grande Deusa Mãe de todos os deuses e de todos os homens! Poderia ter sido também a mãe do próprio pai? Eis um mistério da teogonia que não foi explicitamente enunciado nem definido por ninguém!
Nin + hursag = "queen of the mountains" < Kur Ga(l) ki
Nin + mah = "the exalted lady" < Mak => Mah = exelssa = mash
Nin + tu = "the lady who gave birth" => Nin = Senhora; Tu = parideira, mãe.
Ki, inicialmente Deusa Mãe Terra, passou mais tarde a ser Ninhursarg (Nin + kursag = serra de montanhas < Kurgalki, os grandes touros da terra), a (Nª.) Sr.ª da Montanha.
Ki permanece no «que» do lusitano falar (em fr. qui), pronome relativo a todas as coisas[5] abstractas, indeterminadas e indefinidas que a realidade comporta e no «aqui» (a + Ki) que o nosso lugar «cá» nesta terra nos torna acessível. Enquanto nome da deusa mãe terra, Ki não era, na verdade, sinónimo de nada em concreto que possamos identificar pois que, aquilo que hoje ela não é também o não era então, nos tempos míticos obviamente pelo que, a ter sido alguma coisa, a deusa mãe terra era de facto a ideia que os nossos antepassados sumérios tinham de realidades genéricas daquilo «que» é aqui, neste lado do mundo que habitamos e que constitui a realidade que vivemos, visto que seguramente a deusa mãe Ki era mais do que a pangeia continental que os sumérios desconheciam tal como evidentemente ignoravam a actual Gaia, o “planeta vivo”» que veio a ser a Terra dos ecologistas modernos!
Qi, também grafado como ch’i (na romanização Wade-Giles) ou ki (na romanização do japonês), é um conceito fundamental da cultura tradicional chinesa. O termo Qi pode ser associado de um modo bem amplo ao conceito ocidental de energia: diferentes ideogramas com este mesmo som representam em chinês a energia dos alimentos, do ar e a energia pré-natal.
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O significado etimológico do ideograma qi ("") na sua forma tradicional mais conhecida é uma imagem do “vapor () subindo da caçarola de arroz enquanto é cozinhado”. É frequentemente traduzido como "ar" ou "sopro", por exemplo. O termo chinês que significa "respiração" é tia-n-qì, ou a “respiração do céu”. Concepções filosóficas do qi são encontradas desde o início da história do pensamento chinês.
Se bem que o ideograma do ki chinês seja parecido com o de anu sumério a sua semântica era o do sha sumério e do ka do Egipto.
Em qualquer caso, a aposta numa mitologia comum que reportam as caligrafias orientais aos sumeriogramas e à escrita cuneiforme é incontornável.

KA
De Ki veio Gaia < Kaia < kia > Ka de que virá o Caos primordial de Hisíodo pois que Kaos é o equivalente ao sumério ka Ur…(kiur > Kaur > Kaul > Shaol/Shael = senhor das almas?) …e que tem no Chaol judeu um descendente. Significando inicialmente o guerreiro da Terra Mãe (Ki ur) que segurava, como Atlas os pilares do Céu, as muralhas de montanhas nos confins do mundo que separavam as águas primordiais entre a Terra e o vazio cósmico do Céu. Este guardião da Ordem Cósmica acabou por degenerar no deus do inferno dos semitas para onde vão os mortos depois e lixo da civilização e para onde os filósofos estóicos atiraram com a desordem universal! A verdade é que, entre a desordem caótica e o lixo infernal, o diabo que escolha!
Segundo Reynal Sorel, “etimologicamente Caos deriva da raiz *cha- que significa «fenda», «abertura», no sentido da abertura de uma fenda, como nos verbos do gr. chainô, chaskô.” Pois bem, na Suméria sha  significou «vão» (de porta), «boca» e…«vazio»!
Ka é étimo de alma no Egipto e suspeita-se que o tenha sido, de forma mais ou menos indirecta, na Suméria visto poder também ter conotação de “vazio de matéria” / “cheio de espírito”.
Se Ka-gal =grande vão => porta e…
     Ki-gal = grande chão então…
ká: porta > ka: boca, porta do corpo e do discurso.
Ka = vazio, ausência de matéria => espírito?[6]
šag4, šà = intestines; gut; heart, abdomen, entrails, womb; midst.
šag5, sig6, ša6, sa6 = sweet, good, pleasant; to please, satisfy; to be friendly; good fortune; (divine) grace.
De Sha > *Sa- de «são» (como o íntimo, genuíno e puro interior visceral da vida) e «santo» (como a doce satisfação da bondade e da graça divina) e de
Sa > = shoulder; right (side); sanctuary; boundary, territory; outside of; front.
zalag(2),zal = light, brightness; bright, luminous; to shine, gleam; pure; to cleanse, purify. Zag.
do mesmo modo que o sal, pela sua virtude em impedir a putrefacção da carne, se torna num elemento de importância vital e por analogia ritual.
Zal (sum.) (< zail < za lil, com a virtude de Za) > sale (lat.) > sale us > salius > Salus = saúde = virtude do que está conservado e protegido no sal contra a corrupção[7].
A importância do sal em todos os ritos da santificação é conhecida em todos os sacramentos (concepções sagrados) desde o baptismo até à extrema-unção. O princípio da “mens sana in corpore sano” não é uma invenção romana inteiramente original porque todos os antigos confundiram a santidade moral com a saúde física. A este respeito os egípcios iam ao ponto de misturar num mesmo sentimento de santidade/sanidade o orgulho da sua particular pureza cultural com a sua exigente piedade religiosa a par de uma, mais escrupulosa do que consistente, pureza higiénica. O que releva da formula romana é a dessacralização da saúde que deixa de ser santidade para ser sanidade mesmo quando da mente![8]
Ka pode, assim, ter conotação com a «vida» e a sua conservação: De facto, gaya é vida em avesta por Ka yu = força de Ka!
Pela mesma via ideográfica se formou o nome do «leite», gr. galatos > lat. (ga)lactos.[9]
Ka la tu rru = eunuco que deu a «agua da vida» a Inanna (kalatur = leite? gr. Galat[1])
= leite? Kalatur >?
tu5,17 = to wash, bathe; bath; to pour; to make libation.
tu7 =     soup; soup pitcher.
ru =      to give; to send; present, gift.
K(a) ur ga rru = eunuco que deu o «alimento da vida» a Inanna (< Kurga < Kaurka = vida do campo, corpo de Kaur, animal doméstico, ?)
Ka é étimo indo-europeu da génese do nome dos animais domésticos.
Ka < Sha mash = centro ou espírito sublime, o sol.
O deus Sha rur = arma do espírito > Sharrua, a arma do lavrador?
De ka > Sha > Sha + man e o Xá da Pérsia!
De facto não nos podemos esquecer do xamanismo na análise desta questão.
Sha man < Ka man = mana da(s) alma(s).
I(a) man < Ha man < Sha man > Fla men > Bra man. .[10] 
Ci – Segundo as crenças indígenas tudo e todos possuem uma mãe. Esta seria Ci. Homens, minerais, plantas, animais, água, terra, fogo e ar… tudo; nasciam e eram protegidos por uma respectiva Ci, mãe criadora. "Esta mãe gerou, modelou, criou, regulamentou, governa e em muitos casos alimenta permanentemente seus filhos sem nenhuma necessidade do elemento masculino. Este é um fator característico importante: a maioria dos povos cultuam um pai, um ser masculino, o macho; o índio brasileiro, porém, considera apenas a fêmea – Ci. "O sono, a chuva, o verme, o sorriso, a fonte, a canoa – tudo tem mãe e todo indígena sabe quem é a mãe de cada coisa. Jamais fala do pai eventual das mesmas coisas. O índio brasileiro não considera a reprodução sexuada em seu universo".Mitologia Brasileira.
O conceito de Ka como nome da alma é recorrente na toponímia e nos conceitos religiosos mongóis o que faz da realidade xamânica uma cultura mundializada. O xamanismo parece derivar de xam, o nome que os tibetanos dão às danças sagradas, etc. [11].
O culto dos mortos inerente aos aspectos ctónicos do xamanismo que se manifestou por dois tipos de enterros: a cremação e o embalsamamento. A cremação parece ter sido a forma preferida dos indo-europeus tardios mas foi a sepultura com embargamento a preferida pelos citas e pelos mongóis e foi destes povos que grandes civilizações como a egípcia e a chinesa receberam influências para o desenvolvimento das sua tradições funerárias.
Ka era também o nome do sangue que dá a vida, ou seja do espírito vital e por isso era também o ocre vermelho com que se cobriam os cadáveres humanos dos mais antigos túmulos conhecidos do homo sapiens de Niendertal, como ritual simbólico mimético duma esperança de vida eterna além tumulo.
«Ocre» = ocra < Lat. ochra < Gr. Óchra < Ka-ushara, literalmente o ká da Ur-Ki, a Sr. Orca, a deusa mãe da terra selvagem.
O conceito de Ka como nome da alma é recorrente na toponímia e nos conceitos religiosos mongóis o que faz da realidade xamanista uma cultura mundializada.
Em conclusão, ka se não é um étimo indo-europeu de provável origem Suméria com o significado de animal, de vida animal ou de espírito vital, é um étimo universal do final das culturas megalíticas.
Não nos podemos esquecer que no princípio a religião era o animismo e que o espiritismo primitivo materializava as ideias e atribuía espíritos aos animais. As almas dos mortos eram facilmente encarnadas em animais domésticos de estimação. O importante no animal totémico não era o seu corpo mas o seu mitema, a sua alma significante ou seja, o semantema subjacente a todos os referenciais genéricos. Assim sendo temos de entender ka como a ideia genérica de animal, espírito vital ou de sangue na acepção de espírito universal do animal.
Dizer a alguém em português “vem «cá» (= ka)” diferencia-se de “vem «aqui» (= a-ki)” por significar uma proximidade da pessoa que chama, enquanto a segunda expressão significa proximidade da terra que a pessoa pisa. Assim, os elementos gramaticais lusitanos expressam em alguns casos a persistência fóssil de conceitos míticos duma ancestralidade que deve decorrer do paleolítico e que manifesta em Portugal uma das maiores e expressivas presenças. Terá a linguagem começado e esboçar-se na Lusitânia precisamente no vale do Douro superior?
Seja como for exigem fortes possibilidades de a proto linguagem se ter precocemente difundido pelo mundo a partir daqui numa época neolítica muito arcaica pelo menos contemporânea da explosão megalítica.
Este primeiros conceito terão sofrido variantes diversas de tal modo que terão chegado ao Japão de forma tal que:
Jap. Kai = mar. Jap. Riku = terra. Jap. Kuu = céu.
A expressão lusa de terras distantes situadas no “cu de judas” deve ser uma variante moderna do “cu do mundo” que seria a entrada do céu por onde diariamente nascia o “deus menino” solar, deus Ku, senhor do céu como Anu.
Por isso é que o «cu» em latim era Anus.
Tudo isto seria ainda na época em que este era o filho único de Virgem Mãe, senhora do mar. Por isso, se por «a-qui» Maria era Ki no Japão arcaico veio a ser Kai.
Se o céu era Ku ou Kuhu ou Kuku, tal como também Gu, acabou por encalhar no Japão como Kuu.
Se a terra mãe era Ki, quando selvagem seria também Urkia Sr. Orca, a deusa mãe da terra selvagem (mãe do Ôgre) e acabou Riku no Japão.

ME/MA/MU
Mama deve ter sido um dos primeiros nomes universais e o de todas as mães do mundo. Muito seguramente é talvez o mais instintivo dos fonemas humanos tão espontâneo como o ronronar dos gatos. Muitos outros mamíferos cantam este som de satisfação apaziguamento quando mamam, como é o caso dos ursos.
As a matter of fact, there were two Atlantises or, more exactly, what the Occultists call Atlantis and Lemuria. Lemuria (or Mu) is the Great Mother, "virgin" because it engendered itself without the help of a male, that is of external insemination by other civilizations such as is the case with all civilizations we   know of. Atlantis itself was engendered by the Great Mother, of whom it was a colony. So, Atlantis is the Son, the wonderful Son of God who grew up to be far greater than the Great Mother, herself a formidable, universal empire.
Alguns dos nomes caldeus da Grande Deusa Mãe Ki:
Ninhursag(a) = «Senhora do Monte».
Nin tur = "a Senhora do O (do parto)". < Nin Ta(u)r > Antu(r?) > Antu > «mãe do céu ou deusa mãe».
Aruru < Haur-hauru < possivelmente de Kur-Kur-u, a «Senhora das Serras» => Alulu => Al + Latu => Allatu.
Belet-ili < Baal at-lil => Baal Lili at => Lilith.
Dingir-mahNin-mah < Nin Meash, lit. «senhora da mecha ou seja, das leis do fogo» = "Deusa – Augusta = Sublime – Senhora".
Mama < Mami, Mammi, Mammitum, Mammetum > mama Antu:
Nammu = A «Grande Mãe»
Nin menna < Nin Me Ana = Senhora que tece as malhas das leis (me) do destino dos senhores (na) deste mundo.
Mammu º Ninhursag(a) = Nammu, logo mãe e esposa de Nammu!
Se Nammu = Ninsar < Nin Shar < *Nin-kur = Ninkur-ra, a rainha das serras, um dos epítetos de Inana = Ish-Tar = Nin | Sar < Shar < Kar < Tar|, então o radical *mu tem a ver com o Abzu por intermédio do senhor do Kur que era Enki, o que explica ter tido por filha uma deusa de nome Nin-Kur-(u)ra, literalmente jovem (filha) de Ninkur (o senhor dos curros do Kur).
De facto, =>
| Num = (A)nu-m(a) => Nummu = «Deus (do céu) mãe de todos os nomes?».
/ Nam = (A)nam(a) => Nammu = «Deusa (do céu) mãe de todos os nomes?».
/ Mum = mu m(a) | => Mummu = «O que foi nomeado pela mãe para nomear»!
| Mu = Fame, Flying machine(???), For, Grow (to), Heights, Mine, My, Name, Title, Put on (a garment), Tree, Wear (to), Year <= Ma, (= mãe) + u (= macho).
De ma veio o me sumério relativo ao conhecimento das primeiras leis divinas o que coloca o início da cultura no colo da deusa mãe!

UR
In ancient Sumer, the goddess of the marriage rites was Ur. The goddess Ur, has analogies to the Dravidian cult of the goddess Paravati, in Siva temples.
Urtzi (Ortzi, Urcia) basque sky-god
Urtzi > Ortzi < Urcia < Ur-kiha < Urish > Urash.
Unfortunately, the most complete account of the Sumerian creation myth is the above- referenced Akkadian epic. Another character in this cosmic drama is Uraš, which Jacobsen, in my opinion, incorrectly considers a borrowing from Akkadian with the meaning "tilth", i.e. "tilled earth".
Na verdade, Uraz foi um arcaico deus da vegetação dos Sumérios e Urash foi a deusa mãe primordial ou Sr.ª do Rossio. Porém, o ser um deus da vegetação não é condição de passividade bucólica exclusiva comum às descrições citadinas e irrealistas dos poetas do classicismo decadente. Na verdade a vida rural tem tanto de calma submissão aos ritmos lentos e da natureza como de rude e árdua labuta contra as imprevisíveis reviravoltas da mesma Deusa Terra que tem tanto de mãe quanto de madrasta. De facto já do deus Marte se costuma dizer que começou por ser um mero deus da vegetação quando de facto nunca teria deixado de o ser se não fora a súbita fortuna de Roma e a subsequente mudança de atitude do povo romano em relação à visão do seu papel na vida cultural que deixou de ser o de uma mera cidade rural para passar a ser o da capital do mundo e não à custa dos arados do seu povo mas, da espada dos seus exércitos. Ora, é sabido que antropologicamente todo o homem primitivo era antes de mais um guerreiro que progressivamente se diferenciou em campesino soldado ocasional com o advento das primeiras civilizações agro-pastoris. Nesta fase todos os deuses populares seriam encarados como o foi Marte primitivamente, um deus tão violento nos ardores da guerra como amoroso ao lado de Vénus, fosse como esposa fosse como amante, em tempo de paz. Assim terá sido com Uras, nome que seguramente deriva deste mesmo termo, Urash.
Luz da manhã = sumer. Urash.
Ninurta (original name) = Nin-Urash, lit. Srª. Urash, (Srª do Rossío!)
Northern light = Uru-Sha-Iltanu
Ora bem, o que se refere de seguida faz e não faz sentido neste contexto na medida em que tudo o que diga a respeito de uma linguagem arcaica e primitiva, como terão sido as faladas nos primórdios da escrita, não passa de mera aproximação, tanto nos limites do levantamento das indeterminações relativas ao uso de línguas de vocabulário simples, e por isso ambíguo por ser necessariamente plurívoco, como na imprecisão de perspectiva, própria de observações de factos tão longínquos na história como são os que se referem ao seu próprio início.
clip_image018[4]
Uraš is a reading of the Sumerian sign IB, which, with this reading, is thought to mean "storm, garment"; but one of its archaic sign-forms seems to indicate the semantically related concept (‘wrapping around’[12]) in ‘whirl, eddy, tornado, or fish-trap’[13]. (cometa?)
O conceito assim expresso não está muito longe do que seria de prever a partir do termo sumério ur.
Reza um léxico Sumério o seguinte:
ur(2,3,4)  =  to surround; to flood; to drag (over the ground); to shear
ur = dog; carnivorous beast; young man, warrior; enemy; to tremble.
úr = floor; base; lap, thighs; root.
ùr = roof; beam; entrance; mountain pass (vale).
urin, ùri = eagle; standard, emblem, banner; blood.
uru(2)  = city, town, village.
ùru = to watch, guard; to protect; watch fire; light; luminous object.
uru16 = huge.
uru2,5,18 = thunderstorm; devastating flood.
uru4  = to plough, cultivate.
uru9 = stanchion (estaca), support.
Sendo assim, estaríamos perante termos pouco diferenciados do termo Ur. Seguramente que quase que se poderá afirmar que Uras era o filho guerreiro de sua mãe e Deusa Terra!
Uras < Uraš < Ur + Ash = guerreiro filho = filho guerreiro.
Então, o que se diz de seguida não passa de psicanálise a posteriori das motivações subconscientes da ideologia primitiva que se desenvolvia em torno do que era óbvio, ou seja a transferência da ideia da primazia da mãe, em face do papel sexual activo do macho, para o fascínio da infinita vastidão do grande mar oceânico!
Though Jacobsen equates Uraš with Ki, the earth, I rather believe this name captures a Sumerian designation for the circular motion (analogous to that of the Northern Circumpolar Regions before the appearance of stars) in the primeval ocean that was the active component of the first entity. [14]
Ora bem, este constante apelo para o lado maternal e primevo do mar[15] só pode ter resultado de uma adaptação do mito de Ki, a Deusa Mãe Terra, feito por povos primitivos, possivelmente péri-mediterrânicos, que teriam descoberto a importância económica das costas marítimas, tanto pela pesca como pelas trocas económicas incipientes que propiciava.
We can, I think, even discover the corresponding Sumerian name of the passive component: Nam-mu, "a goddess who was considered, in some traditions, to have given birth to An (heaven) and Ki (earth)" (Black and Green 1992, p. 134).
clip_image020[4]
Nam-mu is written with the archaic sign for "open", HAL (‘a six-pointed star’), or the archaic sign for "star", AN (‘an eight-pointed star’), inside the archaic sign for a circular enclosure (KIL), which, I interpret as "emptiness, space" ("that which contains the stars").[16]
Não será muito óbvio mas, interpretar em termos de linguagem é um pouco menos que traduzir em sentido técnico porque demasiado dependente de condicionantes culturais e subjectivas mas é óbvio que pode ser um pouco mais em termos de real informação!
Neste caso, a interpretação da linguagem primitiva torna-se, como se demonstrou, num autêntico ensaio sobre a descoberta impossível do pensamento primitivo, implícito tanto na linguagem expressa como nos indícios impressos nos processos de escrita.
Numa língua como a Suméria em que o caracter artificial de tipo ideográfico parece dominante o verdadeiro sentido dos termos parecem depender mais do contexto do que do vocabulário. Entre o conceito repulsivo de «inundação», relacionado muito possivelmente com o espectáculo das povoações cercadas por água durante as inundações regulares dos rios mesopotâmicos e o «cerco» militar que este espectáculo sugeria por intuitiva associação de ideias, encontramos conotações atractivas como «rua» > «vale», enquanto passagem entre montanhas, «soalho», «cave» da casa > povoação e cidade, enquanto lugar seguro cercado de protecções e guardas. Perdido entre estes complexos conceitos encontra-se o significado deur = cão; besta carnívora; jovem, guerreiro; inimigo; (fazer) tremer”.
Como é fácil de notar, o que os conceitos implícitos nesta significação de Ur têm de comum é apenas a «ferocidade» implícita na luta pela sobrevivência, sem a qual nenhuma civilização teria sido alcançada! Quer isto dizer que inquirir se foi a coragem (< Cor agens = o que age com o coração, ou com o espírito bélico de Kar) do guerreiro o conceito primário que esteve na raiz do étimo *ur- da urbanidade não é de modo algum tarefa fácil! Intuitivamente dir-se-á que assim foi, em face do espectáculo que a história nos revela, de civilizações que se desenvolvem com os espólios da guerra e sobre as ruínas de outras civilizações. Mas é também a juventude que faz a bravura e esta a valentia que defende e dá segurança às cidades!
É certo que houve guerreiros, antes do início da vida urbana, nas civilizações nómadas de caçadores – colectores mas, a acumulação do poder religioso que levou à conceptualização da soberania com a qual se deu início aos fenómenos sociais de separação de poderes e hierarquização da vida citadina como condição da divisão de tarefas, em torno e em função da qual se desenvolve a cidade, só foram possíveis com a incorporação institucional das hierarquias militares dos jovens guerreiros, como corpo orgânico autónomo dentro do corpo social. Dada assim a importância da actividade guerreira nas sociedades primitivas é de aceitar para significado primitivo de Ur aquele que no vocabulário sumério o relacionava com a ferocidade dos guerreiros primitivos. Daí também a conotação de Ur com a virilidade guerreira.
   Ur ? > *Vr > *Vir => «varão» => «virtude».
< Kur > Wur > *Vir > Wer >
Só nos nossos tempos parecerá estranho que a virtude andasse associada com a força viril. Porém, nos tempos homérico a maior virtude era a coragem varonil que tinha por consagração a heroicidade alcançada com a glória da vitória militar. À vitória andava associado o touro (vic tauria) sacrificial da iniciação guerreira, o troféu que era o (ka)louro (> glória), porque possivelmente temperava as carnes do banquete sagrado da consagração do «caloiro» e a aura, mais dos objectos luminosos, do que do ouro do saque que quase sempre pertencia ao chefe.
Então, UR seria o nome da mais antiga das divindades se não fosse também como é sabido, nome e étimo de cidade e consequentemente sinónimo de civilidade na conotação literal de vida urbana e citadina!
De Ur, possível teónimo de An, nasceu Urano e Enki de que surgiu Crono o deus Kaurino (Enkiur > Kauran)!
O facto de a teogonia greco-latina ter tido como primeiro deus Urano deixando subentendido que este teria tido supremacia apenas na época áurea do começo da história coloca-nos na esteira da hipótese fascinante de os arianos antigos terem aprendido os primeiros rudimentos de teologia possivelmente no coração da Anatólia pré-histórica nos alvores da civilização Suméria e por influência da cidade de UR, berço da história ocidental. No entanto, é bem possível que a própria mitologia suméria tenha sido uma importação de civilizações mais arcaicas péri-mediterânicas, oriundas das ilhas mediterrânicas.
O nome e o conceito de Deus são de facto uma construção mental que deve ter aparecido de paralelo com a evolução da construção histórica da civilização ou seja com a evolução histórica da cidade enquanto entidade sobre humana autónoma.
Os mecanismos culturais que levaram à transferência do nome dos guerreiros para o nome da cidade além de se compreender pelo atrás exposto explicita-se admitindo que todas as cidades começam com o guerreiro que se junta num lugar cercado e militarmente defendido que se chama em inglês «barraca» (war ur kia = lucal com guerreiros) e em português caserna ou quartel, já que barracas são apenas as tendas de campanha! A «caserna» veio do nome das cavernas primitivas onde os guerreiros arcaicas adoravam o deus sacarídeo de morte e ressurreição solar e onde seguramente se protegeram os homens da civilização rupestre.
«Caserna» < Fr. Caserne < *Cash-aurne < Ka-kur-ana
                                            > «caverna»!
«Quartel» (< de quarto) < Lat. quartu (1/4) = (…)• tempo durante o qual um soldado está de sentinela; • serviço de vigia a bordo, de quatro horas consecutivas; • plantão (…).
Já o «quartel» apelaria para o fenício Melkart (de que veio «a terra de Melgaço»), deus cujo nome significaria literalmente «senhor da cidade» (e da «cidadela» militar!).
No entanto, a origem do termo pode ser bem mais prosaica e estar relacionada com o conceito não do quarto de dormir porque nos quartéis só os teriam oficiais já que a caserna militar seria o espaço amplo da "casa grande" comum herdeira dos espaços cavernículas que a modernidade promoveu a camaratas!
De resto, o conceito e o nome de cidade variam muito conforme os sistemas administrativos e, de facto, se as há grandes e pequenas o certo é que as aldeias só passam a cidades quando adquirem autonomia administrativa "ex manu militari". Sendo assim, é o guerreiro que fundamenta a cidade que começa, como Roma, na caserna do quartel em torno da qual se edifica a cidadela.
De Ur vieram termos de urbanidade e burguesia por via latina tal como por via fenícia veio o quartel e o cartel. Nomes para a casa > caserna > castros > e cast(r)elos vieram de assuntos militares.
Quanto ao nome da «cidade» é suposto vir da civitas latina!
lat. civitas/tis < < Lat. civicu < Ki- | Vicu < Lat. vicu, aldeia < Ki-ku < pequeno canto!
que, por sua vez, deriva do sumério Ki Ur itas de que derivou a Sicuritas dos locais policiados. No entanto, o lusitano tinha idêntico termo (celta? autóctone?), o pré-latino «citânia» < kit(aur)ania < Kikurania. Ora bem, se a ocidente o étimo *Ur- do guerreiro dominou os termos da cidade não espanta que a oriente existisse a variante cartesiana de Melkart, o senhor da cidade. Kart era a cidade fenícia porque era onde estava o senhor dos exércitos que era o rei e gal por ser descendente do divino Kar.
A complexidade semântica dos guerreiros de Ur leva aos equívocos dos indo-europeus pelo que é fascinante considerar os Arianos como parentes de Abraão, pelo menos enquanto herdeiros da cultura Suméria e da civilização de Ur embora cada vez se afigura mais duvidosa a originalidade desta cultura. E isto é independente da solução que venha a ser dada em definitivo ao chamado «problema Sumério». 
“O período pré-sumério da Mesopotâmia começou por uma civilização aldeã-campesina, introduzida pelos Iranianos de Este. Depois passou por um estádio intermédio de imigração e invasão por semitas do Oeste. Teve o seu apogeu durante a época de civilização urbana possivelmente de predominância semita, cujo poder político terminou com a invasão das hordas sumérias. Se passarmos deste período pré-sumério, ou iraniano-semítico, da alta antiguidade da baixa-mesopotâmia, ao período Sumério que se lhe seguiu, vemos que este último compreende três estádios: o estádio pré-literário, o estádio proto-literário e o estádio literário antigo.”
Mesmo sem datação se aceita facilmente que as coisas tenham sido mais ou menos assim. Ainda que os sumérios tenham juntado à vantagem das armas a, da escrita, o que lhes permitiria a liderança do processo cultural da história emergente, é difícil não aceitar que a própria descoberta da escrita se ficou a dever mais a uma lenta, longa e vasta acumulação de conhecimentos e estruturas institucionais das sociedades que a cercavam e precederam do que propriamente a um milagre do génio cultural Sumério, embora este tenha tido influência decisiva. De facto, tudo nesta civilização aponta para o seu carácter sistemático, aglutinante prático e sincrético típico duma civilização mercantil que buscou e encontrou a escrita por necessidades de registo negociais e contratuais. A troca de informação e dos bens espirituais anda sempre a par das trocas materiais mercantis. Porém, se é verdade que os sistemas informativos influenciam e condicionam a informação é difícil conceber que a possam gerar no vazio e gerir em exclusivo todo o processo cultural de tal modo que, no caso da escrita Suméria, se tenha criado uma língua inteiramente nova na história, sem influências nem étimos anteriores, ainda que seja aquilo que parece.
Sumerian Language, language of the peoples of the ancient kingdom of Sumer in Mesopotamia. Its vocabulary, grammar, and syntax do not appear to be related to those of any other known language.(…) The main Sumerian dialect was the one known probably as Emegir, or the “princely tongue”. Several other dialects of lesser importance were spoken. One of these was used by women and eunuchs.[17]
Os factos que rodeiam a língua Sumério vão no sentido de suspeitar que a língua Suméria é de certo modo uma língua artificial, como o eram as línguas clássicas, mais o latim e menos o grego, embora por formas e causas diferentes e quase opostas. O carácter fortemente aglutinante das palavras e frases vai no sentido de os fonemas se terem moldado aos aspectos formais da escrita dos ideogramas. Possivelmente o Sumério escrito não correspondia ao falado e dai a referência à existência de muitos dialectos. Como as mulheres não teriam acesso à escrita não conheceriam a «língua dos príncipes» pelo que a seu falar comum soaria aos cortesãos como dialecto. Pelo contrário, a língua latina perfeccionou-se na multiplicação dos flexionamentos fonéticos e sintácticos muito para além do falar comum do baixo latim precisamente porque a escrita fonética o veio permitir e a métrica poética, primeiro religiosa e depois laica e diletante, o veio a impor.
É certo que a escrita deu à língua Suméria um poder político e cultural tal que mesmo depois de língua-morta continuou a ser estudada no império babilónio, como foi o latim na época papal da Europa medieval. Esta sacralização do idioma Sumério contribuiu para o prestígio da cultura que lhe estava subjacente ao ponto de o seu sistema ideológico (mais o cultural e mítico do que o religioso) ter permanecido para além das fronteiras da Mesopotâmia. Evidentemente que uma parte deste prestígio se ficou a dever ao facto de a ideologia Suméria não ser inteiramente original, por ter correspondido a uma mundialização cultural já no neolítico pré-sumério. Assim sendo, o Sumério, com o seu génio cultural aglutinante, acaba por fazer a síntese feliz de toda a cultura do final do neolítico exprimindo de forma original as linhas mestras do pensamento da humanidade nos alvores da história. Se esta universalidade se exprime sobretudo no fundo metafísico do pensamento cultural, uma vez que a religião, por ter andado sempre mais dependente da estruturação do poder, tender a ser um discurso de legitimação da supremacia da sua civilização, é bem possível que nomes e conceitos como Ur sejam património da humanidade na medida em que correspondam ao passado da tradição oral, tanto pré-sumério quanto indo-europeia, se não for o caso de os Iranianos de Este serem já indo-europeus.
Na verdade, cada vez parece mais evidente que o que caracteriza a essência duma língua é menos a matéria do seu léxico e mais o estilo da sua sintaxe. Assim sendo o étimo *ur- pode ter sido comum a uma grande variedade de línguas senão mesmo a todas as que partilhavam a cultura do final do megalítico. Dito de outro modo, *ur- corresponde a um étimo estruturante universal na medida em que anuncia uma realidade básica da civilização desta época pois marca o nascimento da própria civilização enquanto vivência social citadina. Redundância ou não *ur- é étimo de urbanidade. Enquanto nome do fenómeno básico de civilidade que foi, o jovem guerreiro deve ter sido comum à própria emergência da civilização e paralelo à sua evolução. Os montes Urais, que se julga terem sido o berço dos indo-europeus, estavam lá e por lá ficaram com esse nome ainda antes de Ur, a cidade de Abraão, o que nos obriga a aceitar que este nome é também muito mais antigo do que a Suméria. 
A antinomia fonética UR/RUR/RU fecha um círculo linguístico que encerra toda uma longa história dialéctica em volta da Cidade e as Serras e que vai da urbanidade à rudeza da aurea mediocritas passando inevitavelmente pela mediação da rudesa requintada da casta dos jovens guerreiros.
Da união da terra com o seu campeão e jovem guerreiro veio Kiur > Kur > Kaur => Kar/Ker/Kor.
De Kar veio Sacar e os seus sagrados segredos de sacrário. «Segredo» < sacredo < sacar edo = ordem de Sacar = mandamento, tabu e Sacramento = excreção santa de Kar, para alguns gnósticos o esperma que era a excreção da alma de Car.

Ver: SACAR (***)

É visível que a teogonia Suméria correspondia mais a uma alquimia linguística do que a uma teologia natural na medida em que os deuses correspondiam a complexos míticos logicamente estruturados. Os fenómenos naturais tinham na personalidade dos deuses o seu equivalente abstracto, de tal modo que, pelo menos no caso dos deuses criadores, estes construíram as primeiras ideias culturalmente funcionais pelo que a teologia Suméria era já uma cosmogonia conceptual e o que poderia haver de mais parecido com aquilo que os gregos vieram a denominar por etimologiasDe facto, com os primeiros princípios teosóficos sumérios é possível sintetizar o deus primitivo que procuramos!
Esta lenda teogónica corresponde a algo bem mais do que a um mero arquétipo antropossocial edipiano pois corresponde a uma interiorização cultural precoce da humanidade da hierarquia antropóide real. An era o pai e Enki o filho que por sua vez se tornou também pai dos abismos da terra, Abzu. Esta dialéctica teológica pai filho foi retomada pelo cristianismo, já que o patriarcado judeu foi de tal modo reaccionário que voltou à intransigência original do deus pai uraniano, senhor reinante tão solitário que não admitia sequer a desobediência duma rivalidade, ainda que meramente mítica, de ninguém, e que coloca qualquer filho tão longe da concorrência pelo poder patriarcal que recusa sequer a ideologia do estatuto de filho do senhor (Baal).
Ur = Antiguo halcón celeste, cuyo nombre significa "el grande" o "el viejo". Fue un dios demiurgo que salió del Caos por su propia fuerza. Puede ser la representación más antigua del cielo; el sol es su ojo derecho y la luna, el izquierdo. Su personalidad acabó absorbida por otros dioses de funciones idénticas. Se le considera una forma antigua de Atum. Fue adorado en Heliópolis.
Por ur- ter tido o significado egípcio de grande e velho permite-nos aceitar que terá sido uma forma muito arcaica do deus do céu também conhecido na Suméria como Anu. A junção do nome Sumério com este deus do Egipt deu o Grego Urano o que não terá sido por meras idiossincrasias locais mas porque assim o permitia o próprio jogo destes conceitos míticos, logo nos alvores da mitologia.

ASTROLOGIA CALDAICA
Nome

Significado astral
Sumério
Planeta
Nebiru
< Anuweru < Anu-Phero
A barca Shulpae
Barbaru
Ki-Shar
Júpiter
Delebat
< Thele Wat < *Pher-Kiki => Afrodite

Lahamu
Venus
Šihtu
< *Shu-tu < *Ki-uto > Phiat.
O Saltitão
Mummu
Mercúrio
Kay-am-anu
< | Kaka > *Gay | -Ama-Anu => Gamão
=> Atamino ó Atis / Tamuz
O Constante
An-Shar
Kak-Si-Di
Sagus
Tar-Gallu
Saturno
Salbatanu
< Kar-Wat-Anu > Zarbatana

Mu-Ud-Na
Marte
Obviamente que com paciência encontraríamos por aqui teónimos esquecidos que teriam sido elos perdidos que permitiriam relacionar o sumério tanto com a mitologia Hindu com a mitologia clássica.
Ki (terra, lugar) + Aur (da cidade)+ An (céu) = Kiauran > Kauran = o céu na terra de Ur = Deus da cidade de UR!
Kiauran > Kiur = Na literatura Suméria existe referência a Kiur como santuário privado de Ninlil a senhora do vento esposa de Enlil, templo adjacente ao Ekur, e que parece ter desempenhado um papel importante nos cultos sumérios do mundo infernal.
Kiur > Kur = terra, lugar, montanha = países montanhosos estrangeiros = > inferno. Os sumérios pensavam que os deuses viviam na “montanha do céu e da terra, erguida no meio das águas primordiais, no lugar onde nasce o sol”.
An + Ki + ur > Ekur = templo de Enlil em Nippur = casa da vida.
Se é na Suméria que buscamos o rasto original do nome de deus é apenas porque, como ficou dito, foi aqui que este se escreveu pela primeira vez. Então, o primeiro e mais simples nome de Deus deve ter sido An. Os teónimos posteriores de Urano e Crono derivaram deste por Xauran / Kauran a partir das palavras nucleares Ur e Xa / Ka e An.



[1] idem.
[2] From The Alpha and the Omega – Chapter Three, by Jim A. Cornwell, Copyright © 1995, all rights reserved.
[3] (< Kur-Phahi < *kur-kaki, epíteto de Ea?)
[4] seguramente um avatar infernal de Ea, o deus do Kur!
[5] coisa < causa < casum < Kiash = “poder” de Ki, terra mãe; fenómeno natural ?
[6] Nergal = deus do inferno Er esh ki gal = Urash + terra + grande.
[7] A importância do sal em todos os ritos da santificação é conhecida em todos os sacramentos (concepções sagrados) desde o baptismo até à extrema-unção. O princípio da mens sana in corpore sano não é uma invenção Romana porque todos os antigos confundiram a santidade moral com a saúde física. A este respeito os egípcios confundiam num mesmo sentimento de santidade/sanidade o orgulho da sua particular pureza cultural com a sua exigente pureza religiosa e uma mais escrupulosa do que consistente pureza higiénica. O que releva da fórmula romana é a dessacralização da saúde que deixa de ser santidade para ser sanidade mental ou corporal! Obviamente que o cristianismo, que em muitos aspectos foi, em relação à cultura clássica, um movimento recessivo e regressivo, acabou por voltar a sacraliza-la duma forma por vezes tão violenta que sempre que a santidade era elevada a valor absoluto a saúde quase que acabou por ser sacrificada no corpo e posta em perigo no agrilhoamento do espírito! Ainda assim, a incorruptibilidade pós mortem por saponificação acidental era um sinal importante de santidade.
[8] Obviamente que o cristianismo, que em muitos aspectos foi, em relação à cultura clássica, um movimento recessivo e regressivo, acabou por voltar a sacraliza a higiene duma forma por vezes tão violenta que sempre que a santidade foi elevada a valor absoluto a saúde quase que acabou por ser sacrificada no corpo e posta em perigo no agrilhoamento do espírito!
[9] E, por associação com a contingência da cor, a cal e o cálcio, que, por coincidência, dá a cor ao leite. Kal > cal.
[10]"Shaman, religious specialist, originally found in hunter-gatherer cultures, which are loosely structured, technologically simple, and homogeneous. The word shaman is derived from a word in the Tungus language of Siberia, one of the areas in which the classical form of shamanism is found. Several forms of shamanism have been observed in widely distributed nonliterate societies located in Central Asia, North America, and Oceania. Shamanistic phenomena are also sometimes observed in the religions of more highly organized cultures, such as Chinese religion or Japanese Shintoism, though it is uncertain whether these can be properly classed as shamanistic. Although a shaman can achieve religious status by heredity, personal quest, or vocation, the recognition and call of the individual is always an essential part of that individual’s elevation to the new status. The shaman, usually a man, is essentially a medium, a mouthpiece of the spirits who became his familiars at his initiation, during which he frequently undergoes prolonged fasts, seclusion, and other ordeals leading to dreams and visions. Training by experienced shamans follows." Microsoft® Encarta® 97 Encyclopedia. © 1993-1996 Microsoft Corporation. All rights reserved.
[11] de que terá vindo o termo «canto» e o fr.«chanter».
[12] Wrap = embrulhar, enrolar, envolver…
[13] rodopio, redemoinho, polvorinho, vortex, rede (de enrodilhar), etc.
[14] creation-1.htm. Comments by Patrick C. Ryan (1/10/98)
[15] feminino em português arcaico, «a mar», e em francês, «la mer»!
[16] creation-1.htm. Comments by Patrick C. Ryan (1/10/98)
[17]"Sumerian Language," Microsoft® Encarta® 97 Encyclopedia. © 1993-1996 Microsoft Corporation. All rights reserved.

DRUIDAS, OS «CURAS» XAMÂNICOS DE ORIGEM CRETENSE COMO OS CELTAS, por Artur Felisberto.

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Figura 1: Three figures dressed in cucullus (found on a shrine on Hadrians wall). The Druids may have worn similiar attire.
Druidas (e druidesas) eram pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta. Embora não haja consenso entre os estudiosos sobre a origem etimológica da palavra, druida parece provir de oak (carvalho) e wid (raiz indo-européia que significa saber). Assim, druida significaria aquele(a) que tem o conhecimento do carvalho. O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as árvores.
What were these "sanctified" or sacred places in which the Druids assembled? First and most important they were sacred groves of trees, especially oak trees. The name Druid means "knowing the oak tree." It was within these groves that most assemblies and religious ceremonies occurred. The Druids also valued the trees for curative benefits. The mistletoe, seen as a sign from the Celtic Otherworld (their name of a place where after life was thought to exist) was used as a cure against poisons, infertility, and even used to cure animals. It can readily be seen that it was here in these sacred groves that the Druids dispensed their judgment and punishments. – The MYSTICA.
No entanto, oak + wid, nunca daria druida! Quer isto dizer que o nome do carvalho druídico não seria inglês moderno mas gaélico, ou seja, dair e, então, o druidismo já teria algum sentido enquanto relação com o carvalho da sabedoria que na Grécia eram famosos como o de Dodona, enquanto espaço de sombra mediterrânica propícia ao ensino da oralidade e do profetismo social.
O sítio arqueológico de Dodona localiza-se próximo da cidade de Tomaros, em Épiros, na Grécia. Foi um oráculo pré-histórico dedicado a Deusa mãe identificada com Réia ou Gaia, mas aqui denominada Dione; mais tarde também dedicado a Zeus. (…) O santuário em Dodona era o maior centro religioso do noroeste grego na antiguidade. Segundo o mito relatado por Heródoto, o santuário foi fundado por indicação de uma pomba (do grego peleiades, pomba, significando simbolicamente uma sacerdotisa), que havia saído de Tebas, no Egito, e chegado no local, pousando sobre um carvalho, árvore dedicada a Zeus, e falado em voz humana que ali deveria ser estabelecido um oráculo.
O carvalho na mitologia Céltica é a árvore de portas, acreditando-se que esta árvore seria um portal entre mundos, ou um lugar onde poderiam ser erguidos portais.
Na verdade, o carvalho seria apenas a melhor madeira para fazer portas duradouras e resistentes. No entanto, o termo inglês para porta deve ter ai a sua etimologia, ainda que oficialmente se pressuponha outras.
Door = M.E. merger of O.E. dor (neut.; pl. doru) "large door, gate," and O.E. duru (fem., pl. dura "door, gate, wicket"), both from P. Gmc. *dur-, from PIE *dhwer-/*dhwor- "a doorway, a door, a gate" (cf. Gk. thura, L. foris, Gaul. doro "mouth," Goth. dauro "gate," Skt. dvárah "door, gate," O.Pers. duvara- "door," O. Prus. dwaris "gate," Rus. dver’ "a door").
«Porta» < Lat. porta < Phor-ta ó L. foris.
Notar a relação centro-europeia entre thrash (=ash tree?) e as Tríades, as ninfas das árvores, e os «druidas» enquanto sacerdotes entre de árvores e plantas sagradas tais como o «carvalho» (Lat. ??? < Kar-wal-liu ó Kawr-allium???) e o «visco»!
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Son nom est issu du latin viscum, devenu *WISCU en gallo-roman sous l’influence des parlers germaniques, peut-être du vieux bas francique non attesté *wîhsila « sorte de griotte », puis *gwy et guy23,24 ([w] > [g] est une évolution régulière du w d’origine germanique en français central « francien » cf. Wilhelm > Guillaume). L’ancien occitan quant à lui, a conservé le mot vesc issu directement du latin cf. italien vischio, roumain vâsc « gui » (v initial s’est maintenu dans les autres langues romanes tout comme dans les mots du français issus uniquement du latin, par l’intermédiaire du gallo-roman, ex : latin videre > voir). Viscum signifie « colle, glu » en référence à la viscosité de ses fruits (cf. visqueux qui est un emprunt plus tardif au bas latin viscosus « englué, enduit de glu; visqueux, gluant », dérivé en -osus de viscum).
Album (du latin alba « blanc ») fait référence à la couleur blanchâtre des fruits.
Visco, visgo ou agárico é uma planta arbustiva hemiparasita, da família das Lorantáceas, nativa das regiões temperadas da Europa e do Oeste da Ásia. Parasita diversas espécies de árvores. (…)
Viscum album, llamado comúnmente muérdago blanco, liga o visco, es una planta semiparásita perteneciente a la familia de las santaláceas. (…)
En la Edad Media se usaba su aceite como repelente para lobos.

Ver: TRONO (***)

Du temps des Gaulois, les druides allaient en forêt pour couper le gui sacré, le sixième jour de l’année celtique.
Les druides considéraient cette plante comme sacrée en raison des vertus médicinales, ou même miraculeuses, qu’ils lui attribuaient. Le gui était un talisman qui chassait les mauvais esprits, purifiait les âmes, guérissait les corps, neutralisait les poisons, assurait la fécondité des troupeaux, permettait même de voir les fantômes et de les faire parler. Les Gaulois le nommaient "celui qui guérit tout". (…)
Le gui renferme des substances toxiques, des hétérosides (vraisemblablement des saponosides) qui peuvent provoquer en cas d’ingestion des fruits des troubles digestifs et, à partir de cinq baies, des troubles cardiaques (collapsus cardio-vasculaire) si le nombre de baies ingérées dépasse la dizaine. (…)Partie utilisée: feuilles et branchettes;
Propriétés: hypotenseur, vasodilatateur, antiépileptique, diurétique;
Mode d’emploi: infusion, teinture, sirop, extrait de fluide, œnolé, extrait visqueux.

Ver: OS DEUSES MARÍTIMOS IV – ANTIGOS DEUSES DO MAR
: GALAUCO & POLUIDO (***)

Mais uma vez se fica com a forte suspeita de que a mitologia nórdica teve fortes influências do corredor sírio, de onde a Grécia também bebeu grande parte dos seus mitos, possivelmente por influência dos mesmos missionários e navegantes que começaram cretenses e acabaram a chamar-se fenícios!
Druid = The ancient druids were divided into 3 functional orders: primitive druid, bard and ovate. Druidism originated amongst the megalithic ancient British. They taught it to the immigrant celts, and later trained celts from the conntinent.
Sendo assim o druidismo já existia antes dos celtas na Irlanda e entre os Bretões como forma de xamanismo muito arcaico dos temos míticos dos famoriões que mais não seriam do que os descendentes paleolíticos da mais arcaica civilização megalítica muito anterior ao neolítico péri-mediterrânico. No entanto, como todos as realidades institucionais sofreu as influências dos colonizadores minóicos sabe-se la bem quando? Desde logo é o próprio termo «bardo» que reporta-nos para a etimologia dos bretões.
«Ovate» < Auwat < Hau-wat < Kau-wat < *Kakiat > *Ka-phiat > Ftá.

Ver: BRETÕES (****)

Ora, a relação destes xamãs com as arvores decorre da própria mitologia da Deusa Mãe Ashera e da “árvore da vida” ou “árvore do paraíso” enquanto elemento necessário à produção das “poções mágicas” de que (Ne)Pot(an) e Ftá foram os deuses.
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Figura 2: Dervixes sufis ou a dança dos shamãs esperando a vinda do Espírito Santo.
Un derviche (del persa: darvīsh, "mendigo", de etimología incierta) es, en el sentido más habitual de la palabra, un miembro de una tariqa, es decir, una cofradía religiosa musulmana de carácter ascético o místico (sufí). También designa, en Irán y Turquía particularmente, a un religioso mendicante, que en árabe se llama faqīr.
A Tariqa (or tariqah; Arabic: ṭarīqah) is the term for a school or order of Sufism, or especially for the mystical teaching and spiritual practices of such an order with the aim of seeking Haqīqah, which translates as "ultimate truth".
Assim sendo, é perfeitamente aceitável que a etimologia do nome dos druidas se relacione com as árvores.
«Druida» < Thru-et < Thru-at > Tríades.
               «Tariqa» ó Taur-ish > Therwish > «dervixe».
        «Faquir» < farik < faurish < *Kaur-ish = *Kur-ash > «cura».
                                    Lat. Quirites < Caurit > Ishkur.
A Irmandade já existia em Medina quando Muhammad, precursor do Islã, apareceu com seu discurso muito inflamado e mal articulado [no século VII d.C. anos 600]. Todavia, foi na época do alvorecer do Islã que os Irmãos Mestres Construtores adotaram a denominação Sufi, depois de um juramento de fidelidade à causa muçulmana em circunstâncias semelhantes àquelas  que constrangeram o mestre Galileu no Vaticano e se retratar e admitir que o globo é plano! Ou seja: Diga o que Eles querem e salve sua vida.
É surpreendente que sendo os celtas e os druidas considerados indo europeus manifestem no nome dos «druidas» afinidades com o termo genuinamente árabe «faquir» ainda que o termo «dervixe» seja indo-europeu e de origem persa.
Por outro lado este termo não deve ter sido uma completa singularidade nórdica pois não deixa de ser estranha que os dervixes sejam uma espécie de monges mendicantes muçulmanos. Começa a ser óbvio que, no mundo périmediterrânico, a rotatividade cultural e a consequente corrupção fermentativa das instituições culturais teria sido muito mais rápida que no frígido e congelado mundo nórdico sendo assim de esperar que os druidas tivessem acabado no mundo semita por serem já tão-somente uma forma de entidades religiosas tão afastadas da função original que acabaram na mais inútil e parasitária das manifestações de xamanismo: a mendicidade de tipo franciscano, ligada à semântica original apenas na mística panteísta da contemplação da natureza! Com um pouco de boa vontade encontraríamos nos nossos «curas» os sobreviventes étmicos desta realidade cultural.
Ellis Davidson said: It is said that the ash is sprinkled with aurr from the spring. The meaning of this word is uncertain, but De Vriestakes it to mean clear, shining, water.
E obvio que se aurr fosse apenas orvalho não teria feito grande sucesso mítico. O mais provável é que aurr fosse a resina doce do freixo. Ora, *Kur-ash, sendo o núcleo central do nome dos xamãs celtas e de todos os que utilizaram as arvores como fontes de poder mágico na forma de poções e elixires permite chegar à explicação semântica deste termo.
Aurr < Haur-ru < Kar-lu ó Iscur ó *Kur-ash > Ashera.
Como e em que multiplicidade de nuances semânticas se processava toda esta relação entre a magia das coisas e das palavras é coisa que hoje já só podemos intuir de forma superficial.
Pelo contexto mítico funcional Tis-trya / Tir era um deus das tempestades das populações iranianas pré-védicas…derivado quase literalmente do sumério Escuro com os mesmíssimos poderes e funções.
Ti-strya < Iscurya < Ishtryat < Iscur-at > Cret. *Kurijo.
Tir < Tyra < (Tis)-trya < Pers. Tis-trya = Ti-strya < Ishtyra < Iskur
> Kurish < *Kaur-ish > *Kurijo.
“Num hino Avesta (…), Tishtrya está envolvido numa batalha cósmica contra o demónio da seca Apaosha. De acordo com o mito, sob a forma de um cavalo branco puro o deus fez batalha com o demónio que, ao contrário, tinha assumido a forma de um cavalo preto aterrorizante. Apaosha logo ganhou a vantagem sobre Tishtrya, que foi enfraquecida pela falta de orações e sacrifícios suficientes da humanidade”.[1] Este texto demonstra a forma de pensamento metafórico explícito e alegórica como lentamente se passou do pensamento mítico para o pensamento religioso moderno.
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Figura 3: Camros persas.
Camros, A bird-like creature from Persian mythology that collects the seeds of Gao-kerena, the «Tree of Life». It brings those seeds to the god Tistrya who mixes them with water. The mixture provides the peoples of Iran with life, but nothing is left for those who strive for their destruction.
Tishtrya (Tištrya) is the Avestan language name of a Zoroastrian benevolent divinity associated with life-bringing rainfall and fertility. Tishtrya is Tir in Middle and Modern Persian. (…).
Camros eram como os leões egípcios Akeru os guardiões da árvore da vida de Tristia não são senão variantes das Quimeras, animais tão compósito quanto monstruosos e, por isso, alados.
Camros < Kamyrus < *Kymaros > Quimeras da deusa mãe!
         Hermes < *Hermeos ó Hemeros > Hemros > Heros > Eros.
Gakarn < Gao-kerena < Kau-Ker-ana < *Ka-Kur-An
> Iscurana ó Gaia.
Já foi demonstrado noutros textos que Eros foi um “deus menino” que cresceu como Hermes e que em vários cultos caseiros permaneceu como “deus menino” Dionísio. A pálida semelhança destes deuses com as Quimeras é que sendo ambos anjos mensageiros alados foram pássaros exóticos nos tempos arcaicos da zoolatria. De facto, ainda assim acontece com Cama-devi, não deixando de ser interessante dar conta de que a fonética das Quimeras ainda se aproxima de Cama, o deus Hindu do amor. Tal como se comprova pelo animal de transporte deste deus, a relação remanescente deste deus com os pássaros exóticos permite explicar as asas de Eros grego bem como permite suspeitar que tenha tido a forma compósita e quimérica de *Kamuro / Calimero ou o deus fertilizador da árvore da vida dos persas Camros…porque só assim se poderia relacionar este deus com o do Amor romano.
Kama(devi) < Kama(r)u < *Kamuro > Camros > Grec. Comos.
                                                           > Hamaru > «Amor».
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Figura 4: Cama e o papagaio, o seu «animal de transporte».
Cama é seguramente uma variante do deus grego Comos que se perdeu nos comícios romanos.

Kamadeva (…) é o deus hindu do amor. Também é conhecido pelos nomes de Raga-vrinta ("ramo de paixão"), Ananga ("incorpóreo"), Kan-darpa ("deus do amor"), Manmatha ("batedor de corações"), Manosij ("aquele que sobe da mente", contração da frase sânscrita Sah Manasah Jāta), Madana ("intoxicante"), Ratikānta ("senhor das estações"), Pushpavān ou Pushpadhanva ("aquele com o arco de flores") ou simplesmente Kāma ("desejo").
Gaia, na forma de deusa da manhã ó*Sakaran, deus sacarino da doçura e da fartura saturnina dos montes da aurora onde crescia a árvore da vida guardada por quimeras fabulosas.
Kerena é um nome tipicamente egeu de que derivou o de Helena de Tróia. Na variante de Deusa Mãe veio a ser a sempre eterna Virgem de Macarena. Como deusa cretense foi Kurija / Kertu, a mãe das impiedosas keres defensora do direito natural da família e do matriarcado
Notar que *Ka-Kur-Na = Saturn, a saturnina e soturna deusa dos infernos donde nasce o sol º *Ka-Kur-et => Afrodite, a deusa dos zigurates e dos montes da aurora.

Ver: FESTAS, FOLIAS E CULTOS FÁLICOS (***)

Parece assim quase seguro que os «druidas» e «dervixes» não seriam senão uma variante de sacerdotes de Escuro que além de sumério seria de origem cretense precoce, ou seja, do tempo do Oanes e Anedotos, o que cada vez mais reforça mais a convicção da origem egeia da cultura dos indo-europeus.
Seria de esperar que todas as confrarias de etimologia analisada como quirites romanos, os «curas», «druidas» e «dervixes» fossem reminiscências de cultos matriarcais usurpados pelo patriarcado quando na verdade sempre foram sacerdotes patriarcais votados ao deus «manda chuva» das tempestades e dos infernos que na Suméria foi Escuro e em Creta seria talvez *Kurijo, “deus menino filho da deusa mãe das cobras cretenses Kurija / *Kertu, o mesmo que veio a ter o nome persa de Tis-trya. Dito de outro modo, o patriarcado parece ter passado por uma fase em que a deusa mãe foi preterida pelo seu filho o “deus menino”, deus do divino amor.







[1] In a hymn of the Avesta (incorporated by Ferdowsi, with due acknowledgement, in the Shahnameh), Tishtrya is involved in a cosmic struggle against the drought-bringing demon Apaosha. According to the myth, in the form of a pure white horse the god did battle with the demon who, in contrast, had assumed the form of a terrifying black horse. Apaosa soon gained the upper hand over Tishtrya, who was weakened from the lack of sufficient prayers and sacrifices from humankind.