DEUSAS DO MAR I
ANFITRITE
Figura 1: Teseu, Atena,
Anfitrite e Tritão.
Para provar que a
esposa do deus dos mares teve relações funcionais de copeira próprias das potinijas,
habilitada na produção de “poções mágicas”, podemos servir-nos das provas que
se seguem:
Amphicty´onis (Amphiktuonis), um epíteto de Deméter, derivado de
Anthela, cidade onde ela foi adorada sobe este nome porque era o lugar de
encontro da anfictionia de Termópilas e porque na abertura de todas as reuniões
eram oferecidos sacrifícios a Deméter Anfictiones. (Herod. vii. 200;
Strab. ix. pág. 429.)
La
Anfictionía (del αμφικτιονία, a su vez derivado de αμφί (ambos) + κτίζω (construir), por lo que
etimológicamente significa fundación conjunta) se trataba de una liga religiosa
que agrupaba 12 pueblos (no ciudades), casi todos de la Grecia central. Tenía sus
reuniones en el santuario de Deméter en Antela, cerca de las Termópilas.
Como estas reuniões
tinham, de facto, a Deusa mãe por anfitriã mitógrafos posteriores criaram a
alegoria da deusa Anfictionis como deusa da fraternidade que presidia ao rito
de oferecer aos visitantes uma libação de vinho, costume de boa hospitalidade
que permaneceu como “porto de honra” nos costumes rurais até ao presente.
Na mitologia grega, Anfitrite é filha da ninfa Dóris e de
Nereu, portanto uma Nereiade. É esposa de Posídon e deusa dos mares. A
princípio, se recusou a unir-se ao deus, se escondendo nas profundezas dos
oceanos, em um lugar conhecido apenas por sua mãe. Acabou cedendo às investidas
de Posídon, se tornando rainha dos oceanos. É representada com um tridente,
símbolo de sua soberania sobre os mares. Na mitologia romana, é conhecida como
Salácia.
Ver:
DAGON II / SALACIA (***)
Claro
que só por distracção racional, fanatismo mítico ou purismo linguístico é que estas
duas deusas não foram entendidas pelos eruditos como sendo a mesma entidade
mítica.
Amphitryon
(grego Ἀμφιτρύων, gen.: Ἀμφιτρύωνος; interpretado normalmente
como aquele que tanto apoia como incomoda ambos os lados) era na mitologia
grega, o filho de Alcaeus, rei de Tiryns em Argolis.
Enquanto Anfitrião estava na guerra de Tebas, Zeus tomou a sua
forma para deitar-se com Alcmena e Hermes tomou a forma de seu escravo, Sósia,
para montar guarda no portão. Uma grande confusão foi criada, pois Anfitrião
duvidou da fidelidade da esposa. No fim, tudo foi esclarecido por Zeus, e Anfitrião
ficou contente por ser marido de uma escolhida do deus. Daquela noite de amor
nasceu o semideus Hércules. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o
sentido de "aquele que recebe em casa".
Fosse
porque a lenda assim o inventou ou porque assim parecia ter que acontecer por
confusão do termo Ἀμφι-τρ-ύων com o da αμφι-κτι-ονία, a verdade é que a visita importuna que
ao terceiro dia aborrece passou a ser o que sabe receber principescamente os
seus hóspedes como se fossem deuses a quem, como os esquimós, ofereceria a
própria esposa se não fosse indecoroso e uma prerrogativa divina.
«Anfitrião» • (< Lat. Amphítryone <
Amphitrýon), s. m. aquele que paga e dirige um jantar sumptuoso; • aquele que
recebe pessoas em sua casa e oferece um jantar ou banquete lauto.
*Anphitrionis,
de que deriva o termo Anfitrião, pai
de Hércules, poderia ser assim uma evolução étmica de Deméter Anfictiones, passando por Anfitrite
bastando para tanto aceitar que Te(ia)
seria de Tanit, esposa de
Tunis, a cobra neptunina dos mares da talassocracia cretense.
Bast < Kiash + Ana
> Than-it > Tanit.
Te(ia)
< Teja < Thiash < Kiash
+ Ana > Kianish => -conis
Amphi-| Ctionis < Ct®ionis < Triconis ó Anphitri + conis º Anphitri-te.
A relação de Anfitrite
com Hércules não se ficaria por Amphictionis mas passaria ainda pelo facto de Hércules póstumo ter
casado no céu com Hebe, a copeira dos deuses, que seria afinal uma potinija como era Anfitrite…e Deméter
Anfictiones.
Ambos os nomes apelam para uma natureza anfíbia, metade
peixe metade humana, que, de facto, caracteriza a representação pictográfica da
esposa de Poseidon. Claro que o radical *Amphi- não consegue
esconder a sua origem a partir de Enki, tal
como o sufixo *trite- apela
mais para Istar e menos para Tritão,
monstro que, em rigor, seria meio
golfinho e meio touro como na representação alegórica da figura
seguinte.
Figura 2: Anfitrite apela para Tritão, uma variante do nome de Poseidon
baseada no símbolo da sua arma de pesca, o tridente, que a mitologia também
acabou por individualizar num novo deus autónomo, companheiro de Poseidon,
e também metade peixe como Anfitrite.
The Egyptian name for the Sign of Aquarius is Phritithi. Tirgata - Fish Goddess of Syria.
Phritithi < Kritiki < Kur-kika > Tur-Caca > Tirgata.
=> An +
Phritithi = An-Phritithi > Anfitrite!
Anfitrite seria então apenas a deusa do Aquário, porque era uma potinija e, de facto, deusa das águas do mar. Pois bem, não será por mero acaso que
Fritite era o nome do signo do aquário no Egipto e Tirgata uma sereia síria, possivelmente a fêmea dum «peixe-gato», filha / esposa
de Dagon! De facto, os peixes gatos além de se
parecerem com os gatos de Bast, nome derivado do núcleo semântico das deusas
do fogo e das bebidas espirituosas, derivadas de *Kiast, eram peixes venenos
importantes para o fabrico de poções mágicas.[1]
Se os peixes gatos eram ou não frequentes nas águas mediterrânicas dos
tempos minóicos eis algo que caberá à arqueologia do futuro confirmar! A
verdade, porém é que tudo leva a crer que, pelo menos em relação a esta deusa, Heródoto tinha razão ao
pensar que os deuses gregos teriam vindo do Egipto, ou, o que será mais
consentâneo com a lógica dos mais recentes dados históricos, pelo menos de um
antepassado comum que teria sido o império minóico.
Ainda no Egipto, a deusa do pote das águas era também a
deusa da noite, ou seja Nut, esposa de Gebo, que tudo indica
seria Caco e, enquanto senhor da terra, uma forma de Enki, que no
Egipto era Nuno, o deus do abismo, tão criador e primordial quanto Ptah.
Nuno = Ne (Ptha) Nu
> Neptuno º
Poseidon, marido de Anfitrite, a Posidónia ó Neptunia < *Neputana
= Newu- | Tan º Taurish < Taret |
> Nebo-Trit
ó Anfitrite.
Ora, coincidência comum nestas análises etimológicas a
respeito de coisas arcaicas, no Egipto udepu significava copeiro. Uma derivação por
transposição de sílabas em repetição de nome seria:
< (U)-Thepu < Hewu > Hebe?
Egipt. udepu = uthe-| pu … uthe |
-pu ó Ital. puto
ó *Pot.
Nehalennia = (Gaul)
Goddess of the sea.
Nehalennia < Nekarannia < Enkar Anina < Enkur-Inana.
> *Nepharanina > *Nephrona?
ANFITRITE & HERA
Será possível relacionar Anfitrite com Hera em
conformidade com a possibilidade de que em tempos recuados Poseidon e
Zeus seriam a mesma entidade divina soberana?
Asherah (< Ash Hera < Ash
Kera < Ash Kaura,) Syrian Goddess of
the Sea and mother of the gods. She
is El's loving consort and is protective of her seventy children who may
also be known as the gracious gods, to whom she is both mother and nursemaid.
Her sons, unlike Baal initially, all have godly courts. She frequents the ocean
shore. In the Syrian city of Qatra,
she was considered Baal-Hadad's consort.
Asherah, teria a
variante de *Ash-Hera, a
deusa Hera do poder destruidor do
fogo e da guerra.
Kotharat (was thought to be Kathirat)
'skillful' They are a group of goddesses associated with conception and
childbirth. '...The swallow-like daughters of the crescent moon.'
Então, sendo esposa de El
( que era Anu antes de vir a ser Enki, seria virtualmente possível que:
*Kertu < Hera-ash = *Ash-Hera.
Enki + | *Kertu < Ker-at > Therat > | Amphi-trat > Anphitrite.
> Hel-at >
Elat.
Ver: TUNIS
(***) & El (***) & HERA (***)
Seascapes, whether realistic or symbolic, held
a place of choice in the repertory of North African mosaicists during the
entire Roman Period. This panel, decorating the floor of a reception hall in a
rich villa, presents the triumph of the sea god Neptune and his wife Amphitrite,
standing on a chariot drawn by four sea horses, set against a watery ground
teeming with fish. A great veil held aloft by putti underscores the majesty of the divine
couple.
Figura 3: Triumph of Neptune and Amphitrite, Constantine (Algeria).
Os
putos alados que rodeiam Anfitrite são quase os mesmos que
costumam rodear Afrodite e é quase um plágio de uma representação do rapto
de Europa
Ver:
EUROPA (***)
Amphitrite goddess of the sea and wife of Poseidon.
He chose her to be his wife from among her sisters as
they were performing a ritual dance. She refused him and fled. Poseidon sent a dolphin after her and it
took her back. After
he married her, he rewarded the dolphin by making it a constellation and
placing it in the heavens."
Claro que Anfitrite foi Posideja e
são variantes óbvias da mesma «deusa do mar». Ora, numa talassocracia com a
importância da cretense uma divindade marítima seria a deusa mais venerada, ou
seja, a própria «deusas das cobras» cretense que era a mesma Deusa Mãe
primordial, telúrica e titânica, que veio a ser a esposa de Poseidon/Neptuno.
ANFITRITE, UM TRAVA LÍNGUAS DO NOME DE AFRODITE?
E, até aqui tudo bem! Mas, em que medida têm estes factos alguma
coisa a ver com Afrodite? Muito!
Desde a deusa asiática Istar/Astarte
à deusa equivalente etrusca Turan,
todas as deusas do amor são etimologicamente taurinas, esposas do deus do fogo
e relacionadas com o deus dos abismos oceânicos, Enki. Sendo assim, nada obsta a que em determinada altura Anfitrite começasse a ter uma variante
continental de nome ligeiramente alterado e exclusivamente relacionada com as
lides amorosas.
Anfitrite > Amphi-t(au)rite > A(n)ph (Thôr)
ite > Aphrô Theite >
Anthretju < An-ther-Ki-Chu <
An-tar-kiku > «Antártico».
> Anphi-Tri-kehi > Anfitrite.
Anthretju = war-goddess
mentioned in a treaty between the Hittites and Egypt. She seems synonymous with Anat/
Antu.
Como se vê, o aspecto mais
interessante desta derivação reside no fenómeno da rotação aparente do étimo
intermédio (-Thôr- > -roth-) que
se cola ao anterior e ao seguinte contribuindo para a formação de dois novos
semantemas (aphro, espuma e theite, deidade) a partir dos vários
iniciais. Porém, tal rotação é meramente aparente e resultado de ressonância
fonética. De facto,
Anfitrite <=
An-Ki-Kyr-Ke < *An Kur Ki-ke => Afrodite.
... ou seja: Afrodite foi outrora casada com o deus dos mares da talassocracia
cretense e teve então o nome de Anfitrite.
A desgraça da catástrofe apocalíptica da explosão de Santorini terá sido a
causa do trauma sócio-cultural que motivou a sisão mítica que originou as duas
deusas, fenómeno implícito também no «mito das gorgónias» que transformou a
deusa mãe Anfitrite na maléfica
deusa mãe com o nome de Medusa.
Porém, o nome de Afrodite pode ter sido:
Aphrodite < Aphridot < Aphurpot <
Kaphurat < Kaphur kiath.
Afrodite
|
< An Kar
Kika
|
An(u)
|
Kur
|
Ki
|
Ki
|
|||
Anfitrite
|
< Anki
Karka
|
<
Anki Kar-ki
|
An(u)
|
Ki
|
Kur
|
Ki
|
||
Artemisa
|
< Kar
kime Kika
|
< kime
Kar-kika
|
(An/me)
|
Ki
|
Kur
|
Ki
|
Ki
|
|
Neverita
|
<
Nepher-at
|
<
An-Pher-Ish
|
An(u)
|
Kur
|
Ki
|
Ki
|
||
Proserpina
|
< Kar
kar Kian
|
< Anki
Kar kar
|
An(u)
|
Ki
|
Kur
|
Kar
|
||
Perséfone
|
< Ker-Ki-kian
|
<
Anki Kar-ki
|
An(u)
|
Ki
|
Kur
|
Ki
|
||
Deusa Mãe
|
An(u)
|
Ki
|
Kur
|
Ki
|
||||
Ou
|
An(u)
|
Kur
|
Ki
|
Ki
|
Fica assim a saber-se que é o radical Aphor- o componente nuclear do nome
desta deusa. Que este radical deriva
de *Kafura
constituindo a origem taurina e ofídia do nome das deusas do amor venal. Uma
deusa do amor que parece ter todos estes étimos é a tibetana Brag-srin-mo.
Brag-srin-mo < | Wrag < Phraki < *Kiphur ó Aphor- | -Sar < Kaur < Kur | -Anu-Ma.
Brag-srin-mo = Tibetan goddess
of Fertility.
Em conclusão, Afrodite,
Anfitrite & Perséfone parecem derivar todas duma mesma Deusa Mãe
arcaica, que muito seguramente se chamaria *An-Kur-Kika e que viria a
ser, por passagem pela civilização minóica, a Medusa Gorgona. O quadro manifestaria uma relação quase perfeita,
no pressuposto fácil de aceitar, de que Kur
º Enki e
Kika º *Kima.
Tal facto levantaria a suspeita perturbadora de me sumério não ser afinal
um termo imotivado primordial mas, tal como eventualmente o étimo primordial Ama, lit. «mãe» de Enki, o deus da sabedoria, o «logos» criador de todas as coisas e
por isso legitimamente o deus que ateou o fogo da linguagem com que se nomeiam
e escrevem as tábuas do destino! Em qualquer dos casos ficamos assim a saber
que em Creta o nome da Deusa Mãe andou associado a um arcaico deus dos
oceanos, Enki, e dai o seu epíteto
solene *An-Kur-kiki, a esposa do Enki-Kur!
De resto, se o radical An não
era senão um radical relativo a «senhora do céu» ou seja designativo genérico
de entidade divina, do nome de Afrodite
destaca-se *Kur-kiki como
constituindo a porção nuclear do nome da deusa do amor grego! Ora, desta raiz *Kur-kiki podemos derivar o nome Prithivî, que significa terra em
védico.
*Kur-kiki > Phir kiwi > Prithivî.
Quer isto dizer que Afrodite
foi a evolução natural da doce e carinhosa mãe do céu e Senhora de toda a
terra!
Amfitrith
|
Amphitritê
|
The third
one who encircles (the sea)???
|
'Alosudnh
|
Halosydnê
|
Sea-Born
|
Dizer que Anfitrite seria a
terceira que, com Tetis/Tiamat, a primeira Deusa Mãe, Afrodite,
a segunda, filha da Deusa Mãe primordial e que por isso teria virtualmente por
nome *Afrodicha, fariam o trio das Trívias eternas não é senão um
outro nível ideográfico de leitura semântica dos nomes mitológicos. Outra
leitura seria a de que se tratava de uma *tarisha (= odalisca) de
Enki.
Se Anfitrite foi também nascida (da espuma) do mar
como Afrodite tal reforça, desde logo, a suspeita de que estamos perante
duas deusas sobrepostas ou pelo menos com um mesmo culto original.
De facto, o nome de deusa mais
parecido com o de Afrodite é Anfitrite.
Porém, na escassa tradição
micénica PO-SI-DA-E-JA
é que era a esposa de Poseidon (<= Poteidan E(n)kia = Enkia de Poseidon)! Porém, Posideja reporta-se etmicamente ao deus sumério Enki das águas primordiais como Anfitrite.
Anfitrite < Anki Tarite < Enki Kur Ki = *An-Kur-Kiki
=> Afrodite.
In Lydian mythology, Omphale is a
goddess of the earth, rebirth & augury. The universal Womb and the hub of
life.
«Omfala» < Omphale
< Aumpharhe <
*An-kur-Ki.
Ver: OMFALA (***)
Pois bem, nem de propósito Anfitrite apareceria representada como
o próprio nome o indica: às costa de
Telepinus, um touro anfíbio com
a parte inferior do corpo mais cobra e dragão do que peixe! Ora, os mitos raramente contam a verdade toda!
«Golfinho» < Kaul-phian < Thele-pin(a)
> «delfim»
Na mitologia romana Neverita era a esposa de Neptuno,
também chamada Salácia (< Karkiha + An > An-kurkiki).
Neverita < Nepher-at <
*An-Kur-Kiki.
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