Figura 1: Europa atravessando o Oceano às costas do Touro Branco que era Zeus (ou o próprio Poseidon?)
O mito de Europa mostra-nos possivelmente não tanto a percepção cultural de um espaço que se individualiza em relação à Ásia, até ai o grande continente da cultura semita do “crescente fértil”, dominante desde os alvores da escrita suméria, e percebido como um mundo novo após a tomada de consciência anatólica da realidade do continente grego, mas, mais possivelmente a descrição duma relação de interesses entre a cultura hitita e a fenícia que os povos do mar Egeu olhariam com geo-estratégica suspeição. No entanto, é quase certo que o império marítimo cretense, que veio a ser herdado pelos missénios e pelos fenícios, sabiam que por mar que a parte ocidental do mundo mediterrânico estava separada da Ásia pelo Bósforo e dai a relação do mito da Europa com os fenícios. Segundo o mito, Agenor era cretense pelo lado do pai e africano pelo lado da mãe o que só pode significar o que parece na realidade, ou seja, que esta cultura antiga tinha sido influenciada a norte pelas culturas do mar Egeu e do sul pelo Egipto e pela norte oriental da África. Agenor revela quase que seguramente uma encíptica homenagem ao deus dos mares e à deusa da Aurora!
Agenor < A- | gen-Aur, lit. “guerreiro gerado pela água” < Gen-Aur < Ka-Kian-Kaur = En-Kur / Poseidon.
No entanto, este mito deve ter sido recolhido na época hitita pois, Telefassa é um nome tipicamente hitita (Tele-) e cretense (-fassa).
Telefassa < Tele-| Fi-asha ó Ki-usha > Phusa (= «infusa», odre).
> Tala(phi)asha > Talassa.
O primeiro autor a mencionar o nome da Europa é o poeta alexandrino Hesíodo. Agenor, rei da Fenícia, filho de Poseidon e da oceânide Líbia, casou-se com Telefassa e desta união nasceram 4 filhos e uma filha: Europa, muito bela, de pele branca e aveludada. Uma noite, em Tiro, no palácio do seu pai, Europa teve um sonho: duas terras, que tinham o aspecto de duas mulheres, discutiam a seu respeito. Uma era a «terra da Ásia» e a outra era a «terra de Enfrente». A primeira queria protegê-la e conservá-la consigo; a segunda, obedecendo à vontade de Zeus, pretendia levá-la para lá das ondas. A princesa acordou intrigada, mas retomou as suas actividades de princesa indo com as amigas colher flores à beira-mar. Foi então que aí apareceu um touro branco, de aspecto imponente mas meigo, que a convidou a subir-lhe para o dorso.
Figura 2: «O rapto de Europa»!
A princesa hesitou, mas acabou por subir. Nesse momento o touro levantou voo e fugiu com ela para o mar. No caminho, ele revelou-lhe que era Zeus e que a raptara porque se tinha apaixonado por ela e que tomou a forma de touro para evitar os ciúmes de Hera. O voo taurino terminou em Creta, onde, passados tempos, Europa foi «mãe de nobres filhos», entre os quais Minos, que viria a reinar em Creta e Radamanto, ambos os quais vieram a ser juizes dos mortos.
Mas entretanto Agenor, preocupado com o desaparecimento da filha, mandou os outros filhos em sua busca, e estes onde paravam iam fundando colónias. Tebas foi uma delas.
Te-Gea, for centuries, was the most powerful city of Arcadia and played a leading part in all those events that legends suggest or history records. Consequently, a big part of the “materials” used by humanists and romantics for appearing their visions in a real geographic space – Arcadia- emanates from Tegea. (…) When, therefore, the later artists – in West and anywhere else - cite or paint the “God Pan” and his escort, “Atalanti” or “Telefus”, “Augi” or “Agapinor”, “Arethoysa” and her insistent lover “Alfeios” - for reporting the most known names- refer obligatorily in parts of the mythological circle of Tegea.
Telefus era então um companheiro do Acádico Pan, filho da deusa da Terra (Gea)! Então, Telefusa ou Te-le-fassa seria a altíssima filha da Terra Mãe Ki que, entre outras teria sido Tiamat / Tetis e, por isso bem poderia ter sido Talassa, a Sr.ª do Mar, esposa do Oceano e, por isso, ter gerado uma Europa de vocação marítima. O interessante é que sendo Telefus também Atalante, a mãe da Europa seria também uma Atalanta. Este nome que imediatamente nos reporta para a mítica Atlântida para lá das coluna de Hércules, não seria mais do que uma variante do nome da deusa mãe das cobras cretenses, Diana Lúcia, ou Anta-lucia, que iria dar nome a Andaluzia, e que seria uma outra forma de nomear Tellus, Talo, deusa do cone vulcânico que existia em Tera, antes da explosão do vulcão Santorini que destruiu a Atlântida e a civilização minóica.
Que esta se tenha entregue a Poseidon ou a Zeus é coisa que nunca terá passado pelas rivalidades divinas na medida em que a individualização destes deuses terá sido coisa tardia já que seriam meras variantes de poderosos deuses das águas, chuvas e tempestades. De qualquer modo, seja por ter sido Poseidon o deus da talassocracia cretense, fosse porque Zeus, nascido em Creta, na gruta da Deusa Mãe do monte Ida, para ali a levou, o certo é que a Europa terá começado em Creta. Que Europa tenha sido mãe de um dos argonautas confirma que parte da tradição marítima cretense teria passado para os marinheiros e piratas missénicos da época das aventuras argonautas.
A Europa descrita no mito como tendo sido roubada aos Fenícia às costas taurinas de Zeus significaria a transferência das promessas do fogo da cultura do mundo asiático para a Europa mediterrânica por intermédio da talassocracia cretense. Ora, o que o mito de facto encobre é tão-somente a reminiscência dos tempos em que a Síria seria uma colónia cretense antes de se tornar zona de influência fenícia.
As referências a outros aspectos geográficos poderia ajudar-nos a escolher a melhor a verdade se houvesse coerência absoluta nos relatos históricos de épocas míticas, como é o caso do génesis.
Uma outra tradição faz de Europa uma das oceânides, filhas de Oceano e de Tétis, ou ainda aquela que se entregou a Poseidon e foi mãe de Eufénio, um dos argonautas companheiro de Jasão.
> phenico > «panico».
Eufénio < Eu-| Phenjo < Phen-isho > «fenício».
Claro que mesmo que Efénio seja o “verdadeiro filho de Pan (e de Vénus) nada obsta a que este filho da luz protágona (Fanos) não fosse outrora uma variante de Posei-(don < tan > pan), o deus “cobra (tan) das possas que teria copulado com a própria mãe primordial e gerado o primeiro fenício mítico.
Europa seria literalmente esta deusa da aurora que foi roubada por Zeus à Ásia para trazer o sol para Creta. A Ásia seria então a própria aurora como Isis com o «deus menino» solar ao colo.
Ásia < Asisha < Ash-ish > Ast > Ish-ish > Isis.
> Ash-ash > Ashat.
A etimologia não ajuda nada. Homero designa Zeus por Europé (aquele que vê ao longe);
Não foi possível confirmar que Europé fosse um epíteto de Zeus, mas a ideia de que enquanto tal Zeus seria “aquele que vê longe” como o sol reforça a ideia de que o rapto de Europa seria uma corruptela dum arcaico mito solar, pois um toiro branco voador só poderia ser uma metáfora do sol.
Na verdade a etimologia grega reforça a tese de que, “quanto à Europa, não parece que se saiba de onde tirou ela o seu nome nem quem lho deu”. (Heródoto, séc. V a.C.). O termos europos é seguramente um homónimo de derivação tardia por rhopê.
Europos, em, ([ < rhopê]) A. Que se reclina facilmente, hamma europos = um laço-corrediço.[1]
Que a Ásia, mais do que a terra da aurora foi a do fogo que a precede parece também plausível.
Figura 3: Gaia (the earth) is shown rising up from the groundsurrounded by dancing Panes. The goat-headed demi-gods symbolise natural fertility. A relação da luz protágona representada nos deuses Fanes / Panes nesta cena do nascimento da terra a partir do caos primordial é de facto uma forma de representar o mito teogónico na forma duma aurora primordial. O nascimento de Gaia, é o mito da aurora primordial. |
Os mitos de nascimento de todas as deusas mães, como o de Afrodite ou Anfitrite, são mitos relativos ao nascimento da Aurora do Caos do mar primordial.
Figura 4: O rapto de Europa, de Anfitrite ou de Afrodite (Etrusc. Turan) ou Anfitrite? De Europa tem a postura de deusa transportada pelo touro de Creta, de Afrodite a postura sensual de deusa nua ladeada por Erotes, de Anfitrite a ambiência aquática e semelhança com outras representações em que aparece igualmente sob um palio segurado por Erotes mas ao lado de cavalos marinhos de Neptuno. |
Ver: ASHA (***)
Europa < Eur-Op(i)a < *Kaur Ophia ó Cornucópia!
> Kaur-Apia ó Boi Ápis.
< Kur-Kakia < Kur-at ó *Ker-tu.
Figura 5: Triomphe d'Amphitrite d'après Nicolas Poussin.
Etimologicamente Europa seria então tão só e apenas Ker-tu, ou Korê, a filha de Demeter, uma deusa vaca e ofídica como seria basicamente nesta época toda a cultura cretense. O rapto de Europa seria então uma mera variante do rapto de Persefona!
Perséfona ou Coré, que corresponde à deusa romana Proserpina ou Cora, era filha de Zeus e de Deméter, deusa da agricultura.
Quando os sinais de grande beleza e feminilidade de Perséfona começaram a notar-se, durante a adolescência, chamaram a atenção do Hades, deus do submundo e das riquezas dos mortos que a pediu em casamento.
Zeus aquiesceu, sem sequer consultar Deméter, o que provocou desinteligências no casal. Impaciente com a demora na entrega da sua amada, Hades emergiu da terra e raptou Perséfona, e desposando-a, dela faz rainha dos infernos.
Em conclusão, Zeus raptou Europa, Hades Core e Poseidon Anfitrite que nos levanta a suspeita de os três deuses dos três reinos do mundo mitológico clássico terem sido em tempos o mesmo deus supremo da civilização minóica.
Se o episódio do “rapto de Anfitrite não é o mesmo do “rapto de Europa”, por se passar também em Creta, é equivalente deste. O «golfinho», o delfim Telepino era o próprio Enki em funções de deus da fertilidade agrícola e então, Anfitrite era também um golfinho fêmea ou seja uma *Kafura ou «cobra d´água» taurina de que teria derivado a mitologia das «sereias».
It is said that when Poseidon decided to marry the Oceanid Amphitrite, she, wishing to remain a virgin, escaped and fled to Atlas. Poseidon then send many to look for her and among them a certain Delphin who, after long wanderings, found her and persuaded her to marry Poseidon organizing himself the whole wedding. For this reason, they say, Poseidon put the dolphin among the Constellations. –
No mito de Tétis existe um episódio parecido relacionado com o assédio de Peleu! Na tradição equina as “cobras d´água” eram seres que povoavam os abismos e guardavam as margens do mundo a que presidia a deusa mãe primordial, Tiamat!
Figura 6: Vénus Marina em pose de Anfitrite. Como nenhum deus raptou Vénus Marina / Afrodite, que pelos visto se dava de mão beijada, possivelmente teremos que concluir que esta era de facto a Deusa Mãe primordial.
Como se sabe que a cultura mítica dos minóicos revela muito em comum com hititas, sobretudo em épocas anteriores ao império destes (com as naturais singularidades, como é obvio), podemos suspeitar que Ariadne não era mais do que, ou Atana Gorgori, a Harpia e a Gorgona dos atenienses. Então esta deusa do sol acasalada com um touro só poderia ter sido a bela Aurora e a acolhedora Europa.
Ariadne > Ary-At-Ana > Arian-at, lit. «a filha de Arina do sol dos Hatis.
< Hauri-at-an ó Karki Atan, lit. «a Harpia de Atena».
Europa < Haur | Ayr > Ary | -ophia , lit. «a cobra solar de Ary-Ana».
< *Kaur-okia, a filha do Touro e Sr.ª do sol nascente que seria a Turquia, a terra dos Hatis, do sol de Arina!
Ver: ESPOSA DO «DEUS MENINO» / ARIADNE (***)
& ANFITRITE (***) & TURQUIA (***)
Figura 7: Estava a Bela Europa posta em sossego nos saudosos campos da ilha de Creta, qual linda Inês quando foi subitamente raptada pelo fero touro de Poseidon ou de Zeus.
Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
(Os Lusíadas, Canto120) alusivo a Inês de Castro
No entanto, o nome da Europa deriva inegavelmente o seu nome da mesma mítica deusa não sendo no entanto possível saber quando passou de símbolo a nome próprio e se alguma vez esta deusa tutelou a Grécia pelo lado dos cretenses e habitantes insulares do mar Egeu!
Para Homero, Europé (Greek: Ευρώπη) era uma rainha mitológica de Creta, não uma designação geográfica. Depois a Europa representou a Grécia continental, e, antes das 500 AC, o seu significado já se tinha sido estendido às terras a norte.
Esta extensão acabou aceite pelos geógrafos helenistas que a impuseram a todo o mundo por via da hegemonia da cultura ocidental.
A maioria dos principais idiomas do mundo usam palavras derivadas de "Europa" para nomearem este continente - por exemplo os chineses usam a palavra Ōuzhōu (歐洲), que é a abreviatura do nome Ōuluóbā zhōu (歐羅巴洲). -- [2]
Figura 8: Europa. (Da colecção Auserlesene Griechische Vasenbilder de Eduard Gerhard)
Apesar de o nome da Europa ser de facto um legado grego a etimologia grega ajuda pouco a descortinar a origem semântica deste termo.
Eurí-ale - Uma das Górgonas, filha de Fórcis e Ceto. Eurí-nome - Filha de Oceano e Tétis, amada por Júpiter (Zeus), gerou as Graças e o deus fluvial Asopo. Euro - Um dos quatro ventos, filho de Aurora (Eos) e Astreu. Representa o vento do Sudoeste.
Eurí-nome é seguramente a mesma ociânide que Europa é no mito dos argonautas. Isso implica que Euri-ale também fossem a mesma entidade da tríade de deusas mães das cobras cretenses.
Euro era o nome do vento leste para os antigos gregos o que faz supor que quem lhe pos o nome não estava a leste da realidade geo-estratégica da época, ou seja, cá para as bandas do poderoso império marítimo de Creta, onde de facto o mito da Europa parece ter ido parar. Sendo filho da aurora, tem fortes probabilidades de ter sido o “deus menino” de Eos / Europa e Astar-eu / Iscur.
Então, o étimo eury- era privativo das deusas das cobras cretenses, da Aurora e do Parto, de que derivaram termos relativos a “boas correntes marítimas”, à vastidão do mar e a largas e livres passagens entre ilhas e estreitos.
Euroia = boa corrente, passagem livre. < Eurrous = correndo bem ou luxuriosamente, correndo livremente. < Eurys = aberto, livre, copioso, abundante, largo, extensivo, de grande calado.
Estamos portanto no domínio dos deuses da aurora sobre e do mar que rodeava a ilha de creta.
Figura 9: Hebe / Niquê dado de beber ao touro sacrificial que Europa vai engalanar qual Dionísio, o “deus menino” e filho da Deusa Mãe e por isso o próprio Zeus.
Como se pode inferir por uma análise comparativa global da mitologia caldeia e grega o papel de soberania de Enki / Enlil se repartiu por Poseidon e Zeus enquanto que as funções aristocráticas e plebeias se dividiram pelos filhos, respectivamente por Apolo e por Hermes entre os gregos, tal como havia sido entre Iscur e outros entre os caldeus. Assim, o que podemos inferir é que Minos (< Min-ush) era filho do touro Min / Enki, ou seja, do Minotauro e não a inversa descrita pela lenda que faz deste um monstro filho dos amores perversos e depravados de Pasifai, a esposa de Minos, com o touro branco sacrificial de Poseidon, rejeitado por Minos.
Radamanto, que era o juiz dos mortos, seria então uma variante do nome de Hermes:
Hermes < (An) Ki-uramesh
< *Urash-Me-Antu > Urash + Montu
> Rhatha-Manthu, lit. “a roda solar de Montu” > Radamanto.
Ver: MIN, MONTU, MENDES E OS MENDESIANOS (***)
Ver: ERITONIO (***) & EOS (***)
Sarpedon, um dos filhos de Europa, é reconhecidamente um mito solar, seguramente análogo de Apolo e, como se verá mais adiante, de Eritónio, o filho único de Virgem Mãe de Atenas.
Figura 10: Description: Depicts (left) Europa garlanding the bull, Eros flying between Zeus and Aphrodite, (right) Dionysus, Eros, satyr and maenades, from an Apulian calyx-krater. Vatican, Museo Gregoriano Etrusco 17200 (AA1). Ref: “he Collection of Antiquites from the Cabinet of Sir William Hamilton” Taschen 2004, p198-199.
Claro que com um pouco mais de imaginação derivativa ficamos a saber que Minos & Radamanto eram uma espécie de gémeos como Hermes e Apolo, ambos irmãos gémeos de Artemisa/Istar.
Ora, o certo é que Istar era Europa.
Lat. Corrupta < Ka(u)r-r(u)-p(u)ta, lit. «raptada (= puta do guerreiro) por *Kar» ó Europa. < Kaur-u-Pta ó *Haur-Ophta ó Europa < Aur-opha
< Haur-Ophia, lit. «a cobra da aurora que era o crescente lunar < *Ka-Phurakia > Kau-(Ka)ruphia ó *Kaur-kaukia < *Kur-kiki < Iscur > Ishtar.
> Afrodite <= Anfitrite.
Se esta equação está correcta, Zeus, «filho de deus» Crono, foi de facto Kar / Horus!
Ver: N.ª SR.ª DE GUADALUPE (***) & ANFITRITE (***)
Plateia [/ platus.] = largo, vasto, plano. Ops = Voz. Opsis = rosto, aparência, aspecto.
Autores dizes que o termo grego Europa derivada do significado de palavras grega eurys (largo) e ops(is) (voz, face) pois “Larga” teria sido um dos epíteto da própria Terra na religião Proto-indo-européia reconstruída; como no caso de Prithvi (Plataia).
Pri-thvi < Kur-Thiwa < Kur-Kika > *Kaur-kaukia
*Ker-tu-ja > Cret(ei)a > Creta.
*Plataia < Pla-teia < *Kre-Theia > Car-deia.
Ver: CARDEIA (***) & KERTU (***) & CRETA (***)
Por outras vias podemos chegar à origem cretense da suposta origem indo-europeia da Europa. A suposta origem acádica é, neste caso um academismo desnecessário. De facto o latino oc-asu > occi- pode ser um derivativo antónimo do acádico para significar o Ocidente como oposição ao amanhecer sumério.
Porém, o acádico erebu daria mais facilmente nome à Ibéria, o pais das antas da Adaluzia onde o sol se põe, do que à Europa pois identifica-se facilmente com filho desta, Érebo, senhor das trevas do Kur. Assim, é com pouca segurança que se atribui ao nome Europa uma origem pré-helénica, opondo um *hirib (Europa) que significaria «poente», a um *asu (Ásia), que significaria «oriente».
Figura 11: Europa e o Touro do céu! Uma minoria, porém, sugere que esta popular etimologia grega está por sua vez baseada numa palavra de origem semita que é Acádico erebu que significa "pôr-do-sol" (veja-se também Erebus). Do ponto de vista de quem esteja no Médio-Oriente, o sol põe-se em cima de Europa, as terras que lhe ficam a oeste. Do mesmo modo, a Ásia é por vezes aceite como tendo derivado de uma palavra Semita tal como o Acádico asu, enquanto significado para "amanhecer", o que acontece nas terras a leste na perspectiva de alguém do Médio-Oriente. -- [3]
Ir para: ÁFRICA (***)
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[1] Europos, on, ( [rhopê] ) A. easily inclining, eu. hamma an easy-sliding noose, (…).
[2] The majority of major world languages use words derived from "Europa" to refer to the continent – e.g. Chinese uses the word Ōuzhōu (歐洲), which is abbreviation of the transliterated name Ōuluóbā zhōu (歐羅巴洲). -- Copyright © 2004 Danceage.com
[3] The Greek term Europe is derived from Greek words meaning broad (eurys) and face (ops) – broad having been an epithet of Earth herself in the reconstructed Proto-Indo-European religion; see Prithvi (Plataia). A minority, however, suggest this Greek popular etymology is really based on a Semitic word such as the Akkadian erebu meaning "sunset" (see also Erebus). From the Middle Eastern vantagepoint, the sun does set over Europe, the lands to the west. Likewise, Asia is sometimes thought to have derived from a Semitic word such as the Akkadian asu, meaning "sunrise", and is the land to the east from a Middle Eastern perspective. -- Copyright © 2004 Danceage.com
Adorei! Me orientou para uma palestra!
ResponderEliminarObrigado
ResponderEliminarO topónimo Arrábida deu origem ao corónimo Europa. Uma simples pesquisa no site behindthename. do nome Arabi fornece a seguinte resposta: o nome Arabi não existe na base de dados mas é semelhante a Europa ou Europe. O verdadeiro significado da palavra Arabi é a descrição do acidente geográfico (serra da Arrábida) quando vista a partir da Mesopotâmia Iberica. Ou seja, a partir da Serra de Monfurado, região de Montemor. De facto, a descrição da Arrábida são as duas(bi) Serras (A) na direcção do p^r do sol (Rá) resultando na palavra pré-historica Arrábi que depois de romanizada resultou em Arrábida.
ResponderEliminarNão tenha nada contra a sua etimologia para a Arrábida que aliás explica a proposta oficial «do castelhano Rábida, através do árabe al-ribat, (...) palavra de origem árabe que significa (....) «local de oração». Obviamente que esta proposta peca por ser desmentida pelos factos pois «Arrábita (em árabe: رباط; transl.: ribāṭ — hospício, hotel, base ou retiro), transliterado como arrábida em português, é um mosteiro árabe consagrado à oração e à guerra santa, sendo simultaneamente fortaleza e posto de vigia. Deste termo nasceram os topónimos Arrábida, em Portugal, e Rabat, em Marrocos.
ResponderEliminarSeria uma grande coincidência que, como «Ribat was originally used as a term to describe a frontier post where travelers (particularly soldiers) could stay. The term transformed over time to become known as a center for Sufi fraternities», se tivesse cruzado na serra da Arrábida com um templo local dedicado a Rá o deus das «arribas» costeiras da Estremadura onde se punha o sol.
Mas nada em mitologia é absolutamente impossível porque de facto não faria nenhum sentido estratégico militar para os árabes construir um posto de fronteira contra os cristãos na serra da Arrábida, quando tinham a foz do Tejo por fronteira. Assim faz sentido que estes já tenham encontrado a serra com este nome e tenham ali construído um pequeno ribat mas com fins exclusivamente religiosos segundo a tradição arcaica local e dado depois nome a serra que se calhar ja seria assim chamada.
Ora bem, «arriba» < a-riba < Lat. ripa < rypa + eu > Eu rypa > «Europa».