Nome Romano
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Nome Moderno
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Abelterium < Ad Alter-ium
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Alter (do chão)
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Ad Aquas < Aquilares > Aguilar > Aguiar
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Aguiar da Beira
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Ad Septem Ares. (1) < 7 = septem
< septa < septata < serrata < «serra»
=> Serra
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Serra de Aires.
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Æminium < * Hi-Ama Ani > *Ci-an-(A)ma
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Coimbra
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Ammaea < Ama º Kima º Kiana >
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Viana (do Alentejo)
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Aquæ Flaviæ
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Chaves
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Arandis > *Alandobriga? > Alandouria >
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> Alandrua-Al > Alandrual
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Aranna > Ana Aura => *Aura-kia
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Auraquia >Ourique
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Aritum Pretoruim > Perto(rum) Altium
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Porto alto
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Arruchi novum
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Arroche
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Balsa < Warka < Ka-War < *Ka-Phura >
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> Thawura > Tavira
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Bracara Augusta
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Braga
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Caeciliana > Cacilliãa >
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Cacilhas?
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Caepiana < Phian-kia >
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Pancas?
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Cætobriga <= Ki-Tu-bal-ica > Cætobrix
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< *Ki-Tubal, terra de Tubal (Caim) > Setúbal
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Caladunium < Karathan > Tarakanes > Trawanes
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Trevões?
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Cale < Kare < Kalia > Garya >
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Vila Nova de Gaia
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??? < Collipo < Colliphto < *Caulliputi < Hullupu-Ki de Inana, a árvore do paraíso, o cólio, o lírio ou a flor do lis? < Kori-kito < *Karkito > Corhtis > Cortes, em Leiria
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Leiria < Leirria < Leira-ria = Leira alagadiça = Leziria
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Complutaca < Colump-cata > Columbae-catha => o logar das casas, *casha, das pombas =>
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St.ª Comba da Vilariça
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Concordia < Karki-kana > Kerthiana
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Sertã
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Conimbriga = *Coni-ma + Briga <= Ki-an-(A)ma = *Kima-An. =>
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*Coni-ma + *Kitaki, (variante de cidade, terra do fogo de Kika) > Konm-thaka-ki >...
Conthaixa > Condeixa-a-Velha
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Conistorgis < Cun + Istor + kis => Esto(r)his
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Estói
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Ebora < *Kiphura >
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Hiphura > Évora
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Elphias ? < (Min)-Hervas > Elwas
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Elvas
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Equabona, localisada pelos romanos na margem errada do Tejo? < Kaeka-Hepona
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Sacabona => Sacavem?
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Esuris < Ishkuris >
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V. Real de S.to António
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Fraxinus < | Phrak > wrig-| Kina < *Brigançia > Brib-Enki => Enkia > Nikê >
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Nisa
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Ierabriga < Iria + briga > Alan-thria
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Iria (da Azoia) & Alverca?
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Igtedita / Igedita > Igtania >
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> Itagnia > Idanha
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Lacobriga < LaKu + brig- => Lagus
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Lagos
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Lama + Kiu > Lamakio > Lamaigo >
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Lamego
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Lancio opidana < Uran-Kikca (> *Kikuran > «segurança» => Guarda)
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Kur-ki-an > Kaurta (ophitana) > Guarda
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Limia
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Lima
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Matusarum < Matus Saru => Saur > Sor
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Ponte Sor.
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Medceca < *Mar-ad-ceca > Marateca
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Marateca
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Mirobriga < | Mero <=> *Kakima > | briga
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Santiago do Cacém (< Kakem < *Kakima)
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Mirobriga < Milo + -briga => Melides
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Meli kaka > Kachemer > Cachem > Cacém
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Moron < *Maurinus > Meirin + Al arabizante =>
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*Al-Meirim > Almeirim
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Mundobriga
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Myrtilis < *Mel-Kur(t)is > Miercoles
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Mertulia > Mértola
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Olisipo < Helis-hipona, «cavalos do sol» < *Karish-Kahi-Ana > Ulis-Hipona> Lishibo(n)a >
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= fenic. Alis-Ubbo (Porto das Sereias??, os cavalos de Enki, o deus das talassocracias mediterrânicas, também deus *Kur > Kar < KAL > hel, do sol??) > Lisboa.
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Ossonoba < Hossanupha <*Aush Anu-Ki
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Faro
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Pax Iulia > Bajulha > Baijua
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Beja
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Pinetus <= *Pinekurus > Pikanurus > Pignelus
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Pinhel
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Praesidium > Perasido >
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Pereirão ou Pereiro
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Rarapia < Raraphia < *Ura-Ki-Kura =>
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*Aurkishtar > Hal-Ushter > Aljuster
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Roboretum
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Serra do Roboredo
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Salacia
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Sitânia de Lousada de Vizela?
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Salacia = terra do Sal
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Alcácer do Sal
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Scallabis < Esculapius < Ish-Kuraphis =>
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Saturanum > Santarem > Santarém
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Sellium < Kermia >
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Therma >Temar > Tomar
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Serpa < Kerpha < *Kaphura = serpente.
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Serpa
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Talabriga
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Marnel???
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Veniatia
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Vinhais?
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Vesto ? < *Ki-ish + Kiku > Vesh-hiho > Veseo > Veseu
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Viseu
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#> Aljustrel
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(1) - Eis o que pode revelar-se como prova de um óbvio equívoco de geógrafo mal informado! Por confusão com algum termo luso com o significado explicito de “serra”, e reconhecido como tal pelo povo de Mira Daire e seus arredores e traduzida pelos romanos como «serra» de serrar pela simples razão de que em latim a «serra», enquanto acidente orográfico, é sempre monte (mons) e nunca serra!
É reconhecido que o conjunto orográfico da serra de Aire e Candeeiros separam o mar do interior condicionando o clima e os ares húmidos desta zona da Estremadura portuguesa. Os locais identificariam a serra de Aire como sendo o que ainda hoje é “a serrada da Iria” ou seja uma metáfora descritiva da silhueta dentada, como que por uma serra de serrar, da deusa da Aurora (Iria).
Figura 1: A serra de Aire vista de Torres Novas para Norte.
Espantosamente a «serra» de serrar em gaélico é sabh e serrada é sàbhta.
Sabendo-se que a Irlanda se chama em gaélico Eyre, Eire, or Eiriu por ser a terra da deusa Eiru e suspeitando-se que o gaélico era uma língua galaica decorrente de imigrações galega pré-históricas podemos concluir sem surpresa que à época dos romanos já se falava gaélico na Lusitânia e a serra de Aire seria já isso mesmo a “sàbhta Eira”.
É também reconhecido que os romanos consideravam as terras húmidas como insalubres. Sendo assim, os romanos eruditos que por aqui passavam e perguntavam pelo nome da serra ouviam o que queriam entender. Como os romanos achavam a serra de Aire um local escalvado como que varrido pelo vento que tudo leva e pouco mais deixa além de “sete (maus) ares”, quando os indígenas lusitanos se referiam a “sàbhta Eirs” só ouviam o que queriam ouvir e por isso entendiam sàbhta como se fosse septe(m) = 7, numeral.
Assim, a Serra da Iria, por ser considerada por puro preconceito romano de maus Aires, passou a chamar-se em latim, Ad Septem Ares = A dos sete Ares em vez de ser apenas o que é, a serra (silhueta) da Iria.
No entanto, as ideias míticas surgem como as cerejas num açafate e de repente lembramo-nos que a serra da Iria poderia ser o arco-íris, a ceitoira do crescente lunar com que esta deusa faria as cegadas às searas da Primavera ou o caduceu de mensageira de Hera.
Figura 2: Uma Tridiva Irlandesa: Banba, Fotla and Eriu, as três Horai das estações do ano.
Nesta representação são teluricas como Hermes da esfinge de Gizé
Quando os Milesianos chegaram da Espanha, cada uma das três irmãs pediu ao bardo Amergin que seu nome fosse dado ao país. Ériu (Éire, e em sua forma dativa Éirinn, resultando no inglês Erin) parece ter vencido a disputa, mas os poetas consideram que todas as três tiveram seu desejo satisfeito, e assim Fodhla é por vezes usado como nome literário para a Irlanda, da mesma forma que Banba.
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Diz a lenda que santa Iria foi raptada da sua casa por um hóspede nocturno e é degolada num outeiro. Sete anos mais tarde, o seu assassino regressa àquele local, onde já se ergue uma ermida em memória da sua vítima. Ele pede perdão mas, numa atitude pouco cristã, a sua vítima nega-lho. Por isso nunca viria a ser uma deusa canónica. Segundo outras lendas santa Iria nasceu na aldeia da Torre da Magueixa, concelho da Batalha. Posteriormente partiu para Tomar onde tinha família e onde seguiu carreira religiosa.
Seguramente que nenhuma, destas lendas, é verdadeira porque seria uma deusa lusitana e pré-grega que veio a dar origem a irlandesa Eiru. É representada a segurar uma "panela de manteiga” em Magueixa (Batalha) e com uma colher de pau na Faniqueira (Batalha) o que permite supor que Eiru seria primitivamente uma deusa de pastoreio e do fabrico da manteiga.
Desgraçadamente Iria ou Irene não deixou rasto lapidar na Lusitânia, nunca foi santa canónica, mas ficou eterna o Arco-Íris.
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