Figura 2: Ares & Afrodite ou Arencio & Arencia.
(...)
Verethragna – Nome de origem persa para o planeta Marte. Artagnes – nome persa para o planeta marte Persian encontrada em vários locais ao redor da Turquia que já foram da Pérsia.
Verethragna < Ker-Thuar-Kina ó Artagnes < *Hartagnes
=> Cartagena > Cartago.
Assim sendo na lingua persa teria permaneido indícios de que Ares seria afinal o filho primogénito da deusa mãe Kertu / Kurija, da terra (Ki) de Creta.
DE AREZ A TOLOSA
A propósito do nome do deus grego da guerra aparece-nos a questão da sobrevivência do nome deste deus nas zonas colonizadas pelos gregos particularmente na Lusitânia. E é então que nos aparece o par de deuses lusitanos Arêncio e Arência que ainda faz parte de muitos gentílicos actuais portugueses o que demonstra a sua arreigada persistência popular.
“De facto, a distribuição destes nomes de divindade circunscreve-se à zona centro interior portuguesa, registrando-se ocorrências em Zebras, Fundão (…), Ferro, Covilhã (…), Rosmaninhal (…), Monsanto, Idanha-a-Nova (…), Ninho do Açor, Castelo Branco (…) e Sabugal, tendo o seu espaço cultual ultrapassado o actual limite político das duas nações ibéricas: o rio Erges. A norte da vizinha província de Cáceres, Arentius foi cultuado em Moraleja (…) e junto a Cória recolheram-se duas aras, ambas dedicadas ao par divino e ostentando o epíteto de Amrunaecus/-a (…).
Quanto à sua natureza, pouco se poderá dizer a respeito deste par divino, uma vez que a epigrafia não aporta qualquer elemento significativo para o esclarecimento desta questão. Por esse motivo, não se compreende que argumentos levam Alarcão (…) a considerar divindades guerreiras estas entidades que assume como próprias do complexo religioso dos Lusitani (…)
As formas registadas nas inscrições atestam a alternância da vogal intermédia, documentando-se Arantius/Arentius e Arantia/Arentia, sendo que a primeira delas, mais rara, se atesta aqui pela terceira vez. --- Um Monumento Votivo a Arância e Arâncio, Proveniente de Castelejo, Salvado, Rosa e Guerra.
Obviamente que se compreende que os arqueólogos se limitem a extrair ilações concretas apenas a partir dos factos colocados a descoberto mas se a ciência histórica se ficasse por ai de pouco nos serviria. Na verdade, compreende-se até muito bem que “argumentos levam Alarcão a considerar estas divindades como guerreiras (…) e próprias do complexo religioso dos Lusitani”. De facto a mera analogia fonética com o deus grego Ares da guerra está lá de forma gritante! Mas é a mesma tacanhez cultural que impede os etimologistas de ver no nome Arês, da localidade de Nisa, o nome destes deuses...e do Ares grego.
Desse modo, é fato comprovado que não há referências ao culto aos deuses Arêncio e Arência na freguesia de Arez, nem na região do município ao qual pertence, Nisa, e nem mesmo em qualquer outro município do Distrito de Portalegre, no qual Nisa está localizada. Em se tratando, portanto, da hipótese de que o nome de Arez seria uma homenagem ao deus Arêncio, a partir do exposto anteriormente verifica-se que esta suposição é duvidosa e carente de comprovação nas fontes históricas atualmente disponíveis, tal como ocorre com as demais hipóteses aqui analisadas.
No entanto, devemos enfatizar que a hipótese não pode ser declarada inválida, ainda que, até hoje, ninguém apresentou meios de confirmar a possibilidade de ela vir a ser verdadeira. Avalio essa hipótese como sendo um tanto quanto forçada, talvez até mesmo forjada, na atualidade, por estudiosos puristas, cultuadores das tentativas de resgate da história dos deuses de tempos pré-romanos.
Esses estudiosos, talvez nostálgicos com tais cultos primitivos, enxergam referências àqueles deuses em todo espaço obscuro – ou ainda não explicado pela História lusitana – que dê margem a tais interpretações, e em se achando oportunidade para tal, como no caso do nome Arez, lançam suas hipóteses, ligando um tema ainda cercado de enigmas a possíveis referências aos deuses pré-romanos, provavelmente, na esperança de que suas suposições venham a se tornarem verdadeiras algum dia…-- AREZ E SUA ETIMOLOGIA E TOPONÍMIA, André Valério Sales.[1]
Este texto é de facto um mimo de cinismo pirrónico do tipo dos que se recusam a ver a realidade a um palmo do nariz por mera miopia cultural. Se é um facto racional que a hipótese (da relação de Arês com Ares) não pode ser declarada inválida então também aquela tese não pode ser declarada forjada sem o mesmo tipo de provas que se exige aos seus autores e muito menos depreciada como uma apelo nostálgico de deuses de espaços obscuros na “esperança de que suas suposições venham a se tornarem verdadeiras algum dia”. Simplesmente hilariante! E no entanto este autor conseguiu acolher a ideia bizarra de que Arez de Niza poderia derivar de nome Francês de Arles. Obviamente que nem uma placa votiva a dizer Ares foi deus da guerra não é possível ter a certeza da origem do nome com base na mitologia mas obviamente que tudo aponta para tal.
Partindo-se dessa hipótese, atribuída pelo documento ao pesquisador Carlos Cebola, naquele início do Século XIII colonos franceses passaram a habitar a região de Nisa (antigamente, chamada também de Nissa), atendendo à necessidade de fixar moradores naquela parte desabitada da Península Ibérica.
Na medida em que fundavam seus povoados, batizavam-lhes com nomes de sua terra de origem, tal como ocorreu no caso de Nisa, que teria sido ocupada por colonos provenientes da cidade francesa de Nice, localizada no sul da França, próxima à fronteira com a Itália. A palavra Nice vem do grego (Nikaia), em italiano é grafada Nizza, e em provençal, antigo dialeto francês: Nissa.
E, por extensão, acreditam alguns estudiosos portugueses que o mesmo também teria acontecido com a freguesia de Arez (ou Ares), que teria sido edificada, segundo essa hipótese, por antigos moradores de Arles. As três localidades portuguesas citadas, Nisa, Tolosa e Arez, teriam sido batizadas, portanto, em homenagens a cidades do sul da França (Nice, Toulouse e Arles). -- AREZ E SUA ETIMOLOGIA E TOPONÍMIA, André Valério Sales.[1]
De facto os Franceses estiveram por cá desde pelo menos no tempo do marido de D. Tereza e muitos outros estiveram na cruzada que ajudou o rei D. Afonso Henriques a conquistar Lisboa aos mouros mas a construção de tantas localidades do concelho de Nisa por franceses dificilmente teria passado despercebida. Mas damos de Barato que Niza tenha tido origem francesa tal como Tolosa que era o nome provençal de Toulouse e que fez parte do reino visigótico de Tolosa que ia precisamente da Ocitânia onde tinha a capital e em Tulon porto marítimo mediterrânico e passava a norte na Tolosa espanhola basca (e ia até Sul de Espanha em Navas de Tolosa e Tolox em Málaga e possivelmente até à localidade de Tolosa do concelho de Nisa em Portugal) sendo assim dispensável a origem tardia deste topónimo. Se a Niza portuguesa tem a mesma origem de Nice francesa e ambas da Niceia grega, senão de Naxos báquica, a verdade é que Tolosa não tem etimologia certa o que significa que todas as especulações são possíveis como aconteceu com o nome da singela vila de Arês.
Que signifierait alors Tolosa? Dans l'état de la linguistique actuelle, notent Jean-Marie Pailler, Christian Darles et Pierre Moret, «rien de bien sérieux ne peut être avancé». On notera toutefois l'hypothèse qui ferait remonter son nom, du fait de sa racine en ‘tol', - très répandue dans la péninsule ibérique - à «l'idée d'un trou d'eau ou d'eau stagnante». Une référence toute trouvée pour faire écho aux étangs de Toulouse.
Pour d'autres, dans un grand lyrisme de mythologie antique, Tolosa, jadis la «cité de Minerve» (Palladia Tolosa) selon l’expression de Martial, ferait référence à la Tholos des Grecs, cf. les légendes de l'Or de Delphes à Toulouse.
Toulon s’appelait alors Telo Martius (de Telo: la déesse ligure des sources — ou du latin tolus: pied de colline — et Martius: dieu latin de la guerre).
La première mention du lieu, Telo Martius, figure dans l'Itinéraire d'Antonin (daté de la fin du IIIe siècle). La racine tol-on, reprise en occitan (teron/toron après rhotacisme), est très ancienne, probablement préceltique, et signifie "source, fontaine".
O tholos grego mais do que um túmulo ou templo circular foi também nome de “água suja de lama” depois também de menstruação ou tinta de chocos (sépia) e depois nome das «tulhas» circulares onde se guardava para fins de tinturaria deste épocas arcaicas possivelmente minóicas sendo possivelmente a partir destas «tulhas» de tinta de chocos que veio a semântica dos tholos clássicos de Delos. Ora, aceitando que a cultura celta é de origem minóica teremos que aceitar que a semântica mais próxima do conceito, tanto de Tulosa como de Tulon, seria a de sagrados recipientes com águas sujas de lama que quando barrenta seria considerada a menstruação da deusa mãe Terra, a que veio a ser Tellus romana. Assim aceita-se que a origem do topónimo Tolosa seja encontrada na raiz pré-indo-européia, ilirio-ligur, tol-, toll-, tul- ou tull-, e que significa o mesmo e o seu oposto (o que em etimologia mítica parece paradoxal mas corrente) ora “proeminências” fortificáveis ora lagos pantanosos. A mesma raiz está na origem de muitos outros topónimos, como Toledo ou as ocitânas Toulouse e Tulon...bem como da mítica Tule.
Tolus no glossário de Santo Isidro = redondeza elevada.
Lat. Talon = extremidade do corpo humano < Talus = calcanhar.
«Tola», 1 f. Chul. Cabeça; mioleira. ( tolo?) => «cartola» < cartula.
«Doido» / toldado / toleirão < Corominas sugere *tollitus (< latim tollere) > *toldo > doldo.
Daí que a semântica deste termo tenda a ser ambivalente, ora relacionada com fontes e poços como nos vários lagos lamacentos que rodeavam a cidade primitiva de Tulosa / Tuluse e depois espaços circulares aptos a fortalezas no topo de montes ou enquadradas por montes protectores cheios de fontes de água viva como em Tulon e Toledo. O arcaísmo deste termo deve remontar ao tempo dos minóicos ou micénicos se quisermos ver nestes a origem das civilizações mexicanas pois é um facto estranho que Tola em quichua significa túmulo.
Tola2. (Del quichua tola o tula). f. Ecuad. Tumba en forma de montículo, perteneciente a los antiguos aborígenes.
«Tolda» 1 f. O mesmo que toldo. Primeira coberta de uma embarcação. Armação de madeira, dentro da qual se empilham as maçarocas de milho, por forma que recebam o ar e se conservem sãs; espigueiro. *Prov. alg. O mesmo que tremonha. (Do ár. dholla). Tolda, 2 f. Acto ou effeito de toldar. *Turvação do vinho. -- Novo Diccionário da Língua Portuguesa, Candido de Figueiredo.
La palabra toldo procede del francés antiguo y dialectal tialt, taud, alcázar, espacio entre el palo mayor y la popa, voz de origen germánico; cónfer neerlandés medio telt, a. alemán antiguo zëlt, nórdico tjald, tienda.
«Toldo» cast., cat. y port., tuldo gall., toldoa base. Según Covarrubias y Diez, del lat. Tholus «la cupula del edificio, bóveda del templo.»
«Toldo» = Origen de la palabra: (Del ár. zulla, sombrajo.)
O «toldo» foi criado pela necessidade do ser humano para proteger-se do sol em lugares onde, por seus meios naturais, não era possível o abrigo da sombra e primeiro terá sido por ramos e folhas de árvores e arbustos, depois com peles de animais e mais recentemente por lonas e telas de linho. O seu uso era comum em mercados do mundo antigo e foram utilizados em sua forma inicial para proteger os alimentos e carnes nas feiras inicialmente na Índia e posteriormente nos países do Oriente Médio mas foram os romanos qye mais os vulgarizaram teatros e terraços das casas chamando-lhes velários por seguramente serem afinal adaptações das velas dos barcos. Apesar da simplicidade tecnológica do «toldo» e da sua origem remota e comum não há unanimidade relativamente à origem da palavra «toldo» porque para uns deriva da palavra árabe dholla e para outros teria uma origem germânica pelo francês antigo tialt, taud. No entanto, depois de consultar o “Tesoro de la lengua Castellana o Española escrito por Sebastián de Covarrubias y Orozco” verifica-se que Covarrubias mantêm a origem romana do toldo mas em vez de ser por tholus seria por tondus porque redondo seria o velário com que se cobriam os teatros romanos para protecção do sol. Em boa verdade a etimologia mais sensata seria indirecta como o termo «tolda» para turvação do vinho ou seja do verbo «toldar» ou «entoldar» que, esse sim, seria muito mais arcaico e relacionado com a turvação não apenas do vinho mas das águas sujas e barrentas relacionadas com os tholos gregos já referidos e que estariam na origem do nome das cidades, até agora referidas: Tulon, Tuluse a Toledo. Ainda em torno da semântica atascada de Tulosa como terra de atoleiros podemos analisar a relação deste nome com a etimologia dos «atoleiros» galaico-portugueses.
O castelhano tollo ‘lugar profundo num rio’, o português «atoleiro» ‘lodaçal, pântano’ e atolar ‘enterrar no lodo’ filiam-se no latim *TULLU, que se explica pela forma, provavelmente de origem etrusca, TULLIUS ‘corrente, veia ou jorro de água’. A confirmar esta etimologia está o regionalismo minhoto tola, sinónimo de talheiro, talhadoiro, pejeiro e cobradoiro — termos usados para designar as aberturas feitas nos regos para desviar as águas, de acordo com as necessidades de irrigação.
Joseph M. PIEL, “As águas na toponímia galego-portuguesa”, cit., p. 314-315. J. Leite de VASCONCELOS, “Dialectos interamnenses”, cit., p. 60, sem aludir à sua etimologia, também refere a tola da água como a ‘parte do rego onde há muitas roturas para sair a água’. Cf. GEPB, vol. 31, s.v. TOLA3; e Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, cit., s.v. Tola2, considerado de origem obscura, mas a que é também atribuído o sentido de ‘pequeno sulco ou rego natural’.
Por isso é que quando os rios iam secos ou quando se mergulhava neles se encontrava o «entulho» que obviamente corresponde também ao conteúdo das «tulhas». E é então que mais uma vez vamos encontrar divergências entre os gramáticos relativas ao termo «tulha» que noutros pontos destes estudos foi relacionada com o culto da deusa Tellus / Tella seguramente a mesma que Marcial identificou em Tuluse como sendo Palladia Tolosa.
Tulha f. Lugar, onde se ajunta e deposita a azeitona, antes de ser levada ao moinho. Casa ou compartimento, onde se depositam ou guardam cereais em gruas. (…) (Do lat. tudicula).
Tulha = De um proto-céltico *tullos, (buraco); confronte-se com as palavras asturianas: tollu, toyu e tuña, aparentado com o basco zulo (buraco, toca).
Obviamente que a derivação pela via latina é frouxa e seguramente que «tulha» resultou da confluência da via latina enquanto relacionada com lagares de azeite e do proto-celta *tullos enquanto buraco ou toca onde se armazenavam alimentos e estes da semântica antes referida para fundos entulhados dos rios.
Tullonio: Genio protector del hogar y la familia.
Tullonio é um deus
derivado do nome gentílico Tullonica e que, por isso, poderia ser Tullo-nia cognata
de Tellus ou relacionado com Mars Tillenus e com Tello, a deusa
celta das fontes e nascentes.
Tullonica < Tullonio ó Mars Tillenus.
Tulha < tullia < Tullonio/a > ti(d)icla < tudicula
< Lat. tudes = martelo, prensa.
Obviamente que a derivação pela via latina é frouxa e seguramente que «tulha» resultou da confluência da via latina enquanto relacionada com lagares de azeite e do proto-celta *tullos enquanto buraco ou toca onde se armazenavam alimentos e estes da semântica antes referida para fundos entulhados dos rios.
De passagem verificamos que todo este percurso semântico nos obriga a passar pelo verbo latino tollō (infinitivo infinito tollere, substantivo ativo perfeito, supina sublātum) e a ferô, ferre, tulî, lâtum.
É óbvio que o latino fero vem do verbo grego phero, o que significa quase o mesmo. As duas últimas partes estão de fato relacionadas entre si, mas têm uma origem separada dos dois primeiros. Em um latino muito antigo, a quarta parte principal era tlatus, mas, ao contrário do grego, o latim eliminava as sequências de letras difíceis e foi encurtado para latus. Tlatus e tuli são certamente antiquados, mas pelo menos eles parecem parecidos um com o outro. Estas terceira e quarta partes principais são do verbo tollo, tollere "levar" e estão relacionadas ao tolero, tolerar "suportar, tolerar", ambos obviamente semelhantes em termos de fero, ferre "carregar, transportar".[1]
Tuli < Te-tuli < Tellus.
Latum < Tlatum < τλάντος (tlántos)< Te-Lant(os) < Ate-lant(os) > Atelas
> Atlas. >tala-síphrōn < (tól-ma) (tolmáō).
Farther cognate with Ancient Greek τλάντος (tlántos, “bearing, suffering”), τολμέω (tolméō, “to carry, bear”), τελαμών (telamṓn, “broad strap for bearing something”), Ἄτλας (Átlas, “the 'Bearer' of Heaven”), Lithuanian tiltas (“bridge”), Sanskrit तुला (tulā, “balance”), तुलयति (tulayati, “lifts up, weighs”), Old English þolian (“to endure”) (English thole), Old Armenian թողում (tʿołum, “I allow”).
Em conclusão, o étimo tol- tanto pode estar relacionado com o tol- celta dos locais altos, claramente relacionados com Tellus e a sua relação como os verbos de transporte das almas, ou das arribas como nos «talude» ou com a «tola» das cabeças que quando de «tôlos» de pensamento são como os «toldado» pelo vinho (de que pode derivar a semântica dos «toldos» ensombrados) por analogia com os poços e lagos entulhados de detritos barrentos de que a etimologia da tulha colhe semântica na mesma ordem de linguagem.
Quanto a Arez afirmar que seria proveniente do nome francês da cidade de Arles parece uma proposta forçada.
Le nom de la ville s'écrit Arle en provençal. L’origine d’Arles est gauloise "Arelate" qui provient des termes are, «devant les» ou «près de» et de latis, «marais » ou «fleuve», le toponyme signifiant ainsi la ville «du fleuve et du marais». C'est comme le toponyme Lat-tara du nom de Latera, le site archéologique proche de la ville de "Lat-tes".
Arle < Arles < Arales < Ara-lu> Ar-La-| tes ó Tera | > Lat-tara > Lattes.
< Kaura-lu > Karalium
Aren-tius < Haran-Ti < Kaur-an-te ó Kur-tiu > Kaur-ish > Hauris
> Arês > Ares ó Areco > Arego.
Já a suposição de que Arez viria do nome do deus Arêncio é muito mais plausível.
Arencio (Arengiotanginaeco, Arentio, Arentius, Arantio) – Deus da Guerra e nacional dos Lusitanos. Representa a força. Juntamente com sua esposa a Deusa Arencia formam o par divino principal dos Lusitanos.
Arus (Aro) – Deus Lusitano da guerra equivalente ao Ares grego.
AR(-ENGIO-TAN-GINA-)ECO
Os Arez apresentam desde o século XVI uma maior concentração no Algarve (…). Encontram-se Arezes também no Alto Alentejo (…). No Vale do Sado os Arez terão sido proprietários do Monte do Arez, ao pé de Vale de Guizo, com cujos Morgados tiveram alianças matrimoniais. (…)
Nalgumas bibliografias os Arezes aparecem como cristãos velhos, noutras como cristãos novos e com problemas com o tribunal da inquisição.
Não devemos esquecer também que as fontes hebraicas reconhecem Arez ou Arês o que interessa é o valor fonético como uma palavra hebraica do Torah com significado de "terra fértil" ou "terra própria para receber semente" "terra arável", ou eventualmente o proprietário dessa terra...lavrador. Por isso mesmo é que em basco «artale» significa milho e cereal. Os deuses da fertilidade agrícola eram invariavelmente os deuses da guerra e as deusas do amor, ou seja Marte e Vénus entre os romanos e Ares e Afrodite entre os gregos e possivelmente Arêncio / Arência entre os lusitanos.
Figura 2: Obverse Description: Hercules head left, club on right shoulder, star before. Reverse Legend: ARS-Ki-TaR, Man-headed bull standing right, bearded head facing, crescent before.
Saguntian coins are abundant, but there is disagreement on their chronology. The most ancient coins are of silver and give the name of the city as ARSE-ETAR (of the people of Arse), ARS-GIDAR (silver of the people of Arse?), and ARSA-GISGUEGIAR in Iberian. There is only one known specimen with ARSESKEN (of the people of Arse). The heavier of these coins probably date from 212 to 195 B.C., the lighter from 195 to 94 B.C. On the face is the head of Pallas or Hercules, and on the reverse, a bull. Towards the middle of the 2d c. B.C. the reverse shows the typical Iberian horseman and the inscription ARSE. On bronze coins the prow of a ship replaces the horseman about 133 B.C., but the Iberian ARSE remains. Shortly thereafter the bilingual ARSE-SAGUNTINU appears, and later only the Latin inscription SAGUNT.
Arse (leyenda monetal, siglos III -II a. de C.). Otro nombre de Sagunto. Podría proceder del ie. *ers-, ars- ‘fluir’ (Pokorny, 1959, 336; Villar y Prósper, 2005, 112, 142). Sin embargo, hay antropónimos ibéricos en Ars- (Velaza, 1991, 35) que dejan la posibilidad de un origen ibérico. Encontramos topónimos Arsa en la Bética y Arserris en Aquitania (CIL XIII, 95). TOPONIMIA ANTIGUA DE CONTESTANIA Y EDETANIA, ANCIENT PLACE NAMES IN CONTESTANIA AND EDETANIA, Dr. Leonard A. Curchin, Dept. of Classical Studies, University of Waterloo.
Se o símbolo mais comum do reverso das cunhagens saguntinas parece ser o touro, que justifica as legendas das moedas ARS-Ki-TaR e outras variantes, possivelmente mais ortográficas que fonéticas, parece que o motivo mais expressivo das moedas posteriores era o cavaleiro armado com uma lança enquanto na face aparecia quase invariavelmente Hércules que os fenícios identificavam com Melkart, o senhor da cidade. Porém, só a teimosia da fazer derivar nomes de deuses e cidades de raízes fonéticas banais necessariamente indo europeias justifica a miopia da etimologia clássica. De facto de a origem do nome do antropónimo Ars- fosse estritamente ibérico seria facilmente derivado pelos etimologistas tradicionais dos falares bascos com os quais pode estar relacionado, mas pelos visto não ao ponto de ser facilmente audível pelo senso comum dos eruditos, porque o basco «ertz», que significa “limite”, pode estar relacionado com os muros das fortalezas militares aparentemente implícito no nome primitivo de Sagunto.
La ciudad de Arse-Saguntum tiene un área de influencia en el territorio que la rodea, con 24 yacimientos ibéricos, entre los que el de Arse destaca por su tamaño. Situada en la loma del cerro, la población ibérica de Arse podría tener una extensión aproximada de unas ocho o diez hectáreas y estaría protegida por un doble recinto defensivo: con una muralla exterior fechada a mediados del siglo IV a.C. y una muralla interior perimetral, que aumenta las defensas de la ciudad.
Se Mel-Karte seria um epíteto fenício de Hércules com o significado de senhor da cidade então Kartu seria sinónimo de cidade ou fortaleza militar de que derivou o «ertz» basco da que derivou também o «horto» enquanto horta ou courela que fornecia os alimentos às cortes de melicianos e depois a cidade amuralhada. A tradição clássica não é segura quanto à origem do nome primitivo da cidade de Sagunto.
"Mientras los romanos deliberaban y preparaban tales acciones, Sagunto sufría un fuerte asedio. Esta ciudad era con gran diferencia la más rica al sur del Ebro, situada a casi mil pasos del mar. Eran oriundos, se dice, de la isla de Zante y con ellos estaban mezclados incluso algunos del linaje de los rútulos de Árdea. De todas formas, en breve tiempo consiguieron una gran prosperidad tanto por el comercio marítimo y terrestre como por el aumento demográfico y por la integridad de su conducta, pues cultivaron una lealtad propia de aliados hasta su destrucción." Tito Livio (Historia de Roma, XXI 7-8).
Influenciado pelo seu nome indígena, Silius Italicus (Punica 1.271) e Tito Lívio pensaram que foi fundada por colonos de Ardea, enquanto Strabo (3.4.6) e Plínio (16.216) associa o nome de Sagunto a uma hipotética colónia jacíntica, o que nem em teoria é sustentável pois o mais provável é que Sagunto esteja remotamente relacionada com o nome da deusa mãe suméria Nin-kur-sag.
Arse (alta fortaleza) mudou seu nome para Sagunto depois da guerra púnicas e esses dois nomes levaram à teoria de que já havia desde a origem duas cidades, uma ibérica no topo da montanha e outra romana na planície o que pode não parecer provável mas é para já a única explicação para a coexistência dos dois topónimos na mesma época clássica. É possível que Tito Lívio tenha alguma razão quando relaciona Arse, o nome primitivo de Sagunto, com colonos túrdulos da cidade latina de Ardea que nas metamorfoses de Ovídio aparece relacionada com as Garças…apenas porque estas se chamavam Ardea em latim ou porque eram aves sagradas de Circe tal como o cuco foi de Hera e o pavão de Juno. Na verdade Ardea é literalmente a deusa *Arde, ou seja a cretense Kurija, deusa da coruja e por isso variante de Atena, e foneticamente mais próxima de Circe, Cibele e Ariadne ou Arina, a deusa do sol dos Hatis, todas senhoras das cidades fortificadas e por isso relacionadas com cultos marciais.
Arez é um nome masculino curdo e arëz significa, em albanês, zangão.
O nome do deus Ares estaria relacionado com o culto infernal da deusa Erechquigal e seria seguramente uma variante de Iskur o deus sumério das tempestades e da guerra e de cujo feminino deriva Istar. Deste deriva seguramente o nome Arash ou Âraš,o Archer (em persa Âraš-e Kamângir) que é um herói da mitologia persa. Não muito distante, etimologicamente, da vila alentejana de Arez está o nome da cidade francesa Arès (Gironde), da cidade italiana Arécio < Arezzo < Lat.Arretium, da cidade albanesa Arza e da cidade marroquina El Araich, da cidade egípcia Al-Arixe e outra no Quatar, e ainda a cidade nepalesaAresh.
Arès (Gironde) = Le toponyme est attesté sous les formes anciennes Areis, Arez ou Arets au XVIIIe siècle. L'église d'Arès était située au lieu-dit Les Arroques.
Arza (en albanais: Arrëz) est un village de l'est du Monténégro, dans la municipalité de Podgorica.
Larache (also El Araich; Arabic: العرايش; Berber: Leɛrayec or Aɛrich: the attic or shed) is an important harbour town in the region of Tanger-Tetouan-Al Hoceima in northern Morocco.
Al-Arixe (forma vernácula para o árabe العريش al-Arīx, "vinha") é a capital e maior cidade da província egípcia do Sinai do Norte.
Arish is distinguished by its clear blue water, widespread fruitful palmy wood on its coast, and its soft white sand. (…)ʻArīsh means "palm huts" in Modern Standard Arabic.
Al `Arish (Arabic: العريش) is an abandoned village in Qatar, located in the municipality of Ash Shamal. Arish, an Arabic term, refers to palm trees; it was named so after palm trees growing in the area which shaded the entire village.
É interessante constatar que o verbete "alarixe" seja considerado no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, como significando vinha enquanto os ingleses traduzam como cabanas de ramos de palmeira de acordo com o “Modern Standard Arabic”. Sendo assim, ficamos com a ideia de que, desconhecendo a cultura árabe os vinhedos, quando os árabes invadiram a Espanha deram às vinhas os que encontraram na Península o mesmo nome que na civilização caldeia se dava à tamareira enquanto “árvore da vida”. A importância da árvore da vida nos cultos guerreiros fica óbvia quando relacionada com o fabrico de bebidas alcoólicas que foram desde os primórdios destes cultos a base das poções mágicas que davam força e ânimo aos guerreiros.
Num estudo sobre a deusa suméria da fruta deparamos com a evidência de que esta era Istar, deusa da fertilidade que era irmã de Erechquigal. Por outro lado sabemos que a Astoret judaica e fenícia era adorada como sendo ora uma cepa de vinha ora um tronco de palmeira ou de cedro ou outro símbolo da árvore da vida.
Esta deusa infernal estava relacionada com os subterrâneos telúricos e por isso com o nome hebraico da Terra que assim se relaciona com o da cidade alentejana de Arez tal com outras cidades de nome semelhante.
Haaretz (en hebreo: הָאָרֶץ, "La Tierra", en referencia a la Tierra de Israel) es un periódico israelí fundado en 1919.
Mas, tal como a terra tem tanto um aspecto profundo, telúrico e subterânio como tem também um aspecto elevado e montanhoso natural será encontrar nomes semelhantes em nome de serras como é o caso da portuguesa “Serra de Aires” e outras espalhadas pelo mundo fora particularmente em locais próximos da cultura suméria.
Les monts d'Arrée (Menez Are en breton) sont un massif montagneux ancien de la Bretagne occidentale faisant partie du massif armoricain.
Aret-Arish is a mountain and is located in Gash Barka, Eritrea.
Kūh-e Āgh Arīsh is a mountain within Iran and is nearby to Kūh-e Ālmālī Dāgh and Darreh-ye Qūrī Dāsh Darrehsī.
Kōh-e Arish Kachī, mountain in Afghanistan.
Como o deus Ares não seria senão Is-kur ó Kur-ish, o Couro ou Kauros da terra mãe também não pode espantar que esteja presente no nome da “Serra do Gerês” e na região espanhola do Xerês, por sinal famosa pelos seus vinhedos que os árabes identificaram como al-Arīx. Se este termo não é reconhecido pelo árabe moderno padrão como que aparece num verbete de um dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa? Seguramente porque este termo com esta conotação não é usado no mundo muçulmano mas seria usado pelos moçárabes e estaria relacionado com as vinhas de Jerez de la Frontera ali introduzidas pelos fenícios segundo Estrabão quando fundaram Cádis por volta de 1100 a.C. e que, mesmo com a proibição corânica ao consumo de bebidas alcoólicas, o domínio árabe manteve com a desculpa da manutenção da produção de passas e de álcool com fins medicinais.
[1] It's obvious fero comes from the Greek verb phero, which means about the same thing.
The last two parts are in fact related to each other, but of a separate origin from the first two. In very old Latin, the fourth principal part was tlatus, but unlike Greek, Latin eliminated those difficult sequences of letters and it was shortened to latus.
Tlatus and tuli are certainly odd looking, but at least they appear similar to one another. These third and fourth principal parts are from the verb tollo, tollere "to lift, take away" and are related to tolero, tolerare "to endure, tolerate", both obviously similar in meaning to fero, ferre "to carry, bear".