quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
AS TRÊS-MARIAS NA VIDA DO “DEUS MENINO”, por Artur Felisberto
Figura 1: Isis, a virgem mãe no meio das duas tias do deus menino.
Existe uma teoria, não inteiramente despropositada de todo como se verá, que faz com que as “Três-Marias” da vida de Osíris não sejam senão variantes da mesma entidade.
Figura 5: O trio divino da vida de Osíris. Néftis, a “Sr.ª do castelo” que, tal como Cibele, transporta a cidade à cabeça Hathor, a “Sr.ª da Aurora” que não consegue esconder a sua vontade de engravidar para ser mãe de Hórus, o sol, e Isis, a “Sr.ª do trono” (ó throno helkes terion ?).
Just as Lady Isis's title as "Home of Hero" became the name Hathor, the name of Nephthys comes from her title of "Lady Of The House" - Nob*t Hut. (Hellenized later into Nephthys).
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Her crown plays a similar role as visual and verbal pun: the hieroglyph for "home" is drawn standing on its end, with the hieroglyph for "lady" on top. Drawn this way, the hieroglyph for Isis is hidden inside, showing that a home is shaped by souls in love.
Ísis era a deusa do amor e da magia, considerada também a mãe de todo Egipto e teve vários títulos que a identificavam como deusa do amor e da fertilidade: "Grande deusa Mãe" e "Força fecundadora da natureza" e "deusa da maternidade e do nascimento". Porém, estes papéis mitológicos eram os da vaca Hator e por isso, Isis e Hator acabaram por ser representadas como sendo a mesma entidade sobretudo quando se tratava de representar Isis como uma deusa vaca dando de mamar ao deus menino Harpocrates. Assim, Isis e Hator tiveram o mesmo toucado de ave encimado pelo disco solar despontando entre os cornos duma vaca sagrada. Do mesmo modo Néftis acabou sendo identificada com Hator à medida que o seu culto divergia localmente para o de uma grande “deusa Mãe”!
In an abundance of temple texts and inscriptions, Nephthys quite often was described as a youthful, nubile, and exceedingly beautiful goddess - attributes which would facilitate her later identification with Hathor (or perhaps proceed from that identification). While intrinsically related to Isis in almost every aspect, Nephthys yet retained certain qualities that differentiated her from her sister: she was, seemingly deliberately, the more intangible, unpredictable half of the dyad.
Nephthys also, like Isis, has many forms, for she is one of the two Maat goddesses, and she is one of the two Mert goddesses, and she is one of the two plumes which ornamented the head of her father Ra. In her birth-place in Upper Egypt, i.e., Het-Sekhem, or "the house of the Sistrum," the goddess was identified with Hathor, the lady of the sistrum, but the popular name of the city, "Het," i.e., the "House," seems to apply to both goddesses.
Como Isis e Néftis eram irmãs gemias que tiveram filhos do mesmo irmão Osíris ao culto do qual acabaram associadas teriam forçosamente que acabar por serem confundidas, neste caso por fusão no mesmo culto de Ísis. Do mesmo modo, com a difusão do grande culto à grande deusa mãe dos egípcios feita pelos helenistas Hator e Néftis acabou concretizada no culto oriental dos mistérios de Isis.
Ver: TRIDIVAS (***)
AS TRÊS NOSSAS SENHORAS
De igual modo as «Três-Marias» da “Semana Santa” Sevilhana de Triana são difíceis de identificar com alguma figura do evangelho porque eram: a Virgem María Santísima del Mayor Dolor y Trapaso, María Santísima de la Esperanza Macarena, e a Nuestra Señora de las Angustias.
Poderíamos estar em presença duma mera coincidência de significado especial se no mínimo esta trindade de Marias fosse uma consequência dos evangelhos! Ora, clareza por literalidade, a verdade é que pelo menos as referências a Maria Madalena nos passos da “via-sacra”costumam ser mais explícitas!
Se as «Três-Marias» do evangelho da Paixão não estavam «justa cruxem”dolorosas para cumprimento de nenhuma profecia, a verdade é que talvez respondessem a um apelo profundo da tradição religiosa dos cultos de “mistérios de morte e ressurreição” pois já na corte de Osíris eram três a deusas que o acompanhavam: sua esposa Isis (mãe do Deus filho, Horus), a irmã de seu irmão, Néftis, e Hator, tão prostituta quanto Madalena.
A estranheza pode ir ainda mais longe se repararmos que existem semelhanças fonéticas entre Madalena e Macarena!
*Ama-Kaur-Ana, lit. «a mãe do («deus menino), kauroi do céu”
> Macarena > Matharena > Madalena!
> Materana > Matrona.
Na Grécia existiu pelo menos uma cidade na Arcádia com o nome de Macareae, lit. “a terra da mãe dos kauroi”.
Ver: MACARENA (***)
Both this name and Tanuetheira have special reference to her flowing locks. And why? Because the hair, the glory of the woman-earth, is, like the Samsonian locks, the sign and symbol of the force and vigour of vitality; and as such is dedicated to the Eiver-gods as representatives 'of the strength and daily flow of human life, and Semele is thus fitly the mother of Dionysos Eurychaites, the Flowing-tressed; not the unshorn tresses of Apollon Akersekomes, but the earth-vigour of the telluric spirit of the world Kallietheiros, Adorned-with-lovely-locks. Such appears to be the root idea of the myth of Semele, but since Hesiodos and Pindaros pictured her as a mortal maiden, daughter of the Phoenician Kadmos, it may easily be perceived how the elements of the myth came to appear in their present form. (…)
As the lord of ever-renevdng life and vitality he is Kissophoros the Ivy-bearer, Kissodotas the Ivy-crowned, and Eukissos the Ivy-girt As a kosmogonic divinity he is the Assistant of Demeter, the great Earth-mother ; and appears as Eurychaites the Flowing-tressed, son of Semele the foundation of material existence, who is addressed as Tanuetheira the Long-haired, and Heli-kampjrx Curling-hair-circlet-girt, these flowing locks of mother and son typifying the flow and force of the life-vigour of the world. – The great Dionysiak myth, Robert Brown.
A raiz tanu- contem ainda a conotação relativa a coisas longas e compridas como as cobras o que permite para tanuetheira uma tradução literal que vai desde uma variante da Madalena (= magdalena lit. “a que tem grande lã”??? < Melkartana???) Arrependida e desgrenhada, que limpou os pés do Sr. com os seus longos cabelos de hetaira, a uma evolução conotada com a “crina dos cavalos” em resultado duma eventual corrupção tardia dum epíteto arcaico da Deusa Mãe!
Tanuetheira < Tan-| Wetheira < Phiteria > Afrodite Quitéria |
< *Ki-An-Ki-Kur-kika, lit. “a cobra da montanha entre a terra e o céu”.
Chartres was supposedly the center of the cult of the Magdalene. For those not currently in the know, not only was a disciple of Christ, but also were supposedly his wife and lover, and there is currently research supporting this theory. The church, however, in its strive for power and patriarchal control, suppressed all information related to any female disciples and permanent relationships. The labyrinth at Chartres became no more than a decorative feature as did anything that was remotely female following this period of time. But the power of the spiral never diminished or disappeared; it was only temporarily lost in the conscious scheme of things. Copyright .2001, Dawn Abel, All Rights Reserved.
A razão pela qual Chartre foi um local de culto de Maria Madalena deriva seguramente da sua intrínseca origem arcaica, naturalmente rica em antiquíssimas tradições celtas nem sempre fáceis de compatibilizar com as verdades oficiais vigentes nos tempos e nos locais que lhe andaram próximos.
A Lua (a Senhora do Destino) era a grande trindade feminina de Donzela, Mãe e Anciã, as três fases visíveis da lua de que decorriam representações muito arcaicas da Deusa Mãe na forma de deusas de três cabeças.
No tempo dos celtas, por terem os romanos decidido eliminar os druidas da Gália, tidos por responsáveis pelas frequentes insurreições dos celtas, e, no tempo cristão, pela má reputação dos gnósticos albigenses.
No entanto, Chartre seria seguramente um local muito antigo e antes de se ter tornado cristã teria sido um local de adoração celta dum grupo de tridivas.
Ora, uma destas, chamada “N. Sr.ª Subterrânea”, seria uma antiga “virgem negra” da gruta que existiria neste mesmo local e terá sido a verdadeira N. Sr.ª de Chartre, a deusa das cobras cretenses, *Kertu, de que derivou Ker, a deusa grega «da morte negra».
Chartre < Charter < Kertu-Ur, lit. «a cidade de *Kertu?»
O conceito mítico de “N.ª Sr.ª Subterrânea” teria tido por equivalente o de “N.º Sr. do Sub-mundo” enquanto “deus menino”, filho da terra mãe primordial! Pois bem, variantes deste nome seriam o duriense “N.º Sr. das Furnas”, seguramente o mesmo que o célebre Endovélico lusitano!
Ver: DEUSES LUSITANOS (***)
Derrière le nom de la Dame de Chartres il y a trois représentations principales dans la Cathédrale de Chartres.
Notre Dame de la Belle Verrière dont le vitrail est expliqué sur ce site.
Notre Dame du Pilier, taillée dans du bois de poirier devenu noir avec le temps et l’oxydation, ce qui lui vaut le nom usurpé de Vierge Noire. Elle fut peinte à l’origine. Celle que l’on peut voir dans la chapelle est une copie puisque l’originale fut brûlée à la Révolution. Notre Dame de Sous Terre, qui comme son nom l’indique est visible dans la crypte. « La Lumière s’est cachée dans l’inaccessible obscurité » (Scott Erigène).[1]Traveling to the Mediterranean, in the province of the Camargue, we will visit the seaside village of Ste. Maries de-la-Mer, where Mary Magdalene, Mary Salome, Mary Jacobe and their party are said to have first come ashore on their journey from the Middle East. Here in this rich delta the Rhone River pours out into the sea and Van Gogh painted the giant sunflowers that grow here so extensively. At Ste. Maries de-la-Mer we will take part in the annual Gypsy Festival for Saint Sara who is said to have accompanied the Marys across the Mediterranean. Gypsies from all over Europe to celebrate Sara’s feast as they take her out of the crypt of the church at Ste. Maries de-la Mer by horseback to the sea. The Gypsies also call Sara, their Patron Saint, Sara-la-Kali. Our journey then continues on to the magnificent shrine in the mountains of northern Spain, outside of Barcelona, to the Patron of Spain, the Black Madonna at Montserrat.
Porém, esta história, mais do que uma lenda deve ser um mito medieval e só poderia ter acontecido muito depois da Paixão de Cristo quiçá depois da queda de Jerusalém no ano 70 d. C. Então, quem estaria grávida poderia não ser Maria Madalena mas uma tal Sara que, quem sabe, seria a esposa do mesmo Barrabás, filho do mestre Jesus.
Em conclusão: se Cristo não foi casado com o anónimo discípulo amado, que assim se revelaria como Maria Madalena, oculta por dois milénios de misoginia patriarcal então Cristo seria sido um dos primeiros homossexuais exclusivos assumidos. Não é que tal facto pudesse constituir uma impossibilidade moral absoluta para a respeitabilidade de Cristo porque já foram feitos estudos neste sentido e chegou-se à conclusão de que a maioria dos britânicos não deixaria de ser cristão só por isso até porque a cultura nórdica parece já ter feito a sua própria revolução sexual silenciosa a contento dos tempos anti-natalistas em que vivemos! Porém, não se estranha que lógica dos paradoxos dogmáticos do catolicismo não tenha levado a esta conclusão nos países mediterrânicos porque, ao aceitarem a tradição católica dum Cristo que tratava os seus discípulos por amados como aparece nos evangelhos gnósticos (que eram secretos e lá saberiam porque) mais angelical do que divino, porque os deuses antigos copulavam e tinham esposas e os anjos bizantinos é que perderam o sexo, renunciaram ao Jesus humano continuando por isso a denegar a sua própria situação homossexual refugiando-se no álcool e nas drogas.
Four pieces of Gospel evidence strongly point to Mary Magdalen as a temple priestess of the Goddess. The first is her title "Magdalen," almost identical to "Magdala," noted earlier to be the name of the triple-towered temple of the Goddess Mari-Anna-Ishtar. Literally, "Mary of the Magdala" signifies "Mary of the Goddess Temple. "Christian tradition has said that Mary is of the town "Magdala" or "Migdal," which was known as "The Village of Doves," a place where sacred doves were bred for the Goddess temple. In either case, two threads of strong symbolism link the name Magdalen to contemporary Goddess worship. -- [2]
Os mitos e as lendas em torno de Maria Madalena respondem à ansiedade cultural gerada pela destruição dos cultos das deusas do amor, tais como Vénus, Afrodite e Astarte. Assim, se o sobrenome de Madalena não lhe foi atribuído à posteriori por contextualização com a retórica mítica do culto de Adónis, Maria Madalena seria de facto o que se supõe aqui, ou seja, uma sacerdotisa dum templo pagão, razão pela qual a tradição judeizante, ainda presente nos primórdios do cristianismo, teriam tentado apedrejar, como prostituta sagrada que era. Em boa verdade, não seria uma vulgar prostituta que iria preocupar o alto clero judeu ao ponto de provocarem um incidente que iria ficar celebrizado nos evangelhos. A prostituta que os judeus pretendiam apedrejar seria uma poderosa rival dos cultos do templo de Mari-Anna-Ishtar.
To this day, Mary Magdalene remains a most elusive and mysterious figure. Speculation about her role in the development of early Christianity is not new. She has been the subject of many different theories and myths throughout ecclesiastical history. Such speculation is the result of the deafening silence from the Scriptures regarding this woman who is cited by all four Gospels as being present at both the Crucifixion of Jesus and the Empty Tomb on the morning of the Resurrection. Why is it that we know virtually nothing else about her? Has she made contributions to the development of the early church of which we are not aware?
A ideia de que o puritanismo ocidental é uma herança judaico-cristã só em parte é verdadeira porque, por um lado, imputa ao judaísmo um puritanismo angelical e misógino que nunca teve, na medida em que se limitava a condenar o adultério e a excluir a prostituição sagrada relegando a sua prática às escravas e às estrangeiras, e por outro porque sugere que o cristianismo teria sido puritano ab inicio quando, a este respeito Jesus se revela muito mais tolerante do que os próprios judeus tradicionalistas.
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012
LEDA E O CISNE, por arturjotaef
LEDA E O CISNE / AFRODITE E O GANSO.
Figura 1: A bela Afrodite a cavalo do seu “animal de transporte”, o fálico, esbelto e canoro Cisne. (Restauro cibernético do autor.).
O tema de Leda e o Cisne, foi muito popular na arte renascentista italiana porque, não tão paradoxalmente quanto isso, por se tratar de meras alegorias mitológicas, era mais aceitável representar artisticamente uma mulher a copular com um cisne do que com um homem. Assim, foram vários os grandes renascentistas que criaram obras explícitas com este tema do que poderiam ousar faze-lo com casais humanos. ([1])
Figura 2: Uma das versões de Leda e o Cisne de Leonardo da Vinci.
Figura 3: Xilogravura 166 do livro Hypnerotomachia Poliphili.
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Figura 4: Xilogravura atribuida a Giulio Campagnola.
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Uma xilogravura, publicada em 1499 no Hypnerotomachia Poliphili, romance alegórico de Francesco Colonna, editado em Veneza em 1499, mostra Leda e o cisne copulando alegremente no alto de um carro triunfal puxado por um pequeno elefante.
Figura 5: Rapto de Europa
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Figura 6: Leda e o Cisne.
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Figura 7: Rapto de Ganimedes.
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Bartsch thought it an early work by Agostino Musi, called Veneziano. A.M. Hind thought it most likely an early work by Giulio Campagnola, citing in particular “the treatment of the ground, the modelling of the figure, and the tree-stump”. Mark J Zucker, in The Illustrated Bartsch, rejects emphatically the attribution to Campagnola, and thinks it could be by Agostino Veneziano.
Outras gravuras dos anos seguintes retomam a cena em diferentes ambientes. Uma delas atribuída a Giulio Campagnola Leda na mesma atitude ambígua da xilogravura do livro Hypnerotomachia Poliphili, de que parece cópia mas mais refinada na composição e mais explícita no êxtases erótico.
Nas figuras 4 a 6 Giovanni Battista Palumba (1503 e 1512) parece ter glosado todos os temas das metamorfoses eróticas de Zeus, em máximo paroxismo sexual no rapto de Ganimedes.
Figura 8: Os quatro filhos de Leda segundo a versão mais fidedigna de Leonardo da Vinci.
Entretanto, a tolerância para com a licenciosidade pagã da renascença caiu abruptamente no período mais moralista da Contra-Reforma e abateu-se sobre estas obras e novamente o hipercriticismo fez desaparecer muitas destas obras alegóricas, inclusive a célebre pintura de Leonardo da Vinci de que se conhecem pelo menos seis cópias.
Do quadro de Michelangelo conhecem-se cópias em xilogravura e recopias assinadas por autores conhecidos que revelam ser também elas copias do tema licencioso iniciado em Veneza por Francesco Colonna.
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Figura 11: Leda e o cisne. Escultura de Bartolomeo Ammanati, possivelmente cópia de pintura perdida de Michelangelo, feita ao estilo, ou mesmo a partir de desenhos preparatórios deste.
Figura 9: Leda and the Swan, a 16th century copy after a lost painting by Michelangelo (National Gallery, London).
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Figura 10: A rare panel painting of Leda and the Swan by Michelangelo did make its way to France in the possession of Michelangelo’s pupil, Antonio Mini, who seems to have sold it to François. It entered the royal collection at Fontainebleau in the early 1530s, and François’s court painter, Rosso Fiorentino, even painted a copy of it. The painting has since been lost. This print, engraved and published by the Flemish artist Cornelis Bos, is the only record of Michelangelo’s completed painting.
A última grande pintura renascentista sobre o tema foi a de Correggio (1530), que foi esfaqueada quando estava na colecção de Filipe II, duque de Orléans, quando este era regente da França, durante a menoridade do rei Luís XV (entre 1643 e 1654). Foi o próprio rei que a esfaqueou, durante uma de suas crises de consciência. As pinturas de Leonardo e Michelangelo também desapareceram quanto faziam parte da colecção da família real francesa, provavelmente destruídas por sucessores mais moralistas, ou por suas viúvas.
Figura 12: Leda e o cisne.
Na mitologia grega, Leda era rainha de Esparta, esposa de Tíndaro. Certa vez, Zeus transformou-se em um cisne e seduziu-a. Dessa união, Leda chocou dois ovos, e deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor e Pólux. Helena e Pólux eram filhos de Zeus, mas Tíndaro os adotou, tratando-os como filhos de sangue. Cuando caminaba junto al río Eurotas, se le presentó Zeus transformado en cisne y fingiendo ser perseguido por un águila, la violó. (…) Leda luego es divinizada por Némesis, la diosa del castigo justo. En las versiones más antiguas, Leda simplemente encuentra un huevo en donde está el germen de Helena, hija de Zeus y Némesis.
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En ese relato, Némesis trata de escapar de Zeus mediante la metamorfosis, convirtiéndose en distintos animales para poder escapar del dios. Pero Zeus hace exactamente lo mismo y compensando cada cambio con el suyo propio, hasta que finalmente ella se convierte en una oca y él la viola en forma de cisne. Pone luego el huevo en un pantano en donde lo encuentra Leda. En otras versiones, Zeus transformado en cisne y fingiendo estar en peligro, se refugia en el seno de Némesis y luego la viola. Hermes pone el huevo en los muslos de Leda para que sea ella quien lo "alumbre".
Em boa verdade, a lenda de Leda cruza-se com o mito de Némesis precisamente para deste modo se dar início à má fama da justiça da deusa das leis naturais ou quiçá precisamente por isso!
Inicialmente Nemesis Ramanussa (nome que é uma redundância e uma recorrência do nome da Senhora das leis) não seria tão implacável como veio a ser porque teria sido uma deusa amorosa, variante de Afrodite possivelmente responsável pela distribuição da justa fortuna e da ajuda medicinal aos necessitados como se depreende da dupla Némesis & Elpis.
Ver: AS DEUSAS DAS LEIS (***)
Nemesis | Ramanussa < Ur- | ma-nu-sha = Ni-me-ish > Nemesis|.
Pelas voltas que a mitologia pode levar e mais ainda os nomes que andaram aos tombos ao longo da história e que, por vezes, acabaram corroídos de poluição e irreconhecíveis podemos concluir que o «ladino» Larano era irmão gémeo de Lethano, por acaso casados com a etrusca Turan que era a mesma que a Vénus dos romanos e o mesmo que Latino.
Figura 13: Leda, a deusa mãe cisne e o Ovo cósmico, ou a improvável lenda dos dois ovos da rainha de Esparta?
Na mitologia grega, Leda era rainha de Esparta, esposa de Tíndaro. Certa vez, Zeus transformou-se em um cisne e seduziu-a. Dessa união, Leda chocou dois ovos, e deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor e Pólux.
A histórica Leda seria apenas uma das muitas rainhas casadas com maridos estéreis que e acabavam por ter filhos de deus. Neste caso, os mitógrafos não se entendem porque parecem considerar que uma tragédia tão grande como a guerra de Tróia não poderia ser obra exclusiva de uma mulher que apenas pretendeu salvar o casamento e a dinastia com um filho bastardo.
Claro que tanto Tíndaro quanto Leda, a rainha de Esparta e suposta mãe de Helena de Tróia, podem ter existido realmente duma qualquer forma histórica compatível com a realidade e com estes ou outros nomes semelhantes a estes mas...a verdade é que a sua relação com os deuses é pura mitologia decalcada, por puro oportunismo cultural, de variantes de mitos em voga!
De facto, a semi lendária guerra de Tróia marca a transição entre a mitologia pura e a História. Antes da guerra de Tróia foram os tempos lendários em que os deuses e os homens se misturavam.
No entanto, procurar saber que parte do mito é lenda ou que porção da lenda é história seria praticamente impossível, pelo menos em termos de onomástica, a menos que na arqueologia de Tróia aparecessem os nomes dos seus heróis!
O nome de Helena era apenas um «avatar» da deusa Hera, a Sr.ª e rainha do Céu, como Innana, ou precisamente e em tal qualidade, ela era Selene, a Lua!
Urania < Kurinna(na) > Helen > Selene.
«Lua» < Luna < Luana < Ulana < Urania.
Urania seria nome da esposa de Urano, o sol primordial e pai de todos os deuses! Dito de outro modo Helena, era uma espécie de diminutivo de Artemisa.
Helena = Hera + An ó Her Innana)
=> (deusa ou) Sr.ª Hera + Themis = deusa Artemis.
Ora, desta mística e mítica união nasceu Castor e Pollux, a forma romana dos Polydeuces, irmãos gémeos de Helena de Tróia.
Figura 14: Afrodite transportada ao colo fálico de um cisne, um dos seus animais totémicos preferidos. Este facto terá sido causa de confusões na figuração mítica com o mito de Leda.
Então, Apolo, porque filho da deusa duma deusa do Amor de nome Leda / Leto, pode ter sido inicialmente apenas um dos Erotes e, por isso mesmo, quando jovem adulto, um deus do Amor no masculino.
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Assim sendo e comparando os dois mitos é fácil de verificar que Pollux º Apollo e que Helena pode estar no lugar de Artemis. Obviamente que o mito de Leto é muito mais arcaico porque, mais de acordo com a lógica da tradição exclusivamente mitológica do que o de Leda que corresponde a um remanejamento do mito de Leto com intenções político-ideológicas relacionadas com factos lendários em torno dos acontecimentos da guerra de Tróia.
Pollux < Kar-lu-kaki > Phaullu Dewi > Polideuses
º Apollo < Phaullu < Kar-lu.
Ora, o traço de união que se pode evidência nestes mitemas de amorosas metamorfoses entre deuses, humanos e animais é precisamente o cisne.
Figura 15: Afrodite sobrevoando o mar a cavalo de um cisne, seu animal de transporte celeste!
Objectivamente este foi o animal de transporte de Afrodite, Anfitrite e Leda, tal como foi também de Artemisa, faltando apenas demonstrar que tenha sido também de Leto.
Figura 16: Camarina ou Anfitrite esvoaçando sobre um cisne como Afrodite na espuma do mar.
Então, indirectamente pelo menos começa a suspeitar-se que tenha sido porque Apolo era um deus solar e alado como o cisne porque filho do deus sumério do pensamento e de Innana / Afrodite!
Kamarina: The Okeanis Nymphe of the city of Kamarina in Sicily. She was probably the Naias of the town fountain or well.
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Tanto terá sido assim que também Anfitrite, seguramente a forma clássica da arcaica *Kertu, a mãe e esposa do deus supremo da talassocracia cretense, o deus sol senhor dos mares, aparece representada cavalgando um cisne como Afrodite e como Leda na variante de ociânide que deu nome à cidade de Camarina tanto mais que esta ninfa seria a protectora do «camarão» por ser Ka-Mar-an, literalmente a “Sr.ª da vida do Mar”.
"[Estando Leto em trabalho de parto] estavam com ela todas as grandes deusas, Dione e Rhea e Ichnaea (Nemesis) e Themis e a gemebunda Amphitrite e as outras deusas imortais exepto Hera, que armada de branco se sentou nos corredores de nuvens junto de Zeus. – Hino Homérico a Apolo de Delos.[2]
Figura 17: Attic red-figure lekythos with image of Aphrodite riding a swan, from Tomb 57 at Arsinoe (Marion) donated by Cyprus Exploration Fund (AN1891.451).
(…) She is often depicted in Greek and Roman figurines and on pots as carrying a sceptre (as here) or a mirror. The swan was sometimes considered to be her special bird, along with the dove and the sparrow.
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Figura 18: Afrodite de Kouklia.
Este mosaico encontrado no templo de Afrodite em Kouklia e um dos muitos equívocos da cultura do senso comum. Toda a literatura o refere como sendo uma representação de Leda e o Cisne. No entanto, ou Leda foi uma mera variante anatólica de Afrodite, o que é uma forte possibilidade, ou neste caso o mosaico apenas descreve uma situação típica de Afrodite que se prepara para o banho matinal na companhia da sua ave de transporte, o ganço. Aliás os animais sagrados de Afrodite eram: Pombos, Gansos, Cisnes, Pardais, Peixes, Marisco de Concha, Lebre (sagradas também a Eros), Porco (sagrado e proibido pela sua semelhança com o javali que matou Adonis).
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Leda deve ser variante de Leto e, ambos os nomes, epítetos duma arcaica Deusa Mãe correlacionada com Afrodite que em várias representações antigas aparece como “Leda e o cisne”.
Leto deve ser variante de Leda e ambos os nomes epítetos duma arcaica deusa mãe correlacionada com Afrodite pois é muito estranho que a representação de “Leda e o Cisne” se possa confundir com figurações conhecida da deusa do amor!
De facto, Leto, mãe dos deuses Apolo & Artemisa derivaria de uma arcaica Deusa Mãe com anatólica o nome de Lada.
Figura 19: De novo uma Afrodite Urânia sobrevoando o mar a cavalo de um cisne ladeada por dois Erotes e por peixes e um golfinho sugestiva de uma variante de Anfitrite ou da deusa da Aurora, Eos!
LETO
Figura 20: Afrodite voando sobre um cisne acompanhada de um Erote travesso.
Todas estas deusas seriam variantes da deusa da Aurora de que a N.ª Sr.ª do Loreto é a sobrevivente actual foneticamente mais próxima e Eos a equivalente grega proscrita por Afrodite para o papel de deusa secundária das licenciosidades ninfomaníacas!
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Ver: EOS (I; II; III) (***)
Mas mais inesperado ainda é dar conta que a deusa do amor dos hindus era uma «rata» porque Rati é a deusa hindu da volúpia, esposa de Kama ou Kamadeva, o deus do amor. Ora, adiante se verá que existiu uma relação muito estreita entre os «ratos» e Aplo e por isso entre as «ratas» e Latona.
Talvez a primeira deusa da Lua que os gregos conheceram, Febe (Φοίβη) é confundida com sua sobrinha Selene (filha de Hipérion e Téia), e também com suas netas Ártemis e Hécate. Febe é a deusa da lua, relacionada com as noites de lua cheia. Seu nome quer dizer "brilhante", nome que foi emprestado ao seu neto Apolo, chamado de Febo. Febe era uma antiga deusa da profecia e a terceira a presidir o oráculo de Delfos, após Gaia (sua mãe) e Têmis (sua irmã). Mais tarde deu o oráculo a seu neto Apolo como presente de aniversário. Por tudo isso Febe, apesar de brilhante, era considerada uma deusa de mistérios e segredos. Era representada como uma bela mulher com os seios nus, voando pelo céu e levando numa das mãos um cântaro de prata.
Figura 21: “Leto & o cisne” em pose afrodisíaca apenas confirmada pela presença do Onfalos de Delfos em frente de Apolo.
Febe era afinal uma potinija que fazia jus ao nome da sua neta Artemisa como Potnia Teron. É evidente que uma deusa que voava pelo céu com um cântaro de prata tinha que ser uma deusa equivalente da egípcia Nute.
Pour Jean Haudry, à la suite de Hermann Osthoff, le nom de Léto serait le diminutif en -o^' du nom de la «Nuit» représenté par le védique ratri (Râtri est la déesse de la nuit). L'épithète de Nychia va dans le sens de cette interprétation.
Rat-taui, an Egyptian goddess. Reret, An Egyptian hippopotamus goddess.
Ruti, a pair of lions worshipped in Egyptian Letopolis.
Renen-et = Goddess of nurturing, defines a babe's personality, fortune, and name at birth. Renen-utut = Cobra goddess, protector of royalty
Renpet = Goddess of youth and spring, measurable time into immeasurable eternity = Renph.
Nut = Dea egizia del cielo e del Paradiso, figlia di Shu, sposa e sorella di Geb, madre di Osiride, Iside, Neftis, Set. Mentre si accoppiava con Geb, il padre interruppe il loro rapporto e Ra, il dio Sole, fece assoluto divieto alla dea di riaccoppiarsi con Geb in qualsiasi giorno dell'anno. Thoth, però, vincendo diverse partite con la Luna, in cui la posta in gioco erano delle parti di tempo riuscì a creare i cinque giorni epagomeni, in cui Nut potè accoppiarsi con Geb e concepire i suoi figli. Fu identificata dai Greci con Rea.
Obviamente que Leto só pode ser Ísis na medida em que ambas são esposas ou filhas de Ra, guja esposa era Ret ou Rea.
Leto < Re-tu > Ret < Re®-et > Rat(-taui) ≡ Iusaas > Ísis.
Ueret-He-kau < Weret- | He-kau | ó Taveret = Mut ≡ Nut.
Re-ne-Net ó Re-ne-Nut-ut ó Renpet < Renph < Re-| Ne-phet < Neftis.
Se é verdade que a mitologia mais arcaica coloca a geração primordial no seio da Terra Mãe e do Mar Primordial a verdade é que os teólogos egípcios subverteram os mitos que puseram o sol no centro da sua cosmologia e masculinizaram a terra na forma de Gebo que teria concebido os primeiros deuses com a Noite. No entanto, teologias mais heliocêntricas colocam Ra e Nute como pais dos primeiros deuses. Segundo a genealogia dos deuses egípcios por Ra (Menfítica), Isis seria neta mas tinha como esposa a deusa Ret (cujo nome é a versão feminina do nome Ré) ou Rettaui ("Ret das Duas Terras", ou seja, do Alto Egipto e do Baixo Egipto). Em outras versões surgem como suas esposas as deusas Iusaas e Ueret-Hekau.
Os deuses Hathor, Osíris, Ísis, Set, Hórus e Maet eram por vezes apresentados como filhos de Ré.
Leto era a filha dos titãs Febe e Coio, embora noutras teogonias a lua estivesse na dependência de Febe e Atlas. Leto era mãe de Apolo Febo que assim seria neto de Febe, que por sua fez seria sua esposa e irmã enquanto Artemisa.
Como o nome de Febo anda ligado o de Febe, que afinal não seria senão a esposa lunar dum Phoibos apolíneo e solar, etimologicamente falando, Febe deveria ser a esposa lunar do deus solar Febo Apolo.
Claro que este facto levanta alguma dúvida e algum espanto quando se aceita esta possibilidade mítica porque neste caso Phoebe seria Artemisa, uma deusa máscula, sempre virgem e avessa a relações sexuais masculinas mas protectora da caça, e, logo, protectora dos animais selvagens. Pensando-se que o cisne seria um dos primeiros animais domésticos, tanto pela sua elegância como pelo sua carne e fácil trato, Artermisa pode ter sido também um cisne.
Afinal o espanto pode até nem ser assim tanto se aceitarmos que também ela era filha dum cisne se postularmos a suspeita de que o mito de Leda seria uma variante perdida do mito de Leto.
Figura 22: Outra deusa que, pelo menos nesta representação de belas tonalidades, aparece metida de amores com um cisne é Artemisa, a deusa de todos os animais.
Do mesmo modo se poderia inferir que sendo Letona = Leda = Afrodite também Artemisa e seguramente Anat e Atena seriam variantes de Afrodite e Anfitrite que primitivamente seriam deusas mães aladas, ma forma de várias aves sagradas, como acontece na tradição caldeia onde são todas variantes de Istar a deusa duma miríade de nomes e faces. De facto, a variante nocturna e lunar desta deusa alada como ave agoirenta caldeia seria Lilit ou Allat(u), deusa da fornicação e esposa do deus dos infernos, Nergal, ou seja, a “rainha da noite” que foi Ereshkigal e, por isso representada com pés de ave como.
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Ver: ERESHKIGAL, A RAINHA DA NOITE (***)
A fusão de várias linhagens teológicas num mesmo panteão acabaria por dar origem a confusões deste tipo o que significa que para o caso, pouco crédito têm as relações familiares dos deuses primordiais já que se suspeita que estas tenham sido forjadas pelos hititas durante a revisão do panteão no reinado de Tudálai IV.
A recordar vagamente a relação com arcaicos deuses da luz (Phanus) e do fogo estaria o nome do irmão e seguramente esposo de Febe, Coeus (Ancient Greek: Κοῖος, Koios). Assim sendo, com Phoibos estaríamos diante dum nome virtual *Pha-ukos de que terão derivado, por via erudita, o «foco» e, por via popular, o «fogo».
Phoebus Apollo é a forma latina do grego (Φοίβος) Phoibos, “resplandescente”, (também Pheabus) um teónimo usado na mitologia clássica para o deus Apolo. Também era usado em geral para Helios, o deus sol.
Apolo, enquanto *Kakiko teria que ser filho de Zeus / Ea / Kako.
De facto, tudo aponta para que na origem remota destes nomes esteja Kakus que não era senão Cacus, o arcaico deus do fogo, literalmente o macho de Ki (ou Caca), entidade que tudo aponta como estando relacionado por Cronos com o Velho deus sumério Enki e também um nome arcaico de Zeus.
Coeus (= «caos» < kahos) < Koios < Kauj-us < < Kakus => Zeus.
«Febo» < Phoibos < Kau-hiwos < *Kakiko.
«Febe» < Pho-ibe < Pha-| Hiwe >Hebe |.
Figura 23: Leto, Artemis e Apolo. Adaptação from Caskey & Beazley, plate LXI of the Museum of Fine Arts, Boston.
Como nestes tempos se cometia frequentemente incesto é de aceitar que, pelo menos no plano mítico, a «Lua e o Sol» foram um divino e incestuoso casal celestial.
En la mitología griega, Leto (en griego antiguo Λητώ Lêtố', en dórico Lato, ‘la oculta’) es una hija de los titanes Ceo y Febe y, en el panteón olímpico, madre con Zeus de los gemelos Apolo y Artemisa. En la mitología romana su equivalente, como madre de Apolo y Diana, es Latona. Con su hermana Asteria, fue venerada como diosa de la noche y alternativamente de la luz del día.
Phoebe went to Koios' bed of much desire.
Then the goddess conceived in philotês with a god and
Bore dark-robbed Leto, always gracious,
Gentle to men and immortal gods,
Gracious from the beginning, most kindly within Olympus. -- Hesiod, Theogony.
Nesta indefinição de Leto, filha de Febe / Nute, ser ora deusa da noite, ora deusa do dia, ora da noite clara o que importa é dar conta que esta deusa “de vestido negro”, só podia ser uma das faces da lua ou seja uma metáfora teológica da «lua cheia» que seria também visível no claro dia e por isso mesmo “sempre graciosa e gentil tanto para com os homens como para com os imortais”.
Além de Leto, outra deusa gentil vestida de preto era Deméter.
Figura 24: Apolo, Artemisa & Leto sendo recebidos com uma libação de Hebe, a copeira do Olimpo!
Quando a saudosa Deméter, depois de Hades lhe ter raptado sua filha, foi estuprada como uma égua pelo cavalo do seu irmão Poseidon, no meio da vara de cavalos de Oncião, filho de Apolo, Deméter ficou literalmente uma Erínia furiosa e foi lavar estes insultos nas águas do rio Ladon e transformou-se na desenxovalhada Demeter Lousia[3] e, vestida de preto, entrou na caverna de Figaleia transformando-se na Deméter negra, e decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse: – Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!
Claro que a semelhança do vestido não basta para fazer de Leto uma variante de Deméter mas a verdade é que esta grande deusa não estava presente como Anfitrite, sua cunhada, no nascimento de Apolo e Artemisa o que pode deixar a suspeita de que o nome de Deméter seria apenas um genérico que neste caso seria bem aplicado a Leto. O rio Ladon onde a deusa mãe lavou as suas dores afinal recebeu o nome de Letona. Adiante se verá que Ladon era a serpente que guardava as maçãs das Hespérides da árvore do paraíso das ilhas Afortunadas.
Figura 25: A família de Apolo!
Selon les premiers mythographes, Léto est l'épouse de Zeus avant que celui-ci n'épouse Héra. L'un des Hymnes homériques la mentionne ainsi dans l'histoire de Niobé, et Homère la montre amie des Troyens pendant la guerre de Troie, tout comme son fils Apollon.
Leto era assim uma deusa mãe por direito próprio, muito arcaica porque titânide e esposa do deus pai muito antes de Hera pelo que os ciúmes desta teriam sido à posteriore ou disfarçam mal uma inimizade inventada pelos mitógrafos para justificarem a existência de diversas tradições de deusas mães que em certos momentos se tornaram rivais por razões de estado. No caso de Leto, por ter sido protectora dos troianos porque seria particularmente adorada na Anatólia.
Several explanations have been put forward to explain the origin of the goddess and the meaning of her name. Possibly related to "lethe" (λήθη; oblivion) and "Lotus" (the fruit that brings oblivion to those who eat it). It would thus mean "the hidden one". It is most likely to have a Lycian origin, as her earliest cult was centered there. Leto may have the same Lycian origin as "Leda", meaning "woman/wife" in the ancient Lycian language.
A relação de Leto com o esquecimento e a morte é incontornável por causa do rio Letes que obviamente tiveram muito a ver com os cultos funerários a que presidiria a deusa mãe da vida e da morte como adiante se verá. No entanto, que Leda fosse nome de mulher na Anatólia só poderá espantar os ingleses que divagam em torno da etimologia do seu termo para Senhora.
Figura 26: Apolo recebendo uma libação de sua mãe Leto.
Lady = M.E. lafdi, lavede, ladi, from O.E. hlæfdige "mistress of a household, wife of a lord," lit. "one who kneads bread," from hlaf "bread" (see loaf) + -dige "maid," related to dæge "maker of dough" (see dey (1); also compare lord). Not found outside English except where borrowed from it.
Será memo como os eruditos pensam ou terá o termo sido trazido da Cítia pelo famoso linguista Gaythelos que colonizou a Grande Bretanha e a Irlanda no tempo dos povos do mar?
Leto = A primordial Goddess whose children were the Sun and Moon. She may have laid them while in the form of a swan, likening her to Great Hathor, the goose who laid the golden egg; while in this form she was often titled Ortygometra 'mother of the birds.' Herodotus referred to Leto as an ancient queen of Lower Egypt. Like Artemis, she was known by many names over many lands. Lat the fertility Goddess of the Etruscans, Swan Goddess Leda of pre-Hellenic Greece whom Goodrich says was earlier called Arachne.
Whether her name was rendered Lada, Leda, Leto, Lat, or Lado, it meant 'Goddess' or 'woman.' Sometimes she was called Latona, 'Queen Lat,' especially by the Thrakians who worshipped her under this name. Like the Amazons, she was strongly associated with the river Danube. Her name also refers to milk, 'latte, lait' connecting her to the divine cow whose milk made up the stars. As such she ruled Latium, and was occasionally called the Moon herself, in which case she had two sisters, Asteria 'of the stars' and Ortygia 'quail island'... or Klytia 'invoked, the voice' and Melanippe 'black or nightmare', or Althaea 'Goddess who heals all' and Hypermnestra 'one who woos from on high.' In other words, Leto was a Triple Goddess of Moon, Sun, and Sky. She ruled Lykia as well, and there she could take wolf form and turn men into frogs, which actually meant to give them rebirth, because frogs were symbolically equivalent to fetuses. [4]
Figura 27: Apolo tocando cítara em família.
It is believed that Leto was one manifestation of the wide-spread mother-goddess religion which originated in Anatolia and spread throughout the ancient world. Most likely, the worship of Leto began alongside that of an older mother goddess (Eni Mahanahi in Lycia) at Letoon and later superseded the older goddess. The Cult of Leto was mostly concentrated along the western regions of Anatolia’s southern shore. In Lycia she was worshiped as a national and family deity, as well as the guardian of the tomb.
According to legend, Leto was loved by Zeus and persecuted by the jealous Hera. Fleeing from the goddess’s wrath, Leto fled to Patara where she gave birth to her twins. In one story Leto is harrassed by some Lycian shepherds at a spring as they try to drive her away from the water. She punishes them by turning them into frogs. In another story, the persecuted Leto is aided by wolves who guide her to the river Xanthos where she quenches her thirst and washes her children. In memory of this occasion she changes the name of the country from Termilis to Lycia, "lykos" being the Greek world for "wolf". This legend of Leto and the wolves existed for a long time in western Anatolia - still under the Roman Empire coins were minted depicting the fleeing Leto with her children. Some believe that the cult of Leto existed in Lycia prior to the Greek period and that Leto's name may be related to "lada" which is Lycian for "woman" or "wife". Leto cults also existed in Halicarnaussus, Cnidus, Phrygia, Caria and Cilicia. [5]
Leto, filha taurina de arcaicos titãs e deuses do caos primordial e do fogo de Prometeu, Coeus e Phoebe, só podia ter sido Ki, deusa mãe do par de gémeas Istar / Ereshkigal, do amor e da guerra, que viria a ser Artemisa de Éfeso ou mesmo, quiçá, uma mero epíteto da deusa mãe da fertilidade como Anfitrite / Afrodite. Na fenícia esta deusa tinha uma conotação de divindade primordial, draconiana, reptilínea e vencida pelos deuses patriarcais e manda chuvas como Tiamat.
O nome de Leto seria variante da deusa suméria de Ki que foi Uraz...
Lat(u) ó Urat < Sumer. Uraz / Uraš / Urash ó UR-KI, a lua.
Rat®i Hind. > U®shas.
Uraš o Urash, na mitologia suméria, foi uma deusa ctónica (veja ctónico) e uma das consortes de Anu e mãe de Nin'insima.
Ratri, who is often also called Ratridevi is the goddess of night in the Vedas, and the mythology of India and Hinduism. She is sister to Ushas, the Vedic goddess of Dawn.
Obviamente que entre as deusas hindus Ratri e Ushas deveria haver uma tal cumplicidade original a partir da suméria Urash e uma tal complementaridade funcional que seriam aprendidas nas escolas védicas em simultâneo justificando assim que o erre que uma tem amais tenha sido perdido pela outra
Por outro lado, Leto parecer ser em dialecto hitita uma variante anagramático do nome de Tellus, Deusa Mãe dos Romanos, ou nome da deusa mãe dos cretenses *Kertu, de que Leto é quase de certeza uma variante grega de Deméter, se pensarmos que Hera e Thera o poderão ter sido também.
Hera < Thera <= Urash > Ther-(lu-)ush > Tellus.
Leda < Leth < Lat < Rat- < *Ur-at < Urash
< Haur-kaki, lit. «filha da Aura matinal < Kur-Kaki + An
> Horatian, da lendária guerra latina dos «horácios e coriáceos» de que derivará o trocadilho bélico das iras com «raios e coriscos» taurinos e jupiterianos
> Latian > Latona, nome latino da mãe de Apolo => Afrodite.
Ver: VIRGEM DO ROCIO (***) & TALO (***) & HERA (***)
Horus vingava-se contra Set do assassinato de seu pai Osíris - O rei sagrado e bem-fadado da Tripla deusa-Lua Isis, ou Lat, que o respectivo sucessor sacrificava a meio do Verão e em meados do Inverno, e do qual Horus era a própria reincarnação. O mito de Leto perseguida pela serpente Piton corresponde ao mito de Isis perseguida por Set (durante os setenta e dois dias mais quentes do ano). Por outro lado, Piton é identificado com Tifon, o Set grego no hino Homérico a Apolo, e no escólio a Apolónio de rodes. – OS MITOS GREGOS, DE Robert Gaves.
Deixando por ora de lado a origem hiperbórea de Leto, parece que esta terá nascido em Creta como todos os restantes deuses primordiais.
On Krete she was called Phytia 'the creator,' protector of children.[6]
Leto was also worshipped at Phaistos in Crete where it is purported that she gave birth to Apollo and Artemis at the islands known today as the Paximadia. (…) In ancient Crete they were also known as Dionysioi after the god Dionysus and also as Letoai after the goddess Leto who was worshipped at Phaistos, where she was also known as Fitii in ancient times.
De facto, se Leto era Fitia em Creta é porque era literalmente e tão-somente Fi ó Ki.
Des auteurs postérieurs brodent sur cette histoire. Léto devient l'une des nombreuses maîtresses de Zeus encourant la colère d'Héra: cette dernière interdit à la terre d'accueillir la parturiente et décrète que ses enfants ne devraient pas naître dans un lieu où brillait le soleil. Elle fait poursuivre Léto par le serpent Python.
Se mitologias tão contraditórias nunca poderiam ter sido sustentadas sem fundas razões de política cultural é óbvio que a hegemonia olímpica de Hera tudo terá feito para destruir Leto quer votando o seu passado ao rio Letes quer inventando mitos que tornam a mitologia anterior mais arcaica insustentável.
Obviamente que, em teologia, as versões mais arcaicas dos mitos não são nunca os mais verdadeiros porque a verdade é sempre por definição e por regra pragmática a que sendo mais funcional é por isso mesmo a mais actual ou vice-versa.
No entanto, se Leto era na tradição cretense, Phytia, é fácil de ver que esta seria a mãe das cobras cretenses que por um lado deu origem à Piedade cristã mas que seria ela a própria Python, como teria que ser sendo que foi assim na fenícia, enquanto Lada ou Latona, Tiamat na suméria e o monstro bíblico Leviatan…ou a demoníaca cobra hitita Illujanka.
Illujanka < Lilush-Anka < Lilit An-Ki
Tiamat < Ki-Amat
Most accounts agree that she found the barren floating island of Delos, still bearing its archaic name of Asterios, which was neither mainland nor a real island, and gave birth there, promising the island wealth from the worshippers who would flock to the obscure birthplace of the splendid god who was to come.
The island was surrounded by swans.
As a gesture of gratitude, Delos was secured with four pillars and later became sacred to Apollo. A golden burst of light showered the island on the birth of Apollo, and seven swans circled it. Hera's jealousy caused Leto to be in labor for nine days.
Figura 28: Espelho etrusco representando os filhos de Leto, Apolo & Artemisa, cercados por dois cisnes.
Se não temos o Cines de Leda no mito de Leto temos sete cisnes voando em volta da ilha de Ortígia ou seja toda uma corte de cisnes esperando a nidação de um fêmea que só poderia ser a esposa do chefe do bando e, por isso, ser Zeus. Adiante se verá que a alma de Apolo era um cisne. Outra relação mal escondida entre o mito de Leda e o de Leto está no aparecimento Témis no final do nascimento de Apolo.
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But Leto, still running from Hera, had to entrust her newborn children to Themis, who brought them up on ambrosia and nectar, with the result that Apollo attained manhood in only a few hours, and escaped from Themis, declaring his destiny was to become a bowman, a player of the lyre, and a supplier of truthful oracles to mankind.
Temis seria mãe de Artemisa e uma variante de Némesis que era uma alternativa no mito de Leda e o Cisne. Dito de outro modo, embora nunca de forma explícita existem suficientes coincidências entre o mito de Leda e de Leto que permitem pressupor que seriam originalmente o mesmo.
Por outro lado, as alegrias de parto da deusa mãe teriam dado origem na cultura latina ao nome de uma deusa menor do canto e alegria, obviamente que pela via da deusa suméria do canto que era Alala.
Laetitia was a minor Roman goddess of gaiety, her name deriving from the root word laeta, meaning happy = Laetus, Laeta, Laetum.
Laetitia < Laet-Teia = Deusa Laet, La | < Alala |-te => Leda ou Leto.
[1] http://marinni.livejournal.com/390156.html
[2] "[Leto was in labour] and there were with her all the chiefest of the goddesses, Dione and Rhea and Ikhnaia and Themis and loud-moaning Amphitrite." -- Hymn to Delian Apollo 94.
[3] De Lousia deriva (ou corre em paralelo) o nome da «lousa» lusitana que por ser ardósia de xisto negro é sempre preta como Demeter Lousia e, lavada, lisa e luzidia!
[4] http://www.moonspeaker.ca/Amazons/PartTwo/chapterfive.html
[5] http://www.lycianturkey.com/cults_of_lycia_deities.htm
[6] http://www.moonspeaker.ca/Amazons/PartTwo/chapterfive.html
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