Figura 1. o «volátil puro» por excelência. Haggada de Páscoa Ashkenaze, sec. XV. |
Les rituels comportent ainsi deux fonctions. La première fonction des rituels est de légitimer certains actes de la vie quotidienne qui sont spécialement dangereux car fortement sacralisés. Dans ce cas la forme du rituel rappelle le mythe qui explique l'origine de cette pratique et permet de réguler la vie de tous les jours en harmonie avec les commandements mythiques. La seconde consiste à reproduire symboliquement toute la mise en mouvement du cosmos afin de le réactiver, de le relancer par cycles, de craintes que la dynamique de la création ne s'arrête d'un coup. Cette seconde forme s'expriment au moment de grandes célébrations annuelles qui reproduisent le passage du sauvage au civilisé. [1]
A leitura bíblica do Antigo Testamento das leis a respeito dos animais puros e impuros, (repetidas em vários livros do Pentatêuco) deixa-nos a impressão duma arbitrariedade absurda, apoiada em critérios taxionómicos confusos, de validade técnica hoje mais do que muito duvidosos.
Obviamente que na fase evolutiva em que o judaísmo monoteísta se colocava, face à irracionalidade supersticiosa do politeísmo animista que a precedia, a persistência destes interditos não deixa de ser um indício de que os preconceitos alimentares se encontravam de tal modo interiorizadas no senso comum da antiguidade que passaram a ser consideradas regras de decência comum, uma vez que a sua violação já não levavam a outras consequências prática que não fossem meramente morais sujeitas a complexos rituais de purificação.
O rito é simultaneamente a celebração rememorável do mito fundador bem como a manifestação da gratidão pela libertação mítica do pecado original trazida pelo antepassado fundador. Dito dum modo ainda mais actual, o rito é a cíclica comemoração festiva, com gestos politicamente correctos e suficientemente expressivos, que permite perpetuar a história dos fundamentos ideológicos positivos duma sociedade! O rito como tudo o que é de génese cultural só tem validade social e só é interiorizado nos gestos de conduta pessoal por pura superstição mimética baseada na lógia da magia simpática. Foi a evidência deste facto que levou os judeus da Tora a condenarem a bruxaria e a magia e todos os ritos privados que não passavam duma mera caricatura grosseira dos ritos oficiais quando não eram mesmo uma distorção subversiva da ideologia dominante ao serviço de deuses estrangeiros.
A este propósito cabe referir que o conceito de carne sacher, tão tipicamente judaica, baseou-se nas chamadas regras cachrout, da «pureza» alimentar.
Ver: DEUSAS DAS ÁGUAS PROFUNDAS / PURA AC PUTA (***)
«Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe» (Êxodo 23.19) é o tabu alimentar mais misterioso da bíblia. Uma mãe (que o leite basta para representar) e o filho devem estar rigorosamente separados. Uni-los no mesmo recipiente e fundi-las pelo fogo da cozinha equivaleria com efeito a realizar um incesto culinário. Ora o incesto é a mais horrível de todas as confusões: uma mulher, se é mãe de um rapaz, não pode ser ao mesmo tempo sua esposa. Se não a ordem do mundo seria perturbada. Muitas prescrições religiosas judaicas conheceram uma extensão cada vez maior ao longo dos tempos, e este versículo não escapa 5 regra. Mais, a força deste tabu é tal, que. para não correr o risco de infringi-lo, a interpretação do interdito bíblico acabou por englobar produtos e práticas muito afastadas da intenção primeira. Assim. já não era apenas o «cabrito» mas toda a carne; não apenas o leite de cabra, mas todo o leite e todos os produtos lácteos; não apenas a interdição de juntar os dois elementos num mesmo prato, mas numa mesma refeição; e chega-se a salas separadas nos restaurantes: e os pratos e os talheres não são os mesmos; e as pias para a loiça são diferentes.
Claro que o galo da Figura 1 é tanto um “volátil puro” por excelência como o coelho seria um ruminante! Uma lógia naturalista de exclusão sucessiva até ao infinitésimo de toda e qualquer possibilidade de contaminação por alimentos não cachrout (impuros) levaria à impossibilidade prática do consumo de todo e qualquer alimento.
O preconceito remanescente de arcaicos tabus alimentares é patente precisamente pela falta de lógica deste sistema que o racionalismo judaico posterior pretende fundamentar pelo vago princípio da “exclusão do hibridismo”! Obviamente que se trata dum hibridismo metafísico e alquímico que nada tem a ver com o hibridismo genético. No entanto, parte destes preconceitos são o suporte inconsciente da retórica vegetariana bem como da recusa dos alimentos transgénicos por ecologistas radicais.
Foi precisamente a necessidade de voltar a libertar o homem dos ritos caídos em desuso por perda de contacto com a realidade histórica que levou Jesus Cristo a por em causa a literalidade da lei mosaico libertando os cristão da escravidão das consequências do pecado original instituindo o direito ao perdão dos pecados, já não fundamentada no rito expiatório, mas numa ética simultaneamente objectiva e racional baseada nos resultados das boas obras bem como subjectiva e mística porque baseada no respeito do espírito e na responsabilidade decorrente da boa intenção individual. No entanto, se isto é que se depreende do espírito do cristianismo oficial a verdade é que existem e, sobretudo, existiram muitos e vários cristianismos desde o princípio da história na medida em que Cristo é literalmente apenas o ungido de deus, ou seja o que foi supostamente escolhido por Deus para intérprete da Sua Lei.
De facto, O Jesus essénico era um radical cheio de contradições morais respeitáveis mas, ainda assim, responsáveis pela dificuldade que os romanos tiveram para compreenderem e tolerarem as seitas judaicas e sobretudo responsáveis por um gnosticismo esotérico, adepto dum “bom senso” tão óptimo, que acabava em discursos repetitivos, enfadonhos e confusos, quão fora do senso comum. Culturalmente tão exigente na procura do espírito da lei, ao ponto de acabar na prática por oscilar entre o ascetismo catarino dos estóico e a anarquia libertária do hedonismo, o gnosticismo acabou por sucumbir perante o realismo do senso comum às mãos da letra morta da lei da ortodoxia.
Marc. 1, 6 Et erat Ioannes vestitus pilis cameli, et zona pellicea circa lumbos eius, et locustas et mel silvestre edebat.
Porém, parece que Jesus essénico seria ainda mais rigoroso que os piedosos judeus da tradição de sangue, mesmo mais do que João Batista que se alimentava de gafanhotos (< Lat. locustas = lagostas do deserto?) e de mel, porque seria vegetariano.
Engl. Locust < > lopustre > lopster > Engl. Lobster.
«Lagosta» < Lat. locusta(s) < *Locuster < Rau-Ki-aster < Urki-ash-ter, lit. «besta, filha de *Urki, a terra selvagem»!
Notar de passagem que muitos termos relativos a animais ou plantas partilham um étimo que nos reporta para Istar, facto que nos permite suspeitar que o nome desta arcaica antepassada mítica da Virgem Maria tenha tido o significado genérico de vivente. No caso de nos reportarmos a animais o sentido seria o de «bicha» ou «besta», no sentido comum do termo quando referido a animais doméstico e de «fera» quando referido a animais selvagens mas que, quando deturpado por razões de animosidade doutrinária, se tornaria na besta temível do Apocalipse.
Jesus answered: "Be it so according to your faith," and he sat down among them, saying: "It was said to them of old time, “Honor thy Heavenly Father and thy Earthly Mother, and do their commandments, that thy days may be long upon the earth”. And next afterward was given this commandment, “Thou shall not kill”, for life is given to all by God, and that which God has given, let not man take away. For-I tell you truly, from one Mother proceeds all that lives upon the earth. Therefore, he who kills, kills his brother. And from him will the Earthly Mother turn away, and will pluck from him her quickening breasts. And he will be shunned by her angels, and Satan will have his dwelling in his body. And the flesh of slain beasts in his body will become his own tomb. For I tell you truly, he who kills, kills himself, and whoso eats the flesh of slain beasts, eats of the body of death. -- [2]
Sendo assim, de acordo com a tradição gnóstica, o princípio dos interditos alimentares decorriam do próprio princípio do “não matarás” da lei mosaica que mais nãos seria do que a sobrevivência de arcaicos sentimentos de culpa decorrentes do tempo do canibalismo sagrado da “época de caça e recolecção”! João Batista teria renunciado à caça masculina aderindo à recolecção feminina para se transformar num santo essénico que noutros contextos serão identificados como homens efeminados nas atitudes e nas actividades doméstica. Esta tradição parece ter origens na tradição sacerdotal egípcia.
Na sequência disto mesmo S. Paulo que pouco ou nada conheceria do verdadeiro, mas não necessariamente histórico, Jesus essénico, veio acabar as contendas entre as diversas e confusas interpretações dos interditos alimentares, que mais não pareceriam do que néscios discursos de fartura elitista entre os mais esfomeados do império romano, declarando o seu fim permitindo comer as carnes imoladas aos ídolos, com a condição de se evitar o escândalo (1ª Cor. 8, 12). No entanto, S. Tiago tinha mantido peso da tradição mantendo a proibição das “carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e da impudicícia” (Act. 15, 29)!
A pureza ritual que deu origem à pureza de costumes decorreu em parte da semântica da virgindade seguramente em consequência dos interditos relacionados com a mística do sangue considerado no mesmo contexto semântico com que os egípcios entendiam o ka. (Lev. 17, 11 e 14).
Ver: DEUSAS DAS ÁGUAS PROFUNDAS / PURA AC PUTA (***)
De facto,
Lat. Sacer < Jud. Sacher < Ka-Ker, lit. “a deusa mãe primordial que enquanto «Virgem do O» transporta a vida no seu seio” > Sheger
< Ka-wer, < Ka-pher (o que transporta o ka dos mortos) > Ka-Kar.
Sheger: "Offspring of Cattle". God of Cattle.
A mística semita do sangue era tão forte que acabou por contaminar a linguagem e os costumes católicos tanto por intermédio da presença do judaísmo no seio da cristandade como na tradição mais antiga da piedade herdada dos egípcios. A ilegalização do judaísmo pela Inquisição obrigou os judeus a criarem uma riquíssima cultura de clandestinidade propícia ao aguçar do engenho e à purificação da acuidade intelectual. Assim, o facto de ser meramente virtual a origem etimológica do verbo francês cacher podemos admitir que a verdadeira etimologia não é a oficialmente proposta mas a que permite cruzar o termo gálico com o sacher judaico.
«Cacha» < • (de cachar < Fr. cacher ?, ocultar), s. f. (p. us.) acção de ocultar. Dissimulação, fingimento, ardil, trapaça, logro;
Estaremos em presença de termos que derivaram do judaísmo como as moiras de feijão preto que pretendiam ocultar as regras cachrout da sanha da inquisição?
Franc. Cacher ó Du lat. *coacticare «comprimer, serrer» forme renforcée du lat. coactare «contraindre» (Lucrèce dans TLL s.v., 1369, 50), fréquentatif de cogere «id.». De coactare, les formes méridionales de type cacha «écraser, broyer, presser, blesser» (MISTRAL); ce même sens de «écraser» est attesté dès le XIIe s. pour le dér. a. fr. escachier (CHR. DE TROYES, Erec et Enide dans T.-L.); le sens de «dissimuler», peu fréq. jusqu'au XVIe s., est dér. de celui de «presser, comprimer»; cacher a fini par supplanter en ce sens les verbes a. fr. escondre, esconser et musser.
Lat. *coacticare > lat. coactare
=> Proven. cacha? < (es)cachier > «escacar = escaqueirar».
Com tanta virtualidade na etimologia do verbo francês cacher as probabilidades de este ter dado origem ao português «cacha» começam a ser poucas. A semântica da ocultação dissimulada, necessariamente subtil e superficial, e não é compatível com a semântica do que não se vê por ter sido pura e simplesmente reduzido a cacos de forma violenta! O cruzamento dum termo cacha meridional com este sentido de «escacar» com um foneticamente idêntico de origem judaica pelos vistos só começou a acontecer por volta de século XVI, ou seja, depois da expulsão por D. João II dos cultos e ricos Judeus portugueses que se foram fixar na Holanda com a qual os franceses tiveram ricas e intensas relações por volta desta época!
Quando os judeus se converteram ao judaísmo tiveram que adoptar as atitudes e praticas religiosas dos cristãos. Mesmo os se converteram em cristão novos de boa fé foram confrontados com a dificuldade de terem que perder hábitos alimentares tradicionais que, sem que disso fossem culpados, eram diferentes dos hábitos alimentares dos cristãos o que, em si mesmo, não constituía crime nem imoralidade para os cristãos que tinham rompido com os “interditos alimentares” por razões religiosas logo nos tempos da fundação do cristianismo. Pelo contrário, os “interditos alimentares” era uma condição de pureza ritual para os judeus. Com esperteza saloia os inquisidores aprenderam a fazer aos judeus o mesmo que os magistrados romanos tinham feito aos cristãos para os confrontarem com a sua devoção obrigando-os a comer das carnes imoladas aos imperadores e aos deuses romanos. Assim, o facto de um cristão novo não comer alimentos com sangue poderia ser, para os inquisidores ibéricos, uma prova da sua falsa conversão!
Por exemplo, fazer morcelas cacher seria uma forma culinária de fazer enchidos com cor de sangue utilizando feijão preto ou outros condimentos que dissimulassem aos olhos dos inquisidores a falta de sangue. Assim sendo, a probabilidade de o termo português «cacha» (de jud. cacher ó franc. Caher) ter sido utilizado pelos cristãos novos ibéricos para dissimular as sua práticas alimentares judeizantes é muito grande.
Como os animais de «transporte das almas» tenderiam a ser sagrados e intocáveis natural seria que fossem únicos ou de número muito limitado em cada grupo humano pois que, de outro modo, ficaria reduzido o universo de caça. De qualquer modo, a lógica mitológica nunca foi clara nem linear e o canibalismo sagrado pode ter sido uma das razões para a caça dos animais totémicos em certos casos. A ideologia complexa formada em torno dos interditos relativos aos animais de transporte foi seguramente a origem dos tabus alimentares e sexuais. A necessidade duma identificação clara dos seres intocáveis responsáveis pelo tabu do que era puro ou impuro levou à necessidade de transformar os animais de transporte das almas no totem da tribo. O totem, que começou possivelmente por ser um mero menhir, representava a forma figurativa, bem visível à entrada dos acampamentos de caça, do animal sagrado da tribo que não podia ser abatido nem consumido constituindo assim o primeiro interdito social e esboço embrionário das tábuas da lei de Enki (e milénios depois, de Moisés) de que iriam derivar as estelas de Hamurabi e o código penal!
Le tabou comme pénalité naturelle; forme l'ossature du système des interdits qui est mis en scène par les rituels. Le terme tabou est un mot polynésien qui désigne l'ambivalence du sacré en traduisant la "terreur sacrée" qu'il inspire. Mais ces restrictions tabou ne procèdent pas d'une logique de l'interdit telle que la pensée contemporaine pourrait la concevoir, car leur essence n'est ni morale, ni religieuse, ni juridique. En effet, les prohibitions tabou ne constituent pas un système éthique qui détermine les interdictions par une raison, la transgression se suffit à elle-même et le châtiment se déclenche automatiquement, en vertu d'une nécessité interne. Le tabou violé se venge tout seul car, par simple contact, la force terrible dont il est le siège se libère et détruit l'imprudent qui n'est pas assez puissant pour la supporter. Le mode de fonctionnement du tabou s'apparente donc plus à celui d'un principe de la physique que de celui d'une disposition normative. Cependant cette "action-réflexe" d'autoprotection du sacré induit indirectement une réaction de protection de la société contre le transgresseur. Son infraction l'ayant exposé à la force du sacré (le mana), il devient lui-même tabou car au contact de la sacralité, il s'est chargé d'une part de ce mana qui le retranche de la société de ses semblables, à moins qu'un rite de purification n'ait été prévu.
Independentemente do facto de conotação determinística que os polinésios emprestavam ao termo «tabu» estar de acordo com o seu estado de evolução cultural e de o «terror sagrado» só ser desconhecido de quem nunca passou pelo temer beato de comungar em pecado ou de imaginar que alguém pudesse profanar a hóstia consagrada a verdade é que numa sociedade primitiva que misturava as leis da natureza com direito natural e o profano com o sagrado natural seria que a força do determinismo das lei naturais fosse emprestada ao tabu. De qualquer modo, dado que o limites do tabus se estendiam apenas a escasso aspectos fundamentais constituintes da ordem totémica podemos aceitar que a reacção de terror sagrado do polinésio primitivo não era senão o equivalente da contrariedade que uma pessoa de carácter sente quando se vê forçado a infringir os seus princípios fundamentais. Ora, já muitos autores salientaram as estranhas ressonâncias de certos termos polinésios com termos de origem mediterrânica. Pois bem, sem ter que recorrer a analogias entre as tábuas da lei mosaico e as tábuas do destino de Enki a verdade é que tabu pode ter tido a mesma origem étmica.
«Tábua» < Lat. Tavu-la > Tawu = «tabu».
«Fatima» < Ta-*Kima > Tatime > Totem.
(…) Le totem est en règle générale un animal comestible (plus rarement une plante et exceptionnellement une force naturelle) qui se trouve dans un rapport particulier avec l'ensemble du groupe clanique. Ce rapport s'exprime en trois étapes d'une chronologie imprécise: le totem est l'ancêtre mythique du groupe, sa sacralité n'est pas ambivalente pour les membres du clan qu'il protège, car ils se soumettent à un interdit de consommation de sa chair; ce n'est qu'en cas de violation de l'interdit que la force destructrice du tabou réapparaît derrière le totem. La division de la tribu en clans totémiques se présente donc à première vue comme un mode de gestion du sacré. Daí que a impressão que nos fica duma análise superficial dos interditos alimentares dos povos primitivos seja a de uma realidade tão complexa quanto irracional. Daí também que sejam os estudos de tradição psicanalítica os que têm entendido melhor a manifestação mágica do consciente colectivo primitivo ainda presente no subconsciente da cultura moderna.
Não e surpresa nenhuma suspeitar que os totems primitivos tenham estado sob a protecção da deusa mãe a Potnia Teron protectora da caça, senhora da vida e da morte, a que sangrava mensalmente e não morria, a deusa canibal por excelência que devorava o filho solar todas os fins de tarde para o parir com a aurora. Relacionada com Artemisa e com os sacrifícios humanos era também etimologicamente próxima de *Kima, deusa das artes culinárias e portanto responsável pelos tabus alimentares. Se o totem era o antepassado da tribo então estamos perante uma mitologia fundadora que quase sempre reporta para mitologias cosmológicas. Ora, pelo menos nas culturas peri-mediterrânicas o antepassado cosmológico primordial foi a Deusa Mãe. Pontualmente as tribos individualizavam-se pela sua identificação com o animal sagrado com que o herói fundador da tribo se tinha identificado em vida nos seus delírios místicos de iniciação! A complexidade ideológica decorrente dum sistema de crenças como este terá estado na génese dos primeiros conflitos tribais facto que permitem concluir que afinal todas as guerras foram sempre tanto guerras santas mesmo quando vinganças de sangue quanto é aterrador pensar que terão começado por resultar de conflitos canibais antropofágicos em honra da Deusa Mãe!