sábado, 29 de março de 2014

VII TEOLOGIA & MÍTICA CRSTÃ 3. DOS ÁGAPES AO SANTO SACRAMENTO DA EUCARISTIA, por Artur Felisberto.

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A passagem do pão e do vinho para o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo (transubstanciação) só é celebrada pela igreja Católica Romana. Na Igreja Ortodoxa é visto como mistério. No luteranismo como consubstanciação. Na tradição Reformada como real presença. Nas outras denominações protestantes de tradição evangélica acontece apenas uma ceia, na qual o pão e o vinho não deixam de continuar a serem pão e vinho.

A razão pela qual a retórica católica é de todas as igrejas cristãs a mais beata deve ter a sua razão de ser na evolução do cristianismo romano dentro do politeísmo latino do qual os católicos herdaram quase tudo com o falso legado de Constantino incluindo o misticismo das antigas mitologias de mistérios. Se a eucaristia não é possível hoje em dia sem a Sagrada Hóstia, tal facto fica a dever-se quase exclusivamente a mitologia do borrego expiatório que acabou no catolicismo como a morte do cordeiro pascal que tira os pescados do mundo!

A palavra Hóstia, em latim, quer dizer vítima, que entre os hebreus, era o cabrito sem mácula, imolado em sacrifício a Deus.

Por isto mesmo é que a retórica católica é a mais mística e beata de todas as retóricas cristãs e a respeito do seu mistério fundador não podia fugir a esta regra.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a Eucaristia é "o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271).

Etimologicamente a eucaristia seria também segundo a retórica imaginativa dos católicos apenas um "reconhecimento" ou "acção de graças", o que parece limitar-se a ser a eucaristia para os não católicos, enquanto “memorial da paixão”.

Eucaristia (do grego εὐχαριστία, cujo significado é "reconhecimento", "acção de graças") é uma celebração em memória da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor", "primeira comunhão", "santa ceia", "refeição nocturna do Senhor". (…)

Χάρις = II. graça ou sentido favor, influencia, quer por parte do doador ou do Receptor: 1. por parte do Doador, graça, graciosidade, bondade, benemerência, mercês, etc. 2. por parte do Receptor, o sentido de favor recebido, gratidão, agradecimentos, graças. χαρά 1 χαίρω = alegria, felicidade…enviada por algum deus para exaltar o coração.

De facto, não se entenderia muito bem uma retórica mística na qual os crentes se limitariam a participar diariamente na eucaristia apenas como reconhecimento da morte e ressurreição pascal de Cristo. Para tal bastaria o ritual da consagração da Hóstia que veio a ser a missa de Quinta-feira Santa.

Ágape, ag'a-pe (Gr. agapt, amor), era, na história eclesiástica, o banquete de amor ou de caridade, em uso entre os cristãos primitivos, quando os ricos faziam contribuições liberais para alimentar os pobres.[1]

O cristão comum não procurava nos ágapes outra coisa diferente duma “refeição de graça” que a «caridade» dos ricos paleocristãos propiciava.

Uma das coisas do cristianismo primitivo de que os romanos também não gostavam nada era a “comunidade de bens” começada a praticar nos actos com a comunhão dos santos que se mostra não somente com coisas espirituais, mas também e sobretudo com as coisas materiais... como disse S. Paulo: “mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão, mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que colheu pouco, não teve de menos” (2ª Coríntios 8:13-15).

44Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. 45E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. 46E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, 47louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos. (Actos II, 41-45 que se repete por palavras idênticas em IV, 32-34).

A admissão nas divisões de pão e outros alimentos era um dos meios mais eficazes de propaganda dos apóstolos. Segundo os «Actos», num só dia inscreveram-se uns três mil pobres diabos na distribuição de víveres e de doutrina. Estes aceitavam a doutrina sem a compreenderem, pois resultava ainda imprecisa e confusa mesmo para próprios apóstolos, como o confirma a querela surgida entre S. Paulo e S. Pedro sobre a circuncisão. As massas dos convertidos às novas doutrinas só se impuseram à sua perseverança com a condição de com elas poderem encher a barriga “porque ninguém prega o Evangelho a estômagos vazios”.

(7) Por otra parte, afirmaban que toda su culpa y su error habían consistido en la costumbre de reunirse un día determinado, al amanecer, y cantar alternativamente un himno a Cristo como a un dios (quod essent soliti stato die ante lucem convenire carmenque Christo quasi deo dicere secum invicem) y obligarse con juramento (sacramento), no a perpetrar cualquier delito, sino a no cometer robos o atropellos o adulterios, a no faltar a la palabra dada, ni a negarse, si les invitaban, a efectuar un depósito. Realizados estos ritos, tenían la costumbre de separarse y de reunirse de nuevo para tomar una comida (rursusque coeundi ad capiendum cibum), pero común e inocente. – Plínio el joven.

À medida que o movimento cristão se alargava aos gentios, onde o direito romano seria mais exigente no que respeita à propriedade, a partilha da economia privada foi sendo substituída pela refeição comunitária que se passou a chamar a “ceia do amor” ou ágate.

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Figura 1: O ágape é um tema frequente na arte paleocristã, como neste Arcosolium das catacumbas dos Santos Marcellinus e Pedro, Via Labicana, Roma.

Esquerda: “AGAPE MISCE NOBIS” = O amor mistura-nos.

MISCE = unir, ter relacionamento carnal, praticar o coito (Cic.)/ misturar / despir / excitar.

Direita: IRENE·PORGE·CALDA = IRENE, nome da deusa de paz, PORGE = oferece CALDA = bebida de vinho com água quente.

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CAʹLIDA, or CALDA, the warm drink of the Greeks and Romans, which consisted of warm water mixed with wine, with the addition probably of spices. This was a very favourite kind of drink with the ancients, and could always be procured at certain shops or taverns, called thermopolia (Plaut. Cur. ii.3.13, Trin. iv.3.6, Rud. ii.6.45), which Claudius commanded to be closed at one period of his reign (Dion Cass. lx.6).

Figura 2: Recipiente de calda para banquetes romanos.

Because all these word arrangements vary in combination with one another, it appears that the Early Christians where saying that agape love, wine (Bacchanalian orgies), and their mixing of carnal sex are all synonymous for the purpose of bringing peace to the world.

A teologia católica faz um esforço tremendo para justificar o quanto o sacramento da eucaristia se afastou das suas origens no ágape tanto nas formas substantivas do ritual quanto na sua justificação espiritual. A verdade porém é a de que o ágape não era, em termos substantivos e práticos, mais do que a adaptação à realidade paleocristã dos banquetes e festins romanos que quando envoltos de espiritualidade se aproximavam das saturnálias, das orgias e dos bacanais.

To pagans, the predawn worship of Christians and their acts of faith were a mystery, which was made no more understandable by the martyred bishop of Lyons, who, when asked who was the Christian god, replied only that "If you are a fit person, you shall know."Attalus, too, said only that the name of his god was not like that of a man. Such secrecy elicited lurid notions of immorality, and there were accusations of "Thyestean banquets [cannibalism] and Oedipean incest, and things we ought never to speak or think about, or even believe that such things ever happened among human beings" (Eusebius, V.1.14).

Marcus Cornelius Fronto, an orator and rhetorician who was the tutor of Marcus Aurelius and later his correspondent, condemned the Christians in a lost speech, fragments of which are preserved by Minucius Felix in the Octavius, a dialogue between the pagan Caecilius and the Christian Octavius that sought to refute such charges. One was that "They are initiated by the slaughter and the blood of an infant, and in shameless darkness they are all mixed up in an uncertain medley" (IX). Another was "the charge of our entertainments being polluted with incest" (XXXI). Justin, who was martyred during the reign of Marcus Aurelius (the record of the trial, based on an official court report, still survives), also mentions "those fabulous and shameful deeds — the upsetting of the lamp, and promiscuous intercourse, and eating human flesh" (First Apology, I.26), calumnies that inspired fear and hostility.

IX. « Cependant, comme les mauvaises plantes sont les plus fertiles, et que les vices gagnent tous les jours de plus en plus, cette maudite secte s'augmente aussi tous les jours. C'est pourquoi il faut travailler de bonne heure à extirper cette exécrable société : ils s'entre-connaissent à de certains signes cachés, et s'entr'aiment presque avant que de se connaître. La luxure fait une partie de leur religion : ils s'appellent communément frères et sœurs, pour transformer une débauche ordinaire en inceste ; on dirait que ces malheureux se plaisent aux crimes. Et certes s'il n'en était quelque chose, le bruit n'en serait pas si grand : on dit encore qu'ils adorent une tête d'âne consacrée par je ne sais quelle sotte superstition, religion véritablement digne de leur vie. Ils ont aussi en vénération, à ce qu'on dit, les parties honteuses de leurs prêtres ; vous diriez qu'ils adorent la nature de leurs pères. Je ne sais si ces soupçons sont faux ou véritables, mais véritablement ces cérémonies et ces dévotions cachées et de nuit sont toutes propres à les faire naître. Et celui qui dit qu'ils adorent un homme qui a été pendu pour ses crimes, et que le bois d'une croix fait une partie de leurs cérémonies, celui-là leur attribue des autels dignes de leurs méchancetés et leur fait adorer ce qu'ils méritent. D'ailleurs, les cérémonies qu'ils observent quand ils admettent quelqu'un à leurs mystères, ne sont pas moins publiques qu'horribles. On met devant ce nouveau venu un enfant couvert de pâte, afin de cacher le meurtre qu'on veut faire commettre : c'est là-dedans qu'il donne, par leur commandement, plusieurs coups de couteau; le sang coule de toutes parts, ils le sucent avidement, et ce crime commun est le gage commun du silence et du secret. Mystères pires que tous les sacrilèges!

On sait aussi quels sont leurs banquets, et l'orateur de Cyrta en fait mention dans sa harangue. Ils s'assemblent tous en un jour solennel, femmes, enfants, frères, sœurs, et enfin de tous âges et de tous sexes, et après avoir bien bu et mangé, lorsque la chaleur du vin et des viandes commence à les échauffer et à les provoquer à la luxure, ils attachent un chien au candélabre et lui jettent un gâteau si loin qu'il n'y peut atteindre, afin qu'en sautant il renverse le flambeau. Ainsi s'étant défaits du témoin de leurs crimes, ils se mêlent au hasard, et par ce moyen sont tous incestueux de volonté s'ils ne le sont tous d'effet, puisque le péché de chacun est le souhait de toute la troupe. – Octavius, Minucius Felix.

Se os cristãos resistiam muito ou pouco às tentações da carne que a “mistura” de corpos reclinados nas camas dos triclinium, que os banquetes dos ágapes de caridade cristã propiciavam, a verdade é que teriam pecado muitas e bastas vezes porque os pagãos os acusaram disso.

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Figura 3: Arcosolium da Catacumba de S. Pedro e S. Marcelino, Roma.

Como algunos se mostrarán remisos a admitir que la embriaguez estuvo al orden del día en los piadosos «ágapes» de los primeros siglos, nos limitaremos a señalarles este comunicado de la Ciudad del Vaticano, con fecha del lunes 26 de octubre de 1970, y reproducido al día siguiente en el periódico France-Soir: «Unas pinturas murales inconvenientes han sido descubiertas este año en las catacumbas de Roma. Muestran a los primeros cristianos bebiendo y festejando durante unos funerales. Al revelar el sábado este descubrimiento, el Osservatore Romano, órgano del Vaticano, subraya que esas pinturas no tienen nada en común con otros frescos cuyo tema es la celebración de la misa por cristianos reunidos alrededor de una mesa. Lo “inconveniente” para el Osservatore Romano es en especial “la abundancia de botellas en pie o tumbadas” representadas en esas escenas de banquete». Evidentemente, nos gustaría saber qué evoca el término «en especial». . -- Robert Ambelain, El hombre que creó a Jesucristo.

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Figura 4: Três casais num triclinium de verão. Pompeia.

É evidente que os romanos não tinham grande autoridade moral para criticarem a imoralidade dos ágapes cristãos porque a decadência do império romano ficou famosa pela licenciosidade dos seus banquetes que facilmente descambavam em orgias.

(…) XXX. « Pour ce qui est du banquet incestueux, c'est une calomnie que les démons ont inventée pour souiller la gloire de notre chasteté, et détourner les hommes de notre religion par l'horreur d'un si grand crime. Aussi te qu'en a dit votre orateur, c'est plutôt une injure qu'un témoignage. Et certes! vous êtes coupables d'incestes plutôt que nous. Les Perses épousent leurs mères; en Egypte et dans Athènes on se marie avec ses sœurs : vos histoires et vos tragédies, auxquelles vous prenez tant de plaisir, font gloire des incestes, et les dieux que vous adorez les commettent avec leurs mères, avec leurs filles, avec leurs sœurs. Il ne faut donc pas trouver étrange s'il y en a tant parmi vous, puisque vous avez vos dieux pour exemple. Vous pouvez vous rendre coupables sans le vouloir, en exposant vos enfants de tout sexe et les abandonnant à la pitié publique, ou en ayant commerce avec toutes les femmes que vous fréquentez; car qui empêche que vous ne rencontriez plus tard ces fruits inconnus de vos débauches? Ainsi vous nous accusez de faux incestes, et ne vous souciez point d'en commettre de véritables. Mais les chrétiens ne mettent pas la chasteté en dehors, ils la mettent dans l'esprit, et ils ne s'étudient pas tant à paraître chastes qu'à l'être en effet. Un mariage nous suffit ; nous ne voyons qu'une femme, ou bien nous n'en voyons point. Pour nos banquets, ils ne sont pas seulement chastes, ils sont sobres ; car nous ne nous amusons point à nous charger l'estomac de vin ni de viandes, mais nous tempérons l'allégresse des festins par la gravité de notre entretien. Que si nous sommes chastes dans nos assemblées, nous ne le sommes pas moins ailleurs. – Octavius, Minucius Felix.

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Figura 5: Con el nombre de asároton oikos o asároton oecon encontramos en la sala destinada a los banquetes romanos, triclinium, un tipo de mosaico caracterizado por simular un “suelo sin barrer”, en el que se hallan representados diversos desperdicios de comida que parecen que han sido lanzados al suelo en ese momento. Entre los escombros se suelen mostrar raspas de pescados, moluscos, verduras, etc. Estos restos nos proporcionan una valiosa información sobre la cantidad y variedad de alimentos que se llegaban a servir en una “cena romana”.

Tamanho era o gosto dos romanos por jantares luxuosos e festas, que costumavam evoluir para orgias, que alguns políticos resolveram baixar leis para moderar a farra. Uma delas, a Antia Lex do século 1º, limitava os gastos com essas comemorações e instituía que os magistrados só poderiam jantar fora se fosse na casa de determinadas pessoas. Está claro que ninguém obedeceu. Acabou sobrando para o autor, Antius Resto porque, segundo o filósofo Macrobius, como todos continuavam com suas orgias, para não contrariar a própria lei ele nunca mais foi visto jantando fora.

As críticas dos romanos relativas à licenciosidade dos ágapes bem poderiam lembrar a fábula do lobo que estando a montante acusou um infeliz cordeiro de lhe turvar a água porque, para alguém decidido a ter razão a todo o custo, qualquer argumento serve, ainda que seja uma mentira”.

- Pois se não foste tu, foi o teu pai! - rosnou o lobo, saltando em cima do pobre inocente.

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Figura 6: Banquete funerário etrusco de que o ágape das catacumbas cristã seria a tradição continuada.

Se foi o filho de Tarquínio, o Soberbo, quem violou uma patrícia foi o pai quem pagou por isso com o fim da monarquia romana porque ninguém apreciava mais do que os etruscos da licenciosidade de um lauto banquete fúnebre na esteira da boa tradição dos simpósios gregos que em nada desmereciam dos opíparos banquetes sibaritas de Sardanapolo.

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Figura 7: Simpósio grego.

Mas se nem todos os romanos foram amantes de orgias privadas desde os tempos etruscos foram alguns adeptos de orgias órficas que passaram a tradição dos etruscos para os paleocristãos!

Enfim, se não foram todos cristãos que se chamaram vulgarmente por irmãos para mais facilmente se conhecerem biblicamente nos ágapes então foram outros paleocristãos também chamados setianos, ofitas, carpocracianos, etc, e que mais não seriam do que variantes judaico-cristãs gnósticas de cultos de mistérios órficos, pitagóricos e dionisíacos, sabásicos, de mistura com muitos outros cultos misteriosos de ritos de passagem e de morte e ressurreição solar egípcios e orientais.

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Figura 8: Novamente, três casais numa cena romana de banquete sexual. Insula della Domus dei Casti Amanti. (Restauro cibernético do autor).

Even Clemens Alexandrinus (d.c. 220 a.d.) found in the Epistle of Judas a prediction concerning the Karpocratians and related sects ("Stromata" III., 2). He relates, among other things, that among the Karpocratians, men and women, after the common meal, after the lights are extinguished, have sexual commerce with each other.

Epiphanius xxvi., 5, describes as follows the conduct of the so-called Gnostics:

Epiphanius described the agape practiced by Ophite Christians, while making it clear that these heretical sexual activities filled him with horror: "Their women they share in common; and when anyone arrives who might be alien to their doctrine, the men and women have a sign by which they make themselves known to each other. When they extend their hands, apparently in greeting, they tickle the other's palm in a certain way and so discover whether the new arrival belongs to their cult. …Husbands separate from their wives, and a man will say to his own spouse, "Arise and celebrate the love feast (agape) with thy brother." And the wretches mingle with each other…after they have consorted together in a passionate debauch…The woman and the man take the man's ejaculation into their hands, stand up…offering to the Father, the Primal Being of All Nature, what is on their hands, with the words, "We bring to Thee this oblation, which is the very Body of Christ." …They consume it, take housel of their shame and say: "This is the Body of Christ, the Paschal Sacrifice through which our bodies suffer and are forced to confess to the sufferings of Christ." And when the woman is in her period, they do likewise with her menstruation. The unclean flow of blood, which they garner, they take up in the same way and eat together. And that, they say, is Christ's Blood. For when they read in Revelation, "I saw the tree of life with its twelve kinds of fruit, yielding its fruit each month" (Rev. 22:2), they interpret this as an allusion to the monthly incidence of the female period."

The contents of these documents are so revolting that one would be glad to agree with //. Usener, " Das Weihnachtsfest," Bonn, 1889, 110, and others, who contest their credibility. Epiphanius, the chief witness, they say, lived too long after the occurrences (he died, at the age of about 100, in 403 a.d.). But he appeals, xxvi. 17, 18, to the oral information of credible men, to original writings of the Gnostics, and to personal intercourse which, as a quite young man, he had with these "Gnostics". Nevertheless, I hold with R. Seeberg it is very probable that the account of the use of the embryo, which is found only in Epiphanius, should be considered unhistorical.

After all, Epiphanius was credulous enough to say about even the Montanists, that they employed in their sacrifices the blood of a child, whose body they had pierced with needles, xlviii.

(…) The partaking of semen virile and sanguis menstruus is ascribed also to the religious party of the Manichaeans, which was allied to the Gnostics, v. Cyrillus of Jerusalem's 6th Catechet. Discourse (348 A.D.), § 33, and Augustine, "De Moribus Manichaeorum," 18, 66, and "De haeresibus," 46.

The explanation of this action of many Gnostics is probably only partially to be sought in their dualistic conception of the world. The sparks of the higher power of light, which exist in the bodies of human beings, are gathered together by means of semen virile and sanguis menstruus, and brought to the Treasury of Light. In this way men earn reward from the highest good God (from whom the Creator-God has fallen away, with His angels and archons). First steps of the libertine conduct, without which rites like those described could hardly have arisen, are already adverted to in the New Testament: Rev. ii., 6, 15. (the Nikolaites), and the Epistle of Judas, especially vv. 7, 8, 10, 12. -- The Jew and Human Sacrifice: Human Blood and Jewish Ritual, an Historical and Sociological Inquiry (1909), Hermann Leberecht Strack

Enfim desde os cartagineses aos comunistas que existiu sempre pretexto para a crítica, cada vez menos fundada, de que os piores inimigos se não são todos uns perigosos e invejáveis debochados são pelo menos quase sempre os que “comem criancinhas ao pequeno-almoço”!

Os gregos não seriam menos amantes que o comum dos mortais mas, por vicissitudes da sua história linguística, feita de sincretismos vários, típica do helenismo, resultante da fusão de dialectos e diferentes línguas que em tempos arcaicos se desenvolveram no isolamento geográfico de ilhas e recantos de várias penínsulas em volta das recortadas costas do mar Egeu, parece que terão criados o gosto pelos requintes das nuances semânticas que os fez descobrir a filosofia. Assim sendo terão diversificados as diversas formas de amor e de afecto em pelo menos quatro termos.

Los Cuatro Amores es el título en español del libro The Four Loves escrito por C. S. Lewis y publicado por primera vez en 1960 en Londres1 y Nueva York. En este ensayo, Lewis aborda el tema del amor dividiéndolo en cuatro categorías, con la ayuda de los conceptos que toma prestados del idioma griego: Cariño (gr.: Στoργη´), amistad (gr.: Φιλíα), eros (gr.: ´Ερος) y caridad (gr.: Αγα´πη), al que él mismo llama "ese amor que Dios es".

Obviamente que todas as guerras religiosas começam por os equívocos semânticos que resultam a maior parte das vezes de más traduções muitas vezes em circunstâncias quase impossíveis. A riqueza linguística ibérica permite tantas ou mais cambiantes do «amor» em geral do que a língua grega (como por exemplo: «afecto», «simpatia», «amizade», «ternura, «paixão», etc) mas não contempla seguramente eros como significando outra coisa que não seja o nome mitológico do deus do amor.

Quanto ao facto de ágape corresponder ao amor cristão, que a igreja apostólica e romana estigmatizou na “caridade, é uma das muitas ficções criadas por dois mil anos de especulação ruminante da teologia cristã de que a de C. S. Lewis seria uma das últimas. Na verdade, o termo grego ágape teria sido pouco usado nos tempos homéricos e na época de Platão seria utilizada para o amor familiar em contraponto com o amor aos camaradas de armas ou de academia (filia), afectos que os gregos terão muito cedo sabido distinguir da paixão libidinosa e do amor sexual.

Parece assim que a derivação desviante do ágape terá começado com os judeus alexandrinos que ao traduzirem a septuaginta usaram intensivamente o ágape para traduzirem o termo hebreu do amor em geral.

Não é certo saber-se por qual razão o termo agapao foi escolhido pelos tradutores da septuaginta mas a semelhança de sons consoantes (aḥava = amor em hebreu) pode ter tido a sua quota-parte de responsabilidade sendo certo que não menor culpa pode ter resultado da pobreza linguística do hebreu na descrição distintiva de afectos e relações familiares. Fosse como fora, ἀγάπη θεῶν foi um epíteto de Ísis o que comprova que ágape era um termo comum entre os gregos do Egipto, possivelmente pela semelhança que teria com equivalente local do mesmo tipo do aḥava judeu da septuaginta. Deste modo os judeus alexandrinos acabaram a desenterrar um termo grego arcaizante (que por estranho sinal significava também, nas tragédias de Eurípedes, “mostrar afecto por um morto”) e que teria tido origem semita comum, possivelmente cretense.

ἀγάπη < haka-pha < Kaka-ka > Ahava > Heb. aḥava.

Assim, o obscuro termo grego ágape pode ter surgido como um mera transliteração de alguma língua semítica. Deste modo, o uso do substantivo ágape parece ser uma inovação dos escritores do Novo Testamento, claramente derivado do uso do verbo agapao na Septuaginta.

Obviamente que as vias derivativas arcaicas que transparecem nesta transliteração entre o amor hebreu e o ágape grego estão longe de ser óbvias. No entanto os encontros e contratempos culturais acabam por pôr a nu verdadeiros fósseis significantes como é o caso de *Kaka-Wet ser um epíteto plausível Hestia / Vesta, a deusa do fogo eterno dos lares sagrados que teria sido, esposa de Hefesto, por sinal mãe do deus do fogo.

 

Ver: DEUSES DO FOGO (***)

 

Pois bem, por conveniências e várias vicissitudes também os mitos andaram seguramente baralhados, e nada obsta a que, como em muitos outros mitos primordiais Hestia e Hefesto fossem a virgem e o deus menino que acabaram também por ser o casal primordial. Como ἀγάπη θεῶν, amor dos deuses (ou, por ser um genitivo feminino plural, das deusas) foi um epíteto de Ísis, suspeita-se que pelo menos esta deusa ainda revelava uma relação entre a virgem mãe e o “deus menino” uma relação com um possível epíteto arcaico de Vesta. Supostamente a esposa de Hefesto era Afrodite mas nunca lhe terá sido muito fiel pelo que alguns dizem que terá tido por esposa Aglaia, “a resplandecente”, “a que brilha”, “a esplendorosa e esplêndida”, seguramente por ser deusa do fogo e que a mais jovem e bela das três Graças que simbolizava a inteligência, o poder criativo e a intuição.

B. Χάρις, ιτος, , as a mythological pr. n., Charis, wife of Hephaestus, Il.

2. mostly in pl. Χάριτες, αἱ, the Charites or Graces, Lat. Gratiae, who confer all grace, even the favour of Victory in the games, Pind.:—in Hom. their number is undefined; Hes. first reduced them to three, Aglaia, Euphrosyne, Thalia.

Aglaia < Hagaraia < Kaka-uria ó *Kaka-Wet = Caca Vesta.

Enquanto deusa do fogo sexual era uma deusa da fertilidade como Isis e por isso acabou relacionada como as Graças do culto de Vénus / Afrodite.

E é assim que sem ter que estudar o catecismo católico passamos do amor das deusas deste, que os petulantes cristãos repudiaram por pura misogenia patriarcal machista, para a Caridade.

A «caridade» paleocristã foi sempre algo mais prático do que o puro e platónico amor cristão.

No entanto é bem possível que debaixo da poeira retórica dos evangelhos (e sobretudo da tradição), que mascara a vera efígie do cristianismo, se esconda uma semântica de significado e eficácia social muito mais profunda.

Kiddush (em hebraico: קידוש, literalmente, "santificação") é a bênção recitada sobre o vinho ou suco de uva para santificar o Shabat ou uma festa judaica. A Torá se refere a dois requerimentos referentes ao Shabat - "mantê-lo" e "lembrá-lo" (shamor e zachor). A Lei judaica portanto requere que o Shabat seja observado em dois aspectos. Uma pessoa deve "mantê-lo" se abstendo das trinta e nove atividades proibidas, e a pessoa deve "lembrá-lo" fazendo arranjos especiais para o dia, e, especificamente, através da cerimônia de kidush.

O termo Kiddush também é usado para se referir a refeição cerimonial servida em uma sinagoga após a recitação do kiddush na conclusão dos serviços.

Nela são servidas bebidas e em muitas vezes bolos, biscoitos, e peixe.

A eucaristia seria tão-somente a primeira comunhão do cristianismo no sentido de refeição comunitária.

Ahora, en apoyo de nuestras conclusiones, citaremos dos autoridades de la exégesis liberal: «Las pretendidas palabras de la institución eucarística sólo tienen sentido en la teología de Pablo, que Jesús no había enseñado, y en la economía del “misterio” cristiano, que Jesús no había instituido». (Cf. Abad Alfred Loisy, L'initiation chrétienne, p. 208).

«Pero entonces, ¿de dónde procede ese rito? ¿De dónde proceden esas palabras? No de Israel. Los judíos no ignoraban la comunión de la mesa, y muchos esperaban con firme esperanza el “festín mesiánico”; se habla de ello en los Sinópticos. Sus sectas, por ejemplo los essénios y los terapeutas, practicaban ágapes sagrados que se parecían mucho a los ágapes de sacrificio. Pero por doquier se trataba tan sólo de un signo de fraternidad; en ninguna parte se percibe rastro alguno de teofagia.» (Cf. Charles Guignebert, Le Christ, III.)

Escuchemos a Pablo: «Y cuando os reunís, no es para comer la cena del Señor, porque cada uno se adelanta a tomar su propia cena, y mientras uno pasa hambre, otro está ebrio». (Pablo, I Epístola a los Corintios, 11, 20-21.) Y Judas, en su única carta, nos dirá lo mismo: «Estos son los que mancillan vuestros ágapes, cuando con vosotros banquetean sin recato, hombres que se apacientan a sí mismos». (Epístola de san Judas, 12.)

Verdade oculta ou exagero ocasional inevitável a verdade é que a Igreja veio a proibir o ósculo da paz e o uso de leitos nos banquetes das igrejas o que acabou com os ágapes no concílio de Cartago do ano de 397.

ÁGAPE (del gr. άγάπη, afecto, amor):Por otra parte los paganos sacaban todo el partido posible de estas comidas en común para combatir á los cristianos y daban torcidas y malévolas interpretaciones al ósculo de paz con que se despedían los asistentes de ambos sexos, suponiendo que tales reuniones eran, más que otra cosa, orgias y bacanales. Hay quien cree que no eran del todo infundadas tales acusaciones; lo cierto es que se dispuso que el ósculo de paz sólo se diera entre personas del mismo sexo y se suprimieran los lechos en los lugares en que se celebraba el ágape. A pesar de estas disposiciones, los abusos persistieron ó la calumnia fué en aumento, puesto que en 397 el concilio de Cartago los prohibió terminantemente. La voz Ágape era sinónima de limosna en el siglo ix. -- Diccionario Enciclopédico: Hispano-Americano de Literatura, Ciencias, Artes, Etc.

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Figura 9: As três Cárites dos favores graciosos das estações do ano que entre os romanos eram as Graças das três idades da mulher: Castitas, Pulchritude & Voluptas.

Entretanto, os ágapes vieram a ser substituídos pela Eucaristia quase seguramente porque o pensamento grego dominante da igreja se foi apercebendo de que a etimologia do termo ágape tinha sido um equívoco dos judeus helenistas de Alexandria e que o “verdadeiro amor de caridade” teria que ser a Eucaristia, até porque os ágapes tinham degenerado num amor demasiado literal.

«Eucaristia» = εὐ-χαριστία = Eu + Kar + ist(-ia) < Χάρ-ι-τες.

A ideia desta renovação litúrgica deve ter decorrido das festas gregas em honra de antigas divindades das estações do ano, as Horas, que depois se transformaram em divindades da Graça e Caridade.

El río Cefiso cerca de Delfos estaba consagrado a ellas, y tenían sus propias festividades, las Caritesias o Carisias que son las fiestas de "Acción de Gracias", en las que se practicaba el banquete "Charistía", en el que se comía torta de miel llamada piramús en honor de las Cárites.

 

Ver: DO SACRAMENTO DA EUCARISTIA A JESUS CRISTO,

por arturjotaef.



[1] AGAPE, ag'a-pe (Gr. agapt, love), in ecclesiastical history, the love-feast or feast of charity, in use among the primitive Christians, when a liberal contribution was made by the rich to feed the poor. -- Encyclopedia Americana, Volume 1

segunda-feira, 10 de março de 2014

OS DEUSES DAS BRIGAS IBERICAS E CELTIBERAS, por Artur Felisberto.

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BRIGO
Brigo (Brigus) – Deus da criação da Lusitânia. É um Deus protector e fomentador da civilização humana. É o destruidor do caos, das trevas e do inferno, está ligado à criação do Cosmo. É o símbolo da vitória do homem sobre a natureza selvagem. (...) É o esposo de Trebaruna.
Bereco (Berecc) – Divindade local adorada pela tribo dos Ocelenses.
Bero – Deus de origem Ibérica adorado por algumas tribos Lusas.
Bel – Deus de origem Fenícia adorado pelas classes mercantis da Lusitânia, como Baal ele representa o deus das batalhas, da fertilidade e fecundidade.
BEL > Bero > Ber-eco < Wer- Kiko > Breco > Brigo.
Quem teime em procurar uma origem no mito indo-europeu a mitologia e a língua da Europa ocidental perde o seu tempo. A cultura prospera onde tem terreno fértil e onde há centros de excelência para a cultivar. O mundo suposto indo-europeu só teve centros culturais importantes depois dos Persas que receberam quase toda a civilização da próspera cultura caldeia. O ocidente foi sempre um terreno de invasão e colonização recorrente das culturas orientais que foram sempre preponderantes até à queda de Cartago e depois até à queda do império árabe. A facilidade com que os mitos se propagam de forma errática e errada a ocidente tem decorrido do atraso sócio económico da cultura de subsistência que os terrenos e climas invernosos de centeio parcamente permitiam. A oralidade cultivada pelos druidas com a mesma cegueira cultural com que os árabes cultivaram a iconoclastia contribuiu para a pobreza e incerteza na transmissão cultural fonte de ignorância e terreno fértil de todas as quimeras e falsidades de que o mito indo-europeu é o mais recente.
Uma análise detalhada da mitologia ibérica permite demonstrar que não existe nada de especificamente celta nos deuses da Lusitânia. Pelo contrário, a escassez de informações que praticamente nos limita aos teónimos de que raramente podemos inferir alguma coisa de substancial demonstram-nos que estes correspondem a adopções em crioulo de mitologias egeias e fenícias sem qualquer originalidade celta ou local.
No caso da raiz -briga das cidades lusitanas poderemos agora demonstrar que se trata de uma derivação do nome de Bel Marduque que como Melkart era o senhor das cidades. De resto, se assim não fosse sempre seria Cibele / Ki-Wer, a deusa da cidade à cabeça, a padroeira das cidades do sul da Lusitânia como ficou demonstrado na análise da etimologia de Sevilha. De qualquer modo fica-nos já a suspeita de que Trebaruna, literalmente a baronesa dos animais (grec. ter), seria, afinal, uma variante em crioulo lusitano de Artemisa / Cibele.

Ver: SEVILHA (***)

Supõe-se que -briga seria um étimo de origem galo-celta, quando de facto, seria, quando muito, apenas celta já que se suspeita que os chamados lusitanos seriam um povo tão autóctone e arcaicos quanto os bascos.
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Figura 1: Citânias da Lusitânia. Mapa de acordo com as conjecturas e a interpretação das fontes clássicas, mais consensuais entre os eruditos. Notar, neste caso, que Talábriga foi assinalada onde, de facto, é mais provável que tenha estado.
Gran parte de la toponimia celta de España puede agruparse en conjuntos característicos. Significativos son los toponimos en seg- (Segovia, Segobriga, Segeda, Segontia, Segisamo), en eburo- (Eburobriga, Eburobrittium, Ebura, Evora) y los formados con el sufijo de superlativo –samo (Uxama, Ledesma, Segisama). Pero el elemento más abundante y característico de la toponimia celta peninsular lo constituyen los nombres en –briga.
Ao analisar as supostas etimologia de nome de antigas cidades lusitanas postulou-se que –samo foi um superlativo celta. E porque não um derivado de –simus, idêntico superlativo latino adaptado à fonética local? Os exemplos Uxama[1], Ledesma, Segisama apelariam mais para um étimo em -ishma/-ashma do que para –samo.
Ledesma < Leda-Ishma < Reth-eshma < Urat-*Ashma => Artemisa.
De qualquer modo, superlativo celta ou não, nem isso seria sequer importante pois também o celta terá sido uma língua arcaica local tantos das gáleas quanto do norte da Europa atlântica. A verdade é que *-ishma parece mais um étimo arcaico derivado de *Kima, a Deusa Mãe da Terra dos povos arcaicos e de todos os demos e domus (< Thi-Ama) da antiguidade de que –dunum é o derivado gaulês e «cume, cumeeira e cumeira» os equivalentes semânticos lusos de que «domo e duna» são os equivalentes fonéticos!

Ver: KIMA = A TERRA MÃE (***)

Quando se lança como desculpa para a falta de crédito duma origem galo-celta o termo e étimo briga, em vez de se colocar a hipótese de os poucos topónimos em briga encontrados nas gáleas serem equívocos de geógrafos ou exportação lusitana adiantam-se argumentos que também não convencem quando se consideram como uma espécie de permuta cultural.
Por el contrario los toponimos en –dunum, característicos en otros territorios celtas, como las Galias, aunque también existen en Hispania (verdú, Verdúm, etc.) son infrecuentes y, en términos generales, revelan mas bien penetraciones mas o menos tardías de elementos galos. [2]
Do prefixo Seg- pouco se poderá dizer que não pareça mais do que pura especulação mas a verdade é que tal étimo nos reporta inevitavelmente para a mitologia da deusa das ceifas e “segadas” que foi Ceres na sua forma latina Segetia!

Ver: CERES/SEGETIA (***)

Já o étimo eburo-, que aparece patente em Ebora (a cidade de Diana em Évora tem o nome da própria Iberia) e no topónimo fenício/basco Il-iberris, terá sobretudo a ver com um qualquer conceito mítico que relacionava os antigos cretenses da talassocracia minóica, referidos em registos babilónicos como Pulukku Sha ebirti, se é que não seria uma mera referência nostálgica ao país colonizador da Ibéria assim considerada como uma «nova Creta»!
One more word about Peleg: In the International Standard Biblical Encyclopedia, reference is made to a Babylonian geographic fragment (80-6-17, 504) which has a series of ideographs tentatively read out as Pulukku, perhaps a modified form of Peleg. This is followed by the words Sha ebirti, which could either signify Pulukku who was of Eber, or it could be a composite phrase Pulukku-of-the-Crossing.
Notar de passagem que o fenício Il-iberris nos deixa a suspeita de que os árabes tiveram pouco trabalho em transformar o il fenício em al/el arábico o que nos deixa outra suspeita de que os romanos não terão suprimido toda a reminiscência linguística anterior deixada pela tradição oriental cretense, fenícia e grega.
De facto, não deixa de ser inquietante que eburo- de Ebora e da Ibéria sejam semelhantes ao sumério ebirti relativo a cretenses de que aqui supomos derivar o étimo lusitano –briga.
*Ki-kerta > Hebirth > Sumer. Ebirti > Heber > Ibéria
                                   > eburo- > Ebora > rio Ebro.
                                   > -burca > -bruca > -brica > -briga.

Ver: TAURUS (***) &  VERTUMNO (***)

Para se poder falar na presença do étimo –dunum em Verdu teria que ter sido Verdunum e não Verdum. Ora, o étimo mais provável aqui seria -mino.
Verdu < Verdum < Vertumno < Kertu-Mino.
Mas arriba he explicado a que circunstancias históricas obedece él habito de construir ciudades fortificadas en alturas naturales del terreno (-briga), hábito que termino por desarrollar un procedimiento estereotipado de derivar toponimos para cualquier tipo de ciudad. Me limitare a recordar aquí que –briga deriva de *bhrgh- "alto, elevado", con un tratamiento fonético que caracteriza a la forma como indiscutiblemente céltica. [3]
Claro que *bhrgh- é puro delírio inventivo impronunciável! Que eu me recorde ninguém jamais me ensinou tal coisa, como poderia então compreender que alguém me recordasse disso? Sejamos francos, *bhrgh- só seria um étimo convincente se nos fosse mostrado o caminho para o pronunciar e depois para o entender, tanto no plano étmico como no semântico! A chamada proto-linguagem indo-europeia não passa de uma teoria discutível que se torna cada vez mais impronunciável. Claro que *bhrgh- ressoa a algo que nos é familiar, mas que não passa disso mesmo: uma mera conotação com aquilo que parece, a saber: um local «abrigado» de «brigas» o que corresponde em concreto ao actual conceito de «forte» militar de tipo feudal, situado no cabeço dum penhasco estrategicamente situado, logo: «alto» e «elevado» e, possivelmente, tão «alvo» e «branco» como a neve! Mas também se intuía da semântica portuguesa pois, briga é nome comum português com tem conotações viris obviamente por andar relacionado com o nome dos «fortes» militares por onde todas as cidades coloniais e imperiais começaram. Porém, um “tratamento fonético indiscutivelmente céltico” só o é na medida em que não há ponta por onde pegar num assunto inacessível a qualquer tipo de comentários e discussões. Na verdade, o que sabemos sobre os celtas é quase tudo em segunda mão e, se conhecemos algumas coisas escritas dos celtiberos, não as sabemos traduzir pelo a sua fonética inferida, quase sempre por analogia, não pode ser senão aproximada e, para o caso, a transcrição para a fonética latina que ficou registada na história bata-nos para avançar numa verdadeira pesquisa etimológica.
Pero no tan abundantes como aquí, donde los encontramos extendidos un poco por toda la Hispania indoeuropea: Ardobriga y Abobriga en Galicia; Nemetobriga y Tiatobriga en León; Lacobriga en el norte de Palencia; Dflaviobriga cerca de Bilbao; Amallobriga en el Duero medio; Mirobriga al oeste de Salamanca; Caesarobriga, Austobriga y Alpuebrega en el Tajo medio; Segobriga en Cuenca; Arcobriga (actual Arcos del Jalón); Mirobriga y Nertobriga cerca de Almaden; varias Segobriga (en fonética actual Segorbe); Langobriga y Talabriga en la región de Aveiro; Conimbriga (la actual Coimbra); Volobriga y Caelobriga en el oeste de Portugal; Lacobriga (actual Lagos) en el Algarve, etc. [4]
Pessoalmente tenho as minhas dívidas quanto à natureza estrangeira do étimo –briga pois, supõe-se que os celtas teriam sido predominantes no norte da península Ibérica, particularmente na Galícia > Galiza e, no entanto, este étimo -briga está praticamente ausente da toponímia romana desta região onde apenas se encontra Ardobriga y Abobriga. A norte da Lusitânia aparece apenas na bacia da nascente do Douro em nomes como Lacobriga de Vacae (homónima da que veio a ser Lagos), Juliobriga na Cantábria e Flaviobriga perto de Bilbau.
Aliás, estes últimos nomes parecem artifícios posteriores em torno de nomes de imperadores romanos, tais como, Júlio César e os Flávios, tal como Augustóbriga, perto de Toledo e Caesarobriga, no meio do Tejo.
Los toponimos en –briga se encuentran también en ámbitos célticos fuera de la Península (por ejemplo Litano-briga, en las Galias).
Junto a Tulosa, nas Gálias romanas, Albiga (< arbiga < a-briga) poderia ser uma variante de -briga, por exemplo, tal como Brivas.
Em Inglaterra temos apenas estas conhecidas: Durocobrivae, Durobrivae (2: => Rocheter e Castor), Camboricum (< Camobricum > Cambridge) que permitem as seguinte inferências linguísticas: -Briv(ae) < -briw < -bric(um) > -brig > bridge. A deusa celta Bright teria tido assim uma evolução semântica do mesmo tipo!
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Figura 2: Topónimos em -briga e em Il- (Historia Antigua - Universidad de Zaragoza - II Ciclo - Prof. Dr. G. Fatás).
Aquilo que de mais fundamental este mapa nos confirma é a existências das duas Hispanhas que acabaram por dar origem aos dois estados Ibéricos actuais: a ocidental e atlântica (dos lusitanos e cantábricos); e a mediterrânica e oriental (dos andaluses catalães e bascos), diferença que já se reconhece desde o Megalítico, com a diferença de que, em tempos pré-históricos, era a parte ocidental que dominava as regiões que são hoje de Castela. A preponderância do étimo -brig na porção noroeste da península ibérica deixa a suspeita de estarmos perante o resultado uma vaga colonizadora de tipo recente, intensa e sistemática, a partir dum centro que parece coincidir com a bacia dos vales dos três grandes rios ocidentais, o Douro, o Tejo e o Guadiana.
E interessante também suspeitar que o Il- dos semitas fenícios iria mais tarde ser substituído pelo Al- dos semitas árabes.
Em terceiro lugar à que concluir que os étimos -brig e Il/Al são genéricos toponímicos significando seguramente «cidade» e «o/a».
Por outro lado, a preponderância do prefixo toponímico duro- até parece deixar a suspeita de que se trataria de neo-colonizadores de origem galaico-duriense! De resto, o facto de bridge ter acabado por significar «ponte» em Inglês não pode ter sido por mero acaso pois quase todas as pontes antigas eram protegidas por fortes militares como a Torre de Londres e tantas outras espalhadas pela Europa!
É sabido que o Porto, foz do Douro, foi cidade famosa pela sua ponte das barcas, tal como é sabido que este nome-frase «Ponte da Barca» ficou nome de vila minhota! Barcelos, Barqueiros, e Bracara Augusta teriam derivado o seu nome da mesma vis semântica que seria própria tanto de barcos como de barqueiros aguerridos! Quer isso dizer que os célebres Barcas das guerras púnicas seriam apenas herdeiros deste antiquíssimo nome derivado da tradição dos valente marinheiros que vieram outrora colonizar esta porção ocidental da Ibéria, ao serviço da talassocracia cretenses, em áreas com que os romanos se identificaram porque seriam relacionadas com um tipo de desenvolvimento produtivo do tipo agro-pecuário (vacum e cerealífero) ainda muito próxima da mediterraniedade e que não espantaria muito que tivessem estando relacionado com a introdução das cultura do «vinho do Porto» duriense e do «vinho verde» minhoto e galego, tradição esta perpetuada no mito da barca de Dioniso!

Ver: DIONISO (***)

O Minho é uma província portuguesa junto da Galiza de intensas tradições agrárias em torno do rio Minho o que deixa-nos a suspeita toponímica de o latino Minium derivar dum nome antigo que relacionava estas paragens com o facto plausível de terem feito parte dos domínios da talassocracia cretense ao sido uma arcaica colónia minóica nos primórdios da agricultura.
Na verdade este termo aparece na Galiza no nome de Brigantia, perto da Finisterra, para onde teria sido levado do Douro como sugerem sagas dos irlandeses.

IRLANDA

Na mitologia irlandesa, Ériu, filha de Ernmas dos Tuatha Dé Danann, era a deusa epônima padroeira da Irlanda. Seu marido era Mac Gréine ("Filho do Sol"). Foi mãe de Bres com o príncipe Elatha dos Fomorianos. O nome em inglês para Irlanda vem de Ériu e da palavra land ("terra" em germânico, nórdico antigo ou anglo-saxão). (...)
A Universidade de Gales reconstruiu o léxico proto-céltico *Φīwerjon- (nominativo singular Φīwerjō) como a etimologia proto-céltica para o nome. Esta forma céltica implica o proto-indo-europeu *piHwerjon-, provavelmente relacionado ao adjetivo *piHwer- "gordo" (conforme o sânscrito pīvan, f. pīvarī e derivado pīvara, "gordo, pleno, abundante") significando assim "terra gorda" ou "terra da abundância", aplicada desde cedo à ilha da Irlanda. A forma proto-céltica tornou-se *īweriū no céltico-Q (proto-goidélico). De uma forma similar ou ligeiramente posterior surgiram os termos gregos Ἰέρνη, I[w]ernē, Ἰουερνία e Iouernia; a última forma convertendo-se no latim Hibernia.
Não sabemos quais foram as equações ou alquimias fonéticas que a Universidade de Gales usou para reconstruir as pequenas quimeras proto linguísticas acima referidas, tão inefáveis quão bárbaras mas o mais curioso é que seja o sânscrito pīvan o único elo de fundamentação apresentado, como se por detrás dos trabalhos da Universidade de Gales estivesse um loby indiano.
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Figura 3: INSULAE ALBION ET HIBERNIA - Old Great Britain. 1654
Mesmo aceitando que o conceito duma Irlanda como “terra gorda e da abundância” teria o mesmo valor mítico que a terra desértica prometida aos judeus como sendo de “leite e mel” o facto de para lá chegar ser preciso reportar-se à pequena quimera linguística do proto-indo-europeu *piHwerjon só faria sentido se tivesse sido este ou muito parecido o nome da Irlanda desde os tempos imemoriais dos arianos supostos proto-indo-europeus. Dito de outro modo, a hipótese da Universidade de Gales seria a de que a fama duma Irlanda mítica enquanto terra gorda teria que ser antiquíssimo e, por isso merecido por alguma razão natural  tal que não teria passado despercebida aos múltiplos povos que as lendas irlandesa referem como invasores e que as crónicas irlandesas refeririam nem que fosse de forma mítica. Ora, embora nenhum argumento geográfico, histórico ou mítico que fundamente a ideia de que a Irlanda seria uma “terra gorda e da abundância” nos seja mostrado pela Universidade de Gales também não vamos aqui desenganar os irlandeses que já passaram por tantas fomes e misérias famosas ao longo da história.
Hibernia is the Classical Latin name for the island of Ireland. The name Hibernia was taken from Greek geographical accounts. During his exploration of northwest Europe (c. 320 BC), Pytheas of Massilia called the island Iérnē (written Ἰέρνη). In his book Geographia (c. 150 AD), Claudius Ptolemaeus ("Ptolemy") called the island Iouerníā (written Ἰουερνία, where "ου"-ou stands for w). The Roman historian Tacitus, in his book Agricola (c. 98 AD), uses the name Hibernia. The Romans also sometimes used Scotia, "land of the Scoti", as a geographical term for Ireland in general, as well as just the part inhabited by those people.
No entanto não deixamos de estranhar que os ávidos e gulosos romanos nunca tenham invadido a Hibérnia que seria literalmente "terra do inverno", ou seja, o oposto da abundância.
«Inverno» < Lat. Hibernu > Hibernusa > Hibérnia.
Já os termos góticos de que deriva o inglês Winter podem ser mera corruptela pré romana de Hibernus quiçá a partir da fama invernosa que tinha a Hibernai Irlandesa, ilha dos hiperbóreos.
Winter = Old English, "fourth season of the year," from Proto-Germanic *wintruz (cf. Old Frisian, Dutch winter, Old Saxon, Old High German wintar, German winter, Danish and Swedish vinter, Gothic wintrus, Old Norse vetr "winter"), perhaps literally "the wet season," from PIE *wend-, from root *wed- (1) "water, wet" (see water (n.1); or from *wind- "white" (cf. Celtic vindo- "white").
Eng. Winter < Gothic wintrus < Witrun < Tiwern < Ki-Wer > Hibernia.
                                                                                                > Ta-Ver-et
Desculpa de raposa que acha as uvas verdes quando as não pode alcançar? É difícil de aceitar este argumento de suspeição quando sabemos que os romanos invadiram as inexpugnáveis Ilhas Britânicas. De resto, faz todo o sentido que a origem da semântica do termo latino para inverno possa ter sido a descrição que os marinheiros faziam da Hibérnia. Por outro lado, para a “terra gorda da Irlanda os latinos teriam feito a interpretatio com a sua Uberitas e teriam chamado Hibéria algo parecido com *Ubernia. De facto suspeitamos que foi nas águas subconscientes da semântica de Uberitas que a Universidade de Gales andou a nadar.
Since Ériu is represented as goddess of Ireland, she is often interpreted as a modern day personification of Ireland, although since the name "Ériu" is the older Irish form of the word Ireland, her modern name is often modified to "Éire" or "Erin" to suit a modern form.
Ora bem, como quase de certeza todas as colonizações irlandesas foram da Galiza deveria ser pela cultura galaico duriense que o nome da Irlanda deveria ser pesquisado. Na verdade a deusa Eriu / Erin tem todo o aspecto de ser a lusitana Santa Iria seguramente descendente da egeia deusa (e depois santa) Erene, com etimologia arcaica seguramente próxima das Erínias.
Ora, seria esta a deusa que transformaria todas as terras aráveis em gordas e férteis no começo da primavera e por isso teria sido a deusa das estações produtivas do ano como Wer, Werínia e que seria filha de Deméter, em tempos *Ki-Wer-et, sobrevivente na latina Uberitas e na egípcia Taveret.
Esta ou sua mãe mais velha eram as deusas da Fartura e da Fortuna, quando no submundo dos infernos, e por isso também chamada de *Ki-Wer-ana Ta-Wer-et / Taveira / Talaveria, as velhas e invernosas deusas da Hibérnia.
Este percurso mitemológico lança igualmente luz sobre a estranha deusa da Beira inventada por Donald Alexander Mackenzie.
Beira é o nome dado, pelo jornalista e antropólogo Donald Alexander Mackenzie, do século XX, para a Cailleach Bheur, uma deusa do inverno e mãe dos deuses e deusas da mitologia escocesa. Está associada a um mito de criação céltico (que usualmente se refere a características locais da terra) e carrega um papel similar ao de Gaia na mitologia grega, e Jord na mitologia nórdica.

Ver: VERTUMNO (****) & BRÍGIDA (***)

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Figura 4: Brigantium da época Romana.
Again they took to ships and after a long, arduous sea voyage across the Mediterranean Sea, eventually landed on the coast of Spain. On a high mountain on the coast Brath's son, Breogain, built a city named Brigantia famed for its tall tower. Some years later, Ith, the uncle of King Milesius, saw Ireland from the top of the tower on a cold winter's night.---[5]
Estas vagas de colonizadores que pronto perderam os elos com a mãe pátria deveriam corresponder às vagas de «povos do mar», identificados pelos egípcios de Merneptah e Ramssés e referidas de memória muito mais tarde nas sagas irlandesas, que terão temporariamente estacionado no noroeste da Espanha em torno da cidade lendária de Bragança donde partiram depois para a Irlanda.
Ora a força cultural deste vaga de colonos teria sido tão arreigada que teria persistido como fonte de tradição legitimadora de poderes a tal ponto que o nome da «casa de Bragança», mais mítica que geograficamente delimitada, foi sempre uma detentora de direitos, que ainda hoje permanecem, à coroa portuguesa!
De resto, talvez as crónicas irlandesas devessem ser levadas mais a sério do que o mito do paraíso perdido indo-europeu aceitando que tanto a Irlanda quanto as ilhas britânicas foram outrora colonizadas por bárbaros citas que metaforicamente se tornaram especialistas em linguística depois da queda da torre de Babel. E tudo isto precisamente por terem aprendido línguas com os egípcios...como rezam outras crónicas.
According to the traditions of the Lebor Gabala Erren (Book of the Taking of Ireland), the Irish originated in Scythia and were descendants of a King Feinius Farsaid, a King of Scythia. This Feinius Farsaid and his son, Nel, went into Asia to work on the Tower of Nimrod (Tower of Babel in biblical history) and were present at the subsequent dispersal of the races after the destruction of the tower. Feinius and his son, both learned in the new languages, which resulted from the dispersal, returned to Scythia where Feinius opened a great school of languages on the Scythian plain. In time his son Nel became such an expert in languages that pharaoh of Egypt invited him into his country to teach his people the new languages of the world. -- The Book of the Taking of IrelandBook of Leinster 1150 A.D.
Ora bem, a necessidade que os cronicões irlandeses tiveram de se porém de acordo com a tradição bíblica obrigou-os a algumas distorções no tempo e nos locais da história e a inventarem lendas com a mestria dos escritores sagrados inspirados pelo Espírito do Senhor.
Possivelmente estamos na época do fim do império hitita e no meio do fenómeno migratório “dos povos do mar”, a menos que tudo isto tivesse acontecido em épocas muito mais recuadas, coincidentes com o fim da talassocracia cretense de que a destruição da torre de babel seria uma metáfora semita.
Feinius had two sons; Nenual, whom he left over the princedom of Scythia behind him; and Nel, the other son, and at the Tower was he born.
Claro que todos estes nomes têm tanto de lendário quanto de mítico. Feinius faz lembrar o deus protágono grego Phan (= Eros) que, em conjunto com, Nel e Nenual fazem lembrar o arcanjo do amor judeu, Fanuel.
Nel ó Nenual < Nanu-el < El-Nuno
(> Egipt. Nun, deus das aáguas primordiais).
Feinius < Fani- | ush ó El > | Fanu-El > Phan > Pan > Fauno.
Now he was a master of the multiplicity of languages, so that it is he who was taken into Egypt, to learn from him the multiplicity of languages.
Esta referência à destreza linguística dos antepassados Irlandeses não deixa de ser o reflexo da imaginação criadora do senso comum académico que vigorava na florescente cultura monástica irlandesa anterior às invasões bárbaras dos Vikings.
But Feinius came from Asia to Scythia, whence he had gone for the building of the tower; so he died in the princedom of Scythia, at the end of forty years, and passed on the chieftainship to his son, Nenual. At the end of forty and two years after the cessation of work on the Tower, Ninus son of Belus took the kingship of the world. That is the time when Gaedel Glas was born - who formed the Elect language out of the seventy-two languages; these are their names -- Minuguid (Min.) Early history of the Gaedil, Stowe D.5.1
...ou mesmo com os gregos.
14. Now that is the time when Gaedel Glas, [from whom are the Gaedil] was born, of Scota d. Pharaoh. (…) 15, It is Gaedel Glas who fashioned the Gaelic language out of the seventy-two languages (…) 46. Semeon went in the lands of the Greeks. His progeny increased there till they amounted to thousands. Slavery was imposed upon them by the Greeks; they had to carry clay upon rough mountains so that they became flowery plains. --- Book of Leinster 1150 A.D.
Se é que não eram mesmo gregos como Gaidelos e como o diz a crónica dos escoceses, razão porque ficaram a falar gaélico e a sonhar com a utopia do Graal!
Alias a saga intrigante dos “povos do mar” pode em parte se entendida através destes relatos aceitando que tanto o súbito colapso do império hitita como depois da civilização micénica se ficou a dever ao facto de estas civilizações terem atingido uma grande prosperidade à custa da utilização intensiva da escravatura. Sendo assim, aquilo que fez a grandeza destas civilizações revelou-se, na situação crítica de canícula e de guerra massiva que está pressuposta na “guerra de Tróia” e nos antecedentes da queda do império hitita o seu calcanhar de Aquiles porque são sempre os escravos os primeiros a abriram as portas da traição aos invasores. No caso dos “povos do mar” estes acabaram também por serem as maiores vítimas da derrocada destes impérios porque uma grande parte destes não estava já aplicada a trabalhos agrícolas mas, pelo contrário;”they had to carry clay upon rough mountains so that they became flowery plains”. A queda em “baralho de cartas” das civilizações egeias deixou estas hordas de escravos, cuja alimentação dependia duma féria organização imperial, sem amos e sem pátria e sem qualquer espécie de hipóteses de sobrevivência razão pela qual se assiste à sua debandada em massa e sem rumo mas com a ferocidade que só os que nada têm a perder manifestam. Esta foi pelo menos a impressão com que os egípcios do tempo de Ramsés parecem ter tido quando descreveram a chegada massiva e desordenada de invasores pouco habituais transportando consigo a família e todos os seus haveres. De certo modo os egípcios estavam a descrever uma das maiores catástrofes da história e seguramente a maior vaga de escravos “deslocados de guerra”!

Ver: CITAS (***) & TRÓIA I (***)

"In the third Age, in the days of Moses, a certain king of one of the countries of Greece, Neolus, or Heolaus, by name, had a son, beautiful in countenance but wayward in spirit, called Gaythelos, to whom he allowed no authority in the kingdom. Roused to anger, and backed by a numerous band of youths, Gaythelos disturbed is father's kingdom by many cruel misdeeds, and angered his father and his people by his insolence. He was, therefore, driven out by force from his native land, and sailed to Egypt, where, being distinguished by courage and daring, and being of Royal birth, he married Scota, the daughter of Pharaoh.-- The Scottichronicon (Chronicle of the Scottish Nation) John of Fordun c. 1345
De Gaythelos podemos dizer que se trata quase de certeza de uma reminiscência do nome da cidade andaluza de Cádis, a cidade dos *Kaki-Tellus, de onde primariamente teriam partido estes povos de antigas colónias cretenses antes de aportarem na foz do douro e em praias da Galiza.
Gaidelos < Kai-| Theilos < Talos | ó  Kertyos
< *Kartu, a deusa das cobras dos cretenses!
Do nome do lendário rei Milesius derivou os Miles e os mirmidões dos autores clássicos.
20. It is Caicher the druid who gave the remedy to them, when the Siren was making melody to them: sleep was overcoming them the music.  This is the remedy which Caicher found for them, to melt wax in their ears. It is Caicher who spoke to them, when the great wind drove them into the Ocean, so that they suffered much with hunger and thirst there: till at the end of a week they reached the great promontory which is northward from the Rhipaean Mountain, and in that promontory they found a spring with the taste of wine, and they feasted there, and were three days and three nights asleep there But Caicher the druid said: Rise, said he, we shalal not rest until we reach Ireland. What place is that 'Ireland' said Lamfhind s. Agnomain. Further than Scythia is it, said Caicher. It is not ourselves who shall reach it, but our children, at the end of three hundred years from today. (…) 25. Brath had a good son named Breogan, by whom was built the Tower andthe city - Braganza was the city's name. From Breogan's Tower it was thatIreland was seen;  an evening of a day of winter Ith s. Breogan saw it. Unde Gilla Coemain cecinit ---
                 Brath led the Scots to Spain)
                  |
                 Breogain (Built the city of Brigantia in Spain)
                  |
                 Ith_____________|__________Bille
                  |                             |
                 Lugaidh,   King Milesius of Spain
                                             |________________
                                             |              |             |
                                            Heber     Ir     Heremon
Book of Leinster, 1150 A.D.
Chapt. XIV  The Legend of Saint Brandan says: But Gaythelos, driven out of Egypt, and thus sailing through the Mediterranean Sea, brings to in Spain, and building, on the River Hyber, a tower, Brigancia by name, he usurped by force from the inhabitants a place to settle in. (…) Chapt. XVII  (…) Legend of St. Brandan says:  Now one of the sons of Gaythelos, Hyber by name, a young man, but valiant for his years, being incited to wwar by his spirit, took up arms and having prepared such a fleet as he could, went to the foresaid island, and slew part of the few inhabitants he found, and part he subdued. He thus apporopriated that whole land as a possession for himself and his brehren, calling it Scotia, from his mother's name.  -- [6]
A incerteza relativa ao nome do Eire parece começar agora a desvanecer-se! O nome dum tal Heber, herói lendário no “mito fundador” da Irlanda corresponde ao nome mítico dum, que mais não é do que uma forma encapotada de esconder a origem ibérica dos Irlandeses, até porque, por vezes, confundido com o nome do rio Ebro.
Heber, aquele que transporta ou seja uma espécie de marinheiro, genérico que já aparecia como Kifiria no nome dum poema alternativo à Ilíada. Quer assim dizer que logo no nome a ibéria foi sempre terra de marinheiros!
                  Heber < Kepher => Kifiria.
Iber(ia) < Heber > Ewer > Euer > Eire > Ire + land => Irlanda.
Erren < Eireann = Ibernia = «Bro Iwerzhon» = Ireland = Irlande
Eire-ann(ia) = Iber-(a)nia => [Eire // Iber]-(a)nia.
Quer Ibernia seja ou não derivada de Ibéria o certo e que nos deixa a impressão disso. Mesmo o nome Erren (< Ilib-erre) parece ser basco, que é como quem diz: um nome que teria sido dado pelos ibéricos à Irlanda antes da conquista romana.

CELTAS
Os Celtas eram um povo (ou grupo de povos) da família linguística indo-européia que se espalhou pela maior parte da Europa a partir do II milênio a.C., tendo maioria populacional no norte da Europa ocidental até o advento do Império Romano.
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Figura 5: Distribuição dos Celtas na Europa. A área verde sugere a possível extensão da área (proto-) céltica por volta de 1000 a.C.. A área laranja indica a região de nascimento da cultura La Tène e a área vermelha indica a possível região sob influência céltica por volta de 400 a.C. – Wikipédia.
Esta é, obviamente, a teoria oficial corrente que apenas esconde a verdade oculta por detrás da veracidade da data em volta do primeiro milénio antes de Cristo como fronteira entre a porção mais ocidental do mundo antigo, dominada pelo império hitita, e o classicismo marcada pelo cataclismo do fenómeno histórico dos “povos do mar”.
As origens dos celtas são ainda hoje motivo de controvérsia. Alguns autores classificam-nos como arianos ou caucasianos, mas além de englobarem grupos distintos, parecem ser a resultante da fusão sucessiva de culturas e etnias que se verificou a partir do II milênio a.C.. Em Portugal e na Espanha, por exemplo, fundiram-se aos iberos, originando os celtiberos. Todavia, estudos genéticos realizados em 2004 pelo Dr. Daniel Bradley, do Trinity College de Dublin, evidenciaram algo que já se suspeitava (que os laços genéticos entre os habitantes de áreas célticas como Gales, Escócia, Irlanda, Bretanha e Cornualha são muito fortes) e trouxeram uma novidade desconcertante: a de que, dentre todos os demais povos da Europa, os traços genéticos mais próximos destes eram encontrados na Península Ibérica. Numa entrevista para a agência Reuters, Bradley explicou que ele e sua equipe propunham uma origem muito mais antiga para as comunidades da costa do Atlântico: pelo menos 6000 anos atrás, ou até antes disso. Os grupos migratórios teriam saído de áreas em torno do que são hoje Espanha e Portugal em fins da Idade do Gelo. -- Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quando a genética confirma a etimologia mítica é esta que fica confortada e não aquela que fica reforçada porque a genética e apenas a prova moderna que faltava para dar razão às sagas celtas medievais. De resto, será que alguma vez existiu uma verdadeira unidade celta?
Por lo tanto, podemos ir concluyendo:
1-Con toda seguridad, los celtas nunca tuvieron una denominación colectiva (desde Irlanda al Asia Menor) para sí mismos. De hecho, muchos pueblos "celtas" ignoraban la existencia de otros (¿cuántos escotos gaélicos conocerían la existencia del Danubio o del Asia Menor?
2-Esa denominación nos ha sido legada por los autores clásicos.
3-Cabe la posibilidad de que "celta" fuera la denominación de un pueblo que vivía cerca de Marsella, que los griegos usaron para llamar a los demás galos.
4-El nombre, con mayor o menor fortuna, por corrupción, pudo dar origen a galo o gálata, que griegos y romanos usaron para llamar a otros pueblos que ellos consideraban vinculados de un modo u otro a los galos (origen, físico, costumbres, lengua...)
5-Cabe la posibilidad de que el nombre galo sí fuera un nombre indígena, usado por algunos grupos celtas, y que -en la nomenclatura de los autores clásicos- estuvo en pugna con el de celta. De todos modos, no hay que olvidar que, aunque la toponimia de algunas zonas de Europa Occidental podría apoyar esta tesis, algunos autores clásicos se refieren expresamente a "celta" como voz indígena, cosa que no sucede con galo, que en algunos casos, es citada expresamente, como de origen griego o romano. -- [7]
Portugal < Porto-Cale > It. Portugalo, lit. “porto | galego”
< Gali(ho) < galicus < Kar(i)cus < *Kartu > *caretius = cretense!
A ideia corrente de que Portugal derivaria do nome do Porto enquanto «porto da cale» não parece muito convincente se bem que um porto de tal produto fizesse sentido numa região que, sendo granítica, de cale careceria! No entanto a banalidade de tal facto seria apenas um reforço (conotado com a ressonância do termo sumério gallatu e grego galatoi para leite (de cal) dum semântica bem mais nobre e que teria relações com a mesma raiz do nome da Galiza! Ora o próprio nome da Galiza e de Portugal permanecem ligados na mesma semântica e em idêntica fonética ao nome dos cretenses!
Cale vs. Gal, ou a procura das origens de LUÍS MAGARINHOS IGREJAS em Sobre a origem e significado das palavras Portugal e Galiza.
Uma primeira olhada leiga sob as palavras Portu-Gal e Galiza, permite-nos perceber de imediato a existência dum radical Gal conteúdo nos dois vocábulos. O que de imediato nos faz, pelo menos intuir, algum tipo de ligação etimológica entre as duas denominações. Aliás, a forma Gal, não é mais do que uma derivação latina do radical indo-europeu Cale (Calem segundo as fontes).
A origem da palavra Galiza (Calécia, Gallaecia), tem a ver precisamente com o radical Cale. Concretamente, com o localizado numa das áreas onde hoje se encontra a cidade do Porto. Mas, antes de abordarmos essa questão, seria bom aproximarmo-nos a algumas das análises que sobre a etimologia e origem linguística Cale se têm realizado.
Hoje sabemos, que a forma Cale, esteve e está, muito presente ao longo de toda a geografia europeia. Especialmente nas áreas geográficas onde perviviu ou pervive um substrato linguístico celta (ainda que se tem registrado também em outras línguas indo-europeias como o eslavo ou o albanês). Daí, por exemplo, que na Europa Atlântica (e não só) tenhamos encontrado denominações como Gália, Calais, Gales, Galatia[8], Gaia, Galiza ou Portu-gal. Palavras, sob as quais, uma simples olhada, dá para ver que é o que têm em comum em relação à raiz Cale/Gal.
Estes povos proto-históricos partilhavam uma língua comum indo-europeia que alguns autores (Fuco O´Soer) relacionam com o goidelico, ainda existindo diversos ramos dentro dela, como seriam o gaélico (Irlanda, Escócia.), britônica (Cornualhes, Gales, Bretanha) e o galaico-lusitano (Galiza e Portugal). Esta última, virá logo a misturar-se com o latim após a ocupação romana.
O autor poderia ter juntado a esta lista a cidade irlandesa de Galway e o galóli, que é uma das "línguas nacionais" de Timor-Leste, comprovando assim que a ponta ocidental da Europa foi sempre empurrada para o mar desde tempos imemoriais, pela pressão migratória do resto do continente, sempre presente no nomadismo dos povos da época paleolítica e latente e recorrente no neolítico a partir dos povos ribeirinhos do mar Egeu por pressão demográfica ou por cataclismos.
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Galway (Gaillimh em irlandês) é uma cidade da Irlanda e é capital do condado de mesmo nome. É uma das maiores cidades do país depois de Dublin e Cork e a maior da província de Connacht. Conta com uma população de 65.832 habitantes (censo de 2002).
O galóli é uma das "línguas nacionais" de Timor-Leste, falada por cerca de 50 mil pessoas no norte do distrito de Manatuto. O galóli é de origem austronésica ou malaio-polinésia
A Galécia nasceu política e administrativamente com a invasão romana liderada por Décimo Júnio Bruto desde a Lusitânia em território dos "populi castrorum" (as gentes dos castros) ou "gallæci" (latinização do etnónimo grego "kallaikói") nome por que eram conhecidas estas tribos do noroeste da Península Ibérica na antiguidade clássica.
Assim, os galegos tiveram nome grego antes de latinizados. Se foram denominados kal-lai-koi pelos gregos é porque estes os teriam visto como tal!
Mas, o que nos atinge agora, é tentar sabermos qual é a origem exacta e significado de Cale dentro do corpus linguístico celta do que é originário. Para Fuco O´Soer a origem do termo (que logo dará lugar à forma latinizada Gallaecia) parte da Deusa mãe dos celtas Cal-leach, pois, segundo ele, era costume romana na altura nomear aos povos conquistados pelo denominação dos seus deuses. Isto dá, para lembrar-nos, que o nascimento da Calécia/Gallaecia como entidade política, produziu-se após a batalha do Douro e a posterior conquista romana. Para este autor, os celtas do Douro, virão a ser os Cal-laic-us (Calaicos) ou filhos da Deusa mãe dos celtas Cal-leach. Cuja referencia se tem encontrado numa inscrição na forma de Calaic-ia no lugar de Sobreira, perto do Porto.
Pois bem, a ser assim, esta deusa mãe dos celtas só poderia ser equivalente a deusa mãe das cobras cretenses, *Kertu que também teve as variantes latino-hitita Tellus e Tala.
                                                                      > (Afrodite) Carisa.
Lat. Cale(m) < *Cal-ete < Cal-leach < Kalecha => Talassa.
                                       < Kar-et ó Kartu > *Ker-tu
Cailleach Beara = The Irish/Celtic who was said to turn to stone every April 30 (Beltine) and to be reborn every October 31 (Samhain). She was represented as an old hag.
Cailleach = by Karla Morgan, Cailleach is referred to as the "Mother of All" in parts of Scotland. Also known as Scotia, she is depicted as an old hag with the teeth of a wild bear and boar's tusks. She is believed to be a great sorceress. She is also known to have created the earth. "With her hammer she alternately splinters mountains, prevents the growth of grass, or raises storms. Numerous wild animals follow her..."-- Encyclopedia of the Occult, 1920 Another name for her is Skadi.
Scotia was originally the Latin name for Ireland (also known to the Romans as Hibernia). Use of the name shifted in the Middle Ages to designate Scotland, since many of the Irish Scotii colonised that area which the Romans referred to as Cale-donia.

Ver: SOL-POSTO (***)

Na mesma linha de pensamento mítico os romanos deram ao extremo polar norte o nome de Caledónia em honra de *Dona Cale, a mesma que *Caliessa (ó Kali) ou Carisa, deusa extrema do «cal-or» e do «gel-o»!
Caledónia < Cale-Don |= *Dona Cale| -iha > *Cali | ó Kali| essa
> Carisa > Clarissa.
Hibernia < Ki-Wer-An-iha < (an)-Ta-Wer-ish => Taweret.
Esta deusa era seguramente Anat e Proserpina, esposa de Dis-Pater de que os celtas se diziam descendentes.
Mas, o grego kal-lai-koi poderia parecer uma adaptação fonética de algo como “terra de *calhaicos” em que o singular deste poderia ser, por sua vez, o proto-galaico-duriense do termo sem etimologia conhecida, «calhau»!
Uma outra analise do radical Cale no âmbito das línguas célticas: Palomar Lapesa (1957) e Alberto Firmat (1966), liga este com o significado de «pedra», «rochedo», «duro», cuja expressão se adequa com rigor às características geológicas e graníticas da cidade, nomeadamente do morro da Sé.
Tal postulado terá estado subjacente às hipóteses naturalista que conotam a etimologia do nome de Portugal e da Galiza ter algo que faria destas bandas uma “terra de calhaus”. O desprimor seria óbvio e de fazer com que um qualquer galaico-duriense «corresse à calhoada» quem, em sua presença defendesse tais teses se não fosse também evidente que durante o paleolítico os “calhaus rolados” do leito seco do rio Douro eram a principal matéria-prima dos "machados de pedra", a armaria e coudelaria desta época!
Para Higino Martins (1990) o vocábulo pré-indo-europeu Kala, definido como «abrigo», «refúgio», passou à língua celta sob a forma Cale e com significação de «terra», «montanha». Para ele, o etónimo Calaico/a viria então a denominar ao «da terra», ao «do lugar». Outras interpretações, menos consistentes desde o nosso ponto de vista, ligam a origem de Cale (vs Gal) com os galos ou gálatas. E mesmo há autores que atribuem a fundação de Cale, a uma expedição de galos chegados às terras do Douro através da Lusitânia. Mencionarmos também aos que como Pedro de Valdés ligam a origem da palavra com vocábulo grego Kalos, «formoso», daí que Calécia significasse para este autor «coisa formosa».
Porém, mais uma vez, o naturalismo pode ser uma forma simplista de confundir a nuvem com Juno e serem as diversas conotações semânticas intuídas como possíveis meras derivações do nome da Deusa Mãe Terra que também deus nome a Talábriga. Foi causa ou efeito o termo luso actual «cale» significar calha, rua e garganta funda dum rio? Uma coisa é segura, o génio cretense ficou no Porto na bandeira dos dragões e no culto da vinha!

Ver: FACA SAGRADA (***) & FOGO I / PEDRA LASCADA (***)
& TALABRIGA (***) & TALA (***)

(...) C. Plinio, que definiria aos habitantes de Cale como Caleci/Galaicos, fez distinção entre estes, e os Lusitanos do sul do Douro. (...) Segundo o que acabamos de afirmar, seria bom aclararmos mais uma vez como aponta Manuel de Sousa (2004), que o facto de os romanos terem dado o nome de Calécia/Gallaecia a todo o noroeste da Península Ibérica como uma das suas delimitações político-administrativas (neste caso o último e mais resistente território a ser conquistado), [7] não quer dizer, como já comentámos, que toda ela fosse habitada pelos Calaicos. Pois na altura (S. I a.C.), existiam diversas tribos, que, mesmo partilhando um substrato étnico-cultural e um habitat comum, localizavam-se em diferentes populi em todo o noroeste. (...). Mas só um desses populi, o de Cale, teria a sorte de erigir-se em topónimo fundador, e converter-se posteriormente, no nome da actual Galiza. (...)
Na verdade, o que se pode inferir é que ser galaico era uma forma local de ser celta no sentido de pertencente a uma comunidade cultural da mesma origem cretense que, como os lusitanos, até se casavam a maneira grega! Por isso, ter sido Cale a dar nome à Galiza, conseguindo passar por cima dos minhotos, mandando-os abaixo de Braga, pode ser um pouco de bairrismo tripeiro a mais já que a sorte do nome de Portugal decorre da mera coincidência de este pais, inventado pela vontade pessoal dum rei, nasceu em Guimarães, mas só ganhou força para os primeiros passos nutrido pelo poder económico do porto de Cale.
Portu Cale virá a nascer então como uma derivação natural das actividades de Cale para a beira do rio. Pois, era este, o processo geral da «pax romana»: o abandono dos lugares altos e abruptos dos habitats castrejo/celtas, e a migração para os vales, planícies e terras baixas. Por isto é que só a partires do século V d.C. que começa a deixar de se falar de Cale como tal, e se iniciam as primeiras referências ao «porto de Cale» (Portu Cale). [11] Topónimo que teria a sorte de erigir-se em nome do actual Portugal, como séculos antes, o Cale de Portu Cale, dera nome à Galiza. -- LUÍS MAGARINHOS IGREJAS, Sobre a origem e significado das palavras Portugal e Galiza.
A origem etimológica do nome dos celtas permanece em revisão!
Their generic name appears in Roman sources as Celtae (derived from Keltoi, the name of these people recorded by Herodotus and other Greek writers), Galatae, or Galli.
Celta derivaria, de acordo com alguns autores, de Keletoi, e não de galatoi, aproximação muito posterior de geógrafo antigo de mau ouvido por ressonância com a semântica da pele clara dos celtas.
*Keretu < Keleti > Grec. Keletoi [9]> > Lat. Celtae
> Lat. Galatae > Lat. Galli.
Porém, não nos podemos esquecer que estamos as falar de culturas e não de raças, que os colonizadores em minoria acabam por se dissolver nos genes indígenas e que com o tempo os genes colonizadores se vão seleccionando regressivamente para se adaptarem as melhores condições climatéricas dos locais colonizados.
Relacionado com estes nomes anda ainda o dos Barcas das guerras púnicas e, de locais portugueses como Braga e Barca D´Alva. A ideia de que Braga foi Bracara deve ter sido uma lamentável confusão dos primeiros colonos romanos pois se a etimologia aponta para confirmar o nome actual o mais certo é que fosse este o nome indígena. Aliás, o equivoco pode ter resultado do facto de o deus Salvador do mundo adorado no bom Jesus de Braga da época das primeiras colonizações romanas ser, tal como refere Heródoto, o deus Hércules cujo nome seria pronunciado pelos galaico-durienses com uma característica trova de «vês» muito próximo de algo como *Barcares (< Warcales < *Kurkur-ish >) Hercules, deus que alguns autores supõem sido Melcart devido ao facto de os fenícios serem os colónos preferenciais da península ibérica pré romana. Kur-ki(a)-An > Wul-kan < Vulcano, o deus dos infernos e dos ferreiros militares, forma de Melkart, o senhor «deus que transporta (-bol / -fer) o fogo» da cidade e cujo étimo esta presente no nome de Volobriga < *Wolo- => Vol- + Kano.
E evidente que «os meninos à roda da fogueira» aprenderam a ser guerreiros e a defender o «bom nome» da cidade de tal modo que «guerreiro, fogo e cidadania» andaram sempre semanticamente associados. Porém, o «forte» só aparece na história com as primeiras castas de guerreiros profissionais instituídas como resposta para as instabilidades sociais geradas nas desigualdades de civilização decorrentes das tecnologias do fogo aplicadas às incipientes tecnologias dos metais. Sendo assim, tudo indica que este étimo decorrente dum culto a um dos senhores do fogo da terra (Kur => Kurki > *Kiphura => Kiki-Kur > Iscur) tenha sido contemporâneo com as expansões da época do bronze que na Europa ocidental vieram a ser atribuídas aos celtas. A meu ver esta atribuição será mais lendária do que real na medida em que o que terá acontecido foi mais uma alteração civilizacional global análoga à moderna «revolução industrial» do que uma invasão rácica súbita e convulsiva. É certo que antes do sedentarismo agrícola a que a romanização forçou a Europa ocidental eram naturais os movimentos migratórios de tribos selvagens, primeiro de caçadores recolectores e depois de pastores nómadas, fenómeno que foi a causa do mito indo-europeu. No fundo cultural de civilização bárbara da Europa arcaica destacaram-se os celtas a ocidente e os citas a oriente. Ora, ambos estes povos, eram exímios ferreiros e caldeireiros tal como mais tarde os ciganos que sendo um povo de difícil caracterização étnica, já não serão os descendentes genéticos desses lendários indo-europeus mas são seguramente a imagem moderna, já degradada e mortiça, da arcaica tradição cultural que foi o berço da civilização europeia.
Sendo certo que a toponímia terminada em -briga corresponderia a um modismo celta da época do ferro, podemos postular que o nome autêntico das localidades que o possuíam era o remanescente da palavra.
Destes factos se depreende que Briga seria apenas um genérico tipicamente lusitano relativo a cidade fortificadas aspecto que já se intuía da sua etimologia referida a uma linguagem arcaica conotada com o sumério.
Senão vejamos:
Kur-ki(a) > Hurwis > da "Urbis et orbis" dos latinos!
Wurki  > Burgo dos germanos. > phurthe > «forte» militar.
> Karti  > Kart, a cidade dos fenícios.
«Barca» < Warka < Wurka > «burca» ó «borco»
> Wirka > -briga dos gauleses, galegos e lusos.
«Borco» = • s. m. de borco: de boca para baixo; de bruços, com a face para baixo.
La bourka est un manteau traditionnel caucasien pour homme fabriqué à base de feutre (en principe de la fourrure de karakul). Elle ne possède pas de manches, est vaste, légère et chaude. Au début du XXe siècle, elle était commune à toutes les tribus caucasiennes ainsi qu'à de nombreux russes et cosaques établis dans la région. Peu encombrante, la bourka était roulée et se transportait attachée à la selle.
A burqa ou burca é uma versão radical do xador, trata-se de uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos. É usada pelas mulheres do Afeganistão.
Como se pode ver, os étimos esvoaçam no éter da semântica desde a fonte dos primeiros sabores até poisarem nos termos de acordo com os caprichos dos tempos e dos lugares. Nos primórdios do neolítico Wur-Ki, era o “lugar no monte” que pode ter passado a “monte da vida” como Wur-ka, ou ter a cidade passado a ser a *wur-kika no topo seguro do monte. Nas estepes planas da Mesoputâmia o monte teve que ser construído em tijolos na forma de zigurate como a torre de Babel e passou a ser Warka, a cidade segura. Colateralmente *wurka passou a ser apenas um ponto de refúgio como todas as cidadelas medievais ainda eram e por isso eram também o receptáculo da semântica da segurança e da protecção que deu nome por exagero de significância à cidade da Guarda.
«Guarda» < Germ. Ward-an (= olhar, acauterar) < War-th < War-ki.
Pelo caminho passou à bourka caucasiana que protegia das intempéries e por analogia próxima à burka afegã que protegia o rosto das mulheres do mau-olhado. Na língua portuguesa ficou apenas o termo «borco» de etimologia incerta mas que tem seguramente a ver com ambos estes elementos orientais de vestuário protector. Os árabes teriam fixado a burca como protecção da face feminina da desonra que quando perdida leva os homens a meterem a cabeça num saco de serapilheira e a caírem de «borco»!
Ora, seguramente que não apenas por mero acaso, muito mais tarde nas investigações sobre este assunto damos conta que existem outros autores com estranhas coincidências no que respeita à semântica do nome de certos povos ocidentais, tais como os bretões que deram nome à Bretanha francesa e às Ilhas Britânicas. De –bri teria derivado o nome dos bretões e belgas.

BRETÕES E BELGAS
The first known "Britons" are recorded to have originated from Israel where as prisoners or slaves to Assyrian conquests were deported, some travelling along the North African coast into Spain, Brittany and later to Britain, Wales and Ireland. Another migration is considered to have taken place shortly after the Trojan Wars and led by one named Brutus who had been exiled from Italy.
Até aqui é tudo lendária invenção sobretudo a que se refere ao nome de Bruto por soara a anacronismo metido a martelo no contexto duma história que, se vinha dos tempos dos assírios, não necessitava do nome romano para caucionar a fonética da etimologia do nome dos Bretões.
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Figura 6: petroglifos nórdicos, possivelmente do tempo do fenómeno dos “povos do mar”.
According to legend they slew the remaining "giants" on the island and established a new colony there. The term Albion, which comes from the Latin root "albus" meaning «white», is also one old Celtic name for Briton, so-called perhaps because of the white cliffs of Dover.
However, we also know that the original pagan word Cretanis, from which the word Cretan is derived, later became Pretanis and later Britain due largely to linguistic revisions. The Celtic land of the dead was called Avalon - the island of apples, whether this term was applied to Crete as the location of their roots again is uncertain. The crab apple malus sylvestris whose name means literally "from the woods" is one indigenous species to Britain, but other varieties were imported from around the Black Sea, Siberia and China.
Os gigantes a que a lenda se refere seriam os «famoiros» (ou famorianos) irlandeses, povos megalíticos de outras sagas e, quem sabe, sobreviventes da extinta raça de cromagnon...ou antes sobrevivente atlantes.
Atlantes en León. El siguiente texto que me ha parecido fascinante, dicen fue hallado en un petroglifo junto a la roca conocida por: "D´on pisó el Caballu de Santiagu". Cueva de Juanón. Camino de la Plata. Bretó. País Leones.
"En cuantis que Heracles abriu las portes del mar, cuandu Breto entuvia ichava de cadril, el pueblu atlante se refugiú en las Tierras d´Antia don guvernaba el su hermanu Antileon, pues ya había muertu Anteu y Telenu había huidu a las muntañas. Muchus taban a l´llagonas y en l´covas: Lug, Jean, Iagu, Gerión... Pasoú la nueite y esotru dié fuerun pedras...". -45 añu d´reinu d´breto, fiju d´Herakles-
Esta gran roca, donde se aprecia una pisada de un gran animal antidiluviano, puede tener relación con las pisadas de Dinosaurio encontradas en Bretún (Soria). La pisada atribuida al "Caballu de Santiagu" está muy cerca de Breto; las del dinosaurio estan en Bretún. El prefijo "bret" (piedra), está en los dos topónimos. Información tomada de "Mitología Ibérica", de M. d´Obrheravt.
Albion < Harwi (> Harpias)-An < *Kur-Ki-An = *Ki-Kur-An
> Sacaran(u) > Hawalaun
> Avalon, as ilhas ocidentais onde seria suposto ser
o cemitério do sol poente.
How do these ideas fare when applied to Neolithic archaeologies in Europe? In Britain and Ireland, they make a lot of sense. It is hard to find evidence of colonisation at the start of the Neolithic, for the sustained practice of mixed farming, or for permanent residence, until as late perhaps as the mid 2nd millennium BC (the Middle Bronze Age). Big regional archaeological projects which should have produced such evidence have signally not done so. Instead the picture is of sporadic, episodic clearance, continued use of woodland resources alongside new domesticates, and of ill-defined occupations rather than homesteads, hamlets or villages. At the same time, some scholars are now suggesting the role of monuments was to create allegiance to a fixed place, in a world which retained much mobility. ---[10]
«Creta» < Lat. Cretanis, lit. «de Kartu-(m)nia > Pher-tan,
lit. “os que transportavam as cobras da Deusa Mãe *Kartu
(=> Peleset > Filisteus)
> Wer-tanus > Britan > Bretões.
> Wer-Ki-(an) > Belgi > «Belgas».
Famous historian Heredot described the Karians as Lelegs as told by a legend from Crete. Lelegs were described as the people living in the islands during the Minos Kingdom (2500 B.C.). But thisinformation was rejected by Karians themselves. They claimed tobe the native people of Anatolia.


[1] Notal a semelhança com a cidade maia Uxmal
[2] URL: www.geocities.com/Heartland/Estates/3069/espaniac.htm
[3] URL: www.geocities.com/Heartland/Estates/3069/espaniac.htm
[4] URL: www.geocities.com/Heartland/Estates/3069/espaniac.htm
[5] The Book of the Taking of Ireland, Book of Leinster 1150 A.D.
[6] The Scottichronicon,(Chronicle of the Scottish Nation), John of Fordun c. 1345
[7] http://www.rosavientos.tk/modules.php?name=News&file=article&sid=239.
[8] Referir-se-á o autor à Galácia anatólica?
[9] Celta morto = ex Keleti > esqueleto
[10] Historic landscapes, wherever you look, Simon Denison reports on the growth of historic landscape maps.