quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

MADRID III – A DEUSA MÃE DE MADRID É CIBEL, por Artur Felisberto.

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Figura 1: A fonte das Cibeles homenagem ao mito fundador das glórias míticas de Madrid, que nasceu sob o signo da Deusa Mãe e acabou como mãe do Império das Espanhas.
Como quem não tem cão caça com gato cidade que não tenha história escrita conhecida tem mitos e na falta de pergaminhos inventa-os copiando-os de outras terras e gentes à medida das suas vaidades e delírios de grandeza. Teoricamente por estes caminhos chegar-se-ia sempre a parte incerta que é o mesmo que dizer a lugar nenhum. Mas também é verdade que todos os que tentam basear toda a mitologia em mentiras e patranhas nunca chegarão a entender inteiramente a alma humana e também a cultura quase toda ela feita de sonhos e ilusões que no fundo são comuns a todos, ou seja, salvo no caso de descaradas falsificações, as lendas e mitos têm que ter sempre um fundo de verdade quando mais não seja porque mesmo quando não se podem comprovar como fazendo parte de uma longa tradição oral genuína pelo menos muitos acreditaram nela porque algum sentido faziam e ao cabo e ao resto é esse sentido o essencial da mitologia.
No hace falta recordar que usaron un gentilicio en genitivo plural, de los carpetanos, pues hay otra Mantua en Etruria, Italia. Con ella quiso enlazarnos la fábula extravagante, con que se divierte, entre otros, Quintana, en los capítulos IV al VIII. Se arrancaba de la mítica maga aludida nada menos que por Virgilio en el libro X de la Eneida, y a la que también citan Eurípides, Diodoro Sículo, Pausanias...cambiando poco la biografía. En esencia fue una mujer de mucho, gracias a sus dotes proféticas, y de muchos. Tuvo varios hijos peleones. Unos de ellos fue el Ocno Bianor ya citado. Este dedica a su madre una ciudad que funda y amuralla. Su primera fundación será cantada hasta por el Dante. Desposeído de sus dominios, como dijimos, huye de su patria, y emprende largo viaje cuyo final es la costa española. Aquí se interna y llega hasta dar con un buen emplazamiento donde funda otra Mantua. Ignoro si nuestros alcaldes han hermanado a las ciudades que debieron tener el mismo fuego sagrado y vestales comunes. Asombra la cantidad de escritores que aceptaron la patraña. El poeta judío Miguel de Barrios, los cronistas autores de una especie de Guía de la España Imperial como Pedro de Medina y Diego Pérez de Mesa, el cortesano Gil González Dávila, y quien está al servicio de la Villa, Jerónimo Quintana.
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Figura 2: Ducado de Mântua em 1576, cujo primeiro duque foi Frederico II Gonzaga, que adquiriu o título de Carlos V, em 1530. Cidade ilha de acordo com a estratégia defensiva cretense miticamente descrita na Atlântica de Platão.
(...) Incluso antes, han hablado de Mantua dos poetas cultivados del XV, Juan de Mena, en su «Laberinto» y el Marqués de Santillana, en la «Comedieta de Ponza». Amador de los Ríos y Rada bucean buscando enlaces literarios y cómo se enlaza toda la tramoya italiana con la fundación de nuestro pueblo. Parece ser que fue Marineo Sículo, a quien se le traduce en Alcalá, en 1539, su «Sobre las cosas memorables de España», que escribe en latín, y dice que a la villa de Madrid, de grande y digna memoria, la llamaron Mantua carpentana. Un madrileño de tiempos de los Reyes Católicos, Gonzalo Fernández de Oviedo, equipara la Mantua Carpentana con Madrid. Tras tanta autoridad mencionada no nos extrañe que los latiniparlos y los charlalatines la equipararan. Madrid. Mitos y utopia, José María SANZ GARCÍA.
Uma vez aceite como certa, porque politicamente necessária, é evidente a identificação de Mântua Carpetana com Madrid. Os eruditos dos “mentidores” esconsos das tertúlias de Madrid do sec. XVI só poderiam ter ido buscar a inspiração para as suas lendárias mitologias da cidade que começava a ser engrandecida com os atavios culturais de uma capital do maior império do mundo barroco deixado por Carlos V, no à época que se sabia sobre a origem da homónima Mântua italiana em parte porque estaria na moda na corte espanhola uma vez que o primeiro duque de Mântua foi Frederico II Gonzaga, que adquiriu o título de imperador de Charles V em 1530. Obviamente que nem sempre o que a moda semeia dá mais frutos do que o esperado a não ser quando a terra já se encontre bem estrumada com o lixo do passado!
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Mantua fue fundada, según el mito, por Ocnos, hijo de Manto (hija de Tiresias), quien llamó así a la ciudad en honor a su madre. En realidad, Mantua fue fundada por los etruscos, y luego romanizada. El nombre deriva del dios etrusco Mantus, de arides Hades. (...). El territorio lo poblaron soldados veteranos de Octavio Augusto, siendo su ciudadano más famoso el poeta Virgilio.
In Roman and Etruscan mythology, Mania (or Manea) was a goddess of the dead. She, along with Mantus, ruled the underworld. She was said to be the mother of ghosts, the undead, and other spirits of the night, as well as the Lares and the Manes. (...)
Both the Greek and Latin Mania derive from PIE *men-, "to think." Cognates include Ancient Greek menos ("life," "vigor") and Avestan mainyu, "spirit."
In Roman and Etruscan mythology, Mania (Manea) is the Goddess of Spirits. In Greek Mythology, she is the Goddess of insanity and madness.
Ils ont été associés à la ville de Mantoue (en italien: Mantova) dont le nom provient de l'étrusque Manthva.
«Mântua» < Matva < Etrusc. Manthva > Ital. Mantova.
O nome Matuta tem todo o aspecto de ser uma corruptela popular carinhosa de *Matur-Tea que deve ter tido a forma arcaica *Maturka, a mãe ursa da Anatólia (Turquia), a deus Matutina da Aurora de que derivou o nome ibérico da Madragoa e da «madrugada»...bem como os termos espanhóis em torno da semântica matricial de madrigueira e as canções da aurora, os madrigais. Nesta linha semântica pode incluir-se Durga, a deusa mãe hindu.
Ma Durga = Ma *Turka = Matruce > Matrice > Matriz > Madride.
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Figura 3: Mater Matuta. Grey tufa. 6th—2nd cent. B.C. Santa Maria Capua Vetere, Archaeological Museum of ancient Capua.
Matuta, conocida posteriormente como Mater Matuta, fue, en la mitología romana, la diosa del amanecer, así como de los bebés recién nacidos, el mar y los puertos. Tuvo un templo situado cerca del foro Boario (del mercado de ganados), donde actualmente se encuentra la iglesia de Sant' Omobono. Allí era celebrada la festividad dedicada a esta deidad; dicha celebración se llamaba Matralia, era exclusiva para mujeres y se celebraba el 11 de junio. También se la comparó con la diosa Eos y la diosa Aurora.
Assim etimologicamente Mântua era a cidade “filha” (-va) de Manth o deus etrusco telúrico dos infernos relacionado com a deusa etrusca da morte que era Mania e obviamente correlativa da deusa que os gregos acabaram relacionando com a loucura, que era uma outra forma temível de morrer em vida. No entanto, pela própria etimologia do termo Mania suspeitamos que esta deusa não seria apenas uma sinistra e infernal deusa de morte mas uma deusa dos espíritos dos mortos que os gregos também identificavam com ker individual de Homero e por isso mesmo com as Keres que deram a deusa mãe dos cereais que era Ceres, equivalente de Deméter pelo lado da cretense Kurtija / *Kertu.

Ver: MANES (...) & MENAT (...) & MANIAS; MENADES
        & BACANTES (***)

Na mitologia grega, as Queres (em grego: Κῆρες, singular Κήρ, "morte") , são espíritos femininos, filhas de Nix, a Noite, que as teve sem unir-se a outro deus, tal como foi gerada pelo deus primordial Caos. Entretanto, em alguns livros é possível encontrar variantes de genealogia, entre as quais que seriam filhas de Nix e Érebo ou Tânato.
As Keres simbolizam o destino cruel, fatal e impossível de escapar, são deusas que trazem a morte violenta aos mortais. Elas possuem a índole de todo descendente de Caos, são infalíveis.
Ora bem, estas filhas da Noite eram tridivas filha da Nix = Nut = Anat, Atena = Diana = Danu = Tanit, Atecina, etc. Como a grande deusa do céu dos povos do sul da Ibéria era Ana, esposa de Anu, podemos facilmente postular uma variante An-tu ou An-at com o significado de esposa do seu filho, o deus menino do céu que era Anu como igualmente suspeitar que outro epíteto óbvio desta deusa seria Mãe do Céu ou seja, *Ma-An.
Mena(des) < Mania < Estrusc. Manea < Mean < Ma-An > Manth
=> Mântua.
Mântua deve assim nome à deusa mãe do céu para onde iam os espírito que além de deusa dos mortos era mãe da vida e deusa da autêntica palavra oracular que era a Eulália da deusa Cibele cantada e registada pelas sibilas no seu poder mântico e profético.
Blessings be upon the Scythian king, whoever he was. When a countryman of his own was imitating among the Scythians the rite of the Mother of the Gods as practiced at Cyzicus, by beating a drum and clanging a cymbal, and by having images of the goddess suspended from his neck after the manner of a priest of Cybele (menagyrtes), this king slew him with an arrow [Herodotus 4.76], on the ground that the man, having been deprived of his own virility in Greece, was now communicating the effeminate disease to his fellow Scythians. -- CLEMENT OF ALEXANDRIA, EXHORTATION TO THE GREEKS, TRANSLATED BY G. W. BUTTERWORTH BOOK I
O facto de os padres de Cibele serem chamados por menagirtes, em referência ao frenesim das dores menstruais e lunares da Deusa Mãe, reforça a ideia de que Mântua Carpetana estava condenada a sugerir o nome de Cibele para protectora da cidade de Madrid, tanto mais que já se analisou noutros trabalhos que ela já era protectora heráldica de Castela.
Portanto, Mântua sempre esteve relacionada com a Deusa Mãe do céu, bem como com o dom da inspiração e da profecia que terá inspirado os “mentidores” do sec. XVI a dizerem arcaicas verdades através de engenhosas mentiras (aprendidas no ducado de Mântua que fazia parte do império de Carlos V) porque foi este o dom da profecia e da inspiração poética.

Ver: OS DEUSES DA VERDADE E DA MENTIRA (***)

Obviamente que esta identificação de Mântua Carpetana com Madrid não convenceu todos os eruditos da época renascentista como se comprova na pag. 757 da «Historia de la Imperial ciudad de Toledo», Volume 2, de Pedro de M. de Rojas. Acontece que o tal Juliano Diácono, também conhecido por Julian Perez, Arcipreste de Santa Justa de Toledo, foi um cronicão inventado pelo pouco escrupuloso erudito do sec, XVI, o padre Jerónimo Román de la Higuera de Toledo que é assim o responsável verdadeiro da dúvida sobre Mântua Carpetana.

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En el contexto intelectual de finales del siglo XVI, entre el manierismo y el barroco, propicio a la exageración y lo aparente, y contemporáneamente al descubrimiento de los famosos (y falsos) plomos del Sacromonte, Higuera redactó (1594) unos también famosos Cronicones que presentó como de origen paleocristiano, obra de Flavio Lucio Dextro, Luitprando, Marco Máximo, Heleca, Julián Pérez o Aulo Halo. Juan Tamayo de Salazar, historiador español, seguidor y firme defensor de los falsos cronicones de Jerónimo Román de la Higuera y él mismo falsificador de hagiografías y poemas latinos. Gregorio Mayans y Siscar le llamó «uno de los hombres más supersticiosos que ha tenido España».
Suspeita-se que tenha sido esta mesma coincidência duma mera semelhança do nomes a decidir a possibilidade de Mântua Carpetana ter tido a mesma origem lendária da Mântua italiana a única razão que levou os panegiristas mitógrafos da corte de Filipe III a criarem as lendas de Madrid plagiadas na Eneida de Virgílio, obviamente que depois de terem excluído liminarmente a possibilidade de a cidade de Mântua referida pelas fontes romanas na região carpetana ter sido noutro local que não nos termos de Madrid o que, para a incipiente arqueologia da época, era facílimo.
Nella mitologia greca e romana, Ocno (in greco `Οκνος, in latino Ocnus), noto anche con il nome di Bianore, era il figlio del dio Tiberino e dell'indovina Manto. Secondo Virgilio fu il fondatore e primo re di Mantova: egli compare tra gli alleati etruschi di Enea nella guerra contro i Rutili.
Ille etiam patriis agmen ciet Ocnus ab oris,
fatidicae Mantus et Tusci filius amnis,
qui muros matrisque dedit tibi, Mantua, nomen
Ocno poscia venia, del tosco fiume
e di Manto indovina il chiaro figlio,
che te, mia patria, eresse [...]
Así, Juan López de Hoyos, maestro del Estudio General de Madrid, sistematiza en 1569 lo que se sabía (o lo que se quería imponer como lo sabido) acerca del primitivo nombre de la ciudad de Madrid, y así, explica en Hystoria y relación verdadera de la enfermedad, felicíssimo tránsito y sumptuosas exequias fúnebres de la Sereníssima Reyna de España doña Isabel de Valoys: “se llama Mantua Carpentana para diferenciarla de la Mantua Italiana. Según Ptolomeo esta a 40º de latitud pocos minutos más o menos, y de longitud 11º y 4 minutos, llamando a la sierra Carpentani, porque carpentum en latín es carro, y en esta tierra hay muchos al ser llana. Cuando los draconíferos ampliaron la ciudad con nuevos muros la llamaron Mantua por la magnitud de los nuevos”, aunque el confuso relato acaba con más precisión: “y dexando patrañas aparte, este nombre es arábigo y quiere dezir en nuestro castellano lugar ventoso de ayres subtiles y saludables de cielo claro, y sitio y comarca fértil”. (…)
Un anónimo Libro de honras que hizo el Colegio de la Compañía de Jesús de Madrid a la M. C. de la Emperatriz doña María de Austria, redactado en 1603 (BN, 2/63104) explicaba con retórica cientifista: “Fundada por Ocno, príncipe griego hijo de Tiberio de los latinos y de la celebrada Manto, más de mil años antes de Cristo (como dice Tarafa en De origine, et rebus Hispaniae, “circa annum ante Christum natum 1059”), por lo que es más antigua que Roma. Lo confirma la tradición recibida. Se llamó Mantua por su padre Manto, e igual en Italia, como dice Ptolomeo (Geogr. lib. 2, cap. 6) y más autores antiguos y modernos. Carpentanea (sic) por lo del carro y la planicie...”. --  Mantua Carpetanea | Josemi Lorenzo.
Así, López de Hoyos, en su conocida obra “Historia y relación verdadero de la enfermedad, felicísimo tránsito y suntuosas exequias fúnebres de la serenísima reina de España doña Isabel de Valois, nuestra señora… (el título completo es mucho más largo), en la carta que dirige al “Senado” (Ayuntamiento) de Madrid, relata: “Entre las antigüedades que evidentemente declaran la nobleza y fundación antigua de este pueblo, ha sido una que en este mes de junio de 1569 años, por ensanchar la Puerta Cerrada la derribaron, y estaba en lo más alto de la puerta, en el lienzo de la muralla labrado en piedra berroqueña un espantable y fiero dragón, el cual traían los griegos por armas y las usaban en sus bandera, como paresce en las historias y particularmente recopilado por Juan Pierio, libro quince, dice como el clarísimo emperador Epaminondas, griego, traía por bandera un dragón, el cual ponía en las obras y edificios que edificaba de donde inferimos estos tan excelente y superbos muros haber sido edificados por esta tan antigua e ilustrada gente, pues en ellos hallamos sus armas y memoria. Y siendo yo de pocos años, me acuerdo que el vulgo, no entendiendo esta antigüedad, llamaban a esta puerta la Puerta de la Culebra, por tener este dragón labrado bien hondo y con una imágines que en yeso sobre esta culebra se pusieron, se atapó de manera que no pudiera ser visto, Y esto no piense nadie que es lisonja o que los griegos nunca descendieron tan al riñón de España. Pues Ulises, griego descendió tanto, que a la entrada de Tajo en el mar, edificó aquella celebrada ciudad española que de su mismo nombre llamó Ulisípolis, que en nuestro vulgar llamamos Lisbona, etc.”
Seja como for, o certo é que a mitologia de Madrid decorre de uma equação simples: primeiro pela identificação de Mântua Carpetana com Madrid e depois desta com a Mântua italiana de que Vergílio era natural e para a qual criou mitologia fundadora própria na Eneida. Depois desenvolvendo esta lenda cruzada com as referências de Homero a outro Bianor os renascentistas madrilenos desenvolveram o restante mito de Madrid com todas as liberdades literárias da época.
Agamenón, que fue el primero en arrojarse a ellas, mató primeramente a Biánor, pastor de hombres, y después a su compañero Oileo, hábil jinete. Éste se había apeado del carro para sostener el encuentro, pero el Atrida le hundió en la frente la aguzada pica, que no fue detenida por el casco del duro bronce, sino que pasó a través del mismo y del hueso, conmovióle el cerebro y postró al guerrero cuando contra aquél arremetía. La Iliada, Homero, Canto 11.
A história era tão inverosímil que não caiu de imediato no gosto popular ficando durante muito tempo limitada ao foro académico que entretanto começou a desacreditar este mito como plágio de tal modo que actualmente aparece como inacreditável. No entanto, a relação da Península Ibérica, sobretudo nas suas regiões a sul mais vulneráveis ao oriente, com o mundo grego nunca foi uma história devidamente desenvolvida pela escrita ainda que esteja bem documentada pela mitologia e comece a ficar também pela arqueologia.
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Figura 4: La Calle de Alcalá, de Antonio Joli (hacia 1750).
En una segunda obra de este mismo cronista, “Real aparato y sumptuoso recibimiento con que Madrid (como casa y morada de S.M.) recibió a la serenísima reina doña Aña de Austria, etc.” aparece un grabado con la reproducción del dragón o culebra en relieve que remataba la Puerta Cerrada, cuyo pie la describía de la siguiente manera: Esta es una figura del dragó que los griegos pusieron, como fundadores de esta tan superba muralla y, vese claro haber sido ellos los que la fabricaron, pues en las puertas principales pusieron sus armas como es en esta puerta que llaman la Puerta Cerrada. Y en la Puerta de Moros, que mira al Setentrión, pusieron una cruz de medio relievo, en lo alto de la puerta con un encasamiento de piedra, la cual señal tuvo aquella sabia gente por pronóstico de mucha felicidad, salud, victoria, triunfo y perpetuo adelantamiento, lo cual se debe conservar y tener en mucho, pues conforme a esto tiene Madrid mayor nobleza de antigüedad que Roma ni muchos pueblos comarcanos”.
Importante hallazgo arqueólogico sacude los cimientos de la historia. ¿Fue Madrid una colonia griega?
28 diciembre 2009
[Agencia EFE] Cuenta una leyenda que Ocno Bianor, hijo de Tiberino, rey de los latinos, fue enviado por Apolo para fundar una ciudad que sería consagrada a Metragirta, también conocida como Cibeles. El nombre de la ciudad fue transformándose con el paso del tiempo hasta convertirse en el que la conocemos hoy: Madrid.
Esta historia podría cobrar visos de realidad tras el hallazgo en unas obras de canalización que están teniendo lugar en Virgen del Puerto de unos restos de lo que parece ser un emplazamiento griego. Si bien Patrimonio no se ha pronunciado aún oficialmente fuentes consultadas indican que estos restos podrían datar de principios del siglo VII a. C.
Mas estas lendas são sempre o encontro do acaso fortuito e muitas vezes ilusório com a necessidade de encontrar a verdade oculta que transcenda e encante a banalidade.
Otro mito griego sobre el origen de Madrid fue el que forjaron López de Hoyos en 1569 y Jerónimo de Quintana en 1629. El primero detalló (y el segundo reforzó la teoría) en uno de sus relatos, al describir la Puerta Cerrada: “Entre las antigüedades que evidentemente declaran la grandeza y fundación antigua de este pueblo, ha sido una la que en este mes de Junio de 1569 años, por desembarazar la puerta Cerrada, derribaron, y estaba en lo más alto de la Puerta, en el lienzo de la muralla labrado en piedra berroqueña, un espantable y fiero dragón, el cual traían los griegos por armas y las usaban en sus banderas”.
Obviamente que dificilmente viremos a saber se Ocno Bioanor esteve alguma vez em Espanha mas seria improvável que a grande civilização etrusca não tivesse tido relações com o sul de Espanha. De qualquer modo, a tarefa de procurar sentido histórico para os mitos é mais inglória que a de Ocno.
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Figura 5: Pintura mural de Ocno «cordoeiro» na “Vila Panfília”.
Pausanias describió una compleja pintura de Polígnoto en Delfos que representaba el descenso de Ulises al Hades. Para resaltar los terrores de ultratumba el pintor dibujó en las orillas de la laguna Estigia a Ticio, Sísifo, Tántalo y Oknos, que –sigo a Pausanias- “está sentado (...) trenzando una soga; junto a él, una burra engulle lo que Oknos acaba de trenzar. Este tal Oknos debió de ser un hombre laborioso, pero debió de poseer una esposa derrochadora; lo que el hombre ganaba con su trabajo era pronto despilfarrado por ella. Por esta razón piensan algunos que Polignoto aludía a la mujer de Oknos; pero yo sé que también entre los jonios existe un proverbio que se aplica a personas atormentadas con una ocupación estéril: ‘Éste trenza la soga de Oknos’”.
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Figura 6: Vista de la fuente de Cibeles y el Palacio de Buenavista de José María Avrial y Flores.
Podemos garantir pela negativa que toda a mitologia lendária dos gregos e romanos era inteiramente falsa? Acreditavam verdadeiramente os gregos antigos nos seus mitos? Bom, em alguma coisa teriam que acreditar para não desesperarem de tudo e de todos!
Bianore è un nome proprio di persona italiano maschile. Origine e diffusione Il nome ha origine etrusca e non ne è nota l'etimologia. Onomastico Viene festeggiato il 10 luglio in ricordo di San Bianore martire.
Santos Bianor y Silvano, mártires. s. IV (...), decapitados en Pisidia (Asia Menor); sus Actas no son dignas de fe. Otros autores dicen que fueron martirizados en Isauria (Turquía).
(...) Il nome deriva da Bianor, soprannome del leggendario re etrusco Ocno, fondatore di Mantova e di Felsina.
Nell’anno 313 d. C. l’imperatore Costantino fece una legge, l’Editto di Milano, con la quale lasciava liberi di professare qualunque religione, compresa quella cristiana. Finirono così le persecuzioni e a Mantova sorsero le prime chiese pubbliche. Il Tempio di Diana (ora c’è la Rotonda di San Lorenzo) fu trasformato in chiesa. Così pure la tomba di Ocno Bianore diventò la chiesa del Santo Sepolcro.
La capitale amministrativa è Madrid (oltre 3,3 milioni di residenti) ubicata nell'entroterra centrale della Penisola Iberica e suddivisa in 21 distretti. Fondata dal Re etrusco Ocno ed anticamente chiamata "Matragirta", rappresenta una incantevole metropoli dove storia, tradizioni e moderno si fondono armoniosamente.
Existe no entanto um aspecto das lendas madrilenas que nunca fizeram parte dos cronicões oficiais do sec. XVI que eram os apectos relativos a Apolo e a Cibele. Por mais que se procure ninguém sabe como é que Cibele veio a aparecer na mitologia de Madrid.
O mais provável é o mais simples. Ao procurar uma entidade mítica que justificasse o nome de Madrid os mentidores das tertúlias madrilenas acabaram por tropeçar no nome de Cibele que mais se assemelhava ao de Madrid e que era o teónimo Metragirta referido nos dicionários renascentistas como sobrenome de Cibele nos autores posteriores a Hisíodo.
Claro que pode não passar de mera coincidência anedótica sem qualquer verosimilhança com o passado oculto e desconhecido de Madrid que nem sequer terá sido relevante como a própria cidade não passaria de lugarejo de pouca importância. No entanto, como nada sabemos de Mântua Carpetana nada obsta a que as tradições orais desta cidade perdida não tenha ido parar a Madrid com a mesma naturalidade com que o espólio cultural de Conímbriga a sul do Mondego passou, de armas e bagagens…e nome, para a antiga Eminium romana a norte do Mondego.
Mas se é verdade que se pode tratar de um puro acaso é também um facto de que a relação do nome de Madrid com Metragirta não corresponde a uma etimologia forçada porque ambos os nomes contêm semântica bastante pelo lado das Matres.
Metragirta > Mathregi(r)t > Mathgerit > Magerit > Madrid.
Seja como for, contrariamente ao caso de Calífia, a falsa deusa da Califórnia que poderia ter existido mas nunca existiu antes de ser inventada pelos mitos urbanos da cidade da Califórnia, desta vez pelo menos os Madrilenos não inventaram uma deusa porque Cibeles existiu mesmo e teve o sobrenome de Metragirta.
Atis y Cibeles aparecen en la Península Ibérica, a diferencia de lo que encontramos en la literatura romana, de forma independiente, en zonas distintas y con un carácter diferente, sólo claramente cultual en el caso de la diosa. Ésta rara vez lleva el nombre de Cibeles, aunque en ocasiones sí un epíteto étnico como Frigia o Idaea; pero más frecuentemente es llamada Mater Deum o Magna Mater, traducción del griego Mater deon y Mater Megale con que generalmente se denomina a la diosa en las dedicaciones orientales. Como señala Ubiña, los testimonios de Cibeles y los de Magna Mater o Deum Mater pueden hacer referencia a dos tipos de culto diferentes, pero no hay que considerar necesariamente, como afirma este autor, la Deum Mater como una diosa sincrética con divinidades clásicas o incluso indígenas178. La Magna Mater es la diosa anatolia por antonomasia, que reúne todos los atributos de una diosa femenina y por ello es fácilmente asimilable a las diosas locales de otros lugares, y que recibe también muchos nombres diversos locales, siendo el más conocido el de Cibeles o Frigia por ser la Meter de Pesinunte la que llegó a Roma introduciendo allí el culto.
La difusión de esta diosa madre en el occidente hispano, en un área que a grandes rasgos coincide con la de Ataecina, su epíteto sancta, la ausencia de representaciones iconográficas y el carácter variado, de condición social baja o extranjera de los dedicantes, a excepción de los de Córdoba y alguno de la Lusitania, hace pensar que el culto a Ataecina-Astarté en esta zona pudo favorecer la difusión de la Meter anatolia, fomentado quizá por esos comerciantes orientales que hacían la ruta del Guadiana, de los que tenemos noticias aisladas en el alto imperio, y cuyas comunidades están atestiguadas dos siglos más tarde en Mértola y Mérida mediante sus epitafios cristianos. -- CULTOS GRIEGOS, CULTOS SINCRÉTICOS Y LA INMIGRACIÓN GRIEGA Y GRECO-ORIENTAL EN LA PENÍNSULA IBÉRICA*, María Paz de Hoz.
Quando escavamos nas profundidades da memória histórica não encontramos o que desejamos mas apenas o pouco que não se perdeu de tudo o que procuramos!
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Según López de Hoyos el primer emblema de Madrid anterior al siglo XII representaba una enorme piedra de pedernal semisumergida en agua, con dos eslabones a los lados entrelazados que frotan una piedra que hacen que de esta salgan chispas, circuncidando el conjunto llevaba una cinta azul, en la que había una inscripción "Sic gloria labore", y se completa con una leyenda en castellano que dice:
Figura 7: Fui sobre agua edificada, mis muros de fuego son, esta es mi insignia y blasón.
Parece que ninguém põe em causa a informação de Juan López de Hoyos de que o escudo de Madrid anterior ao século XII era um seixo semi-submerso em água a modos que a imitar um isqueiro gigantesco de pederneira em homenagem ao longo período da pedra lascada em que o seixo foi a matéria-prima de todas as armas e utensílios.
Como há sempre uma explicação naturalista possível para tudo de imediato apareceram desmancha-prazeres a dizerem que siendo las murallas orgullo de sus moradores, esta leyenda hace referencia a la gran cantidad de agua existente y que sigue existiendo en el subsuelo de Madrid y la parte de "mis muros de fuego son" es debido a las piedras de pedernal o piedra de sílex con las que estaban levantadas las murallas de Madrid. Que producían chispas al golpearse con metal o en las noches en las que el viento soplaba con fuerza, la arena de la ciudad golpeaba contra las murallas y saltaban chispas, que visto en la distancia parecía que las murallas ardían.”[1]
Mas é óbvio que todas as lendas são a interpretação maravilhosa e mística de factos naturais observados mais com o coração do que com a razão mas não está provado que as muralhas de Madrid fossem de pederneira porque sendo árabes mais naturalmente seriam de calcário na parte defensiva e de adobe na parte residencial como é o que se pode ainda observar no que resta do Alcazar de de Mohamed I em Madrid é admirável mais pelo seu estado de abandono do que pela sua magnificência.
La tradición atribuye al rey Alfonso VII de Castilla (1126–1157) su construcción, si bien cabe suponer que las obras se iniciaron antes de su reinado, en los años inmediatamente posteriores a la conquista cristiana de Madrid (1083), en tiempos de Alfonso VI (1040–1109).
A principios del siglo XIII, la muralla aún no estaba concluida, tal y como se recoge en el Fuero de Madrid de 1202: «todas las caloñas del Concejo inviértanse en la obra de la muralla hasta que se termine». Diferentes documentos municipales hacen pensar que pudo finalizarse en la segunda década del siglo XIII.
Acontece que as muralhas cristãs de Madrid teriam continuado em parte a ser as árabes pelo menos até que muito tarde.
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Figura 8: Restos de la muralla árabe situada en el parque del Emir Mohamed I. Apenas adobes e nada de seixos.
No entanto a arqueologia confirma-se que as fundações da muralha árabe madrilena eram de pedreneira.
La muralla árabe de Madrid. Profundizando en los dos paramentos, sus partes inferiores están formadas por bloques de sílex de gran tamaño, tallados únicamente en su cara externa y ligeramente desbastados —aunque no modelados— en el interior. A partir de ahí se levantan sillares de piedra caliza, ofreciendo una nueva constatación de que el trazado es de origen andalusí, pues los materiales siguen el estilo de aparejo cordobés, el cual es una constante en los siglos en los que se desarrolla la vida en Madrid.
(…) A diferencia del recinto amurallado árabe, estructurado en torres cuadrangulares, el cristiano se articuló a partir de torreones semicirculares, sobre paños de pedernal. Las propiedades de esta piedra (que, al ser golpeada, provoca chispas) dieron origen a uno de los lemas históricos de la ciudad: «fui sobre agua edificada, mis muros de fuego son».
Afinal os mitos urbano racionalizantes são tão incertos e contraditórios quanto os outros porque afinal as fundações da muralha árabe da cidade de Madrid era em pederneira tanto quanto a cristã que, por afinal, só teria sido acabada já no século XII, em vigência do brasão de armas da Ursa maior. De resto, fundações sólidas em granito ou pederneira seriam usadas em todas as muralhas antigas não sendo seguramente a de Madrid um caso único e excepcional neste aspecto. Sendo assim podemos aceitar que esta mítica se reportaria, para além no naturalismo das fundações das muralhas da cidade, ao facto de ter ali sido adorado um bétilo sagrado em tempos anteriores à cristandade visigótica de que não ficou registo histórico e apenas a memória oral registada apenas no escudo da cidade quiçá ainda no tempo dos árabes que em Meca adoravam a Caaba.
De resto, parece que adoração de bétilos sagrados era comum na Espanha de tradição fenícia que sabemos de outros contextos era comum a civilização egeia que teve por deus missionário Dagon. Na mesma linha de suspeita mitológica ficamos ao saber que Atégina parece ter sido o equivalente de Cibele no centro da meseta Ibérica. Ora, sendo Ategina uma forma da deusa *Ataucha / Atocha podemos suspeitar também que outra variante poderia ter sido *Tejana e esposa de *Te-Chu-Ano ou seja, Dagon o deus que na Etrúria foi Tages e que deu nome ao rio Tejo que domina a meseta central da Ibéria.
En Carmona apareció un betilo de aspecto muy similar al representado en el escudo original del Madrid medieval, podemos señalar que las similitudes entre las piedras, la cronología de los asentamientos, el étimo del nombre Madrid, y las características geológicas, acuíferas y de los elementos de origen romano del lugar de "Nuestra Señora de Antigua" y del yacimiento de Carmona permite afirmar que ambos lugares respiran un mismo culto antiguo.
Estes bétilos ibéricos não são automaticamente sinónimos de que seriam dedicados a Cibele tanto mais que esta deusa anatólica seria o nome frígio de uma deusa mãe neolítica mediterrânica muito mais arcaica que já teria chegado cá no tempo pós diluvianos de Dagon e depois com os povos celtas que deram origem aos povos do mar. Como já referimos a deusa local com os atributos de Cibele seria Atégina.
Numerosas Diosas han recibido culto en forma de piedra en culturas de todo el universo, bien en forma: de pilar de piedra rectangular.,de menhir, cono o de cipo. O como aerolito caído del Cielo / meteorito / piedra de estrellas / polvo de estrellas / mineral celeste. O en el resto de las piedras-minerales de forma irregular e informe.
Algunas de las diosas representadas en piedras o epónimas de piedras han sido en la antigüedad:
Las asiáticas Magna Mater (adorada también en Roma como roca meteórica).
Artemisa Efesia en forma de meteorito negro caído del Cielo.
Cibeles Pesinuntia en forma de meteorito negro.
Cibeles de Frigia en forma de aerolito / meteorito / histerolito / piedra negra Kybele.
La Diosa asiática Cibeles, cuyo nombre kibelis significa caverna y hacha doble de piedra, era representada por la piedra Kibele o en forma de menhir rectangular de piedra llamado Metroón = D M Piedra o en forma de cono de piedra Meta / Meda (de metra = petra, matriz, piedra y de meter = madre) y nombre también de su Santuário. Francisca Martín-Cano Abreu, Epónimos femeninos de PIEDRAS.
De facto, Cibele era antes de mais e Magna Mater ou seja a Grande mãe neolítica da Anatólia.
«Meteorito» < «meteoro» < Gr. metéoros, elevado no ar (???)
< mete(r)oros < Meter-oros = rocha de Meter.
No entanto, para grande descontentamento dos aficionados de Metragirta este termo aparece quase sempre relacionado com sacerdotes mendicantes de Cibele, e quando aparece como epíteto da própria deusa é em dicionários antigos e sem referências aos textos clássicos onde de balde poderá ser encontrada e, por isso terá sempre que ser indirectamente inferida aceitando que textos onde ela seria referida pelos antigos se terão perdido.
«Mendigo» < Lat. men(a)-dicu, s. m. aquele que pede esmola.
Esp. limosna < Et. limosina < Lat. eleemosyna < Gr. eleemosýne (= compaixão) > elimosna > esmolania < !!! > «esmolinha» > «esmola».
Se a «esmola» for para a Magna Mater passaria a ser Metra-girtes ou Mena-girtes facilmente se infere que o sufixo variável poderia ser –dicu / girto.
De passagem suspeita-se que, em tempos anterior ao classicismo, a cultura minóica seria dominada por um tipo de patriarcado que sobreviveria à custa destas colectas mas então coercivas correspondendo aos primeiros impostos na forma «maquia» a favor dos templos tradição que os judeus herdaram e muitas igrejas cristãs teimam em impor de forma desajustada e anacrónica em sociedades que já têm os seus impostos civis organizados. A ocidente esta tradição terá sobrevivido na Calábria e na Sicília onde veio dar origem à Máfia.
A máfia italiana seria a corporação dos cobradores da «maquia» < • (Ár. makila), s. f. antiga medida de cereais que equivalia a dois celamins; • parte da moenda que os moleiros e os lagareiros tiram para si, como remuneração do seu trabalho; • (fig.) dinheiro; • lucro; • gorjeta.
«Maquia» < Maphia < Ár. Maki-la, lit. a parte de tributo devida à deusa mãe!

Ver: MAIA, A DEUSA MÃE DAS MAJESTOSAS CUMEADAS (***)

Sabendo-se que na tradição ocidental (italiana e cretense) Mena / Mean tenham sido a Mãe do Céu do cume dos montes, e por isso uma forma de “Senhora do Monte” que Cibele era seguramente, dá que pensar saber que no Egipto, em início de patriarcado, este nome tenha ficado apenas feminino no Menat de Hator e tenha passado a ser sobretudo masculino na forma de Mean-ush > Minos que acabou simplificado no nome do deus da fertilidade ictifálica Min, também conhecido como Montu, Men-des e Amon.
Voltando a Metra-girtes / Mena-girtes estranhamos que estes termos tenha degenerado em semânticas desqualificadas e depreciativas próxima da mendicidade e do pequeno latrocínio.
The first Greek reference to a figure like that of the gallae occurs in the early fourth century. Antiphanes, a fourth century comic poet, contrasted the metragyrtes, whom he depicted as dishonorable, with the torch-bearer, whom he considered honorable (Antiphanes fr. 154). Many sources criticize the metragyrtes for con artistry, unhellenic behavior, and parasitical poverty, such criticisms as are often laid at the feet of itinerant religious figures who live on charity (a character familiar from Antiphanes, Athenaios, Aristotle, and Plutarch).
The only criticism which could point to gender variant behavior, however, is the insinuation that a metragyrtes could pass as a nurse (τροφός, which could be either masculine or feminine, but is more commonly used in the feminine; τροφευς is the more common masculine form) for children in order to gain a household's confidence (Athenaios 6.226d, quoting Antiphanes). -- THE GALLAE: TRANSGENDER PRIESTS OF ANCIENT GREECE, ROME, AND THE NEAR EAST BY K. A. LUCKER.
A verdade é que o termo Metra-girtes nunca foi usado de corrente pelos povos clássicos para referir os estranhos sacerdotes castrados de Cibele. Os romanos chamavam-nos galli e os gregos curibantes. Este facto reforça a suspeita de que seria um termo de origem estrangeira, possivelmente frígia.
O primeiro contacto deste culto orgiástico com a cultura grega deve ter sido desagradável como já tinha sido o caso do contacto com os cultos dionisíacos em versão trácia. Confirma-se assim que os gregos acabam sempre por aceitar os cultos bárbaros como se fossem novos porque já não os reconhecem como seus porque em regra civilizam-nos e com o tempo esquecem-se como foram no passado. Senão vejamos: toda a mitologia de Dionísio se passa em Creta e parece uma segunda versão do nascimento de Zeus deixando a quase certeza de que teve origem na cultura minóica que o exportou para a Trácia onde permaneceu sem grande evolução. Quando este regressou à Grécia já não foi reconhecido como de origem grego e o mesmo se passou com o cultor de Cibele, que de Creta já só tinha o nome do monte Ida.
"A certain man came to Attica and initiated the women in the mysteries of the Mother of the Gods, according to the story told by the Athenians. The Athenians killed him by throwing him headlong into a pit. A plague followed and they received an oracle bidding them to appease the murdered man. Therefore they built a Bouleuterion in which they placed the Metragyrtes, and fencing him around they consecrated it to the Mother of the Gods and also set up a statue of the Metragyrtes. They used the Metroon as record office and repository of laws, and they filled up the pit."
For this reason, the current weight of scholarly opinion is that the metragyrtes story records an active tradition of resistance within Athens to the cult of the Phrygian Mother Goddess. (...)
The alternative account of the Aristophanes scholiast may aid in placing the metragyrtes story in an Athenian framework. According to this, the metragyrtes was lolled because he proclaimed that the Mother was coming to look for Kore. This may conceal a more specific reference — namely, that the metragyrtes had profaned the Eleusinian Mysteries, an action punishable by death. This statement gains credibility from the close identification of Meter with Demeter. (...)
The foundation legend of the Athenian Metroon raises interesting issues beyond the question of its historicity. The implication of the legend is that in bringing the cult of Meter, the Mother's Phrygian priest brought something new, dangerous even frightening to Athens. At first glance the central location of the Metroon, its: splendid cult statue, and the frequency of votive offerings in the vicinity do not seem to support this negative judgment. Yet the metragyrtes legend is one of several factors; creating the impression that by the late fifth century, the cult of Meter had acquired; a distinctively negative tone. The horrific conclusion of the Bacchae vividly illustrates a profound uneasiness with religious rites that included the open expression of emotion and ecstasism, rites to which Meter's tympana contributed their share. We readers in Mcnandcr's The Priestess, a late-fourth-century play, that women arc warned away from the seductive rites of the cymbals.  The prosecution of Ninos, a priestess of Sabazios (supposedly a Phrygian god), during the fourth century B.C. underscores the dangers that the Athenians perceived in Phrygian rites.  -- IN SEARCHOF GOD THE MOTHER, The Cult of Anatolian Cybele, LYNN E. ROLLER.
Como não podia deixar de ser, a introdução do culto orgiásticos de Cibele deu origem a escândalos na Grécia como aliás vieram a dar em tempos desfasados os cultos dionisíacos quando foram introduzidos em Roma.
Metragirti (Μητραγύρται). - Metragirti costituirono il gruppo più numeroso di quelle comunità di pseudo sacerdoti, ciarlatani e mendicanti, assai diffusi, e, in certi luoghi e tempi, anche assai influenti nell'antichità greco-romana e noti sotto il nome generico di agirti (ἀγύρται; da ἀγείρειν: cioè coloro che radunano la folla o che raccolgono le offerte). In gruppi numerosi, andavano di villaggio in villaggio e di casa in casa, pronunziavano sortilegi e scongiuri, compievano riti purificatorî ed espiatorî e chiedevano infine denari e cibi. Metragirti, in particolar modo, si presentavano come sacerdoti questuanti della Gran Madre degli dei. Abbiamo notizia della loro esistenza in Atene poco dopo la metà del sec. IV a. C.; comparvero presto anche in Italia, dove però erano sorvegliati rigorosamente. Spesso si facevano seguire da animali feroci, istruiti a eccitarsi e a calmarsi, seguendo il suono dei loro strumenti (flauti e tamburi).
Gerc. -Gyrt < *Kurt > phurt > «furto».
      «Gruta» <= *Kurt < phaurt > «fraude».
      «Gruta» < Lat. crypta < Gr. krýpte ó *Kurt.
«Goro» < Lat. *orno < orbu? que perdeu os filhos??? = «malogro»
= Ogro mau das histórias infantis > Mal | ogro > «goro» > gorado.
A má fama de certas palavras pode ocorrer pelas mais fúteis das razões, como a etimologia de «gorado» que parece ter a ver com a etimologia do nó górdio mas nem por sombras porque se trata de uma palavra gerada no âmago do português por derivação regressiva de «malogro» que por sua vez deriva de maus encontros em histórias infantis com o papão Ogro que deriva do deus latino Ogrus! Orco era o deus dos infernos que na mitologia romana, punia os que quebravam os seus juramentos. Como s. As grutas podem ter sido guarida de ladrões muito antes de Alibabá e os 40 ladrões mas sobretudo era moradia dos deuses do submundo que como Pluto eram deuses poderosos e ricos em minérios e pedras preciosas e assim regressamos ao âmago da etimologia rupestre de onde pensávamos andar arredados.
As origens da Orco vêm da cultura, mas não da religião, etruscas. Na famosa "Tumba de Orco" na Tarquinia, os romanos encontraram um fresco com um gigante barbudo, que seria Karun (> Charun ó Caronte), e que os romanos identificaram com o temível deus gaulês dos infernos que era Orcus. No entanto, na mitologia etrusca o deus dos infernos é Aita, corruptela de Hades, que por sua vez o é do caldeu Adade.
Agrona = Déesse (celte) des massacres.
Olloudius = (Dieu celte). Assimilé à Mars. Alpes Maritimes.
Orcus = (Dieu celte). Assimilé à Pluton.
'Orcus' en la mitología romana, era a veces un nombre alternativo para Plutón, Hades o Dis Pater, dios de la tierra de los muertos. De su asociación con la muerte y el inframundo, viene que se haya usado su nombre para designar demonios y otros monstruos del inframundo, particularmente en italiano orco se emplea para designar a un monstruo de los cuentos de hadas que come carne humana (como en español ogro del francés ogre)
Olloudius = Deus *Olho <= Deus Horus ó *Kaur-Kius
> Horcus > Orcus.
Agro-na < Agra-una = (Nossa Senhora da Serra de) Arga < Ka-Kura
= Kur-ca > Orca > Ursa.
Facilmente se compreende assim que a celta Agrona sendo deusa dos massacres seria idêntica às gorgónias gregas e à mãe das Keres e logo, uma variante aguerrida como Belona da Deusa Mãe que teve na Anatólia o nome de Cebele ainda que não tenhamos garantido que tivesse o cognome de Metragirta.
Assim sendo é evidente que encontramos facilmente na raiz –gyrt de Metragirta etimologia bastante para a relacionar com as grutas montanhosas de Cibele. No entanto, os desmancha-prazeres dos etimologistas eruditos teimam em fazer derivar este termo do Gr. ἀγύρται, ignorando ostensivamente a proximidade de Gr. krýpte.
Γῡρόω trazar en círculo, circunscribir οὐρανόν LXX Si.43.12, πρόσταγμα LXX Ib.26.10. (...) > •arquear, combar αὐχένα Opp.H.2.333, ὤμους καὶ μετάφρενα Hld.10.31.3 > (...) •abs. enrollarse sobre sí mismo, adujarse del icneumón, Opp.C.3.440. > 2 plantar en un alcorque φυτά Arat.9, cf. Ph.2.294 (p.128), κλήματα Nonn.D.17.84 (...) > 3 en v. med. cavar βώλακα γαίης Nic.Al.514. => ἀγείρω I. to bring together, gather together, c. acc., Hom., attic; Pass. to come together, gather, assemble. => ἀγύρτης 1. a collector: esp. a begging priest of Cybele, Anth.: then, 2. a beggar, mountebank, vagabond, juggler, Soph., Eur.
O que se depreende facilmente é que, se o grego γῡρόω descrevia um círculo então a raiz -γῡρ deve conter a semântica do arco que o culto da deusa mãe continha com sagrada fartura e opulência nas curvas e contracurva do seu corpo adiposo de Afrodite Calipígia e da deusa da Fartura e da Abundância, nos arcos lunares e no círculo solar alado...e também na curvatura dos montes.

Ver: AS DEUSAS DA FARTURA (***)

Γῡρόω deve ser cognato com o termo português «giro» e «girar».
«Giro» < Lat. gyru < Gr. gýros, circulo, s. m. volta, • rotação; • movimento em redor de algum centro; (…).
Estes termos não devem ser indiferentes ao nome do deus do fogo sumério Girra / Giru, pois há poucas coisas mais giras do que o fogo!
Girra (god) = God of fire and light, Girra accompanied Mesopotamians in their daily lives. He originated as a Sumerian god but his cult transcended time. He was worshipped throughout Mesopotamian history until the Seleucid period.
As god of fire, Girra was involved in many activities of daily life. He played an important role in purification rituals, where he was commonly invoked together with gods such as Ea, Marduk, and Šamaš  (...)
In Old Babylonian god list (...) indicates that there were originally two gods of fire and light, Girra and Gibil.
Normalised forms: Girra, Gira, Giru; Gibil.
The name Girra as derived from dGÌR.RA could be a Sumerian rendering of Er-ra (...). This would suppose a syncretic derivation of the former deity from the latter. (…)
Erra's name is usually written in later sources as dER3.RA, although several variant spellings are attested in different periods including dER9(= GIR3).RA (...).
Older spellings of the name of Erra might include the spelling dKIŠ-ra (...), although this reading has been highly contested (see Steinkeller 1987; Lambert 1990a, Lambert 1990b; Steinkeller 1990; but see Krebernik 1998: 277).
Há sempre muito boa gente disposta a contestar as melhores evidências e as mais instrutivas intuições. Nergal aparece nas mais antigas listas divinas dos deuses sumérios. Fara: dKiš-uru-gal2 & Abu Salabikh: dne3-uru-gal2. Sabendo-se da relação de Erra com Nergal podemos postular que o grande dKiš-uru, literalmente a cidade dos guerreiros de Kish, os filhos da Terra (Ki) podemos postular também que em tempos arcaicos Erra / Nergal foi *Kiš-Uraz e por fim Kiš-ra que evoluiu para Erra.
Ki-ish Ur-ash > *Kiš-Uraz > Kiš-ra > Ish-Ra(el) > Erra.
Giru < Gira < Girra < Gisra < Kiš-ra > Ish-Ra(el)> Israel.
Assim sendo, Giru aparece a gerar a semântica giratória, que noutros pontos destes trabalhos já encontramos relacionados com a suástica, porque estaria relacionado com o disco solar alado sendo por isso invocado conjuntamente com Ea, Marduk & Šamaš. Como Šamaš era o sol em diurno chamas temos que suspeitar que Giro era o sol nocturno em chamas no seio da terra e por isso era *Kiš-Uraz, o filho guerreiro no seio da Mãe Terra responsável pelos fenómenos magmáticos, razão porque acabou sendo Negral, o deus dos infernos do Kur. Já a variante Gibil poderá ser ou não um dues independente ou um mero epíteto mas tem seguramente outra etimologia.
Gibil < Ki-Wir+ isha > Kiwerisha > Kubeleja.
                          > Cibel.
Portanto, sendo Giru um deus nocturno como Gibil seria facilmente identificado com a lua que além de redonda era gira e tinha mudanças de forma particularmente de arcos, crescentes e decrescentes.
Naturalmente a ideia de arco passou do acto de “arquear o corpo para o exercício de actividades agrícolas”, particularmente de colheita e, por analogia, aos maneirismos reverenciais dos padres de Cibele que se curvavam suplicantes para recolher esmolas para os templos da Deusa Mãe chamando-se por isso Metragirtes. No entanto parece que estes padres já tinham fama de serem recurvados como parece ter sido o caso de outro tipo de gente retorcida e de má fama como era o caso dos “mendigos, saltimbancos, vagabundos e malabarista” que seguiam no cortejo dos curibantes de Cibele.
No entanto engane-se quem pensa que o termo só poderia ser grego porque nomes próprios de raiz -γῡρ foram encontrados na Mísia nas fronteiras da Frígia.
Γύρτιος, -ου, ὁ Girtio padre del misio Hirtio, Eust.1000.5.
«Hirto» < Lat. hirtu), adj. retesado, erecto, inteiriçado, «hirsuto», cerdoso
 < Hirtio < Girtio < *Kur-tio > «Curdos».
Xenofontes referiu-se aos curdos no Anabasis como "Karduchi, um povo bárbaro e defensor de sua residência nas montanhas" que atacou gregos em 400 a.C.
The Gauls (Galli, Galati, Gad-Mi, by syncope, Celii or Celts) were, upon every discovery we make, moon-worshippers, or mound-makers to the moon. The worship of the moon and sun involved everything circular — circular temples, circular dances, circular processions. The sacred writing of these people was also circular. Ogham, from clip_image022,”round”/ was the name given to the character of their sacred letters \ The temples of Vesta (Hfaista), another name for the moon or moon- light, at Rome, Tivoli, and elsewhere, were all round. The Gaulo-British temples at Avebury and Stonehenge were circular. The name of Gaul seems therefore to be derived from the moon as the object of worship, the form of which was adopted in all the ceremonies of the peoples addicted to that religion.
The Galli were priests of the moon, Cybele the mother of gods, whose worship was carried from Phoenicia and, Phrygia to Carthage, and thence to Rome; their chief was called Archigallus. These priests were also called Agyrtae, Metragyrtae, and Menagyrtae, from gyrare, 'to turn about in circles/ as the Druids are said to have done. Camerius Crescens, according to Gruter, was the name of an Archigallus. In these names we recognise the Chemarim or Cymry, (of whom hereafter,) and the crescent, the recognised emblem of moon-worship. Hesychius calls Cybele (the moon) "Cimmeris. She is also called Enthea mater, the ' frantic mother/ from the frantic mode of conducting her rites. Martial shews us what this was: —
"Et sectus ululat matris Enthea Gallus."
'And howls the lacerated priest of the infuriated mother/ -- Our British Ancestors: Who and what Were They?  John Henry and James Parker.
A relação dos cultos de Cibele com os cantos e as danças das bruxas em noites de lua cheia parece incontornável. Parte deste fenómeno já foi estudado a propósito das “danças claudicantes” relacionadas com os mistérios giratórios da suástica.
"Dizem alguns que os Calaicos não têm nenhum deus, mas os Celtibérios e os seus vizinhos do Norte oferecem sacrifícios a um deus sem nome nas fases da lua cheia, durante a noite, em frente às portas das suas casas, e todas as famílias dançam em coro durante toda a noite" (-- Estrabão, Livro III, Cap. IV).
Obviamente que este deus Inominado só poderia ser Perséfone ou Ereshkigal a filha da deusa mãe que nos cultos dos mistérios gregos ficava sempre por nomear. Estas danças são seguramente as que se reconhecem nos cultos de Cibele.
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Figura 9: La ermita de San Bartolomé de Segóbriga es la meta de los romeros y sede habitual de la Virgen Morena del Remédio.
En algunas ocasiones no es preciso una evidencia epigráfica para reconocer el culto de un lugar. En algunas ocasiones la arquitectura y la tradición nos hablan directamente de las creencias, todavía vivas, de los hombres y mujeres de un territorio.
Este es el caso de la ciudad romana de Segóbriga, que cada año recibe en procesión a los devotos de la “Magna Mater” como poseedora de todos “los remedios”. (…)
La circunstancia de Segóbriga es complementaria a las anteriores relacionadas, ya que si bien el culto a Cibeles y Attis tiene su origen en los asentamientos antiguos, y estos casi siempre se encuentran ocultos por nuevas construcciones, la devoción a la “Gran Madre” perdura en multitud de procesiones y romerías a lugares extramuros.
En la gran mayoría de los casos relacionados, el origen de la procesión devocional se produce en el lugar donde se levantaba el antiguo templo, hoy cristianizado por una ermita, iglesia o catedral, y la procesión se dirige al lugar donde se recuerda la existencia de una fuente, arrollo, río o lago para realizar la ceremonia de la “lavatio”. -- CARLOS SANCHEZ-MONTAÑA, El culto a Cibeles en Segóbriga.
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Figura 10: Relieve de Santa Eulalia de Boveda. Danzantes de Cibeles en Hispânia.

Sabemos que os cultos da Magna Mater, de quem augusto era particularmente devoto, se espalharam por todo o império romano nomo política religiosa de unificação da Pax Romana. No baixo-império a maioria destes cultos foram captados pelos cultos orientais da Dea Síria e depois pelo mitraísmo onde sobressaia a importância do culto de Cibele que eram espalhados pelos exércitos imperiais pelos pontos mais recônditos do império.
Kybele was closely associated with a number of Greek goddesses, firstly Rhea, the Greek mother of the gods (Meter Theon), but sometimes also Demeter (especially in the Samothrakian cult), Aphrodite (on Mt Ida) and Artemis (in Karia).
Na Península Ibérica este culto fundiu-se com cultos anteriores já existentes mais arcaicos mas também de origem cretense e oriental e , particularmente na meseta central, ao de Atégina.
A vitória do cristianismo por opção particular do cristianismo deu aos cristãos de mão beijada
A cristianização do culto mariano na Península Ibérica marca de facto a transformação dos cultos da Dea Mater à mãe de Deus e o culto de Cibele foi cristianizado e as suas festas transformadas em romarias marianas.
E assim mesmo, pareceu bem aos panegiristas das lendas áureas de Madrid aceitar que os sacerdotes Metragirtes com nome tão sugestivo do da cidade que incensavam teriam necessariamente que ser amantes da Mater Cubeleja vestida com o nome de Matergita, desde logo porque o mito de Atis o sugeria.
Strabo, Geography 10. 3. 12: "As for the Berekyntes, a tribe of Phrygians, and the Phrygians in general, and those of the Trojans who live round Ida, they too hold Rhea in honor and worship her with Orgia (Orgies), calling her Meter Theon (Mother of the Gods) and Agdistis and Thea Megala Phrygia (Great Goddess of Phrygia), and also, from the places where she is worshipped, Idaia [of Mt Ida in Troia] and Dindymene [of Mt Dindymenos in Phrygia] and Sipylene [of Mt Sipylos in Lydia] and Pessinountis [of Pessinos city in Phrygia] and Kybele and Kybebe [of Mt Kybela in Phrygia].
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Figura 11: Cibele Afrodisíaca.
La violette naquit du sang du dieu phrygien Attis dont la déesse aux lions, Cybèle/Agdistis, était passionnément amoureuse. Attis étant promis à Atta, la fille du roi de Pessinonte, Agdistis le frappa de folie. Attis erra par les forêts et les clairières avant de saisir son poignard pour s'émasculer. De son sang jaillit un tapis de violettes parfumées. Quand Atta l'eut retrouvé, elle mit fin à ses jours et leurs sangs mélangés engendrèrent d'autres violettes.
A bien des égards, le mythe d'Attis se rapproche de celui d'Adonis dont le sang fit naître les anémones.
Agditis era um dos nomes de Cibele e pela postura mítica de deusa de violentos ciúmes e despeitos seria equivalente a Anat e Afrodite. Enquanto ser primordial hermafrodita capaz de gerarão por partenogénese mística, ou seja de conceber sem a ajuda de parceiro sexual. O hermafroditismo mítico apareceu em várias mitologias antigas como óbvia fase de transição do matriarcado para o patriarcado. Dos deuses hermafroditas primordiais, além de Cibele, a única afinal que permaneceu mulher depois de castrada temos conhecimento pelo menos de dois no Egipto, que afinal serão o mesmo, Atum & Nun.
Cibele era afinal a rocha meteorito primordial denominada Omfalos no Santuário de Apolo em Delos que teria sido em tempos arcaicos da Deusa Mãe e Agdo no mito frígio de que evoluíram os nomes de outros deuses primordiais Ata / Atis
Ag-do sugere ser Ago, o deus da acção e da competição que era também Agonio e que será uma corruptela do deus Cac@ da pedra e do fogo. Quando cresceu e passou a ter dois sexos ficou a ser *Cac@-Dis-T(e)a que por semelhança com o nome de Ata / Atis passou a ser a ser *Cac@-Dis-Tis e depois Agdistis.
Obviamente que Agdistis não tem ligações etimológicas com Metragirtes mas também este não tem com Madride mas, sugere-a, pela ressonância fonética.

MADRID E A DEA SÍRIA ATARGARTIS
No entanto um nome que não pode ficar esquecido é o da Deia Síria Atargatis e, este sim, tem muita semelhança com o de Metragirtes.
The name Atargatis derives from the Aramaic form ‘Atar‘atheh, which comes in several variants. At Hierapolis Bambyce (Manbij) on coins of about the 4th century BCE, the legend tr‘th appears, for 'Atar'ate, and tr‘th mnbgyb in a Nabataean inscription; at Kafr Yassif near Akko an altar is inscribed "to Adado and Atargatis, the gods who listen to prayer";[[1]] and the full name ‘tr‘th appears on a bilingual inscription found in Palmyra.
Atargatis < ‘Atar‘atheh < Hatar-Hatete < Hator + Hecate.
                 <???> ?(M)atar-Ke(r)tis > Metragirtes???
Obviamente que a etimologia de Metragirtes derivada de uma improvável (M)atar-Ke(r)tis não pode ser aceite perante uma divindade semita como Astharat, bem conhecida de longa data por várias variantes.
The name ‘Atar‘atheh is widely held to derive from a compound of the Aramaic form ‘Attar, which is a cognate of ‘Ațtart minus its feminine suffix -t, and ‘Attah or ‘Atā, a cognate of Anat. (Cognates of Ugaritic ‘Ațtart include Phoenician ‘Aštart — Hellenized as Astarte — Old Testament Hebrew ‘Aštoreth, and Himyaritic ‘Athtar.
No entanto, esta deusa síria tem os mesmos atributos de Cibele, os mesmos cultos orgiásticos com os mesmos rituais de castração colectiva e foi identificada com Artemisa de Éfeso e com Afrodite sibilina.
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clip_image002[1]
Figura 12: O reverso de uma moeda de Demetrius III que descreve o corpo de sereia de Atargatis, velado como o de Artemisa de Éfeso, segurando o ovo, ladeado por talos de cevada.

Figura 13: O reverso de uma moeda de Cyrrhestica retrata Atargatis montando um leão, usando uma coroa mural, e segurando um cetro como Cibele Agdistis.

Por outro lado o nome de Atragatis deriva do facto de esta deusa ser inegavelmente uma Sereia.
Not unnaturally she is identified with the Greek Aphrodite. By the conjunction of these many functions, despite originating as a sea deity analogous to Amphitrite, she becomes ultimately a great nature-goddess, analogous to Cybele and Rhea.
Sabemos que Anfitrite poderia considerada ser uma equivalente marinha de Afrodite e que Atragatis levou o nome de Derceto. Então a etimologia mais provável de Atragatis passa pelo termo grego para monstro marinho que era Ketos, nome de uma deusa arcaica e titânica. Por isso a grande deusa mãe Baleia foi chamada Derceto por Ctesias.
Atragatis < Atar-Keto-is.
                  < Atar = Ker + Ceto => Decerto + Ma = Ma-Derceto >
*Madreci-te = Te | Mathrice > Mathrige < Arab. Madgrit > Madride.
                                            > Lat. matrice.
Mas, espantosamente poderíamos supor que a Deusa Mãe Derceto teria sido algures na ibéria e nalgum tempo *Madreci-te, ou seja a deusa «madraça» que na ibéria deu origem aos «madrigais» e a Madrid.
Primarily she (Atargatis or Ataratheh) was a goddess of fertility, but, as the baalat ("mistress") of her city and people, she was also responsible for their protection and well-being.
Baal (bet-ayin-lamedh) é uma palavra semítica que significa "O Senhor, dono, proprietário (masculino) (...) A forma feminina é Ba'alah. Em árabe levantino moderno a palavra Baal serve como adjectivo que descreve a propriedade agricultura que depende apenas da água da chuva como fonte de irrigação. Provavelmente este é o último remanescente do sentido de Baal como deus nas mentes das pessoas da região.
Na verdade, enquanto Baal Hadad era o senhor das tempestades orgásticas de chuvas fertilizantes Baalat Atargatis era a «matriz» que recolhia o sémen das águas que fertilizavam os campos.
«Baleia» < Lat. ballena < *Ba'alah ana, lit. “senhora dona».
Assim sendo, a Sereia mais do que um monstro marinho como Baalat Atargatis era o grande cetáceo dos oceanos, lit. A “senhora dona» Atargatis, a grande matriz dos repuxos nos jardins oceânicos dos oceanos cujo canto de acasalamento perigosamente encantava, sobretudo à noite, os marinheiros antigos. As resistências para que Atragatis não fosse uma Sereia em Ascalón são muito fortes por lado do loby judeu. No entanto tudo aponta para que a iconografia mais arcaica desta deusa fosse a de uma Sereia como Artemisa de Éfeso parece ser. Por isso se suspeita que o seu esposo sendo Adado / Hades tenha sido em tempos arcaicos Dagon que será possivelmente a mesma entidade caldeia. Se assim for, Atragatis seria a deidade esquecida dos mares, a romana Salácia conhecida na caldeia como Shala mas que os romanos rebaptizaram como Salus.
Ovid in his Metamorphoses (5.331) relates that Venus took the form of a fish to hide from Typhon. In his Fasti (2.459-.474) Ovid instead relates how Dione, by whom Ovid intends Vénus / Aphrodite, fleeing from Typhon with her child Cupid / Eros came to the river Euphrates in Syria. Hearing the wind suddenly rise and fearing that it was Typhon, the goddess begged aid from the river nymphs and leapt into the river with her son.
Estas fugas de Afrodite / Decerto / Atragatis de Tiphon se não fossem uma reformulação de velhos mitos à luz da teoria olímpica das guerras titânicas seria uma espécie de namoro ritual entre Atragatis / Salacia & Tiphon / Dagon.

KUBELEJA, A SENHORA DOS MONTES DE MADRID.


[1] Karel van der Toorn, Bob Becking, Pieter Willem van der Horst, Dictionary of Deities and Demons in the Bible, (1995:s.v. "Hadad").

No entanto, Cibele enquanto Senhora do monte era adorada pelo nome do monte que supostamente a gente local lhe teria a partir do epíteto indígena da deusa mãe.
Strabo, Geography 10. 3. 12: "As for the Berekyntes, a tribe of Phrygians, and the Phrygians in general, and those of the Trojans who live round Ida, they too hold Rhea in honor and worship her with Orgia (Orgies), calling her Meter Theon (Mother of the Gods) and Agdistis and Thea Megala Phrygia (Great Goddess of Phrygia), and also, from the places where she is worshipped, Idaia [of Mt Ida in Troia] and Dindymene [of Mt Dindymenos in Phrygia] and Sipylene [of Mt Sipylos in Lydia] and Pessinountis [of Pessinos city in Phrygia] and Kybele and Kybebe [of Mt Kybela in Phrygia]. The Greeks use the same name Kouretes for the ministers of the goddess, not taking the name, however, from the same mythical story, but regarding them as a different set of Kouretes, helpers as it were, analogous to the Satyroi; and the same they also call Korybantes."
Assim além dos nomes clássicos conhecidos podemos inferir muitos mais que não foram registados como epítetos de Cibele. Muitos registos clássicos foram perdidos e muitos factos clássicos não foram registados. No entanto, a par da tradição escrita muita tradição oral se manteve depois da queda do império romano alguma sigilosamente guardada pela tradição gnóstica, templária e maçónica e a relativa ao culto de Cibele Metragirta pode ter sido um destes casos.
67. Astyra a dans son voisinage un lac appelé le Sapra, rempli de trous et de gouffres, et qui se déverse directement dans la mer, mais sur un point de la côte que borde une chaîne de récifs. Il y a de même, au-dessous d'Andira, avec un temple dédié à la Mère des dieux ou [Cybèle] Andirène, une caverne en forme de galerie souterraine, laquelle se prolonge jusqu'à Palau. -- Strabon - Géographie, livre XIII, 1.
Tal como Astíria nos reporta imediatamente para Istar, o nome de Cibele de Andirene reporta-nos para um epíteto desta deusa que sugere ser literalmente a Senhora de Ankara ou uma variante de Macarena.
6. Pour éviter de prononcer un mot obscène, certains grammairiens prétendent qu'il ne faut pas dire Pordoséléné, mais Poroséléné, pas plus qu'il ne faut appeler Aspordenum la montagne qui avoisine Pergame: ils soutiennent que, vu son aspect âpre et stérile, le vrai nom de cette montagne est Asporenum et que le sanctuaire de la mère des dieux qui en couronne le sommet doit être appelé le temple de [Cybèle] Asporène. Il faut pourtant bien, dirons-nous, qu'on accepte et Pordalis, et saperdé, et le nom de Perdiccas et l'épithète pordaque, épithète employé par Simonide dans ce vers:
«On jette dehors leurs vêtements tout PORDAQUES»,
(lisez tout salis, tout trempés), et qui se retrouve aussi quelque part chez un poète de l'Ancienne comédie avec le sens de marécageux:
L'endroit était PORDAQUE» (Aristoph. La Paix. 1148). Strabon - Géographie, livre XIII, 2.
[Cybèle] Asporène seria *Askurana ou melhor Iskurana a esposa de Iskur o deus das tempestades sumérias e também dos infernos.
The Aladag Mountains are the lodestone of Turkish mountaineering. With their ... Here are located such major peaks as the Kaldi, Alaca, Güzeller and Gürtepe. (antiga Licaonia).
Anatolia (now Turkey) In the 8th century B.C, Gurgum, was the capital of a prosperous Neo-Hittite kingdom in southeastern Anatolia. It was also a center of production for stelae strongly marked by Hittite tradition, especially in their use of hieroglyphs.
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Figura 12: Mapa da Anatólia Clássica.
        Pan | Phylia < Kur-(k)ia
Frígia < Phrykia < Kur-kia > Turkia             =>
                     Mater Kurkia = Min. *Eki-Kurija > Ata Tareja > At-Taleia.
                     Mater Kurkia > Mater | *Gurkia > Matragurtis.
                                            Gurgum < *Gurkia > Gürtepe.
Em conclusão, ainda que o epíteto de Cibele Matragirta não tenha sido registado pelos autores clássicos o título poderia ter existido que seria bem adequado ao pico de um monte a partir de uma variante fonética do seu nome que poderia ter sido *Gurkia e de que teria derivado o nome de um dos picos montanhoso da região dos montes Anti-Taurus que na Turquia actual tem o nome sugestivo Gürtepe.
Se nada nos prova que a lenda de Metragirta de Madrid não seja inteiramente construída pela imaginação romanesa da corte de Filipe III por algum fidalgo que seria nobre e versado em mitologia e por isso suficientemente orgulhoso para não ter deixado rasto autoral nesta tradição supostamente recente e fabricada ao gosto renascentista da época, a verdade é que o culto de Cibele seria avassalador na região de Lião e Castela e o de Cibele Metrargirta “si no e vero e bene trovato”.
Γῦρις, εως, , A. the finest meal, Dsc.2.85, Sor.1.118, Ath.3.115d, POxy.520.12 (ii A. D.): — also γύριος , prob. in PSI4.428.44 (iii B.C.), cf. girius, = farina, pollen, Gloss.
O nome de Metrargirta poderia significar também deusa mãe da mais pura farinha ou do maná dos céus razão porque aparece na lenda da Virgem de Almudena relacionada com celeiros de trigo e colunas recheadas da mais pura farinha durante o assédio à cidade de Madrid numa das fases da reconquista.
Os sarracenos sitiaram a cidade, esperando que esta se rendesse pela escassez de alimentos. Quando já não havia mais o que comer, uns meninos que brincavam junto à igreja (da Virgem de Almudena), abriram um buraquinho num de seus pilares. Imediatamente por ele começou a escorrer um pó branco que se verificou ser farinha de trigo, de óptima qualidade. Derrubada parte da parede lateral da igreja, onde o tal pilar se encostava, descobriu-se um desconhecido silo. A abundância do trigo encontrado levou os espanhóis a jogar parte dele sobre os mouros, numa demonstração de fartura, para que perdessem a esperança de subjugá-los pela fome. O exército inimigo, uma vez mais, retirou-se humilhado. Um quadro de Alonso Cano, na igreja, lembra até hoje esse fato. E em outra pintura, no mesmo local, está retratado o milagre narrado abaixo.

A LENDA DE METRAGIRTA
Entre los pocos supervivientes que huyeron despavoridos al finalizar la guerra de Troya se encontraba el príncipe Bianor, el cual, tratando de evitar la masacre, se dirigió al puerto buscando alguna nave con la que abandonar el país.
Al no encontrarlas, se abrió camino hacia Grecia y después a Albania, donde fundó un reino. A su muerte, su hijo Tiberis, le sucedió en el trono. Tiberis tenía dos hijos, Tiberis y Bianor. El primero, legítimo de su matrimonio y el segundo engendrado con una bella aldeana llamada Mantua.
Tratando de evitar los problemas de sucesión en el reino, Tiberis dotó de una fabulosa riqueza a la aldeana Mantua y a su hijo Bianor, expulsándolos del reino rumbo a Italia.
Una vez en Italia, y en la región del norte, esta aldeana fundaría la ciudad de Manto, hoy conocida por Mántova.
Cuando Bianor alcanzó la madurez, se vio influenciado por un sueño, donde el dios Apolo le aconsejaba rehusar al reino que le ofrecía su madre, tomando la decisión de partir con sus huestes en dirección a la tierra donde muere el sol.
Antes de la partida, aconsejado por su madre, se puso el prenombre de "Ocno", cuyo significado era "el don de ver el porvenir en los sueños".
El viaje, que duró aproximadamente diez años, quedó interrumpido una noche, en la que de nuevo se le volvió a manifestar el dios Apolo, indicándole que, en ese mismo lugar debería fundar una nueva ciudad a la que tendría que ofrendar su vida.
Cuando Ocno despertó, pudo ver con sorpresa un terreno hermoso, apacible, rico en vegetación de encinas y madroños, con abundante agua. Cerca de este lugar, pastoreaban con sus rebaños unas gentes de carácter bondadoso y amable, llamados "Carpetanos" ó "Los sin ciudad", los cuales esperaban una señal de los dioses que les indicase donde asentar su patria.
Ocno les contó su sueño y allí mismo empezaron a construir una muralla, casas, un palacio y un templo. Cuando la ciudad estuvo acabada y se dispusieron a consagrarla a los dioses, surgió nuevamente el conflicto, ya que, mientras que unos eran partidarios del dios Apolo, otros no lo eran.
Ocno volvió a convocar a Apolo en uno de sus sueños, suplicándole que diera una respuesta a este conflicto.
Apolo volvió a aparecer y le indicó dos cosas importantes: la primera, que la ciudad debería consagrarse a la diosa "Metragirta", llamada también "Cibeles", diosa de la tierra, hija de Saturno, y la segunda, que había llegado el momento de ofrecer su propia vida para que cesara la discordia y se salvase la ciudad.
Al despertar, Ocno transmitió el sueño a sus gentes y mandó cavar un pozo profundo. Cuando estuvo terminado, se introdujo en el mismo y taparon la boca con una enorme losa tallada.
Todo el pueblo se sentó alrededor mientras oraban y entonaban cantos fúnebres, hasta que, la última noche de aquella luna, se desató una terrible tormenta y de las cumbres de Guadarrama, descendió en una nube la diosa Cibeles, que arrancó a Ocno de su tumba y lo hizo desaparecer.
Desde entonces, la ciudad se llamó con el nombre de la diosa "Metragirta". Después, pasó a ser "Magerit" y de aquí a Madrid, "La ciudad de los hombres sin patria".


[1] http://www.rutasconhistoria.es/articulos/escudos-de-madrid

domingo, 21 de dezembro de 2014

MADRID II – AS VIRGENS MÃES DE MADRID por Artur Felisberto.

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VIRGEM DE ALMUDENA
O mais antigo desses cultos é o da Virgem de Almudena. Mas obviamente que não tão antigo como as piedosas mentiras históricas dos católicos o supões reconhecido.
Como se sabe, a bela capital espanhola é antiquíssima. Roma ainda nem fora fundada e Madri já se orgulhava de sua antigüidade. Foi ela uma das primeiras vilas da Península Ibérica a se cristianizar. Reza a tradição, São Tiago aí pregou o evangelho, construindo um pequeno templo, com a ajuda de seus discípulos, dedicado à Maria Santíssima, onde teria deixado uma imagem de Nossa Senhora esculpida em madeira.
Dice la tradición - que no la historia - que la primitiva Imagen de Santa María la Real de la Almudena fue traída a España por el apóstol Santiago, cuando vino a predicar el evangelio, que la talló San Lucas y la pintó Nicodemus. Pero lo que sí es cierto es que en aquel pequeño villorrio visigótico, cuyo nombre ni siquiera ha llegado a nosotros, se veneraba una imagen bajo la advocación de “Santa María de la Vega en su Concepción Admirable”, posiblemente por estar enclavada su pequeña capilla en la ya denominada Cuesta de la Vega.
Al producirse la invasión musulmana, los cristianos que le daban amoroso culto resolvieron ocultarla por temor a que fuera profanada. Según la leyenda una joven cristiana, de nombre Maritana, con inmenso amor lleno de ignorancia encendió dos velas a su lado para que la acompañaran en su soledad.
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Figura 7: La Virgen de La Almudena.
Himno a La Almudena

Salve Señora de tez morena,
Virgen y Madre del Redentor,
Santa María de la Almudena,
Reina del Cielo, Madre de amor,
que estuviste oculta en los muros
de este querido y viejo Madrid.
Hoy resplandeces ante tu pueblo
que te venera y espera en ti.
Bajo tu manto, Virgen sencilla,
Buscan tus hijos la protección
Tú eres patrona de nuestra Villa,
Madre amorosa, templo de Dios.
Como é evidente a imagem actual da Virgem de Almudena não é o impossível original talhado em madeira por S. Lucas mas uma obra gótica do sec. XIV / XV que curiosamente manteve a tês morena da Virgem quiçá para manter a ideia da sua velha antiguidade de Senhora da Veiga que por alguma razão vamos encontrar repetida na Senhora de Atocha.
Se a virgem de Almodena é apenas morena e por isso uma reprodução gótica de um original perdido que seria de madeira negra, já a virgem de Atocha e decididamente negra.
A virgem de Almudena é literalmente a Senhora da Almedina ou seja a da cidade como Cibele era e a que a tradição de Castela se reporta, pelo menos iconograficamente. Quer isto seja pura coincidência ou não o certo é que em mitologia os deuses não jogam aos dados e todo o acaso é necessário para o entendimento profundo das coisas.

VIRGEN DE ATOCHA
No século V, devido ao grande triunfo obtido pela Igreja contra a heresia de Nestório no Concílio Geral de Éfeso, uma imagem foi esculpida por mãos espanholas, sendo gravada em seu pedestal a palavra grega “Teotocos”, que significa “Mãe de Deus”, como prova do júbilo que havia produzido na Espanha a declaração da divina maternidade feita pelo concílio.
Entretanto, há quem afirme que esta imagem é ainda mais antiga, tendo sido esculpida, ou ao menos pintada, pelo evangelista São Lucas. Dizem, ainda, que a imagem é uma das que foram levadas em procissão pelas ruas de Roma pelo Papa São Gregório Magno, por ocasião da peste que assolou a cidade durante o seu pontificado.
Os defensores dessa opinião dizem que a imagem foi levada para Toledo pelos primeiros discípulos de Jesus Cristo, e de lá transladada até o local em que se edificou Madrid, erigindo-se em sua honra uma ermida no lugar chamado da Veja, um dos primeiros onde recebeu culto a Rainha dos Céus, depois de Saragoza.
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Figura 1: A Virgem de Atocha.
Según Jerónimo de Quintana y basándose en los escritos de varios historiadores, la imagen fue traída a España por San Pedro cuando vino a predicar en el año 38. Se dice que fue hecha en vida de la virgen y enviada a Antioquía, donde san Pedro tenía su pontificado, antes de ir a Roma y establecerlo allí. Aunque la tradición atribuye a san Lucas Evangelista la fabricación de dicha imagen, también se dice que fue san Nicodemo quien la esculpió y san Lucas quien la pintó. Otra hipótesis apunta que podría tratarse de otro san Lucas que vivió en el siglo IV.
No entanto, os hagiógrafos com o papel de mitógrafos substituíram Nicodemos e Santiago por S. Pedro como iconóforos mas matem S. Lucas como iconófanos.
Obviamente que chegados à época do iluminismo renascentista os mitógrafos da corte decidiram que na impossibilidade histórica de esta imagem ser obra do evangelista S. Lucas teria que se postula outro S. Lucas que teria vivido no século IV no fim do império romano e inicio do Visigótico. Que S. Lucas seria este? Não o sabemos a não ser suspeitar que o autor do respectivo evangelho seria mesmo que lhe deturpou o evangelho no século IV preparando-o ao gosto de Constantino para o concílio de Niceia. Esta imagem da Virgem de Atocha é seguramente uma virgem negra que teria sido adorada como Ísis no sec. IV e de que foi feita cópia medieval na altura da reconquista da vila de Madrid.
Origen del nombre de la Virgen de Atocha
La Virgen de Atocha, tercera virgen en orden de popularidad después de la Paloma y de la Almudena, tiene, además de fama y devoción, un nombre que no se sabe a ciencia cierta de dónde procede.
Hay varias teorías que explican su origen.
Según unos, podría venir de una planta llamada atocha o del atochar que rodeaba la primitiva ermita de la virgen.
Otros opinan que Atocha procede de la palabra griega Teotokos, cuyo significado es Madre de Dios. La Virgen de Atocha tiene grabada en el manto primitivo las letras griegas A y O, las dos únicas visibles en la actualidad, por lo que al parecer, Teotoka puede derivar en Toka y de aquí en Tocha, quedando por último Atocha.
Hay una tercera teoría defendida por otros que apuntan la posibilidad de que Atocha sea una corrupción de Antioquía, lugar de donde se cree que procede la imagen. Así, Antiochia se abrevió en antiocha y de ahí atocha.
Lo que sí se puede confirmar es que, de todas las vírgenes madrileñas, la más antigua es esta de Nuestra Señora de Atocha, junto con la Almudena, cuya devoción se remonta a los primeros cristianos.
É interessante que sejam necessárias três teorias para desviar a atenção da verdade nua e crua e assim explicar aos ingénuos o nome da Virgem de Atocha que sempre foi Teotoca por ser deípara e que teria o nome do que pareceria ser: uma virgem que foi «atochada» ou seja literalmente enchida e atafulhada à força de cacete até ficar prenha.
«Atuchar» = • v. tr. prender, segurar, apertar por meio de tocho; • v. int. entrar à força ou apertadamente; • v. refl. encher-se; • atulhar-se; • abarrotar-se.
«Tocho» = • s. m. moca, cacete.
«Tocha» < ? • (Fr. torche), s. f. grande vela de cera; • brandão; • facho;
Obviamente que o castelhano tem para esta palavra uma semântica possivelmente mais próxima do original e por isso mais propícia a divagações.
Atochar. (De atocha). 1. tr. Llenar algo de esparto. 2. tr. Llenar algo de cualquier otra materia, apretándola.
O esparto é uma gramínea específica do sul mediterrânico que seria rara ou ausente noutras regiões da Penísula onde seria substituída pela palha e pelo junco para fazer quase tudo o que se fazia com o esparto particularmente as «tochas» de iluminação! Como o esparto também se chama em espanhol atocha por com ele se fazerem as tochas dos cultos nocturnos a Deméter, a Deusa Mãe, compreende-se que a deusa mãe das tochas fica-se chamada por antonomásia como Virgem de Atocha.
Importa referir de passagem os cultos arcaicos mais ou menos tenebrosos praticados nas festas nocturnas em honra da deusa mãe da fertilidade agrícola da queima do fachoco do Entrudo ou de “homens de palha” a substituir antigos sacrifícios humanos de fertilidade agrícola que nos costumes celtas tinham o nome do “homem de vime”.
Claro que dificilmente o termo de virgem de Antioquia teria sido esquecido na tradição clerical para justificar a particularidade madrilena da Virgem de Atocha; o termo grego Teotokos deve a sua semântica seguramente à raiz tokos relacionada com o «tocho» português e com o toque vaginal que prevê o trabalho de parto. O esparto não terá tido outra relação com a virgem que não fora o de ser a sua matéria-prima desde o baixo paleolítico para quase todos os utensílios domésticos, facto que se tivera sido relevante para dar nome à Virgem Mãe teria tido uso mais universal. Na verdade, deve ser da «tocha» de Hecate dos cultos eleusinos e dionisíacos que deriva o nome do espargo como atocha (e por isso da Virgem de Atocha) e não o inverso.
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Figura 2: Romeiros dionisíacos ou de Elêusis guiando-se nas noites do Entrudo grego com a tocha de Hecate.
De resto, podemos postular que Atocha derivou de *Atausha, um obvio diminutivo de Ata, que em etrusco seria Ati, a deusa mãe, e que pode ter tido o nome ibérico de *Ataushina ou Atégina. Para quem já anda há muito tempo nestas lides de desvendar o mistério do nome dos deuses esta relação de Atégina com Atocha por um virtual *Ataushina parece incontornável. De facto é aliciante suspeitar que Atégina seria afinal a Senhorita Atocha.
Adiante se verá que Atégina foi a deusa mãe adorada na região central da Península Ibérica de Mérida à Catalunha, onde foi substituída pelos cultos de Cibele no Baixo-Império, e posteriormente pelos cultos de Santa Eulália por ser este o apelido de Magna Mater, a deusa das sibilas e das bruxas bem-falantes.
Apesar da tradição afirmar que a Virgem de Almudena era Negra, a imagem que agora podemos observar é morena. Já a Virgem de Atocha é uma estátua de madeira, muito escura, com os trajes pintado em tons azuis e dourados. O tipo da estátua, seu tamanho e características indicam que foi e é uma virgem negra. Seguramente o original que surgiu das mãos do artesão (certamente o autor desta e de outras tantas estátuas não foi São Pedro nem São Lucas, pois acreditando na lenda eles não teriam feito outra coisa senão esculpir) e talvez a imagem que agora contemplamos tampouco é aquela a que se referem as primeira crônicas citadas.
VIRGEN DE LA PALOMA DE MADRID.
... resulta que la expresada Isabel Tintero, mujer de Diego Charco, de ejercicio cochero, viendo a principios del año 1787 que unos muchachos llevaran arrastrando como por juguete un lienzo de Ntra. Sra. de la Soledad, lo arrebató de las manos de aquellos, lo hizo retocar y lo colocó en marzo del propio año en el portal de su misma casa, y esmerándose en su culto, le ha promovido con tanto fervor que ha conseguido extender su particular devoción; de modo que se hallan alumbrándola varios faroles y lámpara a expensas de personas de primera clase, además de las muchas velas que la devoción de los fieles la presentan, reconocidos a los singulares beneficios que dicen haber conseguido ellos por intercesión de esta su Poderosa Madre, y en señal de este reconocimiento se ven las paredes de la actual Capillita llenas de presentallas."
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Figura 3: La Virgen de la Paloma.
La Virgen de la Paloma es una advocación mariana de Madrid (España). Sin ser la patrona oficial de dicha villa (lugar que ocupa la Almudena), tradicionalmente se la considera "patrona popular de los madrileños",1 y ha gozado de gran devoción. En su honor se celebran anualmente las Fiestas de la Paloma, muy castizas.
A virgem de La Paloma é obviamente uma Senhora da Soledade ou da Saudade como todas as Peitas são e derivam de uma mui arcaica tradição artemisina partilhado por Kali relacionada com o luto pelo filho / marido morto da Virgem Mãe. Este culto tem equivalente ibérico de nome também muito arcaico na Virgem de Macarena.
Notar que a pomba era uma ave tipicamente de Istar / Afrodite.
Seja como for, parece poder concluir-se que no culto mariano de Madrid rivalizam três Virgens mães a exigirem a primazia da fé dos madrilenos o que aprece ser sobrevivência de um arquétipo muito arcaico relacionado com as Matres de Madrid que assim se revelam como sendo uma tridiva em que:
1º a Virgem de Almodena ée a senhora da cidade como Cibele, Reia e Telus;
A Virgem de Atocha é a senhora do parto e da Aurora ocultando possivelmente o nome de Atégina;
A Virgem de La Paloma é uma deusa mãe da morte como todas as Peitas, a Virgem de Macarena e Kali.
De qualquer modo os madrilenos devem ter tido uma intuição profunda da tradição do seu culto à deusa mãe que resumiram no culto à Madona de Madrid reservada desde a fundação a um mosteiro de freiras em clausura.
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Figura 4: La Madona de Madrid
La Madona de Madrid es una de las tallas marianas más bellas y, al mismo tiempo, más desconocidas de la ciudad, a pesar de su enorme relevancia histórica y artística.
Estamos ante una de las escasas muestras de escultura medieval que tenemos en la capital y, sin embargo, no puede ser visitada, al estar ubicada en la zona de clausura del nuevo Convento de Santo Domingo, en el número 112 de la Calle de Claudio Coello.
La tradición sostiene que la imagen llegó a esta institución en 1228, año en el que Fernando III el Santo (1199-1252) tomó a las monjas bajo su protección y les hizo entrega de los terrenos de la llamada Huerta de la Reina. (...)
La escultura utiliza el modelo sedente característico del románico, si bien la riqueza de matices conseguida en los rostros de la Virgen y el Niño, así como la sensación de movimiento que transmite el manto materno, revelan que estamos ante una fase muy tardía del citado estilo. [1]
O mais interessante na estátua desta Madona de Madrid é ter na mão direita uma flor que foi suposto ter a Virgem de Almudena também na mão direita na forma de Flor de Liz na representação que substituiu a virgem original antes da sua aparição milagrosa.
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Figura 5: Virgen de la Flor de Lis de Almudena
Figura 6: La Virgen de Urgel, na Catalunha.
Alfonso VI en el año 1083 reconquistó Madrid y dirigió sus tropas hacia Toledo para intentar su reconquista. Como la imagen de la virgen a la que adoraban los madrileños seguía perdida, ordenó que se pintase en la capilla mayor del Templo de Santa María (antigua iglesia de la Almudena) una imagen de la Virgen María, a semejanza de su esposa, la reina Constanza, hija de Enrique I rey de Francia. El resultado es una imagen que aparece con una flor de lis, símbolo francés,a la que se llamó Virgen de la Flor de Lis.
La Virgen de Urgel, es también llamada popularmente la Mare de Déu d'Andorra, ya que según la leyenda permaneció escondida en el principado durante la dominación sarracena. También se le llama la Magna Parens o Magna Domina Urgellitana.
A flor-de-lis como lírio da terra era frequente nas mãos madonas medievais particularmente francesas por ser um símbolo da pureza virginal de Maria tal como a açucena foi um símbolo de santidade de Istar.
Diz uma lenda antiquíssima que esta imagem da Mãe Divina foi trazida para Madrid por San Calocero, um dos doze discípulos do Apóstolo Santiago Maior, no ano 38 da nossa Era. Depois, no ano 712, com a derrota do rei godo D. Rodrigo na batalha de Guadalete e a tomada da pequena vila de Madrid pelos árabes chefiados por Múcia e Tarique, os cristãos madrilenos esconderam a imagem da Virgem dentro dum buraco na muralha da mudayana ou almudena, que quer dizer “cidadela”. Em breve esqueceram-se onde a tinham escondido, até que séculos depois a Virgem apareceu ao cavaleiro cristão El Cid e pediu-lhe que tomasse a fortaleza de Madrid. Ele assim fez. No momento em que as suas tropas se aproximavam da almudena, desprendeu-se o fragmento da muralha onde estava a imagem milagrosa, e foi por aí que puderam entrar e tomar a cidadela para a Cristandade, corria o ano 1085. Logo o rei Alfonso VI de Castela ordenou que a imagem da Virgem fosse colocada no altar-mor da igreja de Santa Maria de Almudena, reconvertida de mesquita em sede cristã, cujo culto os Templários manteriam do século XII ao início do XIV em Madrid, dando-lhe a fama maior da Padroeira da mesma.
Porém, lendas aparte, a verdade é que o culto mariano durante o domínio árabe foi sempre respeitado por este, por igualmente venerar a Mãe de Deus mas na figura de Fátima, quinta filha do Profeta Maomé, sem deixar de respeitar Maria como Mãe do Profeta Isa, isto é, Jesus. (...)
Sendo a Senhora da Conceição uma Virgem Negra, no contexto da sociedade rural medieval era uma deusa agrícola expressiva da Grande Deus Mãe Primordial, cujo culto tinha honras maiores que ao Deus Filho, por ser Ela a origem da Fé, e assim mesmo da Natureza fecunda de que dependiam os povos, e neste sentido o termo almudena encontra derivação do árabe almudín, “depósito de trigo”, aludindo aos trigais em volta da cidade de que dependiam os seus habitantes. Dizer-se que esteve muito tempo escondida numa muralha da almudena, significa que era uma Deusa Oculta, Negra, o que é representado na Lua aos seus pés como Matriz da Criação cujas fases regulavam os períodos agrários de semeadura e colheita.
Como já é sabido as virgens negras tinham dois grandes motivos para a sua fascinação mística: primeiro por serem morenas como a egípcia Ísis, a caldeia Istar e como seria judia virgem Maria. Segundo por serem uma recordação arcaica dos meteoritos negros que desde tempos imemoriais eram considerados como a «caca» queimada pelo fogo da terra expelida pela Virgem mãe do céu na altura aurora durante o parto do sol! Assim. Seria com gáudio e devoção que os povos primitivos recolhiam os meteoritos que caiam no claro céu nocturno particularmente dos desertos do médio oriente onde ainda hoje um deles é adorado pelos muçulmanos na Caaba de Meca.
Seja como for, parece que a tradição da Senhora de Almudena também não é única de Madrid porque teria ocorrido devoção idêntica em Talamanca anterior en unos pocos años a la madrileña”.
En 1079 las tropas de Alfonso VI entraron en Talamanca de Jarama y se hicieron con el control de la mezquita mayor, donde entronizaron una imagen mariana. En alusión al enclave donde se hallaba el templo, la almudayna, la talla quedó bajo la advocación de Santa María de la Almudena.
La historia volvió a repetirse con la toma de Madrid a manos del monarca leonés, en 1085. Y aunque la leyenda afirme que la Virgen apareció milagrosamente en el recinto amurallado de la almudayna, hemos de entender que Alfonso VI procedió como lo hizo en Talamanca, con la purificación de la mezquita principal y la posterior entronización de María, como símbolo del poder Cristiano. (...)
Ni en Talamanca ni en Madrid han pervivido las iglesias medievales en las que se veneraba a la Almudena. La madrileña fue demolida en 1868, para facilitar la creación de la Calle de Bailén, mientras que los últimos vestigios de la de Talamanca debieron perderse a mediados del siglo XX. (...)
De otra forma no se entiende que, en Talamanca, no exista ningún rastro de esta advocación. Ni una imagen, ni una calle, ni una capilla. Todo lo contrario de lo ocurrido en Madrid, donde esta Virgen llegó a convertirse, como todos sabemos, en la patrona de la ciudad.
Parece assim que entre Madrid e Talamanca de Jarama existiram tradições comuns que poderiam ser as de Mântua Carpetana.
La etimología de Talamanca se corresponde con cientos de topónimos de origen prerromano que utilizan la partícula 'Tal-', de origen antiquísimo (variante del antiguo europeo *Ta = derretirse, fluir o del íberico = la rivera, el valle) y la terminación indoeuropea *ntia, que se vinculan en ambos casos con hidrónimos. (Talamantia habría devenido en Talamantica y ésta en Talamanca, al igual que ocurre con Salamantia --> Salamantica--> Salamanca, que también era originalmente un hidrónimo). En consecuencia todas y cada una de las partículas que conforman el nombre del pueblo apuntan a la ribera y el valle del Jarama. (…)
Su significado sin duda sería: Tal- = redondo/a, -ama- = río o cauce del río, y -(a)ncia = ancho/a, amplio/a o grande; es decir, curva del río amplia o grande, en clara referencia a la que en sus cercanías hace el Jarama; y de ahí su nombre. (...)
Se a ideia de curva de rio amplo pode fazer sentido em Talamanca de Jarama como hidrónimo já o mesmo não parece ocorrer em Talamanca de Barcelona onde apenas a ribeira de Talamanca passa a alguma distância sem a garantia de ser uma curva dum grande rio. Obviamente que esta etimologia feita a camartelo não passa de fantasia porque desde logo não teria significado de um hidrónimo mas antes seria o topónimo da respectiva curva do rio. Mas curvas é o que mais há nos rios, como aliás nas vias com trajectos de desenho natural. Por outro lado, em Talamanca de Jarama, se de facto Talamanca fora um primitivamente hidrónimo ficaria por explicar a razão pela qual o rio perdeu o nome para a cidade ganhando o nome de Jarama, que estranhamente ninguém entende como etimologicamente próximo de Talamanca...e Salamanca.
«Talamanca» < Talamantica < *Tala-Ma-An-Tea > Salmantia >
> Carmenta > Carma <= *Kur-Ama => Sharama > «Jarama».
Ora, como se confirma facilmente, o nome tanto de cidades como Talamanca e Salamanca relacionam-se com realidade muito mais humanas e dignas do que as de serem meros topónimos de rios que, mesmo quando se trata de rios divinizados a maior parte das vezes delas derivam nomes. Ora nada parece ter havido de mais digno e excelso do que o quase sempre secreto, nome da deusa mãe que no caso de Talamanca / Salamanca teria a forma latina Carmenta e em Espanha deu Cármen, nome comum e frequente de mulher.
Pois bem, já tínhamos dado conta de passagem que Carmenta seria Carna ou Cardia, deusa dos medronhos por ser uma variante da deusa Mãe primordial precisamente pelo étimo Car-/ Kur das cidades, do sol e dos guerreiros. Assim sendo, a tribo dos Carpetanos faziam jus a este mesmo étimo na forma Car-. De facto, os carpetanos eram a tribo ibérica da região de Madrid e de Talamanca de Jarama.
Os Carpetanos foram uma tribo pré-romana incluída entre os diversos povos celtas que habitavam o oeste e o norte da península Ibérica. Localizavam-se na zona central da Península Ibérica, no território que compreende parte das atuais províncias espanholas de Guadalajara, Toledo, Madrid e Ciudad Real. Estrabão, escritor grego do século I a.C. indica que os Turdetanos limitavam a norte com os Carpetanos.1 O nome de carpetanos, outorgado por Estrabo, é utilizado para designar a cordilheira montanhosa que separa Segóvia de Madrid, os Montes Carpetanos.
Se bem que a primeira ideia seria de derivar o nome destes montes do da tribo celta que os habitou, possivelmente em época tardia e posterior ao nome da cordilheira, deixamos essa ideia ao dar conta da existência de montes de nome análogo, os Cárpatos.
Os Cárpatos (checo, eslovaco e polonês Karpaty, ucraniano Карпати [Karpati], romeno Carpaţi, húngaro Kárpátok) formam a ala oriental do grande sistema de montanhas da Europa, percorrendo 1500 km ao longo das fronteiras da República Checa, Eslováquia, Polônia, Romênia e Ucrânia.
O nome vem do grego trácio Καρπάτῆς όρος (Karpates oros), que significa "montanhas rochosas".
A região foi habitada pela tribo dácia dos Carpos, que vivia no primeiro milênio a.C. nas elevações orientais das montanhas; seu nome deve ter origem correlacionada à dos próprios montes. Em documentos romanos tardios, os Cárpatos Orientais eram chamados Montes Sarmatici (provavelmente relacionado aos Sármatas), enquanto os ocidentais já recebiam o nome Carpates. A 'Geografia de Ptolomeu registra o uso do nome. Na Saga de Hervör, o nome das montanhas aparece na forma germânica Harvaða fjöllum (ver Lei de Grimm). Documentos húngaros dos séculos XIII-XV nomeiam tais montanhas como Torchal, Tarczal ou, menos frequente.
De novo se nota a tendência para aceitar como inquestionáveis etimologias que nos reportam para realidades banais. Seguramente que há também “Montanhas Rochosas” na América do Norte mas o padrão moderno de nomenclatura está longe de ser tão exigente como seria primitivamente mas não deixa de ser estranho que, uma das tribos indígenas que as habitaram tinha o nome de Arapaho...que é quase o mesmo que Carapato ó Carpato...e não nos vamos alongar mais mesmo sabendo que a etimologia do nome desta tribo é incerta porque como as etimologias são como cerejas num açafata, nunca mais nos deslindaríamos do enredo da etimologia de Madrid.
Ficando então pelo nome dos Cárpatos confirmamos que Κάρπαθος / Carpathus, era uma ilha entre Creta e Rodes em Homero.
Kárpatos (en griego Κάρπαθος, Kárpathos; en italiano: Scarpanto) es una isla griega perteneciente al archipiélago del Dodecaneso en el mar Egeo situada entre Creta y Rodas. Forma parte de la unidad periférica de Kárpatos, junto a Kasos. (...)
Es una isla montañosa. La población principal de Kárpatos es Pigadia que es asimismo el puerto principal de la isla. Su nombre en griego antiguo era «Potideo» o «Posidio».
La cordillera escarpada del Kalí-Limni (1215m) es, según la mitología, el lugar de nacimiento de los Titanes. Esta cordillera divide la isla en dos zonas, una semidesértica y poco poblada al norte y otra bien irrigada y con una mayor densidad de población al sur.
A ilha egeia dos Cárpatos é tão próxima de Creta que fizeram seguramente parte da mesma realidade geográfica e civilizacional. É então compreensível que quando os antigos marinheiros de Creta, possivelmente oriundos desta pequena ilha chegaram às longínquas terras da Trácia nomeassem os Cárpatos, que tinham a mesma semântica das Montanhas Rochosas que os ocidentais encontraram no extremo ocidental da América do Norte, como sendo aquilo que lhe parecia: a cordilheira «escarpada» de Kalí-Limni da sua terra natal, berço dos Titãs.
É possível que fosse do nome trácio dos Cárpatos que os germanos herdaram o conceito que, por via lombarda, derivou o conceito lusitano das «escarpas» dos cumes rochosos precisamente porque este conceito, que tinha sido gerado na bacia mediterrânica, na minúscula ilha de Cárpatos do arquipélago cretense, só veio a dar frutos quando colonos cretenses chegaram à Trácia e nomearam as suas “montanhas rochosas” como sendo Cárpatos. No entanto o nome original pouco ou nada teria a ver com rochas mas com o deus dos frutos que era Carpo, que sendo titã e deus do amor como Eros e Potos, tinha nascido no lado húmido e fértil dos montes da ilha de Cárpatos.
«Escarpa» < It. scarpa < Germ. skarpo, agudo.
Καρπός: fruto da árvore, campo, ou uma videira.
Algunos cronistas del Siglo XVII, tratando de desvelar la identidad y ubicación de la mítica Mantua Carpetanorum (Mantua Carpetana) que aparecía reflejada en el Itinerario de Antonino, viario de ,laslas calzadas del Imperio Romano elaborado a comienzos del Siglo III D.C., contaron con tres posibles candidatas dentro de la actual provincia de Madrid. En lugar destacado, situaban a la capital de la Monarquía Hispánica, dejando en un lugar secundario a las localidades de Talamanca y Villamanta (éstas últimas con mayores merecimientos que Madrid, por la existencia de restos de diversas construcciones en su entorno de cronología romana, hasta el día de hoy inexistentes en el casco histórico de Madrid). Asimismo, se ha identificado por parte de otros historiadores a Talamanca con la ciudad romana de Armántica, que tras la conquista romana, fue la única ciudad inmune de la zona de Madrid.
Que os carpetanos já andariam pelo centro de Espanha muito antes dos romanos já o sabemos.
En Santorcaz, mucho antes de que la princesa de Éboli fuera allí encerrada y de que las Crónicas de un pueblo deleitaran a toda una generación, antes incluso de que Santorcaz tuviera ese nombre y de que la memoria escrita reviviera acontecimientos históricos sucedidos en este madrileño rincón, entre los siglos III y I a.C. los últimos carpetanos que, a pesar del imparable proceso de romanización, mantuvieron su identidad y sus señas indígenas, ocupaban un cerro estratégicamente situado. -- Excavaciones arqueológicas en El Llano de la Horca (Santorcaz).
Que estes viriam da minúscula ilha de Cárpatos do arquipélago cretense pode suspeitar-se, desde logo pela semelhança formal dos achados arqueológicos acima referidos, assim como aceitar que tudo isso teria ocorrido por altura da crise dos «povos do mar» mais ou menos a da mítica queda da cidade de Tróia que levou Eneias com os etruscos para as costas do Lácio. Que por estranha coincidência uma das cidades carpetanas da época romana tenha tido nome de Mântua Carpetana já é coincidência a mais a permitir colocar esta colonização ao mesmo nível histórico da Etrúria.
En el siglo II después de Cristo, Ptolomeo, un geógrafo e historiador de la ciudad de Alejandría, en Egipto, hablaba de la existencia de dieciocho ciudades poleis) en territorio de los carpetanos en el momento de la conquista romana: Iturbida, Egelesta, llarcuris, Varada, Thermida, Titulcia, Mantua, Toletum, Complutum, Libora, Ispinum, Metercosa, Bamacis, Altemia, Patemiana, Rigusa, Laminium y Caracca. Algunas de ellas perviven hoy como ciudades importantes (Toledo, Alcalá de Henares) o como pueblos (Titulcia, Telmancia). Pero de otras se ha perdido todo rastro. -- [2]



[1] http://pasionpormadrid.blogspot.pt/2010/12/la-madona-de-madrid.html
[2] http://www.madridejos.net/clanAOECarpetania/Conquerors/historia.html