sábado, 27 de abril de 2013

VARIANTES DE AFRODITE E DO AMOR VENAL, por artur felisberto.

VARIANTES DE AFRODITE E DO AMOR VENAL,

por artur felisberto.

 

CARIÁTIDES

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Figura 1: Cariatides no Erecteião.[1]

Mas, que fariam as Graças, as Tríades e as Cariátides na corte da deusa do amor senão o papel de putas, meretrizes e prostitutas na mesma tradição da prostituição religiosa que já vinha de Istar. Sabemos que Afrodite Urânia foi a deusa do amor platónico, puro e celestial mas Afrodite Pandemos nunca deixou de trabalhar, ao longo dos séculos, pelo aumento da população mundial mesmo ao elevado preço das doenças venéreas e da razia de desmandos políticos e desvarios de alcova em resultado do fogo dos amores e paixões com que o filho desta deusa gosta de brincar!

A má fama de putedo que acompanha Afrodite não tem impedido que esta mais antiga profissão do mundo tenha prosperado, com ou sem as bênçãos do céu, e para gosto e desgosto de divinos pais ciumentos, o que pode significar que teve sempre a protecção tanto de Vénus / Afrodite como de todas as deusas e mães deste e do outro mundo! Na verdade, não foram sempre os «filhos da mãe» os mais afamados santos e heróis bem como os mais bem-sucedidos dos homens?

Ora bem, é muito provável que todos os calões de devassidão e todos os eufemismos para a pudicícia que envolvem os assuntos venais tenham tido a ver com variações étmicas em torno do mote do Amor que vai do maior dos amores que é o de mãe ao de pai e depois ao de amigo, esposa e amantes gratuitos ou mais seguramente mantidos ou comprados. Os dois motivos da pintura de vasos gregos mais comuns são de facto os da devassidão erótica na corte de Afrodite e os da eufórica e satírica embriaguez nos cortejos de Dionísio.

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Figura 2: Cariátide, the seven priestesses who attend Artemis Caryatis and other goddesses.

"A draped female figure substituted for a column supporting an entablature, occur only rarely in Greek architecture. Their earliest appearance is in a cluster of Ionic treasuries built at Delphi in the mid 6th c. B.C. and the Lyons kore of similar date from the Athenian Acropolis. They are not employed again until the Erechtheion (421-406 B.C.), after which their next use is in the Limyra heroon (370-350 B.C.) in Lycia. (...)"

Charis, Grace or Love, is Wisdom, or God's Goodwill, the Holy Spirit, or Great breath; that is, the Power and Spouse of Deity.--[2]

Ou seja, não apenas do amor sagrado quanto do platónico e cortês como ainda e sobretudo da vil, porque comum, prostituição. De resto, a sexualidade imperiosa era uma sagrada urgência dentro das atribuições de Eos que assim presidiu, ao lado de fálico Hermes, ao despontar da aurora da cultura desde os primórdios da humanidade! Assim, natural será encontrar na celestial corte da deusa do amor as Graças, as Tríades e as Cariátides como ressonâncias do nome de Afrodite.

Cariátides < Char-ia-Tite-(ish) < Cur-Hia-Kiki ó Ki-Kur-Kiki => Afrodite.

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Figura 3: Perirrantêria agoras the parts of the market-place sprinkled with lustral water.

The distinctive costume, pose and hairstyle of caryatids are presumably related to both their function and meaning. Their origin and significance, however, remain controversial. Suggested explanations for their origin include Oriental influence, borrowing of forms in the minor arts, and the adaption of figures found on perirrhanteria (ritual water basins). The meaning of their iconography has been sought in both historical-political events (Vitruvius) and religious beliefs (as nymph-intercessors). -- Perseus Encyclopedia.

Aporrantêrion, to, (aporrainô) a vessel for sprinkling with holy water. Perirran-têrion, to, utensil for besprinkling, esp. whisk for sprinkling water at sacrifices, or uessel for lustral water.

Perirrihantéria < Phêro- *Urikan | -taurya < *Kur-Kya > Grec. -phoria > Lat.-hallia > => Pt. “tourada e tareia; féria e folia; alas, alamedas e alegria” | lit. “A festa (do transporte, pelas «tricanas») dos urican > Fr. jerricans < Ker-ikan > Grec. ritons < Kur-*Urki-An > *Ki-Antu-uros, muito segura e literalmente as urnas funerárias das cinzas dos guerreiros => os grandes «cântaros» que se chamavam «ânforas» na época clássica.

 

Ver: ÂNFORAS (***)

 

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Figura 4: Tricanas e potinijas em festa de cantareira!

Os rituais perirrhanteria (baptismo) estariam inicialmente relacionadas com ritos de purificação física pessoal porque, o acto de tomar banho só passou a fazer parte dos gestos de rotina higiénica dos tempos modernos depois da comprovação científica da sua eficácia ao remover os ricos da sujidade meramente baseada nas propriedades físicas da água.

Até ai, para o senso comum a relação entre a doença e a saúde era tão miasmática quanto misteriosa e no período mágico anterior ao empirismo pré-científico o banho teria começado por ser um mero prazer dos sentidos a que as propriedades higiénicas se somavam como dádiva dos deuses.

Ora, como os prazeres da vida foram sempre fonte de apetências conflituosa também acabariam por gerar a culpabilidade suficiente para explicaram o arbítrio curativo do termalismo razão pela qual o banho acabaria por vir a ser ritualizado. A este respeito, a interpretação formalista da lei mosaica viria a ser alvo de críticas indirecta nos alvores do cristianismo e em plena época do empirismo clássico quando Cristo vituperou a hipocrisia dos fariseus que eram como sepulcros caiados, lustrosos por fora enquanto por dentro eram cheios da inevitável podridão intestinal o que serviria como ponto de partida para a metáfora da pureza espiritual que passou a imperar no cristianismo.

Perirra-inô, besprinkle. ·  Med., purify oneself. Perirran-tês, ou, ho, sprinkler, temple-official at Sardes. Perirra(n?)-ptria, stitch all round. Baptês, ou, ho, dipper, bather:

Pois bem, na falta de água canalizada ao domicílio, estes ritos de higiene pessoal seriam levados a cabo com ajuda de aguadeiras que na época baixa do classicismo já pouco mais seriam do que «regadeiras», serviçais adestradas nas actividades da «irrigação» tanto doméstica quanto agrícola.

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Figura 5: O banho da purificação ritual de Afrodite com água lustral.

Ora, estas outrora potinijas micénicas, bem poderão ter sido também as «regateiras» e «varinas» que regateavam o peixe nas «lotas». A este respeito há que duvidar da etimologia proposta para este termo luso «lota» = de lotar (= leilão da pescaria em primeira mão, isto é, dos pescadores aos contratadores, etc.) <= de lote (dividir em lotes; • baptizar o vinho) <= Fr. lot. [objecto ou objectos leiloados de cada vez; (...) lotação de navio]. Galicismo ou não, o certo é que este termo parece andar enleado numa semântica que envolvia tanto pescadores em leilão como lotação de navios mercantes o que nos reporta para o semantema mais geral do marinheiro que baptiza o vinho em libações ao deus Enki, o Sr. das «águas da vida eterna» e deus dos marinheiros. Ora, o nome virtual *Urikan (> Engl. Hurricane, «o deus Ishkur, o *Kuriscano dos furacões»?) é seguramente o deus *Urbino = (Te)libino = o mesmo que *Kaurano!

Ishkur: A storm-god, canal-controller, son of Anu. God of lightning, rain, and fertility.

De facto, se Urano veio a ser o deus grego do céu diurno é porque foi confundido com Anshar, originariamente o sumério deus de transporte para o céu, ou então o rei dos céus, mero epíteto de An/u.

Anshar > Angal = Ishtaran < *Ishkur-Anu.

Angal (Ishtaran): - Patron god of Der, a city East of the Tigris.

A verdade é que Enki era filho de Anu como Enlil logo, um destes seria Ishkur, que, a meu ver, seriam originariamente a mesma entidade, o deus menino solar filho de Ki & Urano.

 = *Kaurano > Kaurno > «corno» > Crono >

                     > Karuano > Karya(no) => Cariátides.

Figura 6: Cariátide suméria com a figura do deus das águas doces, Enki.

Ea, o deus «manda chuva» é aqui representado com o pote do «signo do aquário» em atlética atitude colunar qual fálico Hermes sustendo a abóbada celeste enquanto verte a «agua da vida eterna». Pois bem, teria sido esta tradição muito arcaica que veio a explicar a tradição estilística dos deuses cariáticos que a figura objectiviza de forma expressiva. As cariátides não seriam mais do que filhas de Enki, um eufemismo das duplas montanhas da aurora relacionadas com a mitologia da deusa mãe e com a origem do nome de Afrodite!

Sendo assim, tem toda a razão quem sugere que "explanations for their origin include Oriental influence, borrowing of forms in the minor arts, and the adaption of figures found on perirrhanteria (ritual water basins)". Só que, seguramente esta tradição seria na origem tão universal que não seria necessário importá-la do oriente. De resto, a civilização cretense mais antiga seria comum com a suméria na sua origem, pelo menos.

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Sabemos o quanto as contingências políticas terão influenciado a religião mas é óbvio que serão sempre motivações de fé as que em definitivo serão determinantes para a alteração do percurso evolutivo da semiologia mítica.

Se alguma veracidade existe na informação que serviu de base à teoria proposta por Vitrúvio para explicar o mito da origem das Cariátides na arquitectura ela não deixa de ser sugestivamente conspirativa para merecer a suspeita de ser preconceituosa e politicamente direccionada.

Vitruvius 1.1.5: The female figures in architecture that supported burdens are said to have been called Caryatids in token of the abject slavery to which the women of Caryae (a town in Laconia near the borders of Arcadia, originally belonging to the territory of Tegea in Arcadia) were reduced by the Greeks, as a punishment for joining the Persians at the invasion of Greece.

Nesta explicação de gosto racionalista mas, com a mesma lógica simplista e superficial que serviu sempre de suporte nuclear a todos os mitos fundadores, existia uma mera e subtil analogia alegórica que, quanto muito, terá servido apenas para reforço didáctico duma situação de homossemia por redundância.

Na verdade Cária não era a famosa acrópole de Megara[3] nem de Mileto[4]. Se pretendêssemos exigir rigor enciclopédico ao profundamente morto e enterrado Vitrúvio (que os deuses tenham em descanso eterno!) referiríamos que havia pelo menos duas Cariae:

Cariae = Aplace in Laconia, sacred to Artemis: (Maidens dance at C. in honour of Artemis) & a place near Pheneus.

No entanto, para comprometer ainda mais do pai dos Arquitecto, existiu uma deusa das «nogueiras» (< Anu-Karias) com este mesmo nome que veio a ser incluída no mito de Artemisa o que permite reportar este culto à cidade epónima da Lacónica onde afinal existia um festival de dança de donzelas em honra da deusa da caça!

Carya was a Greek pre-classical goddess of the walnut tree («nogueira»). She was later assimilated into the Artemis myth, as Caryatis (< Kar Jatis < Kar kakis + An => Afrodite) in this form.

Assim tudo aponta para Vitrúvio se estivesse a referir a Caryatae, cidade portuária de Tegea[5] mas, com muito poucas probabilidades de ser a razão do nome das cariátides que quase seguramente decorrerão do culto que as donzelas de Caria dedicavam a Artemisa, a Pótnia Teron, a Deusa Mãe que foi filha amantíssima de Enki.

The Carmentalia is a day which belongs to the goddess Carmenta. She was otherwise known as Metis, the Titaness of Wisdom. She is also called Car, Carya, or Car the Wise. Carmenta was the mother of Evander. After arriving in Latium with her son, she went atop the Capitoline Hill and began prophesying. Afterwards she became revered as a deity. She is also considered the goddess of childbirth. After her are named the Caryae (walnut trees) and the Carytids (nut nymphs). [6]

Carmenta < Kar-me-Antu < Kar-Min-tu < *Kartu-mna

> Cartona > Cardona.

 

GRAÇAS

 

Gratiae - Aglaia (Radiance), Euphrosyne (Joy), and Thalia (Fruitfulness) presided over all beauty and charm in nature and humanity. The Graces, also known as the Charites, are the daughters of Venus by Juppiter or Bacchus. They rule over all kindness and benevolence. They are signified by three young virgins, naked, holding hands.  They are the constant attendants of Venus.

Aglaia < Ha-Galiha < *Ki-Kali-ka.

Euphrosyne < Hau-Phro-kina > *Kaku-Phur-Ki-An.

«Dália» < Thalia (< Talo) < Kalia < Karia < *Kar-kika > Karish > Charis.

Charis, a Grace, Goddess surrounded by delight, graces, & Pleasures. Married Hephaestus, possibly one of the Fates.

Como Talo era uma das Horas ficamos com a suspeita de que as 3 graças da primavera não eram mais do que uma das variantes das 3 Horas, numa homenagem primaveril às 3 estações do ano mediterrânico, ou se quisermos, uma variante das 3 moiras ou parcas que teciam os fados ao longo dos factos fatídicos dos anos!

Como Afrodite esteve casada com Hefesto foi Afrodite e logo também foi Charis, a mãe das Graças e filha de Talo, nome Egeu de Gaia, a Deusa Mãe primordial!

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Figura 8: As três Graças de Pompeia!

Figura 7: As Graças dum sarcófago romano de Cartago. Reparar que o formalismo estético da representação destas tridivas seria tão rígido que fazia com que estas duas representações de épocas e locais diversos do império romano parecessem quase um plágio mútuo. (Reconstituição cibernética a partir de original do Museu N. do Bardo, Túnis).

 

Ver: TALOS (***)

 

*Kur-Kiki =>

ð     Kar-hites > Grec. Char-ites (CariteV) < *Kertu

ð     Karishas <=> Ishcaras, lit. «filhas ou servas de Ishtar»

ð    => Apsharas.

ð     Karishas > Graishas > Lat. Graces > «Graças».

A decomposição etimológica permite suspeitar que estamos perante uma pura divagação mítica de poetas enamorados pois os nomes de todas as três graças são meros jogos de palavras em torno do nome da arcaica deusa mãe de que derivou o nome de Afrodite!

Derceto (< Ker Ketho < *Kur-kik + An => Afrodite) = A goddess of fertility.

Derceto < Ther Ketho < Ker-Kiku > *Kur-Kiki =>

                                              Ø Ka + *Kur-Kiki => Afrodite.

Tsilah Wedo = Haitian goddess of Beauty.

Aka Derceto < Tziraka-Ketho < TsilahWedo.

Tríades < Tari-at-hes < Tar-(i)-at-(ish) < Tar-ish, lit. “filhas de Ishtar”, enquanto deusa do huluppu (a árvore da “vida eterna” e da “boa fruta”)!

Ix Chel = Mayan goddess of Sexual relations

Ix Chel < Ish-xer < Ish-Kar > Istar.

 

Ver: MATRONAS E MATER DEI (...)

 

O nome do planeta Vénus nas civilizações centro-americanas era:

Azteca: Tlahuizcalpantecuhtli.

Maia: Kukulcan.

Kukulcan < Ka-phur ki-an > An Phur Kaki => Afrodite!

Auseklis = Latvian goddess of Love

Aus-Kelis < Ash-keris < Ishkar > Istar.

In Aztec mythology, Itzpapalotl is a goddess of agriculture.

Itzpapalotl < Itz-papalo-(tel) < ish-Kapharo = Hapharo-ish > Afrodite.



[1] Coloração cibernética de desenho retirado da obra de The antiqvities of Athens (Volume v. 2) - Stuart, James, 1713-1788.

[2] THE GNOSTIC SOCIETY LIBRARY

Gnostic Scriptures and Fragments The Hymn of Jesus from The Acts of John

[6] http://www.clubs.psu.edu/aegsa/rome/romec.html

OS DEUSES DE MORTE E RESSURREIÇÃO PASCAL, (actualizado a 14/06/2014) por artur felisberto.

All the religion of Adonis is only “agricultural cult of fertility”,--this blasphemous nonsense is unchangeable from Y until XX AD Certainly, Adonis is a dying and resurrecting cereal, but quite not in the sense of the “naturalists” from St. Hieronymus up to Frazer, but in the sense of St. Paul: “The seed you sow has to die before it is made alive... That is how it will be when the dead are raised... Now I will tell you the mystery” (1 Cor. 16:36, 42,51). Unfortunately, this “mystery” has been revealed in vain and not only in the ancient mysteries of Adonis. If all the religion of the suffering god–the primordial religion of all humankind–is only an “agricultural cult of fertility” and nothing more, why were cups of pottery... with cereals, put under the very sun rays near the walls of the houses and why were they watered in abundance so that the sprouts appeared and faded as soon as possible? Why did the ancients used the plants, symbolizing death and sterility... Why did they throw the seeds and sprouts not to the fertile soil, but into the sterile sea and deep wells, the entrances into the underworld? And how can we understand the myth, preserved by Damascius, about the god Eshmun, Adonis of Canaan, who castrated himself ... so as to be safe from the loving chase of the goddess Astronoya--Stellar Astarte, the same goddess as Aphrodite Celestial, Urania? Here the false “god of fertility” transforms into the real god of eunuchs, Attis. Is it possible to imagine something more different from the cult of fertility? (Merezhkovsky, 1991, No. 4, pp. 70-71).
 

ADONIS

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Figura 1: Afrodite & Adónis. (Desenho de vaso grego em versão de William Hamilton & Pierre d' Hancarville na obra “Antiquités étrusques, grecques et romaines”).
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Figura 2: Reprodução de vaso grego da figura anterior em versão menos livre de Francesco Inghirami (colorida ciberneticamente pelo autor).
Adónis, nas mitologias fenícia e grega, era um jovem de grande beleza que nasceu das relações incestuosas que o rei Cíniras de Chipre manteve com a sua filha Mirra. A deusa grega Afrodite, do amor e da beleza sensual, apaixonou-se por ele. No entanto, o deus Ares, da guerra, amante de Afrodite, ao saber da traição da deusa, decide atacar Adónis enviando um javali para matá-lo. O animal desferiu um golpe fatal na anca de Adónis e o sangue que jorrou transformou-o numa anémona Afrodite, que, ao correr por entre as silvas para socorrer o seu amante, se picou numa rosa branca tingindo-a de cor de rosa. O jovem morto desceu então ao submundo, onde governava Hades ao lado da esposa, a deusa Perséfone – rainha do submundo, que logo se apaixonou também pela beleza do jovem. Isso causou grande ciume em Afrodite, e as duas deusas tornaram-se rivais.
Inicialmente, Perséfone, compadecida pelo sofrimento de sua irmã Afrodite, prometeu restituí-lo com uma condição: Adónis passaria seis meses no submundo com ela e outros seis meses na terra com Afrodite. Cedo o acordo foi desrespeitado, o que provocou nova discussão entre as duas deusas, que só terminou com a intervenção de Zeus, que determinou que Adónis seria livre quatro meses do ano, passaria outros quatro com Afrodite e os restantes quatro com Perséfone, seguramente por necessidade intrínseca deste mito sazonal, de origem subsariana onde apenas haveria duas estações, a realidade mediterrânica!
No entanto, embora Adónis fosse um mito-símbolo da vegetação que morre no inverno e regressa à Terra na primavera nunca foi o mito de morte e ressurreição helénico por este papel caber ali a Demeter /Perséfone, Tiptolemos e...mais tarde, Dionísio. Ou seja, embora seja mais conhecido como divindade menor grega, Adónis teve origem Síria, onde era adorado com o nome semita de Tamuz. Era um deus eternamente jovem, ligado à vida, à morte e à ressurreição, estando associado ao calendário agrícola. De resto, o nome Adónis deve ter origem no mundo semítico - parece proceder do semita Adonai, expressão que significa Meu Senhor. É um deus que congrega em si elementos de várias origens, demonstrativo do grande sincretismo religioso produzido pelo helenismo.
O mito grego de Adónis é uma obvia variante, aliás de menor grandeza mítica, do culto solar sumério babilónico do, também semi-deus, Damuz, por importação cipriota a partir da Fenícia onde era adorado com a mesma grandeza de Tamuz como Adonai ou Adonias, numa forma equivalente do mito frígio de Atis.
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Figura 3: Heirogamos de Afrodite com um Adónis marcial ou Páris aguardando os favores da raptada Helena?
Adon, Adonis or Adonai and Hebrew = The Phoenicians settled in Cyprus around 900 B.C. They conquered Cypriot Idalion, and brought their cultic practices to it. In Phoenician the two words that mean "Lord": Ba'al and Adon, as indicated earlier. Ba'al had a very specific identity for Phoenicians -- including the Phoenician Cypriot community at Kition -- as the primary male deity. Thus Ba'al was not available as an appellation for the native Cypriot deity encountered by Phoenician traders at Idalion. Since the local Cypriots called their god the Wanax -- that is, the Lord -- the Phoenicians likely called this native god by their other word for "Lord": Adon.
The name "Adon" appears in a number of Phoenician inscriptions in Cyprus, including one from Idalion. The title "Adon" must have been used to designate the local deity by Phoenician visitors who happened to worship in this shrine.
The Greeks took over the administration of Idalion from the Phoenicians around 300 B.C. The primary language when the Greeks arrived was Phoenician. So it would have been natural for the Greeks to assume that "Adon" was the name of the local deity rather than a title. The name "Adon" was then Hellenized by adding the Greek ending "IS" -- Creating the familiar "Adonis."
Later, after the Romans conquered Cyprus in the first century B.C., a number of poets cited lovely Idalion as the place where Venus had her fabled affair with Adon or Adonis.
In the Bible the Israelite god Yahweh is sometimes referred to as Adon, though the term is used as a title, not as the personal name of Yahweh. Eventually, the appellation "Adonai" (my Lord) became a substitution name for pronouncing in prayer the unutterable name Yahweh, which by the early rabbinical period (first and second centuries A.D.) had become too sacred to pronounce. To this day, when Jews encounter the consonants of "Yahweh' (YHWH) in prayer, they pronounce it "Adonai." They might be shocked to learn that this substitution word is related to the Phoenician "Adon" and the Greek Cypriot "Adonis." Further, Muslim, Jews and Arabic-speaking, Aramaic/Syriac-speaking Christians might be shocked also to learn that their words for God come from the Phoenician god's name of "El" as in "Elah," "Allah," "Elahona,""Eloh," "Elohaino," "Eli," "Eloi," "Elohak"...etc . -- "A Bequest Unearthed, Phoenicia" — Encyclopedia Phoeniciana, Virtual Center for Phoenician Studies.
Que Adão / Adónis tenha sido “Nosso Senhor” não espanta pois ainda hoje Jesus Cristo o é, enquanto “São Salvador do Mundo”. A mitologia em volta das diversas variantes do mesmo deus de morte e ressurreição deve ter sido tão rica e variada como a disparidade de tempos e de lugares onde os cultos de queda e redenção se tornaram necessários com o progresso tumultuoso da revolução neolítica! De facto, é óbvio que Adón não passou a sinónimo de Dominus por mero acaso. Todos estes foram nalgum tempo e nalgum lugar o nome do filho da Virgem Mãe nas sociedades matriarcais arcaicas e depois filho de Deus nas sociedades patriarcais.
Na verdade a aparência dos epítetos de Senhor e Dominus parecem ser pelo uso e abuso termos imotivado mas de senhor sabemos ser uma evolução de sénior e Dominus deve ter sido o nome de um deus outrora tão comum que caiu no esquecimento ficando apenas o seu significado como deus supremo ou de sumo bem. No entanto sabemos que o mesmo aconteceu a Anu, El, Baal, etc. Todos deuses supremos e de sumo bem que acabaram por ter a conotação genérica que o português dá a quem é “um senhor”, ou seja, alguém sumamente importante por ser mais velho, ou seja, sénior, e por isso vivido, poderoso e sabedor!
The Phoenicians settled in Cyprus around 900 B.C. They conquered Cypriot Idalion, and brought their cultic practices to it. In Phoenician the two words that mean "Lord": Ba'al and Adon, as indicated earlier. Ba'al had a very specific identity for Phoenicians -- including the Phoenician Cypriot community at Kition -- as the primary male deity. Thus Ba'al was not available as an appellation for the native Cypriot deity encountered by Phoenician traders at Idalion. Since the local Cypriots called their god the Wanax -- that is, the Lord -- the Phoenicians likely called this native god by their other word for "Lord": Adon.
The name "Adon" appears in a number of Phoenician inscriptions in Cyprus, including one from Idalion. The title "Adon" must have been used to designate the local deity by Phoenician visitors who happened to worship in this shrine.
The Greeks took over the administration of Idalion from the Phoenicians around 300 B.C. The primary language when the Greeks arrived was Phoenician. So it would have been natural for the Greeks to assume that "Adon" was the name of the local deity rather than a title. The name "Adon" was then Hellenized by adding the Greek ending "IS" -- Creating the familiar "Adonis."
Later, after the Romans conquered Cyprus in the first century B.C., a number of poets cited lovely Idalion as the place where Venus had her fabled affair with Adon or Adonis.
In the Bible the Israelite god Yahweh is sometimes referred to as Adon, though the term is used as a title, not as the personal name of Yahweh. Eventually, the appellation "Adonai" (my Lord) became a substitution name for pronouncing in prayer the unutterable name Yahweh, which by the early rabbinical period (first and second centuries A.D.) had become too sacred to pronounce. To this day, when Jews encounter the consonants of "Yahweh' (YHWH) in prayer, they pronounce it "Adonai." They might be shocked to learn that this substitution word is related to the Phoenician "Adon" and the Greek Cypriot "Adonis." Further, Muslim, Jews and Arabic-speaking, Aramaic / Syriac-speaking Christians might be shocked also to learn that their words for God come from the Phoenician god's name of "El" as in "Elah," "Allah," "Elahona,""Eloh," "Elohaino," "Eli," "Eloi," "Elohak"...etc .
Como se vê também os fenícios padeceram do mesmo erro de pensarem que Adónis era como o latino Dominus na aparência um termo imotivado como Anu, El, Baal, etc...ou um mero genérico de senhoria como Senhor / Seigneur / Lord, quando assim não é! A experiência cultural semita demonstra-nos que o termo para senhoria deriva do nome de algum deus supremo durante muito tempo respeitado como é o caso de Anu, o deus sumério do Céu diurno. Alguns, como Zeus, nunca teveram este mérito mas uma variante indo ariana como Diaus Pitar parece ter tido sucesso no latino deus e no theos grego. Assim, é quase seguro que Adónis foi uma variante de Tamuz, o amante de Anat / Istar, e responsável pelo mito grego de Adónis e Afodite, possivelmente por evolução de *Atumnis que apareceu na mitologia hebraica como Adão, o primeiro homem muito antes de vir a ser o genérico de Senhor Deus por importação fenícia. Assim sendo seria interessante saber que tipo de deidade seria o arcaico senhor deus italiano de que derivou Dominus. Na verdade este termo latino parece-se demasiado com *Atumnis.
Este *Atumnis deus seria o proto cretense *Atu-Min estranhamente relacionado com deidades celtas.
Domnu is the Celtic Goddess of the Fomorii. She was to them what the Goddess Danu was to the Tuatha de Danaan, who followed the Fomorii in controlling the land that would become Ireland. The Fomorii were often called “children of Domnu,” and were said to have come from the depths of the sea. Domnu’s name means “the deep.”
Ora o mar profundo era a suméria deusa mãe do mar primordial, Tiamat que teria em Creta o seu equivalente na forma de *Tea-Min, mãe do deus menino *Atu-Min. O interessante é verificar que então a leitura do nome desta deusa seria simples.
*Tea-Min < Ki-a Ma-Anu = “Terra das água e mãe do Céu”!
Este nome evoluiu de *Tea-Min para Deamin o que viria a dar em celta Domnu.
Por extensão, o deus menino teria nome idêntico que para se diferenciar foi evoluindo em ambiente patriarcal para *Atu-Min > Thaumin > Lat. Dominus.
Embora o nome mais recente de Baal nos ritos pascais fenícios fosse Eshmun, deus da saúde como Esculápio, isso não invalida que não tivesse sido chamado também Adónis sendo secundário que tal título significasse o que ainda tal deus era de facto para os que o adoravam: “O Senhor”. Mais interessante ainda é verificar que Eshmun seria a sobrevivência linguística entre os fenícios da partilha duma cultura comum com os cretenses de que os gregos herdaram a pálida reminiscência no epíteto de Apolo Esménio.
Eshmun < Ish- | Manu < Ma-Anu > Etrusc. Mean > Esménio.|
                                        > Mean-ish > Minos, o “deus menino” => Minor.
De novo deparamos com a recorrência étmica duma relação dos mitos de morte e ressurreição com a cultura cretense do Minotauro.
De resto, já em Poseidon o étimo –don se refiria a poder e domínio soberano, no caso sobre a morte, e Dionísio virá a partilhar o étimo, e quiçá toda a sua semântica, sobretudo no seio dos seus adoradores.
Ver: DIONÍSIO (***) & MINOTAURO (***)
 
Assim, até os judeus fingiam não saberem já que o adoraram como Adonai, o que tinha sido o Sr. ou Baal, o «filho de deus» El-Elyon, o Sr. Anu, “Deus pai do céu”! Porém os judeus nunca tiveram a ousadia de associar este deus de morte e ressureição ao primeiro homem que chamavam Adão, curiosamente com um nome que tinha a mesma raiz etimológica de Adónis. No entanto, por ter sido um deus mortal o racionalismo judaico transformou-o no primeiro Homem.
«Adão» < *Athanu <= Adonis < Athaumn-ish lit. filho de *Athaminu, lit. “o filho da mãe (Céu)” > Daminu > La. Dominus.
<= *Athanu ó *Ki-anu-At, lit. “filho da terra e do Sr. (Deus) do Céu!
> Tan-ish > Dion-isho > Dionísio.
Ou seja, Adónis era uma mera variante de um dos filhos de Enki, Tamuz, depois do Sr. Enki patriarcal ter perdido o estatuto de filho primogénito da Deusa Mãe Terra. Mas, sendo os cultos agrários de “morte e ressurreição”, “ritos de passagem”, em torno da mística de queda e redenção, de derrota e salvação que a entrada na adultícia guerreira exaltava, o paralelismo simbólico do pensamento mágico teria que colocar estes rituais nos cultos em honra da renovação anual da natureza com a primavera. Como eram festividades eminentemente solares pelo que seria natural encontra-los relacionados com o nome do sol. De forma explícita temos de facto no Egipto, como deus arcaico do sol-posto, ou seja dum deus morto, Atum, de que derivou o nome do deus do disco solar, Aton.
 
Ver: ATUM (***)
 
Ora bem, todos os mitos de «morte e ressurreição» se referem a um deus mortal que viveu na terra e só não se refere que teria também nascido na terra porque existe um mito que o faz nascido na lua!
An ancient tradition ascribed the establishment of Moon worship to Adam, the first man. The medieval Arab scholar Abubacer wrote: (1)
They [the Sabaeans] say that Adam was born from male and female, just like the rest of mankind, but they honored him greatly, and said that he had come from the Moon, that he was the prophet and apostle of the Moon, and that he had exhorted the nations that they should serve the Moon… They also related about Adam that when he had left the Moon and proceeded from the area of India towards Babylonia, that he brought many wonders with him.[1]
Mah, Makh, Mao, Mami, Ninmah = "Moon, month". A moon goddess who equals Fortuna and Nike. Also as Mesopotamian Makh. God of the moon, one of the Yazads. He is associated with the cow, and presides over time and tide. He is mentioned as an assistant of Vohu Manah. The seventh day of the month is dedicated to Mah. Name of the twelfth day of the month according to the Zoroastrian religious calendar.
Mashye (Masya) & Mashyane (Mashyoi, Masyanag, Meshiane, Masyane) = (Phl.): the first human couple. = Mahre & Mahrianag = Adam & Eve
Leaves from the world tree produced the first animals: earth animals, water animals, and humans.
Mashyoi and her mate Masya, the first man, were formed from a double leaf on this tree, a rhubarb plant which itself grew from the seed of Gayomard, the primeval man. For the first fifty winters they were the threatened by the Druj demons. Then they had a pair of children, whom they devoured. After that they gave birth to seven more pairs of children, who in turn became the progenitors of fifteen races of humans. Like Adam and Eve they disobeyed God and caused him anger.
A complexa ortografia destes termos permite descortinar as seguintes vias etimológicas:
Masya < Mashye < *Ma-Chu (> «macho») + Anu
=> *Mashian => «machão»!
                       > + aka > Machianaka > Masyanag
                                    > Machianah > Mashyane > Masyane > Meshiane.
O núcleo de todas estas etimologias seria afinal o semantema mítico *Mashu que na origem teria sido bem mais inofensivo do que acabou por se tornar na medida em que não seria senão o “filho d(e su)a mãe”, o eterno “deus menino” ao colo da Virgem Mãe! A carga mítica deste conceito foi tamanha que descambou no messianismo judaico e no machismo latino.
 
Ver: MACHA (***) & KIMA (***)
& HERMES, "O Grande Filho Da Mãe" (***)
 
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Figura 4: Enki, com os símbolos dos mês, com Ki (ou Ishtar) junto à “arvore da vida”. Estes deuses criadores foram seguramente o protótipo divino dos mitos de Adão & Eva.
O facto de Hermes ter sido o equivalente grego de Enki permite suspeitar que entre os muitos heterónimos deste deus um deles deve ter sido o antepassado étmico comum de Hermes / Prometeu e Horus Hermaquis...e Gayomar. O primeiro filho homem de Enki foi Adapa que, enquanto Sr. Adapa, pode ter sido também chamado *Adapano, lit. «filho de Pan, ou Phanes», ou muito mais etimologicamente Kian = Enki, o monte Sião, filho primordial de Ki, a Terra Mãe! Então:
*Adapano < *Aka-Kiano > Atawino > Athauno => Adão!
De facto, é quase inacreditável que nunca se tenha suspeitado que o termo que designa Messias em judeu é por demais parecido com este conceito cosmológico persa para que não tenha sido herdado destes, como aliás grande parte do politeísmo judeus posterior ao imperialismo persa. O próprio mito da criação do Géneses parece ser o resultado do cruzamento de ancestrais tradições mesopotâmicas filtradas pelo revisionismo dualista do mazdaísmo persa. Porém no mito persa parecem ter sedimentado muito mais reminiscências arcaicas do que seria de esperar dum mito revisionista.
Manu = The Old Iranian progenitor of the human race.
Ou seja, Manu teria sido outro dos nomes de Gayomar. Na verdade, um dos nomes do deus da fertilidade criadora foi no Egipto Min, obviamente derivado do conceito matriarcal preservado pelos etruscos no nome da deusa mãe.
Por isso, o herogamos teve na Itália o nome de matrimónio.
«Matrimónio» < Lat. matri-| moniu < Mauni < Me-An-i-ku, lieralmente o “munus” privado da Deusa Mãe > *Matri-Minos.
O facto de o mito ter colocado Gayomar no papel que teria cabido à “deusa mãe” só torna incoerente a ideologia paternalista em que o zoroastrismo se circunscrevia encontrando-se na mesma linha que destronou Hebe do papel de potinija divina em detrimento de Ganimédes, que não era senão Hermes/Prometeu, heterónimos do “deus menino”, Eros/Horus, filho autogerado e primogénito da Deusa Mãe!
 
Ver: HEBE (***) & GANIMÉDES (***) & EVA (***).
 

ADAMASTOR

3: Judas Relata una Visión y Jesús Responde – Judas Pregunta Sobre su Propio Destino – Jesús Enseña a Judas Sobre Cosmología: El Espíritu y el Auto-Generado – Adamas y las Lumbreras – El Cosmos, el Caos y el Mundo Inferior – Los Regidores y Ángeles – La Creación de la Humanidad – Judas Pregunta Sobre el Destino de Adam y de la Humanidad – Jesús Comenta la Destrucción de lo Perverso con Judas y Otros – Jesús Habla de Aquellos que Están Bautizados, y de la Traición de Judas -- El Evangelio de Judas, página 9.
El poder demonio de Adamas, ataca a Pistis Sophia. "Entonces ocurrió, que fuera de los doce Aeones, miró hacia abajo Adamas, el Tirano, quien también sentía ira contra Pistis Sophia, porque ella deseaba ir a la luz de luces que estaba sobre todos ellos; por tanto la detestaba. Sucedió pues que cuando Adamas, el Tirano, miró hacia debajo de los doce Aeones, vio las emanaciones de Obstinado oprimiendo a Pistis Sophia y deseosas de arrebatarle todas sus luces. Entonces el poder de Adamas bajó al caos, a las emanaciones de Obstinado, precipitándose sobre Pistis Sophia, aconteciendo entonces que el poder rostro de león y las emanaciones con forma de serpiente, de basilisco y de dragón y otras muchas emanaciones de Obstinado, rodearon juntas a Pistis Sophia tratando de arrebatarle sus poderes, oprimiéndola en exceso y amenazándola.. -- PISTIS SOPHIA
Adamâncio - (Latim) - Duro como diamante.
Adamantina - (Grego) - Muito amável, bom. Forma feminina de Adamantino.
Adamantino - (Grego) - Adamas, adamantos, indomável; diamantino, de diamantes. O mesmo que Diamantino.
Adamanto - (Grego) - Adámas, Adámantos, diamante, indomável. Usado também como sobrenome português.
Adamastor - (Grego) - Adamas, diamante, indomável, indômito, invencível.
Adamasteia – título de Afrodite = indómita; inexorável.
Adam-as-teia, lit. deusa de Adam, ou seja, esposa ou amante de Adónis.
Adam-as-tor < Atham-ast + Ur <= *At-Ama-Chu > *Tiamatu
                                         => «Camacho > Tomaz» > Damuz.
Embora aceitando que os homónimos Camacho e Tomás sejam aqui meras coincidências ou elos étmicos de escassa carga semântica a verdade é que o nome do gigante Adamastor não deixa de ser uma surpresa espantosa em demasia para ser apenas uma mera coincidência fortuita!
Na verdade, maior estranheza seria que o nome da titânica e monstruosa figura mítica exclusiva da mitologia camoniana porque só aparece no canto V dos Lusíadas, tivera sido de todo em todo destilada do puro e fortuito génio imaginativo de Luiz Vaz de Camões...
"Não acabava, quando uma figura
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura,
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida,
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.
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Figura 5: O Adamastor.[2]
...sem atender às lendas e crenças dos marinheiros relativas a antiquíssimos e míticos medos relativos aos monstros que se supunha guardarem do mundo das profundezas abissais do oceano que circundava os limites do plano mundo desde os tempos da cosmologia suméria relativa ao divino casal primordial de titãs, o Abzu & Tiamat.
É certo que a intriga que se segue é cantiga de pura retórica palaciana!
"Mais ia por diante o monstro horrendo
Dizendo nossos fados, quando alçado
Lhe disse eu: — Quem és tu, que esse estupendo
Corpo certo me tem maravilhado? —
A boca e os olhos negros retorcendo,
E dando um espantoso e grande brado,
Me respondeu, com voz pesada e amara,
Como quem da pergunta lhe pesara:
— "Eu sou aquele oculto e grande Cabo,
A quem chamais vós outros Tormentório,
Que nunca a Ptolomeu, Pompônio, Estrabo,
Plínio, e quantos passaram, fui notório.
Aqui toda a Africana costa acabo
Neste meu nunca visto Promontório,
Que para o Pólo Antárctico se estende,
A quem vossa ousadia tanto ofende.
— "Fui dos filhos aspérrimos da Terra,
Qual Encélado, Egeu e o Centimano;
Chamei-me Adamastor, e fui na guerra
Contra o que vibra os raios de Vulcano;
Não que pusesse serra sobre serra,
Mas conquistando as ondas do Oceano,
Fui capitão do mar, por onde andava
A armada de Netuno, que eu buscava.
Porém, o próprio Camões se confessa como respeitador dos rudos marinheiros...
"Que têm por mestra a longa experiência,
Contam por certos sempre e verdadeiros,
Julgando as cousas só pela aparência,"
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Figura 6: Neptuno enfrentando a armada dos argonautas
Por outro lado, a mitologia clássica tem precedentes deste episódio na forma como Neptuno enfrentava os marinheiros que o importunavam. Ora suspeitamos que Enki/Neptuno era o próprio Damuz ou seja a forma mortal do «espírito que paira sobre as águas dos abismos»!
 
Ver: DAMUZ (***)
 

ADÃO

Relacionado com Hadad terá andado o mito de Adapa que deve ser uma corruptela da vida dum filho de Eia adaptada às exigências do mito de Adão, alias a este relacionado foneticamente por Damuz/Adanis.
Adam aka the Adâma (the Earthling). Santa-Lugal of Kish. Priest-King Atabba aka Adapa aka Atab. The Model of Man.
                                 > Atabba > Atab.
Hadad > Atab(i)ba < Athaba < Adapa > Ada- (pa) + anus ó Adanus?
                                                 Adâma ó Ada-ma + anus ó *Athaminus.
Quanto a mim, este nome teve ressonâncias fonéticas com o nome de Etana. Com este mesmo nome teve ressonâncias o termo do Eden.
Etana - the human taken to the sky by an eagle. He was the king of Kish. Ishtar and the Igigi searched for a king for Kish. Ellil found a throne for Etana and they declared him the king. He was pious an continued to pray to Shamash, yet he had no son. Shamash told him to where to find the eagle with the cut wings, who would find for him the plant of birth. He found the eagle, fed it, and taught it to fly again. Not being able to find the plant, the eagle had Etana mount on his back and they journeyed to Ishtar, mistress of birth. On flying up to heaven, Etana grew scared at the height and went down. Then after some encouraging dreams tried to ascend to heaven on the eagle again. They succeeded. Etana had a son, Balih.

 

ETIMOLOGIA DOS DEUSES PASCAIS

Depois de analisar todos os deuses conhecidos, que são muitos, e nem todos verdadeiramente pascais mas todos seguramente deuses de fertilidade agrícola, começamos a suspeitar que serão todos, assim como outros que poderiam ser também postulados como tendo existido, tais como Sarpedon ou Acteião, derivados de arcaicos mitos de fertilidade da época neolítica, possivelmente minóica, ou então relacionados com a propagação da cultura da vinha!
Damuz na caldeia. Eventualmente Marduque.
Atis na Frigia
Adónis na Síria.
Osíris no Egipto.
Dionísio Zagreus na Grécia.
Baco em Roma.
Telepino na Anatólia dos hititas.
Eshmun dos fenícios. Eventualmente Melkarte.
Jesus para os cristãos.
Viracocha, Kuklan, Quetzalquatl na Américas.
Secondly, deified by his descent to the Underworld, Dumuzi then stands between man and the gods, between life and death as the archetypal Dying and Resurrected God. His fate in this context is identified with the annual death and resurrection of vegetation outside the irrigated land. In Mesopotamia, for a few months in non irrigated areas, a temporary desert may become real for a short while. This seasonal connection is confirmed by the astronomical position of Dumuzi. The Bull of Heaven ( = Dumuzi = Taurus) disappears for six weeks below the Sumerian Horizon (from January to March, the beginning of the Sumerian year). As we know from various cultic calendars, the partial disappearance of Dumuzi was also celebrated in a ritual journey which seems to have lasted half a year. Dumuzi started from the Elamite mountains, proceeded to Lagash and via Apisala to Enlil in Nippur. After a stop-over in Umma, he went on to Uruk and presumably Eridu until he reached the temple of Geshtinanna in Zabalam.
O facto de Damuz ter sido o touro celeste pode parecer uma informação paralela de pouca importância mas acaba neste caso por ser uma das informações nucleares no âmbito dos deuses pascoais.
Radmanu (Pradmanu) = a minor servitor of Baal.
Radmanu < Pradmanu < *Kertu-Min = (Kar)-Tu-Min => Tumin
                                                  *Karminus > Lat. Terminus.
Minotauro = Tauro-Min-(ush) > Te®min-ush ó *Kertu-Minus
Ta®min-ush º Tere-Ki-nus > Telephinus > Telepinus.
> Tumin-ush > *Tamnush > Tamuz / Damuz
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Isménio era um belo rapaz que caçava nos bosques de Beirute quando Astarte o viu e ficou deslumbrada com a sua beleza. Ela molestou de tal modo Esménio com o seu assédio sexual que ele se castrou com um machado e morreu. Astarte aflita e chorosa ressuscitou Isménio e transportou-o para o céu onde ela o colocou como deus Urânico que assim se transformou com Astarte no casal de deuses supremos de Sidónia tal como Melquarte era em Tiro. O animal sacrificial deste deus era o galo.
A raiz de Eshmun, smn, significa "azeite" e Isménio seria primariamente reverenciado como deus curativo.
Quer dizer que todos os mitos pascais podem ter tido origem no Minotauro monóico a partir dum deus virtual Kurminus de que iria derivar o nome de Hermes e de Horus Hermaquis. Muitos autores sustentam que Eshmun foi um deus de morte e ressurreição. A verdade é que a etimologia confirma esta possibilidade.
*Kakime-An > *Ashma-Anu > *Ash-Min > Eshmun.
Eshmuno ou Isménio tem tudo a ver com Apolo Isménio.
 
Ver: - APOLO SMINDEUS (***)
 
Melqart vient de deux racines issues du phénicien: Mel qui signifie «prince» et Qart ou Qrt qui signifie «cité». Le nom punique Hamilcar provient de celui de cette divinité.
Na verdade, ma-El teria significado apenas “o senhor de sua mãe” que posteriormente seria o príncipe herdeiro e Karte…seria um termos cretense com o sentido comum de cidade. Melquarte seria assim uma variante do nome dos mitos sírios relativos a Keret.
 
Ver: ACTEÃO (***)
 
Esménio, o “santo príncipe” era um deus da cura e o grande Senhor de Sidónia. Ele era conhecido em Pneu, Chipre, e Cartago, mas não em Ugarite. No 5º século d. C. Damásio identificou-o com o deus grego Asclépio. No entanto, todos os deuses de morte e ressurreição seriam deuses curativos. De facto, Isménio seria apenas um dos muitos nomes de deuses de morte e ressurreição que morreriam jovens em cultos sacrificiais à deusa mãe, que na fenícia era Astarte.
Como Ki era a Mãe Terra teríamos que:
*Kakime-An > *Ashma-Anu > *Ash-Min > Eshmun.
*Tamnush = *Ataminus < *Ashma-Anu > *Atumnus > Atum > Aton.
                        Eshmun < Ash-Min > *Athaunus > Adónis > Dionis > Dionísio.                                                                               > *Tunis, esposo de Tanit.
*Athau(m)nus = At-Ki-An-ush = (An)-At-Ki-ush => Atkiish > Attis > Atis.
Estes deuses pascoais seriam também deuses das estações do ano e, portanto, conotados com outra faceta dos touros celestes que era a de serem deuses marciais das tempestades e dos terramotos como Ver / Vul, ou seja como Verminus e Vertumnus. No continente ameríndio pré-colombiano Viracocha teria derivado de Ver. Mas a presença desta entidade minóica vamos encontra-la onde menos seria de esperar, na província cubana de Guantanamo, celebrizada pela base militar instalada na sua baia.
Guantanamo = Guan | (> João) -tan-amo, lit. “Sr. Gu (deus dos Guanches) ou «João», cobra da mãe (d´água)” > Tamano > Atamnu > *Atumnus.

 

VIRACOCHA



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Figura 7: Viracocha, o deus *(Kau)kawura, do fogo e das cobra cretenses ou «deus turista», de máquina fotográfica ao peito???
In general terms, it was considered that all deities were subordinated and created by an invisible, eternal and all-mighty God that was named as Wiraqocha. Though it is argued that the real name of that god is Apu Kon Titi Wiraqocha or perhaps Illa Teqsi Wiraqocha. Some scholars believe that probably this same god was identified with other names like Pachakamaq and Tonapa. The Wiraqocha God was over the three worlds of the ancient Peruvian cosmovision. Therefore, his dwelling is not found in the Hanan Pacha or upper world identified with the sidereal space, neither on the earth's surface or Kay Pacha, nor in the Ukhu Pacha or lower world identified with the underground.[3]
Apu, homólogo fonético de Anpu, participaria da semântica de Enki e seria, na língua dos incas, um genérico para divindade do tipo dos sumérios Igigi / anunaki e, sobretudo, do anatólico aka. Assim, Kon Titi seria um dos heterónimos de Viracocha, ainda que, de difícil derivação.
Apu Kon Titi (Wiracocha) º Illa Teqsi (Wiracocha) º
Pachakamaq º Tonapa Tonapa.
Kon Titi < Kian Tu-tu, lit. “o que nasce entre a terra e o céu, no monte de Sião (Kian), ou seja o pássaro Benu, razão pela qual a versão azeteca de Quetzalquatl, se chamava pássaro emplumado! De facto, já se suspeitava doutros contextos que o nome Quetzalquatl não seria a corruptela em língua indígena nuatl do verdadeiro nome do deus, eventualmente levado para as Américas por povos mediterrânico minóicos ou fenícios mas antes a tradução figurativa do pássaro Benu que os egípcios e eventualmente os fenícios objectivariam num pássaro de pescoço de serpente como a cegonha, de uma serpente emplumada seria a verdadeira tradução ideográfica!
Que Viracocha era um deus da Aurora prova-o a sua etimologia virtual!
Viracocha < Wer-cojo < Wer-kiku, lit. «o pequeno marinheiro de deus Kako»
<= Kur-kaka > IshKur ó Kur-ash = Ash-Kur> Sacar.
> Kuklan ó *Kur-Kian > Vulcano.
                   > Fuflan, versão etrusca de Dionísio!
Viracocha < Sacar, o deus da aurora dos fenícios!
Se Qochamama era a Mãe-Mar primordial como foi Nammu, a mãe de Enki, Viracocha foi seguramente apenas o filho desta mãe, literalmente «o varão do mar», o que nos reporta para a virtualidade de os Incas procederem da última vaga de emigrantes cretenses da época dos «povos do mar»!
 
Ver: VERTUMNUS (***)
 
Osíris parece fazer excepção a esta série de deuses mas na verdade deve derivar dum epíteto deste deuses que não seriam senão variantes de Escur e logo, deus dos infernos e da aurora. Este epíteto teria sido Sacar / Ausar, o deus canaanita da aurora. O antepassado deste deus seria Kakur / Sakar de que teria derivado o nome do deus maia Kuklan / Kiphuran. Deste mesmo Kiphuran teria derivado Fuflan, nome que Dionísio tinha entre os Etruscos.
Quetzalquatl seria a tradução em língua nuatl dum epíteto metafórico deste deus que seria uma «cobra emplumada» como o pássaro Benu. Baco derivaria do mais arcaico dos nomes destes deuses que teria sido Caco, literalmente apenas o “filho (da Deusa Mãe Terra” o “deus menino”.
Pierre Cintas has drawn my attention to the bezel of a ring from Dermech (Carthage) dating at least to the sixth century B.C. and perhaps to the seventh (Ph. XLV). A solar disc in the left corner should be related to the boat supporting the god's throne. The beams of this boat are sketched at both ends and in the middle: it recalls both the boat of Osiris and the ancient eastern belief. It relates to after setting, the sun crossed the kingdom of the dead by boat, in order to reappear at dawn in the opposite quarter of the sky. Such an image thus asserts the universality of a god who rules at once in the sky, on earth, and under the earth. He is shown as a man of middle years, bearded and with a pointed tiara on his head, seated in an armchair with a high, curved back which enhances the majestic dignity of his pose. The armrests are crouching-sphinxes; their wings rising exactly level with his head. His right hand is lifted in blessing, while his left hand grasps a staff terminating in an indistinct object, a grain of corn or a pinecone? In front of him is a fire-altar. Can this be Baal Hammon? P. Cintas has reminded me that the tiara turns up on the back of the neck, a characteristic which often marks Baal Shaman. If the same figure was used for Baal Hammon, we must admit that, at the end of the sixth century or in the fifth, the god found his features in lineaments borrowed from other Phoenician deities. (…) Baal is also a Storm God like Marduk, and a fertility god like Tammuz. Dagon is his father. Baal is the Canaanite God-force (the goddess force seems to be split between Anath and Asherah). Baal's proper name is Hadad, relating to his storm-god aspect. Baal is really a title, meaning "Lord". Baal's residence is upon Mt. Zaphon. He is known as Rapiu (Shade) during his summer stay in the underworld.-- [4]
Já muito mais tarde nestas divagações etimológicas deparei-me pela primeira e única vez com ao nome de Mavet em lugar de Mot na referência seguinte:
Na adoração de Baal, acreditava-se que Baal tinha enganado Mavet (o deus da morte) aquando do equinócio da Primavera. Ele fez-se passar por morto e depois apareceu vivo. Ele teve sucesso neste ardil dando o seu único filho como sacrifício.[5]
Ora, a verdade é que, se «em política o que parece é» na mitologia a lógica essencial parece ser a da mera analogia formal!
Baal era o nome genérico de Senhor e era o filho de El. Logo o filho de deus que enganou a morte e ressuscitou dos mortos ao terceiro dia de Páscoa.
Baal era seguramente Enki e então foi Kothar-&-Khasis.
Koshar U Khasis = Kothar-and-Khasis "Skillfull and Clever". Craftsman of the Gods. Also known as Chousor and Heyan (Ea) and identified with Ptah. Built the palaces of both Yam-Nahir and Baal. He also fashioned the two clubs that Baal used to defeat Yam.
                                                                             > Sakar.
Kosharoth º Koshartu < Koshar-et <= Koshar > Haushar > Ausar > Osíris.
                                   Eros / Karish < Kaurash ó Caristos > Cresto > Cristo.
Mas como acima se identificou Osíris com Baal Hammon podemos inferir que este deus era uma forma de encobrir a realidade de Kothar-&-Khasis, que possivelmente não seria senão uma invocação litúrgica. A verdade é que este nome nos estabelece a relação com outros epítetos dos deuses pascais que iriam dar origem ao nome de Cristo. Pode ser mera coincidência mas a verdade é que:
Kothar-&-Khasis = Khasis Koshar º Shasus Kaurash > Jesus Cristo.
Em rigor esta identificação seria apenas funcional já que sob o ponto de vista etimológico tal identificação deveria ser feita com Amom.
According to the Egyptian "Report of Wen-Amun," a young man of Byblos went into a trance and resolved a diplomatic deadlock by announcing that the Egyptian envoy whom the local king had refused to see had indeed been sent by the Egyptian god Amun.
 
Ver: MIN (***)
 
Pois bem, mais uma vez tudo aponta para que a verdadeira identidade do deus pascal mais arcaico ter sido o Minotauro.
So as you can see that is was at the spring festival the death of the g-d was mourned until he was resurrected by the Great Mother when grief turned to joy. Inscriptions of the 4th century gave Attis the title of Menotyrannus, from the Greek "tyrannos," or "lord," plus Men or Mennu, Osiris as the resurrected ithyphallic moon-bull, "the Lord Who Impregnates His Mother." -- [6]
Claro que quando não se sabe nem se pode sequer suspeitar da verdade inventa-se um pouco, sem que contudo se possa, de facto afirmar que se esta a mentir por completo. Osíris teve, de facto, Apis / Mnevis / Onuphis por avatares taurinos.
Apis = was the beast-god of ancient Egypt. Apis / Mnevis / Onuphis was regarded as the avatar of the god Osiris, whose soul it was said had transmigrated into the body of a bull.
Mnevis < Min-he®wis < Min-Her-kis => Minotauro.
Menotyrannus ó Minotauranus ó Minotauro.
Menotyrannus seria então a versão repleta de erudição do nem sequer suspeitado nome do Minotauro.
Podemos encontrar um reforço de prova na Andaluzia. Como a cultura que mais fortemente guardou as tradições essenciais da talassocracia cretense foi a Andaluzia deveríamos encontrar aqui reminiscências do deus cretense da Páscoa precisamente nas célebres, e riquíssimas de misticismo e tradição, celebrações da semana santa sevilhana. Pois bem, se aqui não encontramos ecos do nome do Minotauro encontramos ecos do nome daquela que deveria ter sido a sua mãe e esposa a dolorida e macerada virgem de Macarena.
Macarena = Ama-Kur-ana = Ma-An-Kur > Meantur > Minotauro.
 
Ver: MACARENA (***)
 
Quando o cristianismo se espalhou pela Ásia o terreno onde iria prosperar já se encontrava cultivado com mistérios pascais que Hipólito, na sua “Refutação de Todas as Heresias” reconhecia como sendo de origem frígia centrado em Atis o deus do reino da cobra do céu que era sol, o “deus menino” Minotauro dos arcaicos ritos de passagem cretenses.
There is a long discussion in Hippolytus (Refutation of All Heresies, V, i-v), who wrote about 210 A. D., concerning the Naasenes, one of several Christian heresies deriving certain tenets from the Phrygian mystery. According to them, when Jesus declares that "there be eunuchs, which have made themselves eunuchs for the kingdom of heaven's sake," he was simply repeating an injunction which had been taught throughout Asia Minor by the cult of Attis for more than a thousand years. Hippolytus elaborates by adding that, according to the Naasenes, "the ineffable mystery of the Samothracians, which it is allowable" only for "the initiated to know" was precisely the same as that proclaimed by Christ when He declared, "If ye do not drink my blood, and eat my flesh, ye will not enter the kingdom of heaven." This flesh-and-blood sacrament, states Hippolytus, is according to the Naasenes, called Corybas by Phrygians as well as by those "Thracians who dwell around Haemus." Hippolytus continues that Attis prohibited all sexual intercourse and quotes his Naasene source as follows: "Hail, Attis, gloomy mutilation of Rhea. Assyrians style thee thrice longed-for Adonis, and the whole of Egypt calls thee Osiris,(…) Samothracians, venerable Adam; Haemonians, Corybas; and the Phrygians name thee at one time Pappa, at another time God... or the Green Ear of Corn that has been reaped" (Ibid., V, iv).[7]



[1] Quoted in Athanasius Kircher, Turris Babel sive Archonotologia (Amsterdam, 1679), p. 134.
[2] Interpretação pictórica do autor do texto.
[3] http://www.alltravelperu.com/espanol/cusco_cuzco/inkan_religion.htm
[4] Phoenician Canaanite Religion -- © Copyright 1990-2003 to 2010, Salim George Khalaf, A Bequest Unearthed, Phoenicia, Chapel Hill, NC, USA .http://www.phoenicia.org/pagan.html
[5] O MITO DO JESUS HISTÓRICO, Autoria de Hayyim ben Yehoshua.
[6] bennoah1@airmail.net
[7] idem.