Figura 1: Medicina & Cirurgia, ou o “namoro e a agressão”. Baixo-relevo de Herculano.
ASCLEPIO
Apollo begot him by a woman named Coronis, whom he killed when he found she had been unfaithful to him.
(The Greek noun "korone" refers to a seabird, possibly the puffin, but also to the "crow"; how this enters the storyline is not clear. One thinks of Penelope being derived from "penelops" = «duck»; wild waterfowl are monogamous.)
Teria sido "korônê" a derivar do nome da mãe de Asclépio ou pura e simplesmente teria sido o pássaro marinho a receber o nome da deusa a quem teria sido dedicado? Todos sabemos o quanto a nomenclatura corrente das coisas da natureza varia de língua para língua, e, mesmo dentro do mesmo dialecto, de terra para terra pelo que derivar nomes genéricos de coisas comuns é muito arriscado! Ora, a lógica racionalista da etimologia clássica pretende ir mais longe na blasfémia ao ousar pensar que é o nome das coisas que determina o nome dos deuses, a quem estas são consagradas!
Coronis < Kor-An-ish, lit. «jovem filha do Senhor» < Ish-Tar(-Ana).
De facto, Coronis é, nem mais nem menos, Istar, a deusa taurina e rainha do céu, filha predilecta do deus Enki, razão pela qual se entenderia esta relação de "korônê" com as aves marinhas!
Do mesmo modo podemos encontrar nesta história uma referência mal contada ao crime cometido no santuário da deusa mãe em Delos onde Apolo matou a cobra Piton numa referência indirecta ao triunfo do paternalismo sobre o domínio matriarcal dos deuses vulcânicos de Creta, equivalente da gigantomaquia de Marduque.
Porém, este foi apenas um dos significados deste termo que, aliás, nem é sequer o único pois foi também nome de pássaros como o «corvo» e o «rouxinol». Ora, da semântica do nome do Corvus cornix poderia inferir-se que derivaram alguns mitos relativos às aves agoirentas conotadas com as Harpias enquanto aves de transporte das almas.
Harpias < Kar-ki > Kaurwi + us > Corvus, mensageiro de deus > «corvo».
Esculápio < Asclepios < Ish-Kur-Oephius, Iscur, a cobra de Enki!
O MITO DO ROUXINOL DE PROCNE
Procne, filha dos reis míticos de Atenas, Pandion & Zeuxippe, casou com Tereu, filho de Ares, rei dos Trácios que ocuparam Daulis dos Focios, e de quem teve um filho denominado Itys.[1],
Figura 2: Asclépios. Entretanto um oráculo predisse que Itys morreria dum crime sangrento cometido pelas mãos dum parente. Tereu pensou que este seria o seu irmão Dryas para ocupar o trono em sua vez, pois esta era a baixa política mais comum desses tempos, pelo que o matou à machadada! Tereu, tendo-se apaixonado pela sua cunhada Filomela, irmã mais nova de Procne, veio a repudiar a esposa a quem cortou a língua e mandou viver numa cabana entre os escravos, vindo a espalhar o boato da sua morte. Este ardil resultou tão bem que os seus sogros, em sua substituição, lhe deram a irmã que este desejava com uma paixão não correspondida. Procne bordou na barra duma saia, que mandou entregar à irmã Filomela, a mensagem secreta «Procne esta entre os escravos»! Filomela, foi ao encontro da irmã que libertou e colocou ao corrente do que se passava! Procne, em cumprimento da profecia matou o próprio filho, que, para se vingar do marido indigno, cozinhou e, com a cumplicidade da irmã mandou dar a comer a Tereu, não sem entretanto fazer com que este se apercebesse de que o gosto estranho da carne que comia provinha do corpo do próprio filho! |
Com o mesmo machado com que matara o irmão Tereu perseguiu as duas irmãs que, diz o mito, este teria morto se os deuses não se tivessem apiedado transformado aos três em pássaros quando aquele estava quase para as apanhar.
Ver: HARPIAS (***)
Do mais cantado dos pássaros, o «rouxinol» (Erithacus or Luscinia megarhynchos) da Bela Aurora se pode suspeitar que seria uma das almas do filho de deus, Megarintos, o grande Intu dos incas, o sol-posto nas grandes cavernas funerárias das entranhas de *Ama-Kaur-Ki-Antu, a Deusa Mãe da Aurora.
«Rouxinol» < Prov. rosinhol < Lat. * lusciniolu < Luscinia-ulu º
*Urisha-Nerio < Ur-Kiki-Urano º Urki-Kurano
O nome do casal seu pai onde Pandion é uma óbvia referência ao arcaico deus Pan, enquanto Zeuxippe seria apenas a esposa de Zeus, e Itys «o fogo, ou filho do sol»!
Zeuxippe < Zeux- | phiphe < Kiki |.
Itys < I(n)thush < *U(n)to-ish.
Ressonâncias óbvias com este arcaico mito solar podemos encontra-las no epíteto Daulia Korone, o rouxinol de Daulis dado a Procne, heroína lendária da fundação da cidade de Atenas, com muito mais de mítico do que com algo de histórico. Desde logo, a semelhança do nome de Procne com o de Afrodite.
Procne < Phrokina < *Ka-Phur-Ana < An-Kaur-Ki(ki) => Afrodite.
Filomela < Phylo + Mela, lit. «a amiga da senhora», por isso, não necessariamente irmã de Procne mas quiçá apenas cortesã da corte de Tereu!
«Andorinha» < Lat. * hirundina < *Kur-Enkina = An-Kur-Anu > Sumer Anduruna, morada celeste onde os deuses se divertem.
Claro que a lenda pode ter algo de verosímil mas está seguramente contado à luz do enquadramento retórico duma de entre muitas mitologias em voga, de cultos de morte e ressurreição solar! Evidentemente que o que terá acontecido foi uma tragédia lendária na forma dum duplo homicídio seguido dum suicídio. As almas destes infelizes, mortas por «loucura divina», transformaram-se em aves de “transporte das lamas” que permitiram aos sacerdotes inventar um mito explicativo para a origem de três espécies de pássaros:
Tereus, tornou-se numa «poupa», Filomela, numa «andorinha» e Procne, num «rouxinol», que foi o pássaro cantor (aêdôn) da alvorada desta lenda!
Porém, o significado mais provável de "korônê", implícito no nome da mãe de Esculápio, deve ter sido o genérico relativo a «tudo o que era curvo ou arqueado» tal como era o caso das «coroas» de louros de que teria derivado o latino corona. Ora, o facto de existir na língua grega o termo korônis (idos, hê, acc.) com o duplo significado de:
1. bico de cajado: (portanto, geralmente, curvo, in Hom.)
2. cornos de vaca retorcidos, (Theoc.25.151.) = Korônios (= nome dum monte em Knossos) permite-nos a suspeita de que tudo começou como epíteto sagrado da Deusa Mãe enquanto a grande Vaca Sagrada do céu dos cornos recurvados como o crescente-lunar, tal como Athor e Ishtar.
Sendo assim, a mãe de Esculápio foi Ishtar o que nos permite a suspeita muito mais grave de que estamos diante dum mito tardio resultante dum compromisso ideológico entre duas tradições sobre o deus da medicina. Uma relativa a Apolo da linhagem dos Apkallu, os sábios semideuses filhos de Enki. Outra directamente ligada a Esculápio que, enquanto Escur-Enkio, seria *Kurisco, que foi a primeiro a cobra solar alada do caduceu sacramental do próprio Enki, que, feito Hermes, o deus que quotidianamente salva da morte a almas do sol-posto! Mais tarde *Kurisco seria o nome grego para toda e qualquer «fulano».
«Fulano» < phurano < *Kaurano > Kyron > Quíron!
«Centauros» < Kian-kaur-ish < *Ki-An-Kur-Kikus.
Em boa verdade Quíron aparece no mito apenas para reunificar a relação do bom centauro com o sub-mundo dos infernos onde Enki foi Pan, o pai de todos os «Centauros».
ESCULÁPIO
Figura 3: Asclépio, a versão romanizada de Esculápio. Conta a lenda de Esculápio: Sorry for what he had done, Apollo decided to save the child Asclepios, and entrusted him to the care of the wise centaur, Chiron, from whom he learned the art of medicine. At the wish of Artemis, Asclepios restored Hippolytos to life, angering Zeus who slew him (a sad setback for medical art!), upon which Apollo killed the Cyclops who were the volcano-smiths of Zeus' weaponry.(...) Como se vê o mito de que Apolo teria morto a *Kafura sagrada da deusa mãe repete-se ora como Piton ora como Ciclopes. E nós a pensar que tinha sido Ulisses a cegar este monstro! For this crime he was forced to do ritual penance as servant to a local king Admetos (< Thamatus < Tiamat-us), who was slated to die unless he could find someone else to take his place. (From this point on the extant play of Euripides provides us with the basic facts.) |
Cyclops < Ki-Kur-Opus < Kikur Ophis, as cobras *Kiphuras, as sagradas operárias do fogo dos infernos.
Ver: HERMES PROPILEU / CÍCLOPES (***)
Alcestis, the wife of the king elects to die for him, and does so, but Heracles, an unexpected and rather riotous guest in the house, dives down to hell and brings her back, thus usurping the role of Asclepius to some degree.
A metáfora da especialização:From this exaggerated melange of inconsistent story-telling, we can abstract these facts: Apollo is the original medical healer, but when his role shifts to new areas (forgiveness for sin at Delphi, archery, justice, music, literature and so forth), Asclepius is invented to take over his purely medical functions. The connection with the centaur, who is a stock nursemaid and instructor to various young heroes, is interesting and probably has further meaning. But Asclepios can not save himself, and dies by violence, which is a symbolic way of stating the truth that no medicine is proof against death. Yet his name persists in Greece as the curator of medicine, his great temple at Epidauros was for centuries a center for healing, and he lives on through the ages in Greco-Roman society as the ultimate medical authority. -- ancienthistory.guide@miningco.com
ESCAPULÁRIO
(de Nossa Senhora do Carmo)
«Amuleto» < Lat. amuletu < amuretu > *armeto, lit. «pequena arma» (de protecção individual como as armaduras, os capacetes e os escudos mas, neste caso, de natureza mágica) < Karmatu < Kar Ama Chu => Kar *Ashma.
Figura 4: Ara Pacis: crianças da família de Augusto com as bulla carma ao peito.
«Amuleto» ( =• s. m. «talismã»; • objecto que os supersticiosos usam ou trazem consigo por julgarem que os preserva de desgraças ou malefícios).
Ver: *ASHMA (***) & MACHA (***).
Outra curiosidade semântica de interesse é o que relaciona o escapulário com as escápulas aspecto que nos deixa a suspeita de que o escapulário teria deixado de ser uma protecção de guerreiros para passar a ser protecção de escravos dos templos que magoavam os ombros durante árduos trabalho de transporte de carregos aos ombros em campos santos ou quiçá durante a construção de Pirâmides e Zigurates.
Em qualquer dos casos estes amuletos vieram até aos nossos tempos não apenas na forma dos catolicíssimos «escapulários de pano»[2].
Figura 5: O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. | A palavra "escapulário" remete à peça de roupa usada pelos monges durante o trabalho manual. Com o tempo tal peça começou a simbolizar o "carregar a cruz com Cristo", diariamente. Tornou-se sinal de serviço gratuito e da dedicação dos Carmelitas a Maria, expressão de confiança em seu amparo maternal. O escapulário de Nossa Senhora do Carmo tem suas raízes na tradição da Ordem e exprime o compromisso de seguimento a Jesus Cristo, como Maria, o modelo perfeito de todo cristão. | Figura 6: Escapulário dos monges do Carmelo. |
Um conceito relacionado com a sobrevivência em situações arriscada como eram as primeiras actividades guerreiras dos jovens iniciados nos «ritos de passagem» quaresmais era a imposição nestes rituais de «meios de protecção individual» que vieram até nós na forma de «escapulário»!
«Escapulário» < Lat. * scapulariu < scapulla, espádua. s. m. tira de pano, pendente do pescoço, usado por certos religiosos e religiosas que o trazem por cima do hábito; < • atadura larga para comprimir emplastros ou parches.
Dito de outro modo, é o habito dos carmelitas que copia hábitos mais ou menos mágicos de «amuletos» e charmes antigos que já então seria menos mágicos e mais fisicamente medicinais como teria sido o caso das «bulla carma» dos latinos que eram pequenos sacos em forma de bola (< bulla) cheios de ervas medicinais, cujos poderes curativos não seriam menores do que os modernos placebos da medicina clássica ou os medicamentos homeopáticos que, se bem não fizerem raramente mal fariam!
Um aspecto semântico interessante é o que relaciona estes instrumentos de medicinas arcaicas, então menos alternativos do que hoje, com a N.ª Sr.ª do Carmo e com do monte Carmelo, seguramente uma reminiscência de antigos cultos fenícios naquele monte da palestina não tanto a Baal, como supunha Elias, mas a sua esposa Anat, variante do nome de Artemisa. Se teriam existido ou não «fontes santas» naquele monte ignoramo-lo mas existem ainda no Caramulo, montes lusitanos de nome parecido.
A relação do nome do Carmelo com Artemisa deve passar pelo nome da cidade de Carquemiche.
Ver: TALÁBRIGA (***) & *KIMA (***)
Figura 7: Extraida da Edição Microsoftâ Ancient Lands.
De resto, o próprio termo «talismã» nos reporta para a «Quaresma».
«Talismã» < • Ar. tilasm, figura mágica < Gr. télesma, rito religioso < teresme < Kar *ashma > «quaresma» < quahresjma < quathresjima < Lat. quadragesima ??? = "s. f. os quarenta dias que vão de Quarta-Feira de Cinzas até Domingo de Páscoa."
In Latin the term quadragesima (translation of the original Greek Τεσσαρακοστή, Tessarakoste-, the "fortieth" day before Easter) is used. This nomenclature is preserved in Romance, Slavic and Celtic languages (for example, Spanish cuaresma, Portuguese quaresma, French carême, Italian quaresima, Romanian pa(resimi, Croatian korizma, Irish Carghas, and Welsh C(a)rawys).
QUARESMA
Seria muito estranho que entre o arcaico conceito mítico *Ashma e a «Quaresma» não existisse mais do que uma mera coincidência de cruzamento de cadeias etimológicas.
Whence, then, came this observance? The forty days abstinence of Lent was directly borrowed from the worshippers of the Babylonian goddess [Astarte / Ishtar]. Such a Lent of forty days, "in the spring of the year," is still observed by the Yezidis or Pagan Devil - worshippers of Koordistan, who have inherited it from their early masters, the Babylonians.
Such a Lent of forty days was held in spring by the Pagan Mexicans, for thus we read in Humboldt, where he gives account of Mexican observances: "Three days after the vernal equinox .... began a solemn fast of forty days in the honour of the sun."
Such a Lent of forty days was observed in Egypt, as may be seen on consulting Wilkinson's Egyptians.
Among the Pagans this Lent seems to have been an indispensable preliminary to the great annual festival in commemoration of the death and resurrection of Tammuz, which was celebrated by alternate weeping and rejoicing, and which, in many countries, was considerably later than the Christian festival, being observed in Palestine and Assyria in June, therefore called the "month of Tammuz;" in Egypt, about the middle of May, and in Britain, some time in April. To conciliate the Pagans to nominal Christianity, Rome, pursuing its usual policy, took measures to get the Christian and Pagan festivals amalgamated, and, by a complicated but skilful adjustment of the calendar, it was found no difficult matter, in general, to get Paganism and Christianity -- now far sunk in idolatry -- in this as in so many other things, to shake hands.
Originally, even in Rome, Lent, with the preceding revelries of the Carnival, was entirely unknown; and even when fasting before the Christian Pasch was held to be necessary, it was by slow steps that, in this respect, it came to conform with the ritual of Paganism. What may have been the period of fasting in the Roman Church before the sitting of the Nicene Council does not very clearly appear, but for a considerable period after that Council, we have distinct evidence that it did not exceed three weeks. The words of Socrates, writing on this very subject, about A.D. 450, are these: "Those who inhabit the princely city of Rome fast together before Easter three weeks, excepting the Saturday and Lord's day." But at last, when the worship of Astarte was rising into the ascendant, steps were taken to get the whole Chaldean Lent of six weeks, or forty days, made imperative on all within the Roman empire of the West. The way was prepared for this by a Council held at Aurelia in the time of Hormisdas, Bishop of Rome [514-523], about the year 519, which decreed that Lent should be solemnly kept before Easter. It was with the view, no doubt, of carrying out this decree that the calendar was, a few days after, readjusted by Dionysius.
Source: The Two Babylons, by Alexander Hislop, second American edition, 1959, published in America by Loizeaux Brothers, pages 106, 107.
Se é verdade que alguns mestres dizem que cerca de 75% dos rituais da Igreja católica romana são de origem pagã então a «Quaresma» deveria ter sido uma rito tão arcaico como possível e seguramente foi a Páscoa.
Digamos mesmo que a quarentena de dias que precedia a Páscoa correspondia ao tempo de tirocínio que permitia preparar os jovens neófitos para os «ritos de passagem» do solstício da primavera.
Secondly, deified by his descent to the Underworld, Dumuzi then stands between man and the gods, between life and death as the archetypal Dying and Resurrected God. His fate in this context is identified with the annual death and resurrection of vegetation outside the irrigated land. In Mesopotamia, for a few months in non irrigated areas, a temporary desert may become real for a short while. This seasonal connection is confirmed by the astronomical position of Dumuzi. The Bull of Heaven ( = Dumuzi = Taurus) disappears for six weeks below the Sumerian Horizon (from January to March, the beginning of the Sumerian year). As we know from various cultic calendars, the partial disappearance of Dumuzi was also celebrated in a ritual journey which seems to have lasted half a year. Dumuzi started from the Elamite mountains, proceeded to Lagash and via Apisala to Enlil in Nippur. After a stop-over in Umma, he went on to Uruk and presumably Eridu until he reached the temple of Geshtinanna in Zabalam. -- Dumuzi (Tammuz),Lord Of Love And Fertility, The Divine Bridegroom, By Lishtar
Ver: GRIFOS (***)
O festival de Inti Raymi em honra do deus sol, (...) acontecia durante o solstício de inverno que estava ao redor de 24 de junho no Império incaico. O festival acontecia em Cuzco e era assistido pelas quatro nações de Tahuantinsuyu.[3]
Inti | Raymi < Urasjmi < Urash-Ma < Kur-*ashma > Quaresma |.
Sabendo que Urash era um dos nomes sumérios do sol e de Tamuz fica assim explicado o nome da quaresma enquanto sendo o arcaico festival em que a Deusa mãe chorava tanto a morte do sol morto do solestício de Inverno como as dores de Parto do solestício da Primavera.
Assim sendo a importância ritual e religiosa deste conceito deve ter sido tão antiga e universal como aparenta ter sido! Ora, em francês a «Quaresma» é Carême, termo este muito mais próxima de Kar-*ashma! A verdade é que é também na Páscoa que se confirmam os votos do baptismo por meio do «crisma» (<Lat. crisma < Gr. chrísma, óleo de ungir, perfume, unção, que é quase um creme medicinal em francês, pois se chama chrême nesta língua!) o sacramento que confere «carisma» (< Lat. charisma < Gr. chárisma, favor, graça). Se de facto encontramos pontes étmicas entre Kar *ashma e diversos ritos sacramentais do período que vai do «Carnaval» (< It. carnevale ???) à «Páscoa» (< Lat. pascha < Gr. páscha < Hebr. pesakh, = passagem) porque não haveríamos de aceitar como sugestivas as eventuais relações deste conceito mítico virtual com a etimologia da «Quaresma»?
[1] http://www.geocities.com/Area51/Orion/3983/Myths/TereusM.htm
[2] como ainda na forma dos que eram usados, para protecção do seu quarto, da sua casa e dos seus, pela minha avó paterna do concelho de Lamego, na forma de rosários em pequenos sacos de pano perfumado com relíquias e terra sagrada de capelas e santuários visitados na sua longa vida de romeira. Enfim, todos somos apenas romeiros nesta vida!
[3] The festival of Inti Raymi, which honours the sun-god, (…) The festival of Inti was held during the winter solstice, which was around June 24 in the Incan Empire. The festival was held in Cuzco and was attended by the four nations of Tahuantinsuyu. Wikipedia, the free encyclopedia.
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