Figura
1: Mitra, um deus solar da trindade celeste primordial, filho do
sol e da lua!
A cena mostra
Mitras que enfrenta altivo o Touro com um pé na parte de trás do touro,
enquanto que com uma mão segura a cabeça do touro e com a outra apunhala o touro
no pescoço onde sangue jorra em frente. Ao redor dele está um cachorro, um
corvo, um escorpião, uma cobra, um leão e um cálice e uma espiga de trigo cresce
da gorjeta do rabo de touros. A capa de Mitras é o céu nocturno com estrelas e
os símbolos do Zodíaco cerca a cena inteira. Os símbolos dos sete planetas estão
presentes. Os símbolos dos sete planetas estão presentes. Os dois tocheiros de
Mitras estão se sentinela em cada um dos lados da cena da matança do touro. O
mistério central representa a constelação Persus (Mitras), Touro (Touro), Canis
Minor (cachorro), Hidra (cobra), Corvus (corvo), Escorpião. O trigo é a estrela
Spica (a estrela mais luminosa em Virgo). O sangue é a via Láctea. Os dois
tocheiros Cautes e Cautopates simbolizam os equinócios; A Tocha de
Cautes está apontando para cima - o
equinócio de Primavera, enquanto tocha de Cautopates está apontando abaixo,
equinócio de –Outono.[1]
CAUTES & CAUTOPATES
Os
nomes dos dois tocheiros de Mitra parecem um trocadilho duma lengalenga
infantil relativa a gémeos siameses ou a irmãos inseparáveis com génios
opostos como: «Maneta & Perneta», Bucha & Estica[2]; ou negativamente diversos como: «os três da vida airada: Cocó, Ranheta e Facada[3]»!
Cau-tes & Cau-t(e) (opa)-tes < Ofia-tes < Kau-kia-tes
De
imediato damos conta de que os nomes dos guardiões de Mitra ressoam ao
termo português «cautela» que é a melhor qualidade de um guarda-costas.
«Cautela» < Lat. cautela < Lat. cautus > Lat. cautio > «Caução».
Os
dicionários italianos referem estes termos como sendo legais antes de
tudo o mais. Os dicionários ingleses referem este termo como derivado de
caveō (“beware”) + -ēla.
Caveō < From Proto-Italic
*kawēō, from Proto-Indo-European *(s)kew(H)- (“to perceive, pay attention”).
Cognate with Ancient Greek κοἐω (koeō), Sanskrit कवि (kavi, “wise, poet,
seer, sage”), Lithuanian kavoti (“safeguard, tend”), Old Armenian ցուցանեմ (cʿucʿanem, “I show”), English
show.
Ad sinistram
enim intrantibus non longe ab ostiarii cella canis ingens, catena vinctus, in
pariete erat pictus superque quadrata littera
scriptum
CAVE, CAVE
CANEM.
Et collegae
quidem mei riserunt.
Satíricon de
Petrônio.
Figura 2:
Mosaico de
entrada da casa do poeta trágico de
Pompeia.
|
Desde logo pela teimosia de fazer derivar as coisas de
verbos quando nem é preciso ser existencialista para dar conta de que as coisas
é que precedem sempre a acção sobre elas. A semântica do lituano kavoti reporta mais para o «capote» luso
que vem de «capa», que vem do latino Lat. cappa, que vem de caput, “from Proto-Italic
*kaput, from Proto-Indo-European *kauput-, *káput (“head”). Cognates include
German Haupt and English head”.
O antigo arménio proposto é impronunciável e o inglês show...vamos a ver!
Show =
Old English
sceawian "to look at,
see, gaze, behold, observe; inspect, examine; look for, choose," from
Proto-Germanic *skauwojan (cognates: Old
Saxon skauwon "to look at,"
Old Frisian skawia, Dutch
schouwen, Old High German
scouwon "to look at"),
from Proto-Germanic root *skau- "behold, look
at," from PIE *skou-, variant of root
*skeue- "to pay attention, perceive" (see caveat, and compare sheen).
Caveat 1540s, from Latin, literally "let him beware," 3rd
person singular present subjunctive of cavere "to beware, take
heed, watch, guard against," from PIE root *skeue- "to pay
attention, perceive" (cognates: Sanskrit kavih "wise, sage,
seer, poet;" Lithuanian kavoti "tend,
safeguard;" Armenian cucanem "I show;" Latin
cautio "wariness;"
Greek koein "to mark,
perceive, hear," kydos "glory, fame,"
literally "that which is heard of;" Old Church Slavonic chujo "to feel,
perceive, hear," cudo "wonder,"
literally "that which is heard of;" Czech (z)koumati "to perceive, be
aware of;" Serbian chuvati "watch, heed;"
Old English sceawian "to look at" (source of show (v.)); Middle Dutch
schoon "beautiful,
bright," properly "showy;" Gothic hausjan "hear").
É indubitável que existem ligações objectivas entre os
termos propostos pelos dicionários que usam a etimologia indo-europeia,
sobretudo dos ingleses que a inventaram, porque é quase seguro que os ditos
indo-europeus eram tribos oriundas do mar egeu da época dos “povos do mar” e
que, por isso falavam línguas dominadas pela civilização minóica com pouca
dependência das culturas semita e cmética (do antigo Egipto). No entanto, as
chamadas raízes indo-europias nada são em si mesmas porque decorrem de uma
linguagem egeia que possivelmente decorre de uma oralidade incipiente ainda mais
arcaica ou seja, do paleolítica superior, de provável origem na cultura rupestre
cantábrica e ibérica. Dito de outro modo, não é inteiramente inútil o trabalho
dos indo-europeístas porque é inegável que fazem parte de uma árvore linguística
comum mas o que se critica é a mecânica da formação de palavras arcaicas com
base em raízes linguísticas que na verdade só ocorrem à posteriori depois de um
longo uso e abuso das línguas em contextos de formação e aprendizagem controlada
por gramáticos e outro tipo de gestores da linguagem que seria errado pensar que
foram na pré história semelhantes a mestres escolas. De modo algum! As línguas
primitivas eram faladas por culturas primitivas lideradas por homens das
cavernas que construíram a linguagem a partir do quase nada que eram os gestos e
grunhidos dos primatas mas com uma metodologia e uma sagacidade que era já a do
homem moderno, ou seja a linguagem foi inventada, como depois a escrita, pelos
melhores cérebros da época com os mesmos critérios com que a modernidade
inventou, criou e descobriu a ciência, ou seja, às apalpadelas, com muitas
tentativas falhadas mas com muita tenacidade material e formal. As raízes
linguísticas tomadas como núcleos fundamentais da linguagem é uma filosofia
platónica que só tem paralelo com a realidade primitiva na alegoria da caverna.
As ideias inatas nunca existiram nem eram pensáveis antes da maiêutica
socrática. Em vez de ideias inatas, próprias de pensadores ociosos, os homens
primitivos necessitavam de coisas mais práticas para descreverem a realidades
fundamentais em que viviam descrevendo-as como espíritos e deuses com os quais
procuravam interagir como agiam com a restante natureza, ou seja, ao acaso e por
necessidade e assim foi criada a magia! Ora, num mundo pensado de maneira mágica
não há ideias nem raízes linguísticas mas espíritos e deuses. As raízes
linguísticas são obviamente a forma linguística das ideias platónicas e só
começam a ser identificadas com a racionalização começada com o helenismo ainda
que tenham sido criadas muito mais cedo pelos falantes há medida em que estes
espontaneamente começavam a encontrar consensos de crença, orientados pelos
mágicos primeiro e depois de identidades de forma cultural pelos sacerdotes. Os
alvores das chamadas escritas ideográficas eram já os primeiros esboços de
ideias gerais onde se notaram também os primeiros confrontos entre os fonemas e
os semantemas mas nem sequer se tinham ainda alcançado os consensos suficientes
para uma uniformidade alfabética que ainda hoje constitui um dos maiores
obstáculos à criação duma língua universal. Porém, a necessidade de consensos
impunha a existência de centros seguros de aprendizagem de cultura e linguagem
que durante muito tempo dependeram dos templos e das cidades e dos poderes de
estado que os defendiam. Ora, o que falta de suporte à teoria indo-europeia não
é tanto a evidência de uma cultura comum, que seguramente existiu, mas a de uma
civilização comum suficientemente poderosa para a sustentar...e muito menos de
uma raça pura ariana que lhe daria o génio particular que seria a causa da sua
primacial importância actual relacionada com a civilização europeia e ocidental.
Na verdade, as raças são aspectos contingentes nas culturas tal como a geografia
são aspectos secundários nas civilizações. Por isso mesmo, os autores mais
modernos tendem a pensar que a “classificação
como indo-europeu refere-se apenas a matérias linguísticas, e não
necessariamente a etnias ou culturas”.
Mas não foi assim na sua origem e por isso se pode começar a
questionar a sua pertinência actual até porque ninguém se entende sobre o lugar
e o tempo exacto do seu nascimento e a hipótese obsoleta dos Kurgans esbarra
desde logo com o megalitismo da Europa ocidental, ou seja, se os indo europeus
fossem os construtores dos Kurgans eles teriam estado aqui na Europa Ocidental
muito antes de terem nascido nos Urais o que leva a suspeitar que o que ocorreu
foi precisamente o inverso: a cultura megalítica dos kurgans foi para ali levada
pelos mesmos povos que levaram as pirâmides para o Egipto que afirmam com a sua
sabedoria milenar que Anúbis era Khentiamentiu, ou seja, "O que está à frente do
país dos Ocidentais". Porém, há época, já havia no mar egeu e no crescente
fértil culturas citadinas e templares muito mais complexas e desenvolvidas do
que a incipiente cultura megalítica dos kurgans que por isso nunca poderia ter
suportado uma linguagem altamente flexionada. Se nem o latim conseguiu com o
império romano impor a sua declinação artificial às línguas novilatinas por isso
muito menos teriam os povos das estepes russas conseguido manter um língua
indo-europeia tão complexa que chegaria a conter sete casos
declinativos.
Seja como fora a verdade é que as línguas indo-europeias existem
ainda que se ignore grande parte da sua formação. A tese de que estas surgiram
com a crises dos povos do mar é seguramente a mais sensata à luz do que pode ser
sustentado pela história.
É fácil de verificar que houve ressonâncias várias entre termos de
vária origem nos povos europeus porque as migrações espontâneas e barbaramente
forçadas foram constantes ao ponto de as etimologias clássicas se tornarem
confusas e estranhas.
«Escutar» = ouvir < Lat. *ascultare por auscultare < aus-, a
raiz
de Auris ("orelha"), + proto-indo-europeu *ḱel- ("inclinar-se"),
referente ao Halde do alemão moderno ("vertente da
montanha")
ou < PIE *skou-? =
ver.
Possivelmente nos tempos recuados da história a cautela
da vida dependia em absoluta da simultaneidade do ver e ouvir acabando por ser
quase a mesma coisa. As passagens de nível nas linhas de caminho de ferro
costumavam ter placas triangulares pintadas de amarelo gritando: PARE ESCUTE
OLHE
mas, actualmente, a ordem da atenção dos sentidos anda invertida e avisa
assim: Pare! Olhe! Escute! A sabedoria moderna limita-se afinal a preferir o
espectáculo da banalidade da imagem electrónica ao caos sonoro da vida
citadina!
Fosse como fosse a natureza fundamentalmente jurídica do
termo latinos cautela, cautus, cautio coloca-os numa posição
semântica muito mais próxima dos nomes dos
guardiões de mitra do que do termo lateral *kav-eo. No entanto este termo serve
para dar luz ao nome dos deuses guardiões de Mitra, que por sua vez era o divino
garante da fidelidade contractual.
Ver: OS DEUSES
ERAM CAVERNÍCULAS (***)
Oficialmente ainda nenhuma etimologia satisfatória foi dada para
estes nomes.
Cautes holds a burning torch pointed up, whereas Cautopates holds
a burning torch pointed down. [4] Cautopates is usually depicted on the left, but not always. --
Wikipédia
Sendo assim, a posição dos tocheiros dependeria da
orientação norte-sul das portas do santuário de Mitra de modo tal que Cautes estaria sempre do lado do sol
nascente e Cautopates do sol poente.
Assim estes deuses seriam um par de gémeos como os cananeus Sha-char, “aurora” &
Sha-lim “ocaso”,
que, possivelmente não inteiramente por acaso
compartilham a raiz Cha-/ Sa- / ka- relativa à luz da
vida!
Cautes e Cautopates, outras duas figuras solares que
aparecem como um par de jovens vestidos também com clâmide cingida à cintura e
gorro frígio, para que não haja a menor dúvida da sua pertinência ao cortejo
mitraico, Cautes com a tocha para acima, como símbolo de juventude, de
primavera, de amanhecer; Cautopates com a sua tocha para abaixo, como
recordatório da senilidade, do outono e do ocaso. -- [5]
Cau-tes
& Cau-t(e)-(opa)-tes < (Ofia)-tes < Kau-tes
< Kawi-tes, lit. “os deuses
da cave(erna)”...e, por isso, protegidos
E iluminados
pelas tochas viradas para cima;
Cau-t(e)-(opa)-tes < “deuses das
caver(nas)”...mas
(desorientados pelos olhos) da cobra Nut
que
diariamente devorava o Sol <
t(e)-(opa) < Te Ofia,
E por
isso com a tocha apagada!!!
Obviamente que a leitura ideográfica da linguagem antiga
revela-nos simultaneamente a lógica do pensamento mágico arcaico e, por outro
lado, a análise da mitologia de Mitra expõe-nos a fragilidade da
mitologia indo-europeia que afinal seria uma cultura egeia tardia que teria
entrado pelo golfo da Cilícia em direcção à Pérsia e a Média tendo sido pelo
meio estrangulada e sublimada pelas culturas caldeias que há época eram já muito
mais ricas, elaboradas e poderosas.
Pelo menos, no que diz respeitos aos deuses Cautes parece-nos tão segura a sua
relação com a inferioridade do mundo cavernícola, onde todas as «cautelas» eram
poucas, que nos atrevemos a postular que a etimologia do «ocaso», do «ocidente»
e de occidere se relacionava com a deusa
cobra...e esta, com o nome do acólito de Mitra, Cautopates. Já não seria tão fácil de
provar que a raiz kata-, para baixo, seja uma inversão
semântica da mitologia destes deuses.
Ver: OFIUSSA, nome
místico da Lusitânia.
Ofiussa <
Ophi- | cret. ussa < Sumer. usha >
Hit. usa |
=> Oki-usa => «Ocaso» < Lat. oc-casu = queda
=> Lat.
occi-dente => Lat. occiduu, caduco => Lat. occidere = «matar»
<
supostamente derivado de
caedere (= matar) com o préfixo ob-.
O mito central do mitraismo tem dois níveis de leitura ainda que
ambos interligados, como seria de esperar. Por um lado um mito tipicamente
astrológico e cosmológico como parece ter sido toda a mitologia persa e grande
parte da mitologia em geral e por outro um mito de morte simbólica do filho de
deus na forma de sacrifício taurino, ambos interligados pela trama mística dum
culto de mistérios o que nos reporta para um culto de fertilidade agrícola de
morte e ressureição solar. Pois bem, há algo de misterioso neste barbarismo de
origem muito arcaica, quase que seguramente herdado do período de caça e
recolecção do paleolítico cavernícola, o que imediatamente nos reporta também e
não apenas por analogias fonéticas, para o Minotauro
cretense.
O nascimento de Mitra
a partir duma pedra ou ovo petrificado (como seriam os ovos fósseis de
dinossauros que já eram seguramente encontrados pelos antigos!) além do
arcaísmo revela a natureza primitiva deste mito que a componente
astrológica nos reporta imediatamente para a sua analogia mítica com Fanes, uma forma de Eros, o deus Protágono.
| |||||||
According to Persian traditions, the god Mithras was
actually incarnated into the human form of the Saviour expected by Zarathustra.
Mithras was born of Anahita, an immaculate virgin mother once
worshipped as a fertility goddess before the hierarchical reformation.
Anahita was said to have conceived the Saviour from the seed of Zarathustra
preserved in the waters of Lake Hamun in the Persian province of Sistan.
Mithra's ascension to heaven was said to have occurred in 208 B.C., 64 years
after his birth. This birth took place in a cave or grotto, where shepherds
attended him and regaled him with gifts, at the winter solstice. This is
based on a older myth about birth of Mithra, that his magical birth at the dawn
of time was from a rock from which he formed himself using his Will. He
holds in his hand a dagger and a torch.
Figura 5:
White marble
statue (H. 1.65 Br. 0.47), found in the Mithraeum on the right side. Beside the
entrance of the Biblioteca Vaticana.
A statue from
Housesteads shows Mithras being born from the rock while the twelve signs of the
zodiac surround him, showing his image as a stellar god who rules the cosmos
even at his birth. A serpent sometimes shown to be coiled around of the Mithras
or birth stone/egg.
[2]
Figura
6:
Mitra
nascendo duma rocha.
(Estátua recuperada do forte Housesteads junto à muralha de Adriano). Esta metáfora pictórica tanto pode ser uma forma adulterada do mito arcaico do nascimento do «deus menino» da gruta / greta da aurora, a Terra Mãe, como o nascimento do “filho de deus” do ovo cósmico órfico ou então o nascimento do pássaro Benu no topo da montanha cósmica primordial. |
While some
scholars identify the lion-man as Aion (or Zurvan, or Cronus) others assert that
it is Ahriman. [R D Barnett (1975). John R Hinnells, ed.
Mithraic studies: proceedings of the first International congress of Mithraic
studies, Vol II. Manchester University Press ND. pp. 467–. According to some,
the lion man is Aion (Zurvan, or Kronos); according to others,
Ahriman.] There is also
speculation that the figure is the Gnostic demiurge, (Ariel) Ialdabaoth.
[David M Gwynn (2010). Religious diversity in
late antiquity. BRILL. p. 448.
]
Ainda que a evidência arqueológica não seja forte faz
sentido que Mitra leontocéfalo seja um avatar de Ahriman porque Mitra pode
ser considerado como uma forma de Hermes e estes são seguramente
variantes ctónicas de Ahriman…e do Minotauro que mais não era do que a
variante taurina do “deus menino” que em muitas representações latinas monta o
leão da deusa mãe porque «Omnia vincit
amor vel cum domitore leonem».
De facto o leão só aparece ao lado da Deusa Mãe...e de Eros, o “deus menino”.
De facto o leão só aparece ao lado da Deusa Mãe...e de Eros, o “deus menino”.
Figura 7: Eros/Cupid
holding goad
in right hand riding lion advancing right with right foot
forward.
(Thrace,
Deultum, Marcus Opellius Antonius Diadumenianus, Caesar (...)
Collection; Jurukova - (vgl. 72); Moushmov
3568)
|
Figura 8: Atargatis,
head right
and holding sceptre, leaning left on back of lion advancing right;
(SYRIA, Cyrrhestica.
Hierapolis. Philip I (...) Butcher 64a; SNG Copenhagen
63)
|
Esta tradição de colocar Cupido a cavalo de um leão é tipicamente
latina e de possível importação Síria onde a Magna Mater e Deia Celestis e
tipicamente uma domadora de leões...tal como a deusa mãe hindu Durga. Esta
tradição parece ser uma transposição literal de Dionísio “deus menino” a cavalo
de um tigre de segura importação helenista posterior à passagem de Alexandre
pela Índia onde o hindu Rama cavalga um tigre tal como o “deus menino”
Ayyappan.
Porém, mais estranhamente ainda somos confrontados com o
mitema do deus hitita Ulicumnis, o deus de
granito.
Ullikummi(s), the diorite man
- He is born of Kumarbis and the Rock. This god is made entirely of
diorite. He was born to be used as a weapon to defeat the Storm-god and
his allies. Kumarbis had him delivered to the Irsirra deities to keep him
hidden from the Storm-god, the Sun-god, and
Ishtar.
Ullikummi(s)
< Uri-kumm(arbi) = lit. “o guerreiro de Kummarbi”? Ou:
< Uri-Kumn-ish < Ur-Ki-Min-us =
Ki-Ur-Minus
> Kur-Min = Minotauro < *Kur-Ama-ish < Kurmesh
>
Hermes.
*Ulicumnis era
seguramente a forma incipiente de Mitra / Hermes / Minotauro no
império hitita ficando assim estabelecida a correlação desta tradição
indo-europeia de recorte ariano com as mitologias
ocidentais.
When the
Aryan tribes swept down from the Russian steppes they brought their gods with
them. Some time between 2000 and 1500 B.C.E., these tribes entered India and
Iran, bringing with them one particular deity. These people, the Mitanni, gave
us the first written reference to Mitra in a treaty between themselves and the
Hittites. Signed about 1375 B.C.E., the treaty calls on divine witnesses to
pledge its terms. The Hittites called on the sun go. The Mitanni called on
Mitra. [3]
"The
oldest source of Persian Gnosis is to be found in Mithraism, an ancient Persian
spiritual path, which began in Eastern Iran many thousands of years ago". (Dr.
Masoud Homayouri, Origin of Persian Gnosis). Mithra is an Indo-Iranian god,
worshipped at least as early as 1400BC. In Hinduism he is praised as the
binomial Mitra-Varuna. A hymn is also dedicated to him alone in Rig
Veda (3.59). He is the Lord of Heavenly Light, protector of truth, and is
invoked when a contract or oath is taken.[4]
Claro que se poderia estranhar que os hititas não tenham
conseguido identificar Ulicumis, lit. “o guerreiro dos cumes
(montanhosos)” com o Minotauro mas, se pensarmos na catástrofe que foi,
sob o ponto de vista da integridade ideológica do império, a tentativa de
reforma do panteão hitita levada a cabo por Tudália IV, compreendemos
imediatamente que os tempos não eram ainda os do sincretismo linguístico
pós-moderno!
“La
réforme de Zarathoustra, peut-être inspirée des Hittites donc, consiste d’une
part à réduire la multiplicité des dieux à l’unicité d’Ahura Mazda (Asura /
Varuna / Ouranos) le seigneur éterne.”
> Haura-an > Ahura >
Asura.
Varuna < Wauran <
Hauran < Kauran.
> Auran / Ouran => Urano.
(opposition de Ohrmuzd et Ahriman, le premier
étant une déformation de Ahura-Mazda et le second de Arya-Man dieu
des guerriers Aryens et des ancêtres)
Ariman
< Ahriman < Arya-Man < karu-Mean < Kaur-Min
=
Min-Kaur >
Minotauro.
La réintroduction postérieure de
Mithra (Dieu garant des contrats) ne constitue pas vraiment un retour au
polythéisme, ni même au dualisme (Varuna / Mitra, Loi / Contrat) mais
préfigure plutôt la trinité chrétienne, l’unité du père et du fils, au ciel et
sur la terre. -- Histoire des religions - Jean
Zin
Em boa verdade Mitra não foi reintroduzido senão no dogma
porque este deus é mais arcaico que Aura Mazda pois deve ter a mesma
origem do Minotauro (o que se compreende sabendo-se que, ao tempo da
talassocracia cretense, os contratos seriam celebrados em nome do
Minotauro) que nunca teria deixado de ser utilizado pelo povo,
seguramente outrora colonizado por uma mesma cultura que ligaria o mar Egeu à
Anatólia e iria até à Índia. Como se tratava de um assunto tão sério como os
contratos negociais a cuja ma fé (druj) o masdeísmo pretendeu
evitar, a teoria teve de se vergar à prática e, como pela boca morre o peixe,
Mitra aparece porque Aura Mazda pretendeu acabar com a “má-fé” dos
contratos. Como os contratos eram feitos em nome de Mitra este deus
acabou perfilhado por Aura Mazda!
AURA
MAZDA
Opposed
to Ahura Mazda, or Ormuzd, is His rival, Anro Mainyus, (later Ahriman), the Evil
Spirit.
Ahura Mazda = Spento
Mainyus, Espírito Santo =>
Mainyus = Spirit.
> Sacar,
deus da aurora!
Ahura
< Sakura < Ka-kura | Mazda | Mashta <
Meash
< Ma-ash
> «Macho».
> Saturno
Ahri < Ahir <
Ahur(a) < Anhur < Ankur
ó Kur-an >
Krono.
> Anhru >
Anro ≠ Urano???
|
man < Mainyus < Mianish(us) <
Mean-ish < Minus.
A dualidade Ahura Mazda / Ahriman é uma sobrevivência do par
de gémeos que era o andrógino primordial e que consubstanciava aquilo que os
fenícios apelidavam dos deuses da aurora Sacar & Salim, e que
foram a origem da semântica dualista dos persas na medida em que representavam
Horus, o sol diurno em oposição com o sol negro que era devorado todas as noites
pela deusa mãe, na forma do deus morto que veio a ser
Osíris.
ETIMOLOGIA DO
NOME DE MITRA
Together
with the Vedic common noun mitra, the Avestan common noun miθra derives from
proto-Indo-Iranian *mitra, from the root mi- "to bind", with the "tool suffix"
-tra- "causing to." Thus, etymologically mitra/miθra means "that which causes
binding", preserved in the Avestan word for "Covenant, Contract,
Oath".
In Middle
Iranian languages (Middle Persian, Parthian etc), miθra became mihr, from which
New Persian mihr, Wanetsi and Wazirwola (Pashto) mērə/myer, and Armenian
mihr/mher ultimately derive.
As especulações que fazem com que o nome de Mitra derive
dum particularismo linguístico persa de raiz indo-europeia têm apenas o mérito
de questionar a verosimilhança desta teoria. Em boa verdade, manda a lógica
mítica que tenha sido do nome do deus dos contratos que derivou o nome prosaico
dos contratos porque sobre eles presidiria.
In the beginning was a word. The names Mitra, Mithra and
Mithras all derive from the Indo-European root "Mihr," which translates both as
"friend" and as "contract." While both translations are correct, however, neither gives a
full account of the word. "Mihr" itself derives from "mei," an Indo-European
root meaning "exchange." But Aryan society did not use the word "exchange" to
describe a transaction. Ancient societies were hierarchical. Neither the concept
of an exchange between equals after which a relationship ended (our meaning of
contract), nor the concept of an open-ended exchange between equals (our meaning
of friendship) were contained in the original meaning of the word "Mihr"
or "Mei." (For our concept of friendship, the Rg Veda uses the word
"sakhi.") The friendship or contract offered by Mihr, or Mitra as he became
known, was an exchange between unequal partners with Mitra as a just lord. Like
any feudal relationship, this "friendship" imposed certain obligations on both
sides. Mitra oversaw the affairs of his worshippers. He established justice for
them. In return, his worshippers had to be upright in their dealings with
others. Mitra was thus "lord of the contract" (a title frequently applied to
him)[5]
Obviamente se no princípio Mitra tivesse sido um mero
nome comum indo-europeu com o importante significado de “amigo” e “contrato”
Mitra deveria ter permanecido em todas (ou quase) as línguas ditas
indo-europeias...e tal não aconteceu porque quanto muito ficou na «mitra» dos
bispos e papas...o que é muito pouco para contratos de amizade. Contrariamente
ao
comentário de Jason Cooper sobre os contractos do mundo antigo podemos
referir que a visão mercantilista moderna de que “entre amigos negócios à parte”
pouco ou nada tem a ver com o conceito de contrato a que Mitra presidia porque a
maioria das vezes os contratos de troca eram meramente orais ou seja juramentos
de promessa, de fidelidade e de dívida a que o direito romanos dava a maior
importância seguramente fundamentado em tradições muito mais arcaicas de direito
natural da «Máfia» dos més de Nemesis a quem era devida a «maquia»
contratual da Deusa Mãe Ker-Tu /
Kurija “policiada” pelas Keres e
pelas Erínias. Os importantes
contratos escritos entre soberanos de igual realeza de que os hititas e as
cartas de Amarna nos deixaram copias eram verdadeiros tratados internacionais
dos quais eram testemunhas todos os deuses e deusas do céu e da terra porque a
falta de algum poderia ser indício de falha contratual razão que levou Tudália
IV a simplificar e a reduzir o panteão o que terá motivado sublevações sociais
descontroladas de incalculável magnitude que contribuíram para o colapso do
império hitita e das civilizações levantinas desta
época!
Ora bem, Mitra sendo
o representante da Deusa Mãe enquanto Minotauro pode ter sido uma
simplificação do divino testemunho contratual sobretudo no começo do
patriarcado. De qualquer modo, sendo Minos / Minotauro um dos juízes dos
mortos já tinha este papel natural que na cultura grega era devida a
Hermes. De resto, a equiparação helenística posterior de Mitra a
Apolo e ao Sol Invicto revela o quanto estes deuses estavam
relacionados com a barra dos tribunais que na Caldeia eram tutelados por
Shamas. A
relação de Mitra com a verdade dos contratos parece ter persistido na
latinidade lusitana no nome da intrujice (< Pers. druj?) que é
a «mentira». De facto a etimologia oficial para este termo é
discutível!
> Mentura > Hind. Mantra.
Minotauro >
Mintura > «Mentira»
< Lat. mentita, sob o influxo de mentir?
ó Lat. mendax
< *Mandrax, o mago charlatão e embusteiro como Hermes
e juiz dos mortos como Minos.
Mentior = fut. mentibitur,
for mentietur, (…) [prob. from root men-, whence mens,
memini, q. v. original meaning, to invent; hence],
[6]
Seria a mentira uma forma verbal de mentīor? E qual e porque estranha razão? Por vezes
a mentira realça a verdade quando o diabo deixa o rabo à mostra! Por outro lado,
as conveniências de estado devem ter sido urgências muito arcaicas do poder que
teve em *Mandrax, o mago embusteiro e charlatão como
Merlim e Hermes (juiz dos mortos como Minos), os mais
típico e nobre representante da expressão prática de que, “em política o que
parece é”, e para tal há que saber mentir com o poder imaginativo da
«mente»!
A origem minóica da
mitologia persa pode ainda ser encontrada noutros conceitos avéstico tais como
Angra Mainyu...que era Hermes.
Angra Mainyu
> An-kura Minijo > Minus Kaur-an => Sr.
Minotauro.
Ahriman < Hariman > (Baal) Hermon
> Hermes.
A mentira é
assim semanticamente uma invenção mental da sociedade minóica que tinha na
guerra psicológica, baseada no medo mitológico à temível Deusa Mãe e na astúcia
guerrilheira das amazonas, uma das armas do matriarcado cretense que terá tido
na crueldade do mito do Minotauro uma forma de manter o respeito pela
talassocracia cretense. Muitos autores antigos pensavam que o mito do
Minotauro era de facto uma mentira monstruosa precisamente pela sua
inverosimilhança, mas quiçá também pela sua relação com a semântica da mentira!
Ora, como muitas vezes as voltas e reviravoltas da conturbada história da
mitologia permitem que os sentidos semânticos se invertam, os deuses da verdade
e da vida podem transformar-se em deuses de mentira mortal! Ao Minotauro
acabou por acontecer isso mesmo, por força da lógica da história que acabou
reescrita pelos vencedores atenienses!
Mitra
seria uma forma de Minotauro porque foneticamente assim parece, porque
tem uma semântica mítica associada com Jano que nos reporta por Cardea
para *Kertu e porque iconograficamente sempre foi um deus
toureiro.
Figura 9:
Mitras
do Museu Vaticano.
Mithras is asked by the
sun to kill the Bull, but his reluctant to do this. The Raven, messenger of the
Sun, comes to him again with the message. Mithras goes into the
field and captures the Bull and with his strength lifts the back legs of the
bull over his shoulder and drags him to the cave of his birth. The crescent moon
over the bull suggests its connection to the moon. When Mithras kills the bull, from his blood comes
the wine and all plants that cover the earth. The tail became wheat which gives
our bread.
The seed and the
genitals of the bull are taken to the moon goddess and purified giving rise to
all animals. By slaying the first Bull, life comes onto the earth.
[7]
Mitra começou
por ser um deus toureiro, seguramente um sobrevivente do período áureo da
economia de caça que os ameríndios do norte ainda praticavam à época das
descobertas e que os supostos indo-europeus também praticariam
maioritariamente nas estepes centro-europeias à época do
masdeísmo.
Mais uma vez se refere supostos indo-europeus porque a
originalidade da mitologia indo-europeia pode ser posta em causa a partir de
pequenos indícios da própria mitologia de Mitra. Na verdade Raven,
o mensageiro dos deuses, é literal e textualmente um deus que «vem de
Ra», sendo este um deus solar tipicamente Egípcio completamente
insuspeito de origem indo-europeia uma vez que deriva do semítico
Urash!
A relação destes mitos de morte e ressurreição solar com o mito
clássico do Minotauro é também ela incontornável, pelo menos sob o ponto
de vista étmico! Mas não o é somente por razões etimológica conquanto o é
necessariamente por razões semânticas subliminares. Na verdade, o lado
antropófago e canibal que parece estar subjacente àquele mito são, só por si,
suficientes para suspeitar que o culto do Minotauro era a variante
cretense destes mistérios de sacrifício pascal do “filho de
deus”.
Ver: CULTOS
TAURINOS (***) & ACTEÃO (***)
Sobre este culto arcaico e anacrónico os místicos dissidentes do
masdeísmo reconstruíram um culto de mistérios que iria fazer as delícias
místicas da decadência do Império Romano! Na verdade parece que o culto de Mitra
na Pérsia seria muito mais modesto
Figura
10:
Representação persa de
Mitra.
O deus Mitra
masdeísta parece ter pouco ou quase nada a ver com a exuberância simbólica que
veio a ter nas representações deste deus no império romano. O estilo das formas
é caldeu, a postura de Júpiter
Dolicheno é hitita e de
maneira que pode não ser inteiramente misteriosa aparece com um disco à cintura
como Aura Mazda dando assim a entender que faria com este uma espécie de
simbiose mística como na trindade cristã.
|
A mitologia persa é reconhecida como tendo herdado dos caldeus a
sua única vertente científica incontornável, a da astronomia tendo por, isso
mesmo, acabado por dar origem ao mazdeismo na forma duma religião dualista,
pré-monoteísta, baseada no princípio dialéctico cósmico da luta da luz de
Aura Mazda contra as trevas de Ariman.
Figura
11: A
eterna recorrência formal de Mitra.
A sensação que se têm é que as igrejas mitráicas
copiavam os seus ícones umas das outras.
Esta religião purificada e purificadora do começo dos sincretismos
religiosos contemporâneos iria, por isso mesmo servir-se dos processos
metafóricos dum intenso culto do fogo sagrado, revelando-se deste modo como uma
forma revivalista do mais arcaico dos cultos naturalistas, o do fogo que manteve
na Itália o nome primordial de Caco. Assim, a par do arcaísmo do culto do
fogo o mazdeismo manteve também a astrologia como forma de religiosidade
derivada do uso e abuso do poder científico da astronomia e que veio a ser
apanágio do poder mágico dos “reis magos”!
Figura 12: Hércules ou Teseu e o touro de Creta ou da Maratona?
O
touro (de Minos) só foi derrotado por Héracles, a mando de Euristeu, no
que ficou conhecido como o sétimo dos seus trabalhos. O herói
desembarcou em Creta, subjugou o touro pelos cornos e o levou para a
Argólida, onde o entregou a Euristeu. Este quis entregá-lo a Hera, mas a
deusa, não querendo aceitar um presente vindo de Héracles, pôs a fera
novamente em liberdade. Teseu, mais tarde, acabou capturando-o nas
planícies de Maratona.
«Maratona» < Ma-ura-ta-anu = Ma-anu-ta-ur > Minotauro.
Como
sabemos, muito da retórica astrológica foi incorporada na tradição
metafórica e ritual do catolicismo na forma mais expressiva da festa de
sexta-feira santa do «lúmen Cristi»! Na verdade, o mitraísmo
enquanto aspecto particular do masdeísmo, além duma religiosidade
mística semelhante ao cristianismo primitivo manifestava uma forma de
gnose de inspiração astrológica que só teve paralelo nas alegorias
alquímicas do platonismo maçónico.
Sendo assim, se Mitra não era ele próprio o Minotauro então, como tudo leva a crer, ele ocuparia o papel de Teseu
no sacrifício do Minotauro deixando a suspeita de que a lenda grega
seria já uma perversão dum facto histórico mal recordado à luz
metafórica dum mito paleolítico de sacrifício do touro divino. De facto,
Te-seu parece ser apenas o deus Zeus que enquanto Júpiter Doliqueno / Zeus Velcheno era um touro ou pelo menos este era o seu animal de transporte como parece ter sido o de Mitra na Pérsia.
De resto, o mito grego do “Touro de Creta” do sétimo trabalho de Hércules que acaba sendo o touro da Maratona sacrificado a Atena por Teseu, parece ser o pai do Minotauro, por ter engravidado Pasifai.
Curiosamente, um retalho do mito manifesta esta confusão entre os dois heróis ao referir o encontro de Teseu com uma velha He(r)cala.
After
many days of wondering around the wilderness Theseus came upon a small
village. Within in the village the Great Marathonian Bull was being
kept. Theseus waited until night fall and snuck into the village,
stealing the Bull and heading back towards the coast of Crete. On his way back to the shore side he stopped off at Hecale’s hut to show her the bull.
When Theseus arrived however he found that the old woman had passed
away. Feeling great sadness over the loss of the kind old lady Theseus
constructed a small village and named it after Hecale in her honor. (…).
Theseus then continued to the coast of Crete where he loaded the bull
and sailed back to Athens. — [12]
Não parece haver dúvidas de que a velha He(r)cale era nem mais nem menos do que uma reminiscência do velho Hércules.
Ver: HELIOS
SKOTAIOS (***) & ALVOR (***)
Neste caso, a mitologia persa
reservaria a Mitra o papel de Teseu e a Ariman o papel do
Minotauro. As mesmas motivações que tornaram negativo o papel do Minotauro seriam as mesmas que iriam
transformar Ariman no deus das trevas. Uma parte destas razões estariam
na antipatia gerada pela hegemonia da talassocracia cretense e outra, no facto
de o Minotauro ter passado a exigir
sacrifícios humanos durante a transição para o neolítico.
Figura
12:
Mitra tauróctno, o divino
toureiro.
In
pre-Vedic times Mitra was probably far more important, but his prominence
faded with the coming of the Indo-Aryans to India. In the Rig Veda, he is
always presented with Varuna, who is said to be his twin,
and like his brother he is one of the Adityas. This god fared far better
in Persia under the name of Mithra, from whence his cult spread all the
way to Rome where he was called Mithras.
A prova de que a situação chegou a ser de facto equívoca pode ser
encontrada no texto seguinte:
Thus, if the god Mithras of the
Roman religion was actually the Iranian god Mithra, we should expect to find in
Iranian mythology a story in which Mithra kills a bull. However, the
fact is that no such Iranian myth exists: in no known Iranian text does Mithra
have anything to do with killing a bull.
Franz Cumont had responded to this problem
by focusing on an ancient Iranian text in which a bull is indeed killed, but in
which the bull-slayer is not Mithra but rather Ahriman, the force of cosmic evil
in Iranian religion. Cumont argued that there must have existed a variant of
this myth -- a variant for which there was, however, no actual evidence -- in
which the bull-slayer had been transformed from Ahriman to Mithra. It was this
purely hypothetical variant on the myth of Ahriman's killing of a bull that
according to Cumont lay behind the tauroctony icon of the Roman cult of Mithras.
(...) Thus from 1971 on, the meaning of the Mithraic tauroctony suddenly became
a mystery: if this bull-slaying icon did not represent an ancient Iranian myth,
what did it represent?(…)
It is this phenomenon of the
precession of the equinoxes that provides the key to unlocking the secret of the
astronomical symbolism of the Mithraic tauroctony. For the constellations
pictured in the standard tauroctony have one thing in common: namely, they all
lay on the celestial equator as it was positioned during the epoch immediately
preceeding the Greco-Roman "Age of Aries." During
that earlier age, which we may call the "Age of Taurus," lasting from around
4,000 to 2,000 B.C., the celestial equator passed through Taurus the Bull (the
spring equinox of that epoch), Canis Minor the Dog, Hydra the Snake, Corvus the
Raven, and Scorpio the Scorpion (the autumn equinox): that is, precisely the
constellations represented in the Mithraic tauroctony.
Taurus <
Kauros <= Kur
Canis <
Ki-an = An-ki = Enki.
Hydra < Kuthra < Kitaur
ó Kiphura < Ki-Kur
Corvus <
Kaurwius < Karkius < Kur-Ki
Scorpio <
Ish-Kur-Kius.
De passagem pode notar-se que Enki/ *Enkur, o deus da
Aurora primordial e da luz da sabedoria, teria sido o deus que
terá presidido ao desenvolvimento da astrologia tendo dado nome às
constelações!
(…) The Mithraic tauroctony, then, was
apparently designed as a symbolic representation of the astronomical situation
that obtained during the Age of Taurus. But what religious significance could
this have had, so that the tauroctony could have come to form the central icon
of a powerful cult? The answer to this question lies in the fact that the
phenomenon of the precession of the equinoxes was unknown throughout most of
antiquity: it was discovered for the first time around 128 B.C. by the great
Greek astronomer Hipparchus. (…)
At the time Hipparchus made his discovery,
Mediterranean intellectual and religious life was pervaded by astrological
beliefs. (…)
Hipparchus's discovery of
the precession made it clear that before the Greco-Roman period, in which the
spring equinox was in the constellation of Aries the Ram, the spring equinox had
last been in Taurus the Bull. Thus, an obvious symbol for the phenomenon of
the precession would have been the death of a bull, symbolizing the end of the
"Age of Taurus" brought about by the precession. And if the precession was
believed to be caused by a new god, then that god would naturally become the
agent of the death of the bull: hence, the "bull-slayer." This, I propose, is the origin and nature
of Mithras the cosmic bull-slayer. His killing of the bull symbolizes his
supreme power: namely, the power to move the entire universe, which he had
demonstrated by shifting the cosmic sphere in such a way that the spring equinox
had moved out of Taurus the Bull.[8]
Obviamente que toda esta inteligentíssima conjugação de
informações não consegue demonstrar que o mito da tauromaquia de Mitra fosse uma pura invenção
helenística à revelia de toda e qualquer tradição persa, quanto mais não seja
porque tal facto teria sido denunciado pelos muitos inimigos que esta religião
também teria no mundo de intrigas ideológicas em que o baixo-império se tinha
transformado, a começar pelos cristãos que eram o rival mais sério do mitreísmo.
Possivelmente o que se passou foi apenas isto: primitivamente o deus toureiro
teria sido, de facto, Ariman / Hermes, numa época em que Mitra
teria também sido uma variante deste deus, tal como Lúcifer foi um
deus da luz da aurora antes ter sido lançados nos infernos pelos
cristãos.
Given the pervasive
influence in the Greco-Roman period of astrology and "astral immortality," a god
possessing such a literally world-shaking power would clearly have been
eminently worthy of worship: since he had control over the cosmos, he would
automatically have power over the astrological forces determining life on earth,
and would also possess the ability to guarantee the soul a safe journey through
the celestial spheres after death. [9]
Quando a tauromaquia se tornou numa metáfora cósmica, de tal
importância metafísica que acabaria por se transformar num elemento essencial
duma teologia de morte e ressureição saída do masdeísmo persa que devia quase
tudo à astrologia, Mitra, que teria sido Ariman / Hermes em época
arcaicas já esquecidas, como se supôs, recuperou a sua arcaica função de
tauricida, própria de deuses da época paleolítica, mantendo no entanto a sua
separação em relação a Ariman, já que outra coisa teria sido blasfémia,
em grande parte pelo impacto teológico que a descoberta da precessão dos
equinócios por Hiparco de Alexandria teve em todo o mundo
helenista.
The Greek
biographer Plutarch (46–127 AD) says that "secret mysteries of Mithras" were
practiced by the pirates of Cilicia, the coastal province in the southeast of
Anatolia, who were active in the 1st century BC: "They likewise offered strange
sacrifices; those of Olympus I mean; and they celebrated certain secret
mysteries, among which those of Mithras continue to this day, being originally
instituted by them." He mentions that the pirates were especially active during
the Mithridatic wars (between the Roman Republic and King Mithridates VI of
Pontus) in which they supported the king. The association between Mithridates
and the pirates is also mentioned by the ancient historian Appian. The 4th
century commentary on Vergil by Servius says that Pompey settled some of these
pirates in Calabria in southern Italy.
Se Plutarco disse que os mistérios mitraicos começaram entre
piratas da Cilícia é porque algum fundamento teve para o referir e não deixa de
ser interessante a relação óbvia entre a contratualidade sagrada e as leis
impiedosas da deusa mãe que vamos encontrar na Máfia do sul de Itália que assim
podem ter começado na Calábria do século IV com a chegada dos piratas da
Cilícia.
Sabemos que a mitologia grega situa uma outra Cilícia logo abaixo
da mítica Tróia o que tanto pode ser a prova de que Tróia estava mal situada
porque se referia ao império hitita separado da Cilícia precisamente pelos
montes Taurus como pode referir-se à antiguidade das relações egeias com esta
zona da Anatólia onde teriam chegado, a partir de Chipre, as influências da
civilização minóica que os piratas da cilícia conservariam religiosamente.
Assim, a suposta referência dos textos hititas a deuses arianos num tratado com
o reino de Mitani apenas documenta a penetração da cultura minóica nesta região
a partir do golfo da Cilícia. Zoroastro acabou praticamente com estes cultos.
Mais tarde voltaram a ser reutilizado, por pressão popular seguramente, mas já
inteiramente purificados pelo fogo do masdeísmo. Os piratas do golfo da Cilícia
conseguiram conservar estes cultos pela sua própria natureza marginal e só os
conseguiram introduzir no império romano a reboque dos cultos de mistérios que
sendo secretos eram difíceis de identificar. A evidente natureza, bárbara e
arcaica, da morte do Minotauro,
referida desde o mito de Teseu, leva a marca da cultura minóica e aparece
obviamente invertida no mito de Mitra que, sendo o Minotauro, passa a ocupar o papel de
Teseu. Esta fragilidade original virá a ser decisiva no seu confronto com o
cristianismo.
Figura
13: Mitra, o deus toureiro.
Este deus de aspecto frígio parece ter sido identificado pelo autor desta
estátua com Atis. De resto, muito
do formalismo desta cena faz pensar no mito de
Acteião, uma variante matriarcal deste mito de fertilidade e de
morte e ressurreição solar. O interessante destes mitos é o facto de eles serem,
de certo modo, a apologia apoteótica da revolução neolítica da agricultura em
torno de mitos de fartura de caça dos tempos do
Paleolítico.
Porém, no tempo da sua eclosão a reboque do impacto da descoberta
de Hiparco este arcaísmo era o seu maior fascínio a par dos mistérios
dionisíacos e dos cultos sírios de Atargatis e da anatólica Cibele, possivelmente variantes dos
mesmos mitos minóicos arcaicos. Notar que os piratas eram marinheiros que se
guiavam à noite pelas estrelas razão pela qual o impacto da descoberta de
Hiparco deve ter sido cataclísmica ao ponto de ter revelado a grandeza de Mitra
como responsável do movimento da abóbada celesta acima do movimento
solar.
One of
the most perplexing aspects of the Mithraic mysteries consists in the fact that
Mithraic iconography always portrays Mithras and the sun god as
separate beings, while-- in stark contradiction to this absolutely
consistent iconographical distinction between Mithras and the sun-- in
Mithraic inscriptions Mithras is often identified with the sun by
being called "sol invictus," the "unconquered sun." It thus appears that
the Mithraists somehow believed in the existence of two suns: one
represented by the figure of the sun god, and the other by Mithras himself as
the "unconquered sun." It is thus of great interest to note that the Mithraists
were not alone in believing in the existence of two suns, for we find in
Platonic circles the concept of the existence of two suns, one being the normal
astronomical sun and the other a so-called "hypercosmic" sun located beyond the
sphere of the fixed stars.[10]
Figura
14:
Mitra como Sol Invito
Deo, título que os romanos herdaram dos Sírios com
Heliogabalo e que seria uma tradução literal duma invocação a Assur que, como
sabemos, veio a ser, pelo menos na postura, Aura Mazda.
Estas características, em conjunto com o misticismo iniciático dos
mistérios do culto de Mitra, contribuíram para o sucesso deste deus entre
os carentes militares romanos e, posteriormente, entre a carenciada população, a
todos os níveis, dos subúrbios das grandes cidades do império fazendo do
mitraísmo a rival mais temível do cristianismo. Saber que o sucesso do
cristianismo sobre esta religião já estava ditado pela sua própria supremacia
doutrinária, demonstrada por Santo Agostinho, ou se esta iria vencer
aquela apenas com a ajuda furtúita de Constantino Magno, eis algo difícil de
esclarecer!
Mitra
is a Vedic god who stood for the sun, and was, with his
brother Varuna, the guardian of the cosmic order. He was the god of
friendships and contracts, and watched over the daytime hours. He was
good-natured and on far better terms with humanity than was his brother. He is
seen as a mediator between the gods and man.
Se a tradição Védica atribui a Mitra um irmão
gémeo belicoso é porque estamos mais uma vez em presença da mitologia recorrente
dos gémeos de génios opostos. Neste caso, Mitra seria o equivalente
piedoso e prestimoso de Hermes, também este deus lunar dos mistérios e
dos cultos funerários enquanto juiz dos mortos e Psicopompo. Obviamente que
o seu irmão seria Apolo e é então que as duas mitologias se tocam de
novo.
"The basic
doctrine of Mithraism, as far as can be told, is that Mithras was a god who was
born from a rock and destined to secure the salvation of the world; to do this
he was commanded by the god Apollo (through the intermediary agent of a raven)
to slay the Bull from the region of the Moon, which was said to represent the
fullness of life. Mithras was reluctant to do this but acquiesced in deference
to the divine will; in the ensuing struggle between god and bull, other animals
joined in - the dog, and scorpion and the snake. After Mithras was
successful a quarrel broke out between Mithras and Apollo, but they were
reconciled and celebrated a banquet." - Peter Clark,
Zoroastrianism,
An Introduction to an Ancient Faith, pp. 157-158
Os gregos
contavam esta história como sendo a do roubo do gado de Apolo por
Hermes.
Ver:
HERMES, "O DEUS DA
CLÉPTOMANIA". (***)
Na verdade, Mitra é etimologicamente aparentado
com Hermes.
Mithras <
Mai-Thar-Ash < *Kur-Ama-Kaku > Kermeshs
> Hermes, o «Caramêz»!
Mithras was associated
with Verethraghna, the Persian god of victory. He would fight against the forces of evil,
and destroy the wicked. It was believed that offering sacrifices to Mithras
would provide strength and glory in life and in battle. In the Avesta, Yasht 10,
it reads that Mithras "spies
out his enemies; armed in his fullest panoply he swoops down upon them, scatters
and slaughters them. He desolates and lays waste the homes of the wicked, he
annihilates the tribes and the nations that are hostile to him. He assures
victory unto them that fit instruction in the Good, that honour him and offer
him the sacrificial libations." -- MITHRAISM, The Legacy of the Roman
Empire's Final Pagan State Religion. © David Fingrut
1993.
Pois bem, este deus da vitória teme estranhas
ressonâncias com o ibérico Trebaruna
que assim se revela a deusa lusa
da Vitória.
Trebaruna - O nome explica-o d´Arbois de Jubainville,
eminente celtista do principio do século, por Trebo + runa, isto é, "segredo da
casa" (???). Assim sendo, Trebaruna começo por ser uma divindade doméstica,
passando depois para a sua função mais conhecida de Deusa Guerreira, da
batalha e da morte em batalha, pois muitas inscrições referem-se a esta
característica da nossa deusa. (ou seja da
vitíria póstuma!)
Ver-| Ki(ta)na
ó Atena | <
Velcitna ó Cloa-Kina.
Trebaruna < | Ter-Var ó
War-Ter | -(+Ki)na < -Kina.
|
Vitória <
Vic-tauria < Kiki-Taur > Ish-Ter >
Estar
Trebaruna seria
assim uma deusa da vitória da mesa origem que Verethraghna, de quem
poderia ter sido uma espécie de esposa.
Verethraghna < Wer Thera Gina
lit. «Wer o touro de fogo ou, o
touro que transporta o fogo do sol de Gina, a deusa mãe» < *Kur-kur
Kaki-Ana, Lit. «o fogo do céu, o sol, entre a dupla montanha dos gémeos da
aurora»!
< Vere-(thragh)-na > Wer-(thauracu)-ana
ó
(*Kaureco) Varuna.
Assim, Verethraghna seria a reminiscência da
relação de Mitra com o seu irmão gémeo que os hindus conservaram como
sendo Varuna.
Ver:
VARUNA (***) & GEMEOS
(***)
Na Pérsia o deus equivalente da função hermética de juiz
dos mortos era Mitra ou Abatur?
ABATUR
Abattur,
Mandaean judge of souls. His name derives from ‘bearer of the scales’. He
determines who goes to heaven and who to hell. He has several parallels in
mythology, mostly in the Near East. These included Belit-Seri of Babylonia, a scribe who kept
records on the lives of people that were used as judgement evidence after death.
The Akkadians had the Anunnaku, a group of judges in the death
goddesses' underworld realm of the dead. They in turn were derived from the
seven judges of the Sumerian death goddess Ereshkigal.
In Egypt several gods and goddesses were involved in judging the souls of the
dead on scales, including the god Anubis who holds the scales on which
the deceased's heart is weight against a feather of the goddess Ma'at.
Thus Abathur's was probably a local deity adopted by the Iranians after
their arrival in the Near East. Abathur personifies the ‘third life’
amongst the peoples of southern Iraq and neighboring Iran.
Belit-Seri
< *Wertu | Asheru ó
Akeru, ou seja,
redundância pictográfica que significava: “os dois Akeru”, os leões que
guardavam os dois montes da deusa mãe da Aurora.
Abattur <
Abathur < Apa-Kur, Abzu, o pai dos
infernos.
O papel de juiz das almas dos mortos aparece na Pérsia com o nome
do deus Abatur. Ora bem, a origem da
estranha forma do nome primitivo de Osíris fica assim
explicada!
Abatur <
Abathur < Awa Kur < Aka
Kar > Apa Kal => Apolo.
Ausar < Aushar < Auakar < Awa Kar < Aka
Kar
Mesmo assim, é possível encontrar na mitologia egipcio uma
possível equivalência à função semântica do nome de Apolo sob a forma de um epíteto de Horus, Heru-ra-há. Na verdade,
Heru-ra-há <
Her Ura Ahá < Aka Her Ru < Apha Kar lu => Apolo.
Heru-ra-há :A composite
deity in Crowley's quasi-Egyptian mythology; composed of Ra-Hoor-Khuit and Hoor-par-kraat. The name, translated
into Egyptian, means something approximating "Horus and Ra be Praised!" Of
course, this could simply be another corruption due to the inferior Victorian
understanding of the Egyptian language, and it is possible Crowley had something
entirely different in mind for the translation of the
name.
O interessante seria conseguir descobrir quais terão sido as
motivações doutrinárias que fizeram com que as descobertas astrológicas dos
ciclos equinociais do deus Sol primordial, eventualmente o próprio deus supremo
na pessoa de Enki/Enlil, tenham
servido de pretexto para os mistérios órficos e agrários da morte e ressurreição
sagrada dum lendário rei-pastor que o sacrifício da deusa mãe lunar transformou
em demiurgo e semi-deus.
Otras de las muchas manifestaciones regionales más
importantes son: el Osiris
Naref de
Heracleópolis Magna, Osiris
Merty en Farbaitos y
Osiris Unnefer, aspecto
este último que enfatiza su resurrección después de haber sido asesinado. Él fue
el soberano de los difuntos y como tal adquirió un papel mucho más nacional.
[11]
Este tem sido seguramente o caso de todos os mistérios
agrários desde o culto de Osíris até
à metáfora cristã do “cordeiro pascal” que encobre mal o arcaísmo do «mistério»
da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
The
reformation of Zarathustra retained the hundreds of Persian deities, assembling
them into a complex hierarchical system of 'Immortals' and 'Adored Ones' under
the rule of either Ahura- Mazda or Ahriman. Within this vast pantheon,
Mithras gained the title of “Judger of Souls”. He became the divine
representative of Ahura-Mazda on earth, and was directed to protect the
righteous from the demonic forces of Ahriman.
Mithras was called omniscient, undeceivable, infallible,
eternally watchful, and never-resting. In the Avesta,
the holy book of the religion of Zarathustra, Ahura-Mazda was said to
have created Mithras in order to guarantee the authority of
contracts and the keeping of promises. The name Mithras was, in fact,
the Persian word for 'contract'. The divine duty of Mithras was to ensure
general prosperity through good contractual relations between men. It was
believed that misfortune would befall the entire land if a contract was ever
broken. Ahura-Mazda was said to have created Mithras to be as great and
worthy as himself. He would fight the spirits of evil to protect the creations
of Ahura-Mazda and cause even Ahriman to tremble. Mithras was seen as the
protector of just souls from demons seeking to drag them down to Hell, and the
guide of these souls to Paradise.
As Lord
of the Sky, he took the role of psychopomp, conducting the souls of the
righteous dead to paradise.
Mitra, do mesmo
modo que S. Miguel Arcanjo, conservou a relação de Enki com as
funções militares do rei dos infernos do Kur e da guerra que
Hermes havia perdido para Ares, seguramente um seu antigo
heterónimo!
Ver: JANO
(***)
Zurvanismo é um ramo extinto do zoroastrismo que teve a
divindade Zurvan como seu princípio (divindade criadora). O Zurvanismo também é
conhecido como zoroastrismo zurvanita. Zurvan é o nome de uma divindade persa
(deus) e também de vários outros sistemas religiosos.
No Zurvanismo, Zurvan é o deus do tempo (e espaço) infinito e
é também conhecido como a divindade (o "um", o "único") da matéria. Zurvan é o
pai dos dois opostos que representam o bom deus Ahura Mazda e o mal Angra
Mainyu. Zurvan é considerado como um deus neutro, sem sexo e paixão, é aquele
para quem não há distinção entre bom ou o mau. Zurvan é também o deus do
destino, a luz e a escuridão, uma versão normalizada da palavra, que em persa
médio aparece à vezes como Zurvan, Zruvān ou Zarvān. O nome deriva do persa
médio avéstico zruvan-, "tempo" ou "velhice".
Angal
(Ishtaran): Patron god of
Der, a city East of the Tigris.
> Ishkuran > Ishtaran.
Crono < Kauran <
Kuruan < Kurwan > Ashur-Kan
Zarvān < Zruvān
"tempo" < Zurvan < Ashur-Kan <
Ku-Kur-kan.
>
Ahura Mazda.
Sabemos que
Crono ficou sendo o deus da cronometria e portanto nunca espantaria que Zurvan
fosse o deus do tempo...e do infinito espaço apostando que os zurvanistas já
intuíam alguma coisa da metafísica moderna.
"Classical
Zurvanism" is the term coined by Zaehner (1955, intro) to denote the movement to
explain the inconsistency of Zoroaster's description of the 'twin spirits' as
they appear in Yasna 30.3-5 of the Avesta. According to Zaehner, this "Zurvanism
proper" was "genuinely Iranian and Zoroastrian in that it sought to clarify the
enigma of the twin spirits that Zoroaster left unsolved." (Zaehner,
1961)
As the
priesthood sought to explain it, if the Malevolent Spirit (lit: Angra Mainyu)
and the Benevolent Spirit (Spenta Mainyu, identified with Ahura Mazda) were
twins, then they must have had a "father", who must have existed before them.
The priesthood settled on Zurvan - the hypostasis of (Infinite) Time - as being
"the only possible 'Absolute' from whom the twins could proceed" and which was
the source of good in the one and the source of evil in the other (Zaehner,
1961).
No entanto
suspeitamos que a mitologia masdeísta foi recriada progressivamente pelo clero
na medida em que o dualismo puro e duro de Zoroástro já era uma porta aberta ao
politeísmo tal como a trindade cristã foi a porta de entrada para os anjos
(herdados pelos judeus dos persas) e santos.
Figura 15:
O disco solar em diversas culturas orientais começando
na egípcia e finalizado na maia. De seguida representa-se o aguerrido
Assur.
Na verdade,
como já verificamos Aura Mazda era apenas uma reconversão do deus assírio Assur
que, em boa verdade, era a sublimação humanizada do conceito do “disco solar
alado”.
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A importância
deste conceito teológico era tão grande que dela dependia a coerência do
universo por ser a única teoria teológica aceitável para o movimento solar. Este
conceito acabou como sendo tão importante que veio a ser o da cobra emplumada
dos ameríndios iniciada com o nome de Kukulkan.
Em conclusão,
na medida em que a tradição cristã tinha herdado do judaísmo o desprezo oficial
pela astrologia como fonte de magia negra e idolatria a oposição do cristianismo
ao mitreísmo, que era essencialmente uma teologia cósmica e astrológica, teria
que ser feroz de tal modo que só uma das duas poderia sobreviver. O cristianismo
trinitário como era já uma forma de compromisso entre o politeísmo mágico
arcaico e o puritanismo judaico atenista poderia ter acabado por encontrar um
compromisso com o mitreísmo não fora o feliz acaso de Constantino Magno ter
acabado por aceitar a superioridade moral dos cristãos que docemente lhe tinha
sido imposta por sua mãe a piedosa Santa Helena.
[1] The scene shows Mithras facing away from
the Bull with one foot on the back of the bull, one hand holding the bull's head
and other hand stabbing the bull in the neck where blood pours forth. Around him
there is a dog, a raven, a scorpion, a snake, a lion and a cup and an ear of
wheat is growing from the tip of the bulls tail. The cloak of Mithras is
the night sky with stars and the signs of the zodiac surround the whole scene.
The symbols of the seven planets are present. The two torch bearers of
Mithras stand at either side of the bull slaying scene. The central
mystery represents the constellation Persus (Mithras),
Taurus (Bull), Canis Minor (dog), Hydra (snake),
Corvus (raven), Scorpio (scorpio). The wheat is the star
Spica (the brightest star in Virgo). The blood is the Milky Way. The two
torchbearers Cautes and Cautopates symbolise the equnioxes; Cautes
torch is pointing upward - the spring equniox, while Cautopates torch is
pointing down -autumn equniox. -- Mithras and
Mithraism, By Payam
Nabaraz.
[2] Mithras and Mithraism, By Payam
Nabaraz.
[3] "Mithras: Mysteries and initiation rediscovered" by D.
Jason Cooper
[4] Idem.
[5] From "Mithras: Mysteries and initiation rediscovered" by
D. Jason Cooper.
[6] Charlton T. Lewis, Charles Short,
A Latin
Dictionary.
[7] Mithras and Mithraism, By Payam
Nabaraz.
[8] MITHRAISM, The Cosmic Mysteries of
Mithras, by David Ulansey.
[9] MITHRAISM, The Cosmic Mysteries of
Mithras, by David Ulansey.
[10] MITHRAS AND THE HYPERCOSMIC SUN, David
Ulansey…,
[11] «El Cielo en la
Tierra» ¿Quién es Osiris?´por
Elisa Castel Ronda E-mail: ecastel@arrakis.es
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