Centeotl = Cen-teo-ter < (Teo) *Centu-Ur > Centur,
o. “deus Centauro” dos Citas, terra de Sabiti,
a Deusa Mãe do fogo e do centeio?
Figura 2: mural minóico com o símbolo dos cornos do Minotauro.
MINO
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TAURO
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*CEN
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TAURO
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SÁTIROS < SATUR(NO)
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SAT
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TAURO
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Não quer isto dizer que o deus dos azetecas tenha tido algo a ver com os centauros dos gregos. Nem poderia ter porque a mitologia dos centauros faz parte duma elaboração surgida seguramente no período formativo da idade das trevas da história helénica de que é um componente típico como grande parte das fantasias da mitologia clássica! Porém, por debaixo do estrato onde nasceram os centauros existiu uma mitologia mais arcaica que tinha o touro por epíteto genérico que determinou na civilização a ornamentação dos telhados minóicos com os característicos «cornos de altar», bem como o mito do Minotauro, e na caldeia toda uma rica ornamentação que impunha a todos os deuses e deusas um capacete ornamentado com cornos bem como a prolífica moda dos touros alados guardiães das portas de templos e palácios!
De facto, seria tentador suspeitar que o nome dos centauros e dos tem a mesma origem do nome do Minotauro.
Figura 3: Centauromaquia.
É fácil de identificar o arcaísmo da raiz Sat como relativo a um dos deuses primordiais reconhecido na mitologia latina como sendo Saturno, aliás o deus da fartura cerealífera da época dourada minóica, Set no Egipto e Satã na Canaaneia.
Mino é obviamente o mesmo que o etrusco Mantu e o egípcio Min/Montu.
*Cen pode ser uma forma invertida de Enki já que, este deus, bem como muitos dos seus equivalentes em outras mitologias, são considerados como inventores e promotores da agricultura! Este deus primordial é obviamente o deus protágono, filho da terra mãe, e, por isso mesmo, filho de Vénus e o mesmo que o grande Kan, Fanes, Benu, Fauno, etc.
Nidaba = Nisaba = Babylonian goddess of grain and its harvest. Her breast nourishes the fields. Her womb gives birth to the vegetation and grain. She has abundant locks of hair. She is also a goddess of writing and learned knowledge. She performs the purification ceremony on Ninurta after he has slain Anzu and is given his additional names and shrines.
Asnan < Ashnan: Deusa dos grãos e cereais, tal qual Ceres. Filha de Enlil. A ela, foram dados por Enki os campos férteis da Suméria. Deusa de grande poder, com um culto forte e tendo Shakkan por consorte.
Nisaba < Nishaba > Nidaba.
< Nin-Shawi ó *Ash-Nin, lit. “filha do Sr.”
Ashnan < *Ash-Nin < Ash-Nana
lit. “lenha (palha = filha) do deus lunar Nana / Enki”?
Shakkan > Shakikan > Ashki-Kan = Ash-| Ki-Enki > Cienthi => «Centeio».
Sendo assim, a etimologia corrige a semântica dos panteões corrente fazendo de Nana o que já se suspeitava, ou seja, uma mera variante de Enki.
Porque teria o centauro degenerado numa besta meio homem meio cavalo? Por delírio tardio de mitógrafos ignorantes da tradição minóica seguramente e quiçá por influência de mitos contadas a propósito da arte cita de equitação. Mas a mesma degradação aconteceu com os sátiros e com o Minotauro. Alias, todos estes mitos estiveram relacionados com cultos agrários e de fertilidade.
Há quem, como Dumaziel, veja nos Gandharvas os equivalentes védicos dos Centauros helénicos! Ora, os Gandharvas têm etimologicamente mais a ver com as hárpias do que com os Centauros.
Gandharvas < | Gand- | + | < harwas < *Hark(i)as > harphas > Harphias |.
No entanto, sob o ponto de vista funcional um grupo de deidades musicais seria mais parecido com um grupo de clássico Silenos e/ou Sátiros, por sinal também deidades animalescas como os Centauros, se bem que estas fossem cavalares, enquanto as restantes eram caprinas. No entanto, etimologicamente os Silenos foram o masculino das Sirenes enquanto os Sátiros são uma variante fonética dos Centauros. Sendo assim, nada impede a analogia das Apsaras com as Harpias gregas e dos Gandharvas com os seus paredros masculinos que, afinal, podemos, deste modo, identificar com deidades arcaicas, ainda carregadas da ruralidade do deus Pan e de zoomorfismo, ainda mais arcaico e selvagem, do xamanismo pré agrícola, animalista e animistas como era próprio da época antropológica da caça-recolecção.
Assim, centauros, sátiros e silenos seriam apenas velhos companheiros de caça de Enki/Kian > Pan. Por esta mesma razão é que aparecem nos cortejos tântricos e frenéticos dos bacanais, autêntico elogio festivo da loucura divina da caça ao leão e ao tigre, que Dionísio cavalgava!
Ver: CITAS (***) & NUMEROS (***)
Este deus Pan não seria também senão a evolução popular do misterioso e arcaico deus Phanes, o deus da luz da aurora primordial, a Fénix que apareceu no topo da montanha cósmica para dar a luz ao mundo na forma do pássaro Benu dos egípcios. Sendo assim, o centauro seria apenas uma das muitas variantes dos mitos de transporte solar. Estes deuses, pelas suas relações com o transporte das almas dos mortos e com o por do sol teriam acabado com conotações mais ou menos negativas desde as meramente cómicas como no caso dos sátiros e muitas vezes dos centauros até às mais aviltadas e maléficas como é o caso de Lúcifer e dos Vampiros, particularmente na forma de Nosferato.
TESEU E OS CENTAUROS
Figura 4: Centauros e Lapitas.
3. Depois deste episódio, Piritoo desposou Deidamia106 e convidou Teseu para vir a cerimónia, visitar a sua terra e ficar entre os Lapitas. Ora Piritoo havia também chamado os Centauros para o banquete. Como estes começassem a exceder-se e a comportar-se com insolência, e, sob o efeito da embriaguez, perseguissem as mulheres, os Lapitas lançaram-se em defesa destas e mataram alguns Centauros. Os restantes foram vencidos em batalha e expulsos do território. Teseu combateu em defesa dos Lapitas e participou na batalha. 4. Heródoto, porém, afirma que os factos não se passaram deste modo, mas que foi já depois de a guerra ter estalado que Teseu veio prestar apoio aos Lapitas como seu aliado e que foi então que, pela primeira vez, avistou Hércules com os seus próprios olhos. Encontrou-o em Traquis, quando este já havia encontrado repouso das suas andanças e dos seus trabalhos. Foi então que se estabeleceu a estima e a amizade entre eles e mutuamente teceram enormes elogios. No entanto, e preferível seguir quem afirma que eles se encontraram muitas vezes e que Hércules foi iniciado nos mistérios por Teseu e que este também o purificou antes da iniciação, pois assim se tornava necessário, devido a actos que aquele cometera involuntariamente.
Figura 5: Teseu e os centauros.
Tomou parte na missão dos Argonautas para encontrar o Velo Dourado. Lutou com os centauros.
Assim, a trama do destino de Teseu cruzou-se com o de Hércules no princípio, no meio dos “doses trabalhos de Hércules”, nas lutas deste com as amazonas e com os centauros, com os amigos de Hércules, com os seus filhos e, no fim da vida, Hércules ainda tirou Teseu dos infernos.
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Mas cruzou-se também com outros heróis lendários como foi o caso dos argonautas, Atalanta, Meleagro possivelmente com Perseu.
DINGER
Interessantes a este respeito são os termos utilizados para designar a divindade de forma genérica tanto no Egipto como na Suméria.
Suméria
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= dingir
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< Thin gir < Tan ger
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< Kian Kur
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Egipto
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= netger
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< Then ger < Tan ger
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< Kian Kur
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Ver: ANU (***)
Do mesmo modo...
Helios, called Panderkes < Pan-Ker-kus < *Pan-Kurkius => «Pancrácio».
Kian Kur > *Pan-Kur-kius < Kian Iscur.
Athin gar> thin ger => Tanger, na Líbia
San Taur > Santar / Santarém, em Portugal.
Kan Tawr > Cantawuria => Cantábria, em Espanha.
Pan-Ker > Panzer, nome de tanques alemães da II G.G. < Pancrácio.
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