domingo, 22 de setembro de 2013

DEUSES LATINOS – MINERVA, variante etrusca de Belona, por Artur Felisberto.

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Figura 1: Menareva etrusca.

Menarva (Menrva, Meneruva ou Menrfa) était la déesse étrusque de la sagesse et plus tard de la guerre. Elle sera ultérieurement assimilée à Minerve.

De Minerva se poderia dizer logo que se tratava da maior das Horai do harém de Minos, deusa Taura, a «macha» dos exércitos cretenses no sentido mais sublime de Heroa, a «generala» principal. Sabendo-se que a deusa Hera só veio a ser a esposa de Zeus, numa época tardia do panteão olímpico podemos incluir nesta série de variantes de nome e epítetos da deusa mãe cretense o nome de Hera que não seria senão uma variante linguística de Ker, a deusa homérica da morte grega. Assim, não é de estranhar antever nestas etimologias a possibilidade de Minerva poder ter sido literalmente a filha Hera ou ela própria.

Mas outra evidência linguística patente no nome etrusco de Mena-reva é de assim se revelar a relação da cultura estrusca com as restantes culturas ocidentais da época e todas estas com a porção ocidental da talassocracia minóica. Reva, eposa de Revê, era a Ré, esposa do Réu no mundo galaico-lusitano.

Reva (Reae, Reua, Reve Aharácui) – É uma manifestação feminina do deus REVE. O seu carácter Feminino é Reua, o seu carácter masculino é Reue. Tanto personifica a Mãe deusa da vida e da morte como protege os homens e é o protector dos mundos. Reve (Reus, Revs, Reue, Rauue, Reo) – É a divindade mais importante de todo o Panteão supranacional Galaico-Lusitano original. Ele personifica, como o Grande Espírito masculino da Natureza que protege os homens e os mundos.

Obviamente que estes deuses supostamente genéricos, universais e supremos seriam na Lusitânia o que o deus Rá seria no Egipto. No entanto, as vicissitudes do nome de Menareva / Minerva devem ter passado também pelo nome da grande deusa grega, esposa do deus supremo, que foi Hera.

A verdade é que Hera seria uma deusa pré-hilénica que seria originalmente Heruwa, a protectora, obviamente que por ser aguerrida como soem ser as deusas leoninas da vida e da morte.

Helma - "teutónico (helm). “Elmo, protecção." Helga - "teutónico (halag). sublime, sagrada, religiosa." Heloísa - teutónico. guerreira famosa.

Her > Hel + ma > Helma, lit. mãe guerreira!

Kur-ka > Kurwa > Kyrwa > Herwa (> «erva»!) >

Her-u-wa < *Her-uska < Her-usha > Heluisha > Heloísa.

                                      > Helga.

Obviamente que Helma era a mãe de Hermes.

Kurwa =  In polish language it means: "fuck" or "bitch", means 'whore" from Yiddish "curveh". The Holy Qurbana of Addai and Mari belongs to the Chaldean liturgical family. (…) The Syriac word Qurbana (also spelled as Kurbana) is cognate with the Hebrew word Korban (קרבן). Korban (קרבן) (plural: Korbanot קרבנות) is a Jewish practice of sacrifice or offering, usually that of an animal. It is known as a Korban in Hebrew because its Hebrew root K [a] R [o] V (???) means to "[come] Close (or Draw Near) [to God]", which the English words "sacrifice" or "offering" do not fully convey.

"Curveh" < Kurwash > Kurwa + na, lit deusa Kurwa

= Kur-| wan, lit “o monte de Vénus” | > Egipt. Benben, o monte da aurora e da luz (Fan-os) primordial.

Kurka < Kurska < Kuriska < Kurish ó Iscur ó Istar, a “puta divinal”!

                                             > *Ker-tu.

No rito caldeu (ou siríaco oriental) a missa chama-se Kurbana. A relação do termo Kurwan com os ritos sacrificiais, que ainda perduram no santo sacrifício da missa católica, reporta-nos, na sua arcaica etimologia, para os cultos matriarcais e taurinos em honra da Grande Deusa Mãe mediterrânica das cobras cretenses, a Sr.ª *Ker-tu dos montes da aurora onde estrategicamente se ergueram os primeiros castros e cidades.

 

Ver: KARTU (**)

 

Sendo pré-helénica teria existido nos tempos minóicos e logo, será aceitável que tivesse existido uma protectora das cidades cretenses parecida com *Min-Heruwa, até porque os etruscos a conservaram literalmente com este nome, nome do qual derivou o de Minerva.

Kali < Kari < Karu < *Kaur < Kur > Kyr > Ker ó *Ker-tu

=> Ish-tar, Ash-Hera º Tur-an.

Meaning of the name "Menerva": "gifted with knowledge/wisdom" (*me-nes-Fa). Other forms attested of the Etruscan name: Menrva, Merva, Mera, Meneruva, Meneruca.

                                                                                  > Maura > Moira.

                                              > Me(n)rva > Merua > Meura > Mera.

Minerva < Etrusc. Menrva < Menarva < Meneruva < Men-eru-ka

> Meneruwa ó Minerufa ó Menrfa.

< Min-Her-uxa ó Mean-*Kertu.

 

A existência destes nomes, da época minóica, podemos reconhecê-los na antroponímia micénica como em Mémnon, Agamemnon, & Clitemnestra.

Clitemnestra ou Clitenestra (em grego: Κλυταιμνήστρα) era, na mitologia grega, esposa de Agamemnon, líder dos exércitos gregos em Troia. A bela rainha era irmã gêmea não-idêntica de Helena, de Castor e Pólux, e filha de Leda com Tíndaro.

Clitenestra < Clitemnestra < Κλυται- | μνήστρα = mnestra

< Min-estra < Min-Ishtar ó Min + Hator.

Kali < Kari < Karu < *Kaur < Kur > Kyr > Ker ó *Ker-tu

=> Ish-tar, Ash-Hera º Tur-an.

Meaning of the name "Menerva": "gifted with knowledge/wisdom" (*me-nes-Fa). Other forms attested of the Etruscan name: Menrva, Merva, Mera, Meneruva, Meneruca.

                                                                                  > Maura > Moira.

                                              > Me(n)rva > Merua > Meura > Mera.

Minerva < Etrusc. Menrva < Menarva < Meneruva < Men-eru-ka

> Meneruwa ó Minerufa ó Menrfa.

< Min-Her-uxa ó Mean-*Kertu.

Do mesmo modo que o nome de Clitemnestra nos ajuda a compreender a primeira parte do nome de Minerva o nome da deusa Hator ajuda-nos a entender a última porção. Se uma das propostas de leitura dos hieróglifos do nome egípcio de Hator era Hwt-Hrw, e como a este nome faltam seguramente as vogais, como era comum na ortografia semita, temos então que o nome egípcio da Hator era *Hiwete Herwa.

Hwt-Hrw = Hiwete-Herwa[1] < | Kiket < Kiki-at | Herka

> Kaher < Ka-ker > Ha/Na-Ter > Hathor.

Portanto, a verdadeira leitora do nome de Hator seria a Vaca (*Herwa) Hivete, ou seja, Isis.

Assim sendo tanto Minerva era a vaca sagrada do grande boi Minus quanto Hera foi uma mãe vaca.



[1] Kiki-at, a vaca na herva?

Obviamente que foi Hera que veio a ser desvirtuada de Deusa Mãe primordial matriarcal por excelência que foi, enquanto deusa das cobras cretenses até final da época do bronze, para poder vir a servir de esposa a Zeus a quando da transformação ideológica do patriarcado da idade do ferro. No entanto, a deusa Hera não veio a ter esta transformação no panteão romano mas mesmo assim acabou filha do deus supremo patriarcal, na tríade capitolina. O interessante é que terão acontecido várias reviravoltas na mitologia itálica pois Juno terá permanecido como deusa suprema desde o tempo em que foi esposa de Jano enquanto Minerva, que seria uma variante de Juno noutro qualquer panteão, acabou filha desta e mais tarde identificada com Atena.

Helvécia - na mitologia latina é a vestal morta por um raio. Hélvio < latim.=  castanho, pardo, escuro."

O nome da Hélvécia e seguramente o nome duma antiga deusa dos Alpes.

Hel-We-Tia = Deia Helwe ó Deusa Heruwa.

Helwa < Halwa > «Alba» > Alp > Alpes.

Seria de esperar que uma deusa dos Alpes fora uma deusa branca mas pelos visto o adjectivo latino helvico apontar para uma tradição de deusa escura como a noite que era apanágio das deusas virgens primordiais, tanto deusas da nocturna morte negra como da branca e auspiciosa aurora. No entanto, com o tempo estas deusas acabaram também deusas das brancas montanhas da morte.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.

“Transforma-se o amador na coisa amada”...

...o sentido das coisas no seu contrário!

Na verdade, Minerva foi identificada pelos latinos com Atena desde muito cedo o que em si mesmo pouco significa pois acabamos de referir outros equívocos em traduções míticas por mera equivalência tomados funcionalmente e de forma superficial!

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Figura 2: Tríade capitolina, herdada dos etruscos.

Não parece ser o caso de Minerva / Atena porque se prova que surgiram dum fundo mítico comum. De resto, sendo Minerva um dos elementos da Tríade Capitolina seria de esperar que os latinos conhecessem bem a personalidade da sua patrona que não iriam identificar com a mais que reconhecida Atena antes de terem disso a certeza.

Minerva Medica. Deusa dos médicos e da Cura. Deusa dos artesãos, da sabedoria e das artes em geral. Era comparado com a Deusa grega Atena. Um elemento da Tríade Capitolina. Minerva é a deusa de sabedoria, comércio, artes, e a inventora da música. Ovídio chamou-a "deusa de mil trabalhos" como era um dos epítetos de Estar, a deusa duma miríade de ofícios! Os romanos celebraram a sua adoração de 19 a 23 de Março, durante o Quinquatrus, o feriado dos artesãos.

Claro que Atena se parece, em alguns aspectos com um parédro de Hermes (wisdom, commerce, crafts) / Apolo (goddess of physicians and the inventor of music). A verdade porém é que teremos que ver nesta indefinição de funções míticas, até certo ponto permutáveis, o indício de que Atena seria uma variante de Inana / Ishtar, a filha de Enki que embebedou o próprio pai com cerveja, como Isis fez com Ra, para lhe roubar os segredos dos mês.

Atena foi sem dúvida, como se demonstrará noutros contextos, a evolução jónica da deusa mãe das cobras cretenses em contexto pós minóico, sobretudo na medida em que, mitologicamente, absorveu e incorporou psianaliticamente, ao ter mandado o herói jónico Perseu matar a Medusa, os aspectos positivos que outrora eram apanágio da deusa mãe primordial, a deusa das cobras cretenses.

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Figura 3: deusa compósita com os atributos de Minerva, Isis & Fortuna.

A deusa da Fortuna, derivada de *Kertu, foi particularmente adorada em Tunis o que deixa a suspeita de que foi uma variante de Tanit. Esta deusa púnica foi seguramente, enquanto deia caelestis, uma variante de Anat / Atena. De facto, Anat seria literalmente apenas a “filha do Céu nocturno”! Isis, como se verá adiante, foi uma virgem negra que embriagou Ra, afinal Enki / Urano, para lhe roubar o nome secreto, como Inana / Istar fez para roubar ao deus do céu os mês das tábuas do destino, ou seja as malhas com que se tecia a fortuna dos mortais.

Assim, esta figuração compósita mais não fez do que retomar, de forma intuitiva, a tradição comum dos paganismos antigos que o helenismo obrigou a reencontrar. Quando Ovídio lhe chamou "deusa de mil trabalhos" recordamo-nos do epíteto de Inana, a “deusa duma miríade de ofícios” pelo que, neste aspecto, Minerva se coloca na mesma tradição de deusas guerreiras e esforçadas de que derivou Anat/Atena. De resto, Inana foi literalmente a rainha do céu como Atena e como deve ter sido Minerva enquanto único elemento feminino da tríade capitolina que, além dela, tinha ainda Júpiter e Marte. Se Inana foi Istar e estas evoluções de Atena/Minerva então só deixaram de ser deusas do amor por conveniências, entretanto surgidas na evolução dos costumes que, devido à função permanente dos exércitos, tornou necessária a profissionalização da prostituição que veio a ter Afrodite / Vénus como patronas próprias no mundo clássico!

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Figura 4: Minerva de Arenzo.

Menrva [Minerva, Athena, Sarasvati] The Etruscan Trinity: Tin, Uni and Menrva. Her Gift is Prudent Intelligence, and she protects Industrious People, Commerce, and Schools.

Mean [Victoria, Nike, Vacuna], a very Ancient Goddess, brings Success in Armed Conflict, in Protecting the Fields, and in Striving of all kinds.

Doutro modo a equação de relações semânticas e étmicas permitiria propor que:

Ishtar = Afrodite

= Sarasvasti

= Minerva = Atena.

Ora bem.

Supõe-se que «minério» viria da «mina» < ast. mina < Gaul. * meina, metal bruto. Possivelmente nem teria sido preciso ir buscar o minério à Gália porque já andaria por cá em torno dos cultos bélicos de Minerva.

Na verdade a «mina» serve para procurar o «minério» serve para produzir metal e este para fabricar armas que são utilizadas prioritariamente nas guerras como é costume ou seja como corresponde a uma regra civilizacional geral: as tecnologias revolucionárias começam a pretexto de vantagens tácticas militares. Assim sendo, o mais provável será que «mina» é que retira o nome de «mineral».

«Metal» < Lat. Metallu < Ma-Tal-lu, lit. «homem da mãe *Tala».

«Mineral» < *Min-Hera-lu ó Minerva.

Tal pressupõe, como se infere doutros contextos, que *Tala foi Hera. Do mesmo modo se infere que Minerva teria sido filha de *Min-Hera.

Dito de outro modo, Minerva era, em fonética latina, a etrusca Menrva que era, por sua vez, uma espécie de deusa compósito formada por Minerva = Mean (“Mãe do céu” = Atena Niquê) + Harpia, seguramente uma invocação litúrgica relativa ao papel de Minerva enquanto génio alado (Hárpia) da vitória dos exércitos etruscos.

Minerva < Etrusc. < Menarva < Men-rva > Men-rfa.

                < Min- | Herwa >  *Herka > Herpha, lit. a Harpia de Minos”

                 ó Erwi-m(i)na > Iber. Aervina / Aerbina > Erbina > Irbi.

Erbina (Erbine Iaedi) era uma Deusa Igaeditana adorada no interior e nos campos da Lusitânia. Bmervasecus era um deus galaico de que nada se sabe.

Bmervasecus é quase seguramente o resultado de um teónimo muito mal epigrafado que seria M(i)nerva-secus.

Dito de outro modo, Minerva expõe a suspeita de que Atena foi outrora uma da Gorgonas na medida em que as harpias são uma variante fonética daquelas!

Gorgonas < *Kaurki-An > (An) *Karki > Harphi > Harpias.

Foneticamente Athian e Diana (< Thiana) seriam o mesmo nome! No entanto, a Atenas foi dada analogia com a romana Minerva o que só prova o quanto a tradição mitológica andou com o nome dos deuses aos tombos, ora por relações funcionais de origem étmica distinta ora, pelo contrário, por mera sugestão étmica ainda que funcionalmente distintos na origem.

 

Ver: GORGONAS (***), KALI (***), KIME (***), MAAT

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