Figura 1: Hércules & Nereu ou Tritão.
Os seres iniciadores, portadores de civilização e de tecnologia sempre vieram do mar, na Babilónia (Oanes), na América (Viracocha / Kukulkan / Quetzalcoatl), na China (Dragões) Fuxi ou no Japão (Kappas). E assim seria também nos tempos arcaicos no mar egeu em que quase todos os deuses do mar eram zoomórficos aparentados com o golfinho.
Ver: ANTIGOS DEUSES DO MAR EGEU (***)
Todavia, na civilização clássica, as entidades marinhas são normalmente maléficas, já que o mar é o domínio de Poseidon / Neptuno, um deus irascível, colérico e violento, como todos os seus rebentos: Polifemo, tritões, ninfas marinhas, etc.
Figura 2: Cila.
Polyphemus (grego: Πολύφημος), é um Ciclope, o filho de um-só-olho de Poseidon e Toosa.
En la mitología griega, Toosa (en griego Θοωσα) era una ninfa marina hija de Forcis y Ceto y hermana de las Gorgonas. Fue una de las amantes de Poseidón, de quien engendró al cíclope Polifemo. Probablemente fuera una diosa de las peligrosas corrientes marinas y se le concibiera como una mujer sirena con una cola serpentina de pez en lugar de piernas, de forma parecida a sus hermanas Escila y Equidna.
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O aparecimento de monstros vindos do mar passou a representar um castigo enviado pelos deuses: vejam-se Hipólito morto por um monstro marinho, Andrómeda oferecida a um monstro, antes de ser salva por Perseu, Hércules matando o monstro e salvando Hesíone, etc.
O mar era todo ele povoado de monstros, evocados desde Homero (o monstro Cila) e validados por filósofos e geógrafos clássicos: “Na Líbia”, escreveu Aristóteles na sua Historia Animalium do século IV a.C., “as serpentes são de grandes dimensões. Os marinheiros que navegam ao longo dessa costa, contaram que viram os ossos de muitos bois indubitavelmente devorados por serpentes. E quando se afastaram com os seus navios, foram atacados pelas serpentes, algumas das quais se lançaram contra uma trirreme.” O pouco probo Plínio refere enormes “peixe-serra” de 200 côvados (100m) e “baleias” de 4 ares (8000m2).
De entre todos os habitantes do mar, foram as baleias que mais se figuraram como seres capazes de devorar navios e homens.
LEVIATAN
"S.H. Hooke, in his excellent Middle Eastern Mythology, tells us that the Leviathan mentioned in Job, and elsewhere in the Old Testament, is the Hebrew name given to the Serpent Tiamat, and reveals that there was in existence either a cult, or scattered individuals, who worshipped or called up the Serpent of the Sea or Abyss. Indeed, the Hebrew word for "abyss" that is found in Genesis 1:2 is, Hooke tells us, "tehom", which the majority of scholars take to be a survival of the name of the chaos-dragon Tiamat in the Hebrew text. It is this Tiamat or Leviathan that is identified closely with Kutulu or Cthulhu within the pages of the Necronomicon, though both names are mentioned independently of each other, indicating that somehow Kutulu is the male counterpart of Tiamat, similar to Absu."--Simon, from the introduction to Necronomicon (1977) -- [1]
> «cometa»
Tehom < Tekom < Kaum-te < *Kaum-et > Tiamat.
Se Leviatan era Tiamat então Kutulu era Enki e, então ainda:
Leviatan < Rewi-Athan < *Urkiatan, lit. “o animal feroz (urça) de Anat.
*Urkiatan = Ki-at-Ur-Anu > Kutauluan
< Kutulu + An < Kikuro < *Kiphura. Outra leitura seria:
*Urkia-Tan, lit. “o animal feroz (Urça) com forma de cobra”.
Figura 3: Representação num túmulo cristão do episódio bíblico de «Jonas e a baleia». O facto a figura da baleia estar longe de qualquer semelhança com a realidade implica uma certa continuidade semiológico com parte da sintaxe mítica escultural pré cristã. Neste caso, a baleia continua a ser o dragão aquático tricaudato conotado com o tridente de Neptuno, «o deus da cobra d´água». Porém, será que o próprio episódio de Jonas não envolve um apelo a arcaicos mitos relacionados com Enki, o deus peixe, pai de Adapa = Oanes < Uanes > Janus > Jonas, considerado o pescador dos deuses?
O Livro de Jó, capítulos 40 e 41, aponta a imagem mais impressionante do Leviatã, descrevendo-o como o maior (ou o mais poderoso) dos monstros aquáticos. No diálogo entre Deus e Jó, o primeiro procede a uma série de indagações que revelam as características do monstro, tais como "ninguém é bastante ousado para provocá-lo; quem o resistiria face a face? Quem pôde afrontá-lo e sair com vida debaixo de toda a extensão do céu? Quem lhe abriu os dois batentes da goela, em que seus dentes fazem reinar o terror? Quando se levanta, tremem as ondas do mar, as vagas do mar se afastam. Se uma espada o toca, ela não resiste, nem a lança, nem a azagaia, nem o dardo. O ferro para ele é palha, o bronze pau podre".
Leviatan = In the Bible, term used to designate an enormous, scaly monster. The term is usually taken by biblical scholars to apply to the crocodile, except in Psalms 104:26 and Job 41:1-8, where it is taken to mean “whale” or “dolphin”, because the animal is there described as living in the sea. In Isaiah 27:1, it is described as “the twisting serpent”. Reference to the term is also made in 2 Esdras 6:49-52.[2].
Leviathan: Another Name for Lotan or Tannin.
Lotan: This may be another story like Apophis, Zu, Asag, and Leviathan where it is not an actual creation story, but still involves the same energies, with Baal and Lotan fighting for supremecy. It is representative of rough winter sea-storms which calmed in the spring and which were preceded and accompanied by autumn rains (represented by Baal) which ended summer droughts and enabled crops to grow. Lotan is a seven headed serpent defeated by Baal with the help of Mavet. Anath also claims a role in the defeat of the Serpent. Also known as Tannin or Leviathan.
Leviatan < Rewi-Atan < *Urkia | > Orca |-tan + nin <= Nin Tan.
> Leuiatan > Lauatan > Lotan.
Levia-tan < Keliha | < Galyha < Glaukia | -Tan, cobra de Glauco.
Ver: GLAUCO (***)
A SERPENTE DE BRONZE
The Hebrew word nachash is the generic name of any serpent. (…) According to BDB it is perhaps from an onomatopoetic nachash, "to hiss." It may be akin to the Arabic chanash, which means "snake" in general, or especially the black snake. (…) Also nechosheth, "copper" or "brass"; and nechushtan, "Nehushtan," the brazen serpent (2 Kings 18:4). But BDB derives the last two words from a different root. – International Standard Bible Encyclopedia.
É difícil de aceitar que a etimologia do nome judeu da serpente nachash sobretudo dando conta que em sâncrito a serpente é naja que etimologicamente derivará da mesma fonte das línguas semitas que era o sumério porque seria tão simplesmente o nome da deusa “senhorita” Anasha ou Anat.
Anat era uma deusa do Amor como Afrodite e relação das cobras com as senhoritas divindades do amor perde-se nos tempos em que os cultos de fertilidade e de morte e ressurreição pascal identificavam o pénis dos deuses machos com a cobra e o acasalamento destas num divino hierogamos, criador de todas as coisas. A relação da cor esverdeada das cobras com o bronze e com Afrodite podem ser procuradas na etimologia do nome de Afrodite Cipíria.
Ver: AFRODITE, A DEUSA POLIMORFA (***)
Exodus 4: 3 Lança-a ao chão. Moisés assim fez e a vara tornou-se em cobra e ele até fugia dela. Então o Senhor tornou a dizer-lhe: Pega-lhe pela cauda. E a serpente tornou-se em vara de novo. (…)
2 Reis 18 - 3-8 Ezequias fez o que era recto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera David, seu antepassado. Tirou os nichos das colinas, derrubou os obeliscos, quebrou os vergonhosos ídolos de Asera, destruiu a serpente de bronze que Moisés fizera, pois que o povo até então lhe oferecia incenso queimado, chamando-lhe Nesustan; ainda que o rei Ezequias lhes tivesse dito que não passava de uma simples peça de bronze.
4-5 O povo de Israel voltou para o monte Hor e dali continuaram para o sul, pelo caminho do Mar Vermelho, em vistas de contornar a terra de Edom. O povo estava muito desencorajado, e começaram a lamentar-se contra Deus e a murmurar contra Moisés: Porque é que nos tiraram do Egipto para virmos morrer aqui neste deserto? Não há nada que comer aqui, nada para beber, e já aborrecemos este insípido maná.
6 Então o Senhor mandou serpentes venenosas por entre eles para os castigar; muitos foram mordidos e morreram.
7 O povo chegou-se a Moisés e exclamou: Pecámos porque falámos contra Jeová e contra ti. Ora ao Senhor para que afaste estas serpentes. Moisés orou pelo povo.
8 O Senhor disse-lhe: Faz uma imitação em bronze de uma dessas serpentes e põe-na no alto duma vara; quem quer que tenha sido mordido ficará vivo se simplesmente olhar para ela!
Assim, sem grande espanto verificamos que o monoteísmo de Moisés seria suspeito porque a par do deus do fogo de origem sinaítica que era Iavé, Moisés adoraria Ashera, o tronco da lenha que mantém o fogo, e a cobra da divina sabedoria. Obviamente que a tradição judaica contra a idolatria só começará com o regresso da babilónia sob a influência do masdeísmo persa.
18: 3-8Ezequias fez o que era recto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera David, seu antepassado. Tirou os nichos das colinas, derrubou os obeliscos, quebrou os vergonhosos ídolos de Asera, destruiu a serpente de bronze que Moisés fizera, pois que o povo até então lhe oferecia incenso queimado, chamando-lhe Nechustan; ainda que o rei Ezequias lhes tivesse dito que não passava de uma simples peça de bronze. -- 2 Reis
According to Immanuel Velikovsky, the Temple of Jerusalem contained a brazen serpent (Neshusshatan from Nachash, "serpent" and athan, referring to the monstrous nature of the beast) which was destroyed by Hezekiah. The serpent was the great god of Phoenicia and Carthage.
O nome do herói irlandês Nechtan permite-nos a ligação entre os irlandeses e os povos do mar por intermédio duma estranha referência bíblica.
Athan tem tanto de conotação monstruosa como a bela Atena, o que nos deixa de pé atrás em certas divagações etimológicas! Athan apenas nos reporta para um deus do fogo de que Atena/Anat foi o protótipo.
Quanto a Neshussh vir de Nachash é bem possível que seja a inversa a ser a verdadeira. É obvio que a opinião de Immanuel Velikovsky é secundária à da própria bíblia pelo que podemos aceitar que Neshusshatan é uma qualquer variante mal decorada de Nehushtan com sibilâncias serpentinas em superabundância. Aliás, os erros de análise vão ao ponto de se ignorar que o termo que significava cobra no corredor sírio era tan.
Então, o mais provável seria:
Nehushtan = Nehush-tan
Ora bem, a evidência fonética aponta para:
Nehush < Enk(i)ush, lit «filho de Enki».
De facto todas as cobras míticas têm que ver com Enki, e, é claro, mais remotamente com Ki, a Deusa Mãe das cobras cretenses!
< An-Chu-(ush) < An-Zu ó Enki.
Neshussh-atan = Nachash + Athan.
> Nexus ó Lat. nexus < necto = ligar, amarrar, juntar, unir, etc. =>• (ant.) aquele que, entre os Romanos, servia como escravo do seu credor até saldar a dívida. > Grec. nexas > nédias > nees > naus = «nau»ó neusis = inclinação, tendência (< neuô).
Assim, a análise comparativa dos rastos semânticos deixados no latim e no grego permitem inferir que Neshussh teria uma conotação marítima óbvia relativa ao deus do mar Enki. Pelo tom das relações semânticas Neshussh seria uma grande nau e Neshussh-atan seria a cobra esculpida na proa como o dragão dos navios vikings. O nexus latino derivaria do acto de amarração das naus enquanto o grego conservaria ainda o étimo em estado quase puro com a conotação de «nau», ou grande navio da época do dilúvio!
No Egipto, as cobras são mesmo símbolo de deusas e então talvez encontremos o elo perdido desta ligação.
Uadjit (Wadjet, Udjat) é na antiga religião egípcia a deusa padroeira do Baixo Egito (o que correspondia à região do Delta do Nilo). O seu nome significa "A verde" (cor das serpentes) e "A da cor do papiro" (numa alusão à planta do papiro, que teria sido por ela criada e que era a planta heráldica do Baixo Egipto). O nome desta deusa pode também ser escrito como Uto ou Edjo.
Uadjit começou por ser uma deusa ligada à vegetação tendo se transformado numa deusa da realeza. Representava o Baixo Egipto sendo frequente surgir com a deusa correspondente do Alto Egipto, Nekhbet. Esta deusa foi integrada na lenda de Osíris, na qual é ela quem toma conta do pequeno Hórus, escondido nos pântanos do Delta, o qual alimentou com o seu leite, enquanto Ísis procurava por Osíris.
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Ver: KAFURA (***)
*Kau-Chu-tu > *Wauthjuthu > Wadjit > Wadjet > Uadjoth => Udjo / Edjo.
(*Kau)-Chu-tu => Buto < Wuto < Phi-tu < *Ki-at < Ki-Uto.
Edjo < Eudjoth < Udjat < Wadjet < *Kau-Chu-tu < Kaku-ash > *Kaphiat º *Nephiot < Anphiot <= An Ki Uto [3] -
No sul do Egipto, a contrapartida desta deusa era Neheb.
Neheb ó Nekhbet < Nehi-bet <= An + Ki + bet (< aba-et = lit. filha?)
Aceitando que muitas variações regionais de nome de deuses resultavam de meras variações dialectais Nehep pode ter sido Nebet com uma arcaica variante *Nephiot comum ao delta e ao sul do Nilo!
O próprio Nilo era um deus draconiano conquistado pela talassocracia minóica e por isso o povo egípcio o identificaria com o dragão como os portistas identificam a sua cidade com o dragão do rio Douro.
2-5Homem mortal, vira-te para o Egipto e profetiza contra o seu rei Faraó e contra todo o seu povo. Comunica-lhes o que o Senhor Deus diz: Sou teu inimigo, Faraó, rei do Egipto - poderoso dragão, que te estendes no meio dos teus rios. Disseste, 'É meu, o Nilo! Criei-o para mim próprio!'-- Ezequiel 29:3.
Quarta filha de Nut e Geb. Irmã de Osíris, Ísis e Seth. Néftis casou-se com Seth, seu irmão. Após uma briga com o marido, Néftis fantasiou-se de sua irmã, Ísis. Osíris, marido de Íris, teve relações com ela. Dessa união, nasceu Anúbis, deus dos embalsamadores. Algumas versões contam que Néftis fora seduzida por Osíris. Seth, com suposta inveja do irmão, destruiu Osíris, partindo seu corpo em pedaços.
De Nephthys (< nephi-ash < Nephy-at) a *Nephiot o salto seria pequeno demais para não ser suspeito de se tratarem ambos os deuses da mesma entidade. Claro que esta deusa seria a ibérica Nabia, seguramente esposa de Nebo.
De facto, este elo oculto nesta inquirição sobre a origem do nome de Neptuno leva-nos até ao corredor canaanita onde o estranho deus Nebo era adorado como deus da ciência, ou seja funcionalmente equivalente de Enki.
I have heard from your father that you have been given the oath of secrecy in the rites of Nebo. For this reason I write. This letter in under the sign of the double snakes, Cobra and Viper. The god of speech and the god of letters, the god of science.[4]
Ora, é fácil ir de Nephioth a Nebo sem nos perdermos nos enleios dos cultos ofídios.
Nephioth > Newioht > Naboth > Nebo.
Se a forma Nachash ainda significava cobra então estamos no rasto do étimo Nephiot em conotação com outro nome diabólico que era Leviathan.
Com outras voltas levar-nos-ia à «baleia».
Tapkina < Taw(a)-kina < Ta-wa®kina < *War-ki-Ana
«Baleia» = arc. balena < Warahina < *War-ki-Ana
> Wali-thana < Lewi-Athena < Leviatan.
Lotan era então o mesmo que a “Hidra de sete cabeças” destruída por Hércules! Um monstro semelhante foi destruído por Marduque na sua guerra cósmica com Tiamat. Tudo isto faz pressupor que:
Marduque º Baal º Hercules.
Tiamat º Mavet º Hera (> Ker)
«Tanino» < Fr. tanin < Gaul. Tann, carvalho < Tan-Nin??? substância adstringente que se encontra na casca do carvalho, do eucalipto e noutros vegetais e empregada na indústria de curtumes e na produção de corantes e tintas.
Leviathan < Leua-Tan > Lautan > Lotan.
ó Nin Tan > Tan-Nin > «tanino e daninho».
=> Tan-et > Tanite.
De facto, em comparação com outras lendas e mitologias fica mais fácil de entender que Leviatan corresponde ao mesmo mito de todos os monstros marítimos lendários desde os dragões do mar até ao monstro do lago Ness, e que correspondem afinal ao mito sumério das cobras de água do mar primordial que era Enki.
Ver: GIGANTOMAQUIA (***) & TIAMAT (****)
OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES E O ZODÍACO (***)
TAVERET (***)
Jormungard, segundo filho de Loki com a gigante Angrboda, Jormungand tem o aspecto de uma gigantesca serpente. Que de tão grande que ela é poderia recobrir o mundo inteiro. Ainda jovem teve vários desentendimentos com Thor, tornando-se seu pior inimigo. Quando Loki foi castigado por não ter pedido a volta de Balder, Jormungand foi também aprisionada em um enorme fosso no fundo do oceano em Midgard (o plano material da mitologia nórdica). Quando a serpente se agita, tentando escapar, são produzidas as ondas. Durante o Ragnarök, ela se libertará e cobrirá o mundo com seu veneno. – Vikpédia.
The mythological predecessor of the Serpent is the Sumerian god Enki, "Lord Earth," the Babylonian Ea, the god who rules the Earth and with it the lives of all creatures. The ancient Semites associated the serpent with the Moon-god, perhaps for its power to rejuvenate itself.
Nudimmud = Sumerian name of Ea as a creator-god.
Nudimmud
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Nu
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di(m)
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mu
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-d
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Njord
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N(u)
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-jor
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-d
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Jormungard
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Jor
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mu
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-n(e)-gar
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-d
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Nu
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di
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Jor
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Mu
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N(e)-Gar
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-Th
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Anu
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Ki +
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Kur
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Mu +
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Ne-Gal +
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tu
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DRACON
Figura 4: Uma reconstituição dum draker viking. Notar a forma do casco em copos-de-água com cabeça anterior de dragão e cauda de serpente enrolada!
Se o deus dos Filisteus era Dracon, literalmente dragão, talvez tenha sido uma má tradução bíblica por equivalência do nome do herói irlandês Nechtan que à época dos Danes era um deus, tal como os povos do mar seriam aqueles povos descritos por Platão como tendo vindo do fundo do atlântico ou seja parentes dinamarqueses dos Irlandeses. Outra hipótese seria aceitar que Dracon tenha sido um teónimo de que surgiu o nome dos barcos vikings (drakar). Ora o perfil dos Drakares era uma autêntica serpente alada! A razão pela qual os judeus não conseguiram ver neste nome um arcaísmo do nome do deus serpente fenício Basilisco (ou até mesmo de Nebo) e, ainda muito menos, da cobra Nechustan de Moisés reside na improbabilidade prática de os povos conseguirem ultrapassar os seus preconceitos culturais! Ou seja, os ditos povos indo-europeus conservavam um antigo nome da serpente das águas primordiais que cercava o mundo e que os judeus semitas já haviam decidido esquecer com a perda do paraíso, por causa do parricídio fundador da humanidade. O incesto colectivo que se lhe seguiu ficou envolto em tal culpabilidade que foi necessário condena-lo na forma já que a mentalidade profundamente endogâmica de povo eleito dos israelitas o não facilitava em acto!
Pois bem, esta mito cosmológico da serpente que cercava os confins dos mares foi o responsável pelos medos tremendos dos antigos navegantes que não se aventuravam a afastar-se da costa com receio de serem devorados por este ser cuja justificação natural, se a houve, terá sido a baleia ou um qualquer outro monstro ou dinossauro, hoje fóssil mas, quem sabe, se ainda andaria raramente presente nos tempos do alto paleolítico a justificar o mito dos dragões!
E voltamos a encontrar o conceito da serpente emplumada, de que Tiphon foi uma das variantes, nas civilizações centro americanas.
Estamos agora em condições de compreender os mitos do dragão de S. Jorge e outros descendentes directos de mitos muito mais arcaicos como os dos combates de Marduk/Assur against Tiamat, Zeus against Typhon, Apollo against Python.
In Hindu mythology, Varuna is a thousand-eyed god who sees all that happens in the world”
...o que faria deste deus o representante védico, digno do deus da sabedoria. Foneticamente Varuna tem pouco a ver com Enki/Eia.
Porém, como existem fortes suspeitas semânticas de que Varuna deriva do mesmo mito que deu origem ao deus Urano dos gregos, estamos em condições de verificar que, cerca do sec XV a. C, ou seja quando se deu a separação destes povos indo-europeus, Varuna seria um epíteto de Enki enquanto deus da guerra ou, pelo menos, existiu nesta altura um movimento que tendia a transformar este deus primordial em deus guerreiro.
Varuna the archetype of Ouranos as the sky-god — is also castrated and thrown down into the Ocean, of which he became the lord. Varuna is an archetype of Poseidon, and it is likely that Poseidon was the earlier sky god defeated and deposed by Zeus, his dual and elder and enemy.
Varuna era assim um deus de marinheiros como Poseidon / Enki.
A inferência de que Dagon seria um epíteto de Enki pode obter-se por conotação com outras mitologias.
Ver: DAGON (***)
Na verdade, se...
”Dagda was the Celtic equivalent of Cronus. Also called Cian.”
Independentemente do facto de pouco sabermos da etimologia do nome Dagda (< *Drac-?) é facil dar conta de que Cian só pode ser Kian o que nos reporta para o mito de Enki, tanto mais que o suspeito semantema draconiano do nome deste deus celta nos reporta também para o mesmo deus das águas primordiais. Se, esquematicamente, Enki pode ter sido o deus equivalente de Urano, o deus pai do céu, Kian poderia corresponder ao seu filho Crono não ignorando os tombos de protocolo que os deuses levavam com o tempo e as distâncias da propagação mítica.
Porém, a relação pai/filho de Urano e Crono pode ser o resultado dum remanejamento das genealogias divinas levadas a cabo pelos hititas, seguramente em resultado do facto de já se encontrar então perfeitamente estabelecida a diversidade fonética entre estes dois teónimos. No entanto, originalmente Crono e Urano teriam sido a mesma divindade.
< Karuna < *Kaurano > Corano > «Corno» > Crono.
Varuna < Waurna < War Ana < Kaur An
> Wauran > Ouran(os) > Urano.
Adiante se verá que este movimento revolucionário decorrente das instabilidades sociais que se sucederam à queda da talassocracia cretense com a explosão de Santorini e que marcaram o início da idade do ferro e levou ao aparecimento dos deuses Kauran entre os supostos povos indo-europeus da periferia dos povos mediterrânicos (possivelmente serranos proto-hititas da região da Arménia) e portanto ao aparecimento dos deuses olímpicos e jupiterianos.
Algumas correntes cientologistas pretendem ver nestes mitos referências a uma catástrofe cósmica do princípio da idade do bronze relacionado com a passagem dum grande cometa ou com a queda dum grande meteoro coincidente com a catástrofe de Akrotiri! De facto, nada obsta a que tal hipótese seja plausível na medida em que, se é certo que algo de muito grave aconteceu no sec XVI a.C. a verdade é que ao certo apenas podemos referir a explosão da ilha de Kalisté. Mas, todos estes fenómenos telúricos podem ter sido precedidos da passagem dum cometa que cabe aos astrónomos identificar. Já as alusões esotéricas a um protoplasma marciano parecem-me descabeladas demais para serem de levar a sério mesmo apenas no domínio da hipótese e sem mais indícios científicos do que aqueles que conhecemos!
Na mitologia Indiana os Kaurava, que eram os guerreiros maus, entraram em combate cósmico com os Pandeva, que eram os bons da festa, os quais acabariam por vencer no fim dos tempos.
De acordo com a mitologia nórdica,
…the first war in the world (the Vanir against the Aesir) which the Vanir won.
Ora bem, os trifuncionalistas conseguiram ver tudo neste combate cósmico, mas tudo menos a equivalência mítica patente com o dualismo mazdaista e a informação evidente de que estamos perante um relato histórico mitificado da invasão da Índia pelos indo-arianos! De facto se alguma característica parece ter uma certa invariância é o ter sido Kauran os deus dos exércitos indo-europeus numa época de reforço do poder dos deuses taurinos por volta do sec. XII antes de Cristo. Reminiscência desta cultura dominante terá sido o touro dos israelitas de Moisés.
Antes da ascensão ao poder dos deuses jupiterianos no império Hitita sob o nome de Teshub, afinal apenas o obscuro Chu, deus egípcio da guerra (e variante fonética de Kau®?) na qualidade dos deuses das tempestades e dos tremores de terra, imperavam os deuses ofídios, pelo menos em Creta, no Egipto e no corredor Sírio! Terá sido por acaso que este deus das tempestades foi escolhido também para “deus dos tremores de terra” na qualidade de “deus supremo” em voga? Claro que tal se terá devido à catástrofe de Santorini ou outra semelhante. Porém, se nos povos ocidentais de invasão indo-europeia e de influência hitita ou assíria, o deus guerreiro e taurino passou a ser o deus supremo e o deus bom que matou os monstros ofídios da terra mãe que permitiram que a idade de ouro tivesse acabado, a oriente, fosse porque as invasões tenham sido menos intensas ou eficazes, os velhos deuses ofídios acabariam por vencer por serem os bons. Quer isto dizer que a revolução taurina não chegou a vingar a oriente e que tanto o mazdeismo como a religião hindu levaram a uma ascensão da classe sacerdotal que por tradição nunca tinha abandonado os seus velhos deuses de iniciação ofídia.
Os Pandeva (< Ph/Kian-deva) eram literalmente os “deuses Pan” < Phian, ou os seus seguidores! O lado benéfico dos Pandeva permaneceu na língua grega na vertente bucólica de Pan e no conceito do Pandemos. Quando se esqueceram velhos mitos passaram apenas a ser a reminiscência da bondade duma esquecida idade de oiro, tal como aconteceu com Saturno!
Ver: TIAMAT (***)
No poema épico «Caramaru» de José de Santa Rita Durão se diz que os índios canibais da região da Baia chamaram a Diogo Alvares de “filho do trovão” e «Caramaru» que queria dizer “dragão do mar”!
O poema épico conta que o tal Diogo Álvares consegui dos índios autorização para trazer da não tudo o que quisesse e entre essas coisas um bacamarte com que matava pássaros razão de medo e respeito por parte dos mesmos índios, e do alcunha “filho do trovão”. O epíteto «Caramaru» como significando “dragão do mar” é que só fica esclarecido com a informação adicional da forma como Diogo Álvares foi encontrado.
Tendo notícia de que habitava, havia mais de duas décadas, no local, junto dos índios, um certo Diogo Álvares, o rei mandou-lhe uma carta pedindo ajuda para a empreitada. O Português que estivera embarcado numa nau francesa, Diogo Álvares conseguiu sobreviver ao naufrágio da embarcação nas imediações da Bahia de Todos os Santos, tendo sido descoberto pelos índios entre as pedras, na costa. Por causa disso, os nativos o batizaram de Caramaru, o que na língua local significava um tipo de moréia encontrada nas pedras. -- Tomé de Souza, primeiro governador-geral da capitania da Bahia
Existem nos falares caribenhos elementos semânticos demasiado comuns para que tenham passado desapercebidos aos estudiosos quando a verdade é que é possível compara-los a termos mediterrânicos arcaicos.
Para que «Caramaru» fosse sinónimo de “dragão do mar” teríamos que saber se a moreia era identificada com esse mítico animal pelos índios ou por José de Santa Rita Durão.
[1] LEVIATHAN CHAINED: The Legend of the Nephilim and the Cthulhu Mythos, by Paula O'Keefe.
[2]"Leviathan," Microsoft® Encarta® 97 Encyclopaedia. © 1993-1996 Microsoft Corporation. All rights reserved.
[3]Ver cap. dos deuses ofídios.
[4] THE PHOENICIAN LETTERS, By Wilfred Davies and G. Zur.
[5] De El Wiathan > Wothan > Wodan > Odin, deus supremo da Mitologia Nórdica suspeito de ser um deus uraniano.