terça-feira, 21 de maio de 2013

NINAZU, O ESPÍRITO SANTO DOS SUMÉRIOS, por arturjotaef.

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Figura 1: An-Zu ó Nin-Zu = Ninazu?
Ninazu - Son of Enlil and Ninlil, this god's name means "lord healer." In this capacity, it was he who was considered the keeper of the "Water's of Life" which were thought to be found in the underworld, his primary domain. He was consigned to the great below, along with his brothers Nergal and Enbilulu, as a substitute for his brother Nanna. Despite this underworld connection, he appeared to have had some agrarian ties. His son was the god Ningiszida.
Ninazu: God of Eshnunna. Temple called E-sikil and E-kurmah: "Great mountain house".
Assim sendo, existiu na cidade de Eshnunna...< Ash- Anunna… lit. “(a cidade que é) dos Anunnaki?!”.
Anunna, Anunnaki Anukki, Enunaki = Sumerian and Akkadian group term for the old, chthonic deities of fertility and the Underworld, headed by Anu. They later became the judges in the Underworld, sometimes identified with the Apkallu. Often paired with the Igigi = Sumerian term for the great gods of the younger generation, sky-gods headed by Ellil, often paired with the Anunnaki.
Ninuna < Enuna | ki < An-anu-Ki, lit. “(que é) dos senhores filhos do deus céu de Anu, e da terra, Ki?!» ... um templo denominado de E-sikil
E-kurmah = Kur + ma | sh < Chu < Zu > Ju | literalmente a “augusta montanha” ou
< *Kur-Amish, a montanha vulcânica dos “filhos da mãe”!?
< *Kur-Ma-Chu > Ker-Maush > Her-Mash => Hermes
< *Kur-Ma-Zu?
E-| sikil [1]casa da pureza”, templo purificada pelo fogo da aurora?
< Su-Kur, Sumer. lit. «monte nu»[2]
ó monte + (da) pedra erecta[3] > Sumer. Sukur[4] = «lança»
> Suhur-(Mash), «Capricórnio» < Chu-Kur < Zu-Kur, lit. “monte de (An)zu ó Sacar, o deus da aurora canaaneu?
ó Socar, o deus variante de Osíris? > Sahar [5] => (deserto do) Sará.[6]
Em conclusão, o nome primitivo de Enki terá sido Du / Ku / Gu / Pu (> Anpu)/ Chu / Zu, todos com o significado abrangente de “Filho (de Ki)”!
Para quem tivesse a veleidade de pensar que os sumérios antecederam os Egípcios aqui poderia estar um pretexto. Afinal, embora se aceite que a civilização Egípcia foi alvo duma colonização neolítica pré-histórica que detonou o começo da civilização Egípcia com a introdução da agricultura e da estrutura dinástica faraónica a verdade é que esta colonização terá surgido a partir das ilhas mediterrânicas, quase que seguramente de Creta ou do seu vasta talassocracia minóica. Sendo assim, e também altamente provável que os sumérios fossem colonos do mãe Egeu!

Ver: MINUTAURO (***)

Quem era afinal Ninazu que, por sinal, era também um deus da magia hermética? Ninazu era «*(Me)ninaço», o grande “deus menino”!
Ninazu: Son of Ereshkigal, father of Nin-Gishzida. Replaced by Tishpak as patron of Eshnunna. Babylonian god of magic incantations.
Ninazu, cujo nome significa "vedor” de água, foi principalmente uma divindade dos infernos embora a natureza exacta de seu carácter e funções não esteja claramente definida. Em Enegir ele foi considerado o filho de Ereshkigal, deusa dos infernos; porém, de acordo com outra tradição, era o filho de Enlil (acádio Bel) e Nirdil (Belit). Sua esposa era Ningirda, filha de Enki (Ea) [7].
Dito de outro modo, Ninazu era uma variante dos deuses “manda chuva” (que tendiam a tornar-se supremos em virtude da importância do seu omnipotente poder fecundador da terra) como Enlil sumério, Iscur / Adad acádico, Teshup hitita e Zeus / Júpiter dos greco-romanos. Por isso mesmo veio a seu substituído por uma variante de Teshup.
Tishpak < The-Sh(u)-phako
ó Teshup(aco), diminutivo afectivo de Teshup.
Por outros contextos sabemos que Hermes foi o deus *Kur-Mashu dos megálitos da Deusa Mãe. Sabemos que Enki enquanto deus da sabedoria foi Hermes Trimegisto, que Iscur deve ter sido um dos seus avatares, que Enki foi um deus lunar de que Nana teria sido uma das variantes nominativas e que o fariam pai de Ninazo < Nin-a(n-i)shu > Nin Anzu.
Ora bem, este deus Ninazu = Nin A(n)zu, era literalmente Ninaço, o Senhor Anzu, o anjo mensageiro de Deus que, por ter sido o deus dos encantos mágicos, viria a ter em Hermes Trimegisto na adequada evolução gnóstica. De resto, é então que melhor se entende a semântica redundante deste estranho e hermético epíteto do mensagerio dos deuses.
Trimegisto < Tyrma-Xisto < *Kur-Ama-Kiash, o deus Herme e Ptah.
ó *Kur-Ama-Ki-(a)Shu = Kur Kima-Kaushu º *Kima Pazusu. (ver Indugug, mais adiante!)
Ou seja, literalmente Nin-Azu seria quase que seguramente o Sr. Anzu.
As relações familiares de Ninaso não podem ser de confiança porque os deuses “manda chuvas” das respectivas cidades se transformavam em deuses supremos do respectivo panteão acabando por assumir filiações de conveniência política. De facto, outro nome de Ninaso seria Nibru que pode ser uma maneira de o referi como Senhor do Kur que Enki sempre foi. Só por mera distracção se ignora que Enki foi Nergal. Ora Ninaço era um deus infernal e um vedor, ou seja o que tem o saber das correntes de água subterrâneas que permitiam abrir poços de águas doces abundantes, relaciona-o com Enki com cuja filha se casou e de quem poderia ser filho se não até mesmo uma mera variante tardia. E tudo porque Enki teria sido Anzu e Zu, Xu ou Gu, de acordo com outros contextos. Finalmente, Ningirda seria esposa de *Nin-Gir-do quiçá o mesmo que Nin-Gir-su.

ANZU
Anzu (Sumério Imdugug, Zu em acádio, também Azzu): Águia de cabeça de leão, porteiro de Enlil, nascido na montanha Hehe. Apresentado como o ladrão mal-intencionado no mito de Anzu, mas benevolente no épico sumério de Lugalbanda. Frequentemente mostrado na iconografia na pose de "Mestre dos Animais". No mito babilônico Anzu, ele era o vizir do deus supremo Enlil. Um dia, quando Enlil estava-se banhando, Anzu roubou as tábuas do destino e escapou para o deserto. Aquele que possuísse as tábuas do Destino, tornava-se no regente do universo. Ea então pede à deusa-mãe Belet-Ili para dar à luz a um herói divino capaz de derrotar Anzu. Belet-Ili dá à luz a Ninurta, mandando-o então para a batalha. Depois de uma luta eletrizante, Ninurta espeta o pulmão de Anzu com uma flecha, recapturando as tábuas do destino. O épico termina com elogios a Ninurta.
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Figura 3: Anzu ou Pazuzu?
Qual Ishtar sobre os leões Aker, é seguramente uma metáfora do sol nascente esvoaçando no céu de Urano, depois de Zeus e também de Dyaus Pithar!
Anzu (Sumerian Imdugug, previously read as Zu in Akkadian, also Azzu): Lion headed eagle, doorkeeper of Ellil, born in the mountain Hehe.
Portrayed as a wicked thief in Anzu, but benevolent in the Sumerian epic of Lugalbanda. Often shown in iconography in the pose of “Master of animals”.
In a Babylonian epic, Anzu was the vizier of the supreme god Ellil.
One day when Ellil was bathing, Anzu stole the tablets of destiny and escaped to the desert. The possessor of the tablets of destiny, which Marduk took from Kingu, was ruler of the universe.
Ea then persuaded the mother-goddess Belet-Ili to give birth to a divine hero who would be capable of defeating the wily Anzu. Belet-Ili brought forth the broad-chested Ninurta. She sent him off with the words:
"Go, capture Anzu, even in flight. Go Ninurta my beloved, make a path for the whirlwinds. Inundate the earth which I have created. Let light dawn for the gods whom I created."
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Figura 4: Anzu perseguido por Ninurta, deus das tempestades.
After a long and terrible battle, Ninurta pierced Anzu's lung with an arrow, and recaptured the tablets of dest iny. The epic ends with praises for the son of Ellil.
A mitologia é mesmo assim, confusa e incoerente. Como se vê foi Ea / Enki quem convenceu a Deusa Mãe a parir Ninurta. Logo, pela lógica mais elementar, o pai deveria ter sido este! No entanto, foi Enlil quem ficou com a fama desta paternidade o que coloca a hipótese de que, sobretudo numa época em que a paternidade biológica ainda não era uma evidência cromossómica como hoje, a paternidade era antes de mais uma questão de ascendente político e uma forma de legitimação de poder hereditário por linha patrilinear em início. Foi Anzu ou Kingu quem roubou “as tábuas do destino”?
Foi Marduque ou Ninurta quem as recuperou?
Nunca o saberemos porque para lá da realidade concreta no terreno de areias movediças que era a mitologia só podemos encontrar suspeitas, aparências e virtualidades tão fugidias como espectros e fantasias.
Nin-Girsu, the god of Lagash, who was identified with Tammuz, was depicted as a lion-headed eagle. (…) Nin-Girsu, a lion slays a bull as the Zu bird slays serpents in the folk tale, suggesting the wars of totemic deities, according to one. (…) Tammuz, like Anshar, as sentinel of the night heaven, was a goat, as was also Nin-Girsu of Lagash. (…) One of the titles of Nin-Girsu was En-Mersi, which, according to Assyrian evidence, was another name of Tammuz, the spring god who slew the storm and winter demons, and made the land fertile so that man might have food.  -- MYTHS OF BABYLONIA AND ASSYRIA, Donald A. Mackenzie.
Ningirsu não era senão um epíteto reverencial relativo ao deus protector da cidade de Girso. No entanto é quase seguro que o nome da cidade não tenha surgido do nada e por mero acaso.
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Figura 2: Nin Girsu (Tammuz), which figures on the silver vase of a Sumerian King of Lagash.
Nin-Gursu and his Consort: This deity was son of Enlila or Bel, and was identified with Nirig or Enurestu. He was a sun deity. In an incantation for the Sumerian “Take a white kid of En-Mersi (Nin-Gursu)”, the Semitic translation is “of Tammuz”, showing that he was identified with the latter god.
Nin-Gir-su is the name of the god of agriculturalists, confirming this identification, Tammuz being also god of agriculture.
She (his consort, Bau) was the “mother” of Lagas, and spouse of Nin-Girsu. Like Nin-Girsu, she planted grain and vegetation, but she also also planted the seed of men, sounding like Aruru. In her character of the goddess who gave life to men, and healed their bodies in sickness, she was identified with Gula, one of those titles is “the lady saving from death”. -- Babylonian Gods, Dr M D Magee
Comme tout ce qui concerne Lagash, Ningirsu perdit de l'importance après la chute de ce royaume au XXIIe siècle, et il n'occupe pas une place importante dans la religion mésopotamienne. Ses attributs sont repris par Ninurta, divinité de Nippur, à l'origine un dieu-guerrier, qui devient alors aussi une divinité agraire, et se voit lui aussi attribuer Bau comme parèdre.
De facto, Girsu seria literalmente *Kur-Zu, ou seja, o templo montanha de Zu.
Nin-| Girsu < Kyr-Zu < Kur-Zu |.
Tamuz < Thamuz < Te-am-Zu > Thuamashu > Tiamatu
=> *Atumino / Teaminu, literalmente o filho primogénito de Tiamat.
Por outro lado, sendo Tamuz o mesmo que Girsu então seriam ambos o deus Anzu ou Zu!
Na verdade, já se tinha concluído noutros contextos que *Atumino / Teaminu seria o elo comum de todos os deuses mortais mais conhecidos de morte e ressurreição solar até Jesus que com todos eles partilha a raiz Zu.

Ver: «DEUSES MORTOS» (***)

Assim, as inconsistências mítica são a regra e não a excepção! Os deuses para estarem acima dos mortais e serem adorados por todos teriam mesmo que agradar a gregos e a troianos e serem por isso bastante inconsistentes aos olhos dos humanos que enganavam com a verdade. Quando acima se referiu que Ninurta, deus das tempestades e por isso um leão alado como Anzu, persegui Anzu para lhe retirar os «mês» não se estava senão a dizer que Ninurta era Anzu e que, portanto, sempre teve os «mês» que nunca foram roubou nem lhe foram retirados à força por nenhum deus…a não ser por pura ilusão mítica. Um deus não roubaria nem se deixaria roubar. Os humanos é que se deixam iludir pelos deuses ou pelos que se servem deles para os dominar!
Seria Anzu a Deusa mãe draconiana que progressivamente se veio a transformar na pomba do Espírito Santo?
The dove, the chosen symbol of this deified queen, is commonly represented with an olive branch in her mouth (Fig 25),
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as she herself in her human form also is seen bearing the olive branch in her hand; and from this form of representing her, it is highly probable that she has derived the name by which she is commonly known, for "Z'emir-amit" means "The branch-bearer." *
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Figura 5: Anzu, símbolo de Ninurta, o «Espírito Santo» de Enki entre uma sagrada família de veados, estranha influência do xamanismo indo-europeia no imaginário caldeu!
* From Ze, "the" or "that," emir, "branch," and amit, "bearer," in the feminine. HESYCHIUS says that Semiramis is a name for a "wild pigeon." The above explanation of the original meaning of the name Semiramis, as referring to Noah's wild pigeon (for it was evidently a wild one, as the tame one would not have suited the experiment), may account for its application by the Greeks to any wild pigeon. -- [8]

Ver: NINURTA (***)

É bem possível que Marduque e Ninurta fossem a mesma, ou equivalente, entidade tanto mais que parecem ter o mesmo papel de líder encomiástico do panteão com idêntico culto de múltiplas personalidades. A única diferença parece estar no pai que para Ninurta é Enlil e para Marduque é Enki. Então, as mesmas dúvidas de identidade relativas ao par de supostos gémeos Enlil & Enki vamos encontra-las no par de campeões da salvaguarda da ordem divina da Caldeia que foram Marduque & Ninurta.
Ora, nem por acaso o dragão de Enki era o símbolo de Marduque e a águia Anzu de Enlil foi o símbolo de Ninurta. Este mito parece ter sido de facto uma construção romanesca feita de propósito para despromover alguma a cidade cujos santuários tinham Anzu por patrono.
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Figura 6: Anzu diante de Enki.
Pero¿quién era Anzu? Hay que ver esto desde un punto histórico. En el sur, la ciudad sumeria de Ur estaba creciendo y expandiendo su poder; algo que no toleró la ciudad de Níppur (ciudad de Ninurta y En-Lil), ayudada por la ciudad de Eridu (ciudad de En-Ki), una población la vecina de Ur.
El dios de Ur era Nannar (hermano de Ninurta y segundo en la línea de sucesión real), queda claro así las razones de Anzu/Nannar, el primogénito del matrimonio oficial de su padre (En-Lil) con Nin-Lil; Ninurta a sus ojos, aunque hermano mayor era un bastardo y no tenía derecho a heredar a su padre. Algunos especulan y afirman también que Zu significa sabio; An-Zu es conocedor del cielo; si a En-Zu, el señor sabio, se le invierten las palabras resulta Zu-En = Zuen = Sin, el dios lunar de los semitas. -- Oulipo by A. Mignolo.
Nar [o músico] (643x: ED IIIa, ED IIIb, Ebla, Old Akkadian, Lagash II, Ur III, Early Old Babylonian, Old Babylonian) wr. nar "músico; cantor" Akk. na-ru.
Nan-nar < Nin-| Nar < na-ru < Urano
< An-ur, lit. Sr. de Ur, “do canto ao luar”.
Pode ter sido assim que Eshnunna passou a ter Tishpak por deus tutelar em vez de Ninazu, que afinal, se confirma como tendo sido muito possivelmente Anzu.
                                    => Pazuzu.
Anzu < An-Zu > Azzu >*Azuzu > Azzu > Azu => «aço»?
                                                              Nin + Azu => Ninazu.
Pazuzu: Mesopotamian demon of the Southwest winds, with four wings and a lion's head.
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Figura 7: Pazusu ou Anzu (Sumerian Imdugug, previously read as Zu in Akkadian, also Azzu).
Na mitologia suméria, Pazuzu era o rei dos demônios do vento, filho do deus Hanbi. Ele também representava o vento sudoeste, que trazia as tempestades e a estiagem.
Pazuzu era conhecido por trazer a estiagem e a fome nas estações secas e as pragas nas estações chuvosas. Apesar de ser considerado um demônio do mal, Pazuzu era invocado em amuletos para lutar contra a deusa maligna Lamashtu, um demônio feminino que se alimentava das crianças recém-nascidas e que acreditava-se ser o responsável por prejudicar a mãe durante o parto. Era também invocado como proteção contra doenças trazidas pelos ventos, especialmente pelo vento oeste.
Kasusu-weapon: A destructive weapon used by various gods.
Pazuzu: Mesopotamian demon of the Southwest winds, with four wings and a lion's head.
O nome Imdugug é seguramente um arcaísmo da proto-linguagem suméria que, por isso mesmo, terá feito pouca história. Mesmo assim, tentando construir uma derivação teríamos.
Imi, im, em: = clay, mud; wind; direction; weather; storm; cloud; rain. ímmen, ímmin, ímma: = to drink beer.
= to build, make; to mould, cast; to fasten; work; totality. du:= to walk; to go; to come. du12: = to sing; to perform (said of musicians); to acquire (a wife). du14: = quarrel, struggle, fight. du7:= to be finished, complete; to be suitable, fitting; to butt, gore, toss. Gud(2), gu2,4: = warrior. gud, gu4: = domestic ox, bull. gùd:= nest. gud8: = short. dug - v. to speak. Dugud: = massive; heavy; difficult, hard; weight (du7 + gud).
O termo sumério du quase parece inglês por estar próximo do inglês «to do» ainda que semanticamente esteja sobretudo próximo do luso «coisar» < coisa < lat. casum!
A relação da cerveja da espuma e com a deusa mãe da culinária primordial *Kima parece incontestável sobretudo pela conotação que esta deusa teria tido com os cumes fumegantes vulcânicos e com o fumo da Fama. Assim, aceita-se como muito plausível que o termo sumério
                    Im < ím-ma < Him-ma redundância de *Kima.
Imdugud = Im + Du-gug
                             Dugug < Thu-Kuk < *Kau Chu-zi?
Ø    Pha-Zuzu > Pazusu,
Kasusu < Ka-zuzu > Pha-zuzu > Pazuzu.
Imdugug = *Kima Pazuzu, lit. “Pazusu, a águia macho, do touro furioso da tempestade, da Deusa Mãe *Kima”!
A possibilidade de supor uma relação etimológica entre acádio Anzu e o sumério Imdugug a partir de uma equação semântica elucidativa, mas um tanto rebuscada, mostra que o próprio sumério era uma língua que em certos aspectos já revelava um elevado grau de evolução linguística, a par dum léxico ainda fortemente arcaizante!
Em qualquer dos casos estamos perante uma mitologia relativa a pássaros sagrados mensageiros dos deuses e transportadores ideais das almas porque voláteis, obviamente!
Com um pouco de sorte acabamos por descobrir o que começa a suspeitar-se: que o nome de Anzu ressoa e parece ser em português o protótipo dos mensageiros alados: os «anjos».
«Anjo» < Lat. angelu < ? > Gr. ággelos, mensageiro < An-ji-lu
< Anzu-lu.
 
 
ZU
Zu, sú: = your; yours; to know; to understand; to be experienced, qualified; wisdom. : = tooth, teeth; ivory; flint, chert; obsidian; natural glass. --- [9]
Conhecer > saber a verdade > ver à transparência > (bola de) cristal (de quartzo) > objecto precioso e brilhante > marfim!
A existência desta cadeia semântica não nos deixa dúvidas quanto à relação de Zu com os deuses da sabedoria! No entanto, como o primitivismo da linguagem suméria teria que permitir conotações semântica tão difusas e indeterminadas quanto vagas e confusas, parece, de acordo com outros autores, que este termo teve também fortes conotações sexuais.
Sumer. Zu = ardor sexual = «Cio» = (Lat. zelu < Gr. zêlos, fervor, zelo), s. m. apetite sexual dos animais em determinados períodos; • brama, berra (qual animal com cio) ; • (Trás-os-M.) «viço».
«Cio» < chiu < chilu < Lat. zelu < Gr. zêlos < zilu(s) < Zu-lu ó Zu-Ki
> *Wi-Zu > Wishu > «viço».
(= tesão ó erecção > altivez > hombridade > «rectidão») =>
Zi = honrado > justo.
*Zu-ish > Ju-ast > «justo»!
              > Zu-tu > Zitho > zith.
Zid = exacto, fiel.
Sumer. Zu = calão luso «tesão» = muito | teso < Lat. tensu, (= estendido)
< Tan-Zu, lit. “cobra fálica, porque excitada”.
Como a excitação sexual masculina se expressa pela verticalidade da erecção, que só é possível quando existe desejo sexual, temos que:
Erecção = desejo ó paixão = Amoró Amor no masculino => Erecção ó Zu. => Anzu = Amor do Sr. do céu = “Amor divino” > Anjo do Senhor!
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Figura 8: Zeus e os seus anjos mensageiros, Hermes e Íris.
O Espírito Santo que, de acordo com o credo católico «emana do amor do pai pelo filho», deveria, em rigor, ser o próprio amor fertilizante do pai correspondente à condição copulativa da existência do filho e deveria, se a mitologia fosse sempre racional ser o Anjo dos anjos, o divino Arcanjo, seguramente a explicação para ao facto de o deus de Abraão aparecer como Anu acompanhado de dois anjos, que eram os seus filhos gémeos Enlil e Enki, nas variantes aladas da águia de Zeus (que era nem mais nem menos que Ninurta / Ninazu) e Anzu a águia de Enki! Estas variantes aladas encontramo-las de forma remanescente na relação de Zeus com Hermes e Íris!
Um dos filhos de Enki foi Hanish | < Kian = Enki | -ishu.
Se postularmos que Anzu foi o próprio Enki, um dos filhos gémeos do sr. Anu, teremos:
«Filho de Anu» = Anu-ish > Anushi > An-iso > «aniz».
                            (duque de) Anjou < An-Chu > An-Ju > «Anjo».
                                                                                          > Naja.

Ver: ANJOS (***) & QUERUBIM (***)
Ver: ALVOR / HERMES NA CELDEIA (***)

É bem possível que Zu tenha sido uma mera forma evolutiva do conceito genitivo em geral com conotações sexuais explícitas a quando do início da ideologia patriarcal, iniciada seguramente no contexto mesopotâmico. Nesta conotação seria o mesmo que (T)Chu(p) e Ju(piter)…e de forma indirecta de Zeus e Shiva e o mandaeno Ziwel.
Tashup < Te-«Chu-Va» < Deus Zu-Wa > Ziwa > Ziu > Zeus.
                                                       Shiva <          > Mand. Ziwel.
A relação de Zu com o conhecimento de Enki e com o poder de Asha tanto pode ser uma sobrevivência da arcaica ideologia matriarcal como e/ou também ter uma relação conotativa com o “conhecimento em sentido bíblico” decorrente do facto de Anzu ser o “espírito santo” e o veículo de transporte das “tábuas do destino” do deus das “águas doces” que fertilizam a terra!
Por outro lado, é possível postular que as línguas eruditas arcaicas, que é disso que estamos a falar, sofreram logo de início influências endógenas por várias interferências, quanto mais não fora derivadas falares orais interjectivos e onomatopaicos.
The main Sumerian dialect was the one known probably as Emegir, or the “princely tongue”. Several other dialects of lesser importance were spoken. One of these was used by women and eunuchs.[10]
Aliás o sumério está ainda repleto de formas de expressão arcaicas de tipo infantil como são as formas portuguesas, babá, bebé, cocó, mamã, mama, papá, teté, titi, xixi, etc.
Um exemplo típico é o nome de Plutão, o «deus menino» que em sumério era literalmente gagá, como todos os bebés são! Um deste termos parece-me particularmente interessante por poder explicar a interjeição medieval, sus! < Lat. sus, (= para cima! = interj. eia! coragem! ânimo!) que derivaria dum arcaico grito guerreiro *«su-su!», com o significado de “vamos a eles, agarra que é ladrão, foge que te mato”, ou coisa parecida!
Claro que o sumério literal su-su não tem bem este sentido como se vê de seguida, o que seria de espantar se as analogias linguísticas fossem assim tão patentes e óbvias!
Su-Su = bite off, chew, cover up, overthrow, overwhelmed, put a lid on, sink (to), taste, water (to go deep into).
No entanto também não está assim tão distante que nãos seja possível postular que pode ter sido a origem do latino sus ainda na fase em que o sumério su-su tinha o sentido que veio a ter zi-zi!
Outro bem mais sugestivo para o que agora expomos é Zi-zi.
Zi-Zi = raise up, > rise up, > rise (allow a person to), > overturn an object, > bob up and down, > stir up > sexually excite[11].
Como é também evidente para quem tem já alguma intuição a respeito da forma como estas coisas da linguagem funcionavam, e funcionam ainda, no plano da retórica mítica, a verdade é que estes termos nos reportam para a mitologia da “dupla montanha” da Aurora que terão tido em sumério por nome ora Ki-ki ([12]) ora, Kur-kur! A verdade é que a conotação sexual do nascer do sol com a erecção sexual é tão óbvia quanto arcaica como se comprova na mitologia de Eos. Ora, Zi-zi terá tido interferência na formação dum elo perdido (?) Zu-zu de que teria derivado a conotação de ardor sexual atribuída por alguns sumeriólogos a Zu!

Ver: EOS (***)

Em conclusão, não é de por de lado a hipótese de o nome de Anzu der derivado de *Anshu, lit. “filho do Céu, ou do Senhor”, por ter sofrido a interferência de termos da oralidade arcaicos como *Zu-zu com o sentido de algo que se movia em ziguezague (< Sumer. Zig-Zag!? ó «siga»![13]) como os voos rasante das águias!


[1] Sikil = Pure (to be, make) ©1995-1996 Twin Rivers Rising..
[2] Su (G) = Naked (to make, be), ©1995-1996 Twin Rivers Rising.
[3] Su = Stone (vertical), ©1995-1996 Twin Rivers Rising.
[4] Sukur = Lance,
[5] ©1995-1996 Twin Rivers Rising.
[6] Sahar-Da. . .Gi  = Dust (turn into), ©1995-1996 Twin Rivers Rising.
[7] Ninazu, whose name means ”water knower,” was primarily an underworld deity, although the exact nature of his character or functions is not clear. In Enegir he was considered the son of Ereshkigal, goddess of the netherworld; according to another tradition, however, he was the son of Enlil (Akkadian Bel) and Nirdil (Belit). His spouse was Ningirda, a daughter of Enki (Ea) . - Academic Dictionnary of Mythology - Ramesh Chopra.
[8] The Two Babylons or The Papal Worship, Proved to be the Worship of Nimrod and His Wife, By the Late Rev. Alexander Hislop
[9] Lexicon of Sumerian Logograms, by John A. Halloran
[10]"Sumerian Language," Microsoft® Encarta® 99 Encyclopedia. © 1993-1998 Microsoft Corporation. All rights reserved.
[11] ©1995-1996 Twin Rivers Rising.
[12] Conceito mítico de que resultaram os equivalente conceitos míticos. «duas terras» relativos ao alto e baixo Egipto, «duas casas», relativo ao mesmo conceito mas agora na qualidade do poder faraónico, o «duplo horizonte» seguramente relativo ao nascer e por do sol!
[13] Zig = Rise up.Zag = Side, ©1995-1996 Twin Rivers Rising.

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