Figura 1: Ninurta, com todos os poderes simbólicos e tonitruantes dos deuses «manda chuva», perseguindo Anzu,
a quimera de Deusa Mãe que supostamente teria roubado as leis da
Natureza quando de facto sempre terão sido dela por inerência de funções
da deusa Ki / *Kurija, a Terra Mãe. (Restauro cibernético do
autor a partir de desenho de Austen Henry Layard, Monuments of Nineveh,
2nd Series, 1853)
“Só o amor pode fazer chover
Como o suar dos amantes deitados nos campos!” (The Who)
According to this definition
the most important ancient Near Eastern storm-gods are the Semitic
Hadda—West Semitic Hadda, Haddu, Hadad (Syria-Palestine, Upper
Mesopotamia), Akkadian Adad, Addu (Babylonia, Assyria)—,
Syro-Palestinian Baalu (Baaal), Hurrian Tessub (Tessob) along with Urartian Teiseba (Syria, Mesopotamia, Kurdish mountain area, Anatolia), Hattian Taru and Hittite-Luwian Tar¢un(t) (Anatolia). — THE STORM-GODS OF THE ANCIENT NEAR EAST: (…) PART II DANIEL SCHWEMER
ISCUR / ADADE
Sumerio Iskur, acádico Adade, Hurrita Teshub / Tashunt, Resheph egípcio, fenício Baal / Bel Rimmon eram vários dos nomes do deus caldeus das tempestades mais conhecido por Adade.
Figura 2: Adade.
Príncipe
dos Elementos e do Mundo Natural, Senhor da Terra e dos tremores de
Terra, Deus das Nuvens e das Chuvas, suave ou destrutivo, como as chuvas
da primavera ou as violentas tempestades de tornados e trombas de água
das inundações de inverno. Obviamente que nada tendo a ver com os
modernos meios de previsão climática estes deuses já eram conhecidos
como Deuses de Previsão, quiçá porque a previsão do tempo adequado ao
calendário agrícola tenha sido uma das principais preocupações da
astrologia antiga.
Obviamente
que ainda que a instabilidade atmosférica fosse sentida como próxima
subindo aos cumes das montanhas não era intuída como próxima por falta
de instrumentos de ciência e pensamento pelo que, quanto mais não fora
pela sua magnitude e importância avassaladora seria sempre intuída como
divina e distante pelo que Adade acabaria por simboliza tanto os Poderes
dinâmicos da realidade Cósmica, tal como esta poderia ser apreendida
pelos povos antigos, como uma espécie de intima sexualidade celestial e
divina entre o céu e a terra responsável pela fecundidade e crescimento
da vida natural.
|
Provavelmente o nome Adade está etimologicamente correlacionado com o termo árabe hadda (= quebrar) e haddat
(=trovão). No entanto, manda a lógica do protocolo das precedências nas
nomenclaturas que os nomes dos deuses tenham aparecido em primeiro
lugar e que tenha sido Adade a emprestar aos árabes a semântica
destes termos. Afinal parece que esta semântica veio de longa data
seguramente relacionada com o culto de Dagon que na Síria do alto Eufrates era pai de Adad e por isso estaria também relacionado com a chuva
The third etymology that has been proposed is the most modern; in this case it relates Dagan with Arabic dagana ‘to be cloudy, rainy’. In this way Dagan acquires the profile of a weather-god, in connection with Addu-Baal, the weather-god par excellence and the son of Dagan. — [1]
Bom,
já não será de espantar que se conteste esta última afirmação porque de
facto, o mais óbvio seria suspeitar que foi a língua árabe que importou
os seus termos de antigos conceitos sumérios e não o oposto porque
assim manda a lógia do protocolo cultural que manda “amar a Deus acima
de todas as coisa” e depois porque, pelo menos até ao sec. VI da nossa
era, os árabes eram um povo obscuro e de secundária importância cultural
no mundo do próximo oriente. De
facto, apesar a forte influência árabe na península ibérica não se
confirma a influência de termos arábicos deste tipo na língua lusa[2]. Na verdade a etimologia do nome de Adade aproxima-se sobretudo do nome do Hades grego com o qual a sua etimologia terá que ser investigada.
The name Hadda,
which thus represents the numinous experience of thunder and the
roaring storm, occurs through time in the various Semitic languages in a
number of different forms: in Akkadian (Babylonian and Assyrian) the
initial h is regularly weakened to a glottal stop; the name usually appears in the status absolutus form Adad, which is typical of divine names, without the status rectus form with the nominative ending -u (Addu) ever disappearing. The status rectus form Addu is
especially (but not exclusively) used when the text is mainly talking
about the natural phenomenon storm and less about the divine person (cf.
the Akkadian substantive addu “storm”, similarly the relationship between the forms Samas and samsu). Particularly
within the theophoric onomasticon, numerous other variant forms can be
observed, particularly word final. In western Upper Mesopotamia and in
Syria the old form Hadda (or with the nominative ending Haddu) predominates until the end of the 2nd mill. It is only in the cuneiform writing that the intial h is missing (it is rarely realised in writing as ¢/h). Hieroglyphic Luwian seal inscriptions from 13th cent. Emar write the initial sound with the sign i that probably stands here for /ha/. In 1st mill. Aramaic the older form Hadda/u,
which was still kept in the onomasticon for a long time, was replaced
in monumental inscriptions—presumably under influence from Assyrian—by
the form Hadad, which corresponds to the Akkadian status absolutus; this then formed the basis for the representation of the name in Greek and Latin (Adados, Adadus, Adad etc.). The fact that the root *hdd is
not productive any more in most Semitic languages of the ancient Near
East, allows us to infer that the divine name is very old. Conversely Hadda
does not belong to the Common Semitic gods which are to be found in all
panthea with a Semitic linguistic background (like celestial bodies,
the sun and Venus above all). One can conclude from this that the divine
name was established by Semitic speakers in the Syro-Upper Mesopotamian
area in the prehistoric period.
(…)
Among Aramaic and Neo-Assyrian personal names variant forms like Dadda
(Daddi etc.) occur, which are rendered logographically as du.u, a writing not attested before the Neo-Assyrian period. In Aramaean Damascus—and possibly in other places too—Ramman served as an epithet of the local Hadad. — — THE STORM-GODS OF THE ANCIENT NEAR EAST: (…) PART I DANIEL SCHWEMER.
Resumindo
e concluindo não sabemos a etimologia do nome do deus Adade e ninguém
nos círculos académicos se atreve a misturar este nome tipicamente
semita como o Hades grego que, apesar de não tendo também etimologia
estabelecida se espera que seja ainda assim de origem indo-europeia.
No entanto, Hades enquanto equivalente do latino Dis Pater deve ter origem primitiva e simples no pressuposto de que Hades era deus da vida (ka), que desponta depois de semeada na terra.
Aidô(ne)us < Aidês + Anu < Haidês < Hadês < Ka-Dis.
Akkad (also spelled Akkade
or Agade) was the capital of the Akkadian Empire, which was the
dominant political force in Mesopotamia at the end of the third
millennium BC. (…) The meaning of the name is unknown. The etymology of
a-ga-dè is also unclear but not of Akkadian origin. (…). The
non-Akkadian origin of the city’s name suggests that the site may have
already been occupied in pre-Sargonic times, as also suggested by the
mentioning of the city in one pre-Sargonic year-name.
Adade deve ter uma relação semântica próxima do nome da «cidade» da cultura acádica que lhe deu origem e deve ter tido também uma origem simples e primitiva ainda que atribulada.
Dadi < Daddi < Dadda < Hadda < Hadda/u < *Hadadu > Addu > Adade.
*Hadade < Ka-Dadu = Ka-Dis <= Kaka-the < Akkade Hakika-the
ó Kaka-Te (> Hekate) > Agade ó Bag | < Wa(r)ki | -dade > Bagdade.
«Cidade» < ciudade < Lat. civitate < | Kiwi < Kiki | -tade.
Ver: HADES & O INFERNO GREGO (***)
Figura 3: Adad / Iskur nos infernos recebendo uma libação de Ereshkigal (ou seja, Hades e Perséfone na sua versão original mesopotâmica).
Em sumério o deus das tempestades era conhecido como Iskur, e já era mencionado na mais antiga das listas de deuses de Fara. O seu centro cultural era em Karkara, e ali o seu templo era E-karkara.
Isku o Iskur
en sumerio, y Adad en acadio, es un dios de las tormentas y las lluvias
de los pastores, adorado aproximadamente del 3500 a. C. al 1750 a. C.
en la antigua Mesopotamia. Su centro de culto estaba en Karkara. Es
descrito como hermano del dios sol Utu. En la mitología de la creación
Enki puso a su cargo los vientos y "el dique de plata en el corazón del
cielo". Otros autores lo describen como un toro o un león, y sus rugidos
eran como truenos. En un texto figura como hijo de An y hermano gemelo de Enki.
Ishkur closely resembled Ninhar (Ningubla) and as such was visualized in the form of a great bull. He was the son of Nanna
(Akkadia: Sin), the moon god. When portrayed in human shape, he often
holds his symbol, the lightning fork. Ishkur’s wife was the goddess
Shala. In his role as god of rain and thunder, Ishkur corresponded to
the Sumerian deities Asalluhe and Ninurta.
Ishkur’s only mention is in the poem titled "Enki and the World Order." In the processes of ‘making Sumer,’ Enki calls "to the winds and appoints over them the god Ishkur, who rides the thundering storms" (Kramer 1981). He would seem to be a lesser version of Enlil with a more narrow scope of authority and powers.
Kramer also defines him as "deity in charge of rain" (1981). It is
unclear where this information comes from; it may be a simple inference
from "thundering storms." © Copyright 1999-2001 Daniel Gremmler.
Assim sendo, Escuro seria quase seguramente o nome do lado obscuro de Enlil ou pelo menos, enquanto deus dos ventos que acompanham as tempestades, o nome da sua variante tempestuosa…e logo de Anu (e não de Enlil por ser o próprio) e também o irmão gémeo de Enki.
A origem do nome de Escur deve ser procurada com o nome de Istar.
Ashtar: Possibly a male version of Ishtar (Astarte in Canaan), the Venus Star. When Baal was killed by Mavet, Asherah had Ashtar, her son, placed on the throne. However, Ashtar was
not big enough to fill the position, and resigned (quite possibly a
relation of the Venus star being the last star to shine before the Sun
takes over). I believe one of his titles is Malik (the King) and other names for him are Abimilki and Milkilu. ó Ishkur.
É quase seguro que Ashtar era na Canaaneia o que Ishkur tinha sido na Caldeia, ou seja, um epíteto do irmão de Estar, ambos príncipes celestes e por isso filhos do rei dos céus (Anu) e por isso também conhecido como Malik ou pai do rei, Abimeleque “um nome para indicar várias pessoas na Bíblia. No hebraico, "pai do rei", ou, talvez, “(nosso) pai é o rei”
Abimeleque = Abi-| milki < Malik < Mil-ki-lu
> Mel-Ki-Ur + tu > Melkart, deus e “rei da cidade” de Tiro.
Escur = Ishkur > Ishkar > Ashkar > As-Kar.
Escur = Ish-Kur, lit. “filho do Kur” ó Ishkar > Ishtar > Estar.
ó Ashkar > Ashtar => Ashtar-et > Astarte.
A restante dos mitos seria pura imaginação poética ao serviço das conveniências políticas de momento!
Esclarecedora
também foi a descoberta de que os hititas e hurritas, embora falassem
línguas diferentes, escreviam o nome de seus deuses em sumério. Até
mesmo o adjetivo "divino" era o sumério DIN.GIR, literalmente "Os Justos (DIN) dos Foguetes (GIR)". Assim, o nome de Teshub era escrito DIN.GIR IM ("O Divino Tempestuoso"), que era o nome sumério do deus Ishkur, também conhecido como Adade; ou podia ser escrito DIN.GIR U, significando "O Deus 10", a posição numérica de Ishkur / Adad – já que a de Anu era a mais alta (60), vindo em seguida Enlil (50), Ea (40), e assim por diante. Também, como o deus sumério Ishkur/dad, Teshub era retratado pelos hititas brandindo sua arma emissora de raios, uma "Arma de Brilho". – Aracnos by Anderson Oliveira.
Sumer: As-Kar; Anuv; Ku-Mal; Ma-A-Tu ´
= Áries; deus da Tempestade
= Din Gir Im. <= Im = tablete de Barro < Barro < Lama
< Chuva < Vento > Velocidade; Im-Hul = vento violento; Im-ma
= barco à vela? Deus dos canais (o Aquário); Im-mer = o filho de Enlil [3]
= Nannar = Ishkur.
Sumer. Ma (= barco) + Sumer. Lah = impelir (um barco).
> Ma-Lah (= o Marinheiro ) > Malag = camarada > confidente.
> Ma-La = barqueiro > Mal.
Ku-Mal = Ku (= chefe) + Mal = Chefe dos barqueiros!
Ma-A-Tu = barco + água + nascido?
Anuv < Anuwi < Anuki > Enki.
Im- | mer < mel < mal = barqeuiro | = barqueiro (à vela) veloz.
De todos os epítetos do deus manda chuva dos sumérios apenas o de Iskur irá
influenciar as mitologias, primeiro na esfera semita e depois nas
línguas indo arianas posteriores. O deus “manda-chuva” cuja influência
terá chegado a ocidente seria cretense e quase seguramente foneticamente
próximo de Iskur, o deus do «escuro» dos infernos subterrâneos, bem como da escuridão das tempestades e noites medonhas de trovoada.
The
god particulary responsible for storms, wind, lightning, thunder and
rain in texts written in the Sumerian language is called Iskur.
His name is written with the same word-sign that also stands for the
Sumerian word /im/ “wind, storm” (the oldest attestations have the form
ni2 = ZATU 396, not im = ZATU 264). The etymology of the name is unknown. Iskur could be a case of an old polysyllabic Sumerian word that was no longer used apart from the name. At least just as probable, however, is that the name Iskur
is of non-Sumerian (and non-Semitic) or ‘pre-Sumerian’ origin;
speculation about a foreign origin of the god, however, brings us no
further. Iskur is indirectly attested as early as the Uruk period citylist in the writing of his cult centre, Karkar, with the sign ni2. Iskur is also already attested in the Early Dynastic god-lists from Fara and Tell Abu Ialabi¢ (Wettergottgestalten, 11-12, 29-31, 129). — THE STORM-GODS OF THE ANCIENT NEAR EAST: (…) PART II DANIEL SCHWEMER
De
resto, e quase seguro que a origem da civilização suméria seria
cretense porque, tal como os egípcios tinham um sentimento particular
pelo mundo dos ocidentais onde supunham ser o paraíso, os sumérios
chamavam ao mar ao ocidente e mar-tu aos ocidentais, que por sinal na Itália teriam Marte por deus da guerra, e tinham termos alegres relacionados com o mar- como Ma-ra-az = exuberante, jovial.
Amurru / Martu são nomes que aparecem em textos Sumérios e acádicos para o deus dos Amoritas / Amurru, formando frequentemente parte de nomes pessoais. Às vezes é chamado Ilu Amurru (DMAR.TU). Ele era o deus protector da cidade Ninab da Mesopotâmia, cujo local exacto é desconhecido.
Também foi chamado bêlu šadi– or bêl šadê, “o senhor da montanha”, dúr-hur-cair-gá sikil-um-ke, “O que habita na mais pura montanha”; e kur-za-gan ti-[la], “O que habita nos resplandecentes montes”.
Amurru tinha também características de deus das tempestades. Tal como Adad, Amurru leva o epíteto de rama-n “o trovão”, sendo então chamado ba-riqu ou até mesmo “o rugido do trovão” e Adad ša a-bu-be, “Adade do dilúvio”.
A esposa de Amurru é às vezes a deusa Ašratum (veja Asherah) a que na tradição Semítica do noroeste e na tradição Hitita aparece como esposa do deus El o que sugere que Amurru realmente pode ter sido uma variação daquele deus.
Outra tradição sobre a esposa de Amurru (ou uma das esposas de Amurru) dá-lhe o nome de Belit-Sheri, “a Senhora do Desert”.[4] From Wikipedia, the free encyclopedia.
Se aqui a esposa de Martu era (Belit-)Sheri, esta seria mais sobretudo Ašratum
(Asherah), a senhora da lenha e não tanto a senhora do deserto mas
antes da estepe onde seria possível semear cereal de sequeiro porque
adiante a esposa de Rimom será Shalla, uma deusa dos cereais como Ceres,
obviamente que enquanto coroação do mitema das chuvas fecundantes
caídas do céu sobre a terra que depois de fertilizada produziria erva
abundante para pasto e cereais.
«Escuro» < Lat. scuru ó Lat. ob-scuru > «obscuro».
Em Creta o deus equivalente de Escur seria *Kertu e a deusa genérica Korê da época arcaica, de que teria derivado o nome *Kartu de Melkart numa
subtil homenagem à dupla origem da cultura fenícia, ocidental por
herança da talassocracia cretense e oriental por forte influência da
cultura escrita da Caldeia.
> Wertu-(mino)
Korê < Kur-at > *Kertu > Wertu > Fortu(na)
< Kur-ish ó Ishkur => Ishtar.
De *Kertu
derivou o nome de Creta e não seria então mais do que um epíteto do
nome dos filhos da Deusa Mãe Terra nascidos como Zeus numa das muitas
grutas desta ilha gémeos como Apolo & Hermes, ou trigémios como Zeus, Poseidon e Hades ou muito mais provavelmente como Dionísio e Koré. Uma variante egípcia seria Taveret.
Ver: OS VENTOS (***) & GÉMEOS (***)
RIMOM
Fenic. Rimon < Rimmon < Re-| Amon < Ama-Anu => Min.
Rimon < Ra + Amon < Har-amon
> Herman, uma variante de Hermes?
Nas “Cartas Fenícias” Rimon, o deus da «romã», que era casada com Shalla, a deusa do cereal, como a virginal Ceres, era assim “um deus que trazia o fogo das tempestades dos reinos dos infernos” como Iscur. Seria um mero epíteto solar de Dagon.
Shalla < Shar-la < Kar-la > «Carla» ó Kalli.
> Kar | la / ish| > Kar-ish = Ishkar > Istar
> Ker-ish > Ceres.
In him is Rimon, the lord of the axe and the pomegranate, the lord of the storm and the thunderbolt.
From a pomegranite comes a seed, from a seed a tree; from a tree come many pomegranites.
Rimon
strikes the earth and the mountains fall, the plains rise as mountains;
He breathes and the storm flies before Him, sighs and the gentle rain
descends upon the earth. He throws the thunderbolt and the heavens crack
assunder.
He
strikes the air as a workman strikes his flint, behold the flash blinds
the multitude. The seas flow forth upon the land and the land sinks
beneath the sea.
He smiles and the birds sing, corn grows, and there is food for all and the sun falls pleasant upon the face.
My lord Rimon is the bull of heaven and the lover of the corn-maiden.(…)
All
that can be seen with the eyes, heard with the ears, smelt, touched,
tasted, and felt by the body, all this is the god Rimon and His wife
Shalla, the corn goddess, the compassionate one; they are the earthly presence of the great gods. — «Cartas Fenícias».
Ver: PTAH (***)
No Egipto Chu e Tefnu eram o casal de deuses que presidia aos fenómenos atmosféricos.
Shu – The god of the atmosphere and of dry winds, son of Ra, brother and husband of Tefnut, father of Geb and Nut.
Tefnut
– The goddess of moisture and clouds, daughter of Ra, sister and wife
of Shu, mother of Geb and Nut. Depicted as a woman Khem was an Egyptian
father-god. root teftef, signifying "to spit, to moisten" and the root
nu meaning "waters, sky." Nut (Nuit) The goddess of the sky, daughter of Shu and Tefnut, sister and wife of Geb, mother of Osiris, Set, Isis, and Nephthys.
A eneiada
heliopolitana que determinou este panteão é já um pouco tardia e tem
todo o aspecto de ter sido artificialmente construída com o propósito
ideológico de criar uma corte divina para Osíris criando mesmo assim um padrão que viria a servir de exemplo para os deuses olímpicos clássicos. De todos estes deuses Chu e Nut já seriam conhecidos na tradução mais arcaica.
Tefnut = Tef-Nut, parece uma divindade compósita!
Por sua vez, Nut < Nu-At < Anu-At < Anu-ish, seria literalmente a “filha e esposa de Anu”, que no Egipto acabaria por ser Nu/Nun, o deus das águas dos abismos primordiais.
Ora, Inmutef Jun-mu-tef < Chu-an-amu-tef, lit. «Chu, o que acarinha o «teto» do céu?» "is the Egyptian deity who bears the heavens".
E Kema-tef, "a late Egyptian name for Amun", significará, por influência do facto de Khem ter sido "an Egyptian father-god" “Amon, deus pai do «teto» (do céu)»! Então, Tef-nut = Deusa
do «teto» da noite ou seja a que ensombra o sol de nuvens e faz noite
de tempestade em pleno dia! Deste modo, esta deusa poderia continuar a
ser parédro de Chu e “Sr.ª das nuvens”!
RESHEP
I
Reshep, Resheph o Reshef (in lingua canaanita ršp) era una divinità
cananea della malattia e della guerra. Reshef è associato al simbolo del
fulmine e come tale interpretato come divinità climatica. Ad Ugarit,
Reshef fu identificato con Nergal, a Cipro con Apollo. [Javier Teixidor, The Phoenician Inscriptions of the Cesnola Collection. Metropolitan Museum Journal 11, 1976, 65]. Il
termine è presente come etimo in lingua ebraica con il significato di
"fiamma, fulmine" (Salmi 78:48), da cui derivano significati figurativi,
come "freccia" (Libro di Giobbe 5:7) e "febbre che infiamma"
(Deuteronomio 32:24).
Resheph < Re-| Sheph < Chu-phi > Shuw > Shub + Te(os) > Teshub.
> Zuw > Ziw(el) > Zeus.
«Chuva» ??? < Esp. lhuvia < Lat. pluvia < Kur-ka
Chu < Plu < Phur < Kur???
< Shuw <= Chu + Ka = «vida de Chu»?
Resheph = Egyptian version of the Sumerian Aleyin/Amurru, originally a vegetation god, regarded by Egyptians as a warrior.
Aleyin < ´al´iyn < ´al´iyanu < *Halish + Anu > Elioun < Elyon
Alalush ó Karish = Ish-Kur.
Ver: O ALTÍSSIMO DEUS (***)
Tal como Teshup (= Te + Shup) seria uma composição do genérico Te(os) com Shup, Resheph (=Re + sheph) seria Ure + Shephu, o jovem guerreiro Kakito filho de Kika.
De facto, já Amurru teria sido Ma Uru, o jovem guerreiro de sua mãe e Aleyin < Alano < Haurano < Kaurano, filho de Urano e da deusa mãe, Geia ou Kika.
Resheph (ou Reshpu) foi a versão egípcia do sumério Amurru e o sírio Aleyin, originalmente um deus da vegetação, considerado pelos egípcios como um deus guerreiro. Se o deus Resheph ficou
sempre figurativamente com aspecto de deus aguerrido semita será porque
teria sido uma importação tardia durante a passagem de Amenhotep II por Qadesh.
En
l’an 3 (ou 7) de son règne, Amenhotep II entreprit sa «première
campagne de victoires» dans la région de Takhsy. Il arriva sur les bords
de l’Oronte, qu’il franchit à gué. Puis il redescendit vers le sud et
atteignit Niy et Qadesh, dont les princes firent acte d’allégeance.
Après
un raid contre Khashabou, où le roi en personne fit prisonniers
vingt-six Maryannou, l’armée victorieuse retourna à Memphis, «Sa Majesté étant pareille à un taureau puissant».
Les corps de six princes ennemis que le roi avait abattus à coups de
massue furent exhibés à Thèbes; un septième cadavre fut attaché au mur
d’enceinte de Napata «fin de rendre manifestes les victoires de Sa
Majesté, pour le temps éternel et le temps infini, dans toutes les
plaines et toutes les montagnes de Nubie».
E
impossível não pressentir nesta violência deselegante contra
prisioneiros de guerra de estirpe real um complexo latente de
inferioridade. Por outro lado sabemos que se cercava de velhos amigos de
infância que fazia prosperar e subir na hierarquia administrativa.
L’appareil administratif, bien rodé, était dirigé par des fonctionnaires dévoués, amis d’enfance du roi ou compagnons d’armes
Figura 4: Min, Qadesh e Resheph.
Em Qadesh a deusa tutelar seria Qadesh / Istar esposa de Resheph onde seriam um casal de deuses de fertilidade em ritos de Hierogamos. Tal facto feito com que este novo casal de deuses semitas passasse a fazer com o deus Min uma tríade popular entre os egípsios pela relação antiga de Min com a fertilidade dos egípcia. Assim suspeita-se que Amenhotep
II, apesar de rei atleta ou quiçá por isso, tenha tido problemas
sexuais, de potência ou de fertilidade razão por que teria trazido para o
Egipto estes deuses da fertilidade síria, seguramente que acompanhados
com as suas prostitutas sagradas. Os dotes afrodisíacos destas
sacerdotisas do culto de Qadesh / Resheph perecem
ter sido brilhantes porque Amenhotep II teve múltiplas esposas e uma
infinidade de filhos! Assim o culto deste deus fenício veio a ter muito
sucesso no Egipto a partir de Amenhotep II.
Resheph
divenne popolare in Egitto, sotto il nome di Amenhotep II (XVIII
dinastia egizia), dove era il dio dei cavalli e dei carri. Adottato in
origine esclusivamente dalla corte reale, Reshef divenne una divinità
popolare tra la XIX e la XX, scomparendo nello stesso momento dalle
iscrizioni reale. Egli è raffigurato con una testa di ariete, armato di
scudo, lancia e ascia, spesso insieme a Qadesh e Min.
HARSAPHES = O BOM PASTOR
Figura 5: Heryshaf = A god of Middle Egypt who was born from the primeval waters, whose name means ‘He who is upon his lake’. Représenté sous la forme d’un homme à tête de bélier, he is the ram god of Heracleopolis (*).[5]
Herichef
ou Hershef era um deus da mitologia egípcia, oriundo da região do
Faium. Estava associado à fertilidade e à justiça. Acreditava-se que
fazia crescer o rio Nilo, recebendo o epíteto de "Aquele com o falo
potente".
O
seu nome significa "O que está sobre o seu lago", o que pode constituir
uma referência ao lago sagrado do templo do deus em Heracleópolis, nome
grego para a cidade egípcia de Henen-nesut, capital do XX nomo do Alto
Egipto. O nome Herichef foi assimilado pelos gregos a Heracles e como tal deram esse nome à cidade donde o deus era originário.
Pois bem, o nome da cidade Palestina Arsuf permite postular uma relação de semelhança entre o deus semita Resheph e o deus egípcio Heryshaf
que era um deus de Egipto Médio que nasceu das águas primevas cujo nome
significa: “Ele que está no seu lago”. Quer isto dizer que por pura
ignorância da sua própria cultura Amenhotep II trouce da cidade das
prostitutas sagradas de Qadesh um deus que já existia em Heracleopolis
(agora a cidade Ehnas) no Egipto onde era identificado com Osíris e Rê e
tinha a forma de culto de um deus carneiro como Amom-Ra.
|
Os gregos compararam-no com o Hércules que renomearam Harsafes.
Arensnuphis < *Harensnuphis
= An-Hares + Nuphis (Anphis) > *Enkur Enkis.
< Herysh-(nu)af > Heryshaf > Reshef.
< gr. Har Saphes < Kar Kaphis < Kur Kakus
=> *Karash > «caracho, carago», um nome com ressonâncias tão fálicas quanto vulcânicas adequadas a um divino marido de Afrodite.
Assim, é bem possível que Heracleopolis fosse a tradução de algo parecido com o nome da antiga cidade Egípcia de Hércules que é hoje Ehnas < Ekinas < Enkias ou E-kinas, literalmente a cidade ou o templo dum tal deus das Quinas que não seria senão Enki, e,
por isso mesmo, um deus carneiro ou cabrão e em hieróglifos um deus
aquático e então, “o deus encima do seu lago”, o que andava sobre as
águas como o espirito de deus antes da criação ou Jesus no mar de
Tiberíades!
Figura 6: Herichef era um deus da mitologia egípcia, oriundo da região do Faium.
A nível iconográfico era representado como um carneiro com chifres longos ou como um homem com cabeça de carneiro.
O
culto ao deus existiu desde a Época Arcaica (ou Tinita), sendo
mencionado na Pedra de Palermo. A partir do fim do Império Antigo este
deus foi considerado como o ba de Osíris e de Ré.
Como
tal, a representação do deus passou a incluir a coroa atef usada por
Osíris (coroa branca com duas plumas) e o disco solar com uræus
(serpente) associado a Ré. Alcançou grande importância durante o
Primeiro Período Intermediário devido ao facto de Heracleópolis ter sido
a capital das IX e X dinastias.
Também foi identificado com Amon e com Chu, com o qual forma um dos pilares do céu.
Teve como companheiras as deusas Meskhenet e Hathor.
|
L’antica città di Arsuf in Palestina, ha conservato il nome di Reseph, anche se il suo culto è cessato da migliaia di anni.
Arsuf
(también conocida como Arsur o Apolonia) fue una antigua ciudad y
fortaleza situada en Israel, a unos 15 kilómetros al norte de la actual
Tel-Aviv, en lo alto de un acantilado al Mar Mediterráneo.
La ubicación de la ciudad fue excavada intensamente desde 1994. En el
año 2002, se abrió en este lugar el Parque Nacional de Apolonia. El
Arsuf moderno es un pequeño asentamiento al norte de Apolonia habitado
por 90 habitantes en un área de 25 hectáreas.
Fundado por los fenicios en el siglo seis ó cinco antes de Cristo y llamado Arshuf
y después Resheph, el dios cananeo de la fertilidad y los infiernos.
(…) Durante el periodo helenístico fue una ciudad portuaria, gobernada
por los seleúcidas y rebautizada como Apolonia, ya que los griegos
identificaban a Reshef con Apolo.
Estava
associado à fertilidade e à justiça. Acreditava-se que fazia crescer o
rio Nilo, recebendo o epíteto de "Aquele com o falo potente".
O
seu nome significa "O que está sobre o seu lago", o que pode constituir
uma referência ao lago sagrado do templo do deus em Heracleópolis, nome
grego para a cidade egípcia de Henen-nesut, capital do XX nomo do Alto
Egipto.
O nome Herichef foi assimilado pelos gregos a Heracles e como tal deram esse nome à cidade donde o deus era originário.
Ver: NEFER (***) e DEUSES MARCIAIS (***)
Enquanto variante da passagem deste deus pela chefia dos exércitos herdou ele o «symbole
de son pouvoir royal qu’il exercera en particulier durant à la période
du Moyen-Empire où sa ville sera choisie comme capitale du Royaume», poder
este que acabou por passar para a linguagem comum no contexto pastoril
da chefia dos rebanhos, ideologia metafórica que reporta a origem do
nome deste deus precisamente para o início da história da domesticação
animal e da agricultura, logo no fim da última glaciação que desencadeou
os grandes dilúvios do começo da história neolítica em que as grandes
civilizações do crescente fértil, os embriões da cultura histórica, se
inscrevem.
Assim, além de nos ficar a suspeita, que é quase uma certeza, de que o arcaico deus Egípcio Héryshef foi marido de Afrodite, e que, também por isso, deve ter sido a mais antiga variante de Hefesto com que muito se assemelha foneticamente, pode afirmar-se que este deus presidiu também ao início da actividade pastoril o que justificaria a sua cabeça de carneiro.
Mais interessante ainda seria verificar que Hércules e Hefesto podem ter constituído uma mesma entidade divina por intermédio deste deus egípcio Heryshaf, que não seria senão uma invocação do nome de Enki, o deus do fogo e da água “who was born from the primeval waters” e daí a sua estranha designação “daquele que está no seu lago”. De qualquer modo, este deus Protágono era uma forma encoberta pelo maneirismo mítico não seria outro senão Eros / Horus.
Na verdade, Cacos tinha mesmo que ter sido o arcaico nome de Enki e o mito de Hércules & Cacos ou
é uma estranha e redundante metáfora da divina luta consigo próprio ou
mais prosaicamente constitui um mero episódio da luta tão arcaica como o
mundo entre gerações na forma duma guerra entre pai e filho pela
posse do poder supremo da capacidade reprodutora taurina que, no caso
de seres astrais, se manifestava no poder de ser «o manda chuva» e no
caso da realidade humana se revelava na posse da soberania do pastoreio
que dava acesso ao «pecúlio» das manadas de gado, ou seja, ser «rei
pastor» como eram os Hicsos < *Kukash, lit. “filhos de Caco”!
Ver: ETIMOLOGIA DO NOME DE HÉRCULES (***)
& KALI / IRKALLA (***)
De facto, já o termo «pastor» (< phiash Kaur, literalmente = “poder do domínio do fogo taurino” => poder de domesticar animais») tem no inglês a forma "shepherd". Ora, ambos os termos são expressivamente deriváveis de Kiphurat, como se pode aliás demonstrar:
Ing. «shepherd» *Kau-pher-at
=> Phiash Kaur > pash taur > lat. pastor(em) > pt. «pastor».
No entanto, Harsaphes teve também a grafia de Areshaph em nítida conotação semântica com o deus da guerra grego Ares o que não terá sido inteiramente ao acaso ja que este deus não seria outro senão o mesmo deus cananeu que teve por nome Resheph.
No
entanto os sacerdotes gregos que faziam estas comparações não teriam
ainda o dom da infalibilidade papal porque não repararam sequer que Harsafes seria afinal o mesmo que Reshpu, o deus que morde e “raspa”.
Harsaphes < Heryshaf < *Ker-ish-aphu < *Kur-ish-Caco
> *Har-Shi-Aphu > Arshuf > Resheph.
Aleyin < Haresh-in < Ker-ish-anu ó *Ker-ish-aphu
=> Harsaphes / Reshpu.
THE
supreme deity of the ancient Greeks, during their historical period at
least, was Zeus. His name, referable to a root that means ‘ to shine,’
may be rendered ‘ the Bright One1.’
And, since a whole series of related words in the various languages of
the Indo-Europaean family is used to denote ‘day’ or ‘sky2,’ it can be safely inferred that Zeus was called ‘ the Bright One’ as being the god of the bright or day-light sky3.
Indeed a presumption is raised that Zeus was at first conceived, not in
anthropomorphic fashion as the bright sky-god, but simply as the bright
sky itself. (…)
But
if so, it becomes highly probable, nay practically certain, that the
real prototype of the heavenly weather-king was the earthly
weather-king, and that Zeus was
represented with thunderbolt and sceptre just because these were the
customary attributes of the magician and monarch.
Figura 7:
The Sun Chariot of Trundholm is a late Bronze Age artefact, which is
dated to the 14th and the 15th centuries BC. It was discovered in 1902
in the Trundholm moor near Nykøbing Sjælland, Denmark. (…)
The
disk has a diameter of ca. 25 cm, and is gilded on only one side, the
right-hand one relative to the horse. This has been interpreted as an
indication of the belief that the Sun is drawn across the heavens from
East to West during the day, showing its bright side, and back from West
to East during the night, showing its dark side.
Worship
of meteorites was easily extended to ancient monoliths, the funerary
origin of which had been forgotten; then from monolith to stone image,
and from stone image to wooden or ivory image is a short step. But the
falling of a shield from heaven — Mars’s ancile [as in the Latin ancilla, “female servant”] is the best known instance — needs more explanation. At first, meteorites, as the only genuine palta,
were taken to be the origin of lightning, which splits forest trees.
Next, neolithic stone axes, such as the one recently found in the
Mycenaean sanctuary of Asine, and early Bronze Age celts or pestles,
such as Cybele’s pestle at Ephesus, were mistaken for thunderbolts.
[Said double-headed axe was called a labrys, which word, as I will explain, is related to the word labyrinth, to
Janus, and to Achilles.] But the shield was also a thunder instrument.
Pre-Hellenic rain-makers summoned storms by whirling bull-roarers [rhomboi]
to imitate the sound of rising wind and, for thunder, beat on huge,
tightly-stretched ox-hide shields, with double-headed drum-sticks like
those carried by the Salian priests in the Anagi relief. The only way to
keep a bull-roarer sounding continuously is to whirl it in a
figure-of-eight, as boys do with toy windmills, and since torches, used
to imitate lightning, were, it seems, whirled in the same pattern, the
rain-making shield was cut to form a figure-of-eight, and the double
drum-stick beat continuously on both sides. This is why surviving Cretan
icons show the Thunder-spirit descending as a figure-of-eight shield; and why therefore ancient shields were eventually worshipped as palta.
[I wonder whether a comet descending into Earth’s atmosphere would be
shielded, as it were, by an obvious figure-8 shape.] A painted limestone
tablet from the Acropolis at Mycenae proves, by the colour of the
flesh, that the Thunder-spirit was a goddess, rather than a god; on a
gold ring found near by, the sex of the descending shield is not
indicated. — Robert Graves – The Greek Myths 1955, revised 1960.
Indras
is, in fact, said to sharpen the thunderbolts as a bull sharpens his
horns; the thunderbolt of Indras is said to be thousand-pointed] the
bull Indras is called the bull with the thousand horns, who rises from
the sea (or from the cloudy ocean as a thunder-dealing sun, from the
gloomy ocean as a radiant sun — the thunderbolt being supposed to be rays from the solar disc). Sometimes the thunderbolt of Indras is itself called a bull,
and is sharpened by its beloved refulgent cows, being used, now to
withdraw the cows from the darkness, now to deliver them from the
monster of darkness that envelops them, and now to destroy the monster
of clouds and darkness itself. ZOOLOGICAL MYTHOLOGY THE LEGENDS OF ANIMALS ANGELO DE GUBERNATIS.
É patente que Bernard Cook, no
seu empirismo simplista e apressado de mestre-escola do século 19 deu
autonomia e precedência aos monarcas para a retirar aos deuses porque o
ateísmo era de bom protocolo mas não ainda o fim da monarquia vitoriana.
Ora
a verdade é que no tempo da pura magia simpática dos feiticeiros só
ainda havia chefes da tribo porque no tempo do rei Salmoneu ainda havia
magia mas já havia Zeus…e obviamente reis de cidades estados que afinal
pouco mais eram do que chefes e soberanos, ou seja, tiranos.
A
lenda de Salmoneu parece uma recordação de algumas práticas mágicas
destinadas a pôr fim às secas. Existia na Tessália uma carroça de bronze
que era posta a rodar para obrigar o céu a derramar as chuvas.
Também vi Salmoneu pagando um castigo cruel
Por imitar os raios de Júpiter e os estrondos do Olimpo.
Puxado por quatro cavalos e agitando uma tocha,
Atravessava os povos da Grécia e a cidade no centro da Élida,
Triunfante e reclamando as honras divinas para si.
Pobre louco, pretendia simular as nuvens e o raio inimitável
Com a trompa de bronze e o tropel dos cascos dos cavalos.
Mas o pai todo-poderoso lançou seu raio entre as nuvens espessas
– Não eram tochas nem as chamas fumegantes de um tição –,
E o precipitou de cabeça num turbilhão profundo. — Virgílio, (Eneida 6, 585-594)
So
Zeus, in a sense, copied Salmoneus. But it remains to ask what led the
community side by side with their Salmoneus to postulate a
Salmoneus-like Zeus. I incline to the following explanation as possible
and even probable. With the age-long growth of intelligence it gradually
dawned upon men that the magician, when he caused a storm, did not
actually make it himself by virtue of his own will-power but rather
imitated it by his torches, rattling chariot, etc., and so coaxed it
into coming about If, then, the magician or king imitated a storm made
by Zeus, how did Zeus make it? The spirit of enquiry was awake (with the
Greeks it awoke early), and the obvious answer was that Zeus must be a
Master-mage, a King supreme, beyond the clouds.
Doubtless,
said nascent reflexion, Zeus makes his thunder in heaven much as our
magician-king makes it upon earth, only on a grander, more sonorous
scale. But observe: if this was indeed the sequence of thought, then the
change from Sky to Sky-god was occasioned not by any despair of magic1—for
people might well come to believe that Zeus the Sky-god made
thunderstorms and yet not cease believing that the magician-king could
produce the like—but rather by the discovery that magic, whether
effective or not, was a matter of imitation. In short, the transition
from Sky to Sky-god was a result, perhaps the first result, of In short,
the transition from Sky to Sky-god was a result, perhaps the first
result, of conscious reflexion upon the modus operandi of primitive magic. — Arthur Bernard Cook – Zeus, a Study in Ancient Religion.
Figura 8:
O feixe de «raios e coriscos» com que os divinos “manda-chuva” faziam o
espectáculo de relâmpagos que davam brilho e glória às orgiásticas
tempestades jupiterianas. Nenhum espectáculo da natureza é mais sublime e
grandiloquente do que uma tempestade sobre o mal razão pela qual teria
sempre que ser obra de deuses supremos ou pelo menos uma homenagem da
natureza em seu louvor.
|
Os deuses “manda-chuva” eram “deuses das tempestades”, quase sempre supremos e soberanos como Júpiter,
tinham o dom do discurso grandiloquente proferido em alto e em bom som
durante as tormentosas trovoadas e a fama e algum proveito de
«fulminarem» os inimigos com «tridentes» «flamejantes» e «relâmpagos»
seria o Sr. do Kur, Lúcifer o deus que ateia o fogo dos
infernos ao céu, com o sol da manhã) e, eram as plenipotências
copuladoras da terra que, com luxúria, fecundavam todas as primaveras
com o esperma mais fértil do universo, a «chuva»!
«Fulminar» (< Lat. fulmin < Kur-Min (=> Min-taur => Minotauro)
> carminae)
«Tridente» (< Tyr-dente, lit. «dentes de Kur»); «raios e coriscos»
(< kurish = Iscur) e feixes de cobras;
«Flamejar» (< Lat. flama < Phur-Ama < Kur-Ama > kerma > Erma) e
«Relâmpago» (< relâmpejos < relampo = re-lampo < Gr. lampo, brilhar
< *Uram-pho, lit. «luz de Urano, o céu?
> Kuran = Kur-An, lit. «Kur no céu»
> Grec. keraunos ou o celta Cernuno.
> Sumer. Ish-kur
Tib. dorje < Kaur-she > Cret. *Kaurija > Warja > Hind. vajra.
Zeus Keraunos, Zeus (Dios), deus dos relâmpagos e por isso O destruidor. Nestas funções, Zeus tinha o cognome de Ombrios em Hymettos.
Ombrios < Aum-Wer-ius <= Him-Ker < Kima-Kur,
lit. “guerreiro de *Kima, a deusa da Terra Mãe! > Umbria => «sombra»
Umbria = Roman Goddess of shadows and secrecy.
Figura 9: O molho de «raios e coriscos» era transportado pelas águias.
Estas
aves de rapina, com os seus voos rasantes sobre os vales ensombrados
pelas nuvens carregadas de borrasca, prenunciam, como os milhafres, as
tempestades. As cobras que se sabe serem repasto predilecto das aves de
rapinam acabavam por ser transportadas para o céu onde o seu espírito
luminoso acabava na forma serpentina dos relâmpagos.
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GLAMOUR
A propósito de glamour podemos
divagar um pouco pelas ondas dos delírios poéticos da imaginação
criadora com que se tecem os mitos e se descobrem e inventam os sentidos
das coisas e ir encontrar a semântica do brilho feérico do mar nas
noites em que as portas do outro mundo se abrem para deixarem a epifania
do espectáculo trágico e sublime das tempestades marítimas!
Glamour = [Scot. glamour, glamer; (cf. Icel. gl[‘a]meggdr one who is troubled with the glaucoma (?); or Icel. gl[=a]m-s?ni weakness of sight), glamour; gl[=a]mr name of the moon, also of a ghost + s?ni sight akin to E. see. Perh., however, a corruption of E. gramarye.]. A charm affecting the eye,
making objects appear different from what they really are (…)“It had
much of glamour might To make a lady seem a knight”. –Sir W.Scott.[6]
Claro que o «glaucoma» é uma doença moderna que pouco pode ter feito pela origem romântica do glamour!
Used by Sir Walter Scot in the now archaic sense of “magic spell, magic charm, enchantment” (…) because of special powers often attributed to learned man.[7]
A magical spell or charm (archaic) [Early 18th century. Originally a Scottish English alteration of grammar, meaning "enchantment, spell."[8]]
Pelo
menos assim o penso até que os gramáticos da língua inglesa se ponham
de acordo entre si! A meu ver, a etimologia clássica tem tido mais de
imaginação criadora delirante do que de hermenêutica contextual. É
estranho que em mais nenhuma outra língua se tenha confundido os
respeitáveis e sisudos gramáticos da tradição greco-latina com druidas
da tradição celta irlandesa decifradores de misteriosas runas antigas.
Nem mesmo o calão luso «gramar», com a conotação de engolir ou suportar
(uma sova ou uma praga), parece derivar do nome dos gramáticos que por
mais castigadores e chatos que fossem não deixavam de ser respeitáveis.
A
meu ver, as correlações com os termos islandeses referidos são muito
mais adequadas do que a corruptela do nome dos gramáticos. Se bem se
reparar todos estes termos, dos modernos e relativos a males dos olhos
aos mais antigos e relativos aos fantasmas gerados pela fraca visão ao
luar, são, no fundo, reminiscências de pragas de «mau-olhado», (a charm affecting the eye making objects appear different from what they really are)
bem conhecidas do povo medieval e que só o mero equívoco de meios
ignorantes poderia ter atribuído a gramáticos com nomes deformados!
Quanto muito estamos no domínio das ressonâncias étmicas em que
sugestões semânticas homólogas poderão ter servido de reforço para a
evolução anómala de certas palavras por influência de outras.
A
verdade é que o «glamour» ressoa a palavra com «charme» francês mas de
facto, entre ambos os termos pode haver tanto de semântica quanto de
etimologia:
Charme ó Lat. (bulla) carma ó carma or, lit. «charme dos olhos» (o mesmo que «mau-olhado») > carmaor > cramour (> «creme» de beleza = bruxaria de encantar) > glamour! Sendo assim, estamos na semântica da ilusão enquanto erro mágico de visão e, por isso mesmo, a semântica mais adequada para a palavra inglesa glamour pode ter sido a que se supões ter sido a raiz para o nome do mar, gleam, glimmer.
Ver: ESCAPULÁRIO (***)
Gle-e > Gle-am ó glim-mer ó Icel. gl[=a]mr > glamour, seguramente um trocadilho de glee inglês com amour francês num galanteio de gleemen à maneira provençal para a magia do amor à primeira vista enquanto clamor e charme de
olhos carentes! O facto de os termos com mais semelhanças fonéticas com
estes terem ficado nas línguas latinas com ressonância mais sonoras
permite aceitar que, mesmo assim, permanecemos no domínio dos grandes
vector de informação natural presente no espectáculo mais sublime que
eram as trovoadas relampejantes dos «deuses manda chuva»!
Lat clamor / clangor > «clamor e clangor»!
<* glancor / glamor ó glamour???
Lat. fulmin < Kur-Min (=> Min-taur => Minotauro) > carminae.
Lat. fulmin < Lat. flam-< Kram- < Carm- > *crim- < Lat. Crimen.
Lat. flama < Phur-Ama < *Kur-Ama > Carm(a) > Erma > Hermes.
Gleam, glimmer < Lat. *clim- > «clima»
< Gr. klíma, inclinaçãos??? «lâmpada» < lamp-
ó Limb- > «Limbo»
«Relâmpago» ó «lampejo» > lampo < lamp-
> Gr. lampo, (= brilhar) < Ramp < *Uran-pho?,
lit. “luz de Úrano”, o céu? < Ur-Anki > Kaurano.
A
teoria das raízes semânticas, indo-europeias ou não, caídas do céu ou
nascidas por geração espontânea, cada vez se revela tão desadequada à
realidade linguística, revelada à luz da mitologia, quanto é inverosímil
o mito dos indo-europeus.
Slam
= " estrondo" 1672, provavelmente de um Scand. fonte (cf. Norw. slamre,
Swed. slemma "bater palmas, estrondo ") de origem imitativa.
(…)
Slam (2) = "ganho em todos os lances de um jogo de cartas, " 1621,
especialmente usados em whist, de origem obscura. Grande Salam foi
primeiro atestado no jogo do bridge em 1892.
Norw. Slam-re, Swed. Slemma < Chlama ó Lat. Clama-re.
Independentemente
da influência circunstancial que a sonoridade imitativa impões ao
significado das palavras a verdade é que o sentido final destas foi
sempre definido pelas circunstâncias do seu uso que por serem quase
sempre relativas a rituais sociais de grande importância ficaram na
memória linguística dos povos. No caso, o slam
dos ingleses seria uma reminiscência do estrondo guerreiro dos
normandos que em tempo de paz (hebr. Shalom) seria um bater de palmas
aos vencidos dos torneios em honra do deus da guerra da guerra, Kharum, Kaurano.
É evidente o seu acesso ao mistério das raízes linguísticas teve de
esperar pelo sec. V ª C para que Sócrates, Platão e Aristóteles o
desvendassem! Como as ditas raízes linguísticas não passariam de
resíduos linguísticos de ideias gerais é bom dar conta que seria pouco
credível que os povos primitivos conseguissem chegar, mesmo
intuitivamente, a ideias gerais somente a partir do uso e abuso da
linguagem comum que tendia naturalmente a ser feita de ideias
particulares, muito concretas e próximas dos limites do, já de si limitado,
senso comum. Pensar que, pelo facto de os clássicos terem tido uma
língua suposta nos limites da cultura indo-europeia, todos as línguas
deste grupo seriam tão aprimoradas nas suas origens como pareceram ter
sido as línguas clássica é pura ilusão de óptica! Nem as línguas
clássicas deixaram de ter tido um passado arcaico para poderem nascer
por geração espontânea, tão adultas e crescidas como se revelam no auge
do classicismo, nem seria credível que qualquer língua, enquanto
realidade cultural que é, não crescesse e se complexificasse com os
progressos e riqueza civilizacionais dos povos que as desenvolvem.
Ver «DEUSES DO FOGO» (***) & ETIMOLOGIA DO NOME DE HÉRCULES (***)
TESHUP, ZEUS & JÚPITER
Figura 10: Teshub ou Teshup, o deus supremo dos hititas é também o deus dos raios e curiscos das tempestades.
Burijas (Burigas) A war god of the Iranian Kassites. He conquered Babylonia in the 6th century BC. Also known as Burigas.
Tistrya (Tishtrya) The Persian god associated with the rains and fertility,
the personified deity of Sirius the Dog Star. He leads the armies of
Ahura Mazda against the forces of evil and he defeated the archdemon Apaosa. The forth month and the thirteenth day of the month are dedicated to him. He shows some similarities with the Armenian god Tir.
In Sumer, He is known as Ishkur, and is already metnioned in the Fara god-list. His cult-center was Karkara, and his temple the E-karkara, described in the Sumerian Temple Hymns.
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The name of the Hurrian storm-god, Tessub, which should strictly be written Tessob according to the orthography of the Mittani letter (the variant form Tessoba occurs in the onomasticon), is without etymology, but may well be genuinely Hurrian. Tessub is attested first in Hurrian personal names of the Ur III and Old Babylonian periods. The first attestation for the storm-god himself occurs in the Hurrian inscription of Tis-Atal of Urkes (Ur III period), where the name of the god is already written logographically (dISKUR). Nothing is known about the history of the god before Hurrian dynasties established themselves in the Upper Mesopotamian area. Tessub certainly belongs to the old Hurrian pantheon and shares his roots with the Urartian storm-god Teiseba, who is only attested in the 1st mill. — THE STORM-GODS OF THE ANCIENT NEAR EAST: (…) PART II DANIEL SCHWEMER
Teshub <= Chu-wi + Te(os) > Jupt + er =>
Chu + pater = Júpiter!
Tudo
isto significando que as revisões teológicas dos tempos mitológicos
eram também processos de reforma cosmológica e geográfica!
As ressonâncias tonitruantes de Iscur chegaram a todos os cantos do mundo antigo incluindo a civilização do fogo dos indo-arianos. Na Pérsia vamos encontrar Burijas, com estranhas semelhanças com Bórias, o deus dos ventos das tempestades e Bor, o deus da luz fosforescente das auroras boreais.
He is the son of either Anu or Enlil, and also twin brother of Enki. As
Adad properly speaking, He is attested from the pre-Sargonic period
onwards. His main followers were among the populations of northern
Babylonia and Syria. In the second millennium Before Common Era, Adad
was the city god of Halab (Aleppo) but in other areas of Syria
especially in the West, he merged with other weather gods, such as Baal
and Dagan. The Phoenician Letters state that His consort is Shalla, the Corn Maiden. In the Hititte god-lists, the Sumerogram Shal.lugal mean divine queen, and stands for the many different female deities who were worshipped in the major towns.
Burijas < Burigas < Wurisga < Kuriska ó Eshkur
< Wulik-(as) => Vulcano.
<= Kurish = Esur.
E vamos ainda encontrar Tistrya.
Tistrya < Tria-tis = Isttria < Istira < Isthura < Ish-Kur > Port. Escuro.
Karkara => E-karkara, lit. “casa (divina) de Karkara < Kur-kur(a), o que campeia de monte em monte desde a alba ao por do sol?
Neste sentido o Escuro seria o equivalente nocturno do sol, uma espécie de Apolo Escotaios > Kyr-Kal > Hercal(es).
Sendo assim confirma-se a tese de Heródoto de que Hércules teria sido um dos deuses mais antigos, ou seja, um dos nomes primordiais do sol!
Shal.lugal = Shal-lu(-Gal) < Shal-la < *Kar-la[9] > Shalla
Perun < Pher-(Ki)- Anu < Ker-anu < Kur(-An), a forma infernal de Enki, o Sr. das Furnas, pai de Iscuran (ou o próprio como (Mel)*Kartu, filho do Abzu/Kur.).
Perkunas < Pher-Ki-Anu < Ker-anu-Ki > Ish-kur-an.
< Kur-kian > Wulkian > Vulcano.
> Thur > Thor.
A supreme god, Perun
was represented as a human being with a silver head and a golden
moustache. Awarrior god, he took part in the battle of heaven, with
thunder and lightening, and of the earth with soldiers: in effect, he
was right in the middle of the fighting troops. The treaties were signed
in his name. As a beneficent god he came in the springtime to bring
rain, fertilize the earth, chase away the clouds and make the sun shine.
However, it was also said that he destroyed the countries of wicked men
with hail. Perun was believed to be the Slavic version of the Germanic
god, Thor, and the Jupiter of ancient civilization. His name, like Thor’s, means thunder. He was also likened to Perkunas,
the Lithuanian god of thunder. The cult of Perun spread throughout the
Slavic countries, from Czechoslovakia to northern Italy. When
Christianity appeared, he was assimilated to the prophet Elijah, master
of the elements.
Perkūnas (Lithuanian:
Perkūnas, Latvian: Pērkons, Old Prussian: Perkūns, Finnish: Perkele,
Yotvingian: Parkuns) was the common Baltic god of thunder, one of the
most important deities in the Baltic pantheon. In both Lithuanian and
Latvian mythology, he is documented as the god of thunder, rain,
mountains, oak trees and the sky.
Tanto Júpiter quanto Zeus derivam do mesmo antepassado do deus Hitita Teshup,
que já teria sido também deus dos micénicos, e que, em todo o caso
seriam a sobrevivência de um arcaico deus da guerra e do fogo que mais
não seria na origem do que uma forma de dizer “filho de Deus” que com o
tempo e com a natural evolução das gerações se transformou em “deus
pai”!
Suspeita-se que Techuva fosse um deus Egeu já existente na civilização minóica onde seria também um deus taurino.
Suspeita-se também que uma das variantes do seu nome seria *Te-icheba que seria literalmente o filho da deusa mãe *Heba / «Eva», que ao casar com o filho passou a Hebat / *Kikat / Hekate.
Suspeita-se sobretudo que Techuva seria já uma forma elíptica de *Te-Chu(r)-ka com o significado habitual de aquele que transporta a vida (ka)! Ora, de *Te-Chu(r)-ka vai-se facilmente a Sume. Iskur ó Cret. *Kurijo.
Ashur < Hashur < ka-Chur < Chu(r)-ka
Teshup < Teicheva < *Te-Chu(r)-ka < Te-Kur-Sha < *Kurijo.
Sabe-se ainda que os dois touros sagrados dos hititas Seri & Hurri eram a lua e o sol e ou então o sol nocturno e o sol diurno.
Seri < Ker + inu > Selino > Selene.
Seri lembra Selene e Hurri seria então o sol do meio-dia como Hórus.
Hurri lembra os «curros» dos touros e os «corrais» dos bois e é
obviamente o étimo dos hurritas que trariam sido o povo de montanha e de
transição entre a cultura suméria e a indo-europeia emergente cerca de
2500 anos antes de Cristo.
A
relação taurina dos deuses manda chuva das tempestades e da guerra é
incontornável ao ponto de na caldeia o número de chifres das tiaras
divina manifestar a sua importância no panteão das cidades. A força de
touro foi a metáfora mais eloquente para a dinâmica dos ventos durante
uma tempestade e o tropel de uma mandada de bois ou de bisontes a
comparação mais adequada para o fragor tonitruante de uma tempestade.
Por isso mesmo, o nome de alguns deuses das tempestades orientais era
literalmente o touro como Taru do hates e Kura de Ebla. Sem grande espanto então taurino era Taranis deus das tempestades gaulês.
The name as recorded by Lucan is unattested epigraphically, but variants of the name include the forms Tanarus, Taranucno-, Taranuo-, and Taraino-.The name is continued in Irish as Tuireann[…], and is likely connected with those of Germanic (Norse Thor, Anglo-Saxon Þunor, German Donar) and Sami (Horagalles) gods of thunder. Taranis
is likely associated with the Gallic Ambisagrus (likely from
Proto-Celtic *ambi-sagros = "about-strength"), and in the interpretatio
romana with Jupiter.
Taurinos eram também muitos dos nomes de deuses da Lusitânia.
Tueraeu (ares teraeu, bandevélugo toiraeco) – Deus lusitano dos Paésuros.
Turiaco (turiacus,
turiago, cosus turiacus) – Deus muito poderoso venerado no norte da
Lusitânia pela tribo dos Gróvios Calaicos. É o Deus do Poder, é o Senhor
da Guerra e o Rei do seu Povo adorador.
Turolici – Divindade adorada pelas tribos Calaicas.
Teshub (also written Teshup or Tešup; cuneiform dIM; hieroglyphic Luwian (DEUS)TONITRUS, read as Tarhunzas) was the Hurrian god of sky and storm. Taru is the Hattian form derived from Teshub. His Hittite and Luwian name was Tarhun (with variant stem forms Tarhunt, Tarhuwant, Tarhunta), although this name is from the Hittite root *tarh- "to defeat, conquer".
Figura 11: Variante arménia Teisheba.
Techuva, o
deus que faz jus ao nome por ser o “manda chuva” dos hititas e que por
isso mesmo, era chamado genericamente o “deus das tempestades”. O
tridente que parece ter na mão esquerda seria um feixe de raios de
trovoada e, na mão direita, o machado de guerra, muitas vezes duplo.
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O seu animal de transporte era o touro (Seri & Hurri) que seria, em tempos arcaicos pré-neolíticos, com o «bisonte», o rei da caça nas estepes. Por isso mesmo se diz que *Te-Chuva era um deus Hurrita que derivava do Hático Taru que tinha o nome hitita e luvita Tarhunt com as variantes Tarhu; Tarhuis; Tarhum; Tarhunna; Tarhunzas.
«Touro» < Taur < Taru < Tar-hu < Tar-huis < *Tar-Ku-ish
> Tarhunzas < Tarkunsha ó Tar-Kunina > Tarhunna.
> Tarhunzas < Taršunza < Taršunta < Taršunt < Tar(u)-šu-wan-t(e)
< Kur– Chu–Ki-An-te < Kur–Chu-Kan => Kur–Chu = Chu-Kur
> Ishkur > «Escuro».
> Chu–Ki-An-te = (An) Te Chu-wi > Tešup
< Kur-Chu-Kian < Kur-(Ki)-Ku-Kan > Maia Ku-kul-cán.
In the Hieroglyphic Luwian inscriptions of the first half of the 1st mill. the storm-god Taršunza is very often supplied with the epithet “of heaven” (tipasasis Taršunzas), without a divine manifestation different from the simple Taršunza being meant by it (cf. for example the alternating use of tipasasis Taršunzas and simple Taršunzas in the inscriptions of Katuwa from Karkamis). Apparently in the Phoenician-speaking area the phrase balsmm “Baaal of Heaven”, which also serves to translate tipasasis Taršunzas in
the Phoenician- Luwian bilingual of Karatepe, developed into an
independent manifestation of the storm-god that occupied a prominent
position especially in the Syro-Palestinian religions of the Hellenistic
and Roman periods. (…)
The Hattic storm-god was called Taru; his name is written syllabically and with the usual Sumerograms (dISKUR, d10).
It is unclear whether the Hattic name of the god, who is also
represented theriomorphically as a bull, is to be connected with the
bull-word as attested in Semitic and Indo-European languages.41 The
name of the Hittite-Luwian storm-god is attested in various forms, all
of which ultimately go back to the Indo-European base *tro h2-, which is continued in Hittite as tarš – “be powerful”, “overcome”.42 The most important form of the name in Cuneiform Luwian is Taršunt– (< *taršuwant–), a participial form which has a Vedic cognate with the meaning “storming along”. In Hieroglyphic Luwian the nominative form Taršunz (Taršunt-s) is secondarily thematised in -a, whereby the stem as used in the nominative and accusative are produced (Taršunza-). Beside the participial form the shorter form Taršu- occurs, which especially in Hittite is then extended to the (secondarily thematised) n-stem Tarš unn(a)-, though Hittite texts also use frequently the Luwian form Taršunta– with a-thematisation. — THE STORM-GODS OF THE ANCIENT NEAR EAST: (…) PART II DANIEL SCHWEMER.
A
arqueologia linguística é fascinante pelo inesperado dos seus
resultados esperançadamente procurados. De facto esperava-se que o nome
anatólico do “deus do céu” Taru-Taršunza se revelasse como dentro do quadro dos restantes deuses das
tempestades levantinas e acabasse por nos iluminar o caminho «Escuro»
deste deus inevitavelmente poderoso e infernal. Não estávamos era à
espera que nos revelasse uma ligação umbilical com o deus dos ventos e
das tempestades maias Kukulcan, a serpente emplumada dos
turbilhões e furações das tormentas, confirmando-se assim que no centro
desta mitologia estavam conceitos empíricos de natureza atmosférica
elaborados pelos povos egeus.
Taršunza fazia parte da luvita que era: Tarhunt, Kubaba & Kar-huha.
O deus dos infernos do Kur da suméria que era Enki e se chamava também ora Adade ora o «Escuro» foi o deus protótipo de todos os deuses taurinos e de fertilidade agrícola, dos tremores de terra e das tempestades.
Aportaré ahora, de mi propia cosecha, una posible raíz toponímica: Cacunus. Entre los sabinos hay un dios de las alturas que es Júpiter Cacunus, según indica María de los Ángeles Penas Trueque ("Los dioses de la montaña", en Mitología y mitos de la Hispania Prerromana, Akal, Madrid, 1986).
Claro que este Júpiter Cacunus (< Cacu-Anu(h)s), é lit. “Caco, o filho de Anu, o Sr. do céu”, o que não é mais do que uma reminiscência do velho deus do fogo que foi Caco.
Kar-huha < Kar-cuca > Karoco > Karocho ó Ish-Kur
Caco < lat. Cacus < Kauku(s) < Kuku(s) < Kikush < Kiki-ish >
*Kiwiish > Ziw-ish > Zeus < Chu–awi–ish > Jau-wis > Jovis > Jove.
Vediovis was a ‘juvenile’ version of Jove and a temple (the second of three) was dedicated to him on this day in 192 BC.
Vediovis < Vethe-Ovis, lit. *Phiat, o filho (ish) de Ki (Phi),
o vate ovelha como Khnum ou Amon < Vate-Ophi-ish,
a divina (vate) cobra (ophi)!
Sep < Sepa = An Egyptian chthonic god.
Ophis < Ops < Sep < Sepa < Shepha < *Ish-Ka,
lit. “filho da vida”.
Sopd < Sopdu < Septi < Sep + tu < *Shaphitu < *Ishkito.
Estas variantes de *Ish-Ka e seu filho *Ishkito podem ser considerados como elos étmicos da criação do deus hitita Teshup por meio de Resheph.
Figura 12: Zeus / Júpiter em toda a sua pompa grandiloquente e alexandrina de deus “manda chuva”![10]
Tal como Teshup (= Te + Chup) seria uma composição do genérico Te(os) com Shup, Resheph (= Re + sheph) seria Ure + Shephu, o jovem guerreiro *Ishkito filho de *Ish-Ka. De facto, já Amurru teria sido Ma Uru, o jovem guerreiro de sua mãe e Aleyin < Arejinu < Haurakino < Kar-kino, filho de Crono e da deusa mãe, Geia ou Kika.
Resheph (Reshpu), the Egyptian version of the Sumerian Aleyin/Amurru, originally a vegetation god, regarded by Egyptians as a warrior.
Wer-Shupat < *Ureshep = Ra + Shephu [11]> Reshpu > Resheph.
Ora, Júppiter era grafia antiga deste deus o que pressupõe que na origem se sabia que este deus era *Shup < (Re)Shpu < Shephu. Ora, este deus *Shup não foi senão o mesmo Teshup = Te(o)-Shup, dos Hititas.
*Shup > Shuw > Shiw(a) < Kiwa < Kiko
> Ziwa > Zeus.
Hur(ri) < Kur > Ker > Ser(i).
> *Kaur > Kar > Thar > Tar.
Sumer Ish-Kur ó Luv. Kar-huha < Kar-cuca > Karacu > Karacho
=> etc.
Tar-hun-t(e) = Tar-Hun-d(e) > Tar-hun < Hattic. Taru = Hur. Te-shub.
<= Figura 13: Techuva.
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Figura 14: Júpiter Dolichenos = Zeus Velchenos (Roemermuseum) =>
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Naturalmente que teria havido alguma relação fonética entre *Te-Chuva e Tar-hun-t(e) que não parece patente a menos que se postule que este último se pronunciava *Tra-Chun-te.
> Te-Xu-co > «Texugo» > Techuva.
*Tra-Chun-te = Te-Xu-(na)-tar > (Te)-Xu-We-tar > Xu-pe-ter > Júpiter.
Sutekh
é um deus das tempestades de origem de Hurrita adoptado no panteão de
Hitita. Foi identificado no selo de um tratado Hitita/Egípcio entre
Hattusilis II e Ramesses II em 1271 AC. Sutekh provavelmente é outro nome para Teshub. No entanto, o deus egípsio dos estrangeiros Set também se pronunciava Seth, Sutekh or Seteh. Por outro lado, Sebek (Sobek) foi um deus crocodilo do antigo egípto, às vezes identificado com Ré ou com Seth, e considerado o filho de Neith.
Estas
identidades que à distância nos parecem estranhas e possivelmente meras
coincidências teriam sido nos tempos arcaicos meras variantes locais
duma mitologia que tenderia a ser comum a todos os povos que partilhavam
a mesma cultura sem rivalidades nem guerras de religião.
É certo que Sete era Saturno, deus da geração de Crono e pai de Júpiter mas também é verdade que Su-te-kh
seria apenas uma variante genitiva de Xu, o deus «enxuto» e “manda
chuva” dos egípcios, gerado pela respiração de Atum, deus hermafrodita.
Se Atum for da geração de Urano então Xu é que teria sido Saturno tanto mais que a Enéade da cidade de Heliópolis {Papiro Bremner-Rhind} diz:
No
princípio existia apenas as águas de Nun, das quais emergiu a colina
primordial. Nesta colina encontrava-se um deus que se tinha gerado a si
próprio, Atum. Através do sémen produzido pelo acto de masturbação do
deus, nasceram outras divindades, Chu (o ar) e Tefnut (a húmidade). Este
casal procriará e dele surgem Geb (a terra) e Nut (o céu). Estes
últimos geram quatro filhos: Osíris, Ísis, Set e Néftis.
Assim, Su-te-kh seria um deus da 3ª ou 4ª e por isso o equivalente de Techuva, Zeus e Júpiter
o que espantosamente significa uma relativa unanimidade no essencial
das filiações divinas das primeiras gerações de deuses de todos os
panteões neolíticos.
Sutekh ó Sobek
Seth < Chu-t(u) < Shu-teko < Sutekh > Shutek > Te-Shuk
> Teshub ó Shupte® = Teshub + Taru.
Brihaspati (identified with the planet Jupiter), teacher of the Gods.
Brihaspati º Júpiter / Zeus.
Brihaspati < Bruxas-pat, [12] < *War-Chu-Wat > Wer-Shupat = Shupat Wer > Shupetuer > Jupeuter > Jupiter!!!
Te-shu-p > Shup-te > Shu-pat(er).
Assim, a verdade é que este deus seria uma mera corruptela duma invocação guerreira do nome do deus hitita Teshup, esposo da simpática deusa dos agoiros hepáticos, Hebat / Hecat.
Ver: ZEUS (***) & JUPITER & DEUS PAI (***)
& LABRIS / SUASTICA (***)
Como veremos adiante nesta série de teónimos de deuses levantinos das tempestades deveria estar o deus hindu Xiva ou Civa como equivalente de Techuva e Ziwa / Zeus. Claro que na mitologia hindu actual este facto não é claro porque o papel de deus das tempestades cabe a Indra e a Rudra. No entanto, sabemos que Rudra pode ser apenas um epíteto de Xiva e quase seguramente uma corruptela do caldeu Nin-urta.
Seja
como for, a ideia arcaica que se poderia fazer de um macho dominantes
do matriarcado minóico na forma taurina de deus das tempestades seria
precisamente a de Xiva, sobretudo na forma mais terrível que é Bairava.
Figura 15: Kali & Bhairava in Union, 18th century, Nepal.
Bhairava, por vezes, conhecido também como Bhairo ou Bhairon ou Bhairadya, é a manifestação irada de Shiva, associada com a completa aniquilação do mal.
Pois bem, sendo Kali a manifestação hindu de *Kurija, a deus mãe das cobras cretenses, Bhairava seria o seu macho dominante que com ela faria cumprir as leis da Natureza.
Bhairava < Kairawa
< Kauraka > «Escuro».
Dito de outro modo, o lado negro de Xiva revela de facto que o deus das tempestades sumério era cretense, e macho dominante da deusa mãe Ker ou cret. *Kurija.
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Figura 16: Zeus Labraundos. O machado duplo (labrys) destes deuses seria o símbolo do poder que os unia á tradição taurina minóica.
Te + Xiva = Texiva < Techub é de fato a forma elíptica de Teshub.
*Kurija seria o nome cretense deste deus e é por isso que o machado duplo aparece nas mãos de Júpiter Dolicheno e de Zeus Labraundos…e por vezes nas de Teshup.
*Te-Chu(r)-ka seria o núcleo semântico de todos os deuses manda chuva.
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[1] THE GOD DAGAN IN BRONZE AGE SYRIA, BY LLUÍS FELIU.
[2] Quanto muito, hadda (> kada > «queda») terá contribuído, por ressonância, para a estranha formação do termo «queda» (forma contracta de caída > queida > «queda»), s. f. acto ou efeito de «cair» < Lat. cadere. No entanto, ainda que se fale na «queda dum raio», rogamos pragas na forma de «mil raios os partam» mas não dizemos: mil raios lhes caiam em cima!
[3] Sumer: As-Ka; Anuv; Ku-Mal: Ma-A-Tu = Aries; Tempest God = Din Gir Im. Im = Clay, Clay tablet, Mud, Rain, Speed, Wind, Im-Hul = Evil wind; Im-Hul = Wind (evil); Imma = Lord of canals (Aquarius); Im-mer = son of Enlil.
[4]
Amurru and Martu are names given in Akkadian and Sumerian texts to the
god of the Amorite/Amurru people, often forming part of personal names.
He is sometimes called Ilu Amurru (DMAR.TU). He was the patron god of the Mesopotamian city of Ninab, whose exact location is unknown.(…)
He
is sometimes called bêlu šadi- or bêl šadê, ‘lord of the mountain’;
dúr-hur-sag-gá sikil-a-ke, ‘He who dwells on the pure mountain’; and
kur-za-gan ti-[la], ‘who inhabits the shining mountain’.
Amurru
also has storm-god features. Like Adad, Amurru bears the epithet rama-n
‘thunderer’, and he is even called ba-riqu ‘hurler of the thunderbolt’
and Adad ša a-bu-be ‘Adad of the deluge’.
Amurru’s
wife is sometimes the goddess Ašratum (see Asherah) who in northwest
Semitic tradition and Hittite tradition appears as wife of the god E-l
which suggests that Amurru may indeed have been a variation of that god.
Another tradition about Amurru’s wife (or one of Amurru’s wives) gives her name as Belit-Sheri, ‘Lady of the Desert’.
[5] Nota: O nome actual desta cidade é Ehnas, nome que sempre terá tido este ou outro parecido pois o nome grego Heracleopolis era uma mera tradução grega do facto de ser a cidade onde Heryshaf era adorado como sendo o correlativo de Hercules. Ora, tudo aponta para que o nome destes deuses derive dum epíteto de Enki.
[7] © 1999 : Eugene J. Cotter – all rights reserved
[9] > «Carla» esposa de Carlos.
[10] Cores cibernéticas do autor a partir de desenho da obra “Pitture di vasi fittili, esibite dal cav. F. Inghirami per servire di studio alla mitologia ed all storia degli antichi popoli”
[11] Lit. é, tal como soa, “o chefe é Rê”!
[12] Lit. “pai das bruxas” filhas de Hecate / Hebate?
E porque não? Nos tempos arcaicos estas entidades poderosas pela sua
magia seriam tanto ou mais respeitáveis do que as santas da cristandade
uma vez que acabavam divinizadas.
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