Então eles ouviram o Conde de Cadwr de Cornwall ser chamado, e viram-no subir com a espada de Arthur na mão, com um desenho de duas serpentes no cabo dourado; quando a espada foi desembainhada foram vistas as bocas das duas serpentes que estavam como duas chamas de fogo, tão terríveis que não era fácil a qualquer um olhar-las. Então o anfitrião pos ordem na sala e a comoção baixou, e o conde voltou à sua tenda. " Iddawg, onde está o homem que trouxe a espada de Artur? (pergunta para Rhonabwy) “Conde de "Cadwr de Cornwall, o homem cujo tarefa é armar o rei no dia de batalha e de conflito". De, O Sonho de Rhonabwy, de O Mabinogion, traduzido por Jeffrey Gantz.[1] |
Não há muitas mitologias a respeito de armas místicas que nos permitam confirmar a etimologia aqui proposta mas ao reler as lendas do rei Artur dos britânicos deparamos com a mística Excalibur e é então que não podemos deixar de encontrar nela estranhas ressonâncias com o “machado duplo”, labrys, dos cários.
Ver: LABURINTO (***)
Excalibur = King Arthur's sword, c.1300, from O.Fr. Escalibor, corruption of Caliburn, in Geoffrey of Monmouth (c.1140) Caliburnus, probably a variant of the legendary Ir. sword name Caladbolg, which may be lit. "hard-belly," i.e. "voracious." -- www.etymonline.com.
A lendária Excalibur, a espada do Rei Artur, dotada de poderes misticos, dita que poderia cortar aço. Em galês, é conhecida como Caledfwlch. Segundo o épico Suite du Merlin, foi entregue ao Rei Artur pela Dama do Lago, quando sua espada original foi destruida em uma batalha, contra o Rei Pelinore. Já no poema de Robert de Boron, Merlin, a excalibur é a espada da lenda da Espada na Pedra, na qual uma misteriosa espada apareceu traspassada em uma pedra, e apenas o rei por direito de toda Britannia poderia retira-la. -- Wikipédia, a enciclopédia livre.
O nome Excalibur vem de Excalibor em francês antigo que veio, por sua vez, de Caliburn usado em Geoffrey de Monmouth (c. 1140) (Caliburnus latino). Também há ortografias variantes como Escalibor [2]e Excaliber (o último usado nos livros de Howard Pyle para leitores mais jovens). Uma teoria assegura que Caliburn[us] vem de Caledfwlch que em troca vem de Caladbolg ("barriga-pesada", i.e. voraz "), uma espada irlandesa lendária (veja a seguir). Outra teoria (encontrada na Nova Enciclopédia Arturiana, 1995) estabelece que "Caliburnus" é, afinal, derivado do latino chalybs “aço” que, em troca, derivaria de Kalybes, o nome de uma tribo Sarmacia de ferreiros. Outra teoria assegura que Excalibur derivou originalmente de ensis caliburnus, espada Calibiana o que poderia apontar a uma origem mediterrânea. Isto é notável e usado pelo historiador Valerio Massimo Manfredi no seu romance “A Última Legião (2002)”.
De acordo com o Brewer's Dictionary of Phrase and Fable by Ebenezer Cobham Brewer, Excalibur foi derivado originalmente da frase latina Ex calce liberatus, "liberto da pedra". Em Malory, diz-se que Excalibur significa "corta-aço " que alguns interpretaram como "aço-cortador".
(…) Na lenda galesa, a espada de Artur é conhecida como Caledfwlch. Em Culhwch e Olwen, é uma das mais valiosas posses de Artur e é usado pelo seu guerreiros irlandês Llenlleawg para matar o rei irlandês Diwrnach para lhe roubaar o caldeirão mágico. Pensa-se que Caledfwlch deriva da arma irlandesa legendária Caladbolg, a espada de raio de mac de Fergus Roich. Caladbolg também era conhecido por seu poder incrível, e foi usada por alguns dos maiores heróis de Irlanda. [3] . -- From Wikipedia, the free encyclopedia
Kalybes (Χάλυβες, Χάλυβοι) eram uma tribo sármata da Antiguidade Clássica acreditada com relacionada com a invenção de indústria do ferro. Χάλυβς “ferro temperado, aço" Eles instalaram-se a norte da Anatólia, aproxime-se das costas do Mar Preto, do Halys para Pharnakeia e Trabzon no leste tão longe quanto para o sul a Arménia.[4]
A possibilidade de poder relacionar os Chalibes da Sarmácia com aldeia de Kalibe na Creta moderna parece fora de questão na medida em que esta localidade parece ter herdado o nome dos árabes por ser um local de cabanas (de canas e colmos?). Muitas vezes a etimologia tardia tende a ser de conveniência e circunstância e este pode ser um desses casos. Antiga cidade minóica inteiramente desconhecida por qualquer tradição escrita ou oral na época da colonização de Creta pelos árabes sarracenos, expulsos de Córdoba por volta de 813, estaria já em decadência final reduzida e algumas cabanas rurais. A ideia de que algumas centenas invasores árabes teriam ali construído as suas cabanas antes de conquistarem a ilha é plausível mas estranha já que normalmente os árabes acampavam em tendas e as cabanas seriam mais típicas dum aldeamento rural mediterrânico. Mais estranho é que ainda hoje se regista ao lado da Kalives cretense uma localidade denominada Kalami, sugestivamente relacionada com o calamus latino.
Kalami is a small village 8 klms east of Souda, with a few houses and unique atmosphere. From here you can enjoy a gorgeous sunset drinking authentic greek coffee. Kalyves is a seaside village on the south side of Suda bay, with a beautiful beach. The ancient city of Kissamos is supposed to be laying east of this village, near Aptera, that used to be a seaport |
Now there is only a small Venetian catle. The historians places the ancient city of Tanus between Kalyves and Almyris. Also the name of Kalyves (Huts) is connected with the landing of Arabs in 826 a.D. on the village area where they built their huts; since then this is the name of the village.
Enfim, canas para cabanas existiriam por ali seguramente e com fartura mas não seria preciso esperar pelos árabes para que elas aparecessem em Creta a denominar uma aldeia cujo nome se aparenta estranhamente Kalisté, a mais bela, outrora nome de Tera, a ilha onde o vulcão de Santorini destruiu a civilização minóica. Já então Kalisté seria um equívoco com Karis-teia? Nada repugna aceitar que a tradição metalúrgica dos minóicos tenha emigrado com os cários para a Anatólia, ou vice-versa, pois à época da talassocracia cretense o mundo era redondo e as comunicações intercontinentais recíprocas e recorrentes. De qualquer modo, a revolução da metalurgia deve ter-se espalhado por toda as áreas conhecidas do império minóico e chegado as terras do estanho na Lusitânia onde fundaram a cidade que os latinos chamaram Scalavis < Scalabur ó Santarém < Santar-im, lit. “terra do centauros” ou dos touros de Set / Shem, o deus da metalurgia que foi Sethlan entre os etruscos. Seria Santarém na época dos iberos um centro de famosos ferreiros adoradores de deuses do fogo?
Ver: AZTLAN (***)
Seja como for, a tentativa para encontrar uma etimologia idónea para o nome da espada mágica do rei Artur esbarra com as dificuldades comuns da etimologia e que são a possibilidade da confluência ressonante e recorrente de varias vias etimológicas similares no mesmo conceito, neste caso, uma prodigiosa arma branca de aço que terá feito a diferença na passagem da idade do bronze para do ferro. Assim, nada repugna postular que a verdadeira etimologia de excalibur seja afinal outra, diversa da oficialmente tentada mas nunca verdadeiramente encontrada como não foi o Graal.
Diderot explained that Pliny used acies to represent the word chalybs, i.e., steel in ancient Greek. (…) According to Herodotus (5th BC), Chalybs is the name of a people living in Asia Minor. They were known to prepare chalybdikos (sideros) i.e., hard (iron). This name is not directly a qualification of a technical property but of the geographical origin of the product. -- Linguistic Avatars of Wootz: The Ancient Indian Steel y D.P. Agrawal.
Caladbolg > Caled-fwlch ó Cali-burn(us) < Lat. chalybs (= I. a river in Lusitania, Just. 44, 3, 9.) Latin chalybs, steel, from Greek khalups, khalub-, possibly from Khalups sing. of Khalubes, Chalybes, people of Asia Minor famous for their steel < Ka-lu-wer-is = Ish-Ka-luber > Escalibur.
Ish-Ka-ta > Gr. spáthe > Lat. Spatha > «Espada».
Associada a esta etimologia aparece-nos o nome das terras italianas da Calábria que partilha com a Cantábria o sufixo –bria que a tradição latina nos vem esclarecer como sendo seguramente idêntico a brut e, por isso, suspeito de ter sido derivado como Berit, Beirut, brig-, etc. de *Kertu.
Ver: KERTU (**) & CRETA (****) & TALABRIGA I (***) & II (***)
Cala-bria ó Latin: Brut-tium ou Brutium.
Il primo nome della Calabria sarebbe stato "Aschenazia", dal suo primo leggendario abitatore Aschenez, ritenuto pronipote di Noè. Egli sarebbe approdato sulla costa dove oggi sorge Reggio Calabria che, a memoria della leggenda, ha intitolato a lui una strada, via Aschenez appunto. Secondo il mito greco, circa 850 anni prima della guerra di Troia, vi sarebbero giunti Enotrio e Paucezio, di stirpe enotria e pelasgica, originari della Siria (nell'interpretazione successiva dopo aver scacciato i discendenti di Achenez). Trovando il suolo molto fertile, chiamarono la regione "Ausonia" in ricordo dell'"Ausonide", zona più fertile della Siria.
Il termine "Enotrio" deriva probabilmente dal vocabolo greco "oinos" (vino) che, più che del popolo, era indicativo del territorio ricco di vigneti. Da questo termine derivò quello di Enotria (terra del vino) con cui i Greci indicavano l'Italia meridionale.
Il nome "Calabria" deriverebbe da "Kalon-brion", ovvero "Faccio sorgere il bene", per la fertilità del suo territorio, e può considerarsi un sinonimo di "Ausonia" dal verbo "auxo-abbondo". -- Wikipedia, l'enciclopedia libera
Entre o mito e a lenda via-se chegando a conclusão que a espada do rei Artur era como que uma toledana de bom aço que mantinha do nome da tradição Cária dos fabricantes anatólicos do melhor aço da época e que lhe terão dado nome parecido a Excalibur. De qualquer modo, o poder destruidor destas novas armas de puro aço seria tal que os que eram vítimas dela ficariam completamente «escalabrados», termo lusos sem etimologia por ser da gíria popular que o dicionário nem regista, tal o seu arcaísmo!
«Escal-abrar» O mesmo que escalavrar (< Cast. descalabrar, ferir na cabeça). Com grafia importada directamente do castelhano, este termo significa estragar golpeando, gretando, engelhando. O adjectivo escalabrado designa as pessoas magras, com pouca saúde e mau aspecto. Ex. Fulano está escalabrado, aparenta mais idade do que a que tem. Escal-amouchar-se, Ferir-se em várias partes do corpo. Ex. Teve um acidente e escalamouchou-se todo. -- Palavras e expressões usadas em Moimenta.
«Escal-ar» = • (???de calar???), cortar, estripar (peixe); • golpear;
Sacarrabos = É conhecido pela sua capacidade de capturar cobras e pela sua forma peculiar de deslocação em grupo. Também conhecido por mangusto, manguço ou escal-avardo.
Obviamente que o castelhano «descalabrar» > «escalabrar» terá significado originalmente «escalar» a cabeça com um *escalabre. Seria esta uma arma branca visigótica de fabrico toledano? A maior parte da tradição visigótica perdeu-se com a colonização árabe da península Ibérica. No entanto, existem potencialidades etimológicas na própria língua inglesa cujos britânicos antigos seriam dos maiores importadores de toledanas. Na verdade, a toledana de Alfonso X o “Sabio" era, pela beleza da sua forma e pela dureza do seu aço, temperado pelas areias do Tejo, uma boa candidata a irmã gémea da espada Excalibur.
La descripción más antigua de las espadas de Damasco data del año 540 de nuestra era, pero pueden haber estado en uso mucho antes, incluso en la época de Alejandro Magno (ca. 323 A. C.).
Figura 1: Espada Alfonso X o “Sabio" ou Excalibur? El propio acero estaba hecho en la India, en donde se denominaba wootz. Pero fue en época de Domiciano cuando el acero se instaló en Damasco (capital de Siria), junto con un gran número de importantes espaderos que ayudaron a hacer de la ciudad un centro comercial importante. (...) Recordemos que al río Tajo se le han atribuido propiedades casi milagrosas que dan calidad a las espadas toledanas. Se ha hablado mucho de la magnificencia de sus aguas para templar, aún no comprobado. Pero se ha hablado poco de las arenas del Tajo, y es en ellas donde se cree que estaba la clave de esa calidad. De esta forma se forjaban y templaban en Toledo las mejores espadas del mundo durante los siglos XVI y XVII. |
Dito de outro modo, a espada de Excalibur pode ter tido origem na antiga Espanha visigótica virtualmente denominada *escalabre, *escalabra ou *escalabarda.
Scabbard = Bainha = de Anglo-Fr. *escauberc"envoltura, vagina" (13c.), provavelmente de Frank. de *skar a "lâmin" (cf. O.H.G. scar “tesouras, lâmina, espada ") + *berg - "proteção" (cf. O.H.G. bergan "proteger ").[5]
«Acha» = instrumento de ferro, cuneiforme, para rachar madeira; «acha de armas»: arma antiga com forma de machado. «Calabre» = corda grossa.
Obviamente que a ignorância etimológica pode ser maior que a incerteza mítica. Seguindo uma via de derivação compósita teríamos:
«Acha» + calabre = Ax(a)calabre, lit. “machado preso com uma corda grossa
> arma enbainhada > Visigotic. *escalabre e/ou:
Frank. *skar + *berg ó Escala-bard ó Visigotic. *escalabre > Escalabar
> Excalibur. + bald-ric.
[1] Then they heard Cadwr Earl of Cornwall being summoned, and saw him rise with Arthur's sword in his hand, with a design of two serpents on the golden hilt; when the sword was unsheathed what was seen from the mouths of the two serpents was like two flames of fire, so dreadful that it was not easy for anyone to look. At that the host settled and the commotion subsided, and the earl returned to his tent. "Iddawg, who is the man who brought Arthur's sword?" (asks Rhonabwy) "Cadwr Earl of Cornwall, the man whose task it is to arm the king on the day of battle and conflict." -- from The Dream of Rhonabwy, from The Mabinogion, translated by Jeffrey Gantz.
[2] E também escalabar.
[3] The name Excalibur came from Old French Excalibor, which came from Caliburn used in Geoffrey of Monmouth (c. 1140) (Latin Caliburnus). There are also variant spellings such as Escalibor and Excaliber (the latter used in Howard Pyle's books for younger readers). One theory holds that Caliburn[us] comes from Caledfwlch, which in turn comes from Caladbolg ("hard-belly", i.e. "voracious"), a legendary Irish sword (see below). Another theory (found in The New Arthurian Encyclopedia, 1995) states that "Caliburnus" is ultimately derived from Latin chalybs "steel", which is in turn derived from Kalybes, the name of a Sarmatian ironworking tribe. Another theory holds that Excalibur was originally derived from ensis caliburnus, "Calibian sword", which might point to a Mediterranean origin. This is noted and used by the historian Valerio Massimo Manfredi in his novel The Last Legion (2002). According to Brewer's Dictionary of Phrase and Fable by Ebenezer Cobham Brewer, Excalibur was originally derived from the Latin phrase Ex calce liberatus, "liberated from the stone". In Malory, Excalibur is said to mean "cut-steel", which some have interpreted to mean "steel-cutter". (…)In Welsh legend, Arthur's sword is known as Caledfwlch. In Culhwch and Olwen, it is one of Arthur's most valuable possessions and is used by Arthur's warrior Llenlleawg the Irishman to kill the Irish king Diwrnach while stealing his magical cauldron. Caledfwlch is thought to derive from the legendary Irish weapon Caladbolg, the lightning sword of Fergus mac Roich. Caladbolg was also known for its incredible power, and was carried by some of Ireland's greatest heroes
[4] The Chalybes (Χάλυβες, Χάλυβοι) were a tribe of Classical Antiquity credited with the invention of iron industry. Χάλυβς means "tempered iron, steel" They settled in north Anatolia, near the shores of the Black Sea, from the Halys to Pharnakeia and Trabzon in the east and as far as Armenia to the south.
[5] Scabbard = 1297, from Anglo-Fr. *escauberc "sheath, vagina" (13c.), probably from Frank. *skar "blade" (cf. O.H.G. scar "scissors, blade, sword") + *berg- "protect" (cf. O.H.G. bergan "to protect"). -- www.etymonline.com
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