Figura 1: Autor: Pieter Bruegel - O velho-. (ca. 1525-1569) Flamengo. Obra: Triunfo da Morte, ca. 1562 (têmpra e óleo sobre tábua.). Museo do Prado, Madrid.
12– Vida e morte. Antes de responder a esta questão, quero citar duas frases bastante conhecidas: a primeira de Fiódor Dostoievsky, “Se Deus não existe, então tudo nos é permitido”; e a segunda de Friedrich Nietzsche, “Deus está morto”.
Não acredito em Deus. Entendo as palavras de Nietzsche, o que ele quis dizer com elas, mas no sentido literal, não posso concordar com elas; para estar morto, era necessário que antes tivesse existido.
Pelo contrário, embora não acreditando em Deus, posso afirmar que ele existe, que está vivo. Ele existe na cabeça das pessoas, lugar onde verdadeiramente existe toda a realidade. Se as pessoas acreditam nele, à partida agem em função dele...
Todavia, se eliminarmos Deus da equação da vida, então tudo nos é permitido; assim sendo, como seria suportável a vida uns com os outros, se não houvesse nada que pudesse servir de referencial? É aí que entra em jogo a morte. A morte é a única lei da vida (embora seja impossível provar que todos morrêramos!).
É a morte que dá sentido à vida. Se não morrêssemos, tudo nos seria permitido. Mas morremos, e como tal esse “tudo” não nos é permitido. Estamos limitados pela morte. É a morte que nos compele a dar um sentido à vida. A morte é o verdadeiro Deus. Não é por acaso que Deus e a Morte estão interrelacionados em todas as religiões. Há quem afirme que parte substancial da razão porque as pessoas tendem a acreditar em algo sobrenatural, é libertarem-se da angústia de saber que um dia vão morrer. Não concordo com isso; no dia-a-dia, as pessoas não andam no meio da rua a pensar “vou morrer, vou morrer”. As pessoas acreditam em algo, para que a sua vida faça sentido, aqui e agora. E o que está por detrás disso é a morte. Se não morrêssemos não precisávamos, por exemplo, de comer, não precisávamos de trabalhar, podíamos adiar tudo, eternamente. Assim, a morte é a lei que orienta a vida. Dêem-lhe o nome que quiserem... A vida é o aqui e o agora. -- Entrevista a André Benjamim(*) (A propósito da publicação do seu primeiro romance: Os cadernos secretos de Sébastian, pela Editorial 100. Janeiro 2007)
Figura 2: Hipostásia. Funerary plaque, ca. 520–510 B.C.; Archaic, black-figure.
Tanto os historiadores quanto os antropólogos são unânimes em considerarem que a cultura começou com o culto dos mortos e a primeira religião foi o animismo imagem pós-mortem, socialmente ritualizada, dos antepassados mais queridos e saudosa memória dos heróis fundadores. Assim, se a vida começa com a deusa da aurora e o “deus menino solar” a religião enquanto culto organizado de memórias colectivas começa com a Deusa Virgem Mãe do Mar Primordial de cujo seio despontou o primeiro monte do Amor Protágono e por isso ela é a Sr.ª da vida na Terra e da Morte fatídica.
No seu seio se enterravam no Inverno as sementes dos primeiros passos da civilização agrícola do neolítico para que delas despontassem os rebentos verdejantes e a Flora da Primavera para que a Fauna ameaçada pela canícula se alimentasse com as primícias do Verão.
Enquanto Deusa na Noite dos tempos ela era a terrível Terra Mãe que quotidianamente devorava ao pôr-do-sol o próprio primogénito nas antas do ocidente para o parir “deus menino” auto-gerado nas cavernas naturais dos montes orientais da Aurora! Senhora das cobras, supostamente detentoras dos segredos da eterna juventude, foi em honra da sua tripla face Lunar que se iniciaram os primeiros cultos de morte e ressurreição solar.
Para entender como o paradoxo termodinâmico da ambivalência da luta da vida com a morte, que é o constante “viver de vida e morrer de morte” de Heraclito, se desenvolveu e expressou na cultura humana há que reler o imprescindível livro de Edgar Morin, o “Homem e a Morte”.
Ver: NUT (***) & FORTUNA & TAVERET (***)
DUAT
Figura 3: Julgamento dos mortos no tribunal de Osíris no átrio de Maat.
Já as línguas germânicas parecem ter encontrado a nome da morte muito longe do mar, ou seja numa civilização já um pouco afastada da cultura mediterrânica. A forte evolução dos nomes relativos à morte netas línguas é, de facto, um exemplo flagrante de como “a lei do menor esforço” pode funcionar ao extremo da constrição em ambientes culturais taciturnos e gélidos com longos invernos nocturnos e verões sombrios.
Alemão
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A. Inglês
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Inglês
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Din.
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Sueco
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Holand.
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Norueg.
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Gut.
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Gótico
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Island.
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Opfer-tod Todes-fall, Tod
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deaþ,
cwilld
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death
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Døds-fald, død
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Döds-fall,
död
|
dood,
|
død, døden
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dauþr
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dáuþus, sm.
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dauði, and-lát
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Tote, Tot-er, öde
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Deað-werig, dead
|
dead
|
død
|
dåd, avliden, död
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doods, dode-lijk
|
død
|
dauþr
|
dáuþs, adj.
|
dauð-ur dá-inn, lát-inn
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Wür-fel,
|
Acwell-an, þro-wian
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die
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dø
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dö,
tätning
|
Dood-gaan,
|
dø
|
doya
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Dáuþ-jan, diwan, dáuþ-nan,
|
deyja, and-ast
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Mesmo sem ser preciso recorrer à fonética específica de cada uma das línguas nórdicas (que será bem mais complicada do que o quadro anterior pode deixar transparecer[1]) e depois de excluir termos compósitos ou resultantes de evidentes e idiomáticas expressões perifrásticas aglutinantes (como no caso do alemão moderno e do Inglês Antigo), uma análise simplista de conjunto, revela a sua evidente origem gótica comum, com raras excepções que a análise linguistica esmorece, a partir duma proto-linguagem que os linguistas germanófilos denominam impropriamente proto-germânico porque deveria ser, com mais propriedade, chamada de proto escandinava já que é ai que parecem encontrar-se os remanescente mais arcaico, o Gútnico Antigo.
Na verdade, a forma dauþr do nome da morte nesta língua arcaica parece indiciar uma origem diversa da proposta de seguida.
> An-| Phaurka > Parca.
Inglês Antigo þro-wian < Phrau-ki-na > for-ti-na > Fortuna.
*Kaphura > Kapher > Kawer > *Akwel > Inglês Antigo cwilld > Inglês M. kill ó Pt. «quilha-r».
Gutic. Dau-þr < Thau | < Gau < Kau |-pher
ó *Kaphura, a cobra que transporta o ka dos mortos para o além e o sol para o céu.
Devemos aceitar o gútnico Dauþr como mais próximo da origem da morte nórdica do que o gótico dauthus? A verdade é que ambos partilham o prefixo dau- que em nada repugnaria relacioná-lo com Gau. Pelo contrário, tudo aponta para que Gau, que passou pela Ibéria e deixou rastos na Catalunha e no nome do Guadalquibir e do Guadiana, tenha chegado aos países nórdicos, logo no fim da era glaciar, passando pela Galícia, pelas Gálias e pela Jutlandia antes de terminar no mar Báltico e dar origem aos gútnicos e aos gódos.
ENGLISH
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GOTHIC
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die (v.)
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diwan, sv. V; ga-dauthnan, wv. 4., swiltan, ga-swiltan, sw. III.; "I die" af-dauthjada, (passive of af-dauthjan, wv. 1).
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death
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dauthus, sm., *swults, sm.; (hell, death as concept) halja, sf.; "put to death" dauthjan, af-dauthjan, wv. 1.; "death, execution" dautheins, sf.; "to be at death's door/on the verge of death" aftumists haban, wv. 3., swulta-wairthja wisan, irreg.; "sentenced to death" dauthu-bleis.
|
Claro que teria que ser o nome dos próprios nórdicos que nos dariam pistas para a razão do misterioso nome nórdico da morte.
«Góticos» < Gothi-c < Gau-ti, Lit. “Deus Gau“ < Gut(-ni) <
Kau-et > Tuat > Duat.
Tudo leva a crer que as línguas góticas têm tanta unicidade quanto as línguas semitas e daí, quiçá o desentendimento mimético recente entre estas! O interessante é constatar que enquanto as línguas semitas se revelam de origem mais elaborada e arcaica, as góticas revelam-se quase infantis.
It was in the, Duat, the Hall of Maat, that the judgement of the dead was performed. In Egyptian mythology, Duat, or Tuat, Akert or Amenthes is the underworld, where the sun traveled from west to east during the night and where dead souls were judged. In Egyptian mythology, Duat (or Tuat) (also called Akert or Amenthes) is the underworld.
Dead < O.E. dead, from P. Gmc. *dauthaz, from PIE *dheu-. Meaning "insensible" is first attested c.1225. Of places, meaning "inactive, dull," it is recorded from 1581.
Se a ideia gótica de dauthus era mesmo a da morte porque é que os escritos do alto Inglês haveriam de expressar conceitos qualitativos conotados com o estado de cadáver, insensível, inactivo e sem espírito, senão por pura inversão metafórica eufemística dum hipotético PIE *dheu-? Não é que causasse alguma surpresa encontrar o nome latino de Deus associado aos deuses da morte, porque só este é senhor tanto dela como da vida, nem que nórdicos, que nomeiam o nome de deus na variante gótica, só tivessem ficado com a memória fóssil do «Deus»/*dheu- indo-europeu associado aos mortos, pois, em tempos arcaicos, o rigor do clima nórdico não seria muito aprazível em vida! O difícil de entender e ouvir é uma relação fonética imediata entre *dheu- e *dauthaz!
Pelo contrário, coisa estranha para os purista do arianismo, estas revelam-se também fortemente influenciadas na sua origem pelo semitismo egípcio pois tudo indicia que o proto-germânico *dauthaz derivara de Duat, o nome egípcio do submundo, na mesma linha semântica que fez com que os gregos nomeassem os infernos, não pelo seu deus da morte mas pelo nome clássico do rei do submundo, Hades, possivelmente na origem uma variante de Tánatos. A prova é que a variante gótica *swults da morte nos reporta para o deus caldeu dos infernos, Iscur. Então, Duat seria uma variante egípcia do nome deste.
Du| < Gu < Ku | -at ó A-Du-at ó (An)-Gu-ast > «Angústia» / Agosto.
> Dau-ast > *dauthaz.
É óbvio que o Duat era geograficamente o ocidente onde se punha o sol, logo um nome de Nut / Neith. Aker eram os leões da deusa mãe que guardavam as portas do inferno, logo Aker(e)t seria a uma forma de Taweret tal como Amen-thes. Mas outras seriam as variantes do nome desta deusa.
Isl. Deyja < Deuja < Thausha < *Te-usha > H.G. doya< Dodja <
Hegipt. Duat > *dauth + az > daudza > dáuþs
Isl. Dauði < daydu > daidu > Daiud > Eng. Dead
Eng. death < dayth < *dauth > dauads >
doods > død > dod > tod > tot
> dö.
No entanto, as ressonâncias com a Deusa Mãe *Te-usha permanecem ainda na forma de morrer para que alguns nomes nórdicos evoluíram.
Assumindo que em islandês o termo látinn não é um derivado composto, nem dáinn uma mera corruptela fonética do Eng. dieing, verificamos que a Deusa Mãe do Caos Primordial e seu filho, a primeira epifania da luz e deus do mortífero mar, deixaram rastos vários noutros termos nórdicos.
Island. látinn < ratinni > Ur-Tan-inu ó dáinn < *Dan-Nu ó diwan.
ó Tanatos ó Tan-nitu > Tantin(g) > Suec. Tätning
Atum < *Atumnu < Athaumin ó Tam-Nu > (Nep)tanu > Neptuno.
Porém, Duat deriva seguramente de nomes de deusas primordiais egípcias Hauhet e Kauket, pertencentes à Ogdoada egípcia e ambas funcionalmente quase a mesma coisa. Kauket (> Kaukat < Ka-aush > Caos), sendo foneticamente a mais primitiva, era deusa da Noite primordial, ou seja variante de Nut.
Hauhet, variante fonética mais elaborada, era deusa do infinito, variante metafísica do caos primordial.
Hauhet (Hehet) - The Egyptian goddess of the immeasurable / infinity. She is one of the Ogdoad. => Kauket An Egyptian primordial goddess who represents the darkness of primal chaos. She is one of the Ogdoad.
Estas deidades tão arcaicas terão dado origem ao nome cantonês da morte, kuet ding, que, deste modo, coloca os chineses numa época *camuriana um pouco mais antigos do que a dos godos.
Japão
|
Cantão
|
Zulu
|
Ogibwe
|
Albanez
|
Cheien
|
Quechua
|
Nahuatl
|
Oujou, zetsumei, shou-ten, shikyo, sendo
|
kuet ding
|
ukufa
|
nibo-win|an,
ishkwaa-bimaa-dizi-win|an
|
vdekun
|
Naévêháne
Ho-ván-eehéo-tse, ta'eoh-tsé
|
Wañ-uq
|
miquiztli
|
deddo, nai
|
seio
|
jiibay|ag
|
Hováneehéo-tse
|
micqui
| |||
Saik-oro, kieus-eru
soss-uru, nakun-aru, yuku, kotokir-eru, hat-eru, shinu
|
booni-bimaadizi, nibo, onjine
|
hováneehéotse,
ta'eoh-tsé
|
wañuy
|
Foi provado em 1854 pelo filólogo alemão Franz Bopp que o albanês é um idioma indo-europeu. O idioma albanês é um ramo independente da família de idiomas indo-europeus sem parentes próximos vivos (embora haja muitos dialectos de albanês, muitos distantes e remotos). Não há nenhum consenso académico sobre a sua origem. Alguns estudiosos mantêm que este deriva do Ilírico, e outros reivindicam que deriva do Daco-Trácio (porém, Ilírico e Daco-Trácio poderiam ter sido idiomas com relações próximas). Esta questão anda frequentemente carregada de implicações políticas, mas linguisticamente, o problema está muito em aberto; um recente linguista declarou que o Ilírio e o Trácio podem ter sido tão íntimos quanto o checo e o eslovaco (Paliga, 2002).[2]
Alban. Vdekun < Vide-kan-o, perífrase de “Sr. da vida” e da morteJ?
É quase seguro que este termo albanês terá pouco a ver com a linha etimológica indo-europeia pois será tão arcaico como o seu homólogo etrusco Vetis, divindade subterrânea da morte e da destruição que seria quase seguramente uma forma fonética surda do da verdura primaveril, Wer-tis, literalmente o deus caldeu Wer, esposo da egípcia Ta-Wer-et.
> Ve®diouis > Vei®dauuis > Vi®duuis > Lat. Viduus.
Vei-ovis = Ve® (di)-owis = Ve®-di-| owis < Ophis = Kan > Tan.
Alban. Vdekun < | Vde < Vi®-de + Kan.
Ve® (di)-(owi)s => Ve®-Dis > Vethis > Ve®-tis
= Ve®-| tis ó Lat. Dis (Pater) | = Dis-| Water < *Ta-We® => Taweret.
=> Vdekun + *Ta-We® ó *Viduus Vulcanus.
Assim, o nome da morte dos albaneses parece ser a reminiscência duma actividade mítica relativa aos cultos dos mortos que envolviam arcaicos deuses etruscos e romanos de que Vulcano será um dos mais conhecidos. Se tivéssemos escrúpulos em passar das suspeitas à certeza de que o etrusco Vetis era uma variante fonética de Ver-tis / Ver-mis, esposo de Taveret, deusa egípcia, variante de Mut, a Deusa Mãe primordial e, como esta, nocturna e detentora do duplo papel de Sr.ª da vida e de morte, estas acabariam por se dissipar ao dar conta de que o mesmo deus teve nome idêntico entre os eslavos.
Ve®tis < Wer-| Dis < This <| Wer-Kis > Wer-his > Werish > Esl. Weles, Veles, Volos, Voloh +An => Vulcano.
Veles, Volos, Weles o Voloh es el dios eslavo de la tierra, las aguas y el Mundo Subterráneo, asociado a los dragones, al ganado, la magia, los músicos, la riqueza y las travesuras. Asimismo, es el adversario del dios del trueno, Perun, constituyendo la batalla entre ambos uno de los mitos más importantes de la mitología eslava. Veles resulta ser un dios complejo y antiguo, incluso se piensa que pueda ser una reliquia proveniente del panteón proto-indoeuropeo. Se le ha representado (al menos en parte) como una sierpe, con cuernos (de toro, carnero u otros herbívoros domésticos) y con luenga barba. – Wikipedia
Figura 4: Ve®-tis = Eetruscan underworld god of death and destruction.<= Vei-ve = Etruscan god of revenge and an associate of Maris. In art, he was depicted as a youth holding a laurel wreath and some arrows, standing next to a goat. Viduus / Vedius ("divider") is the Roman deity who separates soul from the dead body. <= Veiovis / Vejoves (Vediovis) is one of the oldest of the Roman gods. He is a god of healing, (…) In spring, goats were sacrificed to avert plagues. Is portrayed as a young man, holding a bunch of arrows (or lightning bolts) in his hand, and is accompanied by a goat. He is probably based on the Etruscan god Veive.
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A forma como a pintura tumular etrusca o represente reporta-o para o grupo dos deuses titânicos pré-olímpicos e logo, para os deuses alados ofídios da talassocracia cretense. Que Vulcano tivesse siso em tempos o rei dos infernos comprova-o o facto de ser ferreiro, vulcânico e...esposo de Vénus. Ora, era crença entre os celtas que os seus deuses e o seu povo eram filhos de Dis Pater, o Grande Deus do Submundo!
Endovellico - Este é sem dúvida o mais conhecido dos Deuses Antigos da Lusitânia. O seu templo no outeiro de S. Miguel da Mota, no Concelho do Alandroal, foi estudado abundantemente. Leite de Vasconcelos explica o seu nome pelo céltico Andevellicos, comparando-o com nomes galeses e bretões, dando-lhe o significado geral de "o Deus Muito Bom" - curiosamente o mesmo espíteto do deus irlandês Dagda.
Endovélico era um deus da Idade do Ferro de medicina e segurança, de carácter simultaneamente solar e ctónico, venerado na Lusitânia pré-romana. Depois da invasão romana, o seu culto espalhou-se pela maioria do Império Romano, subsistindo por meio de sua identificação com Esculápio ou Asclépio, mas manteve-se sempre mais popular na Península Ibérica, mais propriamente nas províncias romanas da Lusitânia e Bética. O culto de Endóvelico sobreviveu até ao século V, até que o cristianismo se espalhou na região.
Endouelico < Enthu-Werico < *Enki-Kar-kiko
> Inti-Pherico, «o que transporta o Intu, sol para o «inferno».
O nome do sol hitita era Ishtanu, lit, o filho da cobra (solar). A relação deste deus com o «estanho» espanhol deve ser remota mas não é improvável. Já o nome do «inferno» rimar com «inverno» e com «interno» e «eterno» pode ser mais do que mera coincidência porque parecem decorrer da mesma realidade mítica astrologicamente funcional.
«Inferno» < In(tu)-Pher-Anu < In-wer-ano > «Inverno»!
Para Intu (< En-Uto > Inca Inti) equivalente a Ishtanu, o sol e deus da luz teríamos Luxi-fer, o que transporta a aurora, retirando o sol dos infernos ao terceiro dia, seguramente um mito nórdico duma região em que haveria um inverno sem sol de 3 dias! Os infernos teriam sido sempre identificados como o interior da terra e por isso seria «in-ter-no»! No entanto, depois da ressurreição no equinócio da primavera passaria a ser «e-ter-no», literalmente o templo (morada sublime) do sol, etc, etc.
Quetch. Wañ-uq < Waniushk < Wanushi > Venus
< kaniuak > Kanujak > Than-athuj > Tanatos.
> Ogiv. -Win.
Ogib. booni-bimaadizi é quase literalmente em linguagem latina a boa (booni) deusa (dizi) *Bima < *Kima (= “coisa” em Kimbundu).
Ogib. Onjine < An-| Gina < En-Kina[3] <?> Grec. ankhon
Ogib. Ish-kwaa < ush-Kuwa < Kuka.
Zul. Ukufa < ush-Kuwa < Kuka-At-=> Hekat.
Se não podemos tirar muitas conclusões a respeito dos nomes da morte de África pelo menos ficamos a pressentir que estes têm muito a ver com a cultura mediterrânica que, na época glaciar seria comum com as estepess das terras de Sacar, hoje deserto do Sará. Particularmente, pressente-se que estes nomes têm também a ver com deuses do mar muito antigos como é o caso da esposa de Enki, En-Kina, outro nome de Tiamat, também Hekate ou apenas Ati, como na Etrúrua.
Nuat. Miqui-ztli < Mikishtel < Micas-Istar.
Cheien. Naévêháne < *Naevekana < Na-Hevy | > Hebe > Wia |-kain ó Lusa Newia-Kian = a Lusa Nebia, esposa de Enki, deusa mãe do mar.
> Ogib. Nibo-win|na.
Hováne-ehéo-tse = (termo aglutinante seguramente compósito ou flexionante) ta-'eoh-tsé => Ho | Kau |-váne º Na-évê-há-ne º T(e)a!
Do outro lado do Atlântico a influência da mitologia mediterrânica parece incontornável com fortes suspeitas de esta ter ocorrido também muito precocemente da Lusitânia fenícia, a julgar pelo nome Micas que a Deusa Mãe por aqui deixou a par com o de sua filha Nabia.
Xibalbá es el peligroso inframundo habitado por los señores malignos de la mitología maya. Se decía que el camino hacia esta tierra estaba plagado de peligros, era escarpado, espinoso y prohibido para los extraños. Este lugar era gobernado por los señores demoníacos Vucub-Camé y Hun-Camé. -- Mitología Maya, Wikipedia, la enciclopedia libre.
Xibalbá < Ki-war-wat < Ki-Kur-Kika > Ki-Wur-Hita
> Te-Wer-iat > Tawret.
Kami é a palavra japonesa para os objectos de adoração ou temor na fé do Xintoísmo. Embora a palavra seja às vezes traduzida como "deus" ou "divindade", os estudiosos do Xintoísmo demonstram que tal tradução pode causar enganos sérios (Ono, 1962). Em alguns exemplos, como Iza-na-gi e Iza-na-mi, kami são personificação de divindades semelhante aos deuses de Grécia antiga ou de Roma.[4]
Também há por um lado semelhanças entre Izanami e Izanagi, e as deidades maias Itzamna e Ix-Chel. Entre os Maias como no Yamato, o deus masculino é uma deidade suave, criador do sol e da lua, enquanto a deusa feminina (Ix Chel na América Central) só é benevolente enquanto em companhia do marido. Se isolado deste, ela se torna numa deusa malévola de inundações, destruição e morte. Ela tem uma serpente que lhe cresce da cabeça, muito igual a Izanami em Yomi. Porém, tal comparação é comum em religiões antigas, e não há nenhuma forte evidência, linguística, antropológico, ou arqueológica, para sugerir alguma conexão especial entre o Japão antigo e as Américas. Se tal conexão existir, esta data provavelmente de tempos pré-históricos muito antigos, da época do paleolítico, ainda antes dos antepassados do Maias terem cruzados a Ásia do norte para chegarem às Américas.[5]
Pois bem, entre os kami japoneses e o radical –Camé dos maias deve haver tanta diferença etimológica quanto existe de semelhança semântica e fonética como entre kami Iza-na-mi do Yamato e Itzamna maia existe apenas de troca de género ou seja, são quase a mesma coisa e só não o vê quem anda distraído o que só pode ser explicado por um ele comum contemporâneo entre ambas as civilizações. O mitema é um evidentemente relativo a deuses de morte e ressureição solar que no caso dos maias quase reproduz a deusa Ix-Chel / Istar enquanto Iza-na-mi é espantosamente a forma mais arcaica destes deuses intuída como minóica
Ix-Chel < Ish-Ker (> *Kertu) > Istar-
Yamo Iza-na-mi < Itzamna > tza-mi-na > Ataminu > *Atumnus.
Ora, a ocidente, comprova-se que *Atumnus seria o antepassado mítico de todos os deuses mortais festejados em ritos primaveris e pascais.
Dito de outro modo, enquanto não se conseguir provar “por evidência forte, linguística, antropológico, ou arqueológica, para sugerir alguma conexão especial entre o Japão antigo e as Américas” os japoneses não colonizaram outrora o Iucatão mas é quase seguro que a civilização que justifica que tal comparação “seja comum em religiões antigas” foi a mesma que levou as pirâmides ao México e a cultura neolítica ao Japão. A razão pela qual esta ultima civilização só muito superficialmente manifesta semelhanças com aquela, que seriam maiores se soubéssemos mais da pré-história japonesa, resultam do facto de esta ultima ter evoluído e recebido influências de todo o lado ao longo da sua história, ainda que insular, enquanto a civilização maia ficou isolada num ignoto continente condenada a reproduzir-se igual a si mesma até à exaustão.
Então, Vucub-Camé y Hun-Camé seriam o equivalente de Hades e Koré mas estes então já difíceis de vislumbrar por entre a ferrugem da distorção étmica de ambas as mitologias face aos mitos mais arcaicos.
Vucub < Wukuwu < Kaukauku > Hathathe > Adad.
Hun < Kuni (> Tunis) < Thunia > Diana ó Anat.
Ah Puch or Hunhau is a Maya death god who rules over Mitnal, the land of the dead and the lowest and worst of the nine hells. He is also known as Ah Puch. He is depicted with the head of an owl. Also Known As: Ahpuch, God-A, Hunhau, Hunahau, Cizin / Kisin, Yum-(Cimil, Cimih, Kimil)
Ah Puch < Aka-pusho < Micenic. Upojo?
Hunhau < Hunahau < Kanu-kau < Tanu-tau > Tanato(s).
Cizin / Kisin < Ki-ish-an < Ishkian > Istano.
Cimih < Cimil < Kimil < Kimel < Khmer > «Quimera»
|
> Jukiho > Jap. yuku.
Xu-Kiko > Xykiho > Xykiho > Jap. shikyo.
> Xu + Tan > Shou-ten = tensu > sentho > Jap. sendo.
Hau-Xu > Oxou > Jap. Oujou
> «oxa(la)» ó Ár. insh(allah) > «acho» <???> Lat. Afflo. «azo» => «Azar» < Ár. azzahr, dado de jogar => “má sorte” (ó morte) no jogo > “boa sorte” no amor ó flor de laranjeira = Ár. Azhar.
Jap. zetsu | < *Set-Xu | - | mei < Meri | <= ? (Txuze?) < José / Jesus Maria, por ressonância conotativa com o catolicismo dos jesuítas portugueses?
=> *Set | < Ket > | Wet-Xu > Hit. Texub.
| Set < Sati < Kaki | Kaurhau < *Kati-haurau
> Saki-Horu > Jap. Saik-oro ó Sakar.
Jap. hat-eru < Hati-eru < *Kati-aurau < Kata-Haurur < Kata-Kaur-Kaur < *Kaka-Kur-Kur > kautau-| kyr-keur > kir-*heru| >Jap. kotokir-eru.
Jap. kieus-eru < | Kiheus < Kikeush-*heru => Teos Horu.
Jap. sos-suru < shaushuru < Kaukaur > Sakar.
Jap. shinu < Gino < Kinu < Ki-Anu
= Enki > Naki > naw (> «nau») > nay > Jap. nai.
Jap. deddo < The-dod
A denominação da morte no Japão é complexa e variada, denotando uma forte conotação com a mitologia egípcia. Ora, tal facto não seria nunca de espantar porque, esta longa e intensa civilização, apaixonadamente religiosa e reflexiva, tanto na escrita sagrada (heiroglífica) como na monumentalidade dos seus templos, acabaria por influenciar toda a cultura mediterrânica dos primórdios da história. A civilização minóica, que parece ter sido a fonte original desta cultura terá acabado também por vir a ser mais tarde fortemente influenciada, em sucessivas vagas de refluxo durante as suas crises recorrentes de terramotos e maremotos, terá espalhado a fé da Deusa Mãe *Kaka-Kur-Kur, dos montes da aurora e da morte solar, por todo o mundo. Notar que, segundo esta mesma mitologia, Khenti-mentiu era um deus da morte e senhor do submundo ocidental.
Khentimentiu = The Egyptian god who rules the destiny of the dead, seen as the guardian 'dog of the dead'. Amenti - In ancient Egyptian cosmology, the abode of the dead where the souls of the deceased are judged by Osiris and punished or rewarded for their deeds. Amentet - Goddess of the west, of the Necropolis, she recieves the dead as they enter the beyond.
Figura 5: Mamut ao lado do lago de fogo (o inferno) esperando pelo destino dos mortos.
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She was not worshiped, and was never regarded as a goddess. Instead she embodied creatures that the Egyptians feared, threatening to eat them if they did not follow the principals of Ma'at. She had the head of a crocodile, the body of a leopard and the backside of a hippopotamus - all fierce creatures to the Egyptians. All man-eaters. It's no wonder that she was depicted as one who consumed the unworthy dead! (…)She was also known as the 'Dweller in Amenty' or the 'Devourer of Amenty', the place where the sun sets. Amenty, as used by the Egyptians, was applied to the west bank of the Nile - Egyptian cemeteries and funerary places were all on the west. To the Egyptians, west was a direction linked to death. Amenty was also the name of the underworld - the place where Ra travelled during the night. Ammut, therefore, was not only a demoness of death, but a demoness of the underworld. In at least one papyrus, Ammut was depicted as crouching beside the lake of fire in the infernal regions of the underworld! -- [6]
Obviamente que os ensinamentos de Maat eram os das leis do equilíbrio universal que impunham aos crentes o respeito pelas leis morais e aos governantes uma boa e sensata aplicação da justiça. Notar que a variante Ahemait do nome desta deusa se pode intuir a etimologia dos «cemitérios».
«Cemitério» < Lat. coemeteriu < Gr. Koi-métér-(ion) (= dormitório, ou seio da terra mãe onde repousavam os mortos num “sono eterno”) < *Kau-Ki-Ma- | ter < Ta-Ur | > Kahimait(ur) > Ahemait.
Khenti-mentiu = Khen-thi + Amen-tiu, ou seja uma aglutinação de dois deuses que seriam a dupla Khen e Amentet (= Ammut). Pois bem, este deus Khen-thi teve no Japão o nome Sendo enquanto a variante constrita Khen foi Shinu, que por ser senhor do Ocidente deu nome à China numa perspectiva japonesa. Quer dizer que sendo o Japão um arquipélago foram marinheiros e, a oriente, os equivalentes minóicos que deram ao mundo o nome da China por ser terra do submundo ocidental onde se punha o sol.
MORTE
Figura 6: Hipostásia. Cena fúnebre. Vaso grego Atribuído a Sappho Painter, ca. 500 A.C. - 480 AB.C. Museu du Louvre. Restaurado ciberneticamente pelo autor.[7]
Morta es, en la mitología romana, la tercera de las tres Parcas romanas. Determina la muerte de las personas; es quien corta el hilo de cada una de las vidas humanas. Se relaciona con la concepción romana del destino de la mitología griega, las Moiras. Su padre es el dios de la noche (Júpiter?) y su madre la diosa de la oscuridad, Nox. En la mitología griega corresponde a Átropos.
Los romanos identificaron las Parcas con las Moiras griegas (hijas de Zeus y Temis), también las llamaron la tría Fata, las tres hadas o los tres destinos, representando Nona el nacimiento, Décima el matrimonio y Morta la muerte.
Morta, a name apparently borrowed from the Greek Μόрτη Mortē "destiner"; not to be confused with the minor Roman god Mors "Death". 1. Mors, a goddess, the daughter of Erebus and Nox, Cic . – Wikipedia.
Grec. Mortê , A. part, portion, esp. the portion of a métayer in the proceeds of an estate. < meiromai = to receive as one's portion or due.
Murcida - Deusa etrusca responsável por tornar uma pessoa «esmorecida», «esmaecida», «desmaiada» e quase morta (em morte aparente).
«Esmaecido» ó «desmaecer» < «desmaiar» < *Dis-Ma®iatu
< «marear» = enjoar a bordo de um navio, normalmente no «mar».
Obviamente que, como obra humana, também as enciclopédias podem conter enganos. O termo mais próximo da morte latina seria moro e não há nenhuma necessidade de procurar a etimologia da deusa Morta num pedaço de linguagem grega. Os nomes dos deuses sempre foram coisas demasiado sérias para se terem formado a partir de «piaces of shit». De facto, adiante se verá que o grego mortê esta mais próximo da latina «merda» do que esta da morte latina. Em qualquer dos casos, adiante se verá que, no fim “tudo são borras” informes e Afrodite Morfo, foi Deusa Mãe tanto do amor (Eros) como da morte (Tánatos)!
Aliás, a morte é para as pessoas o que a «merda» é para os alimentos e o lixo para as coisas…uma dolorosa intuição social da fatalidade da entropia!
Moro < Mor(f)o < Amaur-ki > Grec. Morphi > Morfeu
> Morwi > Lat. Morbu ó Morte.
Ir para: => TANATOS (***)
Pois bem, o nome da morte de muitas línguas celtas aproxima-se do latino Morbu que, deste modo, se revela uma variante arcaica de mors, tis.
grego
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Latim
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Pot.
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Espanh.
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Franc.
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Romeno
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Bretão
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Gales
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Escocês.
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Cornish
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Gaélico
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Manx
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Tanatos
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Mors
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morte
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muete
|
mort
|
mort
|
maro
|
marw
|
marbb
|
marow
|
marbh
|
marroo
neuvio,
|
Pedames
|
Mortu
|
morto
|
muerto
|
mort
|
marv
|
celain
|
bàs
|
éag
|
baase
| ||
Marbh = dead, Irish marbh, Old Irish marb, Welsh marw, Cornish marow, Breton maro, Middle Breton marv; *marvo-s, root mr@.; Latin morior, die; Lithuanian mirti, die; Greek @Gmaraínw, destroy; Sanskrit mar, die.
Mart = a cow, Irish mart, a cow, a beef, Early Irish mart, a beef; hence Scottish mart, a cow killed for family (winter) use and salted, which Jamieson derives from Martinmas, the time at which the killing took place. The idea of mart is a cow for killing: *martâ, from root mar, die, of marbh?
Irish. Mar(u)t(h)i-nmas < ma | ruti < turi | < -mnas < Tur-minous = Minos-Taur > Minotauro.
Dito de outro modo os latinos tiveram a intuição de temerem a doença em função da sua mortalidade e a morte do nome duma deusa a que os Hindus chamaram Mara que mais não será do que um nome marítimo da Virgem Mãe Amorca, do mar primordial de que derivaram as muitas forma do nome da Virgem Maria.
Ora, estas eram seguramente as mesmas que Taveret.
Na mitologia romana dos di indigetes (deuses e espíritos indígenas não adoptados de outras mitologias), Averna era a rainha dos mortos e pode ser equivalente de Proserpina.
Um dos nomes góticos da morte, swulta, leva-nos a ela.
> *Ta-Wer-Ana ó Taveret
Averna < Haverna > Kawerna > «caverna».
Lietuva lavonas < rawaunas < raw-(anu)-ash < *Wer-Kaka = Caca-Wer
> Lat. cada-wer ó Lat. Sepult(are) < spul-ta-
< Gotic. s-Wul-ta < Ka-Wer-Ka (= *Wer-Kaka)
< Ish-Wer-ta > Ta-Wer-et.
Hurt = Forma de Isis, adorada en Nejen (Hierakónpolis).
Mehturt (Me-hurt, Mehet-Weret, Mehet-uret) An Egyptian sky-goddess, represented as a colossal cow, with the sun disk between her horns, lying on a mat of reeds. Along her belly Re proceeded by day in his solar barque. She was early regarded as the waterway of the heavens, but later she came to be equated with the primeval waters from which Re emerged. This earned her the epithet 'mother of Re'. Her name means "Great Flood". => Meret (Mert) = The Egyptian goddess of song and rejoicing. => Meri = Isis adorada como deusa do mar. => Chin. Mei.
Mert-seger (Merseger) = Goddess that lived in the pyramid peaks of the burial ground of Thebes, having a snake body with either three heads (one a snake, one human, one a vulture) or one human head. See Ta-Dehnet.
> Mahur-at > Maurta > Lat. Morta.
*Ma-Kur-at > Ma + Hurt > Me-Hurt ó
Mehturt < Meh-te-ur-te < Meh-et-ur-et < Me-het-Wer-et.
*Ma-Kur-at > Ma-hur-et > Ma-ur-et > Meret > Mert.
Mert + Sakar > Mert-seger > Mer-seger. > Merit > Meri.
Mari / Mari-ha(m)/ Meri / Mar-(ra)tu (Syria, Chaldea, Persia): Basic name of the Great Goddess; she wore a blue robe and a pearl necklace, both symblols of the sea, fertility, childbirth, the Moon.
Como se pode concluir, *Ma-Kur-at enquanto nome da Deusa Mãe primordial foi variante arcaica de Afrodite Morfo na forma de Amorca.
> Morta.
Amorca > Morka > Morfo.
< Ama-Urki = Ama-Ki-Ur
= Makur + Ana => Macarena
> Mahurena > Marena. > Mariha > Maria.
Makur => Meri > Mari + ish > Marisca > Marika > Mari-ha(m).
+ ash > Marashu > Maratu > Mar-(ra)tu.
This inescapability reflects Aphrodite's original form, Moira 'strong one' the Fate (Later Mor-gana the Fay). Every ram belonged to her, the animal's curling horns representing the cycles of dissolution and becoming she guided each soul through. Astrology still marks her holy time, the March-April span of the sign of Aries. Gradually people forgot the various versions of the Fates were in fact versions of Aphrodite herself in triple Goddess form, such as: the spinning and weaving Klotho 'spinner,' Lachesis 'measurer,' and Atropos 'inevitable' or the sea Fates Amphitrite 'surrounding queen,' Thetis 'disposer,' and Nereis 'the wet one.' The Greeks forgot these connections and called her by many pretty names, hoping to avoid her ire by the same sort of flattery applied to the Erinyes. But Aphrodite was well known across Europe by her older name, if not always as a triple Goddess. The Lithuanians still know her as Mor'the Goddess of Death' or 'the Crone.' The Germans and Slavs called her Mara and Marava, translating her name as 'nightmare or butterfly' a meaning the word 'mora' finally settled on in Greek. Aphrodite was the death mare no one could outrun and the butterfly who carried souls on to rebirth. -- [8]
A ideia de que a morte deriva duma raiz indo-europeia *mer- revela-se assim um pouco intelectualista demais pois passa por cima das inúmeras deusas da “vida e da morte” que tiveram por nome Mara, Marava ou Maria (< Maruja < *Marisha,!)
Figura 7: Mara: um "demónio" feminino da cosmologia budista que personifica a Tentação.
Mâra had a number of functions. Considering how complicated a deity she is, it seems likely that her many functions are the result of a syncretism of several deities (possibly including the Virgin Mary!). She is strongly associated with childbirth; children are said to enter the world "through the gates of Mâra". She is the protector of women, especially mothers, and children. She is also the goddess of the hearth. Mâra is also linked with death, and often takes the form of black animals such as ravens or black hens.
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Finally, she is also the goddess who was responsible for the land, the waters, and every living thing. -- Latvian Earth and Water Deities
«Maria» < Marija < Mar-isha/usha, diminutivo carinhoso de Mara
> «Maruja» = marinhagem, mulher de marinheiro.
Mâra = (Goddess of Birth and Death; Protector of Women and Children; Goddess of the Hearth; Goddess of Earth and Water)
Mâra has several symbols attributed to her. Mâra's Sign (Mâras Zîme) looks something like God's sign (which represents the sky, as a roof over the earth), but Mâra's Sign is an inverted version.
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ó Mara: no folclore germânico, particularmente escandinavo, era uma criatura que se supunha causar pesadelos. < Mara " ou "Marena" (em mitologia de Bielorussa): o deus de escuridão e da morte. > Na Bíblia no Livro de Rute, Naomi chamou a si mesmas Mara, enquanto significando "amargura", depois que ela sofrer as mortes do marido e dos seus dois filhos. ó Mara é em Sânscrito e Pali um termo que significa trazer a morte ou a desgraça. <= Mara: deusa hindu da morte. - Wikipedia [9]
Como se pode confirmar, as culturas em que Mara, ou qualquer uma das suas variantes diminutivas (Morta, Marena) ultrapassam a esfera de influência cultural do império romano sendo predominantes na vastidão das estepes eslavas.
Russo
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Ucran.
|
Lituano
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Polac.
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Chec.
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Eslovac.
|
Servio
|
Croácio
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Hungaro
|
Macedónio
|
Смерти
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mertvyy
|
mirtis mirti (miršta, mirė)
nuþudyti (nuþudo/nuþudë), kristi (krenta/krito)
|
martwy
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zánik, s-mrt, úmrtí
|
mrtva
zo-mriet
|
mrtav, mrtac taèno, izvestan,
|
izvjestan, ravan, toèno, mrtva, mrtvac, sasvim
|
мъртъв
|
mrtov
|
É claro que não se pode tratar duma contaminação cultural recente pois foi o império grego bizantino que levou a ortodoxia
às terras eslavas. No entanto, o que seria de estranhar é se não existisse alguma variedade terminológica na vastidão das ca cultura eslava.
> Lit. nuþu-do/nuþu-dë ó Lituan. Nâve ó Nâsvîg.
Lit. Nuþu-dyti ó Deus Nepu + tan = Neptuno.
> Zanit > Chec. Zánik.
Serv/Croat. Iz-ve(je)s-tan < Vejes-| Tan-iz < Tanish < Tanit| ó Tánatos.
ó Tanushi (> Ishtan) < Ta-ki-nu < Tahenu < Tauenu < Serv. Toèno.
Fin. tuoni < tuauni < tyauni < tauini <
Os termos lituanos kristi (krenta/krito) poderão ser uma cristianização, por analogia com o Cristo morto, duma antiga deusa Krito de origem cretense (> Grec. Clito, rainha da Altântida e esposa de Poseidon).
Grec. Cristos > Lit. kristi < Lit. Krito < *Kertu ó Kera / Hera.
ó Ker-enta > Lit. Krenta.
Ora bem, como seria de esperar, todos estes termos se podem reportar a um arcaico deus do mar ou da morte, quase sempre de origem minóica. Mesmo o basco herio se pode reportar a Kera / Hera.
Finnish
|
Letónio
|
Estoni.
|
Lituano
|
Basque
|
kuolema surma, tuoni, loppu, kuolo, kalma, tappo
|
nâvîg
|
surnud, elutu, viljatu; närtsinud
|
nâve
|
herio
|
Fin. kuolema < kaulema < Kalma (> Lat./pt > «calma» > «alma»)
< Kar-Ma = Ma-Kar ó Macarena.
Loppu < Low-ipu < lowico ó Lit. lavonas.
Tappo < Tap-ipu < Tapico < Tapu (> pt. «tapar», os mortos com terra = enterrar???) ó Anpu > Lit. *Napu.
Em relação ao estónio, que deveria estar próximo do finlandês, é difícil estabelecer uma vizinhança mitológica intuitiva imediata. Mas pode tentar-se: Sur-nud, que parece sumério, pode ser foneticamente mais próximo do deus «cornudo» dos infernos do Kur do que seria credível; eluto, parece o nome dum deus «enlutado»!
Vilj-ato é quase «Viriato», o herói lusitano que deveria ter tido o nome emprestado do deus da «virilidade», | Bel < Wer < Ker | -ish ó Iscur, deus dos infernos.
Närtsi | Naurtish < *Nortish > «Norte» | < -nud o que, de forma bizarra, faz com que os estónios enterrem os mortos ora a sul, ora a norte (J!)
Mari, A deusa suprema do panteão basco é a deusa de trovão e do vento, como também a é a personificação da Terra. (…). Ora é como uma mulher bonita, uma cabra preta, uma mulher com pernas de cabra, um esqueleto, ou um foicinha de chamas; Ora é vista voador pelo céu cercada de chamas.
Tem o poder das tempestades e o laisons dela com o cônjuge dela Maju produzem temporais violentos com granizo e raio. As pessoas dizem que Mari está bravo quando um temporal se aproximar e eles colocarão freqüentemente um foicinha ou machado na jarda dianteira com a lâmina para cima para se preotegerem.[10]
O nome da noite entre os bascos confirma o facto de que a deusa do mar só veio a ser a deusa da morte por antonomásia numa época tardia do neolítico, quiçá mesmo da época mais recente da derrocada do império minóico por acção do maremoto que se segui à catástrofe de Santorini, cerda do ano 1650 ª C.
Mari seria a sempre Virgem Mãe primordial, por isso também senhora do mar primordial. Se as lendas bascas dizem que esta viveria no sub-mundo infernal por onde entraria por portas cavernosas apenas revela a sua faceta telúrica já que esta deusa mãe que teria gerado os deuses e os homens e todas as coisas restantes, seria também a senhora dos infernos. O facto de o seu companheiro ser o Dragão que sempre se supôs guardião das portas do paraíso e das colunas de Hércules, que dariam acesso ao mar profundo além mediterrânico, só confirma que esta era a deusa mãe das cobras cretenses. Seu filho, o Dragão, era o caldeu Draco e o sírio Sacar, o “deus menino da aurora” da época dourada de Saturno. A filha desta relação seria a mesma que era entre os caldeus Istar e entre os sírios Anat, ou seja a egípcia (A)nut, a Deusa Mãe da noite que quotidianamente devorava o pôr-do-sol para o parir pela alba.
Istar < Ish-Tar = Tar-ish > *Kaur-ish > Korish
> | Egipt. Horus > Gri. (H)Eros | => Basc. Herio.
Quanto à Pérsia, suposto paradigma do indo-europeu, o panorama é dos mais incómodos para os puristas do racismo ariano pois o léxico dos persas tem tanto de caucasiano quanto de semita. Mor-dan, se não é a inflexão que parece ser, seria mesmo uma sínteses de duas correntes étmicas.
Persa
|
Kurd.
|
Urd.
|
Hindi
|
Kpsig.
|
meiyet (morto) vafat, fout, marg, mavât (terras mortas), morda, Tâs, rakht bas-tan, dar goz-ash-tan, mor-dan,
|
mirin
|
maut
|
maut, mrityoo, mrityoo, ni-dhan
|
Meet
|
Amorka > Maurha > grec. Moira > Hindu. Mara.
«Murça» < Lat. Murcia < Murtia < Morta < Ma-Hurt-ia <
< Ama- | Hurt < *Kertu < Wer-et | > Mavorte > Maurte > Morte >
M®ot.
> Mirthu > Kurdish Mirdu.
Marta > Mertha > «merda».
A teimosia das teses a respeito das raízes indo-europeias faz esquecer que o deus semita da morte era Mot, ou seja, quase o nome latino em fonética norte-americana, onde os “erres” mudos morrem facilmente.
MO®T ou MOT?
No entanto, talvez Mot tenha sido sempre assim, sem erre mortal por ter sido a masculinização semita de Mut, a deusa Mãe!
Em Ugaritic Mot ' Death' (mt) é personificado como um deus de morte. A palavra é cognato com significado de formas ' death' em outros idiomas de Semitic: com hebreu ות (moth ou maveth); com Canaanite, arameu egípcio, Nabataean, e Palmyrene (mwt); com arameu judeu, arameu palestino Cristão, e Samaritan מותא (mwt'); com mautā Siriaco; com muta de Mandaean; com mutu de Akkadian; com maut árabe; com mot de Ge'ez. Embora não são relacionados idiomas de Semitic de perto a idiomas indo-europeus, as palavras para morte em Sanskrit (' mrit') e latim (' mortus') é semelhante. – From Wikipedia, the free encyclopedia.[11]
Como é de evidência imediata a quase monótona unanimidade do nome da morte nas línguas semitas só demonstra a antiguidade e unidade genésica das culturas que as moldaram bem como o culto comum a uma antiga deusa dos mortos que, numa primeira aproximação foi Mavet.
Mavet: God of Death and Sterility. His name means Death. In one hand he holds the scepter of bereavement, and in the other the scepter of widowhooed. His jaws and throat are described in cosmic proportions and serve as a euphamism for death. A son of El. After Baal defeated Yam, he then sent a message to Mavet demanding that he keep his domain in the underworld city of Miry where he belonged. Mavet was enraged by this and sent a threatening message to Baal, who was afraid and attempted to flatter his way out of it. This, however, was to no avail and Baal was forced to face Mavet. Mavet defeated him and held him in the underworld until Anath tracked him (Mavet) down and defeated him herself. Mavet did not actually die, as he and Baal had to face off once more seven years later. Neither defeated the other, but Mavet did give in (at the command of Shapash) and proclaimed Baal the King of the Gods.
Um dos nomes da mitologia antiga que me deixava com poucas hipóteses de defesa nesta análise sobre a unicidade semântica original do nome de Deus era precisamente Mot, o nome do deus canaaneu da morte. Se entre a latina Mor, tis e Mot parece haver proximidade etimológica por mero ensurdecimento do «erre» (coisa frequente em linguística) já não era tão fácil fazer derivar Mot do nome de outros deuses da morte do panteão grego, hitita ou caldeu!
Como o Egipto foi a terra do “livro dos Mortos” natural seria que grande parte da mitologia da morte tenha sido elaborada no longo período em que se desenvolveu de forma exuberantemente conservadora esta grande cultura antiga. Como já se referiu a respeito do Duat, Grande Deusa Mãe, também chamada Nut, a nocturna deusa primordial como a grega Nix, paria quotidianamente o sol para o devorar ao por do sol. A tanatologia e o embalsamamento nasceram dos complexos cultos dos mortos que fazia parte fundamental da religião do Egipto antigo. Assim, tal como Nut foi Nwt então é quase seguro que Mut foi Mwt que não seria senão o mesmo deus canaanita Mavet referido. Inegavelmente, Mot derivou da Grande Deusa Mãe Egípcia Mut sendo a única diferença uma troca de sexos, coisa que os egípcios faziam com frequência aos nomes divinos, em relação com nomes de mitologias vizinhas!
Muut era a personificação de morte na cultura índia Cahuilla, e normalmente foi descrito como uma coruja. A Morte foi considerada uma parte necessária de vida pelos Cahuilla, e assim Muut foi visto como mais de um Psicopompo do que com um carácter de severo ceifeiro amedrontador.[12]
Neste caso até pode ter sido ao contrário. Os canaanitas importaram do Egipto Mavet no lugar de Mut, o que faz pressupor uma transacção muito antiga, e Mot seria um importação independente da faceta mortífera da deusa mãe Mut / Mutu, a «bruxa má» e a «avó torta» das histórias infantis e a deusa mãe da vida e da morte dos povos mais arcaicos de todo o mundo! Assim, nem sequer será necessário fazer apelo para uma derivação complexa pois que:
Mut = Mwt > Mave®t = Mauet => Maut > Mot!
A novidade desta equação é que ela nos permite fazer a ponte de ligação de Mut com Taveret por intermédio duma virtual *Mavert ó Mavorte, variante de Marte, o deus latino da guerra e da morte marcial.
De facto:
Taveret ó *Maveret > *Mavert = Ma-Urt <= Mehurt.
*Kikurrat > Kaphurat > Taveret => Ta(/Ma)-Wert.
Os romanos conservaram a variante semita no nome da deusa Muta e do deus Mutinus.
Larentina era uma deusa romana da morte. Júpiter arrancou-lhe a língua depois que esta ter revelado uma das suas indiscrições amorosas, e foi então chamado Muta, ou seja, a «muda». Está também é associada com Acca Larentia, Larunda, Mania, e Lara, Mãe do Lares[13] e a Dea Tacita deusa da terra e da morte e personificação do silêncio!
Mutinus Mutunus = deus romano da fertilidade, invocado por mulheres em risco de aborto. Ele foi representado com falo erecto ou simplesmente como um falo. Foi forma romana (Mutinus) do grego Príapo.[14]
Mutinus < Mutunus < Mutumnus = Mut + Min(os).
As divindades ditas alegóricas constituem variantes de transição entre a mitologia com todas as suas variantes mais ou menos conhecidas dos crentes, de arcaica aquisição ou de importação recente, sobretudo no caso dos grandes impérios que na tradição babilónica hitita conquistavam as cidades e os seus deuses, e a formação da linguagem comum. No caso de Muta e Tacita, a transposição do nome da deusa para a semântica do termo de que foi alegoria e duma evidência óbvia, pois todos os discursos épicos e eloquentes se calam perante a morte. Já a etimologia de Tacita (< Kaki-tu < ? Kika-et ? > Hecate) não é tão clara no conjunto das deusas de “vida e de morte” que, por isto e por outro lado, foram mães de deuses guerreiros, de fertilidade e de guerras mortais. Marte, na forma de Mavorte, era seguramente filho e esposo de Morta, na sua variante oriental *Mavorte, tal como Maruth era esposo de Mari.
Maruth = deus das tempestades Hindus e esposa de Mari.
Mârtius = "Month of Mârs," Mârs (Genitive Mârtis; Old Latin, Mâvors, Mâvortis), god of weather and war, later identified with the Greek Ares (Genitive Areôs). The "month of Mârs" (Mârtius) was originally the first month of the year, the first sixty days after December being uncalendared.
A epêntese, como outras mudanças fonéticas, pode ocorrer sincronicamente por conveniência do escritor – particularmente, do poeta –, quando se classifica como metaplasmo. Dessa forma, Camões transforma “Marte” em “Mavorte” em Os Lusíadas (CAMÕES, s. d.: 63).
A celta Morgana reporta-nos obviamente para a ibérica Virgem de Macarena, Sr.ª das dores de parto e das angústias da morte.
Ver: MACARENA (***)
Morrigan = Morrigan was the Celtic goddess of war and death who could take the shape of a crow.
Morrigan < Maur-Urik + (an) > Mar®ica ó ??? > «maruca» > (ver: Marduque)
Mar-Waca ó Maw-ert ó Ma-*Kartu.
< Ama-Kur-Antu > Ma-*Kartu-An > Makarhuan > Macarena.
> Maw-Horos > Lat. Mavors > Mavorte.
Ker < (Ma)-*Kartu ó Ma-Urt > Lat. Mor/tis > «morte»!
Além do facto de Marte ser Mavorte e, enquanto deus da guerra ser também um deus de amores tão venais quão mortíferos, a verdade e a etimologia deixam a suspeita de o nome deste deus ter derivado do nome de Horus, o deus vingador de seu pai e filho de Ísis e/ou de Hator e de todas as deusas mães primordiais.
In The Latvian Dainas, Nave = Death & Meness = The Moon.
Facto interessante é o de nave seja sinónimo de morte em lituano. Interessante não apenas porque relacione a morte com a actividade marítima como porque faz suspeitar que a antiguidade da cultura báltica remonta aos primórdios das civilizações megalíticas peri-mediterrânicas, de que tanto as irlandesas quanto as nórdicas serão originárias, a menos que se prove que todas estas derivaram de focos mais arcaicos peri-pirenaicos. Em qualquer dos casos estaríamos nos primórdios da cultura humana em tempos imediatamente posteriores ao degelo da última época glaciar, até porque teria sido impossível colonizar este locais boreais em épocas anteriores.
Prior to about 8000 B.C. there was apparently no burial of bodies anywhere in Europe among humans at all - they were probably simply left out for the vultures or burned. Between about 8000 BC and 6500 BC at places like Catal Huyuk and Jericho, only the skulls (sometimes all the bones) of the deceased were buried indoors under the house floor, and at Jericho, the eyes were replaced symbolically with mussel shells.
In Latvia, for the first time among civilized humans in Europe, - at least as far as the archaeological record goes - the entire body (Latvian Kermenis = body (root of German?) is now buried in toto in a separate area set out for this purpose and the eyes are replaced with pieces of amber.[15]
Sendo assim, estamos perante uma das primeiras manifestações de colonização de novos mundos por via marítima. A relação da nave com a morte e desta com a arcaica deusa mãe seria inevitável. Porém, para irmos de Mawet ao lituano nave precisamos apenas de identificar Mut com Nut, ou seja, identificar Ker, a morte negra, coma Afrodite Melania e como a escura Noite. Então, o lituano Ker-menis passa a ter todo o seu sentido se o correlacionarmos com a conotação de «corpo morto», cadáver, sujeito às leis (me-anis) de Ker!
Ker-minos < Ker-Meness < ker-me-anus > Hermanus > Hermax.
Os Erma eram então o equivalente de todas as variantes megalíticas das «estelas funerárias», ou seja uma representação material do corpo dos mortos. Por outro lado, a recorrência dum marcador minóico nestas etimologias só vêm confirmar o papel fulcral que esta civilização marítima teve no eclodir das mais arcaicas civilizações marítimas neolíticas. Por outro lado, compreende-se que o nome de Minos derive dum culto lunar da deusa mãe na medida em que a Lua foi desde sempre suposta como responsável pela regulação dos ciclos menstruais das mulheres bem como das marés. Deste modo o lituano permite-nos entender a semântica dos mês sumérios, do nome de Minos, o legislador cretense bem como da deusa etrusca Mean, seguramente a antepassada de Mena, a deusa da menarca e das «regras feminina».
Plusieurs mois plus tard, l'enfant se trouve confronté au nomos tout aussi redoutable, et à son premier commandement: "tu ne mangeras pas ta mère". De la genèse de cette injonction, la psychanalyse nous enseigne que lorsque l'enfant éprouve la sensation de faim, il fantasme une mère terrible qui veut le dévorer et le mettre en morceaux. Il projette ainsi sur elle sa propre faim, sa propre soif et surtout ses douloureuses crampes d'estomac qui signent les appétits urgents de son ventre et qui sont en eux-mêmes comme une dévoration.
Ainsi, ce n'est pas lui qui est affamé, c'est elle. Manger ou être mangé, voilà l'angoisse dévorante qui trouble la bouillie de bébé, avant que celui-ci, repu, ne s'assoupisse dans les bras de sa mère. Ce n'est que l'expérience renouvelée qui réussit à transformer la sensation de faim, d'un traumatisme en une promesse de satisfaction.
(…) L'endophagie funéraire permet d'expliquer ce curieux phénomène de cannibalisme brutal envers un étranger parfaitement intégré. Cette seconde forme de cannibalisme (si on excepte le sacrifice humain) relève de la question du sort à réserver la dépouille de celui qui a cessé de vivre. Que faire du mort qui laisse au groupe un corps si encombrant, comment gérer cette chose?
La réponse occidentale traditionnelle a longtemps été (avant la vogue de la crémation) de le faire manger par (ou le réintégrer à) la Terre-Mère. Certes, la réponse n'était pas formulée ainsi, mais cela en est le sens. Dans les groupes de chasseurs- cueilleurs auxquels s'intéresse l'ethnologie, la révolution agraire du néolithique n'a pas pu induire une telle pratique. Au contraire, on y retrouve une pratique plus ancienne, quia peut-être fondée la nôtre: faire manger la dépouille (ou la réintégrer) au groupe. -- [16]
MERDA
Tudo é vaidade neste mundo vão ...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração! – Florbela Espanca.
E assim toda a vaidade deste mundo acaba na morte e tudo o que se come acaba em «merda»!
Viveva in quel tempo, nei primi giorni del mondo, un sovrano molto ricco e potente, che regnava su territori vastissimi. Il suo nome era Kakka.yt ed era un uomo assai orgoglioso e superbo. Egli era una persona molto attenta al lusso e all'aspetto esteriore delle cose e per questo amava circondarsi delle donne più belle, vestirsi degli abiti più pregiati, adornarsi dei gioielli più preziosi, cibarsi dei piatti più prelibati. Il sovrano amava la bellezza e la perfezione e di conseguenza odiava la sporcizia e l'impurità, ma sopra ogni altra cosa odiava la merda, al punto da essersene proclamato nemico. Aveva intrapreso dunque una crociata contro di essa, facendo costruire i gabinetti a molti chilometri di distanza dalla città (nella vana speranza che la gente rinunciasse a cagare) e giustiziando tutti coloro che venivano sorpresi a farla altrove. -- www.merda.it
A propósito da relação de Artemisa com as abelhas ficou aflorada a etimologia da «merda», calão comum na língua dos portugueses que tem tradução literal em francês onde, ironicamente, também é muito comestível em várias situações semânticas, e em todas as línguas latinas!
Como merda foi o que os romanos mais fizeram por todo o seu vasto império este termo é possivelmente o latinismo que serve de marcador do «mérito» (Lat. mer-itu) «mercantil» da latinidade, tal foi a sua aceitação por todo o Baixo-Império!
«Abelha» < *abellia < Aphellia < *Ka-pher-ulia, lit. «que transporta o ka, (= «alma» entre os egípcios)
=> (Apis) mellifera desde que Lat. mele º Ka(-ka) o que corrobora a antiga metáfora popular de que o mel era como que «merda» ou «caca» (< melita[17]) de «abelha».
No entanto, reconhecemos agora que este afloramento tem natureza indirecta na medida não era com as abelhas que este termo se relacionava mas com o mel destas.
Grec. Meris, meridos f. meride n. meros= a part, portion, share, parcel.
IV. of persons, kaka m. you bad lot!
> «Mérida»
«Mele» < Lat. Mele > Mellitu > *Meritha > Merithula > «Mértola».
> Lat. Merda > Pt. / Ital. «merda» > Esp. mierda > Fr. merde.
No fundo destas etimologias continua o nome da virgem Maria a deusa do Mar, do Mel e a Nossa Senhora das Mercês que seria Vénus Murteia do «mér-ito» e do «mer-cado».
Ir para: => DEUSES MORTOS (***)
Figura 10: Mictlan, deus azeteca da morte e Tezcalopoca, deus azeteca da guerra, irmanados no mesmo afinco de levar as almas dos humanos para o céu para alimentarem os deuses vampiros com sangue de humanos.
Mictlantecuhtli (en náhuatl: mictlanteuctli, ‘señor del mictlán’ o ‘señor del lugar de los muertos’‘mictlān, Mictlán o lugar de los muertos,desde miquitl, muerto; teuctli o tecuhtli, señor’)?1 en la mitología mexica, zapoteca y mixteca es el dios del inframundo y de los muertos, también era llamado Popocatzin (en nahuatl: popocatzin, ‘ser humeante’‘popoctli, humo, fuego; catl, ser: popocatl o popoca, ser humeante, humeante, ardiente; tzintli, diminutivo’)?, por lo tanto era el dios de las sombras. Junto con su esposa Mictecacíhuatl, regía el mundo subterráneo o reino de Mictlán.
Nahuat. miquiztli (muerte) < miquishtri < Ma-Ki-ush-tyr
> Ma-wi-ush-tir > Mau-stir < Ma-ur-te > Morte.
Nahuat. miquitl, muerto < Mikitr < Mawirtr < mauirt > Mot-er
> «Morte».
A relação da morte com a deusa mãe é óbvia e quase universal pelo que encontra a deusa mãe terra *Ma-Ki na etimologia da morte não espanta!
Também já não nos surpreende constatar que o nauatle seja quase falar ibérico deformado. O que é de facto fascinante é verificar que o nahuatl nos esclarece que a morte pode derivar do fenício Mot e esta da deusa mãe egípcia Mut enquanto deusa mãe guerreira responsável pela vida e morte e pela mitologia do Amenti.
Amenti era o nome que os egípcios davam ao templo onde as almas dos mortos eram reunidas depois da morte, para serem julgadas e onde a alma da pessoa era destruída por Ammit, devorada e engolida.
De facto amenti é corruptela de Ammit e esta de ama-Mut que por sua vez é uma redundância de deusa mãe. Então, novamente nos espantamos: o mito de mictlan decalca o amenti Egípcio ainda que o não apareça.
Amenti < Ama-An-tu = Mãe das Antas = Mãe-mae = avó = mãe e senhora avó brava = Ama-An-Mut + ur (=> Ama ⬄ Ki) Ma-Ki-ana-tu-ur > Macarena < Ma-Ker-Ana < Ma-ki-tur-na.
Por outro lado Mot-er é quase a latina mater. A passagem de moter a morte deve ter acontecido por ressonância com o deus Marte que mais mortos mandava para o céu ou com a deusa do mar que era a mesma Ma-Ker-Ana e o principal cemitério dos povos marinheiros da cultura egeia.
El Míctlān o Mictlan (en náhuatl: mictlān, ‘'lugar de muertos'’‘mic- 'muerto'; -tlān locativo’)? en la mitología mexica o nahua -que se puede considerar representativa de Mesoamérica-, era uno de los posibles recintos post mortem.
A palavra "cemitério" (do latim tardio coemeterium, derivado do grego κοιμητήριον [kimitírion], a partir do verbo κοιμάω [kimáo] "pôr a jazer" ou "fazer deitar") foi dada pelos primeiros cristãosaos terrenos destinados à sepultura de seus mortos.
A cerâmica (do grego κέραμος "argila queimada" ou κεραμικὀς, translit. keramikós: 'de argila')
Cerâmico, também chamado de Cerameico, é um cemitério situado na região da Ática na Grécia, região esta onde estava localizada a pólis ateniense. O cemitério estava localizado a noroeste da ágora numa região onde também estava localizado o subúrbio de Atenas.
O distrito antigo ganhou o seu nome do herói grego Céramo (também chamado Kéramos), que era filho de Ariadne e Dionísio e herói dos oleiros, ou porque, na antiga Atenas, este era o lugar onde ficavam os oleiros (kerameis).
A mitologia deve quase tudo a uma certa tendência dos povos para a etimologia popular. Obviamente que o Kerameikos terá sido antes de mais um cemitério desde logo porque Ker foi deusa da morte súbita e violente. Os oleiros vieram trabalhar para este local seguramente porque era neste que eram procurados os vasos de cerâmica votivos (onde se guardavam as cinzas dos encinerados) e os vasos votivos. Porque a morte violenta e súbita era uma forma de morte Negra, porque negra era Ker por ser Nut e porque negra seria a argila deste local uma das etimologia populares acabou por ser local da argila e do ocre negro. Fosse como fosse a verdade é que é possível uma relação etmica entre este termo, o «cemitério» e o miclan azeteca.
Kerameik(os) + Anu > Ker-ami-con < Mi-ka-ker-on > Mika-ther-ion
> kimitírion ⬄ coemeterium
Nahuat. mictlan < Ma-ki-te-ra (no) < Ki-ma-ter-ana
> kimitírion ⬄ coemeterium > «cemitério».
[1] Ver: Grimm's law & Verner's law.
[2] Albanian was proven to be an Indo-European language in 1854 by the German philologist Franz Bopp. The Albanian language is its own independent branch of the Indo-European language family with no living close relatives (even though there are many dialects of Albanian, many distant and remote). There is no scholarly consensus over its origin. Some scholars maintain that it derives from the Illyrian language, and others claim that it derives from Daco-Thracian (Illyrian and Daco-Thracian however might have been closely related languages; …). This question is often loaded with political implications, but linguistically, the problem is very open; a recent linguist has even stated that Illyrian and Thracian may have been as close as Czech to Slovak (Paliga, 2002). Wikipedia, the free encyclopedia.
[3] «Quina», enquanto abreviatura de «esquina» (< Ishkina), é, nos símbolos de Portugal, o espaço das chagas ou «escaras» de Cristo.
[4] Kami is the Japanese word for the objects of worship or awe in the Shinto faith. Although the word is sometimes translated as "god" or "deity," Shinto scholars point out that such a translation can cause a serious misunderstanding of the term (Ono, 1962). In some instances, such as Izanagi and Izanami, kami are personified deities, similar to the gods of ancient Greece or Rome.
[5] There are similarities also between Izanami and Izanagi on the one hand, and the Mayan deities Itzamna and Ix Chel on the other. Among the Maya as among the Yamato, the male god is a gentle deity, creator of the sun and moon, while the female goddess (Ix Chel in Central America) is only benevolent while in company of her husband. If isolated from him, she becomes a malevolent goddess of floods, destruction and death. She has a serpent growing from her head, much like Izanami in Yomi. However, such parallels are common in ancient religions, and there is no hard evidence, linguistic, anthropological, or archeological to suggest any special connection between ancient Japan and the Americas. If such a connection exists, it probably dates to very ancient paleolithic prehistoric times, before the ancestors of the Maya crossed from northern Asia to the Americas.
[6] by Caroline Seawright March 5, 2001
On to 'Different Aspects of Aphrodite' http://www.1freespace.com/women/alexiares/aphroditemain.html
[9] Mara (goddess): a Goddess in Latvian mythology. Mara (folklore): a creature in Germanic and particularly Scandinavian folklore, thought to cause nightmares. "Mara" or "Marena" (in Belarusian mythology): the god of darkness and death. In the Bible, Naomi called herself Mara, meaning "bitterness", after she suffered the deaths of her husband and her two sons; see Book of Ruth. Mara is a Sanskrit and Pali word meaning death-bringing or the destroying. Mara (Hindu goddess): goddess of death according to Hindu mythology. Mara (demon): a "demon" of the Buddhist cosmology, the personification of Temptation.
[10] Mari, The supreme goddess of the Basque pantheon. She is the goddess of thunder and wind, as well as the personification of the Earth. (…) She has the power of storms and her laisons with her consort Maju produce violent thunderstorms with hail and lightning. People say Mari is angry when a thunderstorm approaches and they will often place a sickle or axe in the front yard with the blade up to protect themselves.
[11] In Ugaritic Mot 'Death' (spelled mt) is personified as a god of death. The word is cognate with forms meaning 'death' in other Semitic languages: with Hebrew (moth or maveth); with Canaanite, Egyptian Aramaic, Nabataean, and Palmyrene (mwt); with Jewish Aramaic, Christian Palestinian Aramaic, and Samaritan (mwt’); with Syriac mautā; with Mandaean muta; with Akkadian mutu; with Arabic maut; with Ge'ez mot. Although Semitic languages are not closely related to Indo-European languages, the words for death in Sanskrit ('mrit') and Latin ('mortus') are similar.
[12] Muut was the personification of death in the Cahuilla Indian culture, and was usually depicted as an owl. Death was considered a necessary part of life by the Cahuilla, and thus Muut was seen as more of a psychopomp than a frightening grim-reaper character. – From Wikipedia, the free encyclopedia.
[13] Larentina was a Roman goddess of death. She had her tongue torn out by Jupiter after she revealed one of his indiscretions, and was then called Muta, "the mute one". She is also associated with Acca Larentia, Larunda, Mania, and Lara, Mother of the Lares.
[14] Mutinus Mutunus = Roman fertility god who was invoked by women seeking to bear children. He was depicted as ithyphallic or as a phallus. Also the Roman form (Mutinus) of the Greek Priapus.
[15] Andis Kaulins, dba Translaton, Postfach 1710, 56835 Traben-Trarbach, Germany..
[16] L'Aliment sacré, Par Christophe Meyer.
[17] E fica assim aflorada a etimologia deste calão comum na língua dos portugueses que tem tradução literal em francês onde, ironicamente, também é muito comestível em várias situações semânticas!
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