sábado, 13 de abril de 2013

OS DEUSES DOS CULTOS TAURINOS, por arturjotaef

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MINOTAURO

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Figura 1: Minotauro paleolítico numa cena miguelangelesca de quase “juízo final”.

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Figura 2: Terracotta sealing from Mohenjo-daro depicting a collection of animals and some script symbols. This sealing may have been used in specific rituals as a narrative token that tells the story of one important myth.

Fosse como fosse a verdade é que tal mito não seria muito diferente do que transparece na figura anterior dum touro entre cancelas de cinco tábuas, seguramente num rito de fertilidade iniciática.

Ali estava-se no início da descoberta da reprodução e da sexualidade animal. Aqui já na sua aplicação prática agro-pecuária!

Em qualquer caso, o touro e o bisonte, que além de serem animais de caça para suporte alimentar de tribos que, de caçadoras em breve passariam a pastoras guerreiras, iriam transformar-se progressivamente no ídolo máximo duma civilização emergente que deles iria depender quase que inteiramente por muito tempo e que culturalmente lhes iria render homenagem transformando-o no seu deus supremo da fertilidade e bem depressa, nos alvores da agricultura no “deus manda-chuva” e senhor supremo da guerra!

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Figura 3: «Touros de Altamira».

Figura 4: Touros de Lascaux.

De facto, de entre os diversos animais adorados pelas civilizações paleolíticas parece que o touro e o bisonte terão sido dos que mais unanimidade de cultos terão tido, a avaliar pela frequência das suas magníficas e deslumbrantes representações na arte rupestre.

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Figura 5: The oldiest human settlement: Catalhoyuk bullhunt_mural at Çatalhöyük, a 45 km a sud di Konya, affascinante sito neolitico dell'VIII millennio a.C., è considerato tra le città più antiche del mondo.

                                                                > Gu-Gal-An-An = Gugalanna.

Engl. God < Iber. Guad- < Gud < Gut > Gu-tan-An = Gutanna

                     «Boi» < bou < Engl. Cow < Kau-tu ? < ? Ka-Ki ?

A coroa de cornos foi atributo de sacerdócio e divindade entre os sumérios e um adorno dos antigos sacerdotes guerreiros bárbaros. A par do culto taurino teria estado o culto da Deusa Mãe «vaca» na forma de «vaca leiteira» do céu responsável pelo mito da «via láctea». No antigo Egipto o touro sagrado foi magnificamente representado no mito imorredouro do «boi Ápis» tal como na Índia ainda hoje a vaca permanece sagrada e intocável. O arcaísmo desta tradição hindu remonta, como adiante se verá, às arcaicas civilizações dos dravidas onde a figuração de touro e zebus era omnipresente.

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Figura 6: Rei sacerdote sumério com os atributos taurinos no elmo que viria a ser tão característico dos guerreiros germânicos. Esta é uma das provas de que a tradição cultural dos povos ditos arianos constitui uma mera imitação, senão memo em resultado de antiga e anterior colonização, a partir da arcaica cultura suméria.

Sumer: Gud = touro; Gu-gal-anna = grande toiro do céu; Gut-anna = touro (celeste).[1]

Gu foi o deus ibérico paleolítico da foz do Côa (< Kaua < Kawa) e do Águeda (Ha-Gu-eta) que deu nome à civilização do guanches, dos bascos e dos povos que puseram nome ao Guadiana e ao Gadalquibir.

Decididamente o touro não é etimologicamente originário da suméria donde no entanto terá saído o nome da vaca inglesa e do boi (J!).

 

O TOURO NO CORREDOR SIRIO

A relação destas tradições com o culto do bezerro de ouro dos judeus do Êxodo parece incontornável.

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Figura 7: Baal-Adad, god of the Storm Cloud, storm clouds being called "Adad's Calves" (Yahweh manifested himself at Mt. Sinai as a storm cloud, shortly after a "Golden Calf" was made). From a stela found at Bethsaida, Samaria. Note the f"ull-frontal view" reminescent of "Yahweh of Samaria and his Asherah" found at Kuntillet`Ajrud. This maybe the genetic prototype behind the Kuntillet rendering ? Baal-Hadad transformed himself into a Bull in order to mate with his lover-sister, Anat who transformed herself into a Heifer. A potsherd found in Samaria was inscribed egeliah, "bull-calf of yah" suggesting Israel understood the calf was associated with the worship of Yah or Yahweh, not some Egyptian god like the Apis bull. As Yahweh was also called Baal (cf. Hosea 2:16), perhaps Yah/Yahweh, like Baal, could assume the form bull or bull calf  (Anat's search for her dead lover, Baal was portrayed as "like a cow seeking after its calf" suggesting Baal in death could be likened to a calf ? In other words, I am suggesting that the Golden Calf WAS Yah/Yahweh and he was a type of Baal, and assimilated bull-calf aspects of Baal (p.55, figure1.28, Ephraim Stern. Archaeology of the Land of the Bible, The Assyrian, Babylonian, and Persian Periods, 732-332 BCE. New York. Doubleday. 2001).

 

OS TOUROS DA ANATOLIA

Sarruma, Hittite-Hurrian deity whom the Hittites adopted from Hurrians. He is son of the weather-god Tesub/ Teshub and the goddess Hebat/ Hepit. He rides on his sacred animal the tiger or panther, and wields an axe. He is symbolized by a pair of human legs, or a human head on a bull's body (related to the Cretan Minotaur? He is later identified with the Weather-god of Nerik and Zippalanda.

Ênu-rêštu or Nirig. = Whether Ênu-rêštu be a translation of Nirig or not, is uncertain, but not improbable, the meaning being "primeval lord," or something similar, and "lord" that of the first element, ni, in the Sumerian form. In support of this reading and rendering may be quoted the fact, that one of the descriptions of this divinity is ašsarid îlani âhê-šu, "the eldest of the gods his brothers."

Nirig ó Nerik < neruk < nureku < Ên-urêš-(tu) < An-Urash.

Sarruma, < Shar-Umna < *Karminus < Taur-Mino > Minotauro.

O étimo –mna aparece em muitos teónimos latinos, supostamente originários do mundo hitita.

Como Ismud era o mesmo que Muhra então:

«-Ismo» < Usmu < Ushmu ó *Ushmino

< *Ish-Mut, lit. «filho de Mut, a deusa Egípcia equivalente de Nammu/Tiamat > Ismud, o mesmo que Muhra.

Muhra < Ma Kur + An = *Makuran = Ma-an-kur ó Minotauro.

Ushmu = Ishmu = *Ma-Chu.

O deus sumério com o nome mais próximo de *Makuran foi seguramente Muhra, o deus da duplicidade, uma vez que o sufixo -an era meramente um genérico relativo a Sr. do céu, ou seja, deus. Este deve ter sido um epíteto de Enki/Jano, e logo uma variante do Minotauro.

Como Ushmu é quase *Mashu, já se entende a razão de ser deste estranho conceito de que derivaria a estranha duplicidade ambígua, ambivalente e trapaceira dos deuses herméticos a que Jano emprestaria parte do encanto mítico! A verdade é que os *Ish-Mut, filhos do humus dos pântanos primordiais seriam um par de gémeos, tal e qual os lamashu, os touros / leões / lacraus celestes da deusa mãe guardiães das duplas portas montanhosas do paraíso!

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Figura 8: «Lamashu», touro alado assírio.

Muhra: "face both ways", name of the two-faced gatekeeper in the Underworld. See also Ushmu. Mashu: Mountain at the edge of the world where the sun rises. Guarded by the scorpion-men. Name means: Twin.

Então, os touros alados caldeus seriam variantes taurinas de Hermes ictifálico o deus gémeo com Apolo, e logo, ambos o mesmo que Muhra.

Lamashu < *Ur-mashu

> Hermes.

Hermes no Egipto era hermachis, ou seja a esfinge que guardava as portas da aurora e logo um dos Aker. Quer isto dizer que então:

Hermachis < *Har-Mashu < Kur-Ma-Chu > Ramashu > Lamashu

Notar que a expressão Kur-Ma-Chu contêm o mitema do deus Chu a segurar o céu, representado pela Deusa Mãe Nut.

The existence of the name Zahrun amongst these court philosophers may be adduced as a proof of their identity with the Mandaeans, for Zahrun is one of the Mandaeans spirits of light who, together with Shamish (Shamash), ride in the sun-vessel across the sky. It was easy for them to camouflage the Mazdean name Hormuz, Hirmiz, Hirmis (Ahuramazda) into the name Hermes, and proclaim that the Egyptian Hermes was one of their 'prophets'. Al-Biruni, a Persian himself, when not quoting from other Arab authors about the Harranians, gives a just estimate of their beliefs:

Assim, se Ormuz não ficou com a aparência taurina dum deus salvador da idade selvagem da caça, como Hermes ficou no mito do roubo do gado de Apolo, ficou ligado aos mitos taurinos pelo lado de Mitra. De qualquer modo, uma das variantes dos deuses andróginos de salvação é o mito dos gémeos primordiais de que Hermes / Apolo foi uma das variantes gregas tal como a variante persa Ormuz / Ariman que deu origem ao dualismo maniqueísta persa.

 

Ver: CHU (***) & MITRA (***) & GÉMEOS (***)

 

Os touros sagrados da cultura caldeia eram afinal quimeras aladas o que reforça a ideia de que os sagrados touros do céu eram os lamachus e eram também guardiães da “árvore do paraíso” como os Akeres do Egipto, e por isso, “animais de salvação” e de “transporte das almas”, razão pela qual os vamos encontrar no Egipto relacionados com a alma de Osíris.

Seris (Serisu) - This is one of the bulls sacred to the Storm-god. In preparation for battle, the Storm-god has Tasmisus anoint his horns with oil and drive him up Mount Imgarra with Tella and the battle wagon.

Tella (Hurris) - This is another bull sacred to the Storm-god. In preparation for battle, the Storm-god has Tasmisus plate his tail with gold and drive him up Mount Imgarra with Seris and the battle wagon.

HARAPA

A civilização que criou Harapa terá tido uma cultura de alcance mundial com doutrina e padrões linguísticos comuns a tal ponto que a vamos encontrar espalhada por toda a parte, desde as costas atlânticas ocidentais onde abundam as construções megalíticas que vão daqui até aos vestígios megalíticos das costas coreanas no mais oriental dos países asiática, das antigas cidades do império minóico até às cidades perdidas da micronésia até à ilha de Páscoa.

A civilização de Mohenjo-daro é contemporânea da suméria e ambas se revelam cada vez mais como expressões congéneres duma vasta civilização mundializada dos finais do neolítico que tiveram nas expressões escritas da suméria a mais expressiva revelação!

Mohenjo-daro < Mauki-Anju-Tharu, o que não espanta porque se trata de uma cidade que afinal fica perto da província Indiana de Gujarat onde fica Anjar, perto de Bhuj[2] < Makuki-Anshu-Taur < Ma-Kiki-Anzu-Kaur

> Mashu-Kur-Anshu => | Makuran |-Chu, Lit. deus de Makran ó «Mathura/Matheran» cidades actuais da Índia => *** Zeus Minotauro ou Chu de Macarena???

A hipótese dum deus Minotauro faz todo o sentido porque este deus foi muitas vezes um touro e porque Zeus nasceu em Creta e seria a porção *Kius ó Wius de Mnevis, como adiante se analisará.

Por outro lado existem referências a que Zeus teria sido também um deus mortal, de morte e ressureição pascal, como parece ser o caso do Minotauro.

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Figura 9: The rarity of zebu seals is curious because the humped bull is a recurring theme in many of the ritual and decorative arts of the Indus region, appearing on painted pottery and as figurines long before the rise of cities and continuing on into later historical times.

The zebu bull may symbolize the leader of the herd, whose strength and virility protects the herd and ensures the procreation of the species or it stands for a sacrificial animal. When carved in stone, the zebu bull probably represents the most powerful clan or top officials of Mohenjo-daro and Harappa.[3]

The earliest Dravidian civilisations began to concentrate around the northern district of Baluchistan and the coastal strip around Makran with a distinctive language namely Brahui due to favourable climatic conditions in 4,000 BC. Archaeological evidence, mostly pottery and bronze or bone artefacts support the existence of two distinct Bronze Age settlements widely distributed in the northern and southern districts of the Indus Valley. The river Indus acting probably as an axis of communication and with an agricultural surplus which supported at least two major capital cities - Mohenjo Daro in the south and Harappa in the north.

A importância da navegação marítima para eclosão destas civilizações é intuitiva. A astrologia nasceu da necessidade da orientação em alto mar pelas estrelas. Em conclusão, o deus Enki, enquanto deus dos mares era também deus da navegação e por acumulação de funções o deus das tábuas do destino inscritas nas estrelas e, por isso mesmo deus da astrologia. A verdade é que o nome deste deus anda ligado e quase todos os grandes signos do Zodíaco.

Then the [Arab] [131] king gave an order to assemble boats and many sailors and to navigate southwardly, going east to Pars, to Sagastan, to Sind, to Srman, to the land of Turan and to Makuran as far as the borders of India. The troops swiftly prepared and implemented the command. They burned every country, taking loot and booty. --  Sebeos' History.

The remote coastal area of Balochistan called Makran is the setting for a fusion of musical cultures from the Middle East, Indo-Pakistan and Africa, which have developed over centuries into a tradition of great intensity and beauty.

This unicorn seal was also discovered during the late 1927-31 excavations at Mohenjo-daro. One theory holds that the bull actually has two horns, but that these have been stylized to one because of the complexity of depicting three dimensions. However the manufacturing and design process behind seals was so sophisticated that the depiction of three dimensions might not necessarily have been a problem. [4]

Quanto a mim, o equívoco reside apenas na tese da «complexidade técnica» porque é obvio que o «unicórnio» nunca existiu e seria vão vê-lo aqui!

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Em boa verdade deve tratar-se apenas duma mera convenção caligráfica porque de facto estamos apenas perante um touro de perfil muito estilizado, ou seja sujeito a uma simplificação formal não por razões de facilidade técnica mas por motivos de retórica (de figura de estilo) para uma leitura menos complexa. Claro que as patas do touro poderiam ter ficado também de perfil mas então é que a leitura passaria a ficar irremediavelmente equívoca porque um «unicórnio de duas patas» em equilíbrio instável e que correria o risco de se torna num ser quimérico! Que começou a chamar a estes selos de Harapa por «unicórnios» deveria ser responsabilizado pela esta leviandade retórica já que o unicórnio clássico era mais caprino que taurino e afinal, o unicórnios de Harapa são tão abundantes e tão monotonamente iguais que bem poderia ter-se pensado que se estava apenas perante uma mera convenção estilística de escrita para facilitação de identificação e leitura!

 

Ver: MANDALA (***) & TALOS (***)

 

Harappa < Karaphipha < *Kur-Kika (= Iscur) > Kaur (= «Boi»)-Apis.

In most Dravidian languages the usual word for 'fish' is meen. This phonetic shape can also be reconstructed for the mother language, Proto- Dravidian. A homonym meen denoting 'star' has also existed in Proto- Dravidian. Both words refer to a glittering object, and appear to be derivatives from the Proto-Dravidian root meen 'to glitter, to sparkle'.

(…) In the Near East, the 'star' symbol distinguished divinities not only in the script but also in pictorial representations (Figura 9). Significantly, a seal from Mohenjo-daro depicts an Indus deity with a star on either side of his head in the Near Eastern fashion

Figura 10. selo estrelado de Istar.

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Na verdade, na Suméria, o ideograma clip_image014, (que era uma óbvia estilização duma estrela!) tanto significava o fonema An como o nome genérico de divindade, dinger.

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< Me-an, lit. «mãe do céu!».

< Meimão?

< Phago < Cacu-| Min => *Ashma-an ó Esmenian (Apolo) = Hermes?

ó *Werminus ó Vertu-mnus

ó Min-wat > Minuat > Menat??

ó Wer-Wat < Phrey-at < Fartu => Afrodite?

ó Kar(t)u-mina.

Among the diacritical marks added to the basic 'fish' sign is one that has been placed over the 'fish' sign and looks like a 'roof' (Fig. 13, b ). The most wide- spread root from which words denoting 'roof' are derived in the various Dravidian languages is *vay- : *vey- : *mey- 'to cover a house with a thatched roof', in which etymon the alternations *v- / *m- and *-ay- / *-ey- can be reconstructed for Proto-Dravidian3. Thus in Proto-Dravidian the root *vey- / *mey- 'to roof' was partially homophonous with the root *may- 'black'. The sequence of the pictograms for 'roof' and 'fish' in the Indus script can be read in Proto-Dravidian as *mey-meen in the sense of *may-meen 'black star'. What makes this reading really significant is that the last-mentioned compound is factually attested as the name of the planet Saturn in the oldest available Dravidian texts, the poems of the Sangam literature written in Old Tamil in the early centuries of our era (Purananuru 117). Such a name is natural for Saturn, which is a dim planet, the root *may- (Tamil mai- ) meaning not only 'to be or become black' but also 'to be dim'. The oldest Sanskrit texts dealing with the worship of the planets also associate Saturn with the colour black. They further mention Yama, the Hindu god of death, as the deity presiding over this dark planet. Yama is associated with the colour black in the Brahmana texts of the Veda (cf. e.g. Maitrayane Samhita 3,14,11 yamaya krsna). In classical Hinduism, Yama's colour is black and his vehicle usually the dark water buffalo. The planet Saturn, too, is said to ride the water buffalo in some texts.  --[5]

Além doutros aspectos ficamos espantados com o facto de *min poder ter tido o significado de estrela em proto-dravínico. Pois bem, para além da relação óbvia deste nome com a talassocracia cretense podemos sobretudo inferir que era o próprio nome do império minóico que partilhava este étimo com todas as restantes civilizações arcaicas que tinham a actividade marítima em comum. Então, Mean teria sido uma variante do nome de Enki enquanto senhor dos mesh e dos temas [< te-mesh = leis deus = filhos (poderosos) da (deusa mãe)].

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Figura 11: Enki o deus ambíguo e Capricórnio, metade peixe metade «cabrão».

Como o peixe era um poderoso símbolo de Enki (que sobreviveu no cristianismo como simbolismo poderoso do Deus das «águas vivas») justificando-se plenamente ter chegado a Harapa como a estrela da manhã que era Enki / *En-Kur.

 

Ver: CABRÃO (***)

 

A estrela da manhã seria a representação mais arcaica do «deus menino» e de Lúcifer e uma espécie de homenagem à astronomia que permitia a orientação nocturna dos povos de marinheiros. Esta simbiose monstruosa dum bode com uma carpa teria apenas ligeira semelhança com o peixe-cabra, que nem sequer sabemos se terá sido o motivo de inspiração dos mitólogos sumérios! O que sabemos é que tal monstruosidade seria o resultado metafórico da fusão de dois animais totémicos, numa espécie de aliança ideológica entre as crenças originais dum povo insular de marinheiros com as de semitas e pastores de cabras, como os judeus. De certo modo, esta fusão permite suspeitar que os sumérios chegaram à foz do Eufrates depois de atravessarem regiões agrestes e montanhosas o que permite postular que os Curdos teriam sido os antepassados dos colonos cretenses que foram colonizar a suméria nos alvores do neolítico.

«Curdo» < Kur-tu > *Kertu > Kerta > «Creta».

Obviamente que tal não passa de mera especulação porque as cabras poderiam já por la andarem levadas por semitas a partir da periferia da península arábica!

No entanto, a especulação faz algum sentido na medida em que a carne e o peixe andaram misturados em culturas insulares desde muito cedo. O importante porém, é dar conta que o papel mítico que a cabra teve na suméria teve-a o touro nas civilizações egeias e anatólicas. Se o Capricórnio era a ambiguidade típica de Enki na suméria, seria o Minotauro o equivalente cretense? De facto, o Minotauro morto por Teseu seria um ser monstruoso. Porém, tal como foi descrito pelos autores clássicos seria um ser quase simpático meio touro meio homem que teve congéneres no Egipto.

Por outro, as monstruosidades antropomórficas são já recentes correspondendo a uma fase de transição do zoomorfismo totémicos paleolítico para a idolatria antropocêntrica clássica!

Mas teria sido o Minotauro sempre assim? Não teria sido o Minotauro meio peixe e meio touro, tal como o Capricórnio foi meio peixe meio bode?

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Figura 12: Uma das representações clássicas da luta de Teseu & o Minotauro.

Ora, tal como a fonética o sugere o peixe seria também um símbolo minóico. Como Enki, deus dos mares, foi o deus supremo da talassocracia cretense, que ficou na tradição clássica como Poseidon, talvez então se comece a entender as malhas de toda esta trama étmica.

Afinal...Poseidon / Poshei-Tan era literalmente «a cobra da (grande) poça (que era) o mar»!

Se o deus supremo dos cretenses era uma cobra de água começamos agora também a entender a obsessão dos cretenses pelas cobras de que resultou na tradição clássica a sua simbologia como animais de iniciação aos segredos místicos e gnósticos, particularmente à medicina enquanto arte ainda hoje de eleitos. Se o Minotauro original poderia ter sido meio peixe, meio touro ele não seria outro senão...o Tritão.

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Figura 13: Anfitrite a cavalo do Tritão.

Anfitrite seria uma variante taurina de Tiamat e portanto a mãe deste monstro anfíbio.

Anfitrite < Enki- | Tyrtu < Kurtu > *Kertu.

Tritão < Grec. *Tyr-Tan, lit. «a cobra chifruda»

ó *Tauritumno < *Tauro-Minu <= *Kar(t)u-Min, lit. «o filho peixe de *Kertu

> Tauritu-Min = Min-taurish > Minotaurus.

Eventualmente *Tauritumno será apenas o que parece: uma mera virtualidade! Supostamente Minotauro seria apenas a maneira grega de dizer “touro de Minos”, embora seja estranho não ter acabado por ser abreviadamente um Tauruminos que estaria muito mais de acordo com a gramática grega. Porém, o Minotauro que ficou registado na mitologia grega quase seguramente que pouco ou nada teria a ver com o Minotauro cretense.

Na Mitologia grega, o Minotauro era uma criatura meio homem e meio touro. Ele morava no Labirinto, que foi elaborado e construído por Dédalo, a pedido do rei Minos, de Creta, para manter o Minotauro. O Minotauro foi eventualmente morto por Teseu. Minotauro é o grego para Touro de Minos. O touro também era conhecido como Asterião (ou Astérios), nome compartilhado com o pai adoptivo de Minos.

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Figura 14: Teseu matando o Minotauro.

Antes de Minos tornar-se rei, ele pediu ao deus grego Poseidon por um sinal, para assegurar-lhe que ele, e não seu irmão, assumiria o trono. Poseidon concordou em enviar um touro branco na condição de que Minos sacrificasse o touro de volta ao deus. De fato, um touro, de incomensurável beleza, saiu inexplicavelmente do mar. Minos, após vê-lo, achou-o tão belo que, ao invés dele, sacrificou outro touro, esperando que Poseidon não notasse. Poseidon ficou bem furioso quando notou o que havia sido feito, e fez com que a esposa de Minos, Pasífae, fosse dominada por uma loucura em que ela se apaixonou pelo touro. Pasífae foi até Dédalo em busca de assistência, e ele inventou uma maneira dela satisfazer suas paixões. Ele construiu uma vaca oca de madeira, e encobriu Pasífae com pele de vaca para que o touro pudesse montar nela. O resultado dessa união foi o Minotauro.

Desde Talo e Ícaro até à forma como Pasifai copulou com o touro que, quase seguramente seria uma referência ao próprio Zeus, como no mito de Europa, (se é que não se trata do mesmo mito!) que os gregos helenistas se esforçaram por reescrever mitos arcaicos à luz dum racionalismo tipo deus ex machina!

Deus ex machina = Sua origem encontra-se no teatro grego e refere-se a uma inesperada, artificial ou improvável personagem, artefato ou evento introduzido repentinamente em um trabalho de ficção ou drama para resolver uma situação ou desemaranhar uma trama. Este dispositivo é na verdade uma invenção grega. No teatro grego havia muitas peças que terminavam com um deus sendo literalmente baixado por um guindaste até o local da encenação. Esse deus então amarrava todas as pontas soltas da história.

Na verdade, os mitos e as lendas cretenses arcaicas seriam literalmente elegíveis pelo senso comum da época clássica não tanto por já estarem praticamente esquecidos e fora de uso mas por pertencerem a uma forma de crenças arcaicas de que os gregos tinham quase completamente liberto durante a chamada “idade das trevas” também não apenas por causa das invasões dóricas mas sobretudo porque estas terão ocorrido por uma verdadeira revolução religiosa iniciada simbolicamente com a guerra de Guerra de Tróia e formalmente com a revisão do Panteão imposto por Tudália. Comparando a mitologia egípcia com a assíria verificamos aquela é notoriamente mais arcaizante e que, portanto, o fim da talassocracia cretense provocou uma evolução activamente patriarcal e renovadora na Caldeia a qual foi mais lenta e nunca preponderante no Egipto. Na verdade, tanto os gregos instruídos, como sobretudo os patrícios romanos posteriormente, tiveram sempre dificuldades em entenderem a intensa e estranha religiosidade egípcia que rotulavam como mórbida e cheia de superstição por ser fortemente zoomórfica e muito ligada a cultos fúnebres.

The spread of Egyptian opinions in Rome was so rapid under Augustus that it was felt to be of political importance, and it alarmed that prudent Emperor. The Romans by no means equalled the Greeks in their indifference to all religions and their toleration of all. Augustus made a law that no Egyptian ceremony should be allowed within either the city or the suburbs of Rome. --

Como sabemos pela tradição cristã, a cultura caldeia era pouco dada a crenças para além da morte, e, sobretudo depois dos babilónicos, deram pouco importância ao cultos funerários a dar fé nos escassos achados relacionados com a arquitectura tumular. Na verdade os Túmulos reais de Ur são sumérios e reportam-se ao 3º milénio ª C. Assim, a antiga tradição cretense que primeiro sofreu a perda de influência decorrente do desastre de Santorini e depois a da invasão dórica, seria nos tempos arcaicos bem mais próxima da egípcia do que do panteão olímpico.

Por outro lado, aprece mesmo que o verdadeiro nome do Minotauro seria Asterião.

Na mitologia grega, Asterion (Asterios na mitologia romana) (“senhor das estrelas”) era um rei de Creta, filho e sucessor de Téctamo e de uma filha de Creteo. Quando Europa chegou à ilha, após a sua aventura com Zeus, Asterion acolheu-a e acabou por casar com ela, ainda que não quisesse ter filhos da que tinha sido uma das amantes preferida do deus. Contudo, tratou como um pai, educou e nomeou como herdeiros os filhos que sua mulher teve com Zeus: Minos, Radamanto e Sarpedon.

Minos o rei justo em Crete, Rhadamanthus, presidindo no Jardim das Hespérides ou no Mundo dos criminosos e Sarpedon, igualmente juiz na Vida após a morte.

Alguns autores consideram estes como filhos de Asterion, identificando-o assim como o raptor de Europa. O escudo de Creta (um touro) que figurava no barco usado por Asterion para a raptar da Fenícia identificá-lo-ia assim com o rapto de Zeus transformado em touro. Quando Asterion morreu, legou o seu trono a Minos que baniu imediatamente os seus irmãos. O Minotauro tinha também o nome Asterion e, segundo alguns estudiosos, tratava-se de facto da mesma entidade.

Asterião < Asteri-Aun < Ashtaur-Anu < Istauran < Staurano > Saturno.

             Ishkur > Ishtar => Taurush > Tauros + Min > *Tauritumno

ó Minotauro.

 

Ver: NEPTUNO (***) & ANFITRITE (***)

 

OS TOUROS SAGRADOS DO EGIPTO

Claro que Min nunca foi peixe no Egipto

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Figura 15: Cartela de Miquerinos.

A tradução destes hieróglifos, de acordo com as convenções dos egiptologistas, seria: «Ré é firme de Kau». No entanto, de acordo com as mesmas convenções, a tradução literal seria: «Ré-Mon-Kau (plural de Ka)» ou seja Ramon, o deus das várias vidas.

Uma das primeiras surpresas seria verificar que a ressonância fonética de kau parece reportar-nos, por via anglo-saxónica, para a semântica das vacas, senhoras do «alimento da vida» (quiçá porque haverá algum fundamento de que as ilhas britânicas teriam sido invadidas por Gaidelo, herói que teria sido no Egipto perito em línguas!). Outra seria verificar que a representação hieroglífica deste conceito parece ter semelhança com os cornos dos altares cretenses.

Este faraó foi Menkauré na tradição dos antigos Egípcios e Miquerinos na tradução grega. Não saberemos tão depressa com que regras os gregos faziam estas adaptações dos nomes Não saberemos tão depressa com que regras os gregos faziam estas adaptações dos nomes egípcios mas é até possível que fossem nomes que estes já conheciam na sua própria língua de antigas e arcaicas tradições próprias. A verdade porém e que a possibilidade de se tratar de formas variantes do mesmo nome permite aceitar que estes teriam correspondido a nomes compostos ou a frases litúrgicas muito antigas, quem sabe senão teria sido mesmo herdados da fonte comum com a civilização minóica. A tradição Egípcia parece ainda recordar no nome a tradição que ficou no seu deus Min, que, como será próprio dum deus da fertilidade, teria muitos Ka. Então:

Ré-Mon-Kau = Men-Kau-Ré < Mean-Kauré < Ma-Anu Ka-Ur.

Ø    Minos-Kur > Mikurinos > Miquerinos.

Ø    Ma-Kur-An > Makaran > Macarena.

Ø    Minu-Kur > Minotauro.

Ora, a virgem de Macarena ainda hoje é a patrona dos toureiros!

 

BUKHIS

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Figura 16: Bukhis de Armant que, contrariamente ao suposto no mito, tem aqui o corpo de cor vulgar alaranjada, o que não será estranho num deus da cor boi quando foge ou muda constantemente de cor (J!)[6]

These cities contain evidence of streets in grid formations, raised citadels, granaries, and baked-brick dwellings with water supplies and drainage systems. Various terracotta seals from these sites depict a horned god seated in a yogic posture, with erect phallus, surrounded by various animals similar to later depictions of the God Shiva.

Um dos nomes comuns duma espécie de boi selvagem é o «gebo» (< zebu < *Ziw > Shiva => Zeus) seguramente uma arcaica variante do nome de Deus!

E no entanto é plausível que:

                                                                                             > Bu-Apis

*Ziw < Shiw(a) < Shiwu < Wu-Chu < Kukak(is) > Bukakis > Bukhis.

> Jiwu(s) ó Bijus > Bujis > Buyi(s) > Bauwis > Bovis > «Boi»?!?

> «chivo» > «bicho» > «bucho > bulho > Engl. «bull»???

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Bujis = Era la encarnación de Ra y Osiris y el ka de Montu. Estaba relacionado con la fecundidad del suelo y el poder germinativo.

Era un toro con el cuerpo blanco y la cabeza negra; su pelo crecía en sentido opuesto al resto y, al parecer, cambiaba de color a cada hora; llevaba la imagen de un buitre en el lomo y, como tocado, un ureo, el disco solar y dos altas plumas; también se le podía representar como hombre con cabeza de toro. Al igual que Apis, también tuvo un gran lugar de entierro llamado el Bujeum, que fue descubierto por Robert Mond y U.B. Emery en 1927, y poseía un oráculo. Fue adorado en Hermontis y en Medamud.

A transcrição hieroglífica do nome deste divino boi faz apelo conotativo para o deus carneiro de Mendes, que Heródoto equiparava a Pan.

Armant < Harmeantu < *Karmin-tu < Kur-Min-tu > Minotauro.

                                                             => «Sacramento».

 

MENKERET

Menkeret = Forma divina que protegía el paso del difunto por los pantanos del Mundo Inferior, transportándolo sobre su cabeza. Aparece representado en las tumbas del Valle de los Reyes.

Menkeret = Min-Keret, lit. «*Kertu, esposa & mãe do «Minotauro».

Dito de outro modo, Menkeret era Enki / Kur ou *En-kur na sua forma fértil, como a terra negra e infernal das terras vulcânicas, que na suméria era caprina mas que teria sido também taurina.

Então,

Menkeret ó Me-An-Kur-at ó Men-Kaurat < Min-Taurt

          < Min + (Ta)-Weret => *Min-Ta-Wer > Min-Taur > Minotauro, o mesmo que viria a ser na Fenícia o fértil e hercúleo Melkart».

Etrusc. *thevru = bull (Semitic loanword, cfr. Lat. taurus, Gk. taûros against Aramaic thowrâ "ox", Arabic tawra "bull", etc.)

O interessante é verificar que se suspeita, a partir de outras fontes, que *Kertu seria a deusa cretense das cobras, «patrona dos mortos de dos partos» seguramente por ser uma variante de Taveret e Minerva. Pela sua relação étmica com Mnevis, como de seguida se demonstrará, Minerva prova Atena foi em tempos minóicos a deusa das cobras cretenses.

O postulado da existência de *Min-Ta-Wer leva-nos a postular também o termo *tawer como padrão de todos os termos taurinos da história antiga.

Merur (Mnevis, Mnewwer) Toro negro adorado en Heliópolis, documentado desde la II Dinastía. Se le reverenciaba como "El dios solar vivo", el heraldo, imagen o ba de Ra y también de Osiris en su aspecto fértil. En egipcio se le llamaba Nem-ur, Merur o Uer-mer. Es hijo de Hesat. Se representa como toro u hombre con cabeza de toro, con el disco solar y el ureo entre sus cuernos.

There is far less information about the Mnevis cult than the other two bull cults. Mnevis was the sacred bull of Heliopolis, and although it was associated with the sun god Re, it has been suggested that it was also identified with Min, the fertility god of Coptos.[7]

Mnevis (Mer-Wer) = Although the names Mnevis-Osiris and Mnevis-Wenen-Nofer are attested, there is no close link between the bull of the solar cult of Heliopolis and the god of the Underworld.

Claro que:

Uer-mer < Wer-Mer = Mer-Wer!

Se Mnewwer fosse uma espécie de erro ortográfico hieroglífico de *Mnewer então:

Mnewwer º Mnevis, desde que *Mnewer  º M(i)ne®wis, ou seja:

*Mne-Wer + Wis < Min-Her-Wis.

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Figura 17: Esta estátua taurina de Merur é zoomórfica como a de Horus falcão ou de Anubis e é quase uma forma grega do Minotauro.

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Figura 18: Como muitos outros deuses egípcios Ápis era um deus zoomórfico e uma metáfora viva do sol.

Ora, não apenas porque na época arcaica da confusão das línguas e da indeterminação linguística original seria frequente a confusão entre Caco e *Kaku® ou Ka e *Kaur mas porque constitui uma regra linguística universal a possibilidade do desaparecimento de erres mudos, seria possível postular que:

Mnevis < M(i)n He(r) wis[8] > Minerva.

              < Min-he®wis < *Min-Har-Kius => Minutauro.

                  Min-| ha®wis > Ha®pis > Apis|.

                                          > Ha®wis > Lat. avis > «ave».

                                                            > wiaus > Grec. bios.

Um dos corolários desta hipótese é o de ter que correlacionar linguisticamente o nome do boi Ápis com as Hárpias, que eram de facto aves. Esta confusão terá sido possível porque no mundo dos animais totémicos tais permutas eram inevitáveis e porque estamos num campo de animais quiméricos que eram guardiães da “árvore da vida” nas portas celestes da aurora. Assim, já não espanta a constatação de que wis- foi mesmo a origem de bios e da vida.

 

Ver: MINERVA (***)

 

MADULIS

Um aspecto interessante destas relações étmicas reside no facto de Mnevis e o deus egípcio da época romana Madulis serem possivelmente o mesmo deus por terem ambos o mesmo heterónimo alternativo, Merur. Claro que Mandulis era um falcão e não um touro mas, não é o falcão ainda hoje um símbolo de aguerrida virilidade e os egípcios não trocavam arbitrariamente os animais de transporte dos seus deuses conforme as semelhanças funcionais contingentes e que buscavam por conveniência?

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Figura 19: Mandulis (Merur, Merulis) = Dios nubio que recibió culto en Kalabsha, durante el reinado de Augusto. Se le invoca como "Hijo de Horus", "Señor del Abatón, el dios grande". Se le identifica con el sol y la luna llena como ojos que le dan agudeza visual. Tenía cuerpo de halcón y cabeza humana; lleva la corona atef. Una serpiente le protege. Se le relacionaba con Ra, aunque en la primera catarata se le asociaba especialmente a Osiris, del cual tomó prestada la corona atef. Residía en el Abatón, la tumba mítica del dios, y su consorte era la diosa Isis.

Tenía una capilla en Filé y fue adorado también en Kalabsha, Dendur y Debod.

Se Merur / Mnevis era o «touro negro» que representa o «deus solar vivo», Merur / Mandulis era o filho do próprio sol, na forma de Horus.

Mer-ur ó Ur-Mer > Uer-mer < Wer-mer.

= Mnevis < Minwish, lit. «filho de Mnewe»

ó *Me-an-We = Me-We-An + ish=> Ma-Wen-ush, lit. «a mãe Vénus».

*Me-an-We + Haur = *Min Haur-We => Minerva

                                =>*Me-an-We-Wer => Mnewwer < Min-Kiwer

                                          *Min-Ta-Wer => Mne-Wer < Men-Uer

< *Min Haur ó Nem-ur.

Merulis < Merur(ish) ó Mandulis < Man-Thuris ó Minotauro.

Em rigor etimológico, Merulis seria, de facto, filho de *Merul ó Merur o que nada impede de podermos pensar que estamos perante uma variante fonética, entre muitas outras tríades solares, das quais uma teria estado na origem do mito do Minotauro.

O importante nestas relações étmicas é verificar que o rasto fonético destes mitos egípcios particulares nos permite, por um lado, relacionar os cultos dos bois sagrados do Egipto com a mitologia fálica do deus Min, envolvendo-os nos mesmos cultos solares de fertilidade e morte e ressurreição, e, depois, encontrar suporte étmico para fazer relacionar, senão mesmo derivar, estes cultos de tradições mais gerias que decorriam duma mítica taurina peri-mediterrânicas centrada em Creta e de que o mito do Minotauro é a pálida reminiscência platónica.

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Figura 20: Apis.

Was most closely linked with Ptah, and his cult center was Memphis, and there is a great mass burial of Apis bulls, the Serapeum, located there. He was primarily a deity of fertility

Assim, a cultura taurina só seria uma aquisição ariana depois de ter sido no Egipto o Boi Ápis, uma encanação viva de Osíris, Bujis, o «boi» de Min / Montu, e Mnevis herdada de mitologias semitas mais antigas importadas possivelmente por via do cretense. O Minotauro parece ser literalmente o touro de Minos. A verdade é que ele teria sido o próprio Minos filho da Deusa Mãe das cobras cretenses, a etrusca Mean.

 

Ver: MANA (***)

 

Então o Minotauro teria sido literalmente o touro ou animal totémico da deusa mãe do céu ou da Sr.ª Mãe!

Por sua vez, este touro teria sido o mesmo que Min / Montu do Egipto que teve em Amon uma das manifestações, ou seja uma variante do “culto taurino” que mais não era do que a manifestação cretense de Zeus, o Touro branco que raptou a bela Aurora, a deusa Europa, para a esconder numa gruta de Creta.

A óbvia relação dos touros sagrados com Osíris permitem suspeitar que o Minotauro seria a forma cretense dos deuses solares de morte e ressureição pascal. O sacrifício pascal do “filho de deus” seria então uma forma evoluída e sublimada de tauromaquia sagrada herdada de arcaicos e sangrentos ritos de passagem do período paleolítico.

 

Ver: MIN (***) & HIEROGAMOS (***)



[1] Sumer: Bull = Gud, Great Bull of Heaven = Gugalanna; Bull (heavenly) = Gutanna.

[2] Segundo um responsável do Governo, 650 pessoas morreram em Anjar, perto de Bhuj, e a principal ponte de ligação entre as duas cidades vizinhas foi completamente destruída. – PUBLICO, Sexta-Feira, 30 de Março de 2001

[3] Harappa Archaeological Research Project..

[4] Harappa Archaeological Research Project.

[5] Saturn and the tortoise, http://www.harappa.com/script/parpola9.html

[6] Restauro cibernético da cor do touro, pelo autor.

[7] Divine Cults of the Sacred Bulls, by Anita Stratos

[8] => «herva» que alimentava os Kauros sagrados?

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